Apostila Sustentabilidade No Negócio 2012

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    PGVE ‐ Programa de Gestão e Vivência Empresarial 

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    PGVE ‐ Programa de Gestão e Vivência Empresarial 

    Sumário

    Sustentabilidade 03

    O que é Sustentabilidade 04

    Sustentabilidade Ambiental 05

    Sustentabilidade Econômica 07

    Sustentabilidade Social 09

    Sustentabilidade Empresarial 11

     Auto-aval iação “Que tipo de cultura que mais lhe convém?” 13

    Governança 14

    Responsabilidade social 19

    Texto de Apoio “Doações para programas sociais partem até do dono da empresa” 22

    Responsabilidade Ambiental 23

    Responsabilidade empresarial 24

    Case “A Unilever adota cidade no interior de Pernambuco” 26

    Ética e Conduta 29

    Texto de Apoio “Responsabilidade social adia mudança na produção da Mazda” 33

     Auto-aval iação “Qual seu estilo de liderança?” 34

    Sucessão 36Texto de Apoio “Como evitar que a dinastia vire um episódio de Dallas” 40

    Resistência Individual a mudança 43

    Resistência Organizacional a mudança 44

     Auto-aval iação “O que motiva você?” 47

    Preparo da sucessão 48

     Auto-aval iação “Até que ponto você é bom para lidar com a mudança

    associada ao trabalho?” 50

    Plano de vida 51

    Bibliografia 53

     Anexos 55

    Anexo 1 Análise Auto-avaliação “Que tipo de cultura mais lhe convém?” 55

    Anexo 2 – Análise Auto-avaliação “Qual seu estilo de liderança” 56

    Anexo 3 - Análise auto-avaliação “O que motiva você? 58

    Anexo 4 – Análise Auto-avaliação “Até que ponto você é bom para lidar com

    a mudança associada ao trabalho?” 59

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    PGVE ‐ Programa de Gestão e Vivência Empresarial 

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    “É preciso mudar o modelo mental dos líderes. O líder é quem traça o caminho que 

    as pessoas vão seguir dentro da empresa. E a questão da sustentabilidade exige um 

    novo modelo mental” 

    Cláudio Boechat,

    Gerente de projetos do Núcleo Andrade Gutierrez de Sustentabilidade e

    Responsabilidade Corporativa da Fundação Dom Cabral 

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    1º de um lado, aqueles, genericamente classificados de possibilistas 

    culturais (ou ‘tecno-centricos’ radicais), para os quais, os limites ambientais ao

    crescimento econômico são relativos diante da capacidade inventiva da

    humanidade. Consideravam o processo de crescimento econômico como uma

    força positiva, que seria capaz, de eliminar por si só as disparidades sociais,

    com um custo ecológico  tão inevitável quanto irrelevante diante dos

    benefícios obtidos; (ROMEIRO, 1999)

    2º de outro lado, os deterministas geográficos (ou ‘eco-centricos’

    radicais), para os quais o meio ambiente apresenta limites absolutos  ao

    crescimento econômico, sendo que a humanidade estaria próxima da

    catástrofe. Mantidas as taxas observadas de expansão de recursos naturais

    (esgotamento) e de utilização da capacidade de assimilação do meio

    (poluição) (ROMEIRO, 1999).

    Outros movimentos sucederam o Clube de Roma, buscando discutir as

    questões de sustentabilidade, a figura 2, a seguir, tenta resumir esta evolução de

    ações.

    Figura 2: Evolução Histórica dos Conceitos Ambientais no Brasil

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    necessário que medidas tanto estatais quanto políticas, sejam adotadas, visando

    favorecer a adoção de da implantação de uma economia sustentável.

    A sustentabilidade econômica apresenta-se no âmbito sócio-econômico como intuito de tornar não somente o futuro mais próspero, mas também alterar alguns

    fatores da realidade em que se vive, possibilitando um caminho perene para as

    empresas.

    Uma definição para sustentabilidade econômica deve levar em consideração

    fundamentos básicos como medidas que visam um desenvolvimento estável, sem

    sobressaltos, evitando-se, sempre que possível, os picos econômicos, e que leve

    em consideração uma taxa baixa ou ao menos conhecida de inflação ao ano. Além

    disso, deve considerar as contra-partidas, como fatores essenciais, sendo estes: aboa gestação de recursos naturais, principalmente no tocante a geração de energia,

    usando, para tanto, fontes renováveis em substituição as que não são renováveis.

    A sustentabilidade econômica visa tanto o presente, acentuando até mesmo

    mudanças não bruscas em todos os setores econômico-industriais, sem que com

    isso ocorra uma brusca mudança estrutural. Visando também as gerações futuras, e

    nesse ponto interliga-se a medidas de outras abrangências, como por exemplo, a

    sustentabilidade ambiental.

    Um grande problema enfrentado para a aplicação dos conceitos dasustentabilidade econômica no seio das produções comerciais e financeiras dos

    países em desenvolvimento são as suas cautelas com as mudanças dos usos

    energéticos e com investimentos, que no primeiro momento podem apresentar certo

    risco econômico. Entretanto é importante ressaltar que a sustentabilidade econômica

    é base de uma sociedade estável e mais justa, além disso, ela viabiliza o

    desenvolvimento sustentável.

    Com a economia sustentável criam-se oportunidades também de melhorar

    todos os outros setores sociais e ambientais. Uma vez que a sociedade em questãotorna-se mais livre da dependência de recursos e aquisições de outras nações ou de

    outros blocos econômicos.

    Resumindo, Sustentabilidade Econômica tratará de:

      Aumento ou estabilidade do faturamento;

      Tributos pagos ao governo;

      Folha de pagamento;

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      Maior lucratividade;

      Receita organizacional;

      Investimentos;

      Aumento das exportações (relacionamento com o mercado

    externo).

    Sustentabilidade Social

    Para Carvalho (2010) a sustentabilidade social é um dos mais importantes

    fatores para a mudança nos panoramas da sociedade e da empresa. Nosso

    modelo de vida iniciado na era pós-capitalista, tem nos levado - não só os homens,

    mas também o próprio espaço urbano – a uma acentuada marcha de mudanças e

    que por sua vez remetem a degradações.

    A desigualdade social, o uso excessivo dos recursos naturais por uma parte

    da população, que cresce em número e desloca-se constantemente, são fatores que

    são extremamente combatidos no âmbito da sustentabilidade social.

    Pode-se afirmar que a sociedade obedece a relações intrínsecas com os

    outros setores de base da sociedade  (organizações que devem prover àsociedade, acesso a educação, desenvolvimento das técnicas industriais,

    econômicas e financeiras, além dos fatores de ordem político e ambiental) então um

    primeiro passo que deve ser tomado para a resolução dos problemas sociais é

     justamente a discussão da responsabilidade social e a agregação à sustentabilidade

    desses setores – As questões de Sustentabilidade, discutiremos a seguir, neste

    momento vamos nos concentrar na RESPONSABILIDADE..

    No tocante a aplicação sustentabilidade social pelas empresas, é possível

    ressaltar que há um crescente movimento das grandes marcas do mercado, quevem resultado em investimentos, principalmente os órgãos mais ligados às

    relações financeiras, para discutir ou adequar às questões da responsabilidade

    social.

    Além disso, as indústrias e empresas que vem se envolvendo na

    responsabilidade social, tendem a exercer um imprescindível papel para toda a

    comunidade. Quando se tomam medidas como investimentos em promoção de

    trabalhos e de renda, investimento em projetos de ordens sociais, como em saúdes,

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    etc. são medidas que visam a igualdade entre os cidadãos e os exercícios da

    cidadania entre outros ganhos.

    Muitas empresas tem se empenhado para a implementação destes tipos deprojetos, uma vez que trazem consigo ganhos que aparentemente são intangíveis,

    tais como:

    - Melhora da imagem da própria empresa perante seus clientes;

    - Melhora da auto-estima dos funcionários com possibilidade de

    aumento no comprometimento para com as atividades;

    - Possibilidade de aumento da produtividade;

    - Possibilidade de redução de desperdícios; entre outros..

