Apostila Tratores Agricolas

Embed Size (px)

Citation preview

FACULDADE ASSIS GURGACZ CURSO DE AGRONOMIA

MQ U IN AS E MEC AN IZA O A GR C OLAS Trato re s Ag rc olasProf. Dr. Suedmio de Lima Silva

Cascavel PR 2005

NDICE1 TRATORES AGRCOLAS ...................................................................................................... 1 1.1 Definio.......................................................................................................................... 1 1.2 Evoluo dos tratores ..................................................................................................... 1 1.3 Importncia dos tratores na agricultura .......................................................................... 1 1.4 Funes do trator ............................................................................................................ 1 1.5 Constituio geral e funes de suas principais partes constituintes............................ 1 1.6 Classificao dos tratores............................................................................................... 3 1.6.1 Tratores de rodas .................................................................................................... 3 1.6.2 Tratores de semi-esteiras ....................................................................................... 4 1.6.3 De acordo com a conformao do chassi.............................................................. 5 1.6.3.1 Tratores semi-agrcolas ...................................................................................... 5 1.6.3.2 Tratores florestais................................................................................................ 5 1.6.3.3 Tratores com trao nas quatro rodas................................................................ 5 2 Manejo de tratores .................................................................................................................. 6 2.1 Preparo do trator para o trabalho ................................................................................... 6 2.2 Verificao de instrumentos e controle .......................................................................... 6 2.3 Riscos do trabalho rural .................................................................................................. 7 2.4 Acidente de trabalho ..................................................................................................... 10 2.4.1 Legislao ............................................................................................................. 10 2.4.2 prevencionista ....................................................................................................... 10 2.5 Precaues de segurana............................................................................................ 10 3 Operao com o trator e implemento ................................................................................... 12 3.1 Colocando o motor em funcionamento......................................................................... 12 3.1.1 Antes da partida .................................................................................................... 12 3.1.2 Partida ................................................................................................................... 12 3.1.3 Motor em funcionamento ...................................................................................... 13 3.2 Sada ............................................................................................................................. 13 3.3 Trator em movimento.................................................................................................... 13 3.4 Mudana de marchas.................................................................................................... 13 3.5 Parada do trator ............................................................................................................ 14 3.6 Manobras com uso do freio .......................................................................................... 14 3.7 Acoplamento de implementos montados ..................................................................... 15 3.8 Comando do sistema hidrulico ................................................................................... 15 3.9 Principais cuidados a serem observado na utilizao da TDP.................................... 16 4 Bibliografia consultada .......................................................................................................... 17

1

1 1.1

TRATORES AGRCOLAS Definio

uma mquina autopropelida que, alm de conferir apoio estvel sobre uma superfcie impenetrvel, tem a capacidade de tracionar, transportar e fornecer potncia mecnica aos implementos e mquinas agrcolas. 1.2 Evoluo dos tratores

1858 J. W. Fawkes puxou um arado de 8 discos utilizando um sistema com motor a vapor (41 toneladas); 1892 Jonh Froelich montou o primeiro trator com motor de combusto interna; 1913 Foi fundada a primeira indstria de tratores; 1920 Incio dos testes em tratores (Nebraska); 1924 Introduo do trator triciclo no mercado; 1927 Padronizao da TDP; 1928 Primeiro sistema de levante; 1932 Primeiro trator com pneus; 1933 Primeiro uso comercial de tratores com motores diesel; 1939 Introduo de levante hidrulico de trs pontos (Fergusson); 1952 Introduo do sistema de direo hidrulica; 1958 1959 No Brasil 50.000 tratores (143 marcas e modelos diferentes) 1959 Plano nacional da indstria de tratores agrcolas; 1962 Plano nacional da indstria de cultivadores; 1965 Plano nacional da indstria de tratores de esteiras; 1970 1978 Introduo de turbo-compressor e intercooler nos motores diesel; 1979 1985 tratores equipados com sensores e sistema de controle automticos. 1.3 Importncia dos tratores na agricultura

Substitui os animais domsticos como fonte de potncia; So mais adequados para fornecer potncia em movimento de rotao; So mais adequados para trabalhos estacionrios do que os animais; Aumenta a produtividade por rea trabalhada no campo; Modifica as caractersticas do trabalho no campo, tornando-o menos rduo e mais atrativo. Funes do trator

1.4

O trator foi sendo aperfeioado com o passar do tempo para atender a muitas tarefas desenvolvidas nas propriedades agrcolas, adaptando-se as modernas prticas agrcolas, se tornando um dos mais importantes insumos agrcolas modernos, que deve cumprir as seguintes funes bsicas: Tracionar mquinas e implementos de arrasto atravs de sua barra de trao; Acionar mquinas estacionrias atravs de tomada de potncia (TDP); Tracionar mquinas simultaneamente com acionamento de sues mecanismos atravs da barra de trao ou do engate de trs pontos e da tomada de potncia; Tracionar e carregar mquinas e implementos montados atravs do engate de trs pontos com levantamento hidrulico. 1.5 Constituio geral e funes de suas principais partes constituintes

Os tratores agrcolas so constitudos pelos seguintes rgos bsicos: Motor: converte a energia potencial do combustvel em energia mecnica Embreagem: um rgo receptor e transmissor de potncia do motor a caixa de marcha sob o comando do pedal acionado pelo tratorista;

