apostila seap administrativo

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CURSO PROGRESSO Prof. Jean CasteloA ADMINISTRAO PBLICA CONCEITO: a atividade desenvolvida pelo Estado ou seus delegados, sob o regime de Direito Pblico, destinada a atender de modo direto e imediato, necessidades concretas da coletividade. todo o aparelhamento do Estado para a prestao dos servios pblicos, para a gesto dos bens pblicos e dos interesses da comunidade. A Administrao Pblica direta e indireta ou fundacional, de qualquer dos poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia ... RESUMO COM PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS E OUTROS PRINCPIOS ADMINISTRATIVOS na atividade particular tudo o que no est proibido permitido; na Administrao Pblica tudo o que no est permitido proibido. O administrador est rigidamente preso lei e sua atuao deve ser confrontada com a lei.

CARACTERSTICAS: praticar atos to somente de execuo estes atos so denominados atos administrativos; quem pratica estes atos so os rgos e seus agentes, que so sempre pblicos; exercer atividade politicamente neutra - sua atividade vinculada Lei e no Poltica; ter conduta hierarquizada dever de obedincia - escalona os poderes administrativos do mais alto escalo at a mais humilde das funes; praticar atos com responsabilidade tcnica e legal busca a perfeio tcnica de seus atos, que devem ser tecnicamente perfeitos e segundo os preceitos legais; carter instrumental a Administrao Pblica um instrumento para o Estado conseguir seus objetivos. A Administrao serve ao Estado. competncia limitada o poder de deciso e de comando de cada rea da Administrao Pblica delimitada pela rea de atuao de cada rgo. ADMINISTRAO DIRETA E INDIRETA Personalidade Jurdica do Estado

Legalidade

Impessoalidade

o administrador deve orientar-se por critrios objetivos, no fazer distines com base em critrios pessoais. Toda atividade da Adm. Pblica deve ser praticada tendo em vista a finalidade pblica.

Ser pessoa poder assumir direitos e contrair obrigaes. So pessoas jurdicas de direito pblico interno : A Unio; Cada um dos Estados e o Distrito Federal; Cada um dos Municpios legalmente constitudos. Para Hely Lopes Meirelles, Direito Administrativo Brasileiro, 24 edio, pg. 55, o Estado pessoa jurdica de Direito Pblico Interno e ainda como ente personalizado, o Estado pode atuar no campo do Direito Pblico como no Direito Privado, mantendo sempre sua nica personalidade de Direito Pblico, pois a teoria da dupla personalidade do Estado achava-se inteiramente superada. A organizao poltico-administrativa brasileira compreende a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, todos autnomos nos termos da Constituio (CF/88, art. 18, caput). A administrao Direta e Indireta de qualquer dos Poderes da Unio dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia......(CF/88, art. 37, caput) Assim, em uma primeira classificao a Administrao Pblica compreende a : Administrao Federal; Administrao Estadual, Administrao do Distrito Federal; e Administrao Municipal. Cada uma destas Administraes se subdivide em : Administrao Direta e Administrao Indireta. ADMINISTRAO DIRETA A Administrao Direta o conjunto dos rgos integrados na estrutura da chefia do Executivo e na estrutura dos rgos auxiliares da chefia do Executivo. rgos Pblicos.Para Hely Meirelles rgos pblicos so centros de competncia institudos para o desempenho de funes estatais, atravs de seus agentes, cuja atuao imputada pessoa jurdica a que pertencem. Por isso mesmo, os rgos no tm personalidade jurdica nem vontade prpria, que so atributos do corpo e no das partes". Sabemos que personalidade jurdica significa a possibilidade de assumir direitos e obrigaes. Assim, os rgos na rea de suas atribuies e nos limites de sua competncia funcional expressam no a sua prpria vontade, mas, a vontade da entidade a que pertencem e a vinculam por seus atos, manifestados atravs de seus agentes (pessoas fsicas).

Moralidade

o dever do administrador no apenas cumprir a lei formalmente, mas cumprir substancialmente, procurando sempre o melhor resultado para a administrao.

Publicidade

Requisito da eficcia e moralidade, pois atravs da divulgao oficial dos atos da Administrao Pblica que ficam assegurados o seu cumprimento, observncia e controle.

Eficincia

a obteno do melhor resultado com o uso racional dos meios. Atualmente, na Adm. Pblica, a tendncia prevalncia do controle de resultados sobre o controle de meios.

Supremacia do Interesse Pblico

O interesse pblico tm SUPREMACIA sobre o interesse individual; Mas essa supremacia s legtima na medida em que os interesses pblicos so atendidos.

Presuno de Legitimidade

Os atos da Administrao presumem-se legtimos, at prova em contrrio (presuno relativa ou juris tantum ou seja, pode ser destruda por prova contrria.)

Finalidade

Toda atuao do administrador se destina a atender o interesse pblico e garantir a observncia das finalidades institucionais por parte das entidades da Administrao Indireta.

Auto-Tutela

a autotutela se justifica para garantir Administrao: a defesa da legalidade e eficincia dos seus atos; nada mais que um autocontrole SOBRE SEUS ATOS.

Continuidade do Servio Pblico

O servio pblico destina-se a atender necessidades sociais. com fundamento nesse princpio que nos contratos administrativos no se permite que seja invocada, pelo particular, a exceo do contrato no cumprido. Os servios no podem parar ! Os poderes concedidos Administrao devem ser exercidos na medida necessria ao atendimento do interesse coletivo, SEM EXAGEROS.

Razoabilidade

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No entanto, e isto muito importante, embora no tenham personalidade jurdica, os rgos podem ter prerrogativas funcionais prprias que, quando infringidas por outro rgo, admitem defesa at mesmo por mandado de segurana. Essa prerrogativa denominada de capacidade judiciria ou capacidade processual. PAD.: Capacidade processual s a tm os rgos independentes e os autnomos, visto que os demais superiores e subalternos -, em razo de sua hierarquizao, no podem demandar judicialmente, uma vez que seus conflitos de atribuies sero resolvidos administrativamente pelas chefias a que esto subordinados rgo pblico o centro de competncias institudo para desempenhar funo de estado atravs de agentes. O rgo pblico recebe competncia geral do ente a que pertence e a distribui especificamente atravs de cargos que sero titularizados pelos agentes. Toda vez que um agente publico praticar um ato administrativo, no o faz em seu nome, mas sim, em nome do rgo a que pertence. O rgo pblico, na teoria, no possui vontade prpria expressa a vontade do ente a que pertence. A competncia no pessoal e sim atributo do cargo outorgado a um servidor.

ampla autonomia administrativa, financeira e tcnica, caracterizando-se como rgos diretivos com funes precpuas de planejamento, superviso, coordenao e controle das atividades que constituem sua rea de competncia. Em suma rgos Autnomos: so os localizados na cpula da Administrao, imediatamente abaixo dos rgos independentes e diretamente subordinados a seus chefes. tem ampla autonomia administrativa, financeira e tcnica; so rgos diretivos, de planejamento, coordenao e controle; seus agentes so denominados Agentes Polticos nomeados em comisso; no so funcionrios pblicos. Exs.: Ministrios, Secretaria de Planejamento, etc. c. RGOS SUPERIORES : no gozam de autonomia administrativa nem financeira, que so atributos dos rgos independentes e dos autnomos a que pertencem. Sua liberdade funcional restringe-se ao planejamento e solues tcnicas, dentro de sua rea de competncia, com responsabilidade pela execuo, geralmente a cargo de seus rgos subalternos. Em suma rgos Superiores: so os que detm poder de direo, controle, deciso e comando, subordinando-se a um rgo mais alto. no gozam de autonomia administrativa nem financeira; liberdade restringida ao planejamento e solues tcnicas, dentro de sua esfera de competncia; responsabilidade pela execuo e no pela deciso poltica; Exs.: Gabinetes, Coordenadorias, Secretarias Gerais, etc. d. RGOS SUBALTERNOS : destinam-se realizao de servios de rotina, tarefas de formalizao de atos administrativos, com reduzido poder decisrio e predominncia de atribuies de execuo, a exemplo das atividades-meios e atendimento ao pblico. Em suma rgos Subalternos: so os rgos subordinados hierarquicamente a outro rgo superior; realizam tarefas de rotina administrativa; reduzido poder de deciso; predominantemente rgo de execuo; Exs.: Reparties, Portarias, Sees de Expediente. 2. QUANTO ESTRUTURA rgos Simples: UM S centro de competncia. Exs.: Portaria, Posto Fiscal, Agncia da SRF. rgos Compostos: VRIOS centros de competncia (outros rgos menores na estrutura). A atividade desconcentrada, do rgo central para os demais rgos subalternos. Exs.: Delegacia da Receita Federal, Inspetoria Fiscal. 3. QUANTO ATUAO FUNCIONAL Singular: so os que decidem atravs de um nico agente. Exs.: os Ministrios, as Coordenadorias, as Seccionais. Colegiado: decidem por manifestao conjunta da maioria de seus membros. Exs.: Tribunais, Legislativo, Conselho de Contribuintes. Desconcentrao. ocorre quando um rgo pblico distribui (desconcentra) entre outros rgos que a eles esto subordinados. Diferenas entre rgos e entidades publicas Os rgos pblicos integram a administrao pblica direta, j as entidades integram a administrao pblica indireta (no se misturam) Os rgos pblicos so despersonalizados j as entidade so pessoas jurdicos de direito pblico ou de direito privado. Os rgos pblicos possuem subordinao direta. Entre entidades e rgos pblicos s h vinculo de controle.3122 - 2/15

