Apostila Tarot Clássico

7/25/2019 Apostila Tarot Clássico

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Introdução

O inconsciente e o consciente existem num estado profundo de interdependência recíproca e obem-estar de um é impossível sem o bem-estar do outro.

A consciência é o sonho mais profundo do inconsciente. Até onde se pode traçar a história doespírito do homem onde ele se desfa! do mito e da lenda o inconsciente lutou incessantemente

para lo"rar uma percepção cada ve! maior de toda sorte de formas não racionais de conhecimentoprecioso de ri#ue!a inexaurível do si"nificado a ser compreendido do inconsciente coletivo.

$al percepção tem como ob%etivo carrear reforços destinados a expandir e fortalecer a consciênciao homem empenhada numa campanha sem fim contra as exi"ências do cotidiano comum.

O $ar& tem sua ori"em em padr'es profundos do inconsciente coletivo e seu estudo proporcionauma maior percepção desses padr'es. (onte não racional entre o consciente e o inconscienteampliou a história e a nossa compreensão do papel de importante fonte não racional daconsciência.

)omo fi"uras eni"m*ticas #ue sur"em de repente em nossos sonhos para nos chamar a atençãosi"nificando os aspectos ne"li"enciados por nós mesmos buscando reconhecimento.

+ma via"em pelas cartas do tar& é uma via"em as nossas próprias profunde!as, o #ue forencontrado no caminho é um aspecto do nosso mais profundo e elevado eu.

As cartas do tar& nasceram num tempo em #ue o misterioso e o irracional tinham mais realidade nocotidiano como uma ponte efetiva para a sabedoria ancestral do nosso eu mais íntimo. ssasa"rada e perene sabedoria é uma "rande necessidade do nosso tempo sabedoria para resolvernossos problemas pessoais e sabedoria para encontrar respostas criativas /s per"untas universais.

O tar& tem 0 naipes com 12 cartas numeradas em cada um deles. m cada naipe 3bast'es4pauscopas4taças espadas4espadas e moedas4ouros5 temos 0 cartas da corte6 o 7ei a 7ainha o 8alete eo )avaleiro este %ovem e ousado "inete montado num cavalo fo"oso desapareceu das cartas debaralho atuais. O cavaleiro é importante por#ue precisamos da sua cora"em e espírito de inda"açãose #uisermos #ue a nossa %ornada se%a bem-sucedida.

ssa %ornada se dar* com os 99 arcanos #ue não pertencem a nenhum dos 0 naipes e a todos eles6O :ouco O ;a"o A <acerdotisa A Imperatri! O Imperador O =ierofante Os namorados O )arrodo $riunfo A >ustiça O remita A 7oda da ?ortuna A ?orça Al#uímica O nforcado A$ransmutação A $emperança O @iabo A $orre de abel A strela de sperança A :ua O <ol O

>ul"amento e O ;undo.

;antenedores de códi"os chave pra além da mente racional contam histórias pela ima"em #uerepresentam as experiências típicas encontradas ao lon"o do caminho da autocompreensão.

Arcanos lBminas cartas trunfos triunfos... na 7enascença foram assuntos de muitas pinturassonetos e representaç'es teatrais.

Através do tar& de ;arselha parte do conhecimento #ue em Avallon era material did*ticoamplamente utili!ado voltou ao conhecimento "eral.

1



(ara a finalidade de nosso estudo o enfo#ue a ser tratado no tar& ser* a importante real etransformadora essência da emoçãoC

(ra isso o tar& de ;arselha é o mais indicado. <eus desenhos transcendem o pessoal vemdesacompanhado de um texto explicativo e sua versão preserva de um modo "eral o tom e o estilodos desenhos mais anti"os #ue nos oferecem uma história pela ima"em em uma canção sempalavras su"erindo sentimentos e introvis'es.

...D mais ou menos como ler um livro ilustrado e percorrer uma "aleria de arte. O livro estimula ointelecto e a empatia a "aleria a ima"inação. Ambos combinados viabili!am um mer"ulho emnossa própria criatividade e experiência de amplificação e compreensãoC...

$odo material simbólico deriva de um nível de experiência humana comum a toda a humanidade.<uas ima"ens não nascem do nosso intelecto ordenado e não se apresentam de maneira ló"ica.

(ara manutenção do enfo#ue proposto não faremos correlaç'es com outras disciplinas eamplificando pela analo"ia deixaremos o sentido final do símbolo como sempre livre.

(or definição o símbolo representa al"uma coisa #ue não pode ser apresentada de nenhuma outramaneira e cu%o si"nificado transcende todos os específicos e inclui muitos opostos aparentes. Al"omuito distante da nossa compreensão intelectual.

Assim sendo podemos fa!er melhor conexão com seu si"nificado através da analo"ia com mitoscontos de fadas dramas #uadros acontecimentos históricos filmes romances novelas ou outromaterial com motivos similares #ue evo#uem universalmente "rupos de sentimentos intuiç'espensamentos ou sensaç'es.

As fi"uras do tar& estão sempre presentes em nossas vidas sur"indo durante o sono e nos

insti"ando a aç'es criativas durante o dia fa!endo travessuras com os nossos planos ló"icos eestabelecendo conex'es com nossas esperanças e dese%os mais secretos.

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;apa da >ornada6

(ovoamos o mundo exterior de feiticeiras princesas diabos e heróis do drama sepultado em nossaspróprias profunde!as.

$ais pro%eç'es são Eteis instrumentos / con#uista do autoconhecimento como reflexos de espelhoda nossa realidade interior.

Os trunfos são ideais para esse propósito por#ue representam simbolicamente as forças instintivas#ue operam de modo aut&nomo nas profunde!as do nosso inconsciente.

<eu car*ter é universal as variaç'es de cultura para cultura de pessoa para pessoa #ue as ima"enspodem assumir não alteram seu car*ter essencial.

<ão diversas as técnicas de contato com as cartas assim como a forma como rea"imos a cada umadelas.

<ua ordem numérica cria um padrão de acesso ao nosso interior6

Aborde cada carta diretamente antes de ler a seu respeito, isso lhe oferece uma oportunidade derea"ir com liberdade e fran#ue!a ao #ue nela este%a retratado.

screva tudo #ue lhe vier a cabeçaC Ideias lembranças reaç'es e associaç'es. (or mais forçado#ue pareça não censure nada pois esse material poder* li"*-lo a introvis'es importantes maistarde.

Fão tentando rotular avaliar e analisar o #ue foi escrito #uando vier a conhecer o trunfo em#uestão ser* interessante confrontar suas primeiras impress'es com suas reaç'es mais recentes.