    A sustentabilidade social visa o bem-estar da sociedade (externa e

    interna, lembrem-se que as Empresas são aglomerados sociais)  de hoje e a de

    amanhã em iguais medidas. Para que a sociedade de fato se concretize é

    necessária grande campanha de convencimento, por exemplo, instalada tanto pelas

    macroestruturas (setores políticos e básicos) quanto por empresas que visem os

    projetos e a aplicação da mesma.

    A massificação das informações trará consigo a PERCEPÇÃO que talvez seja

    a mais tardia sensação a ser desenvolvida pela sociedade, daí garantir este fluxo de

    informação, poderá representar o sucesso dos programas e os ganhos esperados

    por eles.

    Resumindo, Sustentabilidade Social tratará de:

      Desenvolvimento da comunidade/sociedade;

      Segurança do trabalho e saúde ocupacional;  Responsabilidade social;

      Treinamento;

      Cumprimento das práticas trabalhistas;

      Seguridade dos direitos humanos;

      Diversidade cultural.

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    entidade voltada a sustentabilidade empresarial, ligada ao movimento internacional

    de empresários com este foco (ALTENFELDER, 2004 apud. ARAÚJO et al. 2006).

    Coral (2002 apud ARAÚJO, 2006) destaca que o objetivo fundamental dequalquer organização é obter o maior retorno possível sobre o capital investido. Para

    tanto, utiliza-se de ferramentas disponíveis para estar à frente dos concorrentes,

    obtendo maiores margens e fatias de mercado. No entanto, com as mudanças em

    sentido global, além dos fatores econômicos e estruturais, outros começam a fazer

    parte da responsabilidade das empresas, que são as questões do meio ambiente

    natural e as questões sociais. Para que as organizações possam contribuir para a

    sustentabilidade devem modificar seus processos produtivos, quando for necessário,

    para se tornarem ecologicamente sustentáveis, socialmente aceitos ou

    economicamente viáveis. Isto implica em construir SISTEMAS DE PRODUÇÃO que

    não causem danos negativos ao meio ambiente ou pensar em NOVOS MODELOS

    DE GESTÃO que passem a considerar – se já não considera – novas questões que

    não as habituais discutidas na formação de executivos. Assim, consideramos que

    para que a EMPRESA seja SEUSTENTÁVEL é necessário, não apenas pensar em

    não degradar ou recuperar de áreas e oferecendo produtos e serviços que

    contribuam para a melhoria da performance ambiental dos consumidores e clientes,

    mas também pensar nas outras duas dimensões discutidas.

    Isto invariavelmente nos reportará a uma possível mudança de cultura e a

    pergunta que devemos nos fazer é se estamos preparados para rever NOSSA

    CULTURA. Vamos então fazer esta simulação, descobrindo

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    INSTRUÇÕES: Leia a lista de sete declarações a seguir e responda.

    Qual afirmação que você mais concorda?

    Escreva o número 1 ao lado dessa afirmação. Na sequência, com qual você

    mais concorda? Escreva o número 2 ao lado dela. Continue com esta pontuação até

    que tenha colocado o número 7 ao lado da afirmação com a qual você menos

    concorda.

    Mesmo que você possa concordar com várias destas afirmações, pense bem

    sobre suas preferências ao classificá-las.

    (a)  Gosto de fazer parte de uma equipe e de ter meu desempenhoavaliado em relação à minha contribuição à equipe.

    (b)  Ninguém deve ter suas necessidades comprometidas a fim deque um departamento alcance suas metas.

    (c)  Gosto da vibração e da emoção de assumir riscos.

    (d)  Se o desempenho de uma pessoa em um cargo é inadequado,não interessa quanto esforço ela empenhou.

    (e)  Gosto que as coisas sejam estáveis e previsíveis.

    (f)  Prefiro gerentes que apresentem explicações racionais edetalhadas para suas decisões.

    (g)  Gosto de trabalhar onde não haja muita pressão e onde aspessoas sejam essencialmente condescendentes.

    Vá até o anexo 1 e confira seu resultado! 

     Auto-aval iação 

    “Que tipo de cultura que mais lhe convém?”

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    GGoov v eerrnnaannççaa 

    "Governança corporativa é o sistema que assegura aos sócios‐proprietários o governo 

    estratégico  da  empresa  e  a  efetiva  monitoração  da  diretoria  executiva.  A  boa 

    governança  corporativa  garante  eqüidade  aos  sócios,  transparência  e 

    responsabilidade pelos resultados (accountability )." 

    IBGC | Instituto Brasileiro de Governança Corporativa

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    Governança é um termo criado no início da década de 1990 nos Estados

    Unidos e na Grã-Bretanha, para definir as REGRAS que regem o relacionamento  

    dentro de uma companhia para os interesses de acionistas controladores, acionistas

    minoritários e administradores.

    Estas discussões são relativamente novas no Brasil, sendo fruto de algumas

    controvérsias, que se inicia a partir de sua própria terminologia, que para alguns

    pesquisadores, como Professor Arnold Wald, que sugere que a terminologia correta

    é “governo das empresas”. Segundo ele:

    “Na língua portuguesa, corporação tem sentido de

    associação profissional, ... os adjetivos corporativo e

    corporativista tem sentido pejorativo, dando idéia de prevalênciade interesses de um grupo ou de uma classe. Ao contrário desta

    noção, o termo governança das empresas pretende denominar a

    renovação da entidade, atendendo aos interesses de todos

    aqueles que a integram ou com ela colaboram.”

    Vários autores estrangeiros já definiram o conceito de governança

    corporativa, entre as principais definições podemos citar as de:

    Shleifer e Vishny (1997): “governança corporativa lida

    com as maneiras pelas quais os fornecedores de recursos

    garantem que obterão para si o retorno sobre seu investimento.”

    La Porta et al. (2000): "governança corporativa é o

    conjunto de mecanismos que protegem os investidores externos

    da expropriação pelos internos (gestores e acionistas

    controladores).”

    Jensen (2001): "governança é a estrutura de controle dealto nível, consistindo dos direitos de decisão do Conselho de

     Administração e do diretor executivo, dos procedimentos para

    alterá-los, do tamanho e composição do Conselho de

     Administração e da compensação e posse de ações dos

    gestores e conselheiros."

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    No Brasil, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC –

    apresentou a seguinte definição, bastante abrangente e estabelecendo seus

    principais objetivos:

    “Governança Corporativa é o sistema que assegura 

    aos sócios-proprietários o governo estratégico da empresa

    e a efetiva monitoração da diretoria executiva. A relação

    entre propriedade e gestão se dá através do conselho de

    administração, a auditoria independente e o conselho fiscal,

    instrumentos fundamentais para o exercício do controle. A

    boa Governança assegura aos sócios eqüidade,

    transparência, responsabilidade pelos resultados(accountability) e obediência às leis do país (compliance).

    No passado recente, nas empresas privadas e familiares,

    os acionistas eram gestores, confundindo em sua pessoa

    propriedade e gestão. Com a profissionalização, a

    privatização, a globalização e o afastamento das famílias, a

    Governança Corporativa colocou o Conselho entre a

    Propriedade e a Gestão.”

    NOTA: No material disponibilizado existe uma cópia do

    “Código Melhores Práticas de Governança IBGC –

    Instituto Brasileiro de Governança Corporativa”

    Para José Alexandre Scheinkman, Governança Corporativa seria:

    “todo um conjunto de mecanismos que investidores nãocontroladores (acionistas minoritários e credores) têm à suadisposição para limitar a expropriação [dos direitos dosminoritários e credores pelos administradores e majoritário].Estes mecanismos prescrevem regras de conduta para aempresa e de divulgação (disclosure) e, garantem a observância

    das regras (enforcement).” Uma vez que, “em muitos casos, os

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    responsáveis pela condução de uma empresa e/ou acionistasmajoritários podem tomar decisões, após a venda de ações aosminoritários, que prejudiquem o interesse destes.”