Caractersticas dos rgos no tem personalidade jurdica; expressa a vontade da entidade a que pertence (Unio, Estado, Municpio); meio instrumento de ao destas pessoas jurdicas; dotado de competncia, que distribuda por seus cargos; Classificao dos rgos: Hely Meirelles classifica os rgos pblicos quanto posio estatal, ou seja, relativamente posio ocupada pelos mesmos na escala governamental ou administrativa, em: independentes, autnomos, superiores e subalternos 1. QUANTO POSIO ESTATAL a. RGOS INDEPENDENTES : so os originrios da Constituio, colocados no pice da pirmide governamental, sem qualquer subordinao hierrquica ou funcional, e s sujeitos aos controles constitucionais de um Poder pelo outro. So chamados de rgos primrios do Estado. Esses rgos detm e exercem as funes polticas, judiciais e quase-judiciais outorgadas diretamente pela Constituio, para serem desempenhadas diretamente pelos seus membros (agentes polticos, distintos de seus servidores, que so agentes administrativos). So exemplos : Em suma: rgos Independentes: Se originam da previso constitucional. So os representativos dos 3 Poderes (Executivo, Legislativo e Judicirio). No tem qualquer subordinao hierrquica; Suas funes so polticas, judiciais e legislativas; Seus agentes so denominados Agentes Polticos; Exs.: Congresso Nacional, Cmara de Deputados, Senado b. RGOS AUTNOMOS : so os localizados na cpula da Administrao, imediatamente abaixo dos rgos independentes e diretamente subordinados a seus chefes. Tm

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ADMINISTRAO INDIRETA A Administrao Indireta se constitui das entidades dotadas de personalidade jurdica prpria e compreende as autarquias, as fundaes pblicas, as empresas pblicas e as sociedades de economia mista. CARACTERSTICAS DAS ENTIDADES DA ADMINISTRAO INDIRETA ENTIDADES Entidade Estatal Pessoa Jurdica de Direito Pblico, que integra a estrutura constitucional do Estado, e tem poder poltico e administrativo. tem autonomia poltica, financeira e administrativa; fazem parte da Administrao Direta; APENAS a UNIO tem soberania; Exs.: Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios. Autarquias Pessoa Jurdica de Direito Pblico; um servio autnomo criado para auxiliar a Administrao Pblica a executar atividades tpicas da Administrao. CRIADA por Lei Especfica; oramento, patrimnio e receita prprios (desvinculados da matriz); gesto administrativa e financeira DESCENTRALIZADA; no tem subordinao hierrquica com a entidade que as criou; fazem parte da Administrao Indireta; submetem-se superviso do Ministrio competente controle finalstico; executa servios prprios do Estado; administra a si mesma; funcionrios so estatutrios (em regra), mas podem ser admitidos pela CLT (excepcionalmente); proibidos de acumular cargos remunerados na Adm. Pblica; obedecem s normas do concurso pblico; os contratos so realizados atravs de LICITAO; privilgios imunidade de impostos, prescrio qinqenal de suas dvidas, impenhorabilidade de seus bens, prazo em dobro para recorrer e em quadruplo para contestar; Exs.: Banco Central, DER, IAPAS, SEMAE, Imprensa Oficial do Estado, etc. Fundaes Pblicas Pessoa Jurdica de Direito Pblico; a personalizao jurdica de um patrimnio, institudas e mantidas pelo Poder Pblico para executar atividades, obras ou servios sociais, ou seja, atividades atpicas da Administrao Pblica. criada por Lei Autorizativa; oramento, patrimnio e receita prprios (desvinculados da matriz); gesto administrativa e financeira descentralizada; no tem subordinao hierrquica com a entidade que as criou; fazem parte da Administrao Indireta; submetem-se superviso do Ministrio ou Secretaria competente - controle finalstico; executa servios sem fins lucrativos; administra a si mesma; funcionrios so estatutrios (em regra), mas podem ser admitidos pela CLT (excepcionalmente); proibidos de acumular cargos remunerados na Adm. Pblica, obedecem s normas do concurso pblico; os contratos so realizados atravs de LICITAO; privilgios imunidade de impostos, prescrio qinqenal de suas dvidas, impenhorabilidade de seus bens, prazo em dobro para recorrer e em quadruplo para contestar; Exs.: FEBEM, UNB, USP Entidades Paraestatais Pessoa Jurdica de Direito privado, cuja criao feita atravs de Lei Autorizativa, para a realizao de obras, servios ou atividades econmicas de interesse coletivo. Fazem parte da Administrao Indireta. So empresas

para-estatais: Empresas Pblicas, Sociedades de Economia Mista e Servios Sociais Autnomos. Empresa Pblica Pessoa Jurdica de Direito Privado, destinadas prestao de servios industriais ou atividades econmicas em que o Estado tenha interesse prprio ou considere convenientes coletividade. Exs.: Correios, CEF. autonomia administrativa e financeira - o patrimnio prprio pode ser utilizado, onerado ou alienado na forma regulamentar ou estatutria; capital exclusivo do poder pblico; criadas por Lei Autorizativa; vale-se dos meios da iniciativa privada para atingir seus fins de interesse pblico; ficam vinculadas e no subordinadas aos respectivos Ministrios; so supervisionadas e controladas finalisticamente pelos Ministrios; Contratos realizados atravs de LICITAO Funcionrios so sempre CELETISTAS (nunca estatutrios) e so considerados funcionrios pblicos; proibida a acumulao de cargos PBLICOS remunerados (exceo: 2 cargos de professor, 2 cargos na rea da sade ou 1 cargo de professor outro de tcnico); No tem privilgios administrativos ou processuais; Pagam tributos; Sociedade de Economia Mista Pessoa Jurdica de Direito Privado, autorizada para a explorao de atividade econmica, sob a forma de S/A (sempre), cujas aes com direito a voto pertenam, EM SUA MAIORIA (50% + 1) ao poder pblico. Exs.: Banco do Brasil. autonomia administrativa e financeira - o patrimnio prprio pode ser utilizado, onerado ou alienado na forma regulamentar ou estatutria; capital (50% + 1) pertencente ao poder pblico; criadas por Lei Autorizativa; destinadas a atividades de utilidade pblica, mas de natureza tcnica, industrial ou econmica em que o Estado tenha interesse prprio na sua execuo, mas resulta inconveniente ou inoportuno ele prprio realizar; ficam vinculadas e no subordinadas aos respectivos Ministrios; so supervisionadas e controladas finalisticamente pelos Ministrios; Contratos realizados atravs de LICITAO Funcionrios - so sempre CELETISTAS (nunca estatutrios) e so considerados funcionrios pblicos; proibida a acumulao de cargos remunerados. No tem privilgios administrativos ou processuais; Pagam tributos; Servios Sociais Autnomos Pessoa Jurdica de Direito Privado, criadas para prestar servios de interesse social ou de utilidade pblica, geridos conforme seus estatutos, aprovados por Decreto e podendo arrecadar contribuies parafiscais. Exs.: SESC, SENAI, SENAC, SESI, etc. no esto sujeitas superviso ministerial, mas se sujeitam a uma vinculao ao ministrio competente; utilizam-se de verbas pblicas; devem prestar contas conforme a lei competente;Funo & Caracterstic as- Integra a estrutura constitucional do Estado, com Poder Poltico e Administrativo; - tem autonomia poltica, financeira e administrativa; - apenas a UNIO tem SOBERANIA;

ENTIDADE

PJ Direito Criao p/

Administra o Gesto

Funcion rios

Exemplos

Conceito

PJ DPblico

Adm. Direta Estatutr

Unio, Estados, DF io

ENTIDADE ESTATAL

Constituio

Centralizada

e Municpios

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tpicas

atividades da

Administrao; - imunidade de impostos; hierrquica; AUTARQUIA oramento, e Descentralizad Lei Especfica a ser CLT) Estado, SEMAE, etc (podem Oficial do Pblico Imprensa patrimnio sem PJ D Indireta io DER, INSS, Adm. Estatutr subordinao Banco Central,

receitas prprios; - submetem-se superviso Ministrio competente controle finalstico; do

So pessoas jurdicas de direito pblico, dotadas de capital exclusivame nte pblico, com capacidade administrativ a e criadas para a prestao de servio pblico (no tem cap. polt. no podem editar leis) uma pessoa jurdica composta por um patrimnio personalizad o, destinado pelo seu fundador para uma finalidade especfica.

SERVIOS SOCIAIS AUTNOMOS

- criadas para prestar servios de interesse social ou de utilidade pblica; - vinculadas e no subordinadas aos respectivos Ministrios; - geridos conforme seus estatutos; - podem arrecadar contribuies parafiscais (atravs do INSS); - utilizam-se de verbas pblicas;

Adm. PJ D Indireta Privado Descentralizad SENAC, a Autorizao SEST SESI, SENAI,

OBS.: AGNCIAS REGULADORAS so autarquias de regime especial, so responsveis pela regulamentao, o controle e a fiscalizao de servios pblicos transferidos ao setor privado. As duas principais agncias so: ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica Lei 9427/96 e ANATEL Agncia Nacional das Telecomunicaes, ANP Agncia Nacional de Petrleo AGNCIAS EXECUTIVAS autarquias e fundaes que por iniciativa da Administrao Direta celebram contrato de gesto visando a melhoria dos servios que prestam em troca de uma maior autonomia gerencial, oramentria e financeira. Criadas pela Lei 9649/98, mas ainda no existem. ORGANIZAES SOCIAIS integram a Administrao Pblica, integram a iniciativa privada mas atuam ao lado do Estado, cooperando com ele estabelecendo parcerias com o poder pblico. So pessoas jurdicas de direito privado sem fins lucrativos criadas por particulares para a execuo de servios pblicos no exclusivos do Estado, previsto em lei. A lei 9637/98 autorizou que fossem repassados servios de: pesquisa cientfica, ensino, meio ambiente, cultura e sade. O instrumento para o repasse contrato de gesto art. 37, 8 ( um contrato diferente j que o contrato de gesto se celebra entre a Administrao direta e a indireta), dispensa licitao como acontece em todos os outros casos de transferncia de servio pblico (facilita o desvio do dinheiro pblico). Podem receber: dotaes oramentrias, bens pblicos atravs de uma permisso de uso, recebem servidores pblicos. PODERES ADMINISTRATIVOS O Executivo administrativa. quem preferencialmente atua na rea

