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DISCIPLINA: TEORIA ECONÔMICA 0

Apostila TEORIA ECONOMICA

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Apostila para auxilio na disciplina de Teoria economica 1.

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DISCIPLINA: TEORIA ECONÔMICA

Profº. Ms. Azenir Pacheco

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O que é economia?É uma ciência que se preocupa com a alocação dos recursos escassos para a satisfação das necessidades humanas, que são ilimitadas.

Recursos: é o que utilizamos para produzir. Podem ser limitados em quantidade, combináveis ou não. Classificam-se em: Recursos Livres: são os recursos abundantes. Ex: ar, sol. Recursos Econômicos: são os recursos escassos. Ex: água, terra agrícola. Recursos Produtivos: são aqueles utilizados como fatores de produção. Ex:

Terra, trabalho, capital, capacidade empresarial, tecnologia. Eles se dividem em humanos e não-humanos.

Necessidades humanas: São diversificadas e insaciáveis. Sensação da falta de alguma coisa unida ao desejo de satisfaze-la.

Recursos escassos: São aqueles que não existem em abundância e que pagamos pela sua utilização.

Bens e serviços:Bem: O que satisfaz nossas necessidades, podem ser livres ou econômicos. Livres são ilimitados existem em abundância; Econômicos são os limitados podem ser: materiais ou serviços. Os bens materiais se dividem em de consumo e de capital.1. Bens de consumo: são os bens materiais duráveis e não-duráveis.2. Bens de capital: são o que utilizamos para produzir outros bens. Os bens podem ser classificados também como intermediários e finais.1. Intermediários: não estão pronto para o consumo, vão sofrer um processo de

transformação.2. Finais: já se encontram pronto para o consumo.Serviços: Não se destina a produzir um bem, mas a satisfação da sociedade, através de uma atividade. Podemos diferenciar bem como algo tangível e serviço como algo não tangível.

Setores econômicos. Primário: Onde o produto se encontra da forma natural e não sofreu nenhum

processo de transformação. Pesca, agricultura. Secundário: Onde o produto extraído do setor primário vai passar por um

processo de transformação. Indústria, construção. Terciário: Setor onde ocorre a prestação de serviços. Bancos, comércio.

Problemas econômicos básicos. O que produzir? Quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir?

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A economia se divide em duas partes a serem estudadas:A TEORIA MICROECONOMICA E A TEORIA MACROECONOMICA.

Microeconomia: Ramo da ciência econômica que estuda o comportamento dos agentes econômicos (unidades individuais) em relação ao mercado consumidores, empresas, donos dos recursos de produção. Chamada também por teoria dos preços.Exemplo: como as pessoas e as empresas se comportam quando ocorrem oscilações nos preços.

Macroeconomia: Estuda o desempenho global, ou seja, a economia como um todo. Produção de bens e serviços, taxas de inflação, taxas de desemprego, poupança, consumo, investimentos e governo. Exemplo: quais seriam as causas de um desemprego em massa.

MICROECONOMIAPRINCIPAIS OBJETIVOS DA TEORIA MICROECONÔMICA.O que determina o preço de bens e serviços?O que determina o salário do produtor?O que determina quanto vai ser produzido de uma mercadoria?O que determina como o individuo vai gastar sua renda diante de diversos bens e serviços?

O MODELO DE DEMANDA E OFERTA. O modelo de demanda e oferta é um instrumento de raciocínio dos economistas. Ele explica os fenômenos decorrentes da escassez, é um aparato útil para resolver os problemas econômicos.

I. DEMANDA: Quantidades que os consumidores estariam dispostos a comprar de um

determinado bem (produto) em função do nível de preços, em determinado período de tempo. Todas as demais condições ceteris paribus.

Fatores que influenciam a demanda. Preço do bem. Renda. Gosto. Preferência, Preço de outros bens relacionados (substitutos/complementares). Propaganda. Número de consumidores.

Se o preço permanece constante e varia uma das condições “ceteris paribus”, teremos um deslocamento positivo ou negativo da curva de demanda.

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Se o preço de um bem e a quantidade desse mesmo bem varia, teremos um deslocamento na curva de demanda.

Demanda individual: Representa as quantidades que cada indivíduo esta disposto a consumir de um produto num dado período de tempo em função do nível de preços.

Demanda de mercado: Será determinada pela demanda individual. Representa o comportamento de um grupo de consumidores diante dos movimentos de preços.

II. OFERTA: Quantidades que os produtores estariam dispostos a oferecer ao mercado

de um determinado bem (produto) em função do nível de preços, em determinado período de tempo. Todas as demais condições ceteris paribus.

Fatores que influenciam a oferta. Preço do bem. Preço dos fatores de produção. Tecnologia. Preço de outros bens relacionados (substitutos/complementares). Importação/exportação. Clima. Subsídios/impostos.

Se o preço permanece constante e varia uma das condições “ceteris paribus”, teremos um deslocamento positivo ou negativo da curva de oferta. Se o preço de um bem e a quantidade desse mesmo bem varia, teremos um deslocamento na curva de oferta.

Oferta individual: Representa as quantidades que um produtor esta disposto a oferecer ao mercado. Será alterada por fatores como inovação tecnológica. Investimento em tecnologia vai afetar a oferta de um produtor.

Oferta de mercado: Será determinada pelas curvas de oferta individuais. Representa o comportamento dos produtores. A alteração nos preços levará a entrada ou saída de produtores no mercado deslocando a curva de oferta de mercado.

III. ELASTICIDADE:A elasticidade vai medir a sensibilidade diante das seguintes variáveis:

preço, renda, preço de outros bens.