    Para aprofundarmos nossas discussões, vamos utilizar os princípios básicos

    de Governança corporativa, tendo como base o Código das Melhores Práticas de

    Governança IBGC, que são:

    Transparência Mais do que a obrigação de informar é o

    desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações

    que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por

    disposições de leis ou regulamentos. A adequada transparência resulta

    em um clima de confiança, tanto internamente quanto nas relações daempresa com terceiros. Não deve restringir-se ao desempenho

    econômico-financeiro, contemplando também os demais fatores

    (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que conduzem à

    criação de valor.

    Equidade Caracteriza-se pelo tratamento justo de todos os

    sócios e demais partes interessadas (stakeholders). Atitudes ou

    políticas discriminatórias, sob qualquer pretexto, são totalmente

    inaceitáveis.Prestação de Contas (accountability) Os agentes de

    governança (responsáveis legais pela empresa), devem prestar contas

    de sua atuação, assumindo integralmente as consequências de seus

    atos e omissões.

    Responsabilidade Corporativa Os agentes de governança

    devem zelar pela sustentabilidade das organizações, visando à sua

    longevidade, incorporando considerações de ordem social e ambiental

    na definição dos negócios e operações.

    Para o Código das Melhores Práticas de Governança IBGC, tem-se que haver

    um destaque para o Relacionamento com as partes interessadas , conhecidos

    como stakeholders . As partes interessadas são indivíduos ou entidades que

    assumem algum tipo de risco, direto ou indireto, relacionado à atividade da

    organização. São elas, além dos sócios, os empregados, clientes, fornecedores,

    credores, governo, comunidades do entorno das unidades operacionais, entre

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    Estas mesmas ferramentas vêm sendo colocadas em prática a favor da

    sociedade como forma de retribuição por parte de algumas empresas, como por

    exemplo, o Instituto Pão de Açúcar de Desenvolvimento Humano, fundado em 1999,

    para atender crianças e jovens em situação de risco.

    Este contexto cria um novo perfil de clientes com um traço mais ético, que

    cobra das empresas uma maior responsabilidade social quanto a forma que conduz

    suas ações com a comunidade e funcionários, comercializa seus produtos, explora

    os recursos, entre outras questões.

    Trata-se de um desmembramento das discussões de governança, traduzida

    nas responsabilidades que as empresas devem ter com os envolvidos em seus

    processos, assim a partir destes pontos, desmembraremos estas responsabilidades.

    Responsabilidade social

    Muitas empresas têm atribuído uma dimensão estratégica para o

    compromisso social, mesmo que essa mudança de mentalidade esteja sendo

    impulsionada, basicamente, por uma visão mercadológica. (COELHO, 2008)

    Essa mudança pode ser percebida pela maneira como que alguns termos,

    que antes não eram utilizados, passaram a fazer parte do dia a dia dos executivos,alguns são: empresa-cidadã, responsabilidade social do setor privado, balanço

    social, entre outros.

    Também no ambiente INTERNO as empresas começam a incluir em suas

    pesquisas de clima entre os empregados, o relacionamento com a comunidade na

    qual a empresa está inserida, buscando compreender ou mesmo buscar a

    percepção de seu público mais próximo sobre sua atuação.

    Coelho (2008), destaque que para uma empresa ser socialmente

    responsável, deve fazer com que conste em suas políticas, objetivos e

    compromissos que envolvam desde a utilização de materiais que não agridam o

    meio ambiente até a preocupação com o ser humano interno seus empregados ou

    externo, que são os clientes e a comunidade.

    Ainda segundo Coelho (2008), definir responsabilidade social para um

    empresário pode ser uma tarefa até simples, podendo ser apresentada, por

    exemplo, da seguinte forma:

    “As obrigações da empresa para com a sociedade.”

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    Contudo, essa definição pode ser entendida de diversas formas. Para o

    empresário, se a empresa paga em dia os valores combinados com seus

    fornecedores e funcionários, ela está cumprindo suas obrigações e, portanto, agindo

    como uma empresa socialmente responsável.

    Para os acionistas  uma empresa que seja transparente no trato de suas

    questões é uma empresa socialmente responsável. O caso da GM, que ocultou da

    sociedade um defeito de fabricação de um item do carro Corsa no Brasil é um

    exemplo de falta de transparência, que refletiu imediatamente na queda das ações

    da Cia no mundo todo.

    Para o governo, a empresa que paga seus tributos em dia e ainda participa

    anualmente nas campanhas sociais promovidas pelo poder público (como acampanha do agasalho) está cumprindo seu papel social.

    Desta forma, sob a visão dos atores que no ambiente interno da empresa,

    cumprir suas obrigações é ser socialmente responsável, pois a empresa não é a

    responsável por suprir as necessidades sócias, pois este é o papel do governo que

    recebe por isto, certo?

    De certa forma sim, mas para nossas discussões NÃO, pois alguns pontos

    são menos tangíveis, assim vamos expandir esta visão.

    Em alguns pontos, os estudiosos do assunto entraram em consenso quanto a

    uma delimitação do conceito de responsabilidade social nos seguintes aspectos:

    a) Responsabilidade da empresa ultrapassa o restrito âmbito dos

    acionistas;

    b) As responsabilidades empresariais estão além das obrigações

    legais, envolvendo também as obrigações morais de cunho ético;

    c) A adequação às demandas sociais, num dado contexto

    socioeconômico.

    Segundo o Instituto Ethos de responsabilidade Social, o assunto pode ser

    definido da seguinte forma:

    “A noção de responsabilidade social empresarial decorre

    da compreensão de que a ação das empresas deve,

    necessariamente, buscar e trazer benefícios para a sociedade,

    proporcionar a realização profissional dos empregados,

    promover benefícios para os parceiros e para o meio ambiente e

    trazer retorno para os investidores.”

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    De acordo com essa definição, sete temas podem ser considerados

    indicadores de responsabilidade social:1º Valores e transparência;

    2º Público interno;

    3º Meio ambiente;

    4º Fornecedores;

    5º Consumidores;

    6º Comunidade; e

    7º Governo e sociedade.

    A partir do resultado destes indicadores fica evidenciado que o

    comportamento da empresa socialmente responsável não está vinculado

    unicamente à participação em projetos sociais dirigidos à comunidade, sejam eles

    ligados ao esporte, à educação, à cultura ou à saúde. Ou seja, a responsabilidade

    social vai muito além do simples apoio dado por essas empresas aos programas

    desenvolvidos na comunidade ao seu redor; Inclui, também, verificar se as unidades

    produtivas não estão poluindo os mananciais de águas, se os funcionários não sãosubmetidos à situações inseguras de trabalho, se os fornecedores não utilizam mão-

    de-obra infantil ou mantém trabalhadores em regime de escravidão, se esses

    mesmos fornecedores são bons pagadores dos seus impostos, se não estão

    envolvidos em formação de carteias ou pagam salários menores que deveriam.

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    Elie Horn, dono da Construtora Cyrella, a maior construtora e incorporadora do país,

    é um dos 16 brasileiros que fazem parte do seletíssimo grupo que figura na lista dos

    maiores bilionários do mundo, organizada pela revista americana Forbes.

    Com uma fortuna estimada em 1,3 bilhões de dólares e de forte caráter religioso

    vindo do judaísmo, Horn é conhecido pelas doações generosas que realiza pessoalmentepara instituições filantrópicas e obras assistenciais.

    Suas doações vão para projetos tão diferentes quanto a implantação de um banco

    de medula óssea em Israel e a Associação de Amigos do Menor pelo Esporte Maior

    (Amem), de São Paulo. Seu empenho não é motivado pelo conceito de responsabilidade

    social, que hoje virou quase uma obsessão entre as grandes empresas. Ele segue a

    orientação de seu rabino: dividir com quem tem menos, da maneira mais discreta possível.

    O rabino em questão é David Weitman, do Beit Chabad Morumbi, com quem Horn costuma

    ter aulas de religião às 5 da manhã.