FUNDAES PBLICA

- atividades atpicas da Administrao - executa servios sem fins lucrativos; - sem subordinao hierrquica; - imunidade de impostos; - oramento, patrimnio e receitas prprios; - submetem-se superviso do Ministrio competente controle finalstico;

Adm. PJ D Indireta Pblico io USP, UNB (podem Descentralizad Autorizao a ser CLT) Estatutr

Pode ser pblica ou privada (no integra a Administra o indireta). So pessoas jurdicas de direito privado compostas

EMPRESA PBLICA

- prestao de servios industriais ou atividades econmicas de interesse do Estado, ou consideradas como convenientes coletividade; - vinculadas e no subordinadas aos respectivos Ministrios; - sem privilgios administrativos ou processuais; - pagam tributos

por capital exclusivamente Adm. PJ D Indireta Privado CLT Nunca Descentralizad Autorizao a pblicos ou explorao de atividades econmicas sob qualquer modalidade empresarial Pessoa jurdica de estatutrio de servios Correios CEF criadas para a prestao Sempre pblico,

A Administrao Pblica dotada de determinados poderes para que algum possa fazer o que nos no podemos, ou seja, so instrumentos colocados disposio da Administrao para que ela desenvolva atividades objetivando os interesses estatais previstos na CF, cuja finalidade o bem comum. O Executivo essencialmente a Administrao Pblica, embora o Judicirio e o Legislativo existam relativamente ao seu apoio de trabalho. A Administrao Pblica, dotada de supremacia sobre os particulares, dotada tambm dos seguintes poderes administrativos: 1) Poder Vinculado (ou regrado) -> embora previsto na lei a ponto do administrador pblico ser uma espcie de rob para produo deste poder, s a Administrao Pblica que o detm. Se o administrador pblico fugir disciplina da lei, o ato ser invlido. Esse tipo de poder tem que ser exercido no estrito cumprimento da lei. Exs.: o Poder Pblico pode desapropriar um bem particular (isto est previsto na CF). No entanto, ele precisa enquadrar esta desapropriao na lei. No DL 3365/41 est escrito que o Poder Pblico pode desapropriar para corrigir as vias de circulao da cidade para revender aos particulares. Essa desapropriao pode ser tanto por interesse social como nas hiptese da lei. 2) Poder Discricionrio -> na prtica do poder discricionrio, o Administrador vai exercer sua funo com certa margem de liberdade, diante de cada caso concreto e segundo critrios subjetivos prprios, a fim de realizar os objetivos do ordenamento3122 - 4/15

SOCIEDADE ECONOMIA MISTA

- explorao de atividade econmica na forma de S/A (sempre); - destinadas a atividades de utilidade pblica, mas de natureza tcnica, industrial ou econmica; - Capital Estatal (50%+ 1 das aes) - vinculadas e no subordinadas aos respectivos Ministrios; - pagam tributos

direito privado criada para Adm. PJ D Indireta Privado CLT Banco do pblico ou Brasil Descentralizad Autorizao a estatutrios atividade econmica, com capital misto e na forma de S/A Nunca explorao de servio Sempre prestao de

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legal. J no poder vinculado, como j vimos, vai exerc-lo inteiramente regrado, inteiramente previsto na lei. No poder discricionrio, a prpria lei vai oferecer certa margem de liberdade ao administrador. So elementos do poder discricionrio o agente competente, a forma prevista em lei e a finalidade pblica, tal como ocorre num ato jurdico. No exerccio do Poder Vinculado se produz ato administrativo vinculado, onde o objeto a mensagem jurdica, o que altera a ordem jurdica. Na demisso por abandono de cargo, o agente competente pode ser o Prefeito; a forma, a demisso por decreto; a finalidade que a demisso para o aperfeioamento do servio pblico. Trata-se de um ato regrado produzido no exerccio do poder vinculado. No poder discricionrio, o agente, a forma e a finalidade esto previstos na lei, menos o objeto e o motivo, que embora presentes, no esto regrados, pois, nestes residem a margem de liberdade do administrador, que far uma reflexo de convenincia e oportunidade para a produo de uma soluo. Muitas vezes o administrador tem que avaliar o custobenefcio de uma situao para saber se deve ou no utilizar o poder discricionrio. Se todos os atos fossem vinculados, seria difcil a existncia do ordenamento jurdico. Trs so os fundamentos do poder discricionrio: I- Inteno deliberada do legislador em dotar a Administrao de certa liberdade para que possa decidir diante do caso concreto, tendo em conta a sua posio mais favorvel para reconhecer diante da multiplicidade dos fatos administrativos, a melhor maneira de realizao da finalidade legal. o legislador que intencionalmente reservou este campo de liberdade. Atende muito melhor o interesse da coletividade do que a lei, em relao a realidade local; II- Impossibilidade material do legislador prever todas as situaes fazendo com que a regulao seja mais flexvel para possibilitar a maior e melhor soluo dos acontecimentos sociais; III- Inviabilidade jurdica de suprimir-se a discricionariedade no regime de poder tripartido, porque o legislador para evit-la teria de afastar-se da abstrao que prpria das leis e acabaria invadindo o campo de individualizao que no lhe prprio por ser rea administrativa. A discricionariedade uma marca do Executivo. Os administradores, com certa margem de subjetivismo, vo dar a soluo para cada caso concreto. Por exemplo, as ruas, avenidas , praas e caladas so bens comuns que tm uma utilizao comum que institucional. O Poder Pblico, com discricionariedade, avaliando o interesse coletivo, num dado momento pode autorizar a colocao de uma banca de frutas no meio da praa. Ele discricionariamente permite isso porque entendeu que naquele determinado momento era importante para a coletividade que assim se fizesse acontecer. Essa atividade discricionria partiu do agente competente, com forma legal para atingir aquela finalidade pblica. O motivo e o objeto, embora presentes, no estavam previstos na lei, o que permitiu que o administrador pudesse refletir o que devia ser feito. O juiz no poder mandar retirar a banca de frutas da praa, ainda que ele entenda que a Administrao no foi feliz na adoo de tal critrio. A Administrao s sacrifica o bem particular se h interesse coletivo. Se h abuso de poder, ultrapassa-se da discricionariedade para a arbitrariedade. Torna-se importante dizer que se a discricionariedade preencher todos os requisitos legais, nem mesmo o Poder Judicirio pode revisar os atos ou substituir o critrio do Administrador Pblico. Existem algumas limitaes quanto ao uso do poder discricionrio. 3) Poder Hierrquico -> a Administrao Pblica tem um modelo de estrutura hierarquizada, simbolizada por alguns como trapzio, e por outros, como pirmide, cuja base comporta um determinado nmero de integrantes que vai diminuindo at o vrtice. Esta estrutura representa os rgos pblicos, espalhados por toda a Administrao. Eles tm suas hierarquias. Os Poderes Legislativo e Judicirio no apresentam hierarquias seno para o seu funcionamento. Esta hierarquia prpria da Administrao. Poder hierrquico aquele utilizado pelo Executivo para distribuir e escalonar as funes de seus rgos e servios, fixando

relao de subordinao entre os seus servidores. Ex.: Prefeito -> Secretrio da Sade -> Diretor de Sade -> Coordenador de Sade. Esse poderhierrquico existe determinados objetivos que so: para que sejam atingidos

a) ordenao ->por esta se reparte e se escalonam as funes entre os agentes do poder para maior eficincia no desempenho das funes; b) coordenao-> por esta se conjugam as funes, obtendo uma harmonia na sua efetivao, que resulta na perfeita execuo dos servios pertinentes a determinado rgo. Ex: a Prefeitura representa a comunidade na defesa de seus interesses. As suas funes so distribudas nos seus rgos (secretarias). Estas tm determinadas funes no conjunto desta administrao. possvel que esses rgos possam desenvolver determinadas atividades de maneira harmnica, como por exemplo, uma campanha de vacinao. O Prefeito (superior hierrquico) tem a possibilidade de chamar os seus secretrios e dizer: no dia tal eu pretendo vacinar toda a populao de Jundia contra meningite do tipo C. Assim, determina: a) ao Secretrio da Educao do Municpio que fornea os estabelecimentos de ensino como local para a vacinao; b) ao Secretrio da Sade do Municpio que providencie as vacinas; c) ao Secretrio dos Transportes do Municpio que providencie vrios nibus para o transportes das pessoas at os locais de vacinao etc.. Trata-se, portanto, de uma atividade coordenada; 3) controle -> permite o exato cumprimento das leis e instrues, inclusive do comportamento e da conduta de cada um deles; 4) correo -> os erros administrativos so corrigidos pela ao revisora dos superiores sobre os atos dos subalternos. Concluso: a hierarquia representa um instrumento de organizao e aperfeioamento do servio, agindo tambm como meio de responsabilizao dos agentes administrativos e impondolhes o dever de obedincia. Consideraes a respeito do dever de obedincia: 1) O subordinado no deve cumprir ordem manifestamente ilegal. Ex.: o chefe de um servio pblico determina ao seu subordinado hierrquico que compre um buqu de rosas com dinheiro pblico para presentear a sua namorada. Se este no cumprir esta ordem, no ser penalizado, pois trata-se de ordem manifestamente ilegal; 2) Esse respeito hierrquico do inferior para com o superior no pode suprimir o senso do legal e ilegal, do lcito e ilcito, do honesto e desonesto, porque ele seria nada mais do que um cumpridor de ordens sem a devida sensibilidade de saber se utilizar do senso subjetivo pessoal; 3) A iniciativa prpria do subalterno segundo a competncia legal deve ser respeitada. A ordem deve ser dada em conformidade com as atividades exercidas pela pessoa. Ex.: um topgrafo, ao receber ordens para executar um determinado servio de topografia, no poder descumpri-la. No entanto, no poder cumprir ordens para praticar servios aos quais no tem competncia; 4) No cabe ao subalterno a apreciao de convenincia e oportunidade das determinaes dos superiores hierrquicos. Ex.: o chefe do Posto de Sade de determinada cidade, fazendo uma perquirio a respeito de uma onda de mosquitos transmissores da dengue sobre o Municpio, chega a concluso que ser necessrio fumegar os riachos, limpar os vasos de plantas das casas, retirar todos os pneus, latas e garrafas velhas etc.. Dessa maneira, d ordens aos seus subordinados para que iniciem esta campanha a partir das 06 horas da manh do dia seguinte (lembrem-se: o professor disse que nesta hora os mosquitos sero pegos de surpresa, pois ainda esto dormindo!). A estes (aos subordinados), no cabe esta perquirio, ou seja, no podero apreciar a convenincia e oportunidade da ordem proferida pelo chefe do Posto de Sade. Os inferiores hierrquicos devem cumprir as ordens em razo do seu dever de obedincia. O descumprimento ou retardamento de ordem superior acarreta violao disciplinar e at crime penal (prevaricao, art. 319 do CP).

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Atos praticados por superiores hierrquicos: a) Dar ordens -> diante de cada caso concreto, os superiores determinam aos subalternos a prtica de ato especfico e tambm qual a sua conduta; b) Fiscalizar -> os superiores exercem vigilncia dos atos dos subordinados, visando enquadr-los nos padres legais e regulamentares. Eles podem delegar, ou seja, transmitir a outro competncia que originariamente lhe foi atribuda; c) Delegar -> conferir a outrem atribuies que originariamente competiam ao delegante. As delegaes dentro do mesmo poder so admissveis, desde que o delegado esteja em condies de exerc-las. Ex.: o agente fiscal de rendas pode transferir a outra pessoa uma competncia que a lei lhe conferiu. O que no se admite, no nosso sistema constitucional, a delegao de atribuies de um Poder a outro, como tambm no se permite delegao de atos de natureza poltica, como a do poder de tributar, a sano e o veto de lei. No mbito administrativo as delegaes so freqentes, e, como emanam do poder hierrquico, no podem ser recusadas pelo inferior, como tambm no podem ser subdelegadas sem expressa autorizao do delegante. Outra restrio delegao a de atribuio conferida pela lei especificamente a determinado rgo ou agente. Delegveis, portanto, so as atribuies genricas, no individualizadas nem fixadas como privativas de certo executor. 4) Poder Disciplinar -> uma faculdade conferida ao Administrador Pblico para reprimir as infraes funcionais dos seus funcionrios, assim como de outras pessoas ligadas aos rgos e servios administrativos. Utilizando-se do poder disciplinar, a Administrao vai verificar quais as infraes cometidas pelos diversos funcionrios, sejam eles serventurios estatutrios ou de carter precrio, podendo aplicar-lhes penas. O poder disciplinar nada tem a ver com o poder de punir (jus puniendi) do Estado. O diretor de uma escola utiliza o poder disciplinar no sentido de organizao, o que diferente do poder disciplinar utilizado pela Administrao. O poder disciplinar se refere aos servidores pblicos e as pessoas ligadas Administrao, enquanto que o poder punitivo do Estado alcana toda populao, inclusive os servidores pblicos. O poder disciplinar se refere as infraes no servio pblico; o poder punitivo do Estado se refere represso dos crimes e contravenes penais. O poder disciplinar se desenvolve internamente na Administrao Pblica (por ex.: controlando as faltas dos funcionrios e aplicando-lhes sanes); o poder punitivo do Estado vai ser realizado atravs do Poder Judicirio pelo seu brao criminal. O poder disciplinar tem uma finalidade pblica de aperfeioamento do servio pblico; o poder punitivo do Estado objetiva uma harmonia social, se as pessoas obedecerem as suas regras. Caso no obedeam, o Estado puni os infratores atravs de sanes. As regras do poder disciplinar e do poder punitivo so diferentes. No servio pblico no h pena privativa de liberdade, somente sanes administrativas. possvel que uma mesma infrao possa dar ensejo a punio disciplinar e criminal ao mesmo tempo, sem que com isto ocorra o bis in idem, pois, como j dissemos, as suas penas so diferentes. Assim, se um agente pblico leva para a sua casa um objeto pertencente a repartio onde trabalha, com o intuito de ficar com ele, est praticando crime de peculato (crime praticado por servidor pblico contra a Administrao Pblica, previsto no CP) e ao mesmo tempo, uma infrao administrativa (infrao disciplinar). Ser punido pelo Estado (pena privativa de liberdade) e tambm pela Administrao (demisso). Sempre que a infrao caracterizar um delito, haver infrao administrativa. O exerccio do poder disciplinar pela Administrao vai caracterizar o exerccio de um outro poder: o do poder discricionrio. Por exemplo, no campo criminal, o juiz, ao aplicar uma pena, ele o far com base no que est previsto na lei (pena em abstrato). No entanto, ele vai dosar a pena dentro de certos limites permitidos em cada caso concreto (pena concretizada). Assim, ao fixar a dosagem da sano, estar utilizando de discricionariedade. No campo administrativo, h um elenco muito pequeno de sanes para um universo imenso de infraes, cabendo ao administrador avaliar as situaes ocorridas, de acordo com o seu prudente critrio, aplicando a sano que julgar cabvel, oportuna e conveniente, dentre as que estiverem enumeradas em lei ou

regulamento para a generalidade das infraes administrativas. A lei 8112/90 surgiu para disciplinar as penalidades referentes as infraes praticadas pelos servidores pblicos. Entre as penalidades por ela elencadas, trs so as mais importantes: a advertncia, a suspenso e a demisso. Assim, o administrador, discricionariamente, adverte, suspende ou demite o servidor. Por outro lado, se a pena de demisso j prevista por lei, no se pode falar em discricionariedade. A demisso , portanto, vinculada. Exemplos de algumas situaes em que a demisso deve ser aplicada: abandono do cargo, insubordinao, improbidade administrativa, ofensa fsica, aplicao irregular do dinheiro pblico etc.. 5) Poder Regulamentar-> a faculdade de explicitar a lei, para a sua correta execuo ou, de expedir decretos normativos autnomos sobre matria de sua competncia, ainda no regulada por lei. Permite duas aes: a) existindo uma lei, a Administrao tem o poder de explicit-la (torn-la exeqvel). No Estado de S. Paulo, existe uma lei, de natureza tributria, que instituiu o ICMS, com 180 artigos. E para explic-la, existe um decreto regulamentar, que tem 800 artigos. Por ex., a sada de mercadoria de um determinado estabelecimento comercial, constituindo fato gerador de ICMS, deve ser taxada em determinada cifra sobre o valor da mesma (no nosso Estado esta taxa de 18%). Na prtica, de acordo com o decreto regulamentar referente a essa lei, o comerciante s estar obrigado a recolher esse imposto aps apurao do balano mensal referente a entrada e sada de todas as mercadorias do seu estabelecimento; b) o regulamento pode ser tambm autnomo (a Administrao Pblica emite decretos para situaes no previstas em lei). Ex.: os espaos como as piscinas, os teatros e os campos de futebol, so reas regulamentadas para o uso pblico, cuja utilizao necessita de requerimento para essa finalidade. O regulamento explica aquilo que foi dito genericamente na lei e a torna exeqvel. O Poder Regulamentar consiste em um poder inerente e privado do chefe do executivo, e, por isso, indelegvel a qualquer subordinado (art. 84, inc. IV da CF). O regulamento decorrente desse Poder Regulamentar o decreto regulamentar, que uma ordem dada para a Administrao Pblica. Esse decreto regulamentar um decreto especial que contm, portanto, esse poder, conhecido como regulamento, que se trata de um ato administrativo geral e normativo, expedido privativamente pelo chefe do executivo federal, estadual ou municipal, atravs de decreto, com o fim de explicar o modo e forma de execuo da lei ou prover situaes no disciplinadas por ela. Lei em sentido formal e material a norma geral e abstrata de conduta, aprovada pelo legislativo e sancionada pelo executivo. Tanto o decreto quanto a lei so normas genricas e abstratas. O decreto privativo do chefe do poder executivo e a lei tem que passar pela aprovao do legislativo. Formalmente, a lei diferente do decreto, mas no contedo igual a ele. A lei pode ou no ser regulamentada. Todo decreto regulamentar (regulamento) hierarquicamente inferior a lei, devendo-lhe ser fiel, s podendo explic-la. No entanto, o regulamento pode, em alguns casos, regrar uma situao ainda no prevista pela norma. Assemelha-se a lei pelo seu contedo e pelo seu poder normativo. Nem toda lei depende de regulamento para ser executada, mas toda e qualquer lei pode ser regulamentada se o executivo julgar conveniente faz-lo. Sendo ato inferior a lei, o regulamento no pode contrariar, nem restringir ou ampliar suas disposies. Se as leis trazem as recomendaes de serem regulamentadas, no so inexeqveis de expedio do decreto regulamentar. Consideraes: a) nem toda lei depende de regulamento (existem leis autoaplicveis). Por ex., todo empregado ao sair de frias tem direito a receber 1/3 a mais sobre o seu salrio. Trata-se de norma autoaplicvel; b) toda lei pode ser regulamentada, se o executivo julgar conveniente; c) o regulamento no pode contrariar, restringir ou ampliar a lei 3122 - 6/15