)ontente-se en#uanto isso em "uardar esse material como se fosse um poema. ;antendo a ra!ãoa mão pois como são "ente da ima"inação o holofote do intelecto as farão correr se esconder.

)olorir as cartas é uma maneira lEdica de buscar-lhes a essência acrescentando uma novadimensão / sua compreensão.

Atraindo os persona"ens do tar& pro nosso mundo podemos conhecê-los melhor examinando ossímbolos sentimentos e intuiç'es #ue eles inspiram percebendo como são isentos de rótulos decerto ou errado pois todo material simbólico abarca muito opostos incluindo aparentes paradoxos.

8ivemos a maior parte do tempo condicionados num mundo de opostos fixos 3ou4ou5.

;as no mundo dos sentimentos intuiç'es sensaç'es e ideias espontBneas "eralmente usamos6Ambos4 com o coração leve e a mão livre.

D preciso consciência de mente #ue não se pode dar definiç'es precisas aos símbolos e #ue #uantomenos consciência se tem das forças ar#uetípicas mais elas nos "overnam a vida.

A dimensão final do estudo com profundidade é explor*-los plenamente.

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O :ouco

Andarilho livre para via%ar / vontade perturbando não raro a ordem preestabelecida..

:i"a dois mundos o mundo cotidiano e a terra não-verbal da ima"inação. ;ove-se livrementeentre os mundos e /s ve!es os confunde um pouco.

le sem dEvida observa e relata o #ue fa!emos. Aparecendo sEbita e inesperadamente ora a#ui oraali e depois desaparecendo antes #ue possamos a"arr*-lo. Gosta de estar onde est* a ação e#uando não h* nenhuma a cria.

m al"umas cartas o louco é retratado vendado enfati!ando sua capacidade de introvisãoutili!ando sua capacidade intuitiva em lu"ar da ló"ica convencional.

<eu espontBneo estilo de vida combina sabedoria humor sandice e desatino. Geralmente osresultados são mila"rosos mas #uando essa combinação coalha acabando em confusão o loucosendo sandeu tem o bom senso de não se levar a sério por#ue sabe #ue o mais alto conhecimento éadmitir a i"norBncia condição necess*ria de todo saber.

Fosso louco interior nos empurra para a vida onde a mente reflexiva é cautelosa.

8ê-lo dançar é sondar o mistério de toda a criaçãoC

)aminha pra frente mas olha pra tr*s li"ando a sabedoria do futuro / inocência da infBncia.

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<ua ener"ia tem um propósito próprio move-se fora do espaço-tempo. =abitam-lhe o espírito osventos da profecia e da poesia.

<em morada fixa subsiste intacto. <ua roupa multicor fa! "irar a roda do arco-íris e nos oferecevislumbres da eternidade.

m perpétuo movimento dança através das cartas li"ando o fim ao princípio interminavelmente.

<uas vestes coloridas e extrava"antes simboli!am por excelência os pares de opostos indicandoum espírito discordante. Fo entanto dentro da#uele caos aparente se apresenta uma ponte entre omundo caótico do inconsciente e o mundo ordenado do consciente.

<ua função é recordar-nos da nossa mortalidade e das loucuras #ue todos fa!emos a%udando a nosres"uardar do pecado da arro"Bncia.

A ambivalência e a ambi"uidade o tornam criativo. le abarca todas as possibilidadesC

<ua presença serve /s forças "overnantes de lembrete constante de #ue o impulso para a anar#uiaexiste na nature!a humana e precisa ser levado em consideração.

Aceito como parte inte"rante e importante nos revitali!a com ideias frescas e novas ener"ias maspara termos acesso / sua vitalidade criativa precisamos aceitar seu comportamento não-convencional.

<em as observaç'es inesperadas e seus bem-humorados conselhos nossa paisa"em internaprovavelmente não passaria de um deserto estéril.

Admitir o louco em nossa vida é admitir nossa própria loucura toda ve! #ue o fa!emos nummomento de conflito os resultados são desarmantesC Fão encontrando resistência o anta"onismofica com a cara no chão a hostilidade acaba em risos e todos os participantes meneando a cabeçadiante da insensate!C

A ener"ia #ue despendíamos defendendo nossa própria estupide! é a"ora liberada para um usomais criativo. nfeitiçador pode nos desviar de maneiras não convencionais de pensar e levar-nosde volta a simplicidade infantil.

;antendo um bom relacionamento com ele podemos %ornadear em sua companhia entre osmundos desde #ue complementemos sua vitalidade e criatividade com nosso intelecto ordenado

para não nos perdermos no mundo instintual voltado somente a uma atitude experimental da vida.

Fos próximos 91 arcanos observaremos o :ouco nas vinte e uma fases ao lon"o do caminho da suatransformação.

@eus tocou o :ouco de muitas maneiras. 7evelam-se seres humanos de profundidade e sabedoriaincomuns.

Fo tarot de ;arselha o :ouco tem o nEmero !ero.

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)omo as estrelas os nEmeros brilham com uma realidade eterna pro%etando lu! sobre seu car*ter edestino. <ão chamados de ossos do universo por#ue são ar#uétipos #ue simboli!am as inter-relaç'es de todas as coisas mortais e imortais.

As palavras expressam as ideias do homem, os nEmeros a realidade de @eus4@eusa.

O conceito de !ero desconhecido do mundo anti"o só apareceu na uropa a partir do século HII.

<eu uso ampliou a capacidade de pensar do homem. O sistema decimal concreti!ou o assombrosoparadoxo de #ue o nadaJ é realmente al"uma coisa ocupando espaço e contendo poderC

Fo velho %o"o italiano tarocchi o :ouco não tem valor por si mesmo mas aumenta o de #ual#uercarta com #ue se%a combinado.

A iridescência do :ouco não pode ser apresada em palavras.

<eu riso é para lembrar-nos de #ue o humor é um in"rediente importante em todas as relaç'es eum arti"o necess*rio para #ual#uer via"em.

@o to#ue do :ouco nin"uém se recupera.

#uem haveria de #uerer recuperar-seKC

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O ;a"o

<ua ener"ia é diri"ida para os ob%etos / sua frente #ue ele d* atenção especial colocados sobre amesa da realidade para #ue dentro de seus limites a sua ener"ia não extravase ou fu%a dele. leevidentemente tem um plano simboli!ando um fator em nós #ue diri"e essa ener"ia e a%uda ahumani!*-la visto #ue empunha uma varinha.

Grande iniciador do processo de autocompreensão e "uia de nossa via"em pelo mundo de nossoseus mais profundos.