    Arrecadar fundos para projetos assistenciais é uma das poucas razões que o levam

    a abrir as portas de sua casa. Em setembro de 2005, Horn recebeu mais de uma centena

    de convidados – entre eles, o então prefeito licenciado de São Paulo José Serra

    (acompanhado de vários secretários), o banqueiro e seu conterrâneo Joseph Safra é o

    empresário David Feffer, dono da Suzano Papel e Celulose – num jantar para angariar

    doações para o programa são Paulo Protege, cujo objetivo é tirar crianças carentes das

    ruas. Horn foi o primeiro a anunciar sua contribuição: 1 milhão de reais.

    Esse espírito desprendido das coisas materiais esta presente em seu modo de fazer

    negócios. Certo empresário, que pensava em comprar um apartamento vendido pelaCyrella, estava prestes a desistir da compra devido à falta de acordo sobre o preço. A

    diferença entre fechar ou não o negócio era apenas 15.000 reais, mas nem o comprador

    nem o corretor abriam mão do valor. Foi então que Horn entrou em cena. “Nem para mim

    nem para você”, propôs. Sua sugestão foi que cada uma das partes doasse 7.500 reais –

    50% do valor da disputa – a uma instituição de caridade. O empresário, diante de uma

    proposta como essa, não teve como não comprar o apartamento. 

    Texto de Apoio (Fonte: Coelho, 2010; 253) “Doações para programas sociais partem até do dono

    da empresa”

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    Para Coelho (2008), o marketing da causa social é uma forma efetiva de

    melhorar a imagem corporativa da empresa, diferenciando seus produtos e

    aumentando tanto suas vendas quanto a felicidade dos envolvidos.

    Cita Coelho (2008) como referência o McDia Feliz do McDonald’s, que reverte

    para das vendas de um dia do ano para instituições que assistem crianças com

    câncer. Destaca também que no Brasil, foi realizada uma pesquisa com 114

    empresas que concluiu que 27% delas já realizam ações do tipo e 37% pretendem

    fazê-lo nos próximos três anos. Alguns rápidos resultados obtidos nesta pesquisa:

    - 80%  das empresas admitem que incluem entre as suas estratégias de

    responsabilidade social o marketing relacionado às coisas sociais;

    - 10% percebem um retorno significativo dessas ações no fortalecimento daimagem da sua marca, mas...

    - ... 47%  ainda têm receio de que as ações de marketing social passem a

    sociedade uma imagem de empresa oportunista.

    Responsabilidade Ambiental

    Este conceito existe desde a década de 1950 vem acontecendo diversos fatos

    históricos relacionados. Esses acontecimentos chocaram a sociedade e criaram apossibilidade de a comunidade acadêmica e científica produzir inúmeras pesquisas

    e discussões gerando diversos eventos e documentos.

    A Responsabilidade Ambiental surgiu com a percepção de que os recursos

    naturais podem se esgotar com a ação predadora do homem. Isso ocorreu quando

    terríveis acidentes industriais além de deixar doente e até matar populações também

    degradou os recursos naturais que serviam de insumos para a própria indústria.

    Com estudos climáticos foi identificado, por exemplo, a nocividade de gases

    poluentes e seu efeito sob as condições de vida da população. Foi através de um

    desses estudos que se proibiu a emissão de CFC, por exemplo.

    Nestas discussões, foi possível desenvolver no homem a percepção de que

    tanto o ser humano depende de uma sociedade mais justa como de um local

    adequado para se viver, quanto uma empresa necessita de recursos para produzir.

    Sendo assim não basta ter alimentos se estes estiverem contaminados ou exigir

    saneamento básico se as favelas não param de crescer. Para termos um planeta

    limpo e com pessoas vivendo dignamente é preciso uma nova cultura onde todos

    são responsáveis pela conservação da dignidade humana e dos recursos naturais.

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    25 

    Obs .: No material de apoio segue listagem das empresas e

    seus segmentos.

    Vamos estender as discussões sobre ética na seqüência, mas aproveitando

    este momento, vamos ler o texto abaixo que trata desta questão, ou seja, o que e

    porque fazer algo.

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    Programa social prevê aumentar o IDH de Araçoiaba em apenas três anos.

    Em janeiro de 2005, a Unilever, multinacional de alimentação e higiene, iniciou um

    projeto ambicioso em Araçoiaba, a 70 Km de Recife – Pernambuco. A pesar de estar

    próxima à capital, rodeada de canaviais, ter mata abundante e solo rico em água – tantoque é dali que parte o abastecimento de água da cidade de Olinda, Araçoiaba possui um

    dos mais baixos IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano, indicador usado pela Nações

    Unidas para avaliar e catalogar a qualidade de vida de uma região) do Estado.

    A presença da Unilever na cidade teve a finalidade de melhorar a vidas dessas

    pessoas, com alvo de, em apenas três anos (jan/2005 a dez/2007), fazer o IDH da cidade

    saltar para o grupo dos dez melhores do Estado, com um investimento de 3 milhões de

    reais em recursos próprios e parcerias com a OdontoPrev, Pastoral da Criança, Prefeitura

    de Araçoiaba, Fundação de Ensino Superior de Passos, Faculdade de Ciências Humanas

    de Olinda, Fundação Joaquim Nabuco e SEBRAE, entre outros.

    A diferença desta iniciativa da Unilever em relação a outros programas sociais

    desenvolvidos pela iniciativa privada no país é a sua extensão. Em muitos casos, as

    empresas instalam fábricas em cidades do interior e passam a ser parceiras Dio Governo

    de programas de saúde, educação e até habitação, a fim de viabilizarem, inclusive, suas

    próprias operações no local.

    No caso de Araçoiaba, a sua execução é mais complexa, pois exige que a Cia

    interfira simultânea e diretamente em várias áreas da sociedade que são responsabilidade

    do Poder Público. Isso levanta uma ampla discussão que toca em algumas questões emque não existe unanimidade, nem no meio empresarial nem entre os estudiosos do

    assunto: Até que ponto é papel de uma empresa privada promovê-las? É desejável

    estabelecer relações entre um projeto social e estratégia de negócios? Como administrar a

    parceria de forma que ela beneficie ao mesmo tempo a cidade e a empresa?

    Para executar o seu projeto, a Cia estabeleceu parceria com a Prefeitura e com os

    moradores locais. Concentrado nas áreas de saúde, educação e geração de renda, os

    pilares do IDH, a empresa identificou que seria preciso reduzir a mortalidade infantil em

    pelo menos, 50%, alfabetizar cerca de 3.000 adultos e levar para a escola

    Case (Fonte: Coelho, 2010; 260) 

    “A Unilever adota cidade no interior de Pernambuco”

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    aproximadamente mais 1.000 crianças. Além disto, era necessário criar forma de estimular

    a economia local. Conduzido por uma equipe fixa o projeto treinou cerca de 400 moradores

    voluntários para repassas à comunidade noções básicas de higiene e saúde, e logo boa

    parte destes já dava aula de alfabetização para mais de 1.000 adultos. A Unilever construiu

    um centro de saúde infantil, comprou cerca de R$ 500.000 em equipamentos médicos para

    o hospital municipal, que estava sendo reformado pela Prefeitura. A fim de viabilizar todas

    estas ações, a empresa estabeleceu como objetivo, firmar parcerias com empresas com a

    OdontoPrev, que forneceu o material necessário para o funcionamento de centro

    odontológico. Com isso, o investimento em Araçoiaba vai superar os 3 milhões de reais

    destinados peal Unilever ao projeto.

    A extensão do projeto previa também ações específicas para melhoria da gestão

    pública. Dessa forma, a empresa prestou assessoria na gestão das contas no município eidentificou-se, por exemplo, que havia na folha de pagamento 3 dentistas contratados, mas

    a cidade não possuía um único centro odontológico. Os contratos foram rescindidos. Outra

    descoberta a partir dessa auditoria foi a identificação de verbas do Governo federal que

    não estavam sendo repassadas para o Município porque a Prefeitura não possuía conexão

    com internet nem sequer sabia ter direito a estes benefícios.