2

Caixa de mudana de marchas ou cmbio: um rgo transformador e transmissor de movimento, responsvel pela transformao do torque e velocidade angular do motor no torque e velocidade requerido pelo rodado, pelo acoplamento e desacoplamento de engrenagens; Coroa, pinho e diferencial: responsvel pela transmisso do movimento da caixa a cada uma das rodas motrizes envolvendo reduo de velocidade e mudana na direo do movimento em 90o (pinho: acoplado semi-rvore terciria; coroa: acoplada a semi-rvore motora atravs do diferencial e movimentado pelo pinho; diferencial: acoplado a coroa, equilibra o movimento aplicado e ambas as rodas (curvas); Reduo final: responsvel pela transmisso do movimento do diferencial s rodas motrizes, com reduo da velocidade angular e aumento do torque. Protege o diferencial contra choques, impac tos e quebra de dentes; Semi-rvores: recebem e transmitem o movimento proveniente do diferencial s rodas motrizes (eixos); Rodado: responsvel pela sustentao, direcionamento do trator, propulso e desenvolvimento de fora de trao na barra; Sistema hidrulico: conjunto de rgos receptores, transformadores e transmissores da potncia do motor por meio de um fluido sob presso, a rgos operadores respresentadas por cilindros hidrulicos;

Figura 1 Constituio geral de um trator agrcola Tomada de potncia: (TDP, TDF ou PTO) transmite e transforma o movimento do motor para movimentar rgos ativos de mquinas e implementos, cuja parte final fica externamente na traseira do trator; Reguladores: conjunto de rgos que tem por funo regular a velocidade angular do motor, em funo das variaes de carga a que submetido; Sistema de freio: interrompe a passagem do movimento do mecanismo de transmisso para as rodas;

3

Sistema de direo: d o direcionamento ao deslocamento do trator; Sistema eltrico: fornece corrente eltrica. 1.6 Classificao dos tratores

A classificao dos tratores agrcolas pode ser feita segundo dois critrios bsicos: de acordo com o tipo de rodado de acordo com a conformao geral do chassi De acordo com o tipo de rodado Tratores de rodas de duas rodas triciclos (de trs ou quatro rodas) de quatro rodas Tratores de esteiras Tratores de semi-esteiras 1.6.1 Tratores de rodas

Os tratores de rodas constituem o tipo predominante para uso agrcola. Caracterizam-se por possurem, como meio de propulso, rodas pneumticas cujo nmero e disposio determinam os seguintes subtipos: Tratores de duas rodas: possuem duas rodas motrizes e um par de rabias para comando pelo tratorista que, geralmente, caminha atrs do trator. Recebem tambm a denominao de tratores de rabias.

Figura 2 Trator de duas rodas ou trator de rabias Tratores triciclos: so tratores cuja sustentao, proporcionada pelos rodados, feita por trs pontos, duas rodas motoras traseiras e uma frontal movida. Todavia, muitos tratores triciclos podem apresentar duas rodas dianteiras gmeas, dispostas uma ao lado da outra, numa s coluna de sustentao. O direcionamento feito por motivo rotativo da coluna de sustentao.

Figura 3 Trator triciclo

4

Tratores de quatro rodas: so aqueles que possuem duas rodas motrizes na parte posterior e duas rodas movidas, de menor dimetro e apartadas uma da outra, na frente. So, portanto tratores cuja sustentao pelos rodados proporcionada atravs de quatro pontos de apoio, o que lhe confere maior estabilidade que os triciclos.

Figura 4 Trator de quatro rodas convencional ou standard Tratores de esteiras: O rodado destes tratores constitudo, basicamente, por duas rodas motoras denteadas, duas rodas guias movidas e duas correntes sem fim, formadas de elos providos de pinos e buchas dispostos transversalmente, denominadas esteiras. As rodas denteadas transmitem movimento s esteiras que se deslocam sobre o solo, apoiadas em chapas de ao denominadas sapatas. O direcionamento do trator feito atravs de uma diferena de velocidade relativa entre as esteiras. O emprego desses tratores na agricultura limitado s operaes que exigem grande esforo tratrio. Todavia, os tratores de esteiras suplantam os tratores de rodas no que tange estabilidade, compactao do solo e derrapagem dos rodados.

Figura 5 Trator de esteiras 1.6.2 Tratores de semi-esteiras

So tratores de quatro rodas, porm modificadas, de forma a admitirem o emprego de uma esteira sobre as rodas traseiras motrizes. Desta forma procura-se aliar os aspectos positivos de ambos os rodados, sem alterar as caractersticas bsicas do trator de pneus.