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Elasticidade preço da demanda: A elasticidade preço da demanda vai medir a variação da quantidade procurada pelo serviço turístico em relação à variação do preço. Será sempre um numero negativo devido a relação entre preço e quantidade demandada ser inversamente proporcional.Er(-1) o produto é elástico.Er(-1) o produto é unitário.Er(-1) o produto é inelástico.

Elasticidade renda de demanda: A elasticidade renda da demanda vai medir a variação na quantidade demandada quando a renda varia.Er1 o produto é superior.0Er≤1 o produto é normal.Er0 o produto é inferior.

Elasticidade preço da oferta: A elasticidade preço da oferta vai medir a variação da quantidade ofertada de um produto em relação á variação no seu preço. Como preço e quantidade são diretamente proporcionais teremos sempre um número positivo.Er1 o produto é elástico.Er1 o produto é unitário.Er1 o produto é inelástico.

IV. PREÇOS: Os preços estão relacionados com os movimentos nas curvas de oferta e

demanda.* Supondo que estamos em condição de equilíbrio; Se a demanda aumenta e a oferta permanece inalterada, os preços vão sair do preço de equilíbrio e passarão a ter um valor maior que o anterior.* Supondo a mesma condição de equilíbrio anterior; Se a demanda diminui e a oferta permanece inalterada, os preços vão sair do preço de equilíbrio e passarão a ter um valor menor que o anterior.* Supondo ainda um equilíbrio entre oferta e demanda; Se a oferta aumenta e a demanda permanece inalterada, os preços vão sair do preço de equilíbrio e passarão a ter um valor menor que o anterior. Exemplo época de safra.* Um equilíbrio entre oferta e demanda ainda poderá ser alterado; Se a oferta diminui e a demanda permanece inalterada, os preços vão sair do preço de equilíbrio passando a ter um valor maior que o anterior.

V. MERCADO: Local onde ocorrerá a transação de bens. Encontro entre compradores e

vendedores para transacionar seus bens.

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Equilíbrio de mercado: Ocorrerá quando á um determinado nível de preço (preço de equilíbrio), ás quantidades demandadas serão iguais ás quantidades ofertadas.

Tipos de equilíbrio de mercado: Estável: Se, saímos da posição de equilíbrio, as forças de mercado nos levarão

novamente ao equilíbrio.

Instável: Se, saímos da posição de equilíbrio não retornamos a ele. A tendência e de se distanciar cada vez mais.

VI. TEORIA DO CONSUMIDOR. Além do preço outras variáveis podem alterar o comportamento dos consumidores. Utilidade: Quanto mais desejada uma mercadoria, maior será a sua utilidade. A utilidade pode ser medida, quanto maior a taxa de consumo de uma mercadoria maior a sua utilidade.

Utilidade Cardinal: Afirma que a utilidade poderia ser mensurada cardinalmente através de utis. Cada produto poderia ter sua utilidade mensurada, a utilidade de um bem não era influenciada pelo consumo de outros bens. A utilidade total de uma cesta seria a soma das utilidades de cada bem.

Utilidade Ordinal: A utilidade é decorrente do consumo de diversos bens, a utilidade não é medida mas mensurada de acordo com a ordem de preferência ou prioridade de cada bem ou produto.

Utilidade Total: Quanto mais um indivíduo consome uma mercadoria, maior a sua satisfação ou utilidade pela mesma. Até ele atingir o ponto de saturação, a partir desse ponto a sua utilidade começa a decrescer.

Utilidade Marginal: Somente á primeira unidade consumida pelo indivíduo possuí alta utilidade ás unidades adicionais possuem uma utilidade menor. No ponto de saturação a utilidade marginal é zero, a partir desse ponto ela se torna negativa.

Restrição Orçamentária:

Consumo que as pessoas podem ter desde que não ultrapasse a sua renda monetária (espaço orçamentário). Ele poderá optar por gastar toda a sua renda ou parte dela.

Equilíbrio do consumidor:Ocorrerá quando ele escolher a cesta mais preferível dentro do espaço

orçamentário. Renda igual ao seu consumo.

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R= PxQx+PyQy ou

UMgx = Umgy Px Py

VII. TEORIA DA FIRMA.MERCADOSAs estruturas de mercado:Stakelberg: Considerava que entre os dois pólos (tipos de mercado já estudados), haveria outras situações, definidas pela oferta e procura.

Concorrência perfeita--------------------------------------------------------------monopólio.

Marchal: é uma classificação mais completa e parte do mesmo principio. As quatro estruturas de mercado:

Concorrência perfeita: Para que um mercado seja caracterizado como concorrência perfeita são necessárias algumas condições:

1º- Grande número de compradores e vendedores, de forma que nenhum possa influenciar o outro, nem o equilíbrio de mercado.2º-Não existe diferença entre os produtos, eles são considerados substitutos perfeitos (homogêneos).3º- Não existem barreiras a entrada de novos produtores no mercado.4º- Como os produtos são padronizados e existem grandes números de compradores e vendedores atitudes isoladas não vão influenciar as condições desse mercado. Os produtores não conseguem determinar preços.

Monopólio: O monopólio puro é o inverso da concorrência perfeita:1º- Existe apenas um vendedor, só uma empresa, dominando a oferta do produto no mercado.2º- Não há no mercado produtos substitutos (produto único).3º-Não há empresas competidoras, existem barreiras a entrada de novos produtores nesse tipo de mercado, o ingresso é impossível neste mercado.4º- As empresas monopolistas conseguem influenciar e determinar os preços que vão oferecer seu produto no mercado.5º- Devido à dominação que existe nesse mercado eles dificilmente recorrem à publicidade.

Oligopólio: É um tipo de mercado que reúne características da concorrência perfeita e do monopólio.

1º- Pequeno número de empresas dominando o mercado.2º- Produzem produtos diferenciados ou padronizados (heterogêneos).

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3º- Como há um pequeno número de empresas dominando o mercado, poderá ocorrer controle de preços como acordos, conluios. As empresas procuram diferenciar os seus produtos, o que vai influenciar nos preços.4º- As empresas criam barreiras á entrada de novos concorrentes, se novos empresas entram no mercado as grandes vão procurar derrubar as pequenas.

Concorrência monopolística (imperfeita) : São as empresas que se situam entre os dois extremos, o da concorrência perfeita e do monopólio.

1º-Grande número de empresas praticamente homogêneas. 2º-Existe diferenciação entre os produtos, através de marcas e patentes (heterogêneos).3º-O grau de diferenciação possibilita ao produtor controlar os preços do seu produto.4º-Existe uma barreira “natural” a entrada de novos concorrentes, para entrar nesse mercado ele deverá criar um novo produto.

Quadro resumo das principais estruturas de mercado:

CARACT. CONCOR PERFEITA

MONOPÓLIO OLIGOPÓLIO CONCORIMPERFEITA.

Quanto ao número de empresas

Muito grande Só há uma empresa

Pequeno número Grande

Quanto ao produto

Padronizado não há diferenças

Não há substitutos (único)

Pode ser padronizado ou diferenciado

Diferenciado

Quanto ao controle das empresas sobre os preços

Não é possível

Considerável, principalmente se há restrições.

Dificultado, pela interdependência entre as empresas.

Há possibilidades porém são limitadas

Quanto a concorrência extra-preço

Não é possível.

A empresa geralmente recorre a campanhas institucionais

É vital,sobretudo quando há diferenciação do produto

È considerável exercendo-se através de marcas e patentes.

Quanto ás condições de entrada

Não há obstáculos

O ingresso é impossível

Há consideráveis obstáculos

São fáceis.

VIII. CUSTOS ECONÔMICOS:Custos de produção: Pode ser considerado como uma função dos recursos que a empresa possuí. Ele poderá variar de acordo com o volume produzido pela

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empresa ao qual denominamos de custos a curto-prazo. Os recursos de curto-prazo podem ser divididos em fixos ou variáveis:Fixos: Edificações, pessoal administrativo, equipamentos etc. (Capacidade instalada da empresa). Setores que não estão diretamente ligados ao processo de produção.Variáveis: Insumos, matéria-prima, operários, energia, tecnologia, etc. Está diretamente relacionado ao processo produtivo.

Os custos variáveis aumentam em menor proporção do que os aumentos das quantidades produzidas, devido ás economias de escala. As primeiras unidades são produzidas á um custo mais alto. Á medida que a produção aumenta, ela tenderá a ser produzida á custos menores.Custo total: é a soma do custo fixo com o custo variável.Custo fixo médio: è o custo fixo dividido pelas quantidades. Quanto menor as quantidades produzidas maior será esse custo.Custo variável médio: é o custo variável dividido pelas quantidades. Apresenta menores disparidades que o custo fixo médio.Custo total médio: é o custo total dividido pelas quantidades. Primeiramente ele tende a decrescer (economias crescentes), depois fica estável (economias constantes) e depois tende a crescer (economias decrescentes).Custo marginal: é o custo da empresa para produção de uma unidade adicional. Tende a decrescer e depois crescer.

QUANTIDADES PRODUZIDAS

CUSTO FIXO CUSTO VARIÁVEL CUSTO TOTAL

0 2000 0 2000200 2000 800 2800400 2000 1360 3360600 2000 1680 3680800 2000 1910 39101000 2000 2150 41501200 2000 2550 45501400 2000 3210 52101600 2000 4110 61101800 2000 5260 72602000 2000 6810 8810

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CUSTO CONTABIL E CUSTO DE OPORTUNIDADE.Custo de oportunidade: Representa, o sacrifício que se faz, em termos do que se deixa de produzir, ao optarmos por uma dada produção. São custos implícitos, que não envolvem desembolso. Também são chamados de alternativos, porque um empresário ao invés de optar por produzir poderia estar direcionando esse dinheiro para aplicações financeiras.

Custo contábil: Envolvem dispêndio monetário, é um custo explicito.

IX. RECEITA/CUSTOS/MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO.

O custos totais como já estudamos é a soma dos custos fixos mais os custos variáveis. A empresa arca com esses custos pensando que todos esses custos lhe proporcionarão uma receita compensadora, ou seja uma receita maior que os custos vão lhe proporcionar um rendimento o qual denominamos lucro. As empresas vão sempre procurar maximizar o seu lucro.

A receita será determinada pelo preço multiplicado pelas quantidades.Lucro pode ser definido como a receita obtida subtraída dos custos de

produção.

PREÇO (P) QUANTIDADE (Q) RECEITA R= PXQ

CUSTOS (CT) LUCRO L=R-CT

20,00 200 4000 2800 120020,00 400 8000 3360 464020,00 600 12000 3680 832020,00 800 16000 3910 12090

QUANTIDADES PRODUZIDAS

CUSTO FIXO MÉDIOCFME=CF/Q

CUSTO VARIÁVEL MÉDIOCVME=CV/Q

CUSTO TOTAL MÉDIOCTME=CT/Q OU CFME+CVME

CUSTO MARGINALCMG

0 - - - -200 10,00 4,00 14,00 4,00400 5,00 3,40 8,40 2,80600 3,33 2,80 6,13 1,60800 2,50 2,39 4,89 1,151000 2,00 2,15 4,15 1,201200 1,67 2,12 3,79 2,001400 1,43 2,29 3,72 3,301600 1,25 2,57 3,82 4,501800 1,11 2,92 4,03 5,752000 1,00 3,40 4,40 7,75

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X. EFICIÊNCIA MÁXIMA PLENO EMPREGO.

Pleno Emprego: Quando não houver desperdício de recursos e eles forem utilizados de maneira eficiente. O Pleno emprego vai ocorrer quando a empresa operar com sua capacidade máxima utilizando todos os recursos disponíveis, sem desperdiça-los.

Eficiência Máxima: Como os recursos são escassos a empresa para produzir grande quantidade de um produto terá que diminuir a produção de outro.

Alternativas Produto X Produto YA 250 0B 200 250C 150 450D 100 600E 50 700F 0 750

No caso das alternativas A e F significa que a empresa abandona a produção de um produto para se dedicar à produção de um outro. Neste caso significa que a empresa esta produzindo com a máxima eficiência. Nas outras alternativas para a empresa produzir com a máxima eficiência significa que ela terá que abandonar a produção do outro produto.

AS CURVAS OU (FRONTEIRAS) DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO.Os quatro pontos notáveis.

No ponto O significa pleno desemprego ou produção zero.No ponto Q significa capacidade ociosa.No ponto P significa pleno emprego dos recursos disponíveis.No ponto R nível impossível de produção.

Quando poderá ocorrer os deslocamentos dessa curva?Ocorrerá quando houver uma expansão ou melhoria dos recursos

disponíveis (deslocamento positivo). Ou quando houver uma diminuição ou piora dos recursos disponíveis (deslocamento negativo).

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AB

C

D

A

TEORIA MACROECONÔMICA. Como a economia atualmente se encontra, os períodos altos e baixos, a

macroeconomia se torna fundamental para entendermos os acontecimentos recentes.

O estudo da macroeconomia se inicia sendo explicado pela economia clássica através da lei de Say.

Lei de Say: A produção das firmas gera o que chamamos de produto agregado e o poder de compra. Ou seja, os trabalhadores são remunerados pela produção do produto agregado. Podemos dizer que a geração do produto cria a sua própria renda. A oferta do produto cria a demanda agregada. A lei de Say afirma que a produção gera poder de compra, assim a renda equivale ao produto gerado, a oferta cria a sua própria procura, logo tudo que for ofertado será demandado. Desta forma essa lei assegurava a ocorrência do pleno emprego. Acreditava-se que desta forma não haveria crise na economia, essa lei no entanto é derrubada com a crise sofrida pelos Estados Unidos em 1929, os clássicos não conseguem explicar a crise econômica.

Surge então o princípio da demanda efetiva de Keynes, a demanda é que determina a oferta. Segundo Keynes uma demanda real, existente, verdadeira e certa é que vão determinar o que será ofertado.

I. PRODUTO E RENDA AGREGADA.Fluxo circular da renda: É a interação das famílias e das empresas no mercado de fatores e de produtos. As famílias vendem para as firmas os fatores de produção e são remuneradas em forma de salários, juros, aluguéis. As empresas vendem os bens ou produtos para os consumidores e recebem sua remuneração, dessa forma denominamos esse processo como fluxo circular da renda.

Mão-de-obra Terra Empréstimos Capacidade empresarial.

Bens finais.

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Mercado de Fatores

Família Firmas

Mercado de Produtos

Mercado de fatores: Se refere aos fatores de produção.Mercado de produtos: Se refere a produção.Bens finais: São os bens produzidos para utilização final, eles não estão sujeitos a serem transformados. Bens produzidos para serem vendidos aos consumidores.Consumo intermediário: São as transações entre as empresas que não estão incluídos no fluxo circular.Valor adicionado: Suponha um produtor de livro, ele possuí uma gráfica e tem que comprar tinta e papel, ele comprou papel de um produtor de papel que comprou madeira de outro produtor. Logo o livro terá valor adicionado de todos esses produtores.Renda agregada: É a remuneração concedida ás pessoas. Poder de compra que as pessoas podem utilizar ou não. A renda agregada é a soma dos salários, aluguéis, lucros, juros.RENDA PER CAPITA: É considerado o melhor indicador de riqueza ou bem-estar da comunidade. Se tomarmos o PIB real e dividirmos pela população do país, obteremos o PIB real per capita. A economia fica mais rica quando seu PIB real aumenta, ou quando sua população diminui. Mas não sabemos de que forma essa renda esta distribuída, as vezes o aumento do PIB real foi devido a um aumento do lucro dos empresários.

II. PIB/ PNB/ PIL/ PNLPNB- Produto Nacional Bruto.Toda produção do país dentro dele e fora dele, realizada por empresas nacionais . PNB Real- Mede a taxa de crescimento da economia a preços constantes,

levando em consideração uma variação real ou física (ano base). Indica que houve aumento ou queda do volume físico da produção sem considerar os preços. Todas as mercadorias e serviços produzidos no país a preços constantes. Mede também o PNB per capita, que é o PNB real dividido pela população.

PNB Nominal- valor que considera a variação de preços, ou seja leva em consideração a inflação (mede produção considerando os preços do ano). Todas as mercadorias e serviços produzidos no país a preços correntes.

PNL- Produto Nacional Líquido.É o produto nacional bruto descontando-se a depreciação, que é considerada neste caso a produção de maquinas destinada para a reposição.Depreciação: As máquinas e equipamentos fazem parte do processo de produção. O desgaste dessas máquinas e equipamentos é o que chamamos de depreciação. PNL a custo de fatores- desconta os impostos indiretos. PNL a preços de mercado- incluí os impostos indiretos.

PIB- Produto Interno Bruto.Tudo que é produzido dentro do país por empresas nacionais e estrangeiras.

PIL- Produto Interno Líquido.Tudo o que é produzido dentro do país por empresas nacionais.

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III. DEMANDA AGREGADA (DA).Componentes da demanda agregada:È composta pela soma do consumo, investimentos, gastos do governo, exportação e importação.

Curva de demanda agregada.Mostra as combinações do nível de preços e renda agregada.

Política fiscal.A política fiscal significa medidas tomadas pelo governo para restringir ou aumentar o consumo e a produção como a incidência de impostos. Ela poderá ser expansiva ou restritiva.

Política fiscal no modelo de D.A.Uma política fiscal expansiva levará a um aumento da demanda agregada e uma política fiscal restritiva levará á uma diminuição da demanda agregada. Se o governo resolver aumentar os impostos isso implicará em diminuição do poder de compra das pessoas logo haverá queda da demanda agregada.

Política monetária.A política monetária também uma política governamental, são políticas as quais se refere a uma reforma monetária ou aumento/diminuição de dinheiro em circulação, política de taxas de juros, etc.

Política monetária no modelo de D.A.A política monetária tem o mesmo efeito, um aumento no estoque de moeda implica em aumento da demanda agregada, as pessoas tendo maior poder de compra tendem a aumentar o seu consumo. Por outro lado se o governo resolve retirar dinheiro de circulação teremos uma queda da demanda agregada.

OFERTA AGREGADA.Oferta Agregada: mostra o nível de preço associado ao produto.

Curva de Oferta Agregada.Mostra todos os níveis de preços para os quais as empresas em seu conjunto estão dispostas a oferecer.

Política fiscal no modelo de O.A.Pode se deslocar via política fiscal. Se o governo adota uma política fiscal expansiva teremos um aumento da oferta.

Equilíbrio de mercado: Ocorrerá quando houver um intercepto entre as curvas de demanda agregada e oferta agregada.

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IV. TAXA DE CÂMBIO.A taxa de câmbio: é um instrumento monetário que permite as transações internacionais. Ou seja, ele permite que uma moeda de um país seja convertida em valores em relação à outra.

Tipos de taxa de câmbio: Taxa de câmbio nominal mensura quanto á moeda de um país vale em relação

á moeda de outro país. Exemplo U$1,00R$3,00.Quando a moeda de um país vale mais que a de outro dizemos que ocorreu uma valorização nominal da taxa de câmbio. Quando a moeda passa a valer menos ocorre uma desvalorização.

A taxa de câmbio real é utilizada nas relações comerciais entre os países, que determina quanto um produto estrangeiro vale em relação ao produto nacional.

Exemplo: Um automóvel vale R$36000,00 no Brasil, o mesmo automóvel custa nos EUA U$12000,00. O valor nominal do dólar é de U$1,00 para R$1,00.A paridade é de um para um, logo significa que o carro nos EUA está mais barato que no Brasil. Significa que esta ocorrendo uma desvalorização real.No caso de U$1,00 valer R$3,00 significa que o valor real é o mesmo.

=1,00*12000 =3,00*12000 36000 36000

Taxa de câmbio efetiva: é a taxa de câmbio utilizada por parceiros comerciais como mercosul, união européia, etc.

Políticas cambiais: Regime de câmbio fixo: Quando o Banco Central determina o valor da moeda.

Nesse caso ele tem que possuir grande quantidade de moeda estrangeira no caso de ocorrer um aumento da demanda por moeda estrangeira.

Regime de câmbio flutuante: A taxa de câmbio varia de acordo com o mercado. Se houver um aumento da demanda por moeda estrangeira ela terá um aumento do seu preço, significa que ocorrerá desvalorização da moeda nacional. Quando houver um excesso de oferta de moeda estrangeira seu preço vai diminuir e ocorrerá uma valorização da moeda nacional.

Regime de bandas cambiais: A taxa de câmbio poderá flutuar dentro de um intervalo estipulado. Se atingir o máximo o Banco central intervém no mercado vendendo moeda estrangeira (câmbio fixo).

V. DETERMINANTES DA TAXA DE DESEMPREGO/ NÍVEL DE PREÇOS.

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DESEMPREGO.Força de trabalho: Significa toda a força de trabalho disponível. Soma das pessoas desempregadas e empregadas.

Taxa de Desemprego: è a porcentagem de pessoas que estão desempregadas. A taxa de desemprego é medida pelo numero de pessoas desempregadas dividida pela força de trabalho.N= L+U (N= força de trabalho; L= força de trabalho empregada; U= força de trabalho desempregada)= U X100 N

Tipos de desemprego: Desemprego involuntário (sanzonal): independe dos donos de recursos de

produção, é causado pela demanda. Desemprego natural (estrutural): é o desemprego que persiste mesmo com a

economia operando em pleno emprego. Desemprego friccional: é o desemprego que existe temporariamente na

economia. Desemprego cíclico: ligado aos períodos de recessão e expansão da economia

de um país.

VI. INFLAÇÃO: Mede a variação do nível de preços em um dado período de tempo. Para medir a inflação utilizamos um dado período de tempo e um bem ou produto. Medimos então a variação de preços que ocorreu com esse produto durante esse tempo. A inflação também demonstra á redução do poder de compra da moeda.A inflação tem causas distintas e pode variar de um país para outro dependendo também de fatores como produtividade, desenvolvimento, etc.

Tipos de inflação. Inflação de demanda: Quando o governo possuí um déficit orçamentário, uma

das formas de financia-lo é através da emissão de papel moeda. Um aumento da expansão monetária sem conseqüente aumento de produção poderá implicar em uma demanda maior que a oferta, provocando a expansão dos preços.

Inflação de custos: Quando um sindicato negocia com o empresário um aumento de salários, ele repassa esse aumento de salário para os produtos. Os aumentos dos preços de produtos implicarão em novas exigências de aumento de salários provocando uma espiral inflacionária.

Inflação estrutural (cepal): Segundo esses teóricos as causas da inflação é devido a fatores como baixa elasticidade de produtos agrícolas, desigualdade social, desequilíbrio da balança de pagamentos.

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Inflação inercial: A inflação corrente é alimentada pela inflação passada, ou seja há uma realimentação da inflação.

Efeitos da inflação sobre a economia.Há inflações rastejantes, que são caracterizadas por uma leve e quase imperceptível modificação dos preços, mas há também inflações galopantes e hiperinflações que ocorrem por uma violenta expansão dos níveis de preços.

Deflação:Quando as pessoas reduzem seu consumo, ou seja, há uma preferência pela liquidez, os vendedores ofertam mais produtos do que as pessoas estão demandando. Isso provocará uma redução dos preços desses produtos.

Hiperinflação:Há hiperinflação ocorre quando a inflação é extraordinariamente alta. Então ao invés de inflação ela se transforma em hiperinflação.

Hiatos inflacionários e deflacionários. Hiato inflacionário: Um excesso de moeda na economia em relação a

produção, vai provocar uma elevação dos preços. Hiato deflacionário: Haverá neste caso um excesso de produção em relação ao

consumo, provocando uma queda dos preços.

Principais consequências da inflação: Sobre o poder aquisitivo: Quando ocorre um processo inflacionário vai ocorrer

uma diminuição do poder de compra principalmente de assalariados.

Sobre investimentos produtivos: quando recursos que poderiam ser direcionados para o processo produtivo, são direcionados para outros setores como especulação.

Sobre balança internacional de pagamentos: Caso ocorra uma expansão dos preços de outros países que se mantenham relações comerciais sem desvalorizar a taxa de câmbio, poderá ocorrer o encorajamento as importações e desestímulo das exportações.

Sobre o papel orientador do mercado: Em economias de livre iniciativa empresarial, a expansão de preços de alguns produtos significar que a demanda é maior que a oferta. Já a redução do preço de um produto significa o inverso. Com isso os empresários vão buscar investir seus recursos em produtos caracterizados como escassos.

VII. RELAÇÃO ENTRE INFLAÇÃO E DESEMPREGO.Existe uma relação entre desemprego e inflação. Quanto menor a taxa de inflação maior a taxa de desemprego e vice-versa.Essa relação é demonstrada através da Curva de Phillips.

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VIII. MOEDA.Origens e funções: O dinheiro surgiu como forma de pagamento das transações comerciais. O dinheiro pode ser definido como o que é aceito por todos como forma de troca. A principal função do dinheiro é servir como meio de troca, ou como intermediário da troca. Porém o dinheiro tem outras funções. Ele pode servir também como reserva de valor, quando uma pessoa recebe um dinheiro e guarda para gasta-lo depois. E como unidade de contabilidade, ou seja, o dinheiro é utilizado como padrão monetário.

Demanda por moeda.Entesouramento de moeda.As pessoas resolvem guardar moeda por três motivos: Especulação: A incerteza de rendimentos quando se guarda esse dinheiro,

eles podem resolver optar por outras formas de guardar esse dinheiro. A incerteza quanto a moeda do país também gera especulação.

Transação: Quando não ocorre uma coincidência entre datas de recebimento e pagamento. As pessoas guardam moeda para arcar com futuros compromissos.

Precaução: Quando as pessoas resolvem reter moeda por imprevisibilidade, ou seja, situações que poderão ocorrer.

Relação entre demanda pôr moeda e taxas de juros: Quanto maior a taxa de juros menor a demanda pôr moeda e vice-versa. A relação é inversamente proporcional.

Oferta de Moeda.Sistema Monetário e FinanceiroEmissão de dinheiro: A emissão de dinheiro é feita pelo banco Central um órgão do governo que emite moeda de acordo com a necessidade e expansão dos meios de pagamento.

Banco Central: O Banco Central é também chamado de Banco dos Bancos, é responsável pela estabilidade do sistema financeiro nacional, sendo regulador e fiscalizador de todos os componentes deste sistema.

Bancos comerciais: Estão subordinados ao Banco Central. São autorizados á receber depósitos a vista, a emprestar dinheiro, ganhado com taxa de juros apostando que as pessoas não vão sacar esse dinheiro imediatamente.

IX. Modelo IS/LM.A curva IS representa o equilíbrio entre poupança (S) e investimento (I).A curva LM representa o equilíbrio entre demanda por moeda (L) e oferta por moeda (M).

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O modelo IS/LM demonstra o equilíbrio de mercado de bens (poupança e investimento) e o equilíbrio de mercado monetário (demanda e oferta de moeda).

POUPANÇA E INVESTIMENTO. (S/I)Investimento: a despesa de investimento inclui despesa em novas fábricas e equipamentos, investimento líquido em estoque e novas construções residenciais.Investimento financeiro é a aquisição de títulos que são direitos em relação ao capital real. Investimento de reposição é a reposição de bens de capital que foram usados na produção de bens e serviços. Investimento líquido é o incremento de capital novo ao estoque corrente de capital. A aplicação de capital aumenta a capacidade produtiva. O investimento depende da taxa de rentabilidade, taxa de juros e das expectativas do governo. A taxa de juros determina o volume de investimento desde que os empresários desejem maximizar os lucros, afeta também tanto a oferta quanto a demanda.O investimento é determinado pela poupança.

Poupança: A renda que você não destina ao consumo. È o contrário do consumo porque a poupança é o que sobra do consumo.Poupança interna: é a renda agregada menos o consumo.Poupança externa: Importação menos a exportação. Se as famílias pouparem muito isso significa que o nível de investimento das empresas vai diminuir.

X. Propensão a consumir e propensão a poupar. A propensão marginal a consumir: mede a modificação no consumo, resultante de uma variação na renda disponível. PMC= c . Yd

A propensão marginal a poupar: mede como as famílias utilizam sua renda para consumir ou poupar.

PMP=1-PMC

XI. MULTIPLICADOR. Um aumento na demanda agregada irá fazer com que o nível de produto da economia cresça mais do que proporcionalmente ao aumento dos gastos.

K= 1 . 1-PMC.

Exemplo: Considerando PMC= 0,75 encontre o multiplicador da economia.

K= 1 . = 4. 1-0,75

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XII. CONTABILIDADE NACIONAL.Conceito: estudo da mensuração da atividade econômica pelos macroeconomistas. Seu objetivo é observar o desempenho macroscópico da economia em determinado período de tempo. Ou seja, quanto ela produz, consome, investe, como os fatores de produção são mensurados.

BALANÇO DE PAGAMENTOS.O balanço de pagamentos é a representação das negociações de um país com o resto do mundo. A balança de transações correntes significa a poupança externa. A balança comercial indica o volume das exportações e importações. A balança de serviços representa as negociações internacionais. As transferências unilaterais são os donativos. A conta de movimento de capitais, são os direitos e obrigações do país com não residentes. Os erros e omissões são devidos a algumas projeções. As transações compensatórias, terá um valor equivalente ao somatório das contas A+B+C com sinal contrário.

B A L A N Ç O D E P A G A M E N T O SA- BALANÇO DE TRANSAÇÕES CORRENTES.

A1-Balança comercial. A.1.1-Exportações. A.1.2-ImportaçõesA2-Balança de serviços. A.2.1-Transportes e seguros. A.2.2-Viagens internacionais e turismo. A.2.3-Rendas de capital (lucros/juros). A.2.4-Diversos.A.3-transferências Unilaterais.

B- BALANÇO DE MOVIMENTO DE CAPITAIS.B1- Investimentos.B2- Reinvestimentos.B3- Empréstimos e financiamentos a médio e longo-prazo.B4- Empréstimos e financiamentos a curto- prazo.B5- Amortizações.B6- Capitais a curto- prazo.

C- ERROS E OMISSÕES.(Saldo Do Balanço De Pagamentos A+B+C)

D- TRANSAÇOES COMPENSATÓRIAS.D1- Variação de reservas.D2- Operações de regularização.D3- Atrasados comerciais.

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(A+B+C)= D.

Abordagem histórica da Economia brasileira.

1. Economia Agroexportadora-até 1930;

2. Industrialização substituidora de importações (PSI)-1930/61;

3. A crise dos anos 60 e as reformas institucionais no PAEG-1962/67;

4. A retomada do crescimento com endividamento externo; o milagre

econômico-1968/73;

5. A manutenção do crescimento com endividamento externo; o segundo

Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND)-1974/79;

6. A crise da década de 80; o processo de ajuste externo-1980/85;

7. As políticas de combate à inflação da Nova República-1986/93;

8. O Plano Real a partir de 1994;

XIII. OS PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO ECONÔMICA.O objetivo de todos os planos de estabilização da economia era o combate

a inflação. A cada insucesso um novo plano viria devido a pressões tanto da população quanto dos políticos. Com exceção do plano Real todos os planos ocorreram sem fluxo de capital estrangeiro.

Cenário econômico antes dos planos: Inflação alta. Déficit público. Estatais não conseguem se auto-financiar. Delfim ministro da economia, agravamento da situação econômica leva ao

fim do governo militar.

GOVERNO SARNEY

Primeiro plano - Fevereiro de 1986 / Plano Cruzado.

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Algumas medidas: Procura eliminar os mecanismos de indexação. Reforma monetária. Substituição do cruzeiro pelo cruzado. Congelamento de preços e salários.O governo acredita que deve combater a inflação, alimentada pela forma de

indexação da economia.

Resultados.1º momento:

O produto e o emprego crescem no primeiro semestre de 1996, devido ao aumento do consumo.

Taxas de juros congeladas a um nível muito baixo, segue-se uma expansão monetária que gera explosão do consumo.

Os gastos do governo continuam a crescer. O aumento da demanda não consegue ser suprido pela oferta, causando

escassez de produtos. Não há incentivo para investimento privado, e o governo resolve investir. A taxa de câmbio é congelada sobrevalorizada, ocasionando queda de

exportações e elevação de importações. Persistência do aumento da demanda, causa desabastecimento, surgindo o

ágio sobre os produtos em falta. O governo tenta aumentar as importações, o que foi impossibilitado pela

queda do saldo da balança comercial e necessidade de pagamento dos juros da divida externa.

2º momento: Após as eleições de 1986, o governo descongela os preços e a inflação

galopou. O governo passa a dar importância ao controle da demanda agregada,

diminuindo seus gastos e aumentando impostos indiretos. Queda do superávit comercial levou a moratória, incapacidade do governo

de cumprir os compromissos com o pagamento de juros da divida externa.

Cruzado II – lançado em 21/11/1986Algumas medidas:

Governo decreta a moratória. Governo tenta controlar o déficit, aumentando a sua receita por meio de

tarifas e impostos indiretos.

Segundo plano- Junho de 1987/ Plano Bresser.Algumas medidas: Medidas ortodoxas e heterodoxas de combate a inflação. Ortodoxas o

déficit público causa inflação devido a emissão monetária para combate-lo. Heterodoxas a emissão monetária é a causa da inflação.

O governo congela novamente preços e salários.

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Adota política monetária e fiscal contracionistas. Desvalorização cambial sem congelamento.

Resultados: A inflação volta a crescer devido a pressões de aumento de preços de bens

que foram congelados a preços defasados. Expectativas de aumento de preços ao final de ano levam a expectativa de

novo congelamento de preços e os produtos são remarcados, elevando ainda mais a inflação.

Atividade econômica desacelerada. Recuperação da balança comercial.

Terceiro plano - Janeiro de 1989 / Plano Verão.Algumas medidas:

Reforma monetária. Congelamento de preços e salários. Enfatizou as políticas monetária e fiscal restritivas. Desvalorizou a taxa de cambio, para melhorar o saldo comercial.

Resultados: O governo subestima os reajustes de preços que tinham intensificado,

algumas semanas antes do plano. A inflação de janeiro surpreende o governo. Com o plano antecipado e o governo sem credibilidade, o plano não

funcionou. Previsões de diminuição do déficit não foram cumpridas. Excesso de dinheiro na economia e alto consumo agregado, inicia nos anos

90 um processo de hiperinflação.

GOVERNO COLLOR.

Quarto plano - Novembro de 1990 / Plano Collor .

Algumas medidas: Congelamento de preços e salários. Reforma monetária. Bloqueio de aplicações financeiras. Abertura da economia e redução de tarifas de importação. Taxa de câmbio flutuante.

Resultados: Essas medidas junto com o aumento de importações, aumenta os custos

de produção. A inflação cai inicialmente para 9%, depois retorna a patamares elevados

chegando a 20%.

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O plano não obteve sucesso em eliminar a inflação, porém conteve o processo de hiperinflação.

Quinto plano - Fevereiro de 1991 / Plano Collor .Principais medidas:

Reforma estrutural do governo através de privatizações e corte do funcionalismo.

Corte de subsídios e aumento de carga tributária.

Resultados: Aumento do superávit comercial. Aumento de reservas internacionais. Queda da inflação nos quatro primeiros meses que depois retorna a

patamares elevados de 28% a.m.

Fim do governo Collor marcado por:

Inflação elevada e crescente. Déficit fiscal. Taxa de câmbio desvalorizada. Abertura comercial. Boa situação externa devido ao superávit da balança comercial. Entrada de capitais externos, aumentando as reservas

internacionais.

Sexto plano – Julho de 1994 / Plano Real.Antecedentes: Criação da U. R. V. Abertura da economia. Processo de privatização. Aumento das reservas cambiais.

Plano Real – Fase I.Algumas medidas: Apreciação cambial. Ancoras monetária e cambial. Redução de impostos de importação. Continuidade do processo de privatização. Altas taxas de juros.

Resultados: Eliminação da inflação de 45% a.m. junho / 94 para 1,7% a.a. em 98 . Déficit na balança de transações correntes (aumento de importações e de itens

sobre o setor de serviços). Âncora monetária (via juros) controla o setor externo. Flutuação cambial para controle da inflação.

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Conclusão:Política insustentável a longo-prazo devido a crises externas (Ásia, Rússia e

México) que obrigam o governo a elevar ainda mais as taxas de juros. Esgotamento dos recursos de privatização. O governo muda então o objetivo central de sua política, deixa de ser a inflação e passa a ser o déficit do setor externo.

Plano Real fase II.Principais medidas: O governo deixa flutuar a taxa de câmbio. Metas para a inflação. Âncora monetária (via juros) controla a inflação. Flutuação cambial para ajuste do setor externo.

Conclusão:Nessa segunda fase do Plano cabe destacar a inversão dos papeis das políticas monetária e cambial que trouxeram resultados esperados a longo-prazo como o equilíbrio do setor externo. No entanto o controle a inflação retorna a ser a principal preocupação do governo mais tarde, o que podemos considerar como a terceira fase do plano. Apesar da mudança no objetivo central do governo nesta terceira fase os papéis das políticas monetária e cambial continuam sendo os mesmos que na segunda fase.

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DISCIPLINA: ESTUDO SOCIOECONÔMICO.

Profº. Ms. Azenir Pacheco

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XIV. BIBLIOGRAFIA:

FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. 27.ed. São Paulo: Nacional, 1998. Biblioteca universitária, série 2; Ciências sociais,V.23. 2007SEVERINO, Antônio Joaquim. A filosofia contemporânea no Brasil: conhecimento, política educação. Petrópolis: Vozes, 2008VASCONCELOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia: micro e macro. Atlas, 2008ROSSETTI, J. P. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 2003.TROSTER, Roberto & MOCHÓN, Francisco. Introdução á Economia. São Paulo. Editora Makron, 2004.

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