Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    1/25

    CONHECIMENTOS ESPECFICOS TCNICO EM ASSUNTOS EDUCACIONAIS UFPE 2013

    ORGANIZAO E FUNDAMENTOS DA EDUCAO BRASILEIRA

    As ds!"s#$%s &%'(s

    Entre os artigos 22 e 28 da Lei 9394/96, encontram-se as principais disposies normativas em funo das uais aesco!a "institui# seu tra$a!%o, e se "organi&a# pedagogicamente' Entretanto, este "c(digo pedag(gico# tem entre n(s,tam$)m, uma %ist(ria' E podemos comear pe!a Lei 4*24/6+, isto ), a primeira !e!gis!ao "democrtica# ue tivemos'e particu!ar interesse so, no caso, dois artigos' . primeiro de!es ) o artigo +8' E!e esta$e!ece Nosestabelecimentos oficiais de ensino mdio e superior ser recusada a matrcula ao aluno reprovado mais de uma vezem qualquersrie ou conjunto de disciplinas.

    0esse artigo aparecem dois conceitos centrais o de reprovao, e o de "recusa de matrcula#' 1 o artigo 2* fa!a da"organi&aodo ensino primrio e m)dio#, dispondo uena oranizao do ensino primrio e mdio, a lei federal ouestadual atender!

    a" # variedade de mtodos de ensino e formas de atividade escolar, tendo$se em vista as peculiaridades da reio ede rupos sociais%b" ao estmulo de e&peri'ncias peda(icas com o fim de aperfeioar os processos educativos )*+-/0, p.123".

    0o tu!o 5 so apresentadas as fina!idades dos diferentes nveis de educao

    a" - educao pr$primria se destina aos menores ou at sete anos, e ser ministrada em escolas maternais oujardim de inf4ncia)artio 12"%b" ensino primrio tem por fim o desenvolvimento do raciocnio e das atividades de e&presso da criana, e a suainterao no meio fsico e social )artio 15"%

    c" - educao de rau mdio, em prosseuimento # ministrada na escola primria, destina$se # formao doadolescente.

    em-se, ento, ora "ensino#, ora "educao#, s ve&es, so indicados os destinatrios, mas no as fina!idades'7penas ao referir-se educao de grau m)dio ) usado o termo "formao# do ado!escente, sem ue se:aconceituado o ue se entende por ta!' E passa !ogo a tratar dos "cic!os# e das moda!idades de ensino, para, emseguida, definir ue, em cada um de!es, %averia "discip!inas# e "prticas educativas#, "o$rigat(rias e optativas#,definindo as compet;ncias institucionais , pargrafos+? e 2?' E fa!a em"currcu!o# @ o das duas primeiras s)ries do +? cic!o deveria ser comum a todos os cursos de ensino m)dio no ue serefere s mat)rias o$rigat(rias pargrafo 3?'

    . das au!as dadas#'

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    2/25

    . artigo 39 trata da "apurao do rendimento esco!ar#, a cargo dos esta$e!ecimentos de ensino, responsveis pe!aeApedio de "certificados de conc!uso de s)ries e cic!os e dip!omas de conc!uso de cursos#' 7 "ava!iao doaproveitamento do a!uno# deveria !evar em conta os resu!tados o$tidos ao !ongo do ano esco!ar, "asseguradas aoprofessor, nos eAames e provas, !i$erdade de formu!ao de uestes e autoridade de :u!gamento#' Estes eAames,por sua ve&, deveriam ser "prestados perante comisso eAaminadora, formada por professores do pr(prioesta$e!ecimento, e, se este fosse particu!ar, so$ fisca!i&ao da autoridade competente#' Em todo o tu!o 55aparecem os termos "sries# e "ciclos#, determinado ue "o ensino primrio ser ministrado, no mnimo, em uatro

    sries anuais# art' 26, podendo durar at) seis anos e iniciando os a!unos "em artes ap!icadas, adeuadas ao seAo e idade#' Fuanto ao ensino m)dio, !em$remos, seria divido em dois "ciclos, o "ginasia!# e o "co!egia!#' . co!egia!a$rangeria o curso "secundrio#' Gma preocupao comum a todas as !eis, conce$idas como "sistemas# normativos,) aue!a com a "transfer;ncia# dos a!unos' 0o caso de e!a acontecer, seriam permitidas "adaptaes#' =ina!mente, oartigo 43 dispe ue "cada esta$e!ecimento de ensino m)dio dispor em regimento ou estatutos so$re a suaorgani&ao, a constituio dos seus cursos e o seu regime administrativo, discip!inar e didtico#' Era o espao deautonomia concedido aos esta$e!ecimentos'37 Lei >'692/D+ tra& interessantes e sugestivos e!ementos inovadores uanto ")'(*+(#," d" -)(.(&/" %s"&()' Himportante ter presente ue, ue!a )poca, estava em voga a teoria do capita! %umano, e segundo e!a se apregoavaa importIncia da educao para o desenvolvimento econ6mico@ era a )poca do denominado "mi!agre $rasi!eiro# e as

    estatsticas educacionais eram pouco animadoras' E!evadas taAas de ana!fa$etismo, insufici;ncia de co$erturaesco!ar, e!evados ndices de evaso e repet;ncia @com seus custos muito $em ca!cu!ados @ fa&iam a preocupaodos sistemas' 7ssim, por eAemp!o, no Estado de Janta ?B> . currcu!o deveria ser ordenado "por s)ries anuais de discip!inas ou reas de estudo organi&adas de forma a

    permitir, conforme o p!ano e as possi$i!idades do esta$e!ecimento, a inc!uso de opes ue atendam s diferenasindividuais dos a!unos e, no ensino de 2? grau, ense:em variedade de %a$i!itaes#artigo 8? B6 7dmitia-se a organi&ao semestra! no ensino, tanto de +? uanto de 2? graus, a matrcu!a por discip!ina no 2? graue, inc!usive, ue, em ua!uer grau, pudessem se organi&ar "c!asses ue reKnam a!unos de diferentes s)ries e deeuiva!entes nveis de adiantamento, "para o ensino de !nguas estrangeiras e de outras discip!inas, reas de estudoou atividades em ue ta! so!uo se aconse!%e#artigo 8?, pargrafos +? e 2?BD oder-se-ia dispensar "tratamento especia!# aos portadores de defici;ncias fsicas ou mentais, aos "ue seencontrem em atraso considerve! uanto idade regu!ar de matrcu!a# e aos superdo tados, respeitadas as normasdos respectivos

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    3/25

    +* oder-se-ia admitir, "verificadas as condies necessrias#, "a adoo de crit)rios ue permitam avanosprogressivos dos a!unos pe!a con:ugao dos e!ementos de idade e aproveitamento#B++ 7dmitia-se a matrcu!a "com depend;ncia de uma ou duas discip!inas# a partir da DN s)rieB+2 EAp!icitava-se ue o ensino de +? grau se destinava "formao da criana e do pr)-ado!escente, variando emconteKdo e m)todos segundo as fases de desenvo!vimento dos a!unos#, enuanto o ensino de 2? grau era destinado" formao integra! do ado!escente#B+3 =ina!mente, o artigo 64, ta!ve& o menos uti!i&ado da !ei, dispun%a ue os

    cursistas, aprofundar a an!ise do tema, comentando os t(picos !u& das teorias pedag(gicas apropriadas' Masresta ainda um registro a fa&er'

    CONSTITUIO DA REP5BLICA FEDERAL

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    4/25

    '

    LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAO NACIONAL L% *: ;63;8

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    5/25

    carga %orria, ue devem ser distri$udas no decorrer do ano !etivo' Essa carga %orria deve ser respeitada euti!i&ada de forma a a!imentar com con%ecimento todos os a!unos, independente da esco!a ser pK$!ica o particu!ar' 7educao precisa ser vista como uma condio na preparao dos :ovens no s( para o mercado de tra$a!%o maspara sua viv;ncia dentro da sociedade' 7 !ei ue foi recentemente reformu!ada e tra& informaes importantesreferente aos currcu!os, ava!iaes para ingresso no ensino superior, participao dos professores na educao eintegrao do a!uno na sociedade, ensino a distIncia, sistema estadua! de ensino e sistema municipa! de ensino emuitas outras informaes ue va!e a pena conferir'

    LDB ATUALIZADA 2011 MEC 7 LQ atua!i&ada tam$)m se preocupa no tempo de perman;ncia do a!uno noespao esco!ar e a diminuio do tempo de sua vida na esco!a por motivo de repet;ncia' . idea! seria ue as esco!asadotassem o sistema de perodo integra!, onde os a!unos possam estudar no perodo da man%, a!moar na esco!a ea tarde ter atividades eAtra curricu!ares, tais como esportes, au!as de artesanato, !nguas estrangeiras, au!as dereforo e outras atividades ue faro parte da formao desse estudante'