Figura 6 Trator de roda equipado com semi-esteira

5

1.6.3

De acordo com a conformao do chassi

De acordo com a conformao do chassi, em funo da disposio de suas partes constituintes, distinguem-se os seguintes tipos de tratores: a) Tratores semi-agrcolas - de esteiras; - de rodas; - convencional (standard); - de trao nas quatro rodas. - com chassi rgido; - com chassi articulado. - de trao com rodas em tandem b) Tratores florestais - cortador abatedor; - carregador transportador (forwarder); - transportador de arrasto (skidder); - processador. c) Tratores agrcolas - utilitrios de 4 rodas; - triciclo; - transportador de implementos, com motor traseiro; - transportador de mquinas, com chassi deslocado. 1.6.3.1 Tratores semi-agrcolas Os tratores semi-agrcolas so aqueles cuja conformao geral e disposio das partes constituinte possibilita a sua aplicao tanto para fins agrcolas, como industriais. Os tratores semi-agrcolas geralmente so mais pesados e menos versteis, podem ser utilizados em apenas algumas etapas do trabalho de produo agrcola. 1.6.3.2 Tratores florestais Os tratores florestais constituem uma categoria especial, cuja aplicao se restringe ao abate e retirada de madeira das florestas artificiais. Estes tratores so empregados nas operaes de corte e derruba das rvores (cortador abatedor), operao de carregamento e transporte para as vias de acesso dos troncos abatidos na operao anterior, podendo ser o carregador-transportador e o transportador de arrasto e operao de processamento, visando a retirada das partes indesejveis do tronco, tais como galhos, cascas, ponteiros, etc., e cortar-los em pedaos de dimenses preestabelecidas. 1.6.3.3 Tratores com trao nas quatro rodas Os tratores com trao nas quatro rodas surgiram como uma tentativa de se aumentar o rendimento da converso da potncia do motor em potncia na barra-de-trao e em se reduzir a presso especfica aplicada pelos rodados nos solos agrcolas Tratores com trao por rodas em tandem Os tratores agrcolas com trao por rodas motrizes em tandem tm sido aplicado em veculos de transporte de grande capacidade de carga e tambm em alguns tipos de tratores industriais, como o caso das motoniveladoras. A trao em tandem oferece significativas vantagens decorrentes do aumento da rea de contato da superfcie de contato rodado-solo, tais como: menor efeito de compactao do solo, maior eficincia na converso da potncia do motor em potncia na barra-de-trao, menor suscetibilidade a obstculos do terreno.

6

Figura 7 Trator agrcola com trao em 6 rodas motrizes, sendo a trao traseira em tandem 2 MANEJO DE TRATORES

O manejo dos tratores agrcolas, embora relativamente simples, sempre exige maiores atenes e cuidados do que outro veculo automotor. Lembre-se, antes de ligar o motor estude, entenda as mensagens de segurana contidas no manual do operador e leia os decalques de segurana da mquina. 2.1 Preparo do trator para o trabalho

Controles administrativos: o trator como instrumento de trabalho, manejado no sentido de executar uma operao agrcola previamente planejada. Por tanto o tratorista deve conhecer a ordem de servio (marca, modelo, no do trator, rea local, data) e as especificaes operacionais (regulagens, manuteno e especificaes do trabalho) antes de apanhar o trator do galpo; Nvel de combustvel: reabastecer o tanque de combustvel no final de cada dia de trabalho; Nvel do leo lubrificante : observar o nvel de leo lubrificante do motor, transmisses e sistema hidrulico. Se necessrio reabastecer e observar se h vazamento de leo; Nvel de gua do radiador e bateria: verificar e completar se necessrio; Ajuste de bitolas: ajustar o espaamento entre as rodas para cada condio de aplicao (arao, sulcamento, cultivo e plantio); Ajuste de lastragem: a lastragem com gua dever ser mantida, para a maioria das condies de aplicao agrcola. A lastragem com conrtrapesos posicionados nos aros das rodas ou no suporte frente do radiador, ao contrrio, deve ser ajustada para cada condio de aplicao; Vistoria geral: inclui o aperto dos parafusos, porcas e das travas dos pinos de engate, a verificao da presso de insulflagem dos pneus e pontos de lubrificao. 2.2 Verificao de instrumentos e controle

Ajuste do assento: jamais dirigir o trator mal acomodado, alm de tornar o trabalho cansativo, poder ocasionar acidentes em manobras bruscas; Painel de instrumentos: localiza-se abaixo do volante de direo e bem frente do operador, que consta de: Inclui tacmetros: (indicador de rpm), hormetro, reunidos em um s mostrador e em alguns casos possuem mais um componente, o velocmetro; Termmetro: indica a temperatura de arrefecimento ou do cabeote (se for arrefecimento a ar); Manmetro: indica a presso do leo do sistema de lubrificao do motor; Ampermetro: indica a intensidade de corrente do gerador (luz vermelha em alguns modelos); Chave de luz: liga os faris do trator;