O homem sempre reconheceu a existência de um poder #ue transcende o e"o e procura interação e

compreensão do mesmo através de ritos m*"icos. )omo o :ouco o ;a"o acha-se / vontade dentrodo mundo transcendental onde o bufão nos ensina pelo riso e o ;a"o através da mistificação.

)omo nEmero um interessa-lhe descobrir o princípio criativo Enico por tr*s da diversidade #uermanipular a nature!a e suas ener"ias.

O ;a"o de ;arselha se"ura a varinha numa das mãos e na outra uma moeda de ourosimboli!ando o poder de domar a nature!a e canali!ar-lhe as ener"ias para um empre"o criativo.

)omo a própria consciência humana cria maLa a ilusão m*"ica das de! mil coisas.J $ransformando

e transmutando tra! a lu! a consciência #ue debaixo das de! mil coisasJ todas as manifestaç'eselementos e ener"ias são uma só.

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le nos a%uda a compreender #ue o universo físico não resulta do (oder Ori"inal da 8ida atuandosobre a matéria resulta antes do (oder da 8ida atuando sobre si mesmo.

A ma"ia é /s ve!es chamada ciência das relaç'es ocultas uma base essencial dessa arte é arevelação.

O ;a"o tem o poder de revelar a realidade fundamental o estado de ser #ue constitui a base detudo. 7epresenta um aspecto de nós mesmos reali!ador de prodí"ios #ue pode adivinhar as fontesocultas da vida e abri-las para uso criativo onde os mila"res só acontecem em resposta a umanecessidade #ue transcende o e"o.

@escendente do astuto ;ercErio o ;a"o herda-lhe honestamente a duplicidade tambémmensa"eiro dos @euses li"a o interior e o exterior o acima e o abaixo compartilhando de ambos.

A versão de ;arselha oferece o pleno encantamento das mEltiplas facetas do ;a"o. <ua roupamulticolorida insinua a incorporação de muito elementos díspares seus remendos coloridosdeliberadamente su"erem oposição e interação contraste e coordenação suas cores vibrandoalternadamente parecem emitir faíscas de ener"ia elétrica.

<ua antítese criativa é ainda mais evidente pelo chapéu de aba de lemniscata 3sinal matem*tico #uerepresenta o infinito5 cu%o contorno é #uase hipnótico demonstrando o movimento dos opostoscomo símbolo chinês do $ai )hi #ue mostra a interação incessante do Lan" e do Lin forças positivae ne"ativa inerentes a todo universo dual demonstrando o movimento perpétuo da criação. Osímbolo do infinito pode ser viso também como um par de óculos cu%o uso viabili!a o vislumbre denovas dimens'es de realidade.

As experiências #ue o ;a"o oferece são na realidade um fen&meno natural tão inerentes e

arrai"adas a nossa nature!a #uanto as plantas debaixo de seus pés.

A roupa do :ouco não tem nenhum to#ue de verde pois não est* plantado em nossa realidade suaé a ener"ia #ue flui livremente. O ;a"o or"ani!a essa ener"ia criativa para incorpor*-la narealidade consciente.

O barrete do :ouco é amarelo 3poder flame%ante do <ol5 em sua extremidade est* presa uma esferaou uma campainha vermelha a aba de infinito do chapéu do ;a"o representa sua doação4empenhoincondicional na tarefa diante de si. O amarelo do ouro est* presente nos cabelos e na coroa dochapéu do ;a"o.

<ua varinha é um instrumento destinado a concentrar e diri"ir ener"ia #ue precisa de direção ondeocorre somente com a cooperação consciente do homem #ue modula as mesmas criando harmoniae ritmo. <e"ura a varinha com a mão es#uerda indicando #ue seu poder é antes de um treinamentoresultante de seu refinado intelecto um dom natural acessado diretamente no inconsciente.

<ua nature!a de um lado nos a%uda no contato com o Grande )írculo da +nidade e por outro aseparar-lhe os elementos para exame revelando para nosso entendimento sua unidade essencial.

8



Inteiramente absorto em perfeita concentração dominando a intrincada coreo"rafia da revelaçãodemonstrando a correspondências entre o nEcleo central e seus envoltórios e suascorrespondências. Os al#uimistas chamavam isso de a libertação do espírito escondido ouaprisionado na matériaJ trabalhando com os elementos alcançavam uma conexão intuitiva comsua nature!a interna através de uma correspondência com os mesmos 3Fa $erra como no )éu5.

7esumidamente nosso ;a"o interior personifica o espírito criador do mundo escondido e

aprisionado no inconscienteJ nossa tarefa a#ui é libert*-lo para a lu! da percepção consciente demodo a funcionar como substBncia transformadoraJ.

Através da consciência humana com os ar#uétipos inconscientes percebemos a )riação como umprocesso contínuo não est*tico ou fixo mas fluido em sua eterna dança cósmica onde participamoscomo cocriadores. O ;a"o de ;arselha simboli!a bem o processo.

O nEmero um simbólico do poder penetrante masculino Lan" leve ativo e penetrante associadoao céu e ao espírito mas #ue possui ambi"uidades ocultas contido em si mesmo princípio femininoa ener"ia Lin. )omo o peixe branco Lan" do símbolo do $ai )hi #ue possui os olhos escuros daener"ia Lin.

A palavra ma"ia é afim da palavra ima"inação in"rediente necess*rio para toda criatividade. O #uepoderia acontecer se todo ser humano vivo Ima"inasseJ a Fão-violênciaCCCC

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A <acerdotisa

?i"ura feminina substancial representando assim o poder espiritual além da sua pessoa individual.8aso da transformação por onde somente através da receptividade Lin o espírito se fa! carne. lacapta a centelha divina propa"ada e celebrada pelo ativo Lan", a prote"e e nutre "erando assimuma nova realidade.

<e"ura um livro aberto símbolo da <abedoria @ivina. <eu nEmero dois é sa"rado para todas asdivindades femininas. Através dela o espírito ser* tra!ido / realidade.

<ua tiara indica fertilidade perpétua or"ani!ação instintiva e nutrição doadora de vida ocorre nos

três mundos6 o celestial o físico e debaixo dM*"ua.

m suas costas estendeu-se um "rande véu sustentado por dois pilares demonstrando #ue sentada/ sua entrada é "uardiã de seus mistérios.

A tiara e o livro indicam também contenção e tradição e os pilares as limitaç'es da dura realidade.<eu poder vem pela lenta persistência amor e paciência femininas representada pela *"ua6 o poderfrio escuro e fluido da :ua.

O nEmero dois expressa o paradoxo de sua dualidade. la #ue é a mãe da vida em toda a suaplenitude preside também a morte demonstrando incansavelmente #ue somente a lu! do espírito

é imortal.

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A ma"ia da sacerdotisa é velada e oculta como seus cabelos e permanecer* assim inacessível /penetração da consciência meramente racional masculina.

@ela é o reino da profunda experiência interior. Guardiã do mistério do nascimento e dorenascimento os "uarda porém não os controla.

(rincípio feminino #ue personifica o nascimento no corpo e o renascimento numa nova dimensão

de percepção. ssa nova percepção é a libertação da humanidade / subserviência do princípiomasculino ne"ativado cu%a autonomia acabou por se converter em tirania.

(odemos esperar #ue este%a prestes a nascer um novo papel tanto para os homens como para asmulheres. A a%uda nesse processo vem da consciência e de como pode operar em nós o <a"rado;asculino e o <a"rado ?eminino cu%a interação motiva e ilumina nossas vidas.

m termos "erais esse arcano representa a feminilidade de um eu espirituali!ado.

O poder mut*vel da lua é muito sutil porém muito forte como o da Grande @eusa #ue baseadapelos ritmos +niversais tra! a seu tempo a nutrição doadora de vida as secas ou as enchentes... Anature!a feminina é refletiva por isso em "eral tem mais consciência das suas influências e aceitacom mais facilidade os ritmos da nature!a em detrimento aos sistemas de ló"ica.

Assim percebemos #ue é do inconsciente #ue nasce a consciência.

m sua força e si"nificado ori"inais vir"em #uer di!er não casada. :ivre pertencia a si mesma e deum modo especial aberta ao spírito <anto. Fecessariamente forte robusta e sólida.

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A Imperatri!

<eu cetro comprova sua capacidade de conexão com a li"ação céu4terra. videnciado pelo modocomo o trono lembra um par de asas de ouro. A *"uia também de ouro é outra prova de suaconexão com o espírito su"erindo a liberação e transformação #ue ela abraça "entilmente. <eus péstocam firme o chão comprovando sua ação no plano físico cu%o foco é a espirituali!ação dosinstintos.

A Imperatri! "overna intuitivamente seu domínio é flexível pela forma como se"ura o cetro ficaclaro #ue o poder do amor lhe é mais claro #ue o amor ao poder. $oda ve! #ue encontrarmos nossavida blo#ueada por rí"idas dicotomias podemos procurar-lhe a a%udaC

$anto a sacerdotisa #uanto a Imperatri! incorporam o princípio feminino presidindocon%untamente aos 0 mistérios6 formação preservação nutrição e transformação cada #ualenfati!ando aspectos diferentes. A sacerdotisa é vir"em %* a Imperatri! a ;adona e 7ainhaImperial a sacerdotisa paciência e espera a Imperatri! ação e conclusão.

m resumo a sacerdotisa se"ura o livro da profecia e a imperatri! reali!a a profecia.

A nature!a da Imperatri! é mais soci*vel não esconde os cabelos deixando-os cair livremente vesteuma tEnica e uma camisa ornamentadas com "raciosos bordados e faixas. +sa uma coroa aberta de

centro carmesim simboli!ando o #uente amor materno.

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Fumerolo"icamente o um do ;a"o mais o dois da (apisa adicionados um ao outro produ!em onEmero N da Imperatri! #ue une esses opostos e a ambos abraça. @e um modo "eral o nEmero trêsreflete em todos os con%untos de trindades6 )riação ;anutenção e $ransformação, passadopresente futuro, mãe pai e filho, sis =órus e Osíris.

O nEmero N cria o triBn"ulo uma fi"ura plana com princípio meio e fim. +ma realidade tan"ível /experiência humana onde a intenção divina se concreti!ou.

)onsiderada a base desse triBn"ulo a Imperatri! se manifesta como pura criatividade. +ma de suasprincipais funç'es é li"ar as ener"ias prim*rias Lin e Lan" dando-lhes corpo no mundo daexperiência sensorial. (ortadora da semente da #ual brotar* a percepção transcendental de #ue oespírito e a carne podem ser experimentados como um só.

A Imperatri! tem muitas facetas todas ativas ho%e em diaC Generosa ousada e inovadora não raromarca o caminho para os #ue buscam autoexpressão. A chave de seu poder é o amor e a inspiraçãoativa. A força de sua personalidade nos impele a testarmos nossos limites. $ocada por 8ênus ama abele!a em todas as suas formas e naturalmente tende a criar combinaç'es #ue revelem al"ointeressante.

Fe"ativada sua fertilidade torna-se desenfreada levando ao excesso de indul"ência e esta"nação.)iumenta possessiva e dominadora tornar-se-* asfixiante. (or ve!es é representada como umdra"ão ambicioso e sedento de poder. $al aspecto torna aparente #ue seu verdadeiro reino foine"li"enciado sua força não concilia mais de maneira sutil e "entil tornando-se o estridente amor-poder #ue ne"li"encia o 7elacionamento em suas inEmeras formas. (or isso se a tratarmos compaciente civilidade certamente mostrar-se-* mais cordial e menos ressentida tornando-se maisacessível a infinita variedade de nossos potenciais viabili!ando uma compreensão ainda maisprofunda de nosso poder criativo.

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O Imperador

(rincípio masculino ativo vem prestar auxílio compartilhando responsabilidades. )omplementacom seu conhecimento racional o impulso intuitivo de ação da Imperatri!. +m não funcionacriativamente sem o outro. <imboli!am a união harmoniosa de suas ener"ias complementares e dosseus respectivos reinos i"ualmente divinos.

O Imperador ordena pensamentos e ener"ias li"ando-os a realidade de um modo pr*tico. <ualiderança tem como ob%etivo inspirar e prote"er a civili!ação.

Apresenta-se informalmente sentado no campo de ação como um líder pr*tico aberto e

intimamente li"ado / espécie humana e suas atividades. $ra! em sua cabeça um elmo de campocu%as linhas ele"antes se repetem na ornamentação da cadeira ré"ia e no escudo ficando evidente#ue seu império possui refinamento cultural. (orém nem sempre foi assim. 7eparem na mão #uese"ura o cetro em contraste com a mão es#uerda. <eu império ele con#uistou a duras penas. OImperador a#ui retratado transcende o pai meramente pessoal ou mesmo o líder de um clã ouestado homo"êneo %* #ue seu império abran"e diversos povos e climas.

A vida em comunidade é o passo intermedi*rio indispens*vel entre a identidade inconscienteexperimentada na infBncia e o ponto de vista mais consciente e individual da idade adulta.

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O seu escudo também com uma *"uia de ouro %* não mais necess*rio / defesa simboli!a suaconexão com os poderes celestiais. Ave de rapina a *"uia nos lembra #ue o uso inade#uado dopoder transforma o direito divino em força do e"o. n#uanto a *"uia da Imperatri! parece alçarvoo simboli!ando o espírito masculino da esposa #ue enxer"a lon"e a *"uia do Imperadormantém-se numa postura protetora.

O nEmero #uatro simboli!a a totalidade indicando nossa orientação para a dimensão humana. <eu

e#uivalente "eométrico o #uadrado assim como os #uatro pontos cardeais da bEssola impede denos sentirmos perdidos em *reas não mapeadas, as #uatro paredes de um aposento dão umasensação de contenção se"ura #ue nos a%uda a concentrar ener"ias e focali!ar com precisão aatenção de modo racional e humano.

@e maneira semelhante o espírito diretor do Imperador nos a%uda a examinar as realidades e nosreferir a elas de modo consciente e criativo tra!endo permanência estabilidade e perspectiva.7epresenta o princípio do #ual depende a fertilidade e o bem-estar do reino.

<e ele for ferido toda a comunidade sofrer*.

$anto cultural #uanto pessoalmente o nEmero #uatro do Imperador anuncia um novo começo oprincípio simboli!ado pelo verbo. @eixamos o mundo não verbal do feminino cu%a expressão éatravés da dança ima"ens e mEsica para entrarmos no mundo das palavras cu%a ma"ia nos a%uda anomear e classificar conhecendo o mundo mais ob%etivamente. @ar nome as coisas é uma parteimportante da tarefa do Imperador lon"e de ser uma #uestão puramente intelectual odescobrimento do nome correto para as coisas é uma arte criativa #ue envolve sentimentointuição faculdade pensante e uma boa conexão com a experiência sensorial.

O Imperador reina essencialmente por meio do pensamento o fato ob%etivo é a verdade honesta. AImperatri! por meio do sentimento o fato interior é i"ualmente importante. O trabalho con%unto e

por ve!es alternado poder* encontrar uma solução le"ítima para um fato da realidade externalevando em consideração o i"ualmente importante sentimento interno.

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O =ierofante

<entado no trono ladeado por dois cardeais e pelos dois pilares atr*s reitera o seu nEmero cinco.FEmero simbólico da #uinta essência a preciosa e indestrutível #ualidade só conhecida do homem#ue transcende os #uatro elementos na sua busca de conexão com a divindade.

?i"ura poderosa li"a os mundos interno e externo de maneira consciente e franca. <ua função étornar acessível ao homem o mundo transcendental até a#ui alcançado apenas pela intuição. Ohierofante lhes oferece a sabedoria de um sistema de valores coletivos para apoi*-las e "ui*-las aolon"o do caminho.

<ua mão direita er"uida revela dois dedos estendidos a indicar #ue os problemas morais #ueenvolvem opostos estão sob seu domínio para serem reconhecidos e manipulados. O pole"ar e osdois dedos restantes #ue ele mantém escondidos podem si"nificar #ue a $rindade é um mistériosa"rado. <e"ura a chave desse mistério na palma da mesma mão demonstrando sua habilidade deinterpretar a lei espiritual e servir de ponte entre o códi"o e sua aplicação pr*tica.

<ua mão empunha o ca%ado #ue lhe simboli!a o car"o. le se"ura o ca%ado com a mão es#uerda,"overna mais pelo coração do #ue pela força da vontade.

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Os dois sacerdotes simboli!am os muitos impulsos "êmeos na nature!a reli"iosa humana #ue sóa"ora est* tomando consciência como os conflitos entre o fato exterior e o seu si"nificado interior.A%oelhados de costas para nós demonstra #ue embora este%a emer"indo a percepção dos opostosainda é inconsciente. Fão enfrentam os conflitos diretamente6 voltam-se para o (apa em busca deorientação. Inclinam-se diante de sua autoridade. )om sua barba patriarcal e suas vestes ondeantesrepresenta o papel de mãe e pai expressando a preocupação da I"re%a pelo desenvolvimentopessoal de cada um dos seus paro#uianos embora enuncie preserve e defenda a lei "eral. m

contraste com a (apisa #ue se comunica amplamente através da intuição e do sentimento o (apaor"ani!a e verbali!a suas ideias %untando-as num sistema formal racional. <uas preocupaç'es sãomais abran"entes #ue as do Imperador sua preocupação vai além do bem-estar físico e social dossEditos se preocupa também com o mundo interior da consciência e da responsabilidade. D nesseponto #ue o homem emer"e como entidade separada e começa a experimentar a própria #ualidadede ser em relação com os poderes supra-pessoais. <em essa interação entre o humano e otranscendente a consciência humana não poderia evoluir e amadurecer.

O nEmero cinco a%usta-se perfeitamente a tudo o #ue foi dito a respeito desse persona"em. leencarna os #uatro elementos comuns a toda a criação sinteti!ando-os através do +m do espírito#ue é a província especial do homem. O cinco possui a #ualidade m*"ica de #uando elevado ao#uadrado sempre volta sobre si mesmo. )inco é três mais dois6 combina a $rindade do espíritocom a dualidade humana. )omo #uatro mais um também personifica a #uinta-essência a preciosasubstBncia além dos #uatro elementos. )omo todos os nEmeros ímpares o cinco é consideradomasculino e portador de uma valência especial do espírito. O penta"rama estrela da sínteseuniversal si"nifica ordem.

O (apa interior é a função em nós mesmos #ue nos "overna o bem-estar espiritual a consciênciainata #ue nos di! #uando ne"li"enciamos de al"uma maneira o spírito. A cautela deve serredobrada em relação a %ul"amentos em "eral.

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Os namorados

A carta nEmero seis dramati!a um problema específico e muito humano6 um moço envolvido comduas mulheres. (recisa portanto encontrar dentro de si mesmo a força para enfrentar aconfrontação, precisa assumir so!inho a responsabilidade por #ual#uer ação #ue prati#ue.nvolvido de corpo e alma vê-se #ue cada uma exerce uma influência definida sobre ele.

A mulher de toucado tem a mão possessivamente sobre seu ombro en#uanto a loira parece tocar-lhe mais de perto o coração. Acima dos três um ar#ueiro alado.

namorado o %ovem se acha imobili!ado entre as duas mulheres sua cabeça voltada pra uma e o

resto do corpo pra outra. @ividido por impulsos conflitantes dividido dentro de si mesmo.

)ada uma exerce uma atração m*"ica sobre ele de um modo compulsivo e misterioso. Puando seconectar com esse poder internamente a pro%eção criada não mais lhe manipular* as emoç'es e avida. Ambas possessivas afi"uram-se a primeira vista, uma um tipo maternal oferecendo apoioproteção e sustento, a outra cu%os cabelos são parecidos com os dele indica afinidade natural entreambos.

A maturidade #ue sua decisão re#uer demonstra a necessidade de conciliação entre todos osenvolvidos cu%a decisão consciente tem de vir do %ovem enamorado a fim de ser senhor de simesmo.

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O (apa oferece iniciação na vida do espírito neste arcano o desafio consiste em li"ar a vidaespiritual / emocional.

O conflito é a essência da vida o pré-re#uisito necess*rio a todo o crescimento espiritual como osabiam os velhos al#uimistas.

<omente através da tomada de consciência dos nossos conflitos do seu enfrentamento e da

resistência #ue lhe opomos podemos ao resolver a situação em #uestão encontrar pa! autêntica.

(aradoxalmente entrar numa profunda an*lise para resolução de um conflito si"nifica mer"ulharno mesmo mais e mais profundamente e ao mesmo tempo experimentar reinos ainda maisprofundos de autopercepção e conse#uentemente pa! "enuína.

O enamorado precisa se decidir e assumir a responsabilidade por tudo o #ue resultar da suaescolha, entretanto um fator divino representado pelo cupido influir* na decisão comprovando#ue sem intensidade emocional nenhuma transformação ocorre.

Fuma profunda experiência de Amor o fo"o divinoJ inicia a condição necess*ria para oautoconhecimento e conse#uentemente transcendência do e"o cu%a chama purifica a existênciapuramente centrada no e"o 3re5criando a correta harmonia entre o espírito e instinto.

O nEmero seis é Enico de muitas maneiras. <omando um dois e três voltamos ao seis. D o EniconEmero considerado masculino e feminino ao mesmo tempo. 7etratado como a estrela de seispontas cu%o triBn"ulo superior é conhecido como triBn"ulo de fo"o e o inferior como de *"ua. @essaforma sua união representa o espírito masculino e a emoção feminina o macro e microcosmocriando uma forma nova e brilhante.

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Fa carta %unto as #uatro colunas o rei representa um elemento #uintessencial sendo por nascençaum persona"em real dotado de poderes e privilé"ios especiais mas redu!ido a dimens'eshumanas apesar de ser colocado acima da humanidade comum. <ua coroa de ouro como um haloli"a-o / iluminação e / ener"ia do <ol. A"e com força diretiva no centro do veículo tra!endo consi"onova ener"ia e novas ideias.

O )arro permite maior latitude e flexibilidade, sua força motri! é fornecida pelos dois cavalos

formando uma parelha insólita um muito vermelho en#uanto o outro é a!ul acrescentando sabor eespírito / nossa vida e simboli!ando os polos da ener"ia animal #ue existe em toda a nature!asendo o aspecto físico pintado de vermelho e o espiritual de a!ul. (ara nosso pasmo os cavalos nãotem rédeas para diri"ir um veículo desses o condutor precisa ter poderes suprapessoais. <ua%ornada exi"ir* força cora"em e determinação.

<imbolicamente representa o impulso para a consciência mais elevada. O %ovem rei ter* de passarpor muitas provas se #uiser estabelecer uma firme identidade e manter um duradourorelacionamento com o princípio diretivo interior. =aver* inEmeras provas pelo caminho, uma delaspoder* ser teatrali!ar a via"em apenas no nível externo e pelo %ornadear compulsivo evitar odesafio da busca interior e o repouso necess*rio / sua reali!ação.

<intoni!ado com o destino ele não diri"e nem é diri"ido via%a pela estrada acidentada com uma"raça natural. <ua essência é o movimento.

A vitalidade do trunfo é visível nos rebentos verdes sur"idos no primeiro plano. O nEmero sete li"a-o ao fado ao destino e / transformação. Assinala o início de uma nova era apropriadamentedenominada reino do e#uilíbrio. A#ui apreende suas primeiras intuiç'es embora fu"a!es, tem apercepção de #ue são instrumentos através do #ual o seu eu mais profundo encontra manifestação.O problema mais importante a"ora é o e#uilíbrio.

)ada um de nós tem um carro / nossa disposição pronto para #uando #uisermos embarcar numavia"em ima"inativa pelo nosso espaço interiorC

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A >ustiça

:* est* "randiosamente sentada incorruptível e onisciente. Os dois pratos da balança va!iosprontos para aceitarem e receberem a dualidade humana.

<ó na medida #ue aceitamos essa nossa nature!a seremos capa!es de abord*-la e compreendê-la .

Fesse momento da %ornada precisamos assumir a plena responsabilidade por nossas aç'es.

O nEmero desta carta é o oito repetido em sua forma no eixo da balança e no encaixe dos doispratos redondos da balança mostrando o envolvimento dos dois eixos celeste e terreno

con%untamente na consecução do e#uilíbrio.

O simbolismo da >ustiça acentua sistematicamente uma união harmoniosa de forças opostas.

A "rande fi"ura feminina sentada em seu trono mostra a força compassiva do sa"rado feminino. Foentanto empunha uma espada e usa um elmo demonstrando #ue a força e a cora"em do sa"radomasculino também fa!em parte de todo o processo. A espada ereta como se pode se"urar um cetroou ca%ado com a ponta voltada para cima como #ue buscando orientação divina enorme de ouro o#ue enfati!a ainda mais o seu valor permanente.

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O momento de responsabili!ação che"ou 3com o fio do discernimento5 é hora de atravessarcamadas de confusão e ilusão por mais caras #ue nos pareçam ser para revelar a 8erdade QnicaCFão é mais possível viver a vida de maneira ilusória. (ara continuarmos a %ornada é necess*rioa%ustamentos para se manter intactas as decis'es fiéis ao espírito.

Fa mão es#uerda se"ura a balança, seus dois pratos símbolos da receptividade feminina contrastacom a inflexível e sin"ular afirmação da espada masculina #ue %untas formam a cru! da luta

espiritual contra o hedonismo e o ape"o. A >ustiça apresenta-se como mediadora entre as duasrealidades.

A noção de totalidade e e#uilíbrio desse trunfo su"erem complementaridade dos opostos em umeterno bailado de compensação.

A forma como os pratos se op'em ilustra bem o si"nificado ori"inal da palavra oposto. xistemnuma oposição amistosa semelhante em relação um ao outro criando fluide! tão somente sem#ual#uer implicação de hostilidade e conflito. <ua essência é um movimento perpétuo e "entil. Ospratos da balança de ouro pode a%udar a recuperar o e#uilíbrio sempre #ue nos dispusermos ameditar sobre eles na medida #ue nossas confrontaç'es di*rias ocorrem.

A fi"ura ponderosa da >ustiça mostra em plenitude o sentido real de #ue a aplicação da lei é umaoperação de sentimento onde a verdade é um pré-re#uisito estabelecido #ue exerce sempre umabeni"na influência. la não se ocupa da morali!ação severa de crime e casti"o. @edica-se antes /restauração das leis universais da harmonia e do e#uilíbrio criativo.

$odos precisamos estabelecer contato com um princípio de harmonia e e#uilíbrio universais paratermos certe!a de #ue por tr*s de todas as aparentes in%ustiças existe um Grande )onselho ondepodemos pleitear sempre a nossa causa cu%o #uilíbrio +no #ue permeia todo o +niverso são8erdade >ustiça Amor e (erdão.

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O remita

O mon"e a#ui retratado personifica uma sabedoria #ue não se encontra em livros seu dom é tãoelementar e perene #uanto o fo"o de sua lBmpada vive no silêncio por isso não nos tra! serm'es.)om sua presença ilumina e a#uece nossos coraç'es.

+ma fi"ura assim personifica o ar#uétipo do espíritoJ uma fi"ura muito humana um simplesandarilho com apenas sua lampada!inha para lhe iluminar o caminho. Ao contr*rio do papa porta-vo! e *rbitro das leis "erais ou da balança pesando os imponder*veis.

)omo o louco é um andarilho, ambos irmãos de espírito.

Fosso ancião assimilou as experiências do passado contente com o presente imediato seus olhosestão sempre abertos para recebê-lo se%a l* o #ue for de acordo com sua própria iluminação.

n#uanto a ênfase principal do papa é a experiência reli"iosa sob condiç'es prescritas o eremitamostra a possibilidade de iluminação individual como potencial humano universal colocada atécerto ponto ao alcance da humanidade.

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A roda da fortuna

A#ui nesse arcano o reino do e#uilíbrio mostra a #uestão central do destino H livre-arbítrio cu%aessência é o movimento.

Fessa carta vemos dois seres dando voltas impotentes na 7oda sempre "irante, parecem presosnuma "an"orra sem sentido dos opostos complementares da nature!a operando em todos nós.

Acima da roda percebemos um ser "overnante dEbio e por conse#uência amoral #ue "uarda a roda3com uma autoridade representada pela coroa e pela espada5 mas #ue não lhe fornece a forçamotri!.

A tarefa a#ui é liberar nossa consciência das ener"ias animais presas na ronda instintual repetitiva.

ncontrando uma maneira de transcender essas limitaç'es obtemos a consciência dessemecanismo tornando-o acessível ao uso humano. Isso ocorre ao compreendermos #ue a vida seapresenta como um processo um sistema em constante mutação.

nvolve i"ualmente a inte"ração e a desinte"ração a "eração e a de"eneração fundindo-assutilmente umas nas outras num eterno ciclo não se#uencial no tempo num sistema de i"ualdade erelação mEtua onde nenhuma posição é preferível a outra.

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As reflex'es sobre as eternas revoluç'es da 7oda nos permite perceber a simultaneidade de todosos opostos como complementos como nascimento e morte experimentando um mundo não criadono tempo #ue começa e acaba interminavelmente.

A "rande #uestão é aceitar inte"ralmente essa realidade a ideia de #ue os momentos de nossasvidas não são acontecimentos %orrando do nada mas sim um processo em constante mutação em#ue podemos nos envolver num relacionamento de responsabili!ação de #ue cada ato vem com

uma conse#uência.

Pue na verdade somos nós #ue criamos nossa realidade porém dentro de moldes pré-determinados #ue viabili!am nossa evolução4aprendi!ado.

D a percepção de #ue a vida é um eterno aprimorar sempre.

Assim sendo podemos visuali!ar o "iro incessante da 7oda através do espaço-tempo de tal maneira#ue nos vemos voltando sempre ao mesmo lu"arJ.

A roda "irante em muitas culturas é um símbolo da %ornada interior rumo a consciência.

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A ?orça

A partir desse ponto a %ornada se voltar* para uma maior necessidade de introvisão espiritual.

O foco sair* cada ve! mais das ener"ias de sobrevivência e competição nutrindo a"ora um sentidode unificação e desenvolvimento adicional.

O ar#uétipo a#ui representa o poder de mediação inspirada pelo refinamento diplomacia eeducação pessoal e direta residente dentro de todo ser em sua polaridade feminina ativa.

A fi"ura feminina a#ui representada é repleta de compaixão diante da nature!a primitiva e

instintual or"ulhosa de si mesma e expondo livremente sua essência.

la é capa! com a força e firme!a de sua delicade!a de lidar de maneira coerente destemida ecarinhosa com os mais passionais instintos #ue por nós na "rande maioria das ve!es são temidose4ou ne"ados.

$oda ve! #ue tentamos virar as costas para essa parte animalJ em nós ela se torna ainda maisexi"ente. ;anifesta muita ve!es por doenças psicossom*ticas ou por excessos de #ual#uernature!a #ue sempre ocorrem #uando nos recusamos a manter um relacionamento saud*vel erespeitoso com nosso lado instintual. <omos animais #ue se desenvolveram de modo especial com

o impulso consciente de evolução.

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O papel do sa"rado feminino a#ui é celebrado e muito necess*rio como mediadora.

<imbolicamente essa ma"a lida com uma força natural #ue precisa ser inte"rada de maneirarespeitosa e "entil devido / pure!a de sua nature!a instintiva imune / ambição do homemcivili!adoJ.

A perda de contato com nosso lado instintual precipita ao caos natural da raiva4fEria represadas

#ue sem prévio aviso %orram com força descomunal desconcertando nosso cotidiano a #ual#uermomento.

Os instintos suprimidos e feridos e4ou os não reprimidos são a real ameaça da atual civili!ação.

Puer "ostemos ou não a nature!a animal é nossa companheira por toda vida e assim sendo é s*bioaceitarmos e buscarmos um pacífico convívio.

D certo #ue nossas almas animais alme%am um convívio benéfico com nossa alma humana.

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O enforcado

Fesse trunfo um moço est* dependurado de cabeça pra baixo com um semblante serenocon#uistado pela s*bia resi"nação de #ue é inEtil se rebelar com a situação.

(ara o homem ocidental é estranho tolerar a inatividade forçada pois perdeu o contato com adimensão de profundidade.

A#ui nosso herói vislumbra a situação em si como uma oportunidade de nova percepção do mundocomo uma ação libertadora a ser encarada com humildade e paciência onde é muito importantenão perder o #ue é real e perene e aproveitar esse momento precioso de crescimento vindo

através do desape"o.

Puando isso ocorre experimentamos uma nova autoridade com a calma e a confiança de #uemdesvendou um se"redo6 a inevitabilidade4necessidade de #uando em #uando sairmos de nossa!ona de conforto com cora"em e firme!a a"radecendo incondicionalmente essa sa"radaoportunidade de crescimento.

8endo a vida de um novo Bn"ulo experimentamos com muita competência o renascimento oressur"ir para um mundo novo sa"rado e eterno em detrimento do mundo comum.

Iniciaç'es assim ocorrem em v*rios momentos de nossas vidas onde é colocado / prova nossacapacidade de colocar em ação novas4desconhecidas reservas de ener"ia.

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(ara celebrar o novo é preciso desape"ar do velho em "ratidão e reverência.

A morte é fundamental para a vida pois sua promessa de transmutação harmoni!ação epurificação se inclui em todas as possibilidades não é vin"ativa tem simplesmente uma tarefa aexecutar um hor*rio a cumprir no "rande calend*rio cósmico.

Intelectualmente di!emos a nós mesmos #ue a morte fa! parte da vida mas como entramos num

acordo com a nossa própria mortalidadeK

Fa verdade aceitar e confiar na morte é aceitar e confiar na vida em toda a sua plenitude.

Aceitar como um fato a existência de novas dimens'es de realidade de percepção espiritual torna amorte uma passa"em uma porta a ser atravessada para um mundo radiante no futuro.

Fo entanto o desafio da morte se apresenta de uma forma sin"ular e especial a cada ve! #ue aexperimentamos apesar de #ue em sua essência real morrer se%a uma experiência comum.

A "rande dificuldade é contemplar e aceitar verdadeiramente o desconhecido em #ual#uercontexto se%a ele #ual for.

<empre #ue o espírito fica para tr*s obstrui o fluxo natural da vida reprimindo a corrente vital comh*bitos mortosJ e conceitos anti#uados.

Fa verdade viver a vida plenamente é a maneira natural de abordarmos a morte.

As coisas desse mundo só podem ser abandonadas e a morte efetivamente bem recebida através dailuminação de uma experiência #ue transcende todas as outras coisas.

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A $orre

A conexão entre a torre do tarot e a de babel é proposital na "ravura vemos #ue a altive! d* lu"arpara exposição e confusão.

A função da torre é elevar a mente e o coração do homem proporcionando meios para uma conexãodivina mais estreita onde se perceba a manifestação do céu na terra desfa!endo assim orompimento ilusório de #ue realmente existe uma interação entre o espírito e a matéria.

Fo entanto a#ui representada mostra #ue selada no topo seus dois moradores não são capa!es dereconhecer autoridade al"uma acima de sua própria criação vivem como prisioneiros de suas

mentes e coraç'es frios e escuros como a torre por eles materiali!ada cu%a estrutura rí"ida não sedeixa penetrar pelos elementos é uma construção baseada em palavras e ideias.

Puem vive num plano acima da terra "eralmente perde contato com ela com seu aspecto natural einstintual. Assim sendo uma intervenção divina a#ui se fa! necess*ria marcando o fim de uma fasee o início de outra.

ssa intervenção sempre vem de maneira inesperada para #ue não nos pe"ue totalmente desurpresa é importante #ue fi#uemos atentos aos sinais #ue prenunciam a tempestade....

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O baralho de ;arselha pinta o relBmpa"o em sua forma mais benéfica e criativa emborasurpreendentemente forte e duradoura vem como uma ação libertadora de um estado deencarceramento volunt*rio e nocivo.

(elo amor divino a nossa torre não foi totalmente destruída antes sua coroa foi derrubadasimboli!ando assim a oportunidade de contato com a ener"ia vital e seus ciclos nos mostrandonossas próprias limitaç'es até então desconhecidas. ssa revelação divina num primeiro momento

é comumente sentida como uma cat*strofe pois o pensamento racional é excessivamentevalori!ado pela sociedade moderna.

O raio si"nifica mudança sEbita inesperada e irresistível #ue nos a%uda a aumentar a percepção de*reas de nossas vidas #ue até a#ui foram i"noradas.

$odo o cen*rio dessa lBmina nos mostra #ue na verdade o caos propriamente dito é umaoportunidade de crescimento e evolução.

<e com nosso livre-arbítrio escolhermos amaldiçoar ao invés de a"radecer essa dolorida porémpreciosa oportunidade de crescimento estaremos nos retirando da vida em si mesma de todos osseus contrastes e oportunidades de crescimento estaremos ne"ando nossa unidade e interaçãocom a nature!a e seus ciclos.

Assim sendo uma ação vi"orosa se fe! necess*ria e sempre a ser* cada ve! #ue tentarmos nos alçaracima do bem e do mal.

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Isso só ser* possível #uando o corpo e suas sensaç'es forem clareadas saciadas e purificadaspossibilitando uma conexão com o espírito de maneira ainda mais consciente.

ssa experiência interna só sur"e como a corporificação de todos os opostos #uando através de umreconhecimento de sua relação cada #ual recebe o #ue lhe é devido transformando assimnaturalmente suas relaç'es com o mundo externo, uma união final de todas as forças opostas

capa!es de %untas criarem ener"ia pura fonte de toda a vida.

A cada dia o sol tra! consi"o uma nova lu! e novas oportunidades renovando a fé num cosmoordenado não linear evocando o sentimento de reciprocidade mEtua.

(ara receber sua lu! de maneira benéfica primeiro precisamos reconhecer nosso espaço sa"rado enele construir um %ardim.

O sol anuncia um novo período de lu! e nutrição de renascimento para a lu!. D um momento deefetuação de deixar para sempre o mundo de opini'es estéreis e do"mas formais para in"ressar nomundo ensolarado da experiência direta e do conhecimento puro.

45









A consciência ampliada passa a ser uma função de relação com o mundo dos ob%etos cu%o foco deixade ser nossos temores esperanças e ambiç'es pessoais.

As #uatro fi"uras nos cantos montam "uarda com eterna vi"ilBncia, simboli!am o estado dedesenvolvimento em #ue a abertura de nossa percepção est* a"ora para o coletivo a noção de ummundo mais amplo onde a unidade entre carne e espírito céu e terra é reiterada.

$estemunham a dança da vida de um modo natural não-científico onde o amor divino é a chave domistério de toda a vida.

A vida como nos mostrou o tarot é processo em movimento onde o se"redo da serenidade éintera"ir de maneira destemida e bem- humorada com cada desafio4aprendi!ado #ue sur"ir.

(ercebemos #ue o mundo não é o fim da %ornada mas a inspiração para uma eterna via"em dedescobertasCCC

A meta só é importante como ideia.

O essencial é o #ue condu! / meta.

ssa é a meta de toda a vida.

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Apostila Tarot Clássico