    PLANO NACIONAL DE EDUCAO L% F%d%)(& *: 1061>2 mi!%es depessoas com necessidades especiais' .s nKmeros de matrcu!a nos esta$e!ecimentos esco!ares so to $aiAos ueno permitem ua!uer confronto com aue!e contingente' Em +998, %avia 293'4*3 a!unos, distri$udos da seguinteforma >8 com pro$!emas mentaisB +3,8, com defici;ncias mK!tip!asB +2, com pro$!emas de audioB 3,+ devisoB 4,>, com pro$!emas fsicosB 2,4, de conduta' 7penas *,3 com a!tas %a$i!idades ou eram superdotados e>,9 rece$iam Xoutro tipo de atendimentoXJinopse Estatstica da Educao Qsica/*D Municpios $rasi!eiros, >9,+ no ofereciam educao especia! em +998' 7s diferenasregionais so grandes' 0o 0ordeste, a aus;ncia dessa moda!idade acontece em D8,3 dos Municpios, destacando-se Oio Rrande do 0orte, com apenas 9,6 dos seus Municpios apresentando dados de atendimento' 0a regio Ju!,>8,+ dos Municpios ofereciam educao especia!, sendo o aran o de mais a!to percentua! 83,2' 0o

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    6/25

    matrcu!as apresentam a!guma variao nessa distri$uio >3,+ so da iniciativa privadaB 3+,3, estaduaisB+>,2, municipais e *,3, federais' 0ota-se ue o atendimento particu!ar, ne!e inc!udo o oferecido por entidadesfi!antr(picas, ) responsve! por uase metade de toda a educao especia! no as' adas as discrepInciasregionais e a insignificante atuao federa!, % necessidade de uma atuao mais incisiva da Gnio nessa rea'

    Jegundo dados de +998, apenas +4 desses esta$e!ecimentos possuam insta!ao sanitria para a!unos comnecessidades especiais, ue atendiam a 3+ das matrcu!as' 7 regio 0orte ) a menos servida nesse particu!ar, pois

    o percentua! dos esta$e!ecimentos com aue!e reuisito $aiAa para 6' .s dados no informam so$re outrasfaci!idades como rampas e corrimos''' 7 e!iminao das $arreiras aruitetZnicas nas esco!as ) uma condioimportante para a integrao dessas pessoas no ensino regu!ar, constituindo uma meta necessria na d)cada daeducao' .utro e!emento fundamenta! ) o materia! didtico-pedag(gico adeuado, conforme as necessidadesespecficas dos a!unos' 5neAist;ncia, insufici;ncia, inadeuao e precariedades podem ser constatadas em muitoscentros de atendimento a essa c!iente!a'

    Em re!ao ua!ificao dos profissionais de magist)rio, a situao ) $astante $oa apenas 3,2 dos professoresme!%or dito, das funes docentes, em +998, possuam o ensino fundamenta!, comp!eto ou incomp!eto, comoformao mAima' Eram formados em nve! m)dio >+ e, em nve! superior, 4>,D' .s sistemas de ensinocostumam oferecer cursos de preparao para os professores ue atuam em esco!as especiais, por isso D3 de!es

    fi&eram curso especfico' Mas, considerando a diretri& da integrao, ou se:a, de ue, sempre ue possve!, ascrianas, :ovens e adu!tos especiais se:am atendidos em esco!as regu!ares, a necessidade de preparao do corpodocente, e do corpo t)cnico e administrativo das esco!as aumenta enormemente' Em princpio, todos os professoresdeveriam ter con%ecimento da educao de a!unos especiais'

    .$servando as moda!idades de atendimento educaciona!, segundo os dados de +99D, predominam as Xc!assesespeciaisX, nas uais esto 38 das turmas atendidas' +3,D de!as esto em Xsa!as de recursosX e +2,2 emXoficinas pedag(gicasX' 7penas > das turmas esto em Xc!asses comuns com apoio pedag(gicoX e 6 so deXeducao precoceX ' Em Xoutras moda!idadesX so atendidas 2> das turmas de educao especia!' , no ensino fundamenta!B +'D*>, no ensino m)dioB D'2>8 na educao de :ovens e adu!tos' Jo informadoscomo XoutrosX 64'+48 atendimentos' 0o % dados so$re o atendimento do a!uno com necessidades especiais naeducao superior' . particu!ar est muito frente na educao infanti! especia! 64 e o estadua!, nos nveisfundamenta! e m)dio >2 e 49, respectivamente, mas o municipa! vem crescendo sensive!mente no atendimentoem nve! fundamenta!'

    As -%*d?*(s )%%*-%s d"s ss-%@(s d% %*s*" s," (s s%'*-%s

    5ntegrao/inc!uso do a!uno com necessidades especiais no sistema regu!ar de ensino e, se isto no for possve! emfuno das necessidades do educando, rea!i&ar o atendimento em c!asses e esco!as especia!i&adasB amp!iao doregu!amento das esco!as especiais para prestarem apoio e orientao aos programas de integrao, a!)m doatendimento especficoB me!%oria da ua!ificao dos professores do ensino fundamenta! para essa c!iente!aBeApanso da oferta dos cursos de formao/especia!i&ao pe!as universidades e esco!as normais' 7pesar docrescimento das matrcu!as, o d)ficit ) muito grande e constitui um desafio imenso para os sistemas de ensino, poisdiversas aes devem ser rea!i&adas ao mesmo tempo' Entre e!as, destacam-se a sensi$i!i&ao dos demais a!unose da comunidade em gera! para a integrao, as adaptaes curricu!ares, a ua!ificao dos professores para oatendimento nas esco!as regu!ares e a especia!i&ao dos professores para o atendimento nas novas esco!asespeciais, produo de !ivros e materiais pedag(gicos adeuados para as diferentes necessidades, adaptao dasesco!as para ue os a!unos especiais possam ne!as transitar, oferta de transporte esco!ar adaptado, etc' Mas ogrande avano ue a d)cada da educao deveria produ&ir ser a construo de uma esco!a inc!usiva, ue garantao atendimento diversidade %umana'

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    7/25

    D)%-)+%s 97 educao especia! se destina s pessoas com necessidades especiais no campo da aprendi&agem,originadas uer de defici;ncia fsica, sensoria!, menta! ou mK!tip!a, uer de caractersticas como a!tas %a$i!idades,superdotao ou ta!entos' 7 integrao dessas pessoas no sistema de ensino regu!ar ) uma diretri& constituciona!art' 2*8, 555, fa&endo parte da po!tica governamenta! % pe!o menos uma d)cada' Mas, apesar desse re!ativamente!ongo perodo, ta! diretri& ainda no produ&iu a mudana necessria na rea!idade esco!ar, de sorte ue todas ascrianas, :ovens e adu!tos com necessidades especiais se:am atendidos em esco!as regu!ares, sempre ue forrecomendado pe!a ava!iao de suas condies pessoais' Gma po!tica eAp!cita e vigorosa de acesso educao,

    de responsa$i!idade da Gnio, dos Estados e istrito =edera! e dos Municpios, ) uma condio para ue s pessoasespeciais se:am assegurados seus direitos educao' a! po!tica a$range o Im$ito socia!, do recon%ecimento dascrianas, :ovens e adu!tos especiais como cidados e de seu direito de estarem integrados na sociedade o maisp!enamente possve!B e o Im$ito educaciona!, tanto nos aspectos administrativos adeuao do espao esco!ar, deseus euipamentos e materiais pedag(gicos, uanto na ua!ificao dos professores e demais profissionaisenvo!vidos' . am$iente esco!ar como um todo deve ser sensi$i!i&ado para uma perfeita integrao' rope-se umaesco!a integradora, inc!usiva, a$erta diversidade dos a!unos, no ue a participao da comunidade ) fatoressencia!' Fuanto s esco!as especiais, a po!tica de inc!uso as reorienta para prestarem apoio aos programas deintegrao' 7 educao especia!, como moda!idade de educao esco!ar, ter ue ser promovida sistematicamentenos diferentes nveis de ensino' 7 garantia de vagas no ensino regu!ar para os diversos graus e tipos de defici;ncia )uma medida importante' Entre outras caractersticas dessa po!tica, so importantes a f!eAi$i!idade e a diversidade,

    uer porue o espectro das necessidades especiais ) variado, uer porue as rea!idades so $astante diversificadasno as'

    7 Gnio tem um pape! essencia! e insu$stituve! no p!ane:amento e direcionamento da eApanso do atendimento,uma ve& ue as desigua!dades regionais na oferta educaciona! atestam uma enorme disparidade nas possi$i!idadesde acesso esco!a por parte dessa popu!ao especia!' . apoio da Gnio ) mais urgente e ser mais necessrioonde se verificam os maiores d)ficits de atendimento' Fuanto mais cedo se der a interveno educaciona!, maisefica& e!a se tornar no decorrer dos anos, produ&indo efeitos mais profundos so$re o desenvo!vimento das crianas'or isso, o atendimento deve comear precocemente, inc!usive como forma preventiva' 0a %ip(tese de no serpossve! o atendimento durante a educao infanti!, % ue se detectarem as defici;ncias, como as visuais eauditivas, ue podem dificu!tar a aprendi&agem esco!ar, uando a criana ingressa no ensino fundamenta!' EAistem

    testes simp!es, ue podem ser ap!icados pe!os professores, para a identificao desses pro$!emas e seu adeuadotratamento' Em re!ao s crianas com a!tas %a$i!idades superdotadas ou ta!entosas, a identificao !evar emconta o conteAto s(cio-econZmico e cu!tura! e ser feita por meio de o$servao sistemtica do comportamento e dodesempen%o do a!uno, com vistas a verificar a intensidade, a freC;ncia e a consist;ncia dos traos, ao !ongo de seudesenvo!vimento'

    33/9D estendido aessa c!iente!a, pode ser um importante meio de garantir-!%e o acesso e freC;ncia esco!a' 7 formao derecursos %umanos com capacidade de oferecer o atendimento aos educandos especiais nas crec%es, pr)-esco!as,centros de educao infanti!, esco!as regu!ares de ensino fundamenta!, m)dio e superior, $em como em instituiesespecia!i&adas e outras instituies ) uma prioridade para o !ano 0aciona! de Educao' 0o % como ter umaesco!a regu!ar efica& uanto ao desenvo!vimento e aprendi&agem dos educandos especiais sem ue seusprofessores, demais t)cnicos, pessoa! administrativo e auAi!iar se:am preparados para atend;-!os adeuadamente'7s c!asses especiais, situadas nas esco!as Xregu!aresX, destinadas aos a!unos parcia!mente integrados, precisam

    contar com professores especia!i&ados e materia! pedag(gico adeuado' 7s esco!as especiais devem serenfati&adas uando as necessidades dos a!unos assim o indicarem' Fuando esse tipo de instituio no puder sercriado nos Municpios menores e mais po$res, recomenda-se a ce!e$rao de conv;nios intermunicipais e comorgani&aes no-governamentais, para garantir o atendimento da c!iente!a'

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    8/25

    compromisso e de efici;ncia no atendimento educaciona! dessa c!iente!a, notadamente na etapa da educaoinfanti!' Longe de diminuir a responsa$i!idade do oder K$!ico para com a educao especia!, o apoio do governo atais organi&aes visa tanto continuidade de sua co!a$orao uanto maior efici;ncia por contar com aparticipao dos pais nessa tarefa' 1ustifica-se, portanto, o apoio do governo a essas instituies como parceiras noprocesso educaciona! dos educandos com necessidades especiais'

    Oeuer-se um esforo determinado das autoridades educacionais para va!ori&ar a perman;ncia dos a!unos nas

    c!asses regu!ares, e!iminando a nociva prtica de encamin%amento para c!asses especiais daue!es ue apresentamdificu!dades comuns de aprendi&agem, pro$!emas de disperso de ateno ou de discip!ina' 7 esses deve ser dadomaior apoio pedag(gico nas suas pr(prias c!asses, e no separ-!os como se precisassem de atendimento especia!'

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    9/25

    sa!as de recursos'

    ++' 5mp!antar, em cinco anos, e genera!i&ar em de& anos, o ensino da Lngua Qrasi!eira de Jinais para os a!unossurdos e, sempre ue possve!, para seus fami!iares e para o pessoa! da unidade esco!ar, mediante um programa deformao de monitores, em parceria com organi&aes no-governamentais'

    +2' Em coer;ncia com as metas n'? 2, 3 e 4, da educao infanti! e metas n'? 4'd, > e 6, do ensino fundamenta!

    ;ncia deste p!ano, os padres mnimos de infra-estrutura das esco!as para o rece$imento dos a!unos especiaisB

    $ a partir da vig;ncia dos novos padres, somente autori&ar a construo de pr)dios esco!ares, pK$!icos ouprivados, em conformidade aos : definidos reuisitos de infra-estrutura para atendimento dos a!unos especiaisB

    c adaptar, em cinco anos, os pr)dios esco!ares eAistentes, segundo aue!es padres'

    +3' efinir, em con:unto com as entidades da rea, nos dois primeiros anos de vig;ncia deste p!ano, indicadores$sicos de ua!idade para o funcionamento de instituies de educao especia!, pK$!icas e privadas, e genera!i&ar,progressivamente, sua o$servIncia'

    +4' 7mp!iar o fornecimento e uso de euipamentos de informtica como apoio aprendi&agem do educando comnecessidades especiais, inc!usive atrav)s de parceria com organi&aes da sociedade civi! vo!tadas para esse tipode atendimento'

    +>' 7ssegurar, durante a d)cada, transporte esco!ar com as adaptaes necessrias aos a!unos ue apresentemdificu!dade de !ocomoo'

    +6' 7ssegurar a inc!uso, no pro:eto pedag(gico das unidades esco!ares, do atendimento s necessidadeseducacionais especiais de seus a!unos, definindo os recursos disponveis e oferecendo formao em servio aosprofessores em eAerccio'

    +D' 7rticu!ar as aes de educao especia! e esta$e!ecer mecanismos de cooperao com a po!tica de educaopara o tra$a!%o, em parceria com organi&aes governamentais e no-governamentais, para o desenvo!vimento deprogramas de ua!ificao profissiona! para a!unos especiais, promovendo sua co!ocao no mercado de tra$a!%o'efinir condies para a termina!idade para os educandos ue no puderem atingir nveis u!teriores de ensino'

    +8' Esta$e!ecer cooperao com as reas de saKde, previd;ncia e assist;ncia socia! para, no pra&o de de& anos,tornar disponveis (rteses e pr(teses para todos os educandos com defici;ncias, assim como atendimentoespecia!i&ado de saKde, uando for o caso'

    +9' 5nc!uir nos currcu!os de formao de professores, nos nveis m)dio e superior, conteKdos e discip!inas

    especficas para a capacitao ao atendimento dos a!unos especiais'

    2*' 5nc!uir ou amp!iar, especia!mente nas universidades pK$!icas, %a$i!itao especfica, em nveis de graduao ep(s-graduao, para formar pessoa! especia!i&ado em educao especia!, garantindo, em cinco anos, pe!o menosum curso desse tipo em cada unidade da =ederao'

    2+' 5ntrodu&ir, dentro de tr;s anos a contar da vig;ncia deste p!ano, conteKdos discip!inares referentes aoseducandos com necessidades especiais nos cursos ue formam profissionais em reas re!evantes para oatendimento dessas necessidades, como Medicina, Enfermagem e 7ruitetura, entre outras'

    22' 5ncentivar, durante a d)cada, a rea!i&ao de estudos e pesuisas, especia!mente pe!as instituies de ensino

    superior, so$re as diversas reas re!acionadas aos a!unos ue apresentam necessidades especiais para aaprendi&agem'

    23' 7umentar os recursos destinados educao especia!, a fim de atingir, em de& anos, o mnimo euiva!ente a >dos recursos vincu!ados manuteno e desenvo!vimento do ensino, contando, para tanto, com as parcerias com as

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    10/25

    reas de saKde, assist;ncia socia!, tra$a!%o e previd;ncia, nas aes referidas nas metas n'? 6, 9, ++, +4, +D e +8'

    24' 0o pra&o de tr;s anos a contar da vig;ncia deste p!ano, organi&ar e pZr em funcionamento em todos os sistemasde ensino um setor responsve! pe!a educao especia!, $em como pe!a administrao dos recursos oramentriosespecficos para o atendimento dessa moda!idade, ue possa atuar em parceria com os setores de saKde,assist;ncia socia!, tra$a!%o e previd;ncia e com as organi&aes da sociedade civi!'