7

Comutador de partida: aciona o motor de arranque; Alavanca de mudana de marchas: antes de mudar qualquer marcha, deve-se calcar o pedal de embreagem para evitar o arranhamento das engrenagens; Acelerador: localizado na coluna de direo ou abaixo do volante, pode ser manual ou em conexo com um acelerador de pedal; Controle de parada do motor: no motor diesel utilizado o estrangulador, nos modelos mais novos o controle feito na prpria chave, atravs de vlvulas solenoides; Freios: normalmente possuem dois pedais no lado direito do estribo e com travas de estacionamento manual; Levantamento hidrulico: o levantamento hidrulico realizado atravs de um quadrante de comando localizado direita do operador; Tomada de potncia: acionada atravs de alavanca situada esquerda do operador cujos cuidados devem seguir as recomendaes do manual; Partida: antes de ligar a chave de partida deve-se observar se a alavanca de mudana de marchas se encontra na posio neutra, se a torneira do combustvel aberta, estrangulador e alavanca do acelerador 1/3 do curso. Depois do funcionamento, verificar todos os instrumentos e controles. Imprimir uma acelerao mdia at atingir temperatura normal de trabalho. Se o motor for equipado com turbo alimentador, a acelerao deve progressiva e antes de parar o motor deve-se baixar a rotao do motor e esperar que a turbina entre em marcha lenta. Embreagem: normalmente possui um pedal localizado do lado esquerdo do estribo; Bloqueio do diferencial: acionado por um pedal localizado em baixo do assento no estribo direito, quando o acionamento for mecnico; Volante de direo: situado na frente do assento na altura das mos. 2.3 Riscos do trabalho rural

Durante o desempenho de suas atividades, os trabalhadores se expem a riscos, pois a terra, a gua, o sol, o vento e o rudo, se constituem armas em potencial, contra a sua segurana e sade. O trator agrcola , sem dvida, uma das mquinas mais importantes na agricultura moderna, mas tambm, uma das mais perigosas quando no utilizadas de forma conveniente e segura. Hoje, se sabe que dos acidentes fatais ocorridos com tratoristas, 80% se devem a falhas humanas (atos inseguros) e 20 % a problemas mecnicos (condies inseguras). ATOS INSEGUROS: a maneira pela qual o trabalhador se expe consciente ou inconscientemente ao perigo. o comportamento inseguro que o trabalhador assume ao executar uma tarefa.Os mais comuns so decorrentes das atividades executadas na agricultura que so: Excesso de velocidade : Os tratores foram projetados para executarem operaes a baixa velocidade. Por isso no possuem grande estabilidade. O excesso de velocidade pode ocasionar graves acidentes.

Figura 8 Excesso de velocidade

8

Uso incorreto das marchas: tendo em vista que a maioria dos trabalhos agrcolas se desenvolvem em terrenos acidentados, a utilizao incorreta de marchas ou de ponto morto (banguelas) pode ocasionar srios acidentes.

Figura 9 Uso incorreto de marchas Manejo incorreto dos implementos: quando o operador, por incompetncia ou inexperincia, no conseguir operar o trator que se encontra acoplado a implementos, ou quando a retirada da presso sobre o pedal da embreagem for rpida, poder provocar o levantamento brusco das rodas dianteiras do trator. s vezes, o empinamento tambm pode ser causado em funo da escolha incorreta do ponto de carga, ou seja, quando o ponto demasiadamente elevado. Atolamento: acidentes graves podem ocorrer quando o operador, tenta livrar o trator de atolamentos com seus prprios recursos. Tracionamento de carretas: o tracionamento de carretas em aclives ou em declives ou mesmo em plano horizontal pode provocar srios acidentes. Isso acontece quando o operador faz o seu acoplamento em lugar inadequado ou quando o peso da carga excessivo. Nunca tracionar mais que o peso do trator.

Obstculos ocultos: especialmente na fase de preparao do solo, em glebas recmdestocadas ou em vegetao densa, a existncia de tocos, pedras grandes, valas de eroso, ninhos de cupins e demais salincias ou reentrncias no solo, provocam o tombamento do trator, a queda do operador e danos generalizados ao veculo e ou implementos utilizados. Riscos em manobras: comum durante as manobras como o trator acoplado a um implemento na barra de trao, por impercia ou inexperincia, realizar curvas fechadas. Neste caso, os pneus dos veculos podem apanhar o cabealho do implemento jogando-o em cima do operador. Causam tambm danos generalizados ao trator e ou implementos. Trabalhos inadequados: a utilizao de tratores de rodas para trao com uso de cabos de ao ou de correntes de cargas excessivamente pesadas, pode provocar acidentes graves por

9

tombamento do trator e, alm disso, pode provocar o patinamento dos pneus, com a conseqente avaria nas transmisses e quebra da carcaa. Cuidados com os trancos, resistncia dos cabos e pesos a serem tracionados, devem ser tomados.

Abastecimento: como o produto utilizado para funcionamento do trator altamente inflamvel, o abastecimento do veculo, quando executado sem os devidos cuidados, pode ocasionar incndios e colocar em perigo a vida do trabalhador.

Bateria: a soluo eletroltica da bateria, quando em fase de carga, produz e faz desprender hidrognio, um gs altamente inflamvel. Nos casos em que o operador do veculo inadvertidamente verifica o nvel da mesma, h possibilidade, de incio de incndio. Radiador: quanto ao abastecimento do sistema de arrefecimento com o motor do veculo aquecido, os vapores d`gua que se encontram sob presso no radiador, podem provocar srias queimaduras no operador.

Brincadeiras e trnsito em estradas: brincadeiras e transporte de trabalhadores e crianas em tratores ou em carretas tem causado muitos acidentes n meio rural, pela queda do o trabalhador, pela queda de pessoas transportadas, ou por choque contra outros veculos, barrancos, etc. O trnsito de tais mquinas por estradas de rodagem, tambm tem sido causa de freqentes acidentes fatais. Evitar caronas ao mximo. Estacionamento incorreto no final do trabalho: o estacionamento dos tratores, mquinas ou implementos, quando efetuados de maneira incorreta ou em lugares inadequados, podem causar acidentes generalizados s pessoas e ou animais.