    Uma das maiores dificuldades encontradas por empresas que desenvolvem

    atividades em conjunto com Prefeituras e outros órgão públicos é conciliar a velocidade das

    ações e da toma de decisões. A empresa está acostumada com o ritmo de mercado onde

    “tempo é dinheiro”, uma lógica que nem sempre funciona no mercado governamental e nasdecisões políticas. Por isso mesmo, a Unilever já contava com a possibilidade de estender

    sua presença em Araçoiaba por mais um ano até o final de 2008, prazo para que a cidade,

    dali em diante, caminhasse sozinha.

    É comum as multinacionais de bens de consumo se aproximarem das comunidades

    de baixa renda a fim de conhecerem as suas necessidades e desenvolverem novos

    mercados para seus produtos. Nos últimos anos, empresas como Procter & Ganble e

    Nestlé voltaram-se para a base da pirâmide de renda em países emergentes, como a Índia.

    No Brasil, os profissionais de Unilever visitam famílias das classes D e E para conhecer

    melhor seu dia-a-dia e, a partir daí, definir estratégias de negócios. Em 1997, a empresa

    inaugurou uma fábrica no município pernambucano de Igarassu para produzir o sabão Ale,

    que custa a metade do preço do Omo e é vendido apenas no nordeste.

    O programa da empresa também ajuda a fortalecer a relação com o Governo do

    Estado – algo estratégico para a Unilever, que tem quatro fábricas em Pernambuco.

    A questão do desenvolvimento das empresas em problemas sociais ainda é um

    assunto polêmico especialmente em relação à extensão desse envolvimento. A iniciativa da

    Unilever em Araçoiaba ultrapassa muito a experiência de outras pessoas em cidades do

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    interior do Brasil. Para alguns especialistas no assunto, a tese desenvolvida pelo

    americano Milton Fredman, prêmio Nobel de economia, ainda deveria ser a premissa

    organizacional: O objetivo principal da organização é cumprir as leis e gerar lucro para seus

    acionistas.

    A Unilever parece estar andando em caminho oposto. Mas não está sozinha nesta

    tentativa. Ian Davis, presidente mundial da McKinsey, a mais respeitada consultoria

    internacional de estratégia, afirmou num artigo da revista inglesa The Economist que dar

    atenção a temas sociais tornou-se uma questão de sobrevivência para o mundo

    corporativo. Um relacionamento próximo com a sociedade abre novas oportunidades de

    negócios e gera benefícios que são compartilhados pela sociedade e pela empresa. Um

    mercado consumidor desenvolvido é capaz de aproveitar melhor os produtos e as

    inovações que a empresa oferece.A própria Unilever mundial parece acreditar mais nessa tese. Afinal, o conselho de

    administração havia definido que a Unilever deveria dar atenção equilibrada à sociedade e

    aos outros pilares do negócio que envolvesse o resultado financeiro o atendimento ao

    cliente, a inovação e o relacionamento com os fornecedores e funcionários. A matriz da

    Unilever levou tão a sério esta nova diretriz do seu conselho de administração que fez

    parceria com a Oxfam, uma das principais ONGs internacionais de combate à pobreza, que

    frequentemente faz duras criticas às corporações. Em função desta nova parceria, a

    empresa abriu as portas – e os balanços financeiros – de sua subsidiária na Indonésia para

    que fosse feita uma análise do impacto de sua presença no país. Após criteriosa análisepela Oxfam, a conclusão apontou prós e contras das ações da Cia, mas concluiu que ela

    contribuiu para o combate à pobreza no país. 

    Questões para debate

    1ª Imagine que a Unilever consiga desenvolver uma

    cooperativa com os moradores para a produção de sabão a

    partir de fibras vegetais encontradas na região de Araçoiabae pretenda vender esses produtos com a sua marca,

    indicando que foram produzidos por uma comunidade local.

    Que tipo de impacto isso teria no consumo de produtos de

    limpeza em supermercados de outras regiões do Brasil?

    2ª Em sua opinião, como a Unilever pode utilizar-se do projeto em Araçoiaba como

    elemento de marketing social?

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    Ética e Conduta

    Ética é algo que todos sabemos o que é, por estarmos inseridos em

    ambientes que possuem seus códigos de conduta, mas definitivamente não é fácilde explicar quando alguém nos pergunta.

    Ética: Do que se trata?

    Ética é a disciplina ou campo do conhecimento que trata da definição e

    avaliação do comportamento de pessoas e organizações.

    A ética lida com aquilo que pode ser diferente do que é. Da aprovação ou

    reprovação do comportamento observado em relação ao comportamento ideal, quepor sua vez, é definido por meio de um código de conduta, ou código de ética,

    implícito ou explícito.

    Em linhas gerais a ética trata do PADRÃO GLOBAL de ações e decisões

    adotado por determinado grupo, que para nosso caso serão as empresas.

    Ética pode significar:

    - Uma reflexão crítica sobre a moralidade, sendo o termo moralidadeentendido como juízos morais, padrões e regras de conduta, sempre

    relacionados aos grupos sociais;

    - Um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação,

    historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar as ações humanas, em

    comunidade;

    - Ou mesmo algo aglutinador para a construção da vida em sociedade;

    Ser ético é tudo aquilo que ajuda nas ações de convivência a na melhoria ouadequação do ambiente em que se vive tornando-o saudável. Mas, não devemos

    esquecer que a ética pode ser vista em três estágios dentro de um mesmo grupo ou

    empresa, estágios que vão desde o pré-condicional de ética, onde a conduta que

    impera é o de “cada um por si”, até o mais avançado, onde existe a consciência de

    que “minha liberdade vai até onde a sua inicia”, entendido estes níveis é possível

    discutir como a empresa irá se portar quanto á questão.

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    Para Arruda (2001), a ética profissional está voltada para profissões,

    profissionais, associações e entidades de classe, já a ética empresarial atinge as

    empresas e organizações em geral.

    Assim a empresa necessita desenvolver-se de tal forma que a ética, a

    conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e convicções primários da

    organização se tornem parte de sua cultura. Fazendo com que todos que lá estejam

    inseridos sigam estes PADRÕES, evitando desconfortos de ambas as partes.

    Arruda (2001) apresenta uma cronologia da evolução do conceito de ética nas

    empresas e nos negócios que vale apena ser rapidamente citado.

    DÉCADA DE 60 Debates ocorridos nos países, especialmente de origem

    alemã, envolvendo preocupação com a ética. Com o intuito de elevar o trabalhador àcondição de participante dos Conselhos de Administração das organizações.

    DÉCADA DE 60/70 Toma impulso o ensino da ética nas Faculdades de

    Administração e Negócios. O ensino da Ética em faculdades de Administração e

    Negócios tomou impulso nas décadas de 60 e 70, principalmente nos Estados

    Unidos, quando alguns filósofos vieram trazer sua contribuição.

    DÉCADA DE 70 Os primeiros estudos de Ética nos Negócios remontam

    aos anos 70, quando nos Estados Unidos o Prof. Raymond Baumhart realizou a

    primeira pesquisa sobre o tema, junto a empresários. Nessa época, o enfoque dado

    à Ética nos Negócios residia na conduta ética pessoal e profissional.

    Nesse mesmo período, ocorreu a expansão das multinacionais, com abertura

    de subsidiárias em novos países, o que desencadeava os conflitos éticos,

    principalmente pelos choques culturais e outras formas de fazer negócios , esta

    situação incentivou a criação de códigos de ética corporativos.

    DÉCADA DE 80 Esforços isolados de Professores Universitários nos EUA

    e Europa -- Faculdades de Administração e Programas de MBA. Surge a primeirarevista científica: "Journal of Business Ethics".

    DÉCADA DE 80/90 Formam-se redes acadêmicas de estudo (ISBEE e

    EBEN) nos EUA e Europa, universalizando o conceito. Especialistas sistematizaram

    os enfoques perseguidos nos estudos de ética nos negócios nos cinco continentes.

    Ressaltou-se a existência de três modos inter-relacionados de abordagem da

    ética no âmbito das empresas, conforme figura 3:

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    Figura 3: Os três modos de abordagem da éticaFonte: Arruda, 2011

     Abrangência da ética na admin is tração

    A discussão sobre ética abrange e questiona inúmeros aspectos da

    administração das organizações e de suas relações com a sociedade.

    Esses aspectos podem ser classificados em quatro categorias (ou níveis)

    principais, que são:

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    A base dos códigos de comportamento éticos nas organizações e na

    sociedade está em sistema de valores criados por filósofos e líderes que têm uma

    visão superior à das demais pessoas. Podem ser citados: Confúcio, Aristóteles e

    Kant.

    Em qualquer momento, valores éticos convivem com os mais novos eavançados. A obediência aos valores mais avançados continua a ser opção de

    indivíduos e grupos. As organizações, por meio de seus administradores, também

    fazem opções, permitindo situá-las numa escala de valores.

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    Façamos uma leitura do texto a seguir para em seguida debatermos o

    assunto.

    A Mazda Motor Corporation tem sede em Hiroshima, Japão. A Mazda fabrica tanto

    carros para passageiros quanto veículos comerciais e é uma das maiores empresas do

    Japão que emprega cerca de 24.000 pessoas. Em um ano, a Mazda fabrica até 800.000

    carros e caminhões em seus dois locais de produção no Japão, Hiroshima e Hofu. Também

    o pêra fábricas no estado de Michigan em sistema de  join venture  e na Tailândia, e os

    carros e caminhões Mazda são montados em 16 países.

    Mark Fields, o novo presidente da Mazda, enfrenta atualmente um desafio

    considerável relacionado à mudança. Mais de 80% das vendas de carros são feitas no

    Japão onde os custos de mão-de-obra e de produção são muito altos. Como resultado,

    Fields está pensando em mudar parte da produção de sua fábrica principal em Hiroshima

    para fábricas no estrangeiro, de modo a reduzir esses custos.

    Previsivelmente, muitos dos que trabalham na empresa há longa data estão

    resistindo à pressão de transferir a produção para outros locais. A Mazda tem uma

    presença maciça na comunidade de Hiroshima. As estimativas são de que, além das

    24.000 pessoas que a Mazda emprega em Hiroshima, outras 200.000 pessoas na área tem

    empregos relacionados à empresa. Hiroshima prospera quando os veículos Mazda saem

    de sua fábrica.Depois de vários meses na presidência, os analistas e os investidores desejam

    saber por que Fields não mudou radicalmente a produção da fabrica de Hiroshima para

    outros locais. A razão parece simples: Levará tempo para ele determinar e implementar

    uma solução para os altos custos de produção enquanto atende à obrigação de

    responsabilidade da Mazda com a comunidade de Hiroshima. 

    Texto de Apoio (Fonte: Certo, 2005; 269) 

    “Responsabilidade social adia mudança na produção da

    Mazda”

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    INSTRUÇÕES: As questões seguintes analisam seu estilo bidimensional de

    liderança. Leia cuidadosamente cada item. Reflita sobre como você normalmente se

    comporta quando é o líder. Em seguida, circule a letra que descreve mais

    precisamente o seu estilo (APENAS UMA RESPOSTA POR PERGUNTA). Utilize a

    seguinte nomenclatura.

    S = Sempre F = Freqüentemente

    ? = Talvez (às vezes)

    R = Raramente N = Nunca 

    (1)  Eu levo tempo para explicar como um trabalho deve serrealizado. S F ? R N

    (2)  Eu explico o papel que os membros devem desempenhar naequipe. S F ? R N

    (3)  Eu esclareço detalhadamente as regras e procedimentos queos outros devem adotar. S F ? R N

    (4)  Eu organiza minhas próprias atividades de trabalho. S F ? R N

    (5)  Eu informo as pessoas sobre a eficácia com que estãodesempenhando. S F ? R N

    (6)  Eu informo as pessoas sobre o que se espera delas. S F ? R N(7) Eu incentivo o uso de procedimento uniformes para se realizar

    as tarefas. S F ? R N

    (8)  Eu esclareço minhas atitudes para os outros. S F ? R N

    (9)  Eu atribuo tarefas específicas aos outros. S F ? R N

    (10)  Eu meu certifico de que os outros entenderam seu papel nogrupo. S F ? R N

    (11)  Eu programo o trabalho que desejo que os outros façam. S F ? R N

     Auto-aval iação (Fonte: Robins, 2002) “Qual seu estilo de liderança?”

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    (12)  Eu peço aos outros sigam regras e regulamentos – padrão. S F ? R N

    (13)  Eu torno o trabalho mais agradável. S F ? R N

    (14)  Eu para o que estou fazendo para ajudar os outros. S F ? R N

    (15)  Eu respeito os sentimentos e as opiniões dos outros. S F ? R N

    (16)  Eu sou solicitou e atencioso para com os Outros. S F ? R N

    (17)  Eu mantenho um clima amistoso na equipe. S F ? R N

    (18)  Eu faço pequenas coisas para que os outros sintam prazer emfazer parte de minha equipe. S F ? R N

    (19)  Eu trato todos da mesma forma. S F ? R N

    (20)  Eu aviso previamente os Outros sobre as mudanças e explicocomo elas o afetarão. S F ? R N

    (21) Eu procuro o bem–estar pessoal dos outros. S F ? R N

    (22)  Eu sou acessível e amigável para com os outros. S F ? R N

    •  Você tem no MÁXIMO 10 minutos para responder as questões.

    •  O Resultado será seu, não é necessário devolver ou informar a ninguém,

    UTILIZE-O PARA SEU APRENDIZADO PESSOAL e para possibilitar uma

    mudança interna entre sua equipe.

    •  Consulte o Anexo – 1 para orientações sobre a pontuação e a

    interpretação, mas o faça somente após concluir as respostas.

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    SSuucceessssããoo 

    “O dia desperta mais uma vez para morrer ao final da tarde... Cabe a mim contemplar esta sucessão 

    de nascimento e morte!" 

    Flávio Vidal

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    Sucessão

    Alden G. Lank explica porque tantos negócios familiares tendem a ter

    dificuldades em sua sucessão, quando aponto que muitos dos mais de 300

    delegados na sétima conferência mundial da Family Business Network, realizada em

    Edimburgo em setembro de 1995, se surpreenderam com o que ouviram. Mais de

    um dos palestrantes o fato de que somente uma pequena minoria de negócios

    familiares sobrevive além da primeira geração  nas mãos da família de

    fundadores.

    No entanto, um número significativo de membros da audiência representava a

    segunda, terceira e gerações posteriores. O que deu errado com todas as outras?

    Por que elas eram tão frágeis?

    Estudos realizados em vários países sobre a longevidade das organizações

    familiares chegam à mesma conclusão. Embora seja impossível fazer comparações

    internacionais exatas (existem tantas definições de “empreendimentos familiares”

    quanto pesquisadores neste campo), a tendência geral é clara: entre dois terços e

    três quartos  de negócios familiares ou acabam ou são vendidos  pela família

    fundadora durante o tempo de vida da primeira geração. Somente entre 5% e 15%

    continuam até a terceira geração nas mãos dos descendentes. Estes valores se

    comparam desfavoravelmente com a capacidade de permanência das empresas

    que não são familiares.

    Como os empreendimentos familiares são um dos maiores – senão o maior –

    propulsores do bem-estar social e econômico de todas as economias capitalistas,

    esta fragilidade é um motivo de preocupação. Que fatores podem explicar esta falta

    de longevidade?

    Em primeiro lugar, existem poucas dúvidas de que os empreendimentos de

    família são a forma mais complexa de organização empresarial. À primeira vista

    parece difícil acreditar nesta afirmação. No entanto, reflita sobre a Figura 4. Elamostra de uma forma muito simplificada um modelo de corporação típica (quase

    todas, menos as menores).

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    Figura 4: Perfis de uma corporaçãoFonte: Birley e Muzyka, 2004

    O CEO, com o papel 7, enfrenta o desafio de gerenciar todos os sete tipos de

    papel de uma maneira que crie sinergias na busca da missão e dos objetivos de

    uma empresa – nenhuma sinecura mesmo sob as melhores circunstância. A Figura

    4 soma apenas outra dimensão: a família. Note que, com essa mudança, o númerode papéis a serem gerenciados pelo CEO na posição 15 (figura 5) mais do que

    dobrou – um aumento significativo na complexidade.

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    Figura 5: Perfil de uma corporação familiar típicaFonte: Birley e Muzyka, 2004

    Esta concepção de corporações controladas pela família começa a explicaralgumas das dinâmicas negativas que são geralmente associadas às organizações

    familiares. Séries de televisão populares como Dallas  ou Dinastia, por exemplo,

    mostram as disputas entre e dentro das gerações. Estes conflitos são geralmente

    atribuídos a “diferenças de personalidade”. No entanto, uma análise da Figura 5 

    mostra que a base da diferença pose estar mais ligada ao papel na empresa do que

    à personalidade.

    Um bom exemplo é a decisão importante e geralmente carregada de

    emoções com respeito ao pagamento de dividendos. Uma pessoa no papel 15,

    digamos o chefe da diretoria/CEO/dono/membro da família, evidentemente terá uma

    opinião muito diferente de sua irmã mais nova no papel número 5, sem assento no

    conselho e que não esteja empregada no empreendimento familiar. No primeiro

    caso, pode-se esperar que exista um forte desejo de se maximizar o reinvestimento

    dos lucros na empresa, enquanto a irmã pode preferir um valor maior de dividendos

    pagos.

    A sobreposição inevitável da família com os três círculos, na figura 5, leva a

    desafios que nenhuma organização de capital aberto tem que enfrentar. Veja este

    cenário muito comum tirado de uma companhia familiar real.

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    Georges, 64, é CEO, dono e membro do conselho. O seu filho Jean, 31, solteiro, é

    vice-presidente de produção e tecnologia e também membro do conselho. A sua filha

    Marie, 34, casada e co um filho, Marcel, de 12 anos, é vice-presidente de vendas e

    marketing e membro do conselho.

    Marie e Jean se detestam e estão em conflito desde a infância. Marie (assim como

    Jean) espera ser nomeada CEO e assumir o controle quando Georges decidir se

    aposentar. Marcel é um estudante brilhante que já mostrou capacidades empresariais e

    interesse no negócio. Na cabeça da sua mãe, não há dúvida de que ele irá substituí-la na

    chefia da organização quando ela se aposentar.

    Haverá uma reunião do conselho na próxima sexta-feira para se decidir sobre

    alguns investimentos estratégicos, que começarão a mostrar resultados positivos daqui a

    dez anos. Não é difícil imaginar que esta reunião será muito diferente do que seria de se

    esperar em uma corporação não-familiar. A dinâmica emocional da família muito

    provavelmente dominará, seja de forma aberta ou indireta, o que em teoria seria umadecisão de negócios puramente racional. Sim, os negócios familiares são diferentes.

    Além da maior complexidade inerente, quais são os outros fatores que podem

    explicar a fragilidade das Cias familiares? O que as faz sair do controle da família do

    fundador ou simplesmente quebrar? Esta questão se divide em duas partes. Em primeiro

    lugar, elas desaparecem pelas mesmas razões que qualquer outra empresa, incluindo:

      Oportunidade de venda a um preço atraente (em uma economia

    capitalista isso não provoca vergonha);

      Incapacidade de se antecipar o de se ajustar às mudanças no mercado;  Investimentos insuficientes em P&D;

      Controle de custos inadequado;

      Falta de acesso à capital a custos suportáveis;

      Outras práticas administrativas ruins.

    No entanto não é de se surpreender que as empresas familiares também enfrentam

    desafios restritos a elas, tais como:

      Incapacidade de encontrar capital para o crescimento sem diluir a

    participação familiar (o controle total do empreendimento sendo um

    Texto de Apoio (Fonte: Birley e Muzyka, 2004) 

    “Como evitar que a dinastia vire um episódio de Dallas”

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    princípio sagrado para muitas famílias);

      Incapacidade de se equilibrar de maneira ideal às necessidades da

    família por liquidez e às necessidades de caixa dos negócios;

      Mau planejamento patrimonial e incapacidade da próxima geração de

    pagar os impostos sobre a herança;

      Falta de vontade da velha geração para deixar o controle e o poder de

    administração em um momento adequado;

      Incapacidade de atrair e reter sucessores competentes e motivados;

      Rivalidades incontidas entre irmãos levando à inexistência de consenso

    sobre o sucessor;

      Incapacidade de atrair e reter administradores competentes Não-

    familiares;

      Conflito descontrolado entre as culturas da família, da diretoria e do

    negócio;

    A lista acima chama a atenção pela predominância de fatores relacionados com o

    gerenciamento do processo de sucessão na propriedade e na administração – a razão

    mais importante para à fragilidade dos negócios de família.

    Questões para debate

    1ª Diante das listas de razões anteriores que são colocadascomo empecilhos para uma sucessão, destaque as que mais

    você concorda e as que mais discorda.

    2ª Você incluiria como possibilidade de adequação da

    sucessão a realização de testes vocacionais para os

    herdeiros?

    3ª Você acredita que o treinamento – desde que alinhado às expectativas dos

    herdeiros – podem ser uma solução para a harmonização das sucessões?

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    As famílias que estão conscientes das complexidades de serem gerentes e/ou

    donas da sua própria empresa já possuem uma vantagem de cara. Por exemplo,capacidade de ver quais CONFLITOS podem surgir das diferentes perspectivas dos

    papeis descritos na figura 5 anterior, cada uma das quais podendo ter uma base

    racional, pode desarmar uma situação altamente emocional.

    A possibilidade de se manter um empreendimento (e uma família) saudável e

    vigoroso também será ampliada se a família dos donos aceitar como verdade seis

    proposições sobre o gerenciamento de confli tos:

      Ao longo do tempo, o conflito é inevitável nas famílias e nos

    negócios de família;  O conflito pode ser saudável ou prejudicial, funcional ou

    disfuncional;

      A maneira como o conflito é gerenciado é um dos determinantes

    mais importantes das famílias e dos negócios de família;

      Apesar de existirem várias estratégias de gerenciamento de

    conflitos, não existe nenhuma solução universal;

      O objetivo no gerenciamento dos conflitos deve ser maximizar

    situações de ganho mutuo para todas as partes e chegar à melhordecisão, dados a missão da família e do negócio de família e os

    seus objetivos;

      O estabelecimento prévio das “regras do jogo” pode evitar muitos

    conflitos.

    Estas proposições colocam o conflito em perspectiva e nos lembram que o

    conflito por si só não é negativo.

    A geração atual no comando deve assumir a responsabilidade pela sucessão,

    imaginado que deverá trabalhar os sucessores a partir das competências desejadase não disponíveis nos novos ingressantes. O processo deve se dar tal como um

    processo de contratação de um novo membro para a Equipe, independentemente se

    este for um herdeiro ou não.

    A sugestão é que esta situação se dê a partir do treinamento e do

    desenvolvimento das competências necessárias para se assumir a empresa no

    futuro. Mas, é claro que novos conflitos irão surgir, pois o processo inevitavelmente

    demandará de ambas as partes o entendimento sobre o processo de MUDANÇA.

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    Resistência Individual a mudança

    Para Robbins (2002), as fontes individuais de resistência à mudança residemem características humanas básicas, conforme percepções, personalidades e

    necessidades. Os cinco principais motivos pelos quais os indivíduos resistem à

    mudança estão resumidos na figura 6 a seguir. 

    Figura 6: Fontes de resistência individual à mudançaFonte: Robbins, 2002

    Hábito    Toda vez que você sai para comer, você experimenta um

    restaurante diferente? Provavelmente não. Se você for como a maioria das pessoas,

    você descobre uns poucos lugares dos quais gosta e a eles retorna mais ou menos

    regularmente. Como seres humanos, somos frutos do hábito;

    Segurança  Pessoas com alta necessidade de segurança tendem a resistir

    à mudança porque ela ameaça seu sentimento de segura. Quanto Citygroup anuncia

    que estará demitindo 50.000 pessoas, ou quanto a WM introduz novos

    equipamentos de robótica, muitos funcionários nessas empresas podem recear que

    seus cargos sejam ameaçados e não e provável que recebam bem a mudança;

    Fatores econômicos   Outra fonte de resistência individual é o medo de

    que as mudanças reduzam nossa renda. Mudanças nas tarefas ou nas rotinas dos

    cargos, também podem despertar receios econômicos, se as pessoas estiverem

    preocupadas em achar que não conseguirão executar as novas tarefas ou rotinas

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    segundo os padrões anteriores, principalmente quando a remuneração está

    estreitamente vinculada à produtividade.

    Medo do desconhecido 

     As mudanças substituem o conhecimento pelaambigüidade e pela incerteza. A transição do ensino médio para o superior é um

    caso típico dessa experiência. Ao se tornar um veterano no ensino médio você já

    conhece as rotinas e como tudo funciona, quanto muda para a faculdade, terá que

    aprender tudo novamente o que trará o desconforto. O mesmo acontece com os

    funcionário de uma empresa, quando novas rotinas são introduzidas ou mesmo

    quando as hierarquias são mudadas.

    Processamento seletivo das informações    os indivíduos moldam o

    mundo por meio de suas percepções. Uma vez que tenham criado esse mundo, eleresiste à mudança. Dessa forma os indivíduos são culpados por processarem

    seletivamente as informações, para manter suas percepções intactas eles ouvem

    aquilo que desejam ouvir. Ignoram informações que contestam seu mundo.

    Resistência Organizacional a mudança

    As organizações, segundo Robbins (2002), por sua própria natureza, são

    CONSERVADORAS. Elas resistem ativamente à mudança. Não é preciso ir muito

    longe para encontrar evidência desse fenômeno. As agências de governo querem

    continuar a fazer o que tem feito durante anos, quer a necessidade para o serviço

    mude, permaneça a mesma ou não exista mais. A maioria das empresas também

    parece resistir muito às mudanças.

    Existem seis fontes principais de resistência organizacional, que são: 

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    Figura 7: Fontes de resistência organizacional à mudançaFonte: Robbins, 2002

    Inércia estrutura  As organizações dispõe de mecanismos embutidos deprodução de estabilidade. O processo de seleção, por exemplo, sistematicamente

    inclui certas pessoas e excluem outras. Treinamento e outras técnicas de

    socialização reforçam requisitos e habilidades para papeis específicos. A

    formalização estabelece descrições de cargo, regras e procedimentos a serem

    seguidos pelos funcionários.

    Foco limitado de mudança   As organizações são compostas de

    subsistemas interdependentes. Não se pode mudar um deles sem afetar aos

    demais. Se a administração mudar os processos, sem adequar ao mesmo tempo a

    estrutura da organização, não é provável que a mudança tecnológica seja aceita.

    Inércia de grupo    Mesmo se os indivíduos quiserem mudar seu

    comportamento as normas do grupo podem agir como barreiras. Um membro

    sindicalizado, por exemplo, pode estar disposto a aceitar mudanças em seu cargo,

    sugeridas pela administração. Mas se as normas do sindicato ditarem resistência a

    qualquer mudança unilateral feita pela administração, é provável que ele resista.

     Ameaça à especial ização 

     Mudanças nos padrões organizacionais podemameaçar a experiência de grupos especializados. A introdução de computadores

    pessoais descentralizados, que permitem que os gerentes acesso direto a

    informações do computador central é um exemplo que encontrou forte resistência

    em muitos departamentos de sistemas de informações do inicio dos anos 1980. Por

    quê? Porque a computação descentralizada do usuário final era uma ameaça às

    habilidades especializadas detidas por aqueles que trabalhavam nos departamentos

    de informação centralizados.

     Ameaça às relações estabelecidas de poder   Qualquer rede dedistribuição de autoridade para a tomada de decisões pode ameaçar as relações de

    poder estabelecidas durante muito tempo na organização. A introdução da decisão

    participativa ou mesmo das equipes de trabalho autogeridas é tipo de mudança que

    geralmente é vista como ameaçadora pelos supervisores e gerentes de nível médio.

     Ameaça às dist ribuições estabelecidas de recursos   Os grupos que

    controlam recursos consideráveis na organização geralmente encaram a mudança

    como uma ameaça. Tendem a estar satisfeitos com o estado das coisas. A mudança

    significará, por exemplo, redução nos orçamentos ou corte no tamanho de seu

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    pessoal. Aqueles que mais se beneficiam com a atual alocação de recursos, muitas

    vezes se sentem ameaçados por mudanças que possam afetar as distribuições

    futuras.

    Para que estas mudanças sejam propostas e/ou efetivadas é fato que o

    principal catalisador destas deverá estar motivado. Imaginemos que você está nesta

    posição, faça-se esta indagação, você está motivado para as mudanças? O que

    mais lhe motiva. Você consegue saber?

    Então vamos fazer um novo teste e tentar identificar o que mais lhe motiva. 

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    INSTRUÇÕES: Para cada uma das 15 declarações seguintes, circule o número que

    mais se aproxima daquilo que você sente. Considere suas respostas no contexto de

    seu cargo atual ou experiência anterior de trabalho.

    Concordo  Discordo 

    Totalmente  Totalmente

    (1)  Eu me esforço muito para melhorar meu desempenho notrabalho. 1  2  3  4  5 

    (2)  Gosto de competir e vencer. 1  2  3  4  5

    (3)  Muitas vezes me vejo conversando com colegas sobrequestões alheias ao trabalho.

    1  2  3  4  5 

    (4)  Gosto do desafio. 1  2  3  4  5

    (5)  Gosto de estar no comando. 1  2  3  4  5

    (6)  Desejo que os outros gostem de mim. 1  2  3  4  5

    (7)  Desejo saber como estou progredindo na realização deminhas tarefas.

    1  2  3  4  5 

    (8)  Questiono as pessoas que fazem coisas com as quais nãoconcordo.

    1  2  3  4  5 

    (9)  Tendo a criar intimidade com colegas de trabalho. 1  2  3  4  5

    (10)  Gosto de fixar e alcançar metas realistas. 1  2  3  4  5

    (11)  Gosto de influenciar outras pessoas a serem como eu, afazerem do meu modo.

    1  2  3  4  5 

    (12)  Gosto de pertencer a grupos e organizações. 1  2  3  4  5

    (13)  Gosto da satisfação de concluir uma tarefa difícil. 1  2  3  4  5

    (14)  Geralmente trabalho para obter mais controle sobre o que

    ocorre á minha volta.

    1  2  3  4  5 

    (15)  Presto muita atenção aos sentimentos das outras pessoasno trabalho.

    1  2  3  4  5 

    ‐ Você tem no MÁXIMO 10 minutos para responder as questões. 

    ‐ O Resultado será seu, não é necessário devolver ou  informar a ninguém, UTILIZE‐O PARA 

    SEU APRENDIZADO PESSOAL e para possibilitar uma mudança interna entre sua equipe. 

    ‐ Consulte  o  ANEXO  3  para  orientações  sobre  a  pontuação  e  a  interpretação,  mas  o  faça 

    somente após concluir as respostas. 

     Auto-aval iação (Fonte: Bobins, 2002) “O que motiva você?”

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    Preparo da sucessão

    Na tentativa de minimizar os impactos ou dificuldades ligadas ao processo de

    sucessão nas empresas familiares, os diversos autores consultados propõem umasérie de possíveis ações preventivas que abrangem todas as partes envolvidas com

    finalidade de facilitar o processo e evitar os conflitos, destacando-se:

    Preparo do sucedido:

    - planejamento formal da sucessão, formular plano empresarial contendo

    metas e objetivos de longo prazo junto com o sucessor;

    - definir critérios de escolha sobre o perfil do sucessor;- desenvolver alternativas de negócios fora da empresa para desenvolver os

    herdeiros;

    - desenvolver alternativas e estilo de vida fora da empresa.

    Preparo do sucessor :

    - período inicial de experiência em empresas desvinculadas dos negócios da

    família, seguido de posterior estágio nas empresas do grupo para conhecer asdiversas áreas da própria empresa;

    - começar por baixo, aprendendo na área operacional;

    - ampliar o currículo fazendo ro