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s pode explicit-la; d) existem leis com determinao de serem regulamentadas. As vezes, nesta determinao existe um prazo. Assim, se o regulamento necessrio mas ainda no foi feito, o beneficirio poder valer-se do Mandado de Injuno para obteno de norma regulamentadora. 6) Poder de Polcia I- Conceitos de Poder de Polcia Hely Lopes Meirelles-> a faculdade que dispe a Administrao Pblica para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefcio da coletividade e do prprio Estado; No Brasil, como o poder de polcia tambm cuida da cobrana de taxas, tem que estar escrito em uma lei tributria que, quando algum pratica uma determinada ao, o Estado tem o direito de cobrar de quem a praticou. A lei tributria 5.172/66, no seu art. 78 contm um conceito legal de poder de polcia. Principais diferenas entre a Polcia Administrativa e a Polcia Judiciria e de Manuteno da Ordem Pblica: 1) Polcia Administrativa - age sobre bens, direito e atividade; encontra-se espalhada sobre toda Administrao; rege-se por normas administrativas; prevalentemente preventiva, podendo ser repressiva; 2) Polcia Judiciria e de Manuteno da Ordem Pblica atua sobre pessoas, individual ou coletivamente; concentrada em determinados rgos ou corporaes; rege-se por normas processuais penais e regulamentos; prevalentemente repressiva, podendo ser preventiva. II- Fundamento do Poder de Polcia a supremacia do Executivo sobre os particulares, que se revela nos mandamentos constitucionais e nas normas de Poder Pblico. Na estruturao do Estado, ao lhe entregamos esse poder para cuidar dos interesses coletivos, ele passa a interferir sobre cada um de ns, para satisfazer os interesses de todos. Essa supremacia no inveno da doutrina, est consagrada no ordenamento jurdico vigente, est dentro do texto constitucional. III- O Objeto do Poder de Polcia o bem, direito ou atividade individual que afeta a coletividade ou pe em risco a segurana nacional, exigindo regulamentao, controle, conteno do Poder Pblico, que vai resultar em restrio ao uso do bem, condio para exerccio de direito e limite execuo de atividade. No s a pessoa fsica, mas tambm a pessoa jurdica pode cometer infraes no campo do poder de polcia. IV- Finalidade do Poder de Polcia a proteo ao interesse pblico em sentido amplo, que deve ser interpretada, alm do campo material, tambm no campo moral e espiritual (proteo propriedade, s tradies, aos heris nacionais, ao folclore etc.). V- Extenso do Poder de Polcia Abrange tudo: proteo moral e bons costumes, propriedade, segurana nacional, construes, transportes, proteo ao meio ambiente etc. A cada um desses campos acaba surgindo uma polcia administrativa (polcia sanitria, das profisses, do comrcio, dos costumes etc.). As autoridades tm que ter a sensibilidade daquilo que se deve proteger, levando-se em conta o momento social. VI- Limite do Poder de Polcia a conciliao entre o interesse social e os direitos fundamentais do indivduo. Como o Estado cuida dos direitos coletivos num ambiente de plenitude de direitos individuais, na medida que vamos exerc-los, nos deparamos com outras pessoas que tambm pretendem exercer esses mesmos direitos e o Estado tem que achar esse ponto de equilbrio. VII- Atributos do Poder de Polcia O poder de polcia enseja a produo de atos administrativos

que tm determinadas qualificaes, que lhe so atributos. Diante de um ato e com a verificao do seu usufruto, podemos dizer se ou no ato de poder de polcia administrativa. VIII- Meios de atuao do Poder de Polcia No exerccio do poder de polcia, a Administrao prevalentemente preventiva. Nessa atuao so produzidas regras de comportamento em vrias reas (sanitria, de trnsito, de comrcio, de construo etc.) com um elenco de normas punitivas antecipadamente preparadas pelo poder executivo competente, para que todos tenham conhecimento delas e de suas sanes. Isto significa atuar de maneira preventiva. Aquele que pretende praticar uma determinada atividade deve dirigir-se Administrao competente, dizendo o que vai fazer. A Administrao , verificando o preenchimento das condies, vai manifestar-se sobre esse assunto. Ao deferir o pedido, documenta isso, expedindo um alvar, que um instrumento de licena ou de autorizao para a prtica de ato, realizao de atividade ou exerccio de direito, dependente de polcia administrativa. Assim, temos dois tipos de alvar: a) Alvar de licena Tem um carter de definitividade, sendo vinculante para a Administrao Pblica, quando expedido diante de um direito subjetivo com satisfao das normas administrativas. Exs.: licenciamento de veculo, licena para edificao etc.; b) Alvar de autorizao Tem o carter de ser precrio. Ele contm discricionariedade e representa uma liberalidade da Administrao, sem qualquer obstculo legal. Por ex., a Administrao Municipal ao autorizar a colocao de uma banca de revistas numa praa pblica, pode, a qualquer tempo, retir-la de l; da mesma forma, a autoridade policial que autoriza o cidado a portar arma, pode desfazer esta autorizao a qualquer tempo. O alvar pode revogado, cassado ou anulado, dependendo de cada caso concreto. Assim temos: Revogao - utilizada quando a Administrao, aps avaliar determinado ato, por razes de convenincia e oportunidade, o desfaz. No caso do alvar de licena, a revogao complicada, pois ela tem definitividade. No entanto, se ocorrer interesse pblico superveniente e justificado, pode ser possvel essa revogao, mediante indenizao do proprietrio. J no caso do alvar de autorizao, a revogao pode ocorrer sem indenizao ou qualquer compromisso da Administrao. Por ex., o porte de arma pode ser revogado em qualquer tempo, por deciso do executivo; Cassao - utilizada quando por descumprimento das normas legais de execuo. H um descumprimento das normas constitutivas. Por ex., o porte de arma tambm pode ser cassado, caso o indivduo o esteja portando ostensivamente; o alvar de licena para construo de um prdio pode ser cassado, se o mesmo for construdo com um nmero superior de andares, diferente daquele permitido pela Administrao; Anulao - utilizada quando tiver ocorrido ilegalidade na expedio do alvar. Por ex., alvar concedido por autoridade incompetente, ou mesmo que tenha sido concedido por autoridade competente mas com informaes incorretas prestadas pelo interessado, ou ainda, por falsificao de documentos ou atravs de meios ilcitos (ex.: um porte concedido para determinada arma e utilizado indevidamente para outra no autorizada). Obs: no h diferena entre alvar de licena e de autorizao, no tocante cassao. A Administrao continua permanentemente exercendo o poder de polcia atravs da fiscalizao. Assim, toda vez que ela detectar infraes, uma sano correspondente ser aplicada ao cidado infrator. IX- Condies de validade do Poder de Polcia O ato administrativo ato jurdico que tem determinados elementos em sua composio. So elementos do ato administrativo: o agente competente, a forma, a finalidade, o motivo e o objeto. Seja o ato vinculado ou discricionrio, ele contm, via de3122 - 7/15

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regra, esses cinco elementos. Entretanto, se o ato administrativo vinculado, todos os elementos esto previstos na lei; se ato administrativo discricionrio, somente os trs primeiros. O ato administrativo do poder de polcia essencialmente discricionrio. E sendo discricionrio, h um controle de validade na sua aplicao. Controlar a validade do ato discricionrio significa verificar: a) se o ato foi praticado por agente competente; b) se o ato foi praticado de forma legal; c) se o ato est atingindo uma finalidade pblica. Motivo nada mais do que uma situao de fato que surge e que solucionada pelo administrador, atravs de diversos meios, dentro da ordem jurdica. ATO ADMINISTRATIVO CONCEITO ATO ADMINISTRATIVO: o ato jurdico praticado pela Administrao Pblica; todo o ato lcito, que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos. S pode ser praticado por agente pblico competente. ESPCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS Atos Normativos: aqueles que contm um comando geral do Executivo, visando a correta aplicao da lei; estabelecem regras gerais e abstratas, pois visam a explicitar a norma legal. Exs.: Decretos, Regulamentos, Regimentos, Resolues, Deliberaes, etc. Atos Ordinatrios: visam disciplinar o funcionamento da Administrao e a conduta funcional de seus agentes. Emanam do poder hierrquico da Administrao. Exs.: Instrues, Circulares, Avisos, Portarias, Ordens de Servio, Ofcios, Despachos. Atos Negociais: aqueles que contm uma declarao de vontade do Poder Pblico coincidente com a vontade do particular; visa a concretizar negcios pblicos ou atribuir certos direitos ou vantagens ao particular. Ex.: Licena; Autorizao; Permisso; Aprovao; Apreciao; Visto; Homologao; Dispensa; Renncia; Atos Enunciativos: aqueles que se limitam a certificar ou atestar um fato, ou emitir opinio sobre determinado assunto; NO SE VINCULA A SEU ENUNCIADO. Ex.: Certides; Atestados; Pareceres. Atos Punitivos: atos com que a Administrao visa a punir e reprimir as infraes administrativas ou a conduta irregular dos administrados ou de servidores. a APLICAO do Poder de Policia e Poder Disciplinar. Ex.: Multa; Interdio de atividades; Destruio de coisas; Afastamento de cargo ou funo. REQUISITOS DO ATO ADMINISTRATIVO REQUISITOS Competncia, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto MACETE: COMMO O FORMA FINA ! COMPETNCIA: o poder, resultante da lei, que d ao agente administrativo a capacidade de praticar o ato administrativo; VINCULADO; o primeiro requisito de validade do ato administrativo. Inicialmente, necessrio verificar se a Pessoa Jurdica tem atribuio para a prtica daquele ato. preciso saber, em segundo lugar, se o rgo daquela Pessoa Jurdica que praticou o ato, estava investido de atribuies para tanto. Finalmente, preciso verificar se o agente pblico que praticou o ato, f-lo no exerccio das atribuies do cargo. O problema da competncia, portanto, resolve-se nesses trs aspectos. A competncia ADMITE DELEGAO E AVOCAO. Esses institutos resultam da hierarquia. FINALIDADE: o bem administrativo; VINCULADO; jurdico objetivado pelo ato

ato pelo DESVIO DE FINALIDADE especfica. Havendo qualquer desvio, o ato nulo por DESVIO DE FINALIDADE, mesmo que haja relevncia social. FORMA: a maneira regrada (escrita em lei) de como o ato deve ser praticado; o revestimento externo do ato; VINCULADO. Em princpio, exige-se a forma escrita para a prtica do ato. Excepcionalmente, admitem-se as ordens atravs de sinais ou de voz, como so feitas no trnsito. Em alguns casos, a forma particularizada e exige-se um determinado tipo de forma escrita. MOTIVO: a situao de direito que autoriza ou exige a prtica do ato administrativo; motivao obrigatria - ato vinculado pode estar previsto em lei (a autoridade s pode praticar o ato caso ocorra a situao prevista), motivao facultativa - ato discricionrio ou no estar previsto em lei (a autoridade tem a liberdade de escolher o motivo em vista do qual editar o ato); A efetiva existncia do motivo sempre um requisito para a validade do ato. Se o Administrador invoca determinados motivos, a validade do ato fica subordinada efetiva existncia desses motivos invocados para a sua prtica. a teoria dos Motivos Determinantes. OBJETO: o contedo do ato; a prpria alterao na ordem jurdica; aquilo que o ato dispe. Pode ser VINCULADO ou DISCRICIONRIO. ato vinculado o objeto j est predeterminado na lei (Ex.: aposentadoria do servidor). ato discricionrio h uma margem de liberdade do Administrador para preencher o contedo do ato (Ex.: desapropriao cabe ao Administrador escolher o bem, de acordo com os interesses da Administrao).

MOTIVO e OBJETO, nos chamados atos discricionrios, caracterizam o que se denomina de MRITO ADMINISTRATIVO.MRITO ADMINISTRATIVO corresponde esfera de discricionariedade reservada ao Administrador e, em princpio, no pode o Poder Judicirio pretender substituir a discricionariedade do administrador pela discricionariedade do Juiz. Pode, no entanto, examinar os motivos invocados pelo Administrador para verificar se eles efetivamente existem e se porventura est caracterizado um desvio de finalidade. ATRIBUTOS E QUALIDADES DO ATO ADMINISTRATIVO PAI) (

PRESUNO DE LEGITIMIDADE: todo ato administrativo presume-se legtimo, isto , verdadeiro e conforme o direito; presuno relativa (juris tantum). Ex.: Execuo de Dvida Ativa cabe ao particular o nus de provar que no deve ou que o valor est errado. IMPERATIVIDADE: a qualidade pela qual os atos dispem de fora executria e se impem aos particulares, independentemente de sua concordncia; Ex.: Secretrio de Sade quando dita normas de higiene decorre do exerccio do Poder de Polcia pode impor obrigao para o administrado. o denominado poder extroverso da Administrao. AUTO-EXECUTORIEDADE: o atributo do ato administrativo pelo qual o Poder Pblico pode obrigar o administrado a cumpr-lo, independentemente de ordem judicial;

O ato deve alcanar a finalidade expressa ou implicitamente prevista na norma que atribui competncia ao agente para a sua prtica. O Administrador no pode fugir da finalidade que a lei imprimiu ao ato, sob pena de NULIDADE do

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CLASSIFICAO DOS ATOS ADMINISTRATIVOSQuanto aos ATOS Exemplos

ANULAO, REVOGAO E CONVALIDAO DO ATO ADMINISTRATIVO ANULAO E REVOGAO "A Administrao deve anular seus prprios atos, quando eivados de vcios de legalidade, e pode revog-los por motivo de convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos" . "O direito da Administrao de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favorveis para os destinatrios decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada m-f" "Quando importem anulao, revogao ou convalidao de ato administrativo os atos administrativos devero ser motivados, com indicao dos fatos e dos fundamentos jurdicos ". Smula 473 do STF : A Administrao pode anular seus prprios atos, quando eivados de vcios que os tornem ilegais, porque deles no se originam direitos; ou revog-los, por motivo de convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciao judicial. Principais lies : A Administrao com relao aos seus atos administrativos pode : ANULAR quando ILEGAIS. REVOGAR quando INCOVENIENTES INOPORTUNOS ao interesse publico.

Edital; destinam-se a uma parcela grande de sujeitos indeterminados e todos aqueles que se vem abrangidos pelos seus preceitos;

Gerais

Regulamentos;

Instrues.

Demisso; destina-se a uma pessoa em particular ou a um grupo de pessoas determinadas . Exonerao;

Destinatrios

Individuais

Outorga Licena

de

Circulares; Internos os destinatrios so os rgos e agentes da Administrao; no se dirigem a terceiros Portarias; Instrues;

Externos Alcance

alcanam os administrados de modo geral (s entram em vigor depois de publicados).

Admisso;

ou

Licena.

O Judicirio com relao aos atos administrativos praticados pela Administrao pode : ANULAR quando ILEGAIS.

Imprio

aquele que a administrao pratica no gozo de suas prerrogativas; em posio de supremacia perante o administrado;

Desapropriao; Interdio; Requisio.

Assim : Revogao - supresso de um ato administrativo legtimo e eficaz realizada pela Administrao - e somente por ela - por no mais lhe convir sua existncia. Anulao - invalidao de um ato ilegtimo e ilegal, realizada realizada pela Administrao ou pelo Judicirio. Concluso : a administrao controla seus prprios atos em toda plenitude, isto , sob aspectos de legalidade, e de mrito (oportunidade e convenincia), ou seja, exerce a autotutela. o controle judicial sobre o ato administrativos se restringe ao exame dos aspectos de legalidade. EFEITOS DECORRENTES : A revogao gera efeitos - EX NUNC - ou seja, a partir da sua declarao. No retroage. A anulao gera efeitos EX TUNC (retroage data de incio dos efeitos do ato). CONVALIDAO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Alienao e so os praticados pela Administrao em situao de igualdade com os particulares, SEM USAR SUA SUPREMACIA;

Gesto

Aquisio de bens;

Certides aqueles praticados por agentes subalternos; atos de rotina interna;

Objeto

Expediente

Protocolo

Vinculado

quando agente, escolha, sujeitar s da Lei;

no h, para o liberdade de devendo se determinaes

Licena;

Pedido de Aposentadoria

Regramento

Discricionrio

quando h liberdade de escolha (na LEI) para o agente, no que diz respeito ao mrito ( CONVENINCIA e OPORTUNIDADE ). produzido por um nico rgo; podem ser simples singulares ou simples colegiais. produzido por um rgo, mas dependente da ratificao de outro rgo para se tornar exeqvel. resultam da soma de vontade de 2 ou mais rgos. No deve ser confundido com procedimento administrativo (Concorrncia Pblica).

Autorizao

A convalidao o refazimento de modo vlido e com efeitos retroativos do que fora produzido de modo invlido(Celso Antnio Bandeira de Mello, 11 edio, editora Melhoramentos, 336). "Os atos que apresentem defeitos sanveis podero ser convalidados pela prpria Administrao em deciso na qual se evidencie no acarretarem leso ao interesse pblico nem prejuzo a terceiros " . Assim : S admissvel o instituto da convalidao para a doutrina dualista, que aceita possam os atos administrativos ser nulos ou anulveis. Os vcios sanveis possibilitam a convalidao, ao passo que os vcios insanveis impedem o aproveitamento do ato,

Simples

Despacho

Composto

Dispensa licitao

de

Formao do ATO

Complexo

Escolha em lista trplice

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Os efeitos da convalidao so ex-tunc (retroativos). Para retirar o ato do ordenamento:Espcies Anulao Objeto Ilegalidade do ato Titular - Administrao - Judicirio XXXV) Revogao Razes de convenincia e - Administrao oportunidade (o ato vlido, porm, no mais conveniente Efeitos Ex tunc (5, (j nasceu ilegal) Ex nunc (os efeitos gerados at o momento so vlidos)

ESPCIES DE ATOS Celso Albuquerque Quanto as espcies devem os atos ser agrupados de um lado sob o aspecto formal e de outro lado sob o aspecto material ( ou seu contedo). A terminologia utilizada diverge bastante entre os autores. Espcies de Atos quanto forma de exteriorizao : Decretos so editados pelos Chefes do Poder Executivo, Presidente, Governadores e Prefeitos para fiel execuo das leis (CF/88,art. 84, IV); Resolues praticados pelos rgos colegiados em suas deliberaes administrativas ,a exemplo dos diversos , Tribunais (Tribunais Judicirios, Tribunais de Contas ) e Conselhos (Conselhos de Contribuintes, Conselho Curador do FGTS, Conselho Nacional da Previdncia Social) ; Instrues, Ordens de servio, Avisos - utilizados para a Administrao transmitir aos subordinados a maneira de conduzir determinado servio; Alvars - utilizados para a expedio de autorizao e licena, denotam aquiescncia da Administrao no sentido de ser desenvolvida certa atividade pelo particular. Ofcios - utilizados pelas autoridades administrativas para comunicarem-se entre si ou com terceiros. So as cartas ofcios, por meio delas expedem-se agradecimentos, encaminhamse papis, documentos e informaes em geral. Pareceres - manifestam opinies ou pontos de vista sobre matria submetida a apreciao de rgos consultivos. Espcies de Atos quanto ao contedo dos mesmos : Admisso o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administrao faculta a algum a incluso em estabelecimento governamental para o gozo de um servio pblico. Exemplo : ingresso em estabelecimento oficial de ensino na qualidade de aluno; o desfrute dos servios de uma biblioteca pblica como inscrito entre seus usurios. O ato de admisso no pode ser negado aos que preencham as condies normativas requeridas. Aprovao o ato unilateral e discricionrio pelo qual a Administrao faculta a prtica de ato jurdico (aprovao prvia) ou manifesta sua concordncia com ato jurdico j praticado (aprovao a posteriori). Licena - o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administrao consente ao particular o exerccio de uma atividade. Exemplo : licena para edificar que depende do alvar. Por ser ato vinculado, desde que cumpridas as exigncias legais a Administrao no pode neg-la. Autorizao - e o ato unilateral e discricionrio pelo qual a Administrao, analisando aspectos de convenincia e oportunidade faculta ao particular o exerccio de atividade de carter material. Numa segunda definio o ato pelo qual a administrao faculta ao particular o uso privativo de um bem pblico. Exemplos : autorizao de porte de arma, autorizao para explorao de jazida mineral (CF, art. 146, pargrafo nico). A diferena em relao a Licena que a Administrao pode negar a autorizao. Homologao o ato unilateral e vinculado de controle pelo qual a Administrao concorda com um ato jurdico, ou srie de atos (procedimento), j praticados verificando a consonncia deles com os requisitos legais condicionadores de sua vlida emisso.

Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte: (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) III - o prazo de validade do concurso pblico ser de at dois anos, prorrogvel uma vez, por igual perodo; IV - durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, aquele aprovado em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos ser convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; V - os cargos em comisso e as funes de confiana sero exercidos, preferencialmente, por servidores ocupantes de cargo de carreira tcnica ou profissional, nos casos e condies previstos em lei; V - as funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condies e percentuais mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e assessoramento; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) VI - garantido ao servidor pblico civil o direito livre associao sindical; VII - o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei especfica; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) VIII - a lei reservar percentual dos cargos e empregos pblicos para as pessoas portadoras de deficincia e definir os critrios de sua admisso; IX - a lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico; X - a remunerao dos servidores pblicos e o subsdio de que trata o 4 do art. 39 somente podero ser fixados ou alterados por lei especfica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada reviso geral anual, sempre na mesma data e sem distino de ndices; XI - a remunerao e o subsdio dos ocupantes de cargos, funes e empregos pblicos da administrao direta, autrquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes polticos e os proventos, penses ou outra espcie remuneratria, percebidos cumulativamente ou no, includas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, no podero exceder o subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicandose como li-mite, nos Municpios, o subsdio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsdio mensal do Governador no mbito do Poder Executivo, o subsdio dos Deputados Estaduais e Distritais no mbito do Poder Legislativo e o sub-sdio dos Desembargadores do Tribunal de Justia, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centsimos por cento do subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tri-bunal Federal, no mbito do Poder Judicirio, aplicvel este limite aos membros do Ministrio Pblico, aos Procuradores e aos Defensores Pblicos; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 41, 19.12.2003) XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judicirio no podero ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; XIII - vedada a vinculao ou equiparao de quaisquer espcies remuneratrias para o efeito de remunerao de pessoal do servio pblico; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) XIV - os acrscimos pecunirios percebidos por servidor pblico no sero computados nem acumulados para fins de concesso de acrscimos ulteriores; XV - o subsdio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos pblicos so irredutveis, ressalvado o disposto nos3122 - 10/15

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incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, 4, 150, II, 153, III, e 153, 2, I; XVI - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto, quando houver compatibilidade de horrios, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro tcnico ou cientfico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de sade, com profisses regulamentadas; XVII - a proibio de acumular estende-se a empregos e funes e abrange autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista, suas subsidirias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder pblico XVIII - a administrao fazendria e seus servidores fiscais tero, dentro de suas reas de competncia e jurisdio, precedncia sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; XIX - somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei complementar, neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao; XX - depende de autorizao legislativa, em cada caso, a criao de subsidirias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participao de qualquer delas em empresa privada; XXI - ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios, compras e alienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que assegure igualdade de condies a todos os concorrentes, com clusulas que estabeleam obrigaes de pagamento, mantidas as condies efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitir as exigncias de qualificao tcnica e econmica indispensveis garantia do cumprimento das obrigaes. XXII - as administraes tributrias da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras especficas, tero recursos prioritrios para a realizao de suas atividades e atuaro de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informaes fiscais, na forma da lei ou convnio. 1 - A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos. 2 - A no observncia do disposto nos incisos II e III implicar a nulidade do ato e a punio da autoridade responsvel, nos termos da lei. 3 A lei disciplinar as formas de participao do usurio na administrao pblica direta e indireta, regulando especialmente: I - as reclamaes relativas prestao dos servios pblicos em geral, asseguradas a manuteno de servios de atendimento ao usurio e a avaliao peridica, externa e interna, da qualidade dos servios II - o acesso dos usurios a registros administrativos e a informaes sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5, X e XXXIII; III - a disciplina da representao contra o exerccio negligente ou abusivo de cargo, emprego ou funo na administrao pblica 4 - Os atos de improbidade administrativa importaro a suspenso dos direitos polticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao errio, na forma e gradao previstas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel. 5 - A lei estabelecer os prazos de prescrio para ilcitos praticados por qualquer agente, servidor ou no, que causem prejuzos ao errio, ressalvadas as respectivas aes de ressarcimento. 6 - As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa. 7 A lei dispor sobre os requisitos e as restries ao ocupante de cargo ou emprego da administrao direta e indireta que possibilite o acesso a informaes privilegiadas 8 A autonomia gerencial, oramentria e financeira dos rgos e entidades da administrao direta e indireta poder ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder pblico, que tenha por objeto a fixao de metas de desempenho para o rgo ou entidade, cabendo lei

dispor sobre: I - o prazo de durao do contrato; II - os controles e critrios de avaliao de desempenho, direitos, obrigaes e responsabilidade dos dirigentes; III - a remunerao do pessoal. 9 O disposto no inciso XI aplica-se s empresas pblicas e s sociedades de economia mista, e suas subsidirias, que receberem recursos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. 10. vedada a percepo simultnea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remunerao de cargo, emprego ou funo pblica, ressalvados os cargos acumulveis na forma desta Constituio, os cargos eletivos e os cargos em comisso declarados em lei de livre nomeao e exonerao. 11. No sero computadas, para efeito dos limites remuneratrios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de carter indenizatrio previstas em lei. 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu mbito, mediante emenda s respectivas Constituies e Lei Or gnica, como limite nico, o subsdio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justia, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centsimos por cento do subsdio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no se aplicando o disposto neste pargrafo aos subsdios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. Art. 38. Ao servidor pblico da administrao direta, autrquica e fundacional, no exerccio de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposies: I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficar afastado de seu cargo, emprego ou funo; II - investido no mandato de Prefeito, ser afastado do cargo, emprego ou funo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao; III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horrios, perceber as vantagens de seu cargo, emprego ou funo, sem prejuzo da remunerao do cargo eletivo, e, no havendo compatibilidade, ser aplicada a norma do inciso anterior; IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exerccio de mandato eletivo, seu tempo de servio ser contado para todos os efeitos legais, exceto para promoo por merecimento; V - para efeito de benefcio previdencirio, no caso de afastamento, os valores sero determinados como se no exerccio estivesse. Seo II DOS SERVIDORES PBLICOS Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro, no mbito de sua competncia, regime jurdico nico e planos de carreira para os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e das fundaes pblicas. (Vide ADIN n 2.135-4) 1 A fixao dos padres de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratrio observar: I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira; II - os requisitos para a investidura; III - as peculiaridades dos cargos. 2 A Unio, os Estados e o Distrito Federal mantero escolas de governo para a formao e o aperfeioamento dos servidores pblicos, constituindo-se a participao nos cursos um dos requisitos para a promoo na carreira, facultada, para isso, a celebrao de convnios ou contratos entre os entes federados. 3 Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo pblico o disposto no art. 7, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admisso quando a natureza do cargo o exigir. 4 O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretrios Estaduais e Municipais sero remunerados exclusivamente por subsdio fixado em parcela nica, vedado o acrscimo de qualquer gratificao, adicional, abono, prmio, verba de representao ou outra espcie remuneratria, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. 5 Lei da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios poder estabelecer a relao entre a maior e a menor remunerao dos servidores pblicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.3122 - 11/15

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6 Os Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio publicaro anualmente os valores do subsdio e da remunerao dos cargos e empregos pblicos. 7 Lei da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios disciplinar a aplicao de recursos oramentrios provenientes da economia com despesas correntes em cada rgo, autarquia e fundao, para aplicao no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernizao, reaparelhamento e racionalizao do servio pblico, inclusive sob a forma de adicional ou prmio de produtividade. 8 A remunerao dos servidores pblicos organizados em carreira poder ser fixada nos termos do 4. Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, includas suas autarquias e fundaes, assegurado regime de previdncia de carter contributivo e solidrio, mediante contribuio do respectivo ente pblico, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critrios que preservem o equilbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. 1 Os servidores abrangidos pelo regime de previdncia de que trata este artigo sero aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos 3 e 17: I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuio, exceto se decorrente de acidente em servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel, na forma da lei; II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio; III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mnimo de dez anos de efetivo exerccio no servio pblico e cinco anos no cargo efetivo em que se dar a aposentadoria, observadas as seguintes condies: a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuio, se homem, e cinqenta e cinco anos de idade e trinta de contribuio, se mulher; b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio. 2 - Os proventos de aposentadoria e as penses, por ocasio de sua concesso, no podero exceder a remunerao do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referncia para a concesso da penso. 3 Para o clculo dos proventos de aposentadoria, por ocasio da sua concesso, sero consideradas as remuneraes utilizadas como base para as contribuies do servidor aos regimes de previdncia de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. 4 vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a concesso de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I portadores de deficincia; II que exeram atividades de risco; III cujas atividades sejam exercidas sob condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica. 5 - Os requisitos de idade e de tempo de contribuio sero reduzidos em cinco anos, em relao ao disposto no 1, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exerccio das funes de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio. 6 - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumulveis na forma desta Constituio, vedada a percepo de mais de uma aposentadoria conta do regime de previdncia previsto neste artigo. 7 Lei dispor sobre a concesso do benefcio de penso por morte, que ser igual I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, at o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado data do bito; ou II - ao valor da totalidade da remunerao do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, at o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do bito. 8 assegurado o reajustamento dos benefcios para preservar-lhes, em carter permanente, o valor real, conforme critrios estabelecidos em lei.

9 - O tempo de contribuio federal, estadual ou municipal ser contado para efeito de aposentadoria e o tempo de servio correspondente para efeito de disponibilidade. 10 - A lei no poder estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuio fictcio. 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulao de cargos ou empregos pblicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuio para o regime geral de previdncia social, e ao montante resultante da adio de proventos de inatividade com remunerao de cargo acumulvel na forma desta Constituio, cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao, e de cargo eletivo. 12 - Alm do disposto neste artigo, o regime de previdncia dos servidores pblicos titulares de cargo efetivo observar, no que couber, os requisitos e critrios fixados para o regime geral de previdncia social. 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao bem como de outro cargo temporrio ou de emprego pblico, aplica-se o regime geral de previdncia social. 14 - A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, desde que instituam regime de previdncia complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, podero fixar, para o valor das aposentadorias e penses a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201. 15. O regime de previdncia complementar de que trata o 14 ser institudo por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus pargrafos, no que couber, por intermdio de entidades fechadas de previdncia complementar, de natureza pblica, que oferecero aos respectivos participantes planos de benefcios somente na modalidade de contribuio definida 16 - Somente mediante sua prvia e expressa opo, o disposto nos 14 e 15 poder ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no servio pblico at a data da publicao do ato de instituio do correspondente regime de previdncia complementar. 17. Todos os valores de remunerao considerados para o clculo do benefcio previsto no 3 sero devidamente atualizados, na forma da lei. 18. Incidir contribuio sobre os proventos de aposentadorias e penses concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigncias para aposentadoria voluntria estabelecidas no 1, III, a, e que opte por permanecer em atividade far jus a um abono de permanncia equivalente ao valor da sua contribuio previdenciria at completar as exigncias para aposentadoria compulsria contidas no 1, II. 20. Fica vedada a existncia de mais de um regime prprio de previdncia social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, 3, X. 21. A contribuio prevista no 18 deste artigo incidir apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de penso que superem o dobro do limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201 desta Constituio, quando o beneficirio, na forma da lei, for portador de doena incapacitante. Art. 41. So estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico. 1 O servidor pblico estvel s perder o cargo: I - em virtude de sentena judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. 2 Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estvel, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remunerao proporcional ao tempo de servio. 3 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o3122 - 12/15

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servidor estvel ficar em disponibilidade, com remunerao proporcional ao tempo de servio, at seu adequado aproveitamento em outro cargo. 4 Como condio para a aquisio da estabilidade, obrigatria a avaliao especial de desempenho por comisso instituda para essa finalidade.

entidades publicas - lei especifica cria - autarquia - lei especifica autoriza XIX e XX - fundao com lei complementar definindo a sua rea de atuao. - empresa pblica - sociedade de economia mista - autorizao legislativa - subsidiaria para todas acima. - participao em empresa privada.

CARGOS E FUNES PUBLICAS ART. 37I N C I S O D E S C R I O - Brasileiros: preencham os requisitos estabelecidos em lei - Estrangeiros: na forma da lei.

I

Licitao II Forma de investidura - efetivo - provas e provas e ttulos - em comisso declarados em lei - agente temporrios Prazo de validade III E IV - 2 anos prorrogvel por igual perodo - Durante a validade ser convocado candidato aprovado No observncia das regras 2 - nulidade do ato - punio da autoridade responsvel forma da lei XXI - aplica-se: - obras - servios - compras - alienaes - ressalvado legislao. - Princpios - igualdade de condio aos concorrentes - possuir clusulas que obrigue o pagamento mantidas as condies da proposta - qualificao tcnica financeira apenas as mnimas a manuteno do contrato.

Cargos de Direo, Chefia e Assessoramento V - funo de confiana efetivo - cargos em comisso - condies e % min definidos em lei descrio

1. Impessoalidade - carter educativo / informativo /orientao social - proibido - nomes / frases / smbolos / imagens - promoo pessoal de autoridades / servidores 3. Participao na administrao pblica - forma da lei - principalmente - reclamaes relativas a prestao de servios - avaliao peridicas interna e externa - acesso a registros administrativos. assegurando: - inviolveis vida privada/honra/ imagem, - as de interesse pessoal / coletivo ( salvo sigilo) - sobre o uso (pelo servidor) do cargo de forma abusiva ou negligente 4 e 5. Improbidade administrativa punio - suspenso dos direitos polticos - perda da funo pblica - indisponibilidade dos bens - ressarcimento ao errio - sem prejuzo da ao penal cabvel - cabe a lei: - forma - graduao - prazo de prescrio ( ressalvadas ao de ressarcimento) 6. Responsabilidade civil - administrao + prestadoras de servios pblicos - responde por dano causado pelo agente 3 - direito de regresso contra o agente se este agiu com dolo ou culpa. 7. Informao privilegiada - requisitos em lei para ocupante de cargo ou funo pblica 8. Autonomia gerencial / oramentaria / financeira - administrao direta e indireta - entre os administradores e o poder pblico - objetivos fixar metas de desempenho - lei deve dispor sobre - o prazo - controles / avaliao - obrigao / responsabilidade dos dirigentes - remunerao de pessoa ( abre excedente a regra do teto mx para empresa e sociedade)

VI E VII

Direito de sindicalizao e Greve - greve a ser regulamentada Contrato temporrio

VIII

- necessidade temporria - interesse pblico - concurso pblico

Deficiente fsico IX Lei reservar percentual

Remunerao X a XI c/ 9 - fixados e alterados por lei especifica - respeitando a competncia para propor a lei - reviso geral - anual - mesma data - sem distino de ndice - Mx subsidio mensal do Ministro do STF - igualdade entre vencimentos dos 3 poderes. - vedado vinculao ou equiparao de qualquer espcie remuneratoria - Um acrscimo pecunirio no leva e acumulvel para qualquer fim . - Irredutibilidade de salrios salvo - atingir o teto do STF - no acumulao de subsdios - Aplica-se a Empresa e Sociedade desde que estas usem recursos do tesouro.

Acumulao de cargo (funo) pblica - salvo - 2 de professor - professor + tcnico ou cientfico - 2 de mdico - condies - compatibilidade de horrio - teto mximo subsdio do ministro do STF - estende-se a toda a administrao direta, indireta e paraestatais - proibido para aposentado salvo se a aposentadoria se deu em cargo que seja proibido acumular.

XVI e XVII

Fazenda tem prioridade XVIII - seus servidores sobre os demais - administrao sobre mesmo reas de competncia e jurisdio - forma da lei

Regra para mandato eletivo art. 38 Valida para - administrao direta - autarquias3122 - 13/15

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- fundaes A. Mandato ( Eletivo ) Federal / Estadual / Distrital Prefeito - Vereador afastado afastado + optar pela remunerao. * Compatibilidade de horrios acumula c/ remunerao por ambos * No h compatibilidade de horrios afastado + optar pela remunerao

proibido critrio diferenciado salvo condies especiais (prejudicar sade/integridade fsica) proibido acumular salvo cargos se de cargos acumulveis ( TEC/PRO - PRO/PRO - MED/MED) pensionista por morte - penso integral. (na ativa proporcional) vantagens na ativa - vantagens na inativa tempo de contribuio ( Federal, estadual, Aposentadoria tempo de servio municipal) Disponibilidade

- tempo de servio contado normalmente (exceto promoo por merecimento ) - beneficio previdencirio - como estivesse em exerccio B. Servidores Pblicos Unio conselho de poltica e administrao Estados e remunerao de pessoal Municpios - Membros designados pelos respectivos poderes - possibilidade de +1 regime jurdico para servidores civis a natureza grau de responsabilidade cargos complexidade pertencentes a carreira padro de vencimento requisitos para investidura peculiaridade do cargo

proibido contagem de tempo fictcio. limite : subsidio do ministro do STF subsidirio: regime geral de previdncia Empregado publico, cargo em comisso ou temporrio: Regime geral de previdncia. Se institudo previdncia complementar (servidor efetivo) pode usar limite do INSS (no regulamentado) previdncia complementar - lei complementar admitido at a data da entrada em vigor desta lei - apenas se o servidor optar por tal sistema. Por idade/ tempo de contribuio (regra para decorar a tabela)

padro de vencimento

Proporcional 65 anos para homem. Para total retirar 5 anos e acrescentar 35 anos de contribuio. Para mulher retirar 5 anos. Para professor (1 e 2 ) retirar 5 anos (apenas total) D. Estabilidade - 3 anos de efetivo exerccio - servidor nomeado em cargo de provimento efetivo - em concurso pblico - avaliao por comisso de desempenho instituda com este fim S perde o cargo - sentena judicial transito em julgado - Proc. Adm. Discip. processo administrativo disciplinar ampla defesa - Avaliao peridica de desempenho lei complementar ampla defesa. Invalidado a demisso (sentena judicial) demitido - reintegrado Disponibilidade - extinto o cargo / declarado sua desnecessidade - remunerao proporcional ao tempo de servio - durao: aproveitamento em outro cargo. Militares Estaduais, Distritais e Territoriais - Membros das polcias militares - Membros dos corpos dos bombeiros militares - Organizados com base hierrquica e disciplina - Patentes conferidas pelos governo Aplica-se: MILITARES DO ESTADO, DF, TERRITRIOSelegibilidade < 10 anos afastar > 10 anos agregar pela autoridade superior se eleito passa a inatividade.

formao e aperfeioamento de pessoal Escola de governo 1 dos requisitos para promoo de pessoal convnios entre entes federados | facultada

membro de poder detentor de mandato eletivo ministro de estado secretrios Estaduais / municipais

remunerao : subsidio parcela nica

estabelecido em lei (federal, estadual, municipal)

Relao entre maior e menor remunerao- no pode o maior salrio ultrapassar o subsidio do ministro do STF

Publicao dos subsdios / remunerao servio publico - anual - por poder Sobras oramentrias (Administrao direta, autarquias e fundaes) 1. disciplinado por lei (federal, estadual, municipal) 2. usos - programas de qualidade e produtividade - treinamento e desenvolvimento - modernizao - reaparelhamento - racionalizao do servio pblico - prmio por produtividade. C. Previdncia do servidor publico Servidor Efetivo Unio Estados(DF), Municpios. Regime de previdncia de carter contribuitivo. (tempo de contribuio) Critrios que preservem o equilbrio financeiro e atuarial. base remunerao do cargo efetivo 1