10

2.4 2.4.1

Acidente de trabalho Legislao

Que ocorre na realizao do trabalho, a servio do empregador, provocando leso corporal, pertubao funcional ou doena que cause a morte ou a reduo permanente ou temporria da capacidade para o trabalho. 2.4.2 Prevencionista

Todo acontecimento que no esteja programado e que pare por pouco ou por muito tempo, a realizao de um determinado servio, provocando perda de tempo, danos materiais ou leso corporal, podendo ainda ocorrer as trs coisas juntas.

Perda de tempo

Perda de tempo e danos

Perda de tempo, danos materiais e leso corporal

2.5

Precaues de segurana

As medidas de segurana sero aqui analisadas, como sendo os cuidados e deveres que devem ser adotados pelos operadores de tratores agrcolas com a finalidade de evitar acidentes provocados pelo uso inadequado.

11

- Os locais destinados a abrigar tratores e ou mquinas motorizadas, devem possuir boa ventilao para evitar que o trabalhador seja intoxicado por gases (CO2 e CO) expelidos pelos seus canos de escapamento. - O operador deve sempre que possvel, subir no trator pelo lado esquerdo, pois desta forma estar evitando contatos acidentais com os mecanismos de controle hidrulico ou com os freios, pois a barra da cala poder enroscar e o operador cair. - Antes de deslocar o trator, certifique-se de que no haja pessoas ou animais ao redor que possam ser atropelados na sada. - O limite mximo de velocidade imposta pela segurana nos trabalhos com tratores e ou mquinas, visam minimizar os riscos de acidentes aos quais os operadores esto sujeitos. - Nos casos de atolamento de implementos que se acham acoplados no trator, os mesmos devero ser desengatados e tracionados por outro ngulo onde o terreno seja mais firme. - O abastecimento do veculo, em geral deve ser efetuado distante dos depsitos de combustvel e com auxlio de um funil adequado. Deve-se evitar tambm, contato com chamas, cigarros acesos, etc. - A verificao do nvel da soluo eletroltica da bateria deve ser realizada antes de colocar o veculo em funcionamento. Para isso, no introduzir dedos no interior da bateria e nem acender fsforo para facilitar a viso (possui cido sulfrico H2SO4 a 10%). - Quando o motor do veculo estiver aquecido e houver necessidade de se retirar tampa do radiador, esta dever ser desrosqueada gradativamente, de modo a possibilitar a sada de pequenas quantidades de vapor por vez. - O peso das cargas transportadas devem ser menores ou, no mximo iguais ao do trator. Para tanto, a carreta dever ter seu prprio sistema de freio. - Ao desacoplar mquinas ou implementos de um trator, verificar se esto convenientemente calados para evitar que, pela ao da gravidade, eles se movimentem. - Ter especial ateno ao rebocar veculos e mquinas em terrenos acidentados, nas curvas ou em marcha r. O centro de gravidade do trator se modifica. - O trator dever estar com as distanciadas ao trabalho (bitolas maiores) em terrenos acidentados, para evitar o seu tombamento. - A marcha a ser utilizada em declive, deve ser a mesma usada no aclive. Nunca desa uma rampa com a caixa de cmbio no ponto morto. Utilize a marchas reduzidas. No tente s trocar as marchas em um aclive. Troque para a marcha reduzida antes de iniciar a subida ou descida. - Usar, para evitar o empinamento, contrapeso na parte dianteira do trator. - No tracionamento de mquinas, caminhes ou tratores , os cabos devero estar bem fixos em ambos os veculos. - As roupas a serem utilizadas nos trabalhos em tratores e ou mquinas em geral, devem ser adequadas, vestidas de maneira a evitar que pontas soltar entrem em contato com os mecanismos em movimento. Evitar o uso de saias, vestidos, e ou roupas soltas. - Antes de descer, o operador dever parar e desligar o trator, fre-lo convenientemente e retirar as chaves do contato. Deixar a chave desligada. - Impedir que pessoas inabilitadas, inexperientes e no treinadas conduzam o veculo. Instrua e apresente o manual do operador pessoa que eventualmente vir a oper-lo. - Ao trafegar em auto-estradas, unir os pedais dos freios com a trava. Eles devem ainda, ser ajustados de modo que, quando acionados, freiem uniformemente as duas rodas traseiras. - Impedir o acmulo de barro, terra, graxa ou qualquer outra substncia que torne a plataforma, estribos ou pedais escorregadios. - Os dispositivos de segurana da mquina, veculos ou implementos foram projetados para proteger os seus operadores. Portanto, se tiver que desmont-lo para reparos ou ajustes, devero ser reinstalados antes de colocar em funcionamento, novamente. - Ao estacionar o veculo no final do trabalho, desengatar os implementos e deixa-los apoiados sobre o solo ou madeira. No deixar em hiptese alguma, suspensos. - Utilizar a embreagem de forma suave e gradual, especialmente em aclive, para no provocar empinamento do veculo, sobretudo se a ele estiver acoplado implementos, carretas, etc.

12

- O acoplamento de carretas, mquinas ou implementos rebocados devem ser feitos em barras e no ponto mais baixo possvel. - Dirigir sentado e impedir o transporte de pessoas nos pra-lamas, barra de trao, etc., a menos que, para isso haja lugar especfico e que oferea segurana. - Sempre que possvel, evite trabalhar com o trator perto de valetas, declives e buracos. Reduza a velocidade ao fazer as curvas em superfcies acidentadas, escorregadias ou lamacentas. - O motor deve ser desligado imediatamente em caso de choque ou tombamento do trator. Caso contrrio, pode provocar incio de incndio. Caso vir a ocorrer, apagar com p qumico ou espuma, com terra e nunca com gua. - Ao fazer o acoplamento, no ficar entre o implemento e o trator. Impedir tambm, que outras pessoas assim o procedam. Utilize o engate de 3 pontos apenas para os implementos projetados para serem usados com o mesmo, nunca como barra de trao. - Antes de iniciar o trabalho, demarcar na gleba a rea a ser trabalhada, as depresses, valas, drenos, pedras grandes, tocos, ninhos de cupins e outros objetos capazes de provocar acidentes ao passar com o trator, utilizando estacas. - Para desatolar um trator, no coloque madeiras, terras ou outros objetos na frente das rodas traseiras. Nem permita que pessoas fiquem atrs do trator. - Calar e frear o veculo quando o mesmo estiver parado. Especialmente, em aclive. - Zelar pelo bem estar do veculo e manter todos os seus equipamentos em perfeita ordem. Substituir as peas que no apresentarem bom estado de conservao. - No se aproximar de implementos rotativos, mantendo uma distncia mnima de 50 metros. - Sempre que for acionar mquinas atravs de polia e correia, utilize um fio terra no trator, para dissipar a eletricidade esttica. 3 3.1 OPERAO COM O TRATOR E IMPLEMENTO Colocando o motor em funcionamento

Para se colocar o motor do trator em funcionamento, deve-se consultar o manual de instrues, seguindo cuidadosamente as recomendaes do fabricante. essencial que o operador tenha estudado as recomendaes, verificando os instrumentos e controles, inteirando-se de todos os botes, mostradores, alavancas, pedais, etc., a fim de que saiba operar corretamente. 3.1.1 Antes da partida

Devero ser observados os seguintes pontos: alavanca de mudana de marchas em neutro (ponto morto); alavanca do acelerador a 1/3 do curso; torneira do tanque de combustvel aberto; controle de parada do motor desativado. Partida

3.1.2

A chave de ignio um interruptor de dois estgios, sendo que na segunda posio aciona-se o motor de partida. O primeiro estgio serve para ligar o circuito de ignio. Quando o motor de arranque for acionado e o motor no entrar em funcionamento, observar os seguintes pontos: - no insistir na partida por perodos contnuos superiores a 10 segundos para no danificar o motor de partida e a bateria; - entre uma tentativa e outra, aguardar cerca de 15 segundos; - em pocas frias, antes da partida use as velas de aquecimento (para regies frias).

13

3.1.3 -

Motor em funcionamento

Estando o motor em funcionamento, deve-se observar os seguintes pontos: imprimir uma acelerao mdia ao motor, de maneira que o mesmo no fique em marcha lenta ou muito acelerado, at que a temperatura normal de trabalho seja atingida; verificar se manmetro est funcionando, acusando a presso correta do leo lubrificante; verificar se a luz de carga do gerador (ou ampermetro) indica que o mesmo est funcionando normalmente; verificar se o termmetro indica temperaturas normais de funcionamento do motor; verificar se o sistema hidrulico est operando normalmente. Sada

3.2 -

Para dar sada ao trator, realize as seguintes operaes em seqncia: verifique se a TDP est desligada; coloque o acelerador na posio de marcha lenta; calque, at o final de seu curso, o pedal da embreagem; escolha uma marcha compatvel (inferior a ltima) e acione a alavanca de cmbio engrenando-a; - coloque a alavanca de acelerao na metade de seu curso; - solte freio de estacionamento; - solte, vagarosamente, o pedal da embreagem. 3.3 Trator em movimento

Aps dar sada ao trator, observar os seguintes pontos: - mantenha a alavanca do acelerador em posio em que o tacmetro indica um nvel de rpm entre o de torque mximo e o de consumo mnimo (consulte o manual de instrues); - se a embreagem de pedal, retire completamente o p sobre o mesmo, pois em caso contrrio, o disco da embreagem ser danificado; - evitar passar com as rodas do trator sobre tocos, pedras e outros obstculos que podero danificar os pneus e, ao atravessar uma pequena valeta, cruze-as num ngulo tal que, pelo menos uma das rodas mantenha trao; nestas condies, a barra de trao no se arrastar pelo cho ou pelas paredes da valeta; - quando notar quaisquer irregularidades tais como superaquecimento do motor, rudos anormais, comando que no respondam s solicitaes, etc., pare o trator imediatamente e verifique o que est acontecendo; a - quando for necessrio manobrar o trator, em lugares apertados, use a 1 e 2a marchas (reduzidas) e o acelerador a 1/3 do curso; - tenha sempre em vista o fator segurana pessoal, pois qualquer descuido poder ser fatal, mantendo-se sempre correta e firmemente sentado, com ambas as mos sobre a direo; - no transporte pessoa alguma na plataforma do trator ou sobre a barra de trao e tambm nunca suba o desa do trator em movimento, exceto em casos excepcionais, para evitar acidentes; - quando dirigir o trator prximo de cercas, valas ou barrancos, observe cuidadosamente por onde passam as rodas, pois qualquer descuido poder causar acidentes; - verifique se a trava de estacionamento dos pedais dos freios est totalmente solta. 3.4 Mudana de marchas Ao acionar a alavanca do cmbio, deve-se ter sempre em mente que: no caso da caixa de mudana de marchas no possuir dispositivo que permita a realizao de marchas com o trator em movimento (caixa sincronizada), pare completamente o trator, toda vez que se fizer necessria uma mudana de marcha; ao subir uma encosta ou descer uma ladeira, no deixar para fazer mudana de marchas na metade do percurso; execute-a antes de subir ou descer, evitando acidentes; quando ao acionar a alavanca de cmbio a marcha estiver difcil de engrenar, proceda da seguinte maneira: mantenha a alavanca em neutro, solte a embreagem por um instante,

14

-

pressione o pedal e leve a alavanca posio desejada; isso far com que os dentes das engrenagens coincidam e possam ser engrenados; se, ao levar a alavanca para a posio de uma marcha, as engrenagens rasparem mesmo com o pedal da embreagem totalmente calcado, no force a alavanca; isso indica que a embreagem est mal regulada. Parada do trator

3.5 -

Ao parar o trator realize em seqncia as seguintes operaes: calque, at o final do curso, o pedal da embreagem; leve a alavanca do acelerador para a posio de marcha lenta; acione, vagarosamente e conjuntamente, os pedais dos freios at o trator parar; desengate a marcha, levando a alavanca de mudana de marchas para a posio de neutro (ponto morto); solte o pedal da embreagem; acione a trava, dos pedais de freio ou a alavanca do freio manual e depois retire o p de sobre os pedais; acione o controle de parada do motor; desligar a chave. Manobras com uso do freio

3.6

Nos tratores do tipo standard, os freios so aplicados apenas nas rodas traseiras; as dianteiras, normalmente, no possuem dispositivos de frenagem. Alm disso, o comando do freio feito por pedais independentes, um para cada roda traseira. Se os freios no estiverem ajustados ou se estiver com diferena de regulagem entre um pedal e outro, ajuste-os imediatamente, evitando possveis acidentes de servio. A verificao da regulagem dos freios feita da seguinte maneira: - pressione os pedais dos freios, um de cada vez, para verificar se esto corretamente ajustados; - experimente calar os dois pedais dos freios ao mesmo tempo, para verificar se ambos tm a mesma regulagem. Em mdia e alta velocidades, os cuidados a serem tomados na utilizao dos freios so: - jamais aplicar o freio em apenas uma das rodas; utilize a trava; - calcar moderadamente os pedais; caso haja uma pequena derrapagem, soltar o pedal e tornar a calc-lo, auxiliando o realinhamento do trator; - quando o trator se deslocar em altas velocidades e houver necessidade de Par-lo a uma distncia relativamente curta, executar, em seqncia, as seguintes operaes: 1o levar a alavanca do acelerador posio de marcha lenta; 2o aplicar suavemente o freio em ambas s rodas, para diminuir a velocidade; 3o calcar o pedal da embreagem e acionar energicamente os freios, fazendo o trator parar. Nos tratores, os freios podero ser utilizados para auxiliar a direo, e so empregados da seguinte maneira: - primeiro gira-se a direo, para a direita ou para a esquerda, e depois calca-se o pedal do freio da roda que ficar para o lado de dentro da curva; depois que as rodas da frente estiverem estercadas, quanto mais fortemente se pisar no freio, mais fechada ser a curva; - as respostas aos movimentos da direo tornam-se lentas em terrenos soltos, devido derrapagem das rodas dianteiras, sendo neste caso conveniente o uso dos freios para auxiliar o direcionamento do trator; - em terrenos arenosos ou de pouca sustentao, evite que as rodas da frente, ao fazer curvas, se enterrem demasiadamente no solo; o melhor deixar sempre um espao maior para se fazer s voltas; - com implementos e mquinas de arrasto, as curvas devero ter um raio que o cabealho no venha a tocar no pneu traseiro do trator, pois em caso contrrio, alm de danificar a ambos, haver grande possibilidade de se tombar mquina; neste caso evite o uso dos freios em conjunto com a direo;

15

- quando o trator estiver em alta velocidade, jamais faa curvas fechadas usando os freios, pois o trator pode tombar. Em solos fofos ou encharcados e em terrenos escorregadios, so os seguintes os cuidados a serem tomados no emprego dos freios: - em declives escorregadios, usar moderadamente os freios, evitando derrapagens laterais; prefervel, nestes casos, engrenar marcha de menor velocidade do que lanar mo dos freios; - se uma das rodas comea a patinar, usar o freio nessa roda s o suficiente para fazer com que a outra sobre o terreno mais firme, puxe o trator; no usar todo o freio, mas apenas o suficiente para reduzir a velocidade da roda que patina; - se as duas rodas estiverem patinando, pisar, alternadamente, primeiro no freio de uma roda e depois no da outra, pois assim ser possvel o trator atravessar o terreno. O bloqueio do diferencial um recurso para contornar o problema de patinamento excessivo de uma das rodas motrizes, que prejudica a marcha normal do trator. O uso do freio na roda que patina um recurso bastante limitado uma vez que absorve potncia e pode ser operado apenas momentaneamente. Os principais cuidados na utilizao do bloqueio do diferencial so os seguintes: - ao acionar o pedal do bloqueio, mantenha o trator sempre se deslocando em linha reta. Ao efetuar uma curva, mesmo suave, destrave o diferencial antes da curva e volte a trava-lo aps ter percorrido a curva; - utilize o bloqueio do diferencial apenas quando notar que o patinamento relativo entre as rodas motrizes tal que impede o deslocamento normal do trator; - no utilize o bloqueio do diferencial quando a origem do alto patinamento relativo entre as rodas motrizes for trao excessivamente deslocada ou regulagem deficiente do implemento. Pare o trator e corrija a falha de acoplamento ou de regulagem. 3.7 Acoplamento de implementos montados

Esta operao, embora aparentemente muito simples demanda de um operador inexperiente, um tempo considervel, se no atentar as recomendaes que segue: - manter o trator e o arado em local plano, dar marcha r ao trator, fazendo com que o eixo de simetria do trator coincida com o eixo de simetria do arado, at encostar pelo menos o ponto inferior esquerdo do sistema hidrulico,, o mais coincidente possvel da cavilha esquerda do arado; - iniciar o engate acoplando a rtula esquerda cavilha esquerda e travar com pino prprio; em seguida aumentando-se ou diminuindo-se o comprimento do brao do ponto superior do sistema hidrulico, faz se coincidir a rtula com os furos para acoplamento existentes na torre do arado; - finalmente faz-se o acoplamento do brao inferior direito cuja altura regulvel atravs da manivela existente neste brao e caso no consiga a coincidncia da rtula direita com o pino direito (cavilha), alterar o comprimento do brao do ponto superior, sem desacopl-lo de forma a conseguir a coincidncia desejada; - para desacoplamento, seguir na ordem inversa. 3.8 Comando do sistema hidrulico

O sistema hidrulico aciona: o levante de 3 pontos; o controle de ondulao; controle remoto. O levante de 3 pontos utilizado para o acoplamento ao trator de implementos ou mquinas do tipo montado. constitudo pelas seguintes partes: - brao esquerdo (1o ponto); - brao direito (2o ponto); - brao superior (3o ponto); - correntes estabilizadoras.

16

Possui os seguintes comando (alavancas) posio comanda o levante e abaixamento dos braos. usado para controlar: - altura dos implementos montados nos trs pontos; - transporte de implementos; - operao de implementos de superfcie (como pulverizadores) A alavanca de posio possui faixas: - levantar ou abaixar; - transporte; - bombeamento constante.

Profundidade ajusta a profundidade de corte dos implementos que trabalham abaixo da superfcie solo, como arados, escarificadores e subsoladores. Obs.: Durante o uso da alavanca de profundidade, a alavanca de posio dever estar na posio Transporte reao rpida). Reao controla a velocidade de queda dos implementos. Possui duas opes: - Reao rpida; - Reao lenta. O controle de ondulao serve para controlar automaticamente a profundidade de trabalho dos implementos. O controle de ondulao acionado pelo movimento do 3o ponto, utilizando um dispositivo apalpador (Valmet), ou a mola mestra (Massey Fergusson - MF). No trator MF existem trs posies que encurtam ou alongam o brao superior localizados na viga do 3o ponto. - posio 1: para terra macia; - posio 2: para terra mdia; - posio 3: para terra dura e implementos montados de superfcie. O controle remoto usado nos implementos dotados de cilindros hidrulicos externos (arados reversveis, grades pesadas). Para uso do controle remoto, a alavanca de posio dever estar na posio de bombeamento constante. 3.9 Principais cuidados a serem observado na utilizao da TDP

- ao acoplar a luva da rvore cardan extremidade da rvore da TDP, certifique-se que a trava acha-se corretamente posicionada. Quando a TDP apresentar um orifcio para passagem de um contrapino de trava, este deve apresentar formato e dimenses adequadas. Contrapinos improvisados podero danificar a TDP. - Certifique-se de que os garfos das juntas universais da rvore cardan esto corretamente posicionados e o conjunto est balanceado dinamicamente (principalmente para 1.000 rpm), a fim de evitar vibraes da TDP. - Mantenha a alavanca do acelerador na posio em que o tacmetro indica a rpm do motor equivalente rotao padronizada da TDP (540 ou 1.000 rpm). Ante de iniciar o trabalho com o conjunto trator-implemento importante que seja regulado adequadamente: - o trator dever possuir uma bitola de acordo com a largura de trabalho do implemento, bem como estar lastrado adequadamente para a operao. - O implemento tambm dever ser corretamente regulado de modo a propiciar o seu melhor desempenho.

17

4

BIBLIOGRAFIA CONSULT ADA

BARGER, E. L.; LILJEDHