75
Curso Marcato|Praetorium Contagem Regressiva X Exame de Ordem

Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

1

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

Page 2: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

2

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

DIREITO ADMINISTRATIVO – PROFESSORA AMANDA ALMOZARA

1. Princípio da Autotutela: A Administração tem o dever de zelar pela legalidade e

eficiência dos seus próprios atos. É por isso que se reconhece à Administração o poder-

dever de anular seus próprios atos praticados com infração à lei (vício de legalidade) e

a discricionariedade de revogar os atos quando inconvenientes e inoportunos

(conveniência e oportunidade). Não se esqueça de ler a súmula 473 do STF.

2. Não confunda os elementos/requisitos do ato administrativo com os

atributos/características do ato administrativo. São elementos: a competência, a

forma, a finalidade, o motivo e o objeto. Para memorizar lembre-se do método

mnemônico - COFOFIMO. São atributos: a presunção de legitimidade, a

autoexecutoriedade, a imperatividade e a tipicidade. Para memorizar guarde o método

mnemônico – PATI.

3. Os elementos do ato administrativo são a competência, a forma, a finalidade, o

motivo e o objeto. Lembre-se que o objeto e o motivo podem ser vinculados ou

discricionários (são o MÉRITO do ato administrativo), enquanto que os demais só

podem ser vinculados.

4. Não confunda motivo com motivação. O motivo é o pressuposto de fato e de direito

que serve de fundamento ao ato administrativo. Já a motivação é a exposição dos

motivos que determinaram a prática do ato administrativo.

5. Os atos que decorrem do poder de polícia não podem ser delegados ao particular

(alheio ao Aparelho Estatal), pois não pode exercer perante outro particular ato de

autoridade. Todavia, pode receber delegação de atos materiais, como a instalação de

um equipamento fotossensor (Radar Fotográfico).

6. Descentralização é o processo de divisão ou distribuição da função administrativa

estatal entre PESSOAS JURÍDICAS CRIADAS OU AUTORIZADAS PARA ESSE FIM. Da

descentralização nascem as entidades da Administração Pública indireta: autarquias,

fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. As autarquias

são CRIADAS por lei; as demais são AUTORIZADAS por lei. Leia o artigo 37, inciso XIX da

CF.

Page 3: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

3

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

7. Desconcentração gera a distribuição de atribuições dentro de uma ÚNICA PESSOA

JURÍDICA, mantendo a vinculação hierárquica, ou seja, É REPARTIÇÃO INTERNA DE

COMPETÊNCIA. A consequência da desconcentração é a criação de um órgão público

que não tem personalidade jurídica própria (NÃO SÃO PESSOAS, MAS PARTES

INTEGRANTES DA PESSOA ESTATAL).

8. Licitação Inexigível (Artigo 25 da Lei 8666/93): Não há competição. Licitação

Dispensada (Artigo 17, I e II da Lei 8666/93): Tem possibilidade de competição, mas a

lei ordena não fazer. Ato Vinculado! Licitação Dispensável (Artigo 24 da Lei 8666/93):

Tem possibilidade de competição, mas a lei concede a discricionariedade de fazer ou

não, ficando a decisão a cargo do administrador.

9. Licitação Fracassada: Aparecem licitantes mais todos são inabilitados ou

desclassificados. Quando isso ocorre a Administração pode abrir prazo para que os

licitantes regularizem suas situações. Licitação Deserta: Não há licitantes. Toda

licitação deserta pode se tornar dispensada (Artigo 24 V da Lei 8666/93).

10. A concessão se extingue pelo advento do termo contratual, pela encampação, pela

caducidade, pela rescisão, pela anulação e pela falência ou extinção da empresa

concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa

individual. Não deixe de ler os artigos 36 a 39 da Lei 8987/95 (Lei de Concessões)

11. Bem de uso comum (art. 99, I do CC): São aqueles bens públicos de uso coletivo, ou

seja, todos podem utilizá-lo livremente. O artigo 103 do Código Civil prevê a

possibilidade desse tipo de bem ser tarifado, atitude esta que não descaracteriza a

natureza jurídica do bem. Nunca diga que a tarifação transforma o bem de uso comum

do povo em bem de uso especial.

12. Bens de uso especial (art. 99, II do CC): São aqueles bens públicos afetados a uma

determinada função administrativa, como o prédio de uma repartição pública. Bens

dominicais ou dominiais (art. 99, III do CC): São aqueles bens públicos não estão

vinculados a nenhuma finalidade pública. São patrimônios disponíveis da

Administração Pública. São bens desafetados, que podem ser alienados. Todavia,

fiquem atentos, todos os bens públicos são impenhoráveis e imprescritíveis (não

sujeitos a usucapião).

Page 4: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

4

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

13. Cabe ao Chefe do Poder Executivo editar decretos para explicitar e promover a fiel

execução das leis. Tal atribuição recebe o nome de Poder Regulamentar (artigo 84,

inciso IV da CF). Mas lembre-se: caso o Chefe do Poder Executivo exorbite os limites do

poder de regulamentar, o Congresso Nacional poderá SUSTAR tais atos (artigo 49,

inciso V da CF).

14. A requisição é o ato pelo qual o Estado determina a utilização de bens ou serviços

particulares para atender necessidades públicas urgentes e transitórias, diante da

hipótese de iminente perigo público. Já para a ocupação temporária basta o interesse

público, ou seja, qualquer situação de necessidade vinculada a uma obra ou serviço

público.

15. A desapropriação é forma originária de aquisição da propriedade. Rompe as

anteriores relações que atingisse o bem (ônus real que atingisse o bem), como por

exemplo, se o bem estava hipotecado, a garantia desaparece e sub-roga-se no preço

pago a título de indenização. Tem como objeto qualquer bem móvel ou imóvel dotado

de valor patrimonial (artigo 2.º do dec.-lei n. 3.365/41).

16. A desapropriação indireta é aquele em que o Estado pratica um esbulho

possessório ilegítimo, invadindo uma área particular, sem qualquer procedimento

válido. Seria uma forma de desapropriação de fato. É a desapropriação realizada sem o

devido processo legal. Como o particular esbulhado não pode entrar com uma ação

reivindicatória em face do Estado, só cabe ao ele o pedido de desapropriação indireta.

17. As empresas públicas e as sociedades de economia mista são autorizadas por meio

de lei para prestarem um serviço público ou explorarem uma atividade econômica.

Ambas são pessoas jurídicas de direito privado. Não se esqueça das diferenças entre

elas. As Empresas Públicas tem 100% de capital público, podem ser constituídas por

qualquer forma societária e, quando federais, tem foro na justiça federal. Já as

Sociedades de Economia Mista tem a maioria de capital público (restante é privado),

só podem adotar a forma societária S/A e sempre tem foro na justiça estadual.

18. O Servidor Público ocupa cargo efetivo, é estatutário, tem direito à estabilidade e

trabalha na Administração direta e indireta (Autarquias e Fundações). Já o Empregado

Público ocupa emprego público, é celetista, não tem direito à estabilidade e trabalha

na Administração Indireta (Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista).

Page 5: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

5

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

19. A responsabilidade civil do Estado é do tipo objetiva, na modalidade risco

administrativo. Por ela, exige-se que a vítima comprove, tão somente, a conduta, o

nexo e o resultado danoso. A culpa não precisa ser provada pela vítima. Todavia, o

Estado pode se eximir da responsabilidade caso prove a culpa exclusiva da vítima, o

caso fortuito ou a força maior.

20. O STJ modificou sua posição com relação ao prazo prescricional a ser aplicado nas

ações de reparação de dano em face do Estado. A posição atual fixou o entendimento

de que em qualquer caso de reparação em face do Estado, o prazo a ser aplicado será

de 5 anos, conforme prescreve o art. 1º do Decreto nº 20.910/32, afastando a

aplicação do prazo prescricional do Código Civil.

Page 6: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

6

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

DIREITO AMBIENTAL – PROFESSORA ROBERTA DENSA

Classificação meio ambiente

Meio ambiente natural – constituído pela atmosfera, biosfera, água, solo, subsolo,

fauna e flora;

Meio ambiente artificial – espaço urbano construído (cidade) (art. 225 e 182)

(Estatuto da Cidade);

Meio ambiente cultural – criado pelo homem e possui valor e sentido especial. Traduz

a história de um povo (patrimônio artístico, histórico, arqueológico). Art. 216 da CF

Meio ambiente do trabalho – local onde as pessoas desempenham suas atividades

laborais (salubridade do meio). Art. 200, VIII e art. 7º, XXIII da CF.

Princípios

Princípio do desenvolvimento sustentável: a compatibilização do desenvolvimento

econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente. Art. 225 e 170

da CF.

Princípio da prevenção e da precaução

–prioridade a medidas que evitem danos ao meio ambiente;

–Dificuldade de voltar ao “status quo ante”;

–Deve-se prevenir danos mesmo diante da ausência de certeza científica;

–Severa punição para evitar novos danos (sem inviabilizar a atividade econômica);

–Administração: requerer licença, sanção administrativa; fiscalização.

–Estudo técnico de impacto ambiental.

Princípio do poluidor-pagador - caráter preventivo: busca evitar a ocorrência de danos

ambientais e caráter repressivo: uma vez ocorrido o dano o poluidor deve indenizar.

Page 7: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

7

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

Poluidor: pessoa física ou jurídica, que direta ou indiretamente, desenvolva atividade

causadora de degradação ambiental (art. 3º da Lei 6.938/81). Poluição: degradação da

qualidade ambiental.

Impõe-se ao poluidor o dever de arcar com as despesas de prevenção aos danos que a

sua atividade possa ocasionar (ex: veículo automotor).

Responsabilidade civil por danos ambientais:

–responsabilidade civil objetiva;

–prioridade da reparação específica do dano ambiental;

–solidariedade para suportar os danos causados ao meio ambiente.

O “pagamento” não precisa ser em pecúnia.

Princípio da participação

–O Estado e a sociedade devem proteger e preservar o meio ambiente;

–Informação e educação ambiental

Art. 225, § 1º, VI;

Obrigação das instituições de ensino, livros escolares e estação de rádio e televisão;

Lei 9.795/99 (trata da educação ambiental)

Competência legislativa em matéria de direito ambiental

Regra: competência concorrente: possibilidade de a União, Estados e DF dispor sobre o

assunto e suplementar dos municípios (art. 24 – Estados) (art. 30,II – Municípios).

Licenciamento ambiental

Haverá necessidade de licença ambiental toda vez que a atividade desenvolvida pelo

particular ou pelo Estado demonstrar risco à qualidade de vida e ao meio ambiente

(atividade potencialmente poluidora).

Page 8: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

8

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

Está fundamenta no princípio da precaução/prevenção

Licenciamento ambiental: complexo de etapas que compõem o procedimento

administrativo o qual objetiva a concessão da licença ambiental.

Licença ambiental: estabelece condições, restrições e medidas de controle ambiental

(ato administrativo).

–Licença prévia (prazo de 5 anos)

–Licença de instalação (prazo 6 anos)

–Licença de funcionamento.

Natureza jurídica: instrumento de caráter preventivo.

Ato discricionário: mesmo que o EIA/Rima seja desfavorável pode ser concedida a

licença ambiental.

Se o EIA/RIMA for favorável a licença ambiental deverá ser concedida (torna-se ato

administrativo vinculado).

O EIA/RIMA nem sempre é obrigatório.

Estudo Prévio de Impacto Ambiental

RIMA (Relatório de Impacto ao Meio Ambiente) – Torna compreensível ao público o

conteúdo do EIA elaborado segundo critérios técnicos.

Proponente do projeto deve arcar com os custos;

É elaborado por uma equipe técnica formada por profissionais de diversas áreas.

Espaços Especialmente Protegidos

Área de preservação permanente: beira de rio, lago, lagoa, topo de moro, pé-de-serra.

Reserva Legal: percentual mínimo de vegetação que deve ser mantida em área rural.

Sistema Nacional de Unidades de Conservação:

Page 9: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

9

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

Proteção Integral (art. 8)

I - Estação Ecológica;

II - Reserva Biológica;

III - Parque Nacional;

IV - Monumento Natural;

V - Refúgio de Vida Silvestre.

Uso Sustentável (art. 16)

I - Área de Proteção Ambiental;

II - Área de Relevante Interesse Ecológico;

III - Floresta Nacional;

IV - Reserva Extrativista;

V - Reserva de Fauna;

VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e

VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural.

Page 10: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

10

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

DIREITO CIVIL - PROFESSOR CHRISTIANO CASSETTARI

1) Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são

intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação

voluntária.

2) Domicílio não se confunde com residência, pois, no primeiro, a moradia deve

ter ânimo definitivo.

3) São pessoas jurídicas de direito privado: I - as associações; II - as sociedades;

III - as fundações; IV – as organizações religiosas; V – os partidos políticos; VI - as

empresas individuais de responsabilidade limitada.

4) São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou

artificialmente. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I - os direitos reais sobre

imóveis e as ações que os asseguram; II - o direito à sucessão aberta. Não perdem o

caráter de imóveis: I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua

unidade, forem removidas para outro local; II - os materiais provisoriamente separados

de um prédio param nele se reempregarem.

5) Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por

inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da

prestação oposta.

6) O negócio jurídico invalido pode receber duas sanções: a nulidade ou a

anulabilidade. A primeira não se convalida no tempo e a segunda se não arguida no

prazo descrito na lei se convalida, e transforma-se num ato jurídico perfeito.

7) Prescrição extingue pretensão, que é a possibilidade de exigir o

cumprimento de uma obrigação de dar, fazer, ou não fazer.

8) Não corre a prescrição: I - entre os cônjuges, na constância da sociedade

conjugal; II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar; III - entre

tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela; IV -

contra os incapazes de que trata o art. 3º; V - contra os ausentes do País em serviço

público da União, dos Estados ou dos Municípios; VI - contra os que se acharem

servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra; VII - pendendo condição

suspensiva; VIII - não estando vencido o prazo; IX - pendendo ação de evicção.

Page 11: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

11

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

9) Solidariedade não se presume, ela decorre da lei ou da vontade das partes

10) São pressupostos da responsabilidade civil subjetiva: (i) a ação ou omissão

do agente; (ii) o dolo ou a culpa; (iii) o dano; (iv) o nexo causal. A responsabilidade civil

objetiva, que independe de culpa, tem os mesmos pressupostos, exceto o (ii).

11) A responsabilidade civil será objetiva quando a lei determinar ou quando a

atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano importar em risco aos

direitos de outrem.

12) Caso fortuito é o evento imprevisível e a força maior o evento previsível,

mas inevitável. Ambos excluem o dever de indenizar.

13) São excludentes de responsabilidade civil, a culpa exclusiva da vítima

(atravessar a rua fora da faia de pedestre), a culpa de terceiro (engavetamento de

veículos), o caso fortuito e a força maior.

14) Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição,

posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e

cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-

companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família,

adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel

urbano ou rural.

15) É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a

mulher e entre pessoas do mesmo sexo, configurada na convivência pública, contínua

e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.

16) Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às

relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.

17) Não podem casar: I - os ascendentes com os descendentes, seja o

parentesco natural ou civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi

cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV - os irmãos,

unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; V - o

adotado com o filho do adotante; VI - as pessoas casadas; VII - o cônjuge sobrevivente

com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.

18) Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos: I - nascidos

cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal; II -

Page 12: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

12

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por

morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento; III - havidos por

fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido; IV - havidos, a qualquer

tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção

artificial homóloga; V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha

prévia autorização do marido.

19) A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto

aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições

seguintes: I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à

que por lei for atribuída ao filho; II - se concorrer com descendentes só do autor da

herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles; III - se concorrer

com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança; IV - não havendo

parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.

20) A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em

concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no

regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.641 do

CC); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado

bens particulares; II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III - ao cônjuge

sobrevivente; IV - aos colaterais.

Page 13: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

13

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

DIREITO DO CONSUMIDOR – PROFESSORA ROBERTA DENSA

A Relação Jurídica de Consumo

Consumidor: “toda a pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou

serviço como destinatário final”. (art. 2º do CDC)

Todo consumidor é VULNERÁVEL. A vulnerabilidade pode ser técnica, jurídica,

econômica ou informacional.

Consumidor por Equiparação: o art. 2º, parágrafo único, do CDC equipara a

consumidor “a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja

intervindo nas relações de consumo”. É a vítima de acidente de consumo (art. 17) ou

as pessoas que estão expostas às práticas comerciais (art. 29).

Fornecedor: é toda pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira, de direito

público ou privado, que atua na cadeira produtiva, exercendo atividade de produção,

montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição

ou comercialização de produtos ou prestação de serviços (art. 3º).

Produto: é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial (art. 3º, § 1º

do CDC).

Serviço: é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante

remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária,

salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista (§ 2º do art. 3º do CDC).

Direitos básicos do consumidor

São direitos básicos do consumidor:

- proteção da vida, saúde e segurança;

- educação;

- direito à informação (inclusive quanto aos tributos);

- proteção contra publicidade enganosa ou abusiva e práticas comerciais abusivas e as

cláusulas comerciais abusivas;

- direito à modificação as cláusulas contratuais que estabeleçam prestações

desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem

excessivamente onerosas;

Page 14: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

14

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

- a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,

coletivos e difusos;

- o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, assegurada a proteção jurídica,

administrativa e técnica aos necessitados;

- facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a

seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou

quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência;

- adequada e eficaz prestação de serviços públicos.

Responsabilidade Civil no CDC

O Código de Defesa do Consumidor adota a regra da responsabilidade civil

objetiva.

A responsabilidade subjetiva é adotada pelo CDC na hipótese de responsabilidade

civil do profissional liberal.

DEFEITO ou VÍCIO?

DEFEITO – problema apresentado pelo produto ou serviço que atinge a

SEGURANÇA do consumidor (Ex: consumidor tenta acionar os freios do veículo, não

consegue, e vem a colidir com outro veículo trazendo sérios danos físicos);

VÍCIO – problema apresentado pelo produto ou serviço que atinge a sua QUALIDADE

(Ex: consumidor compra um veículo com ar condicionado que não funciona

adequadamente).

Responsabilidade Civil pelo FATO do produto (DEFEITO do produto ou

ACIDENTE DE CONSUMO)

Responsáveis: o fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e

o importador;

Danos decorrentes de: projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas,

manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por

informações sobre a utilização e riscos;

Produto defeituoso: não oferece a segurança que dele legitimamente se

espera, levando-se em consideração as circunstância relevantes, entre as quais a sua

Page 15: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

15

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

apresentação, o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; a época em que

foi colocado em circulação;

Excludentes de responsabilidade: deve o fornecedor provar: a) a culpa

exclusiva do consumidor; ou b) que não colocou o produto no mercado; ou c) que,

embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;

Comerciante: O comerciante pode ser responsabilizado pelo fato do produto,

na forma do art. 13 do CDC, nas seguintes hipóteses: a) sempre que não puder ser

identificado ou quando não houver identificação do fornecedor (fabricante,

construtor, produtor ou importador); b) pela conservação inadequada do produto; c)

Ou em razão da medição, da pesagem ou se a balança não estiver aferida oficialmente

pelo órgão responsável.

Responsabilidade Civil pelo FATO do serviço (DEFEITO do serviço ou ACIDENTE

DE CONSUMO)

Responsável: fornecedor de serviços;

Danos decorrentes de: defeitos relativos à prestação de serviços, bem como

por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

Serviço defeituoso: não fornece a segurança que o consumidor dele pode

esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre às quais, o

modo de seu fornecimento; o resultado e os riscos que razoavelmente dele se

esperam; a época em que foi fornecido.

Excludentes de responsabilidade: o fornecedor de serviços deverá provar: a) a

culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro; b) que, tendo prestado o serviço, o

defeito inexiste;

Atenção: A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante

a verificação de culpa (médicos, engenheiros, dentistas).

Prazo para ingressar com ação: 5 anos

Responsabilidade civil por VÍCIO do produto

Prazo para reclamar: O consumidor terá 30 dias (produtos não duráveis) ou 90

dias (produtos duráveis) para reclamar dos vícios do produto, este prazo é contado a

partir do momento que o consumidor faz a compra (vício aparente) ou do momento

Page 16: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

16

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

do conhecimento do vício (vício oculto). Se houver garantia contratual as garantias são

sempre somadas: GARANTIA CONTRATUAL + GARANTIA LEGAL.

Responsável: todos os fornecedores, inclusive o comerciante e o distribuidor;

Danos decorrentes de: qualidade;

Solução: Não sendo o vício sanado no prazo máximo de 30 dias, pode o

consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:

- a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de

uso;

- a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de

eventuais perdas e danos;

- o abatimento proporcional do preço.

O consumidor poderá exigir a troca imediata do produto sempre que, em razão

da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a

qualidade ou características do produto, diminuindo-lhe o valor ou se tratar de

produto essencial.

Page 17: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

17

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

DIREITO CONSTITUCIONAL – PROFESSOR MARCELO GALANTE

1 - Classificação das Constituições – A Constituição brasileira de 1988 é:

Quanto à forma ► escrita;

Quanto à elaboração ► dogmática e democrática;

Quanto à estabilidade ►rígida;

Quanto à função ► dirigente (sem deixar de ser garantia);

Quanto à extensão ► analítica ou prolixa, pois é elaborada de forma extensa,

minuciosa, detalhada.

2 - Poder constituinte originário (PCO)- elaboração de uma nova Constituição em

substituição à anterior. Características: – inicial, autônomo, incondicionado e ilimitado

juridicamente.

3 - Poder constituinte derivado (PCD)- previsto pelo PCO com o principal propósito de

alterar a constituição quando necessário. Características: derivado, subordinado,

condicionado e limitado pelo PCO.

4 - Poder Constituinte Reformador – exercido através das emendas constitucionais,

com limites estabelecidos pelo PCO no artigo 60 CF.

5 - Normas constitucionais de eficácia limitada – São as normas que necessitam de

complementação legislativa posterior para serem plenamente eficazes. Exemplo:

artigo 7°, XI, CF, que requer lei regulamentadora do direito do trabalhador referente à

participação nos lucros das empresas.

6- A expressão “direitos e garantias fundamentais do homem” abrange diversos

direitos, como os individuais (art. 5.º, CF), os relativos à nacionalidade (art. 12, CF), os

políticos (arts. 14 a 17, CF), os sociais (arts. 6 e 193 e segs., CF), os coletivos (art. 5.º,

CF) e os solidários (arts. 3.º e 225, CF).

7- Tratado sobre Direito Humanos com votação igual de Emenda Constitucional –

status do tratado de Emenda Constitucional – artigo 5§3°, CF

Tratado que não versa sobre Direito Humanos – status de norma infraconstitucional.

Tratado sobre Direitos Humanos com votação diferente de Emenda Constitucional –

status de supralegalidade, ou seja, acima das leis mas abaixo da Constituição.

Page 18: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

18

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

8 - Controle difuso, incidental ou por via de exceção: Por esse meio de controle de

constitucionalidade, qualquer juiz ou tribunal pertencente ao Poder Judiciário pode, ao

analisar um caso concreto, averiguar a compatibilidade da norma com a Constituição

Federal.

9 - Princípio da reserva de plenário – proibição aos órgãos fracionários dos tribunais

de declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos normativos do poder público está

instituída pela Constituição, em seu artigo 97.

10 - Efeitos da decisão – No controle de constitucionalidade difuso, por via de exceção,

a decisão só afeta as pessoas que participam da relação processual, sendo o efeito, por

conseguinte, inter partes e com efeito ex tunc, ou seja, a decisão retroage alcançando

a inconstitucionalidade e todas as suas conseqüências desde sua origem ressalte-se –

somente para as partes. A decisão proferida para as partes pode estender-se para

todos (erga omnes), conforme prevê o artigo 52, X, da CF.

11 - Controle de constitucionalidade principal, abstrato, por via de ação ou

concentrado - São várias as formas existentes, contempladas pela Constituição, para o

exercício dessa espécie de controle de constitucionalidade: ação direta de

inconstitucionalidade (art. 102, I, “a”), ação direta de inconstitucionalidade

interventiva (art. 36, III), ação direta de inconstitucionalidade por omissão (art. 103, §

2.º), ação declaratória de constitucionalidade (art. 102, I, “a”) e arguição de

descumprimento de preceito fundamental (art. 102, § 1.º).

12- Conforme artigo 102,I, “a”, CF, no STF cabe ADI de lei ou ato normativo federal ou

estadual. Exclui-se ADI no STF de lei ou ato normativo municipal em face da

Constituição Federal. Contudo, se a lei ou ato normativo municipal contrariar

dispositivo da Constituição Estadual, poderá haver o controle da constitucionalidade

desse ato municipal por meio de um controle de âmbito estadual, julgado pelo

Tribunal de Justiça Estadual, pela Simetria Constitucional e paralelo de formas –

artigo 125 §2 CF.

13-Efeitos da decisão da ADI – Erga Omnes e ex tunc, Porém, a Lei 9.868/99, em seu

artigo 27, prevê a possibilidade do efeito ex nunc, ou mesmo ex tunc, com

determinada fixação da retroatividade, isto é, existe no ordenamento jurídico a

Page 19: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

19

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

possibilidade de modulação dos efeitos da ADI. Para tanto, é necessário que haja

razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse nacional, como também que

tal decisão seja tomada por pelo menos dois terços dos ministros do STF.

14 - Caráter de Subsidiariedade da ADPF – O artigo 4.º, § 1.º, da Lei 9.882/99

disciplina que a ADPF só é admitida quando não houver outro meio eficaz de sanar a

lesividade. Assim, em uma primeira análise, só seria cabível ADPF se outra ação não

pudesse solucionar a questão. Exemplos: Violação direta de lei municipal em face

exclusiva da CF e discussão de lei pré-constitucional que viola CF atual.

15- Poder Legislativo - No âmbito federal é no formato bicameral, ou seja, composto

por duas Casas Legislativas – a Câmara dos Deputados, representando o povo, e o

Senado Federal, representando os Estados membros –, que juntas são denominadas

Congresso Nacional. O Congresso Nacional reúne-se anualmente, na Capital Federal,

de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro, este período é

denominado sessão legislativa.

16- Comissões Parlamentares de Inquérito – Parte da função fiscalizatória do Poder

Legislativo, prevista no artigo 58 §3° CF, com poderes próprios das autoridades

judiciais, são constituídas pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado, em conjunto ou

separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para

apuração de fato determinado e prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, são

encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou

criminal dos infratores .

17- Imunidades parlamentares – verdadeiras prerrogativas inerentes ao cargo.

Compreende a imunidade material, prevista no artigo 53, “caput”, da CF, e que

determina a inviolabilidade dos parlamentares, civil e penalmente, por quaisquer de

suas palavras opiniões e votos. E a imunidade formal, que garante ao parlamentar a

impossibilidade de ser ou permanecer preso ou, ainda, a possibilidade de sustação do

andamento da ação penal por crimes praticados após a diplomação, conforme os

incisos do artigo 53, CF.

18- Conselho Nacional de Justiça: criado pela EC 45/04, previsto no artigo 103-B, CF, é

órgão pertencente ao Poder Judiciário, com sede na capital federal, que, porém,

Page 20: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

20

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

jamais exercerá funções jurisdicionais e somente controlará a atuação administrativa e

financeira do Poder Judiciário e o cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. È

composto por quinze membros, nomeados pelo Presidente da República, após

aprovação da escolha pela maioria absoluta do Senado federal. Os membros do CNJ

tem mandato de dois anos, admitida uma recondução.

19- Súmula vinculante – Prevista no artigo 103-A, CF, possibilita ao STF, de ofício ou

por provocação, mediante decisão de dois terços de seus ministros, depois de

reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua

publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do

Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal,

estadual e municipal, como também proceder a sua revisão ou cancelamento, na

forma da lei 11.417/06

20- Competência do STF – A competência do STF é delineada pelos artigos 102 da CF.

Page 21: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

21

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

ECA – PROFESSORA ROBERTA DENSA

Princípios do ECA

Princípio da proteção integral (art. 1º do ECA)

- Também fundamentado no art. 227 da CF;

- Melhor interesse da criança (desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e

social);

- Dever do estado em garantir as necessidades da pessoa em desenvolvimento

(educação, alimentação, lazer, convivência);

- Surgiu em contrapartida ao princípio do menor em situação irregular (antigo Código

de Menores).

Princípio condição peculiar da pessoa em desenvolvimento (art. 3º do ECA)

- O menor é sujeito especial de direitos em razão de seu processo de formação e

transformação física e psíquica.

Princípio da brevidade (arts 112 a 128 do ECA e 227, § 3º, V da CF).

- A medida socioeducativa deverá ser breve e com o objetivo de socialização do

adolescente.

Princípio da prevenção geral

- É dever do Estado assegurar a educação (ensino fundamental) obrigatório e gratuito

e outras necessidades básicas ao seu desenvolvimento (art. 53 e 54);

- É dever de toda a sociedade prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos

da criança e do adolescente (art. 70);

Princípio da prevenção especial

- É dever do Estado regular as diversões e espetáculos públicos e classificar, para

efeitos indicativos, a faixa etária a que não se recomendem (art. 74)

Page 22: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

22

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

Princípio da garantia prioritária

- Prerrogativa do menor em receber, com prioridade, socorro e proteção em qualquer

situação (art. 4º do ECA e art. 227 da CF).

Princípio da sigilosidade

- É vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos que digam respeito

à criança e ao adolescente a que se atribua autoria de ato infracional (art. 143).

Destinatários (art. 2º do ECA)

Criança – pessoa de até 12 anos incompletos;

- criança infratora: medida protetiva (art. 101).

Adolescente – pessoa entre 12 e 18 anos incompletos;

- adolescente infrator: medida socioeducativa (art. 112).

- poderá ser ouvido em processo de adoção.

Exceção: jovem adulto – pessoa entre 18 e 21 anos de idade.

Medidas de proteção

Menor em situação de risco – art. 98 – sempre que os direitos garantidos pela lei

estiverem ameaçados ou violados por ação ou omissão:

Da sociedade e do Estado;

Da família.

Em razão de sua conduta.

Toda vez que a criança e o adolescente estiverem em situação de risco, será possível a

aplicação de uma medida de proteção;

Podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente;

Page 23: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

23

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

Podem ser substituídas a qualquer tempo;

Devem levar em consideração o aspecto pedagógico e o fortalecimento dos vínculos

familiares e comunitários.

Medida Socioeducativa

Ato infracional – crime ou contravenção penal

Penalmente inimputáveis – menores de 18 anos (art. 104) considerada a idade do

adolescente à data do fato.

São medidas socioeducativas:

•advertência;

•obrigação de reparar o dano (hipóteses de dano material);

•prestação de serviços à comunidade;

•liberdade assistida (art. 118 e 119);

•inserção em regime de semiliberdade (art. 120);

•internação;

•qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI (medida protetiva).

Advertência

Admoestação verbal (reduzida a termo e assinada);

Para ser aplicada, basta ter a prova da materialidade e indícios de autoria;

Obrigação de Reparar o Dano

Aplicável nas hipóteses de ato infracional com reflexos patrimoniais;

Determina a restituição da coisa ou promove o ressarcimento do dano;

Page 24: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

24

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

Prestação de serviços à comunidade

Realização de tarefas gratuitas de interesse geral;

Hospitais, escolas e outros estabelecimentos congêneres, programas comunitários e

governamentais;

Deverá ser analisada a aptidão do adolescente.

Prazo máximo da medida: 6 meses;

Jornada máxima de 8 horas semanais durante a semana ou final de semana (incluindo

feriado);

Não pode prejudicar a frequência à escola ou trabalho.

Liberdade Assistida

Finalidade de acompanhamento e orientação do adolescente;

Prazo mínimo da medida: 6 meses;

Orientador – pessoa capacitada que deve:

a) Promover socialmente o adolescente;

b) Supervisionar frequência e aproveitamento escolar;

c) Orientar quanto a profissionalização;

d) Apresentar relatório do caso.

Semiliberdade

Medida de parcial restrição de liberdade;

Possibilita a realização de atividades externas independentemente de autorização

judicial;

É obrigatória a escolarização e profissionalização do adolescente;

Page 25: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

25

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

Pode ser utilizada desde o início ou como forma de transição;

Não há prazo determinado para a medida, podendo ser aplicadas as regras relativas a

internação.

Internação

Medida mais severa, que constitui restrição de liberdade ao adolescente;

Somente pode ser aplicada em casos excepcionais (art. 122) e deve obedecer ao

princípio da brevidade e respeito a condição de pessoa em desenvolvimento.

Internação

Hipóteses de aplicação (art. 122):

Pratica de ato infracional cometido mediante violência ou grave a ameaça contra a

pessoa;

Por reiteração no cometimento de outras infrações graves;

Descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta (prazo

máximo de 3 meses).

Regras (art. 121):

Será permitida a realização de atividades externas (mediante avaliação) se o juiz não

proibir expressamente na sentença;

A sentença não trará prazo definido para a internação;

Prazo máximo da medida: 3 anos;

Reavaliação a cada 6 meses (decisão fundamentada);

Liberação compulsória aos 21 anos;

Em qualquer hipótese, a desinternação será precedida de autorização judicial, ouvido

o MP.

Page 26: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

26

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

Conselho Tutelar

Art. 131 “O conselho tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional,

encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direito da criança e

adolescente, definidos nesta lei”.

Cada município terá, no mínimo, um conselho tutelar;

Deverá ter cinco membros (pessoa idônea, com mais de 21 anos e que resida no

município);

Tais membros deverão ser escolhidos pela comunidade local e deverão ter:

–Reconhecida idoneidade moral;

–Idade superior a 21 anos;

–Residir no município.

O mandato é de quatro anos (permitida uma recondução);

Convivência Familiar

Família substituta - é aquela formada por terceiros (qualquer pessoa que não seja o

pai ou a mãe) mediante determinação judicial:

Guarda: regulariza a posse;

Tutela: rege a pessoa do incapaz e administra os bens;

Adoção: cria vínculo de filiação.

Família extensa (ou ampliada) – se estende para além da unidade pais e filhos é

formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e

mantém vínculos de afinidade. (art. 25, § único).

FAMÍLIA EXTENSA = PARENTE + CONVIVE + AFINIDADE

Page 27: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

27

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

Ao colocar uma criança ou adolescente em família substituta, o juiz deve dar

preferência à família extensa.

Page 28: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

28

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

DIREITO EMPRESARIAL – PROFESSOR PAULO PEDRO

1) Para o exercício da atividade empresarial será necessário que o empresário

tenha capacidade civil e não esteja impedido por lei;

2) O legalmente impedido de exercer atividade de empresário caso venha a

exercê-la responderá pelas obrigações que contrair;

3) O EIRELI possui personalidade jurídica, sua responsabilidade é limitada ao

valor do seu capital que não poderá ser inferior a 100 (cem) vezes o maior salário

mínimo vigente no país e ao EIRELI no que couber aplicam-se as regras da sociedade

limitada;

4) Na sociedade em comum (“de fato”/”irregular”) os sócios possuem

responsabilidade ilimitada e solidária, excluídos do benefício de ordem aqueles que

contrataram pela sociedade (administradores);

5) Na sociedade em conta de participação a atividade será exercida pelo sócio

ostensivo em seu próprio nome e sob sua única responsabilidade, cabendo ao

participante (oculto) direitos e obrigações nos termos de contrato existente entre as

partes;

6) Na sociedade limitada a responsabilidade dos sócios fica restrita ao valor de

suas cotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social;

7) A sociedade limitada deverá realizar nos quatro meses posteriores ao final

do exercício social assembleia de sócios, este conclave poderá ser substituído por uma

reunião de sócios quando a sociedade tiver até 10 (dez) sócios e houver previsão de

substituição no contrato social;

8) A sociedade por ações de capital aberto poderá em virtude de autorização da

CVM (Comissão de Valores Mobiliários) negociar os seus títulos no Mercado de

Capitais, este por sua vez estará dividido em Mercado de Balcão Organizado e Bolsa de

Valores;

Page 29: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

29

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

9) As ações de uma companhia estarão divididas quanto a sua espécie em

ações ordinárias e preferenciais, as primeiras atribuem ao acionista direitos comuns

como a participação nos resultados e o direito de voto, já as preferenciais poderão

atribuir vantagens como o recebimento prioritário de lucros e restrições como o não

direito a voto;

10) Debêntures representam direito de crédito contra a companhia, já as partes

beneficiárias representam direito de crédito eventual, enquanto o commercial paper

(notas comerciais) atribuem ao portador direito de crédito com estrutura de nota

promissória;

11) O Conselho de Administração compreende órgão de existência facultativa,

porém será obrigatório nas Companhias de Capital Aberto, de Economia Mista e de

Capital Autorizado;

12) O endosso compreende conduta onde endossante transfere ao

endossatário titulo nominativo a ordem vinculando-se ao pagamento da obrigação na

qualidade de coobrigado;

13) No ato cambiário do aval, o avalista garante a obrigação assumida pelo

avalizado;

14) No ato cambiário do aceite (cabível em letra de câmbio e duplicata) o

sacado lança no título a sua assinatura sob a expressão aceite, vinculando-se ao

pagamento do título na qualidade de devedor principal;

15) Na recuperação judicial o devedor terá 60 (sessenta) dias para apresentar o

seu plano de recuperação judicial, contados a partir do deferimento da recuperação

judicial;

16) O fornecedor que após a sentença de quebra continuar a fornecer bens ao

falido terá seu crédito considerado como extraconcursal;

17) Contra a decisão que decretar a falência caberá o recurso de agravo, já

contra a decisão de improcedência caberá o recurso de apelação;

Page 30: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

30

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

18) A ação revocatória, deverá ser proposta pelo administrador judicial, por

qualquer credor ou pelo Ministério Público no prazo de 3 (três) anos contados da

decretação da falência.

19) A carta patente de invenção terá vigência de 20 (vinte) anos contados a

partir do depósito, não podendo o prazo ser inferior a 10 (dez) anos contados da

concessão, já a carta patente de modelo de utilidade terá vigência de 15 (quinze) anos

contados a partir do depósito, não podendo o prazo ser inferior a 7 (sete) anos

contados da concessão;

20) O certificado de registro de um desenho industrial terá vigência de 10 (dez)

anos, podendo o prazo ser prorrogado por 3 (três) períodos iguais de 5 (cinco) anos, já

o certificado de registro de marca terá duração de 10 (dez) anos prorrogáveis por

períodos de 10 (dez) anos quantas vezes forem necessários.

Page 31: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

31

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

ÉTICA – PROFESSOR ÁLVARO GONZAGA

Dos 11 Capítulos da OAB selecionamos uma ou duas dicas de cada um para seus

estudos.

Capitulo I – Da advocacia

1 - Atos não privativos de advogado. Dispensam advogado:

a) impetração de habeas corpus

b) a postulação ao Juizado Especial Cível, até 20 salários 9.099/95) e no Juizado

Especial Federal, até 60 salários

c) a postulação à Justiça de Paz

d) a postulação à Justiça do Trabalho

e) a proposição de ações revisionais penais

f) a defesa em processo administrativo disciplinar

2 - Estagiário. É o aluno matriculado em um dos dois últimos anos do Curso de

Ciências Jurídicas/Direito de instituição de ensino superior autorizada e credenciada,

regularmente inscrito nos quadros da OAB como estagiário.

O estagiário pratica os atos profissionais sempre sob supervisão de um

advogado orientador, que é responsável pelo estagiário, respondendo

disciplinarmente pelos atos que este praticar. Além disso, o estagiário responde por

infração disciplinar apenada sempre com censura.

Capitulo II – Direitos do Advogado

3 - Inviolabilidade do escritório (art. 7.º, II, do EOAB). O escritório de

Advocacia só pode ser violado se houver: a) ordem judicial; b) expedida por juiz

competente; c) objeto delimitado; d) decisão fundamentada e e) com a presença de

um representante da OAB

Page 32: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

32

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

4 - Aguardar o juiz (art. 7.º, XX, do EOAB). O advogado pode retirar-se do

recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do

horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva

presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.

Capitulo III – Inscrição na OAB

5 – Requisitos para inscrição na OAB:

a) Capacidade civil;

b) diploma ou certidão de graduação em direito, ou ciências jurídicas e sociais, obtido

em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada;

c) título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;

d) aprovação em Exame de Ordem;

e) não exercer atividade incompatível com a advocacia;

f) idoneidade moral;

g) prestar compromisso perante o Conselho.

6 - Advogado público. Defensor público, procurador do Estado, procurador do

município, procurador autárquico e procurador federal devem se inscrever na OAB,

uma vez que exercem a advocacia. São elegíveis e podem integrar qualquer órgão da

OAB.

Capitulo IV – Sociedade de Advogados

7 - Personalidade Jurídica (art. 15, § 1.º, do EOAB). O registro dos atos

constitutivos da sociedade de advogados deve ser no Conselho Seccional da OAB onde

será fixada a sociedade. Somente podem integrar a sociedade advogados

regularmente inscritos nos quadros da OAB.

Page 33: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

33

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

8 - Denominação. O nome de pelo menos um dos sócios deve compor a

denominação da sociedade seguido da expressão indicativa de sociedade de

advogados (“advogados associados” ou “advocacia”).

Não é permitido nome fantasia que leve à mercantilização da profissão (art. 16 do

EOAB). Entretanto, o Provimento 112/2006 do Conselho Federal da OAB permite a

utilização do símbolo “&” para nomenclatura de sociedade de advogados.

Capitulo V –Advogado Empregado

9 - Jornada de trabalho. A jornada de trabalho do advogado é especial, sendo

de quatro horas diárias, o que significará vinte horas semanais. A expansão ou

redução da jornada somente é possível por convenção coletiva ou em caso de

dedicação exclusiva.

Capitulo VI – Honorários Advocatícios

10 - Espécies de honorários. Existem três tipos de honorários advocatícios. São

eles:

a) pactuados;

b) arbitrados judicialmente;

c) sucumbência.

11. Contrato com cláusula quota litis. Consiste em um contrato de risco no

qual o advogado admite receber os honorários caso obtenha êxito na demanda que

patrocina. Os honorários recebidos pelo advogado são o convencionado e o de

sucumbência. São requisitos para sua validade – ler art. 38 CED

Capitulo VII – Incompatibilidade e impedimento

12 - Incompatibilidade. É a proibição total para o exercício da advocacia, até

mesmo em causa própria. Lembre-se quem tem o maior nome tem a maior restrição.

Page 34: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

34

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

13 - Professores e administração acadêmica de cursos jurídicos (art. 28 e seu §

2.º e art. 30, parágrafo único, do EOAB). Excepcionalmente, não são nem impedidos,

nem incompatíveis, respectivamente, para o exercício da advocacia. Podem exercer a

advocacia em qualquer esfera.

Capitulo VIII – Ética do Advogado

14 – Mala Direta: O advogado pode mandar mala direta (e-mail ou carta)

apenas para seus clientes, ou para quem tenha solicitado o recebimento dessas

comunicações. Desse modo, não pode o advogado enviar e-mails para não clientes.

Capítulo IX – Infrações disciplinares

15 - Tipos de pena (art. 35 do EOAB). Quatro penas podem ser aplicadas a

quem pratica infração disciplinar:

a) censura; (Ato)

b) suspensão; ($ ou inépcia)

c) exclusão; (crime)

d) multa (pena acessória – 1 a 10 anuidades)

16. Reabilitação. Após um ano do efetivo cumprimento da sanção imposta,

pode o advogado requerer ao TED a reabilitação disciplinar.

Quando a infração for resultante de infração penal, é indispensável que o pedido seja

acompanhado da reabilitação criminal.

Capitulo X – Organização da OAB

17 - Órgãos da OAB (art. 45 do EOAB).

a) Conselho Federal; Competência Geral

b) Conselho Seccional; Competência especial

c) Caixa de Assistência ao Advogado; + de 1500 advogados

Page 35: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

35

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

d) Subseções - + de 15 advogados

18. Eleições e mandatos (art. 63 do EOAB). Todos os mandatos são de 3 anos,

iniciando-se em 1.º de janeiro do ano seguinte às eleições e em 1.º de fevereiro para o

Conselho Federal. A eleição é realizada na segunda quinzena de novembro do ultimo

ano de mandato.

Capitulo XI – Processo Disciplinar administrativo

19. Sigilo do processo. O processo disciplinar é absolutamente sigiloso, só

tendo acesso aos autos as partes, os advogados constituídos, ou o defensor dativo

nomeado e a autoridade judiciária. As sentenças condenatórias transitadas em

julgado, que apliquem penas de suspensão ou de exclusão serão publicadas.

20. Prazos. Todos os prazos necessários à manifestação de advogados,

estagiários e terceiros nos processos disciplinares da OAB são de 15 dias, exceto:

a) a sustentação oral no TED, que será de quinze minutos;

b) o prazo para juntada do original de recurso interposto via fax, que será de 10 dias;

c) inserir o processo automaticamente na pauta da primeira sessão de julgamento,

após o prazo de 20 (vinte) dias de seu recebimento pelo Tribunal, salvo se o relator

determinar diligências.

Page 36: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

36

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

FILOSOFIA DO DIREITO – PROFESSOR ÁLVARO GONZAGA

10 Dicas de Filosofia do Direito:

1 - O termo FILOSOFIA DO DIREITO surge com Hegel, em sua obra Princípios da

Filosofia do Direito (1820). Aqui podemos dizer que há uma certa autonomia para

investigação dos problemas de ordem exclusivamente jurídica, sem, no entanto,

desvincular-se da FILOSOFIA.

2 - O QUE É JUSTIÇA? (conceito de justiça)

a) Justiça como retribuição.

b) Justiça como igualdade.

c) Justiça como liberdade.

d) A regra de ouro: faça o com os outros o que gostaria que fizessem com você.

3 – Definição de Direito Miguel Reale:

Direito é a realização ordenada e garantida do bem comum, numa estrutura

tridimensional bilateral atributiva e coercitiva

4 – Equidade (Base em Aristóteles) – Igualdade Material – Tratar igualmente os

iguais, desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades

5 – Interpretação: fixar o sentido (finalidade) e alcance da norma jurídica

1.ESPÉCIES

INTERPRETAÇÃO

quanto à origem

• Judiciária - juiz

• legal – legislador (autêntica)

• Administrativa

• Doutrinária - estudiosos

quanto ao método

• Gramatical

• lógico-sistemática

• histórica

• sociológica

quanto aos resultdos

• Declarativa

• extensiva

• restritiva

Page 37: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

37

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

6 - Lógica do Razoável: Exemplo do cão guia e do Urso

Relações de congruência:

1. quais são os valores apropriados para determinada realidade?

2. quais são os valores prestigiados?

3. quais são os propósitos concretamente factíveis?

4. quais são os meios convenientes, eticamente admissíveis e eficazes?

7 – Fontes do Direito

8 – Moral e Direito:

Direito é Coercitivo (Obriga) bilateral (envolve mais de duas pessoas) atributivo

(atribui-se valor a ele) e Heteronomo (depende de outro para produção de sua

norma)

Moral é não coercitiva, bilateral, não atributiva e autônoma (o individuo produz sua

norma moral)

9 – Ética e moral:

Moral: Conjunto de valores de cada sujeito

Ética: Conjunto de valores morais de determinado grupo social

10 – Jusnaturalismo e Positivismo Jurídico

Jusnaturalismo:

Page 38: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

38

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

Jusnaturalismo: estuda o direito natural, cuja disposição é inerente ao ser

humano.

busca a aplicação da JUSTIÇA.

é anterior e superior ao direito positivo.

deve haver harmonia entre o direito natural e o direito positivo, mas se não

houver o DIREITO NATURAL deve se sobrepor

Positivismo Jurídico:

estuda o direito posto pelo Estado.

não importa a consideração sobre JUSTIÇA, pois esta é valor e não pode ser

conhecida cientificamente.

o direito natural serve no máximo na orientação do legislador, mas não para o

aplicador.

o direito é todo aquele que é positivado, sem possibilidade de aplicação de

outra norma que não seja a jurídica.

Page 39: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

39

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

DIREITOS HUMANOS – PROFESSOR NAPOLEÃO CASADO

Estudar as Dimensões dos Direitos Humanos

Dignidade da Pessoa Humana como fundamento da República

Ler o art. 5º inteiro para ficar afiado nos Direitos de 1ª. Dimensão

Lembrar que Racismo e Formação de Grupo Armado contra o Estado Democrático de

Direito são imprescritíveis;

Ler os artigos 6 e 7º para ficar afiado com os direitos sociais e econômicos.

Lembrar do Sistemas Internacionais de Direitos Humanos: Sistema Global, da ONU e

Sistema Interamericano, da ONU;

Lembrar que o STF entendeu que os tratados de Direitos Humanos são supralegais;

Nossa Constituição só traz dois crimes imprescritíveis: Racismo e Formação de grupo

armado contra o Estado Democrático. Contudo, os Direitos Humanos são

imprescritíveis porque a possibilidade do indivíduo exigir seu cumprimento pelo Estado

não prescreve.

O Art. 109 da Constituição prevê a possibilidade de federalizar os crimes graves contra

Direitos Humanos. Até agora, o STJ só deferiu uma vez tal deslocamento de

competência, no Caso Manoel Matos (IDC 002/PB)

Estudar a lei Maria da Penha e as mudanças nas penas e na Ação Penal em violência

contra a mulher (lembrar que a jurisprudência atual vai no sentido de a Lei ser

aplicável a qualquer violência doméstica, mesmo contra homens);

Importante saber que a Plataforma Legal do Sistema Interamericano possui, além do

Pacto de San José, a Declaração Interamericana de Direitos Humanos que, além de

Direitos, estabelece Deveres Humanos;

Lembrar que nenhum direito fundamental tem natureza absoluta. Até mesmo a vida

conhece limitações e relativizações.

Page 40: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

40

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

Saber que os conflitos de Direitos Fundamentais se resolvem pela Técnica da

Ponderação;

Lembrar que os Direitos Humanos são aplicáveis a todos os indivíduos e exigíveis não

apenas do Estados, mas dos cidadãos e empresas igualmente (Eficácia Horizontal dos

Direitos Humanos;

Com relação à Liberdade de Expressão, lembrar da jurisprudência do STF, no sentido

de que não há um direito à incitação ao racismo, por exemplo (HC 82.424 - STF)

Interrupção da gravidez em caso de anencefalia não é crime. (STF ADPF 54/DF)

STF também decidiu que a pesquisa em células-tronco, sem ofensa ao direito à

proteção da vida do nascituro (ADIN 3.510)

Lembrar que o Tribunal Penal Internacional foi reconhecido pelo Brasil e tem

competência para julgar Genocídio, Crimes de Guerra, Crimes de Agressão e Crimes

contra a Humanidade;

Dica atual: o TPI julgou em 2012 o seu primeiro caso: o Caso Lubanga. Condenou o

chefe de uma milícia do Congo.

Lembrar-se do, importante e recente, precedente do STF sobre a lei de quotas (ADPF

186). Para o STF, a lei está de acordo com a Constituição e não afronta a isonomia.

Page 41: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

41

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

DIREITO INTERNACIONAL – PROFESSOR ROBERTO CAPARROZ

1. Soberania: No Direito Internacional, a regra mais importante é a soberania. Os

países são soberanos, se encontram no mesmo nível hierárquico e só farão aquilo que

concordarem (princípio do consentimento).

2. Inexistência de poderes centrais: Não existe uma norma superior capaz de

determinar condutas e nem um poder de polícia ou um Judiciário compulsório a todos

os Estados.

3. Princípio da força obrigatória: As obrigações no Direito Internacional são

respeitadas e cumpridas com base no famoso princípio Pacta sunt servanda, que

significa “O que foi combinado, deverá ser cumprido”. A ideia que está por trás deste

princípio é a boa-fé que deve nortear as relações entre os Estados.

4. Palavras mágicas do Direito Internacional, para não esquecer: boa-fé,

reciprocidade, igualdade, soberania, Pacta sunt servanda, consentimento,

coordenação.

5. Fontes do Direito Internacional: convenções internacionais, costume internacional,

princípios gerais do direito (primárias), doutrina internacional e jurisprudência

internacional (secundárias ou interpretativas).

6. Corte Internacional de Justiça: é o principal órgão judiciário da ONU e tem

competência para julgar litígios entre Estados soberanos. Também pode emitir

opiniões consultivas, que possuem caráter interpretativo. Não defende os interesses

de um país. Está localizada na cidade de Haia, na Holanda, é composta de 15 juízes,

eleitos para mandato de 9 anos, e não poderá ter mais de um juiz do mesmo país

simultaneamente.

7. Tribunal Penal Internacional: é também conhecido como Corte Penal Internacional.

Foi criado a partir do Estatuto de Roma e é dotado de personalidade jurídica própria.

Não pertence à ONU. Está localizado na cidade de Haia, na Holanda. Tem competência

para julgar os crimes previstos no Estatuto de Roma, que são: Crimes de Guerra,

Crimes de Genocídio, Crimes contra a Humanidade e Crimes de Agressão. O TPI possui

Page 42: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

42

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

uma jurisdição complementar, mediante aceitação do país do indivíduo. O Brasil aceita

(CF, art. 5o, § 4º). O TPI substitui os tribunais ad hoc, considerados de exceção e

contrários à CF (art. 5o, XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção).

8. ONU: foi criada logo após o término da Segunda Guerra Mundial, a partir de uma

conferência internacional realizada na cidade de São Francisco em 1945. Principais

objetivos: manutenção da paz e segurança internacionais, por meio de relações

amistosas e cooperação entre as nações, lastreadas nos princípios da justiça, igualdade

e da autodeterminação dos povos. Possui seis órgãos principais: Assembleia Geral,

Conselho de Segurança, Conselho Econômico e Social, Conselho de Tutela, Corte

Internacional de Justiça e Secretariado. A adesão de novos membros exige aprovação

da Assembleia Geral, após recomendação do Conselho de Segurança.

9. Tratados Internacionais: são acordos internacionais escritos e concluídos, firmados

por pessoas dotadas de personalidade jurídica internacional e compostos por um ou

mais instrumentos. Deverão ter publicidade para produzir efeitos (depósito na ONU).

Possuem três partes: Preâmbulo, Dispositivo e Anexos. A assinatura dos tratados

decorre da competência constitucional e pode ser feita por plenipotenciários.

10. Personalidade jurídica: somente Estados soberanos e organizações internacionais

possuem competência para a celebração de tratados. Organizações não

governamentais (ONGs), empresas e indivíduos não possuem, em regra, personalidade

jurídica internacional (atualmente se discute a questão dos direitos humanos), e, por

isso, não podem assinar tratados. Excepcionalmente, reconhece-se a possibilidade de a

Santa Sé firmar concordatas com os demais sujeitos de direito internacional público.

11. Ingresso dos tratados no Brasil: Presidente da República assina o tratado e

encaminha o texto ao Congresso Nacional. O texto aprovado dá origem ao Decreto

Legislativo, que deverá ser depositado na ONU. É neste momento que ocorre a

ratificação, pois revela o comprometimento do Brasil no plano internacional, ou seja, a

partir deste momento o Brasil responde perante os demais Estados. Após essa etapa, o

Presidente da República promulga o tratado por meio do decreto executivo e, a partir

de então, o tratado valerá no território brasileiro.

Page 43: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

43

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

12. Tratados em matéria tributária: Para o STF, os tratados, em regra, possuem força

de lei ordinária. Os tratados em matéria tributária prevalecem sobre as normas

brasileiras (artigo 98 do CTN). Assim, na hipótese de conflito, a lei nacional estará

prejudicada.

13. Tratados sobre Direitos Humanos: tratados firmados pelo Brasil em matéria de

direitos humanos, desde que aprovados mediante o rito de emendas constitucionais,

isto é, votação em cada casa do Congresso, em dois turnos, por três quintos, terão

status de emenda constitucional (Art. 5º § 3º, CF/88). Tratados sobre direitos humanos

aprovados pelo rito de lei ordinária, maioria simples, são para o STF normas

supralegais, abaixo da CF, mas acima das leis.

14. Requisitos da soberania: território livre, comunidade humana neste território e

governo independente não subordinado a terceiros. O território define a jurisdição e é

composto da porção terrestre, mar territorial e espaço aéreo, nos quais o Estado

exerce soberania.

15. Zona Econômica Exclusiva e Pré-sal: a camada do pré-sal está localizada na zona

econômica exclusiva, que se estende até 200 milhas, e pode ser explorado pelo Brasil,

mediante concessão.

16. Naturalização: decorre da conjugação de dois fatores: a manifestação da vontade

do estrangeiro e o preenchimento de requisitos previstos em lei. Para pessoas

originárias de países de língua portuguesa basta residência por 1 ano ininterrupto e

idoneidade moral. A naturalização comum é possível em 4 anos e a extraordinária em

15 anos de residência, ininterrupta e sem condenação penal.

17. Perda da nacionalidade: ocorre de duas formas: a) pelo cancelamento da

naturalização do estrangeiro, mediante sentença judicial; b) quando o indivíduo

adquirir, de modo voluntário, outra nacionalidade, salvo nas hipóteses previstas no art.

12, §4º, II, a e b, CF/88.

18. Retirada compulsória do estrangeiro do território nacional: a) deportação: ato de

retirada compulsória do estrangeiro do Brasil após ingresso irregular ou quando

vencido o quadro de permanência previsto pela legislação; b) expulsão: forma de

punição do estrangeiro que, no território nacional, atentar contra os interesses ou as

instituições do Brasil; c) extradição: medida de retirada compulsória do estrangeiro a

Page 44: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

44

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

partir da requisição do governo de outro país, fundamentada em tratado firmado com

o Brasil ou no princípio da reciprocidade.

19. Direito Internacional Privado: a principal missão do Direito Internacional Privado é

identificar qual sistema jurídico é aplicável aos casos em que as partes possuem

nacionalidades diferentes ou, ainda, quando os atos e negócios jurídicos ocorrem no

exterior. Para definir qual direito será aplicável, é necessário identificar o elemento de

conexão. Os principais elementos de conexão são: domicílio das partes, local do

contrato, local da constituição da empresa e local da produção dos efeitos.

20. Direito aplicável: a) à personalidade: regra geral é o local do domicílio do

indivíduo; b) aos bens: regra geral é o local da sua situação; c) às obrigações: regra

geral é o local da constituição das obrigações; d) à sucessão: será aplicada a lei do

domicílio do falecido.

Page 45: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

45

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

DIREITO PENAL – PROFESSOR EDSON KNIPPEL

1 - TEMPO E LUGAR DO CRIME

Em relação ao TEMPO DO CRIME, o artigo 4º, CP adota a teoria da ATIVIDADE:

considera-se praticado o crime no momento da realização da conduta (ação ou

omissão).

Já em relação ao LUGAR DO CRIME (artigo 6º, CP), é acolhida a teoria da

UBIQUIDADE: considera-se praticado o crime tanto no lugar da realização da conduta

criminosa, no todo ou em parte, como no lugar da produção do resultado (ou onde

deveria ser produzido).

Para lembrar-se desta DICA, memorize a palavra LUTA. Veja abaixo:

Lugar

Ubiquidade

Tempo

Atividade

2 - EXTRATERRITORIALIDADE (Conceito e espécies)

EXTRATERRITORIALIDADE é a aplicação EXCEPCIONAL da lei penal brasileira aos

fatos praticados no estrangeiro.

Pode ser INCONDICIONADA ou CONDICIONADA.

Será INCONDICIONADA quando ocorrer uma das hipóteses previstas no artigo

7º, I, CP, não se exigindo o preenchimento de qualquer outro requisito ou condição.

Por outro lado, será CONDICIONADA quando ocorrer uma das hipóteses

previstas no artigo 7º, II ou § 3º, CP. Porém, aqui, não é suficiente a ocorrência de uma

das hipóteses. É imprescindível que todas as condições de perseguibilidade, previstas

no artigo 7º, II, CP estejam devidamente preenchidas.

Page 46: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

46

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

RESUMINDO

INCONDICIONADA = ocorrência de uma das hipóteses do artigo 7º, I, CP;

CONDICIONADA = ocorrência de uma das hipóteses do artigo 7º, II ou § 3º, CP +

preenchimento de todas as condições de perseguibilidade previstas no artigo 7º, § 2º,

CP.

3 - CLASSIFICAÇÃO DE CRIME QUANTO AO SUJEITO ATIVO

CRIME COMUM - pode ser praticado por QUALQUER PESSOA. A lei não exige

nenhuma qualidade especial do agente. Exemplo: homicídio.

CRIME PRÓPRIO - a lei EXIGE uma QUALIDADE especial do sujeito ativo. Não

pode ser praticado por qualquer pessoa. Admite coautoria e participação. Exemplo:

peculato.

CRIME DE MÃO PRÓPRIA - a lei também EXIGE uma QUALIDADE especial do

agente, razão pela qual não pode ser praticado por qualquer pessoa. Porém SOMENTE

ADMITE PARTICIPAÇÃO. Não admite coautoria. Exemplo: falso testemunho.

4 - PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA

É aplicado nas situações nas quais a lesão ao bem jurídico é ínfima, desprezível.

Nestes casos, o ataque ao bem ou interesse protegido é irrelevante, de somenos

importância, que revela a desnecessidade da coerção penal.

Constituem requisitos:

a) mínima ofensividade da conduta;

b) nenhuma periculosidade social da conduta;

c) reduzido grau de reprovabilidade;

d) inexpressividade da lesão jurídica provocada

(Vade Mecum Jurídico, Capítulo de Direito Penal, Affonso Celso Favoretto e Edson

Knippel, RT, 2012).

Page 47: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

47

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

A consequência é a atipicidade material da conduta.

Pode ser aplicado, por exemplo, nos crimes de furto, lesão corporal,

descaminho, porte de droga para consumo pessoal, dentre outros.

5 - ERRO DE TIPO

É a falsa percepção da realidade que recai sobre elementos constitutivos do

tipo penal. Difere-se do ERRO DE PROIBIÇÃO.

No ERRO DE TIPO, o agente sabe que a conduta é proibida, mas não sabe que a

pratica. Já no ERRO DE PROIBIÇÃO, o agente sabe o que está fazendo, mas não sabe

que é proibido.

O ERRO DE TIPO pode ser ESSENCIAL ou ACIDENTAL.

O ESSENCIAL recai sobre elementares ou circunstâncias previstas no tipo penal

(qualificadoras, causas de aumento de pena, agravantes). EXEMPLO: pessoa que leva

consigo livro alheio, imaginando que fosse seu.

O ACIDENTAL, por sua vez, incide sobre circunstâncias secundárias do crime.

EXEMPLO: matar uma pessoa, imaginando ser outra (erro sobre a pessoa).

Se o erro ESSENCIAL for INVENCÍVEL (inevitável ou escusável), afasta o dolo e a

culpa. Se for VENCÍVEL (evitável ou inescusável), exclui somente o dolo, permanecendo

a culpa, desde que exista previsão expressa.

O ERRO DE TIPO ACIDENTAL não afasta e nem diminui a responsabilidade penal

do agente. E mais: responde como se tivesse efetivamente praticado o crime

pretendido. São exemplos: erro de execução, erro sobre a pessoa e erro sobre a coisa.

6 - PUNIÇÃO DA TENTATIVA

Em regra, pune-se o crime tentado aplicando-se a mesma pena do crime consumado,

diminuída de 1 a 2/3 (artigo 14, II e p. único CP), na 3a fase do cálculo dosimétrico.

Page 48: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

48

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

Exceção ocorre nos crimes de empreitada ou de empreendimento. Nestes casos, a

pena do crime tentado é igual a do consumado (ex.: artigo 352, CP).

Para realizar a diminuição, deve se levar em conta o que foi percorrido pelo

agente no "iter criminis". Quanto mais próximo chegar da consumação, menor será a

diminuição. Quanto mais distante ficar, maior será a diminuição. Exemplo: vítima

sobrevive após ficar em coma por vários dias = diminui-se o mínimo, 1/3; vítima sofre

tentativa branca de homicídio = diminui-se no máximo.

7 - DIFERENÇAS ENTRE DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ

(ARTIGO 15, CP)

Na DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA o agente, VOLUNTARIAMENTE, desiste de

prosseguir nos atos executórios. Aplica-se a fórmula POSSO PROSSEGUIR, MAS NÃO

QUERO. A interrupção se dá durante a prática dos atos de execução. EXEMPLO: agente

que dispara apenas uma vez contra a vítima, dispondo de outros projéteis, e decide

parar, por sua própria vontade, a execução do crime. CONSEQUÊNCIA: só responde

pelos atos já praticados.

Já no ARREPENDIMENTO EFICAZ o agente, VOLUNTARIAMENTE, após ter

praticado todos os atos executórios, decide evitar a produção do resultado. Para que

faça seja caracterizado, é necessário que o resultado não venha a ocorrer (sua

intervenção deve ser eficaz). EXEMPLO: agente que efetua disparos de arma de fogo,

se valendo de todos os projéteis de que dispunha e resolve, por sua própria vontade,

prestar socorro à vítima, que sobrevive. CONSEQUÊNCIA: só responde pelos atos já

praticados.

OBSERVAÇÃO: na TENTATIVA (artigo 14, II e p. único, CP), também ocorre a

interrupção dos atos executórios ou uma intervenção para que o resultado não ocorra.

Porém, isto não parte da voluntariedade do agente. O resultado não acontece por

CIRCUNSTÂNCIAS ALHEIAS À VONTADE DO AGENTE.

Page 49: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

49

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

8- INIMPUTABILIDADE E SEMI-IMPUTABILIDADE

Na INIMPUTABILIDADE, exceto no caso do menor, o agente possui um DÉFICIT

MENTAL (doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado) +

ausência TOTAL de discernimento. É adotado o CRITÉRIO BIOPSICOLÓGICO. A

CONSEQUÊNCIA é a imposição de MEDIDA DE SEGURANÇA.

Já na SEMI-IMPUTABILIDADE há um DÉFICIT MENTAL menor (perturbação

mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado) + ausência PARCIAL de

discernimento. Também é adotado o CRITÉRIO BIOPSICOLÓGICO. A CONSEQUÊNCIA é

a imposição de PENA, com redução de 1 a 2/3 OU de MEDIDA DE SEGURANÇA.

9- DOMÍNIO DO FATO

Para esta teoria, autor não é só aquele que realiza a conduta prevista no tipo

penal.

É também quem possui o "poder de decisão sobre a realização do fato" (Cezar

Roberto Bittencourt). É quem decide "o se, o como e o quando da infração penal"

(Rogério Greco e Nilo Batista).

Tal situação é verificada, por exemplo, no caso de autoria mediata (erro

determinado por terceiro, coação moral irresistível, obediência hierárquica e aquele

que instiga ou determina a cometer o crime alguém não-punível em virtude de

condição ou qualidade pessoal).

10- PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA (artigo 5º, XLVI, CF) - Momentos e

aplicação prática

"A individualização da pena acontece em três momentos diferentes:

- 1.º momento: quando o legislador decide que a conduta será criminosa e escolhe o

tipo e os limites de pena que serão aplicados;

Page 50: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

50

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

- 2.º momento: no instante em que o juiz aplica a pena ao caso concreto,

considerando, principalmente, o artigo 59, caput, do Código Penal, que contempla as

circunstâncias judiciais;

- 3.º momento: no decorrer da execução penal, no momento em que o magistrado

analisa o tempo de cumprimento de pena e o comportamento do sentenciado, com a

finalidade de conceder ou não um determinado direito público subjetivo previsto em

lei, tal como se dá na progressão de regime".

(Trecho extraído do VADE MECUM PRÁTICA OAB PENAL, Edson Knippel, RT, 2012)

APLICAÇÃO PRÁTICA

"O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o HC 97.256/SP, em 01/09/2010,

considerou inconstitucional o artigo 44, da Lei 11.343/06, na parte em que veda a

substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, por ofensa

ao princípio da individualização da pena. Os ministros entenderam que o legislador

não pode subtrair do magistrado a tarefa de analisar o cabimento da substituição, no

caso concreto". (Trecho extraído do VADE MECUM PRÁTICA OAB PENAL, Edson

Knippel, RT, 2012).

11- SÚMULA 444, DO STJ

"É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para

agravar a pena-base".

Em virtude do princípio da presunção do estado de inocência, previsto no artigo

5º, LVII, CF, não poderá ser considerada como geradora de maus antecedentes

qualquer situação que seja distinta da sentença condenatória transitada em julgado.

Inquéritos policiais em curso, ações penais em andamento, ainda que exista

sentença condenatória recorrível, não são suficientes para apontar maus

antecedentes.

Page 51: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

51

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

Também não geram maus antecedentes passagens registradas como atos

infracionais, quando menor de 18 anos.

12- PROGRESSÃO DE REGIME

Para que tenha direito a progressão de regime, o condenado deve preencher os

seguintes requisitos:

a) objetivo: diz respeito ao tempo de cumprimento de pena (crime comum, mais de

um sexto; crime hediondo ou equiparado, se primário, mais de dois quintos, e se

reincidente, mais de três quintos);

b) requisito subjetivo: diz respeito ao mérito, ao bom comportamento carcerário,

atestado pelo diretor do presídio. Não é exigido o exame criminológico. Mas pode ser

realizado, por ordem judicial fundamentada.

Se o crime for contra a administração pública, além destes dois, deve ser

devolvida a coisa ou reparado o dano.

13- DIFERENÇA ENTRE PENA DE MULTA E PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA

A PENA DE MULTA somente pode ser paga em dinheiro e é destinada ao Fundo

Penitenciário Nacional. É calculada de acordo com o critério do dia-multa. Não é

possível abater o valor pago em eventual indenização pleiteada pela vítima do crime.

Já a PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA, que possui natureza jurídica de pena restritiva de

direitos, pode ser paga em dinheiro ou em prestação de outra natureza e é destinada à

vítima, seus dependentes ou entidades públicas ou privadas com destinação social. É

calculada entre 1 a 360 salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de

eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários.

14- CONCURSO DE CRIMES: MATERIAL E FORMAL

No CONCURSO MATERIAL (artigo 69, CP), o agente pratica duas ou mais ações e

gera dois ou mais resultados. É adotado o sistema da acumulação material (calcula-se

Page 52: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

52

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

separadamente a pena de crime e ao final, se forem idênticas, são somadas. Se

diversas, é cumprida inicialmente a mais grave.

O CONCURSO FORMAL PRÓPRIO é caracterizado pela prática de uma única

ação, que gera dois ou mais resultados, não existindo desígnios autônomos (artigo 70,

caput, 1ª parte, CP). É adotado o sistema da exasperação (toma-se a pena do crime

mais grave ou uma delas, se idênticas, e calcula-se a pena deste. Na 3ª fase, é realizado

um aumento, que varia de um sexto a um terço). Já no CONCURSO FORMAL

IMPRÓPRIO existe uma única ação, que também gera dois ou mais resultados, só que

com desígnios autônomos (artigo 70, caput, 2ª parte, CP). Neste caso é adotada a

acumulação material.

Ainda no CONCURSO FORMAL PRÓPRIO, caso o resultado obtido na

exasperação seja mais gravoso do que aquele que seria alcançado na acumulação

material, aplica-se esta. É o chamado CONCURSO MATERIAL BENÉFICO (artigo 70,

parágrafo único, CP).

15- PRESCRIÇÃO: MARCO INICIAL DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA, NOS

CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL PRATICADOS CONTRA MENOR DE 18 ANOS

DE IDADE (LEI 12650/12)

A Lei 12650/12 introduziu um novo marco inicial da prescrição da pretensão

punitiva, no rol do artigo 111, CP. Segue o texto do novo inciso V:

“V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos

neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima completar 18

(dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal”.

Sendo assim, se a vítima possuir, por exemplo, 5 anos de idade na data do fato

(criança), a contagem da prescrição se inicia no dia em que ela completar 18 anos. A

própria lei faz a ressalva: exceto se antes disso já houver sido proposta a ação penal

por seu titular. Neste caso, o primeiro marco será o recebimento da denúncia (artigo

117, I, CP).

Page 53: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

53

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

Não se trata de imprescritibilidade. O legislador apenas tornou mais rígida a

disciplina jurídica da prescrição para as hipóteses mencionadas acima.

16- APLICAÇÃO DO ARTIGO 155, § 2º, CP

O artigo 155, § 2º, CP prescreve que se a coisa for de pequeno valor (inferior a

um salário mínimo, conforme entendimento doutrinário e jurisprudencial

predominante) e se o agente for primário (não ostentar contra si sentença

condenatória transitada em julgado), o juiz deverá diminuir a pena de 1 a 2/3, aplicar

somente multa ou substituir a pena de reclusão por detenção.

Ocorre que este dispositivo também se aplica a outros crimes, que fazem

remissão a ele. São exemplos: a) artigo 170, CP: determina a aplicação desta norma

aos crimes tipificados nos artigos 168, 168-A e 169, CP; b) artigo 171, § 1º, CP; c) artigo

175, § 2º, CP e d) artigo 180, § 5º, 2ª parte, CP.

17- DIFERENÇAS ENTRE ROUBO E EXTORSÃO

No crime de roubo, a coisa está ao alcance do agente. No crime de extorsão a

coisa não está disponível no momento da prática da conduta.

No roubo o agente toma para si a coisa. Na extorsão existe comportamento da

vítima, que entrega a coisa ao agente.

O crime de roubo é material e a extorsão é formal.

No delito de roubo a conduta é subtrair, enquanto na extorsão é constranger.

18- DIFERENÇAS ENTRE FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO, PARTICULAR E

FALSIDADE IDEOLÓGICA

A FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO recai sobre a forma do documento

público em sua essência (elaborado por funcionário público, no exercício de suas

funções e na forma legal) ou por equiparação (artigo 297, § 2º, CP). A falsificação

incide, portanto, sobre o espelho. Também pode recair sobre o conteúdo do

documento, mas é exigível que incida sobre a sua forma. Desta forma, sempre deixa

Page 54: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

54

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

vestígio (crime de fato permanente), razão pela qual é exigível a realização de exame

de corpo de delito (artigo 158, CPP).

A FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PARTICULAR é semelhante. Porém, o objeto

material consiste em documento particular, que pode ser definido de forma residual.

Todo documento que não é público (em sua essência ou por equiparação) é particular.

Sendo assim, por recair principalmente sobre a forma do documento, também é

exigível a realização de exame de corpo de delito (artigo 158, CPP).

Por fim, a FALSIDADE IDEOLÓGICA recai apenas sobre o conteúdo do

documento. Formalmente, é perfeito, sem qualquer vício ou defeito. Porém, o seu

conteúdo é falso. Desta forma, não deixa vestígio, razão pela qual é classificado como

crime de fato transeunte, não sendo necessária a realização de exame de corpo de

delito.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

a) Se a falsificação do livro mercantil é feita com a finalidade de sonegar tributo, ocorre

crime contra a ordem tributária (Lei Federal 8.137/90), que absorve o crime de falso

(crime meio).

b) Falsificação de cheque para cometer estelionato. Prevalece o entendimento de que

o falso é absorvido pelo estelionato (Súmula 17, STJ).

19- LEI MARIA DA PENHA - RECENTES E IMPORTANTES DECISÕES DOS TRIBUNAIS

SUPERIORES

Após o julgamento da ADI 4424 e da ADC 19, pelo STF, ficou pacificado que a

Lei Maria da Penha (Lei 11340/06) é constitucional. E que o crime de violência

doméstica leve (artigo 129, § 9º, CP) é de ação penal pública incondicionada.

Além disso, o STJ já decidiu que o juiz não pode designar de ofício audiência

com a finalidade de verificar se a mulher quer ou não se retratar da representação, nos

crimes de ação penal pública condicionada. Caso queira, esta deverá requerer a

Page 55: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

55

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

designação da audiência. Não é possível, portanto, que a audiência seja designada sem

provocação da parte interessada.

20- LAVAGEM DE CAPITAIS – LEI 12683/12

Leia aqui as principais modificações introduzidas pela Lei 12683/12:

a) a lavagem de capitais pressupõe a prática de uma infração anterior. Deixa de existir

rol taxativo de crimes antecedentes. A lavagem de capitais pode recair sobre qualquer

infração penal, abrangendo, portanto, crimes e contravenções penais, tal como o jogo

do bicho (3ª geração de legislações sobre o tema);

b) a reunião dos processos e o julgamento simultâneo dos processos que versam sobre

a infração penal antecedente e o crime de lavagem de capitais ficará a critério do juízo

competente para apreciar este último;

c) não se aplica a suspensão do processo prevista no artigo 366, CPP. Se o acusado não

comparecer e nem constituir advogado, deve ser citado por edital, sendo que o feito

prossegue, até o julgamento, com a nomeação de advogado dativo;

d) passa a ser admitida expressamente a fiança e a liberdade provisória, bem como o

apelo em liberdade. Tal previsão já se depreendia de interpretação da CF/88 e,

recentemente, da Lei 12403/11 (prisões e medidas cautelares);

e) permite-se a decretação de medidas assecuratórias de bens direitos e valores do

“laranja” (interposta pessoa, que seja instrumento, produto ou proveitos do crime de

lavagem de capitais ou antecedente). Estas medidas, por óbvio, também podem ser

decretadas sobre os bens do investigado ou acusado;

f) existe previsão de alienação antecipada de bens, desde que estejam sujeitos a

qualquer grau de deterioração, depreciação ou quando for difícil a sua manutenção.

Page 56: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

56

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

DIREITO PROCESSUAL CIVIL – PROFESSORES GUILHERME STRENGER E

LUIZ GUILHERME

1 - Caso uma das condições da ação não esteja presente o juiz extinguirá o processo

tendo em vista a ocorrência de carência de ação.

2 - A competência absoluta não preclui podendo ser alegada a qualquer tempo ou grau

de jurisdição, inclusive após o trânsito em julgado por meio da ação rescisória.

3 - Chamamento ao processo, denunciação a lide e nomeação a autoria são as únicas

modalidades de intervenção de terceiro em que a parte pretende trazer ao processo

terceiro.

4 - As ações cautelares são viabilizadas desde o início por meio da concessão de

liminares desde que esteja presente fumus boni iuris e periculum in mora. Elas não

fazem coisa julgada podendo ser repropostas quantas vezes se deseje desde que não

tenha ocorrido a prescrição ou decadência.

5 - As ações possessórias admitem a cumulação de demandas, a aplicação do principio

da fungibilidade, mas não admitem discussão acerca de domínio, em razão do que se

denomina exceção de domínio. Esta regra possui exceção quando se pretende alegar

usucapião constitucional.

6 - A reconvenção deverá ser apresentada simultaneamente à contestação, mas em

peças autônomas. Haverá uma única sentença que julgará o processo principal e a

reconvenção com autonomia de julgamentos.

7 - A sentença possui os seguintes requisitos: relatório, motivação e dispositivo. Fará

coisa julgada o que estiver contido no dispositivo, exceto quando houver reconvenção

ou ação declaratória incidental.

8 - A exceção de incompetência deve ser apresentada no prazo de resposta do réu

que, via de regra, será de 15 dias a contar da juntada do mandado de citação ou do

aviso de recebimento nos autos.

9 - Caso o juiz fundamente sua sentença em uma súmula do STJ ou STF não caberá

recurso.

10 - O Recurso extraordinário possui um novo requisito de admissibilidade. Trata-se da

repercussão geral. A necessidade do recorrente demonstrar que a decisão recorrida

Page 57: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

57

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

não repercute exclusivamente em sua esfera individual mas sim de maneira mais

ampla do ponto de vista político, econômico, social ou jurídico.

11 – Regra geral, interposta uma medida cautelar preparatória, tem a parte o

prazo de 30 dias para a interposição da ação principal sob pena de cessarem os

efeitos da cautelar (art. 808, I, do CPC). Exceção a esta regra existe quando

estivermos diante de medida cautelar preparatória não constritiva de direitos,

hipótese em que não se aplica o prazo de 30 dias previsto no artigo 806 do CPC.

Grande exemplo dessa hipótese é a cautelar de produção de prova antecipada.

12 – Regra geral, a incompetência relativa não pode ser alegada de ofício (Súmula

33 do STJ). A única exceção a esta regra reside no parágrafo único do art. 112 do

CPC, vez que “a nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato de adesão,

pode ser declarada de ofício pelo juiz, que declinará de competência para o juízo

de domicílio do réu”.

13 – Regra geral, indeferida uma medida cautelar, pode a parte no futuro intentar

a ação. Exceção a esta regra existe quando no a extinção do procedimento

cautelar tiver como fundamento a decadência ou a prescrição do direito do autor

(art. 810 do CPC).

14 – O Ministério Público tem legitimidade para recorrer em qualquer processo

que tenha atuado como parte e até mesmo quando tenha atuado apenas como

fiscal da lei (art. 499, parágrafo 2º. do CPC).

15 – Somente se admite recurso adesivo na apelação, nos embargos infringentes,

no recurso extraordinário e no recurso especial (art. 500, II, do CPC).

16 – Tanto a desistência como a renuncia a um recurso independem da aceitação

da parte contrária (arts. 501 e 502 do CPC). A diferença entre os institutos reside

no fato de que na desistência houve a interposição de um recurso e agora não

mais se tem interesse na sua apreciação, enquanto que na renuncia não houve a

interposição de um recurso, pois na verdade trata-se da renuncia ao direito de

recorrer.

Page 58: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

58

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

17 – Três são as hipóteses em que não ocorrerá a audiência preliminar em um

processo: “julgamento antecipado da lide” (art. 330 do CPC); “direito em litígio

não admitir transação” e “circunstâncias da causa evidenciam ser improvável a

obtenção de acordo” (art. 331, parágrafo 3º. do CPC).

18 - A assistência tem lugar a qualquer tempo e grau de jurisdição, sendo cabível

em todo e qualquer processo. Aceito o ingresso do assistente, receberá ele o

processo no estado em que se encontra (art. 50, parágrafo único do CPC). A

assistência poderá ser simples ou litisconsorcial (art. 54 do CPC).

19 – Regra geral no processo civil a citação será feito pelo correio para qualquer

comarca do País. Em grau de exceção, não se admitirá a citação pelo correio “nas

ações de estado”; “quando for ré pessoa incapaz”; “quando for ré pessoa de

direito público”; “nos processos de execução”; “quando o réu residir em local não

atendido pela entrega domiciliar de correspondência” e “quando o autor a

requerer de outra forma” (art. 222 do CPC).

20 – A nomeação a autoria é hipótese de intervenção de terceiro obrigatória, de

forma que responderá por perdas e danos aquele a quem incumbia a nomeação e

deixar de fazê-la, ou nomear pessoa diversa daquela em cujo nome detém a coisa

demandada” (art. 69 do CPC).

Page 59: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

59

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

DIREITO PROCESSUAL PENAL – PROFESSOR ROGÉRIO CURY

1. Inquérito Policial

- Prazo para término - CPP - Preso 10 dias / solto 30 dias. Lei 11.343/06 (Drogas) –

Preso 30 dias / solto 90 dias (esses prazos podem ser duplicados)

- Arquivamento - Competência apenas do Juiz, desde que haja requerimento do MP.

- Desarquivamento - Apenas com novas provas.

- Sigilo - Advogado do investigado tem direito acesso aos autos (aquilo que já foi

juntado aos autos)

- Reprodução simulada dos Fatos - É facultativa e deve observar a moralidade e ordem

pública.

2. Ação Penal

- Representação - Prazo - 6 meses, contados conhecimento da autoria delitiva.

- Retratação da Representação - OK, desde que antes do oferecimento da denúncia.

- Denúncia - Prazo - CPP - Preso 5 dias / Solto 15 dias. Lei 11.343/06 - Preso/Solto 10

dias

- Queixa-Crime - Prazo - Ação Penal Privada Exclusiva (6 meses, conhecimento autoria

delitiva).

3. Jurisdição e Competência

- Competência pelo lugar infração - Crime Consumado - Teoria do Resultado (local da

consumação), salvo no caso de crime doloso contra a vida onde conduta é praticada

em um local e a consumação em outro, pois será competente o local da conduta.

- Competência pela prevenção - Crime praticado na divisa entre comarcas / crime

continuado e permanente praticado no território de várias comarcas.

Page 60: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

60

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

- Competência por distribuição - Mais de um juiz competente para processar e julgar a

causa.

- Incompetência relativa - Não poderá ser reconhecida de ofício - Súm. 33 STJ

4. Júri

- Testemunhas - 1ª fase - 8 / 2ª fase - 5.

- Prazo término - 1ª fase - 90 dias / 2ª fase - 6 meses

- Recursos contra: Pronúncia e Desclassificação - Recurso em Sentido Estrito /

Impronúncia e Absolvição Sumária - Apelação

- Recusas Imotivadas de Jurados - 3 para acusação e 3 para a defesa.

- Conteúdo da decisão de pronúncia delimita tese da acusação em plenário.

5. Recursos

- Fungibilidade - aceitação do recurso incorreto, desde que não haja má-fé e erro

grosseiro.

- Vedação da reformatio in pejus - quando recurso admitido é da defesa.

- Prazo para interposição Apelação / RESE e Agravo em Execução - 5 dias. Contudo, a

apelação no Jecrim - 10 dias.

- Prazo para Embargos de Declaração - 1ª e 2ª instância - 2 dias, salvo JECRIM - 5 dias.

6. Teoria Geral da Prova

- ônus da prova cabe a quem alega

- são inadmissíveis no processo as provas ilícitas e as derivadas, respeitada a fonte

independente e a descoberta inevitável.

7. Interrogatório

- Preso - regra - estabelecimento prisional / Exceção - Fórum.

Page 61: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

61

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

- Silencio - não importara confissão, nem poderá ser interpretado contra o acusado.

- Duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos

8. Testemunhas

- Regra - depoimento oral, vedado que a testemunha traga escrito;

- Perguntas das partes - diretamente para as testemunhas;

- Não poderão manifestar impressões pessoais.

9. Rito Ordinário

- Crimes pena máxima igual ou superior 4 anos;

- 8 testemunhas;

- Art. 395 a 405, CPP.

10. Rito Sumário

- crimes pena máxima inferior 4 anos;

- 5 testemunhas;

- art. 531 a 538, CPP.

11. Restituição das Coisas Aprendidas

- Não serão devolvidas antes do transito em julgado, se interessarem ao processo;

- poderá ser ordenada pelo magistrado ou autoridade policial;

- em caso de duvida sobre o verdadeiro dono - juízo cível.

12. Ação Civil

- Sentença que reconhecer excludentes de ilicitude - coisa julgada no cível.

- Não reconhecida a inexistência material do fato, a ação civil poderá ser proposta.

Page 62: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

62

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

13. Prisão Preventiva

- Não poderá ser decretada, de oficio, durante investigação.

- Cabível para identificação civil.

- Em regra, cabível para crimes dolosos com pena superior 4 anos.

14. Medidas Cautelares pessoais diversas da prisão

- Cabível apenas em crimes apensados com pena privativa de liberdade.

- Aplicadas isolada ou cumulativamente.

- Poderá haver contraditório, antes de sua aplicação.

15. Fiança

- Crimes inafiançáveis - racismo, hediondos e equiparados.

- Autoridade policial - crimes pena até 4 anos.

- Juiz - crimes pena superior 4 anos.

16. Citação

- Preso – pessoalmente.

- Não encontrado - edital - 15 dias.

- Ocultação - hora certa.

17. Nulidades

- Necessário prejuízo para acusação ou defesa

- Parte não poderá alegar nulidade, caso tenha dado causa

Page 63: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

63

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

18. Habeas Corpus

- Sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação na

liberdade de locomoção;

- Poderá ser impetrado por qualquer pessoa, bem como MP;

- Se juiz ou tribunal verificar que já cessou a violência ou coação, julgará prejudicado o

pedido.

19. Interceptação Telefônica

- Prazo 15 dias, renovável por igual tempo;

- Incabível - pena de detenção;

- Cabível de oficio pelo juiz ou a requerimento autoridade policial ou representante do

MP.

20. Intimações

- Pessoal - MP e defensor nomeado;

- Publicação - defensor constituído;

- Admissível na petição em quefir requerida.

Page 64: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

64

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – PROFESSORES ANDRÉ

VENEZIANO E FABIANA CAMPOS

1. Súmula n. 440 do TST. Assegura‐se o direito à manutenção de plano de saúde,

ou de assistência médica, oferecido pela empresa ao empregado, não obstante

suspenso o contrato de trabalho em virtude de auxílio‐doença acidentário ou de

aposentadoria por invalidez.

2. Súmula n. 428 do TST. II – Considera‐se em sobreaviso o empregado que, à

distancia e submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou

informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a

qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso.

3. Súmula n. 444 do TST. É valida, em caráter excepcional, a jornada de 12 horas

de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada

exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de

trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O

empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor

prestado na décima primeira e décima segunda horas.

4. Súmula n. 437 do TST. II ‐ É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva

de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada

porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida

por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7o, XXII, da CF/1988), infenso à

negociação coletiva.

5. Súmula n. 438 do TST. O empregado submetido a trabalho contínuo em

ambiente artificialmente frio, nos termos do parágrafo único do art. 253 da CLT,

ainda que não labore em câmara frigorífica, tem direito ao intervalo intrajornada

previsto no caput do art. 253 da CLT.

6. Art. 71 - § 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser

reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o

Page 65: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

65

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento

atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e

quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho

prorrogado a horas suplementares.

7. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - O Supremo Tribunal Federal suspendeu a

aplicação da súmula 228 do TST, na parte em que permite a utilização do salário

básico para calcular a o adicional de insalubridade.

A Corte entendeu que o adicional de insalubridade deve continuar sendo calculado

com base no salário mínimo, enquanto não superada a inconstitucionalidade por

meio de lei ou convenção coletiva.

8. I – Ausente previsão legal, indevido o adicional de insalubridade ao trabalhador

em atividade a céu aberto por sujeição à radiação solar (art. 195 da CLT e Anexo 7

da NR 15 da Portaria No 3.214/78 do MTE).

9. Súmula nº 369 do TST. I – É assegurada a estabilidade provisória ao empregado

dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da

eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5o, da CLT,

desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do

contrato de trabalho.

10. Súmula nº 244 do TST. III – A empregada gestante tem direito à estabilidade

provisória prevista no art.10, inciso II, alínea b, do ADCT, mesmo na hipótese de

admissão mediante contrato por tempo determinado.

DEFESAS

11) Há 3 tipos de defesas no Processo do Trabalho: Contestação, Exceção e

Reconvenção. Matérias alegadas na Contestação:

a)Defesa Processual: Preliminar – (arts. 267, 269 e 301 do CPC) - acolhimento S/R/M

b)Defesa Indireta de Mérito: Prejudicial de Mérito – acolhimento C/R/M

c)Defesa Direta de Mérito: Mérito

Page 66: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

66

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

RECURSOS

12) Atente-se quanto aos prazos recursais:

Regra: 8 dias (Lei 5.584/7- art 6º) – RO / AI / RR / Emb TST / AP

Exceções: 5 dias – ED (art 897-A da CLT)

15 dias - Recurso Extraordinário (art 508 CPC)

48 horas - Pedido de Revisão ou Recurso de Revisão (Lei 5.584/70 art 2º, §§ 1º e 2º)

13) Ainda, falando dos prazos recursais:

Fazenda Pública – dobro p/ recorrer (Decreto-Lei 779/69, art 1º, III e art 188 CPC)

Ministério Público do Trabalho - dobro p/ recorrer (art 188 CPC)

Litisconsortes c/ procuradores distintos – dobro p/ recorrer (art 191 CPC) entretanto

vide OJ 310 da SDI-I do TST

14) Em regra o efeito do recurso é devolutivo (art 899 “caput” da CLT).

Excepcionalmente será suspensivo, mediante o ajuizamento de ação cautelar (Súmula

414, I do TST) e RO em face de sentença normativa proferida pelo TRT, em 120 dias

(Lei 7.701/88 art 9º).

Embargos Declaratórios

15) Embargos de declaração protelatórios, conforme art 538, PU do CPC, quando

opostos pela 1ª vez, será aplicada multa em até 1% sobre o valor da causa. Opostos

pela 2ª vez, a multa será de até 10% sobre o valor da causa.

RECURSO ORDINÁRIO

16) O efeito devolutivo em profundidade (Súmula 393 do TST) ocorre quando o

Tribunal no julgamento do RO tem a oportunidade de julgar uma matéria que não foi

apreciada na sentença pelo Juiz de 1º grau. Como regra não cabe o efeito devolutivo

em profundidade, entretanto há exceção, conforme art 515, §3º, do CPC.

RECURSO DE REVISTA

17) De acordo com a OJ 352 da SDI-I do TST, não é cabível RR se o acórdão do TRT

contrariar OJ no procedimento sumaríssimo. Contudo nos demais ritos essa OJ não é

aplicável, conforme OJ 219 da SDI-I do TST.

Page 67: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

67

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

AGRAVO DE INSTRUMENTO

18) Corresponde a 50% o valor do depósito recursal para a interposição de AI,

conforme Lei 12.275/2010, que modificou a redação do art 897, I, §5º da CLT,

incluindo o § 7º ao art 899 da CLT.

EXECUÇÃO

19) Quanto a aplicação da subsidiariedade ao Processo Trabalhista na fase executória é

importante se ater que a regra é que há a aplicação do Código de Processo Civil,

entretanto, como exceção à fase executória, primeiramente aplica-se a Lei de

Execução Fiscal, e posteriormente, o Código de Processo Civil.

20) As custas, no processo de execução, serão devidas ao final e sob responsabilidade

do executado.

Page 68: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

68

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

DIREITO DO TRABALHO - PROFESSOR VICTOR STUCHI

1. Princípio protetor. O Direto do Trabalho tem por finalidade proteger

juridicamente o trabalhador.

Esse princípio se subdivide em três regras:

a) “in dubio pro operario”: na dúvida, deve-se aplicar a norma favoravelmente ao

trabalhador;

b) norma mais favorável ao trabalhador: se houver duas ou mais normas

aplicáveis a um mesmo caso, deve-se utilizar a mais favorável ao trabalhador;

c) condição mais benéfica: um benefício concedido pelo empregador ao

empregado não pode mais ser por aquele suprimido unilateralmente.

2. Requisitos para a relação de emprego. Para que fique configurada a relação de

emprego é necessário o cumprimento de 5 (cinco) requisitos:

a) Trabalho realizado por pessoa física.

b) Desenvolvimento do trabalho com pessoalidade.

c) Não eventualidade na prestação de serviços.

d) Subordinação entre o empregado e o empregador.

e) Onerosidade, que se dá com o pagamento do salário.

3. Contrato individual de trabalho. É o acordo tácito (subentendido) ou expresso

(com manifestação da vontade), verbal ou por escrito, por prazo indeterminado ou,

excepcionalmente, determinado, correspondente à relação de emprego (art. 442 da

CLT).

a) Requisitos de validade. É o negócio jurídico que deve respeitar os requisitos de

validade estabelecidos pelo art. 104 do CC/2002, que são a capacidade do agente e a

licitude do objeto.

b) Prazo. Em regra o contrato de trabalho é celebrado por prazo indeterminado.

Em três exceções será por prazo determinado (CLT, art. 443, §2º): i) Serviço transitório.

Prazo máximo de 2 (dois) anos; ii) Atividade transitória da empresa. Prazo máximo de

2 (dois) anos; iii) Experiência. Prazo máximo de 90 (noventa) dias.

Page 69: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

69

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

4. Tipos especiais de empregado.

a) Doméstico. Previsto na CF, 7º, parágrafo único e na Lei nº 5.859/1972, é a

pessoa física que presta, pessoalmente, serviços de natureza contínua e de finalidade

não lucrativa a pessoa ou a família, no âmbito residencial destas, sob a sua

subordinação e mediante o pagamento de salário.

b) Rural. Previsto na CF, 7º, caput e incisos e na Lei nº 5.889/73, é a pessoa física

que, em propriedade rural (situado na zona rural do Município) ou prédio rústico

(propriedade urbana destinada a atividade agropecuária), presta serviços contínuos a

empregador rural, sob a subordinação dos mesmos e mediante o pagamento de

salário.

c) Aprendiz. Previsto na CF, art. 7º, XXXIII e na CLT, arts. 424 a 441. O aprendiz é o

trabalhador com idade entre 14 a 24 anos, obrigatoriamente matriculado em

instituição de ensino de formação técnica na qual obterá a formação profissional

metódica do ofício em que exerça seu trabalho. O contrato terá duração máxima de 2

(dois) anos. Com relação aos portadores de deficiência, não haverá limite máximo de

idade e de duração do contrato.

5. Jornada de trabalho. Tempo à disposição do empregador. Para essa regra,

Considera-se jornada de trabalho é o período em que o empregado está à disposição

do empregador, aguardando ou executando ordens. Essa é a regra adotada pelo

legislador brasileiro, de acordo como art. 4.º da CLT.

6. Jornada extraordinária. É a jornada que ultrapassa o limite máximo permitido

por lei, por negociação coletiva ou por acordo entre as partes.

O máximo que a lei permite para as horas extraordinárias, em regra, são 2 (duas)

horas diárias, realizadas mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou

mediante contrato coletivo de trabalho (art. 59 da CLT) e remuneradas com valor de,

no mínimo, 50% (cinquenta) por cento superior à da hora normal (art. 7.º, XVI, da

CF/1988).

7. Banco de horas. É o acordo por meio do qual as horas trabalhadas a mais em

um dia podem ser compensadas pela diminuição das horas de trabalho em outro dia,

de modo que não excedam, no período máximo de um ano, à soma das jornadas

Page 70: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

70

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

semanais de trabalho, nem seja ultrapassado o limite máximo de 10 (dez) horas

diárias, sem que isso afete o salário do trabalhador. Deve ser ajustado por acordo

coletivo ou convenção coletiva. O empregado deverá efetuar a compensação de sua

jornada em um ano. Caso não o faça e sobrem horas, ou seja, trabalhou mais do que

compensou, o empregador deverá pagar as horas não compensadas, calculadas sobre

o valor da remuneração da data da rescisão (art. 59, § 3.º, da CLT).

8. Intervalo intrajornada. A não-concessão ou a concessão parcial do intervalo

intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, implica o pagamento total do

período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no

mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da

CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de

remuneração.

É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a

supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de

higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71

da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva.

Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com re-dação

introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou

reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e

alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.

Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo

do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar

o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do

respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT.

9. Abono de férias. É o pagamento em dinheiro a ser realizado como troca de

parte do período das férias. A lei permite que o empregado converta até 1/3 de suas

férias em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias

correspondentes. Esta possibilidade não existe para os empregados em regime de

tempo parcial. Deve fazer o pedido até 15 dias antes do término do período aquisitivo.

10. Gorjetas. As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou

Page 71: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

71

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado,

não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno,

horas extras e repouso semanal remunerado.

11. Salário. A habitação, a energia elétrica e veículo fornecidos pelo empregador

ao empregado, quando indispensáveis para a realização do trabalho, não têm natureza

salarial, ainda que, no caso de veículo, seja ele utilizado pelo empregado também em

atividades particulares. O cigarro não se considera salário utilidade em face de sua

nocividade à saúde (Súmula 367 do TST).

12. Adicional de insalubridade. É devido ao empregado que presta serviços em

contato com agentes químicos, físicos ou biológicos, acima dos limites de tolerância

do corpo humano, caracterizados e classificados de acordo com as normas emitidas

pelo Ministério do Trabalho, sendo calculado sobre o salário mínimo à razão de 10%,

se de grau mínimo, 20%, de grau médio, e 40%, de grau máximo.

O pagamento do adicional não dispensa o empregador de garantir a melhora nas

condições de trabalho nem de fornecer os equipamentos de segurança. O simples

fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento

do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição

ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento

pelo empregado (Súmula 289 do TST).

Caso deixe de desempenhar a função insalubre, perde-se o direito ao adicional.

Além disso, a eliminação da insalubridade, pelo fornecimento de aparelhos protetores

aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo, exclui a percepção do adicional

respectivo (Súmula 80 do TST). A reclassificação ou a descaracterização da

insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do

respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da

irredutibilidade salarial (Súmula 248 do TST).

13. Equiparação salarial. A equiparação salarial será pretendida por um

empregado em relação a um paradigma, ou seja, um modelo, alguém que desenvolve

a mesma função, na mesma localidade, para o mesmo empregador, com a mesma

produtividade, mesma perfeição técnica e diferença não superior a dois anos na

Page 72: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

72

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

função, mas ganha um salário maior.

Impedem a equiparação salarial o quadro de carreia homologado pelo Ministério

do Trabalho e ser o trabalhador paradigma um readaptado.

14. Décimo terceiro salário. O décimo terceiro salário deve ser pago em duas

parcelas. A primeira entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano e a segunda

até o dia 20 de dezembro de cada ano. O empregador não está obrigado a pagar a

primeira parcela no mesmo mês a todos os seus empregados. E a primeira parcela será

paga na época das férias do empregado, sempre que ele requerer no mês de janeiro

do correspondente ano.

15. Transferência. Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua

anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando

transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio (ou

residência). Não estão compreendidos nessa proibição os empregados que exerçam

cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou

explícita, a transferência. Nos dois casos o empregador deverá demonstrar a real

necessidade de serviço.

16. Gestante. É estável desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o

parto. Tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do

ADCT, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.

17. Estabilidade no acidente do trabalho. São pressupostos para a concessão da

estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-

doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que

guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. O empregado

submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória

de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da Lei nº

8.213/91.

18. Aviso prévio proporcional. Ao prazo mínimo de trinta dias são acrescidos 3

(três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60

(sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.

19. Dispensa por justa causa. A justa causa é o procedimento incorreto do

Page 73: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

73

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

empregado, descrito na lei, que autoriza o empregador a demiti-lo. Para haver a justa

causa, deverão estar presentes os seguintes elementos: dolo do empregado (intenção

de agir incorretamente) ou falta grave; haver descrição da conduta incorreta em lei;

gravidade do ato praticado; nexo de causalidade entre o ato praticado e a dispensa;

proporcionalidade entre a punição e o ato faltoso; e atualidade ou imediação da

punição (ou seja, deve-se despedir pouco depois da prática do ato).

20. Liberdade e unicidade sindical. A liberdade significa o direito fundamental

(art. 8.º, da CF/1988) de criar um sindicato, se este não existir, ou filiar-se a um já

existente. O sistema adotado no Brasil é o da unicidade sindical, sendo vedada a

criação de mais de uma organização sindical na mesma base territorial, que não

poderá ser inferior à área de um Município.

Page 74: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

74

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

DIREITO TRIBUTÁRIO – PROFESSORA ANDRÉA DEPINTOR

1º) IMPOSTOS ESTADUAIS: ICMS

2º) IMPOSTOS MUNICIPAIS: IPTU e ISS

3º) IMPOSTOS FEDERAIS: IR

4º) TAXA : fato gerador e base de cálculo

5º) CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: fato gerador e limites para cobrança

6º) EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO

7º) PRINCÍPIO: irretroatividade

8º) PRINCÍPIO: anterioridade

9º) PRINCÍPIO: legalidade

10º) RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA: responsabilidade por sucessão - art. 130 ao art.

133 do CTN

11º) RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA: responsabilidade de terceiros - art. 134 e 135 do

CTN

12º) RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA: responsabilidade por infração - denuncia

espontânea - art. 138, CTN

13º) CRÉDITO TRIBUTÁRIO : hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito

tributário - art. 151, CTN

14º) CRÉDITO TRIBUTÁRIO: hipóteses de extinção do crédito tributário - art. 156, CTN

15º) CRÉDITO TRIBUTÁRIO : hipóteses de exclusão do crédito tributário - art. 175, CTN

16º) IMUNIDADES (imunidades genéricas - art. 150, VI, CF)

17º) GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ( art. 184, CTN / art. 185, CTN

/ art. 186, CTN)

Page 75: Apostila Top 20 Marcato e Praetorium

75

Curso Marcato|Praetorium – Contagem Regressiva X Exame de Ordem

18º) FUNÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR

19º) COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA X CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA

20º) OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA (principal e acessória).