    2>' Esta$e!ecer um sistema de informaes comp!etas e fidedignas so$re a popu!ao a ser atendida pe!a educaoespecia!, a serem co!etadas pe!o censo educaciona! e pe!os censos popu!acionais'

    26' 5mp!antar gradativamente, a partir do primeiro ano deste p!ano, programas de atendimento aos a!unos com a!tas%a$i!idades nas reas artstica, inte!ectua! ou psicomotora'

    2D' 7ssegurar a continuidade do apoio t)cnico e financeiro s instituies privadas sem fim !ucrativo com atuaoeAc!usiva em educao especia!, ue rea!i&em atendimento de ua!idade, atestado em ava!iao condu&ida pe!orespectivo sistema de ensino'

    28' .$servar, no ue di& respeito a essa moda!idade de ensino, as metas pertinentes esta$e!ecidas nos captu!os

    referentes aos nveis de ensino, formao de professores e ao financiamento e gesto'

    ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE ECA

    RESUMO E ROTEIRO

    16 C)(*#( % Ad"&%s%*-% s -?@ d)%-"s % *," ".)'(#$%s ()-6 =J ()-6 1=4 IJ ()-6 1>J ()-6 16

    0os termos do art' 6[ do E

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    11/25

    >6 O.)'(#$%s d( d)%#,"

    a comunicar ao

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    12/25

    ava!iao de suas propostas pedag(gicas'

    7s

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    13/25

    define iretri&es

    +' !ane:amento ) processo de $usca de eui!$rio entre meios e fins, entre recursos e o$:etivos, visando aome!%or funcionamento de empresas, instituies, setores de tra$a!%o, organi&aes grupais e outras atividades%umanas' . ato de p!ane:ar ) sempre processo de ref!eAo, de tomada de deciso so$re a aoB processo depreviso de necessidades e raciona!i&ao de emprego de meios materiais e recursos %umanos disponveis,visando concreti&ao de o$:etivos, em pra&os determinados e etapas definidas, a partir dos resu!tados dasava!iaes 75LW7, 2**+, p' 3*'

    2' !ane:ar, em sentido amp!o, ) um processo ue Xvisa a dar respostas a um pro$!ema, esta$e!ecendo fins emeios ue apontem para sua superao, de modo a atingir o$:etivos antes previstos, pensando e prevendonecessariamente o futuroX, mas considerando as condies do presente, as eAperi;ncias do passado, os aspectosconteAtuais e os pressupostos fi!os(fico, cu!tura!, econZmico e po!tico de uem p!ane:a e com uem se p!ane:a'idem, 2**+, p' 63' !ane:ar ) uma atividade ue est dentro da educao, visto ue esta tem como caractersticas$sicas evitar a improvisao, prever o futuro, esta$e!ecer camin%os ue possam nortear mais apropriadamente aeAecuo da ao educativa, prever o acompan%amento e a ava!iao da pr(pria ao' !ane:ar e ava!iar andam demos dadas'

    3' !ane:amento Educaciona! ) Xprocesso contnuo ue se preocupa com o _para onde ir_ e _uais as maneirasadeuadas para c%egar !_, tendo em vista a situao presente e possi$i!idades futuras, para ue o desenvo!vimentoda educao atenda tanto as necessidades da sociedade, uanto as do indivduoX 7OO7 apud J70_7007 et a!,+99>, p' +4' ara asconce!!os +99>, p' >3, Xo p!ane:amento do Jistema de Educao ) o de maior a$rang;nciaentre os nveis do p!ane:amento na educao esco!ar, correspondendo ao p!ane:amento ue ) feito em nve!naciona!, estadua! e municipa!X, incorporando as po!ticas educacionais'

    http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=14906&Itemid=866http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=14906&Itemid=866
  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    14/25

    4' !ane:amento ' !ane:amento de Ensino ) o processo de deciso so$re atuao concreta dos professores, no cotidiano de seutra$a!%o pedag(gico, envo!vendo as aes e situaes, em constante interaes entre professor e a!unos e entre os

    pr(prios a!unos 75LW7, 2**+, p' 33' 0a opinio de Jant_7nna et a! +99>, p' +9, esse nve! de p!ane:amento tratado Xprocesso de tomada de decises $em informadas ue visem raciona!i&ao das atividades do professor e doa!uno, na situao de ensino-aprendi&agemX'

    6' !ane:amento Esco!ar ) o p!ane:amento g!o$a! da esco!a, envo!vendo o processo de ref!eAo, de decisesso$re a organi&ao, o funcionamento e a proposta pedag(gica da instituio' XH um processo de raciona!i&ao,organi&ao e coordenao da ao docente, articu!ando a atividade esco!ar e a pro$!emtica do conteAto socia!XL5Q`0E., +992, p' 22+'

    D' !ane:amento o!tico-Jocia! tem como preocupao fundamenta! responder as uestes Xpara u;X, XparauemX e tam$)m com Xo u;X' 7 preocupao centra! ) definir fins, $uscar conce$er vises g!o$a!i&antes e de

    eficciaB serve para situaes de crise e em ue a proposta ) de transformao, em m)dio pra&o e/ou !ongo pra&o'Xem o p!ano e o programa como eApresso maiorX R7050, +994, p' >>'

    8' 0o !ane:amento .peraciona!, a preocupao ) responder as perguntas Xo u;X, XcomoX e Xcom u;X, tratandoprioritariamente dos meios' 7$arca cada aspecto iso!adamente e enfati&a a t)cnica, os instrumentos, centra!i&ando-sena efici;ncia e na $usca da manuteno do funcionamento' em sua eApresso nos programas e, maisespecificamente, nos pro:etos, sendo so$retudo tarefa de administradores, onde a ;nfase ) o presente, momento deeAecuo para so!ucionar pro$!emas idem''

    P&(*"

    +' !ano ) um documento uti!i&ado para o registro de decises do tipo o ue se pensa fa&er, como fa&er, uandofa&er, com ue fa&er, com uem fa&er' ara eAistir p!ano ) necessria a discusso so$re fins e o$:etivos, cu!minandocom a definio dos mesmos, pois somente desse modo ) ue se pode responder as uestes indicadas acima'

    . p!ano ) a Xapresentao sistemati&ada e :ustificada das decises tomadas re!ativas ao a rea!i&arX=EOOE5O7 apud 75LW7, 2**+, p' 36' !ano tem a conotao de produto do p!ane:amento'

    !ano ) um guia e tem a funo de orientar a prtica, partindo da pr(pria prtica e, portanto, no pode ser umdocumento rgido e a$so!uto' E!e ) a forma!i&ao dos diferentes momentos do processo de p!ane:ar ue, por suave&, envo!ve desafios e contradies =GJ7O5, op' cit''

    2' !ano 0aciona! de Educao ) Xonde se ref!ete toda a po!tica educaciona! de um povo, inserido no conteAto%ist(rico, ue ) desenvo!vida a !ongo, m)dio ou curto pra&oX MEER.LL7B J70_7007, +993, p' 48'

    3' !ano Esco!ar ) onde so registrados os resu!tados do p!ane:amento da educao esco!ar' XH o documentomais g!o$a!B eApressa orientaes gerais ue sinteti&am, de um !ado, as !igaes do pro:eto pedag(gico da esco!acom os p!anos de ensino propriamente ditosX L5Q`0E., +993, p' 22>'

    4' !ano de

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    15/25

    concretas de propostas futuristas' rata-se de uma tend;ncia natura! e intenciona! do ser %umano'

    ara eiga 2**+, p' ++ o pro:eto pedag(gico deve apresentar as seguintes caractersticas

    a Xser processo participativo de decisesB$ preocupar-se em instaurar uma forma de organi&ao de tra$a!%o pedag(gico ue desve!e os conf!itos e as

    contradiesBc eAp!icitar princpios $aseados na autonomia da esco!a, na so!idariedade entre os agentes educativos e no

    estmu!o participao de todos no pro:eto comum e co!etivoBd conter opes eAp!citas na direo de superar pro$!emas no decorrer do tra$a!%o educativo vo!tado para uma

    rea!idade especficaBe eAp!icitar o compromisso com a formao do cidado'f nascer da pr(pria rea!idade , tendo como suporte a eAp!icitao das causas dos pro$!emas e das situaes nas

    uais tais pro$!emas aparecemBg ser eAeCve! e prever as condies necessrias ao desenvo!vimento e ava!iaoB% ser uma ao articu!ada de todos os envo!vidos com a rea!idade da esco!aBi ser construdo continuamente, pois como produto, ) tam$)m processoX'

    3' ro:eto o!tico-edag(gico da esco!a precisa ser entendido como uma maneira de situar-se num %ori&onte depossi$i!idades, a partir de respostas a perguntas tais como Xue educao se uer, ue tipo de cidado se dese:a epara ue pro:eto de sociedadeYX R7.5, +994, ' 42' issociar a tarefa pedag(gica do aspecto po!tico ) difci!,visto ue o Xeducador ) po!tico enuanto educador, e o po!tico ) educador pe!o pr(prio fato de ser po!ticoX

    R7.5, =OE5OE, RG5M7OUEJ, 2***, pp' 2>-26'

    =a!ar da construo do pro:eto pedag(gico ) fa!ar de p!ane:amento no conteAto de um processo participativo,onde o passo inicia! ) a e!a$orao do marco referencia!, sendo este a !u& ue dever i!uminar o fa&er das demaisetapas' 7!guns autores ue tratam do p!ane:amento, como por eAemp!o Moacir Radotti, fa!am simp!esmente emreferencia!, mas outros, como ani!o Randin, distinguem ne!e tr;s marcos situaciona!, doutrina! e operativo'

    P)"')(@(

    +' adi!%a 2**+, citando Qierren$ac%, eAp!ica ue um programa ) Xconstitudo de um ou mais pro:etos dedeterminados (rgos ou setores, num perodo de tempo definidoX p' 42' Randin +99> comp!ementa di&endo ue o

    programa, dentro de um p!ano, ) o espao onde so registradas as propostas de ao do p!ane:ador, visando aaproAimar a rea!idade eAistente da rea!idade dese:ada' esse modo, na e!a$orao de um programa ) necessrioconsiderar uatro dimenses Xa das aes concretas a rea!i&ar, a das orientaes para toda a ao atitudes,comportamentos, a das determinaes gerais e a das atividades permanentesX R7050, +993, p' 36 e +99>, p'+*4'

    um instrumento te(rico$metodol(ico que visa ajudar a enfrentar os desafios docotidiano da escola, s( que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, or4nica e, oque essencial, participativa. = uma metodoloia de trabal9o que possibilita re$sinificar aao de todos os aentes da instituiop'+43'

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    16/25

    C"*s-)*d" @ "*%-" d% !()-!(#,"

    7 preocupao com a me!%oria da ua!idade da Educao !evantou a necessidade de descentra!i&ao edemocrati&ao da gesto esco!ar e, conseuentemente, participao tornou-se um conceito nuc!ear' '

    e acordo com a etimo!ogia da pa!avra, participao origina-se do !atim XparticipatioX pars b in b actio ue

    significa ter parte na ao' ara ter parte na ao ) necessrio ter acesso ao agir e s decises ue orientam o agir'XEAecutar uma ao no significa ter parte, ou se:a, responsa$i!idade so$re a ao' E s( ser su:eito da ao uempuder decidir so$re e!aX QE050, p' +4' ara LCc et a!' +998 a participao tem como caractersticafundamenta! a fora de atuao consciente, pe!a ua! os mem$ros de uma unidade socia! de um grupo, de umaeuipe recon%ecem e assumem seu poder de eAercer inf!u;ncia na determinao da dinImica, da cu!tura daunidade socia!, a partir da compet;ncia e vontade de compreender, decidir e agir em con:unto'

    ra$a!%ar em con:unto, no sentido de formao de grupo, reuer compreenso dos processos grupais paradesenvo!ver compet;ncias ue permitam rea!mente aprender com o outro e construir de forma participativa'

    ara ic%in-Oivire +99+ grupo ) um Xcon:unto restrito de pessoas !igadas entre si por constantes de espao etempo, articu!adas por sua mKtua representao interna interatuando atrav)s de comp!eAos mecanismos deassuno e atri$uio de pap)is, ue se prope de forma eAp!cita ou imp!cita uma tarefa ue constitui sua

    fina!idadeX pp' 6>-66' . ue se di& eAp!cito ) :ustamente o o$servve!, o concreto, mas a$aiAo de!e est o ue )imp!cito' Este ) constitudo de medos $sicos diante de mudanas, ora a!ternativas transformadoras ora resist;ncia mudana' ic%on-Oivire i$dem di& ue a resist;ncia mudana ) conseC;ncia dos medos $sicos ue so oXmedo perdaX das estruturas eAistentes e Xmedo do ataueX frente s novas situaes, nas uais a pessoa se senteinsegura por fa!ta de instrumentao'

    7 partir desses $reves comentrios, pode-se compreender a importIncia do to divu!gado Xmomento desensi$i!i&aoX na imp!ementao de p!anos, programas e pro:etos' Jensi$i!idade ) Xua!idade de ser sensve!,facu!dade de sentir, propriedade do organismo vivo de perce$er as modificaes do meio eAterno e interno e dereagir a e!as de maneira adeuadaX =EOOE5O7, s/d' Jensi$i!i&ar, portanto, ) provocar e tornar a pessoa sensve!Bfa&er com ue e!a participe de a!guma coisa de forma inteira' or outro !ado, !em$ra ic%on-Oivi)re +99+ ue Xumgrupo o$t)m uma adaptao ativa rea!idade uando aduire insig%t, uando se torna consciente de certos aspectosde sua estrutura dinImica' Em um grupo operativo, cada su:eito con%ece e desempen%a seu pape! especfico, deacordo com as !eis da comp!ementaridadeX p' >3'

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    17/25

    prioridades, os o$:etivos e metas a serem atingidas no desenvo!vimento do tra$a!%o pedag(gico da esco!a' . !)"%-"!"&X-"9!%d(''" ")%*-( (--d%s4 !"s-)(s % !)-(s ue se desenvo!vem no am$iente esco!ar, ou se:a,orienta a construo da pr(pria rea!idade esco!ar' ermite con%ecer e ref!etir so$re a rea!idade, ava!iando-a parapropor novas formas de agir e intervir na cu!tura esco!ar para atender s necessidades dos indivduos e co!etividadesue o conteAto esco!ar agrega'

    G%s-," d" P)"%ss" Ed("*(& *( Es"&(

    O !)"%ss" d% ")'(*+(#," % '%s-," %s"&()

    =unes do processo de organi&ao e gesto esco!ar

    Essas funes no ocorrem de forma iso!ada ou estanue, antes se constituem em processos ue, de formasistemtica, articu!ada e permanente, $uscam garantir a organi&ao e o desenvo!vimento da gesto da esco!a ' E!as

    iro se materia!i&ar nos p!anos e pro:etos e!a$orados pe!a esco!a , conforme ser demonstrado aui neste m(du!o'

    Qem, por %ora, o ue precisa ficar c!aro aui ) a concepo de p!ane:amento ue deve ser assimi!ada para uepossa ser assegurada uma efetiva organi&ao do tra$a!%o da esco!a e uma gesto democrtica e participativaconforme o dese:ado por aue!es ue fa&em educao' . processo e o eAerccio de p!ane:ar constituem umaantecipao da prtica, ou se:a, p!ane:ar ) prever e programar as aes e os resu!tados dese:ados, possi$i!itando euipe gestora a tomada de decises'

    7 esco!a necessita formu!ar o$:etivos , tendo como refer;ncia as suas necessidades e em articu!ao com o pro:etopo!tico-educaciona! do sistema de ensino do ua! fa& parte' H necessrio ue a esco!a e!a$ore p!anos de tra$a!%o oup!anos de ao onde so definidos seus o$:etivos e sistemati&ados os meios para a sua eAecuo $em como os

    crit)rios de ava!iao da ua!idade do tra$a!%o ue rea!i&a' Jem p!ane:amento, as aes dos diversos atores daesco!a iro ocorrer ao sa$or das circunstIncias, com $ase no improviso ou na reproduo mecInica de p!anosanteriores e sem ava!iar os resu!tados do tra$a!%o' 7 fa!ta de p!ane:amento !eva a euipe gestora a se especia!i&arem "apagar inc;ndios#, mas, nem todos os inc;ndios podem ser apagados sem ue %a:a s)rios pre:u&os'

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    18/25

    7!go ue deve ser o$servado no processo de p!ane:amento e na organi&ao gera! do tra$a!%o ) o tipo de gesto uese desenvo!ve na esco!a' . p!ane:amento esco!ar no pode ser condu&ido de forma autoritria e centra!i&adora, umave& ue se pretende instituir uma cu!tura mais democrtica e participativa nos processos desenvo!vidos na esco!a'Gma gesto democrtica no se constr(i sem um p!ane:amento participativo, ue conte com o envo!vimento dossegmentos representativos da comunidade esco!ar nos processos de tomada de deciso, $em como na definio demetas e estrat)gias de ao, como : vimos no M(du!o + ' 7 participao dos diferentes segmentos da comunidadeesco!ar nesse processo ) fator re!evante para o seu sucesso, pois agrega ao p!ane:amento o compromisso e a co-responsa$i!idade na consecuo de metas e o$:etivos definidos'

    !ane:amento e suas funes

    ado o seu carter processua! e de atividade permanente de ref!eAo e ao, o p!ane:amento deve ser f!eAve!, ouse:a, deve permitir a:ustes nos o$:etivos e nas estrat)gias durante a sua eAecuo' .u se:a, as aes definidas nosp!anos devem estar su:eitas a um processo de ava!iao constante, para as retificaes necessrias nos percursosdefinidos'

    . importante aui ) considerar ue, se ueremos uma sociedade democrtica temos de estimu!ar o desenvo!vimentode prticas democrticas' Gma sociedade marcada pe!a desigua!dade e pe!a in:ustia, como o caso da sociedade$rasi!eira, no ir se transformar numa sociedade :usta, igua!itria e democrtica com um "passe de mgica#' Je

    dese:armos e uisermos essa sociedade, nossas aes devem estar em sintonia com as nossas utopias' 7sdificu!dades para instituir uma cu!tura de participao na esco!a so muitas' Entretanto o processo de p!ane:amentoda esco!a deve ser visto tam$)m como um mecanismo ue pode contri$uir para a superao do imo$i!ismo dacomunidade esco!ar para o desenvo!vimento de uma ao co!etiva'

    Gma ve& ue se definiu ue o p!ane:amento ) um processo de construo desenvo!vido numa perspectivademocrtica e participativa, ue contri$ui para a organi&ao e gesto esco!ar, resta-nos ainda definir uais as suasfunes' Li$Ineo 2**4, p' +>* considera ue o p!ane:amento atende, em gera!, s seguintes funes

    iagn(stico e an!ise da rea!idade da esco!a $usca de informaes reais e atua!i&adas ue permitam

    identificar as dificu!dades eAistentes e as causas ue as originam, em re!ao aos resu!tados o$tidos at) ento '

    efinio de o$:etivos e metas ue compati$i!i&em a po!tica e as diretri&es do sistema esco!ar com asintenes, eApectativas e decises da euipe da esco!a'

    eterminao de atividades e tarefas a serem desenvo!vidas em funo de prioridades postas pe!ascondies concretas e compati$i!i&ao com os recursos disponveis e!ementos %umanos e recursos materiais efinanceiros'

    P)"%-" P"&X-"9P%d(''"

    O K% " P)"%-" P"&X-"9!%d(''"

    H um documento ue deta!%a o$:etivos, diretri&es e aes do processo educativo a ser desenvo!vido na esco!a,eApressando as eAig;ncias !egais do sistema educaciona!, $em como as necessidades, prop(sitos e eApectativas dacomunidade esco!ar' Oeve!a os modos de pensar e agir dos atores ue participam da sua e!a$orao, eApressa acu!tura da esco!a e, ao mesmo tempo, contri$ui para transform-!a'

    C()(-%)Xs-(s F*d(@%*-(s d" P)"%-" P"&X-"9P%d(''"

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    19/25

    +' considerar o ue : est institudo !egis!ao, currcu!os, m)todos, conteKdos, c!ima organi&aciona!, etcB

    2' e, ao mesmo tempo, instituir, esta$e!ecer e criar o$:etivos, procedimentos, instrumentos, modos de agir, estruturas,%$itos e va!ores, ressignificando a pr(pria cu!tura esco!ar'

    projeto poltico$peda(ico pode ser comparado, de forma anloa, a uma rvore. u seja, plantamos umasemente que brota, cria e fortalece suas razes, produz sombra, flores e frutos que do oriem a outras rvores,

    frutos... >as, para mant'$la viva, no basta re$la, adub$la e pod$la apenas uma vez.

    S(.( @(s s".)% !&(*%(@%*-"

    . !ane:amento ) processo e, como ta!, ir gerar um produto ou produtos, ue podem ser p!anos de tra$a!%o oup!anos de ao com tempora!idade definida e reas especficas para a sua ap!icao' .s produtos gerados a partir

    do p!ane:amento so instrumentos f!eAveis, ue auAi!iam o desenvo!vimento do tra$a!%o da esco!a nas dimensespedag(gica, po!tica e administrativo-financeira' . processo de p!ane:amento eAige uma ateno permanente aopro:eto po!tico-pedag(gico da esco!a e, por isso mesmo, permite acompan%-!o e ava!i-!o' .s produtos geradospe!o processo de p!ane:amento devero assegurar a operaciona!i&ao do pro:eto po!tico-pedag(gico, garantindoaue!as caractersticas citadas anteriormente, ou se:a, a de manuteno do institudo e instituio do novo' Qem, aui$uscamos pontuar a!guns aspectos essenciais discusso so$re o p!ane:amento esco!ar' .$viamente noesgotamos essa discusso, at) porue, e!a ), a!)m de rica, eAtremamente comp!eAa' am$)m, no ) essa a intenopretendida aui'

    L%@.)%-%N" !&(*%(@%*-" !)%s" -%) &()%+( s".)%

    Y A d%*#," d% !&(*%(@%*-"Y A @!")-*( d" !&(*%(@%*-"Y O !&(*%(@%*-" % '%s-," d%@")-( d(%s"&(Y O !&(*%(@%*-" % ")'(*+(#," %s"&()Y O !&(*%(@%*-" % !)"%-" !"&X-"9!%d(''"6

    A *#," s"(& d( %s"&(

    O K% ( %s"&( !)%s( (+%) !()( @!)) s( *#," s"(&

    eve assegurar a rea!i&ao de dois grupos de atividades $sicas as (-d(d%s9@e (-d(d%s9@%"'

    As (-d(d%s9@possuem re!ao direta com todos os aspectos ue envo!vem a tarefa maior da esco!a "!)"%ss" d% %*s*" % (!)%*d+('%@'

    As (-d(d%s9@%"no possuem uma re!ao direta com o processo educativo, mas concorrem para torn-!o efetivo, propiciando as condies $sicas para ue e!e se rea!i&e'

    Esses dois grupos de atividades, desenvo!vidas de forma integrada e articu!ada, iro possi$i!itar ue a organi&ao ea gesto se:am rea!i&adas com vistas ao cumprimento da @ss," @(") d( %s"&( !)"!() @( %d(#," d%K(&d(d% !()( -"d"s' Essas atividades podem ser consideradas o pr(prio o$:eto do p!ane:amento e da ava!iaoesco!ar' 7 ao de p!ane:amento dever ser desenvo!vida no sentido de prever a eAecuo dessas atividades, ouse:a, o p!ane:amento da esco!a dever prever como, uando e com uem essas atividades sero rea!i&adas' or sua

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    20/25

    ve&, a ava!iao ir se constituir num processo indispensve! ao pr(prio ato de p!ane:ar, uma ve& ue permitirresponder se as atividades p!ane:adas foram rea!i&adas a contento, ou se:a, se os resu!tados previstos nop!ane:amento foram a!canados e em ue medida' 7s (-d(d%s9@%"e as (-d(d%s9@a serem p!ane:adas eava!iadas podem ser identificadas a partir dos diferentes processos ue se desenvo!vem no interior da esco!a e uecorrespondem a tr;s grandes dimenses

    A *#," s"(& d( %s"&(

    Id%*-(*d" (s (-d(d%s9@%" % (-d(d%s9 @ *( %s"&( (-)(s d(

    d@%*s," !%d(''(' Essa dimenso di& respeito s aes e procedimentos diretamente associados aprendi&agem dos a!unos gesto do currcu!o, tempo pedag(gico, euipes docentes, formao continuada, recursosdidticos e desenvo!vimento de pro:etos educativos' d@%*s," !"&X-(' .s processos po!ticos eng!o$am a

    formu!ao de mecanismos de participao da comunidade !oca! e esco!ar na construo e conso!idao de umpro:eto po!tico pedag(gico, $em como a imp!ementao das re!aes da esco!a com o sistema de ensino e com asociedade'd@%*s," (d@*s-)(-"9*(*%)(' .s processos administrativos tratam do desenvo!vimento dascondies para a concreti&ao da proposta educativa da esco!a, envo!vendo a gesto financeira e do patrimZnio daesco!a, manuteno e conservao do espao fsico e administrao de pessoa! docentes e funcionrios da esco!a'

    A *#," s"(& d( %s"&(

    0o cotidiano da esco!a, tais processos no ocorrem de forma iso!ada e independente, mas se desenvo!vem de formainter!igada' Essa c!assificao ) feita apenas no sentido de se compreender, com maior c!are&a, a nature&a dasatividades ue se constituem o$:eto do p!ane:amento e da ava!iao' A" '%s-") " d)%-") d( %s"&(4(.% !&(*%()4 "")d%*()4 "*-)"&() % ((&() "s !)"%ss"s % (-d(d%sue se desenvo!vem na esco!a,verificando os resu!tados a!canados' ara tanto, ) necessrio ter a %a$i!idade de integrar e motivar toda a euipepara garantir o ;Aito de tais processos' 5sso significa ue a !iderana eAercida pe!o gestor ir inf!uenciar na conduodos processos de tra$a!%o e, conseCentemente, nos resu!tados esperados para a esco!a' or fim, ) imprescindve!no esuecer ue o p!ane:amento e a ava!iao devem ser rea!i&ados em fina sintonia com os preceitos da gestodemocrtica' ara tanto, ) primordia! ue se con%ea a cu!tura organi&aciona! da unidade esco!ar, constituda do

    con:unto de va!ores, princpios, crenas e sm$o!os so$re os uais todo o tra$a!%o educativo est assentado'Jomente con%ecendo as formas como a esco!a "pensa e reage# ser possve! conso!idar o processo dep!ane:amento'

    A *#," s"(& d( %s"&(

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    21/25

    7!guns autores destacam a importIncia de o gestor coordenar o tra$a!%o da esco!a a partir de duas instIncias oudimenses fundamentais para as uais se dirige o seu tra$a!%o @ @( *-%)*( % "-)( %-%)*(' 0esse sentido, osprocessos de p!ane:amento e de ava!iao devero contemp!ar a esco!a em seu conteAto' .u se:a, ) precisoconsiderar a esco!a como instituio ue desenvo!ve uma cu!tura pr(pria, ue inf!uencia e ) inf!uenciada pe!a cu!turagera!' 7ssim, as duas dimenses mencionadas devero ser cuidadosamente ana!isadas no momento de rea!i&aodo p!ane:amento e da ava!iao esco!ar'

    A d@%*s," %-%)*(tem re!ao com a funo socia! da esco!a de propiciar uma educao de ua!idade uepermita a socia!i&ao de um sa$er %istoricamente produ&ido, preparando para o eAerccio da cidadania' 0essesentido, o gestor deve procurar con%ecer $em a comunidade em ue a esco!a est inserida, suas condies,necessidades e aspiraes' eve ainda estimu!ar a comunidade a apropriar-se da esco!a como um $em pK$!ico,participando das suas atividades, co!a$orando no ue for possve! para ue a instituio esco!ar possa cumprir $em oseu pape!' ara isso, deve manter uma re!ao de con%ecimento e di!ogo com as fam!ias dos a!unos, com as!ideranas comunitrias, com o com)rcio !oca!, com outras esco!as e instituies, de modo a criar um conteAto deapropriao da esco!a como um euipamento comunitrio de a!ta re!evIncia' 0esse sentido, ) fundamenta! cu!tivar, atranspar;ncia da gesto com a divu!gao de aes, pro:etos, custos e necessidades'

    .utro nve! de sua atuao na d@%*s," %-%)*(est na forma como se esta$e!ece re!ao com o (rgo gestor

    da educao do municpio, a secretaria de educao ou euiva!ente, com os conse!%os sociais da rea de educaoe com as instIncias educacionais do estado presente no municpio' Essas re!aes devem ser condu&idas de formaa propiciar f!uAos de informaes e co!a$oraes ue tornem a esco!a uma instituio viva, presente no seu espao'Esses nveis de atuao da dimenso eAterna devem ser contemp!ados tanto no p!ane:amento como na ava!iao daorgani&ao e gesto da esco!a'

    A d@%*s," *-%)*(, por sua ve&, refere-se organi&ao e gesto dos espaos e das atividades esco!arespropriamente ditas, de modo ue os vrios segmentos =uncionrios, a!unos, professores, corpo t)cnico pedag(gicoe co!egiados esco!ares da esco!a possam ter condies iguais de eApressar suas opinies, uestionando,ana!isando, ava!iando e decidindo' Em suma participando democraticamente da gesto'

    0esse sentido, ) importante ue se insta!e, na esco!a, a cu!tura de ava!iao permanente de suas atividades, ouauto-ava!iao, com o diagn(stico das principais causas dos resu!tados satisfat(rios ou insatisfat(rios do tra$a!%orea!i&ado, o ue dever fundamentar o p!ane:amento dos o$:etivos e das metas a serem a!canadas' Esse processoa:udar a esco!a a enfrentar pro$!emas como

    A *#," s"(& d( %s"&(

    A ((&(#," " ( (-"9((&(#," !"ss.&-( d%-%-() "s s%'*-%s !)".&%@(s

    fa!ta de participao da comunidade esco!ar nas aes propostasB

    aus;ncia de um p!ano de gesto ue reve!e propostas suficientemente coordenadas e articu!adasB

    $aiAo nve! de conscienti&ao dos vrios segmentos so$re a importIncia e pape! socia! da esco!aB

    pro$!emas de indiscip!inaB

    desmo$i!i&ao e insatisfao dos profissionais ne!a !otadosB

    insuficiente c!are&a de orientaes pedag(gicas ue contri$uam para !idar com dificu!dades decorrentes depro$!emas sociais graves ue afetam a c!iente!a da esco!aB

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    22/25

    fatores ue inf!uenciam a credi$i!idade da esco!a e os percentuais de evaso e repet;ncia'

    A *#," s"(& d( %s"&(

    H importante ue se ten%a como %ori&onte no processo de p!ane:amento e ava!iao da organi&ao e gestoesco!ar, o acesso e a perman;ncia dos a!unos em uma esco!a de ua!idade socia! para todos' 0esse sentido, aesco!a deve ava!iar como t;m sido desenvo!vidas as suas prticas nas dimenses interna e eAterna e, de ue formatais prticas t;m contri$udo de maneira efetiva para aui!o ue de fato importa para o a!uno e para a sociedade, ouse:a, sua aprendi&agem' 0o se deve esuecer, ainda, ue ) fundamenta! assegurar a participao efetiva dacomunidade esco!ar nos pro:etos desenvo!vidos na e pe!a esco!a, de forma ue se:a possve! verificar os resu!tados e$enefcios a!canados atrav)s do esforo co!etivo'

    O)'(*+(#," % '%s-," %s"&() " K% % !") K% ((&()

    0os K!timos anos perce$emos uma grande preocupao do governo com a ava!iao dos sistemas de ensino e daesco!a' os esforos empreendidos pe!o poder pK$!ico nessa direo, dois aspectos importantes merecem serdestacados' . primeiro di& respeito s presses eAercidas pe!os organismos internacionais /anco >undial,?N+ e outras a'ncias de reulao internacional ue, com $ase nas an!ises so$re as re!aes entreeducao e desenvo!vimento econZmico, passam a definir e a orientar o p!ane:amento e as po!ticas pK$!icaseducacionais, eAigindo maior contro!e dos resu!tados, a:ustando-as ao consumo e produo' . segundo aspecto @mesmo sofrendo inf!u;ncia do primeiro @ est re!acionado !uta pe!a ua!idade da esco!a pK$!ica, daue!es uepensam e fa&em educao' 0as reivindicaes da sociedade civi! organi&ada, no de$ate acad;mico e no discursooficia! dos governos mais progressistas, a construo de uma esco!a pK$!ica com ua!idade socia! imp!ica em instituirprocessos mais participativos na gesto esco!ar, principa!mente no ue di& respeito ao acompan%amento e aava!iao do ue a esco!a fa& e deve fa&er para cumprir sua funo socia!'

    em se tornado imperativo o movimento de ava!iao interna e eAterna dos sistemas esco!ares e da esco!a, tendo emvista a necessidade de verificar sua efici;ncia e eficcia' 7 ava!iao rea!i&ada se desdo$ra em duas moda!idadesaava!iao instituciona! e a ava!iao acad;mica'

    A(&(#," *s--"*(& % ( ((&(#," ((d?@(

    A ((&(#," *s--"*(&ou administrativa visa o$teno de dados uantitativos e ua!itativos so$re a!unos,professores, estrutura organi&aciona!, recursos fsicos, materiais e didticos, as prticas de gesto, dentre outrosaspectos'

    A ((&(#," ((d?@(tem por o$:etivo produ&ir informaes so$re os resu!tados da aprendi&agem, em funo doacompan%amento e reviso das po!ticas educacionais imp!ementadas, com vistas formu!ao de indicadores deua!idade dos resu!tados do ensino'

    O)'(*+(#," % '%s-," %s"&() " K% % !") K% ((&()

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    23/25

    H essencia! ue se ten%a c!are&a de ue os grandes sistemas de ava!iao contri$uem para um diagn(stico amp!o dosistema e da esco!a, possi$i!itando aos professores a uti!i&ao dos resu!tados apresentados' .s professores

    precisam se fami!iari&ar com as ava!iaes feitas pe!o 0istema Nacional de -valiao da

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    24/25

    sico!ogia, ou se:a, de investigaes !evadas a termo com $ase no pressuposto de ue todo con%ecimento prov)mda eAperi;ncia+' .ra, se o con%ecimento prov)m de outrem, eAterno ao indivduo, isto significa afirmar o primadoa$so!uto do o$:eto e considerar o su:eito como uma t$u!a rasa, como um ser va&io, sem sa$eres e com a funoKnica de depositrio de con%ecimento' Este conceito inicia! ) $aseado no positivismo ue inf!uenciou diferentescon%ecimentos, entre e!es o $e%aviorismo' 0este, a aprendi&agem se d pe!a mudana de comportamento resu!tantedo treino ou da eAperi;ncia+' E se sustenta so$re os tra$a!%os dos condicionamentos respondente e,posteriormente, operante' ara refutar estes conceitos ue determinam o ser %umano como passivo e no produtor,surge a Resta!t, raciona!ista' 0este momento %ist(rico no se fa!a em aprendi&agem mas em percepo, posto ue

    ta! corrente no acredita no con%ecimento aduirido, mas defende o con%ecimento como resu!tado de estruturas pr)-formadas, do $io!(gico do indivduo' or fim, % de se c%egar psico!ogia gen)tica tendo como representantesnomes como iaget, gots e a!!on e ue segundo Riusta +, !evam a uma concepo de aprendi&agem a partirdo confronto e co!a$orao do con%ecimento destes tr;s empirismo, $e%aviorismo e gest!tico' 7tua!mente, no s(na rea da educao mas tam$)m em outras reas, como a da saKde, pensa-se no indivduo como um todo @paradigma %o!stico' arte-se de uma viso sist;mica e portanto, amp!ia-se o conceito de educao, o conceito doprocesso de ensino-aprendi&agem' . processo de ensino-aprendi&agem tem sido %istoricamente caracteri&ado deformas diferentes ue vo desde a ;nfase no pape! do professor como transmissor de con%ecimento, at) asconcepes atuais ue conce$em o processo de ensino-aprendi&agem com um todo integrado ue destaca o pape!do educando 2' 7s ref!eAes so$re o estado atua! do processo ensino-aprendi&agem nos permite identificar ummovimento de id)ias de diferentes correntes te(ricas so$re a profundidade do $inZmio ensino e aprendi&agem' Entre

    os fatores ue esto provocando esse movimento podemos apontar as contri$uies da sico!ogia atua! em re!ao aprendi&agem, ue !eva todos a repensar a prtica educativa, $uscando uma conceptua!i&ao do processoensino-aprendi&agem2' 7pesar de tantas ref!eAes, a situao atua! da prtica educativa das esco!as aindademonstra a massificao dos a!unos com pouca ou nen%uma capacidade de reso!uo de pro$!emas e podercrtico-ref!eAivo, a padroni&ao dos mesmos em decorar os conteKdos, a!)m da dicotomia ensino-aprendi&agem edo esta$e!ecimento de uma %ieraruia entre educador e educando' 7 so!uo para tais pro$!emas est noaprofundamento de como os educandos aprendem e como o processo de ensinar pode condu&ir aprendi&agem2'

    7crescenta-se ainda ue a so!uo est em partir da teoria e co!ocar em prtica os con%ecimentos aduiridos ao!ongo do tempo de forma crtica-ref!eAiva-!a$orativa crtica e ref!eAiva para pensar os conceitos atuais e passados eidentificar o ue % de me!%orB !a$orativa no s( para mudar como tam$)m para criar novos con%ecimentos' "ara ue se repensem as ci;ncias %umanas e a possi$i!idade de um con%ecimento cientfico %umani&ado %ue se romper com a re!ao %ierruica entre teoria, prtica e metodo!ogia' eoria e prtica no se crista!i&am, masse redimensionam, criam e so tam$)m o$:etos de investigao' 0esse sentido, pesuisa ) a atividade $sica daci;ncia na sua indagao e construo da rea!idade' H a pesuisa ue a!imenta a atividade de ensino/aprendi&ageme a atua!i&a#' 57J, 2**+ au!o =reire apud 57J 3 di& ue da ue se:a to fundamenta! con%ecer ocon%ecimento eAistente uanto sa$er ue estamos a$ertos e aptos produo do con%ecimento ainda no eAistente'Ensinar, aprender e pesuisar !idam com esses dois momentos do cic!o gnosio!(gico o ue se ensina e se aprende ocon%ecimento : eAistente e o em ue se tra$a!%a a produo do con%ecimento ainda no eAistente' 7 dodisc;ncia @doc;ncia-disc;ncia @ e a pesuisa, indicotomi&veis, so assim prticas reueridas por estes momentos do cic!ognosio!(gico'

    ensar nesse processo ensino-aprendi&agem de forma dia!)tica associando-se pesuisa, promove a formaode novos con%ecimentos e tra& a id)ia de seres %umanos como indivduos inaca$ados e passveis de uma

    curiosidade crescente @ aui considerada como uma curiosidade epistemo!(gica, uma capacidade de ref!etircriticamente o aprendido @ capa& de !evar a um continum no processo ensinar-aprender' 0o processo pedag(gicoa!unos e professores so su:eitos e devem atuar de forma consciente' 0o se trata apenas de su:eitos do processode con%ecimento e aprendi&agem, mas de seres %umanos imersos numa cu!tura e com %ist(rias particu!ares de vida'. a!uno ue o professor tem sua frente tra& seus componentes $io!(gico, socia!, cu!tura!, afetivo, !ingCstico entreoutros' .s conteKdos de ensino e as atividades propostas enredam-se nessa trama de constituio comp!eAa doindivduo 4' . processo de ensino-aprendi&agem envo!ve um conteKdo ue ) ao mesmo tempo produo e produto'arte de um con%ecimento ue ) forma! curricu!ar e outro ue ) !atente, ocu!to e prov)m dos indivduos >' odo ato educativo depende, em grande parte, das caractersticas, interesses e possi$i!idades dos su:eitosparticipantes, a!unos, professores, comunidades esco!ares e demais fatores do processo 2' 7ssim, a educao sed na co!etividade, mas no perde de vista o indivduo ue ) singu!ar conteAtua!, %ist(rico, particu!ar, comp!eAo'

    ortanto, ) preciso compreender ue o processo ensino-aprendi&agem se d na re!ao entre indivduos uepossuem sua %ist(ria de vida e esto inseridos em conteAtos de vida pr(prios' e!a diversidade individua! e pe!apotencia!idade ue esta pode oferecer produo de con%ecimento, conseCentemente ao processo de ensino eaprendi&agem, pode-se entender ue % necessidade de esta$e!ecer vncu!os significativos entre as eAperi;ncias devida dos a!unos, os conteKdos oferecidos pe!a esco!a e as eAig;ncias da sociedade, esta$e!ecendo tam$)m re!aes

  • 7/25/2019 Apostila Tecnico Em Assuntos Educacionais

    25/25

    necessrias para compreenso da rea!idade socia! em ue vive e para mo$i!i&ao em direo a novasaprendi&agens com sentido concreto2' ensar cada indivduo como um contri$uinte no processo de ensinar-aprender ) participar da co!ocao de Riusta + sugerindo ue se deve superar a dicotomia transmisso A produodo sa$er !evando a uma concepo de aprendi&agem ue permite resgatar a a unidade do con%ecimento, atrav)sde uma viso da re!ao su:eito/o$:eto, em ue se afirma, ao mesmo tempo, a o$:etividade do mundo e asu$:etividadeB $ a rea!idade concreta da vida dos indivduos, como fundamento para toda e ua!uer investigao+' Lem$rando ue o processo ensino-aprendi&agem ocorre a todo momento e em ua!uer !ugar uestiona-seento neste processo, ua! o pape! da esco!aY ' E!a ) um sistema vivo, a$erto 6' E como ta!,deve ser considerada como em contnuo processo de desenvo!vimento inf!uenciando e sendo inf!uenciada pe!oam$iente, onde eAiste um feed$ac dinImico e contnuo' H neste am$iente de produes e produto ue se insere oprofessor, o educador, no como um indivduo superior, em %ieraruia com o educando, como detentor do sa$er-fa&er, mas como um igua!, onde o re!acionamento ente am$os concreti&a o processo de ensinar-aprender' . pape! do professor ) o de dirigir e orientar a atividade menta! dos a!unos, de modo ue cada um de!es se:a um

    su:eito consciente, ativo e autZnomo' H seu dever con%ecer como funciona o processo ensino-aprendi&agem paradesco$rir o seu pape! no todo e iso!adamente' ois, a!)m de professor, e!e ser sempre ser %umano, com direitos eo$rigaes diversas D' ensar no educador como um ser %umano ) !evar sua formao o desafio de resgatar asdimenses cu!tura!, po!tica, socia! e pedag(gica, isto ), resgatar os e!ementos cruciais para ue se possaredimensionar suas aes no/para o mundo' 7inda no processo da %ist(ria da produo do sa$er, permanece naatua!idade o desafio de tornar as prticas educativas mais condi&entes com a rea!idade, mais %umanas e, comteorias capa&es de a$ranger o indivduo como um todo, promovendo o con%ecimento e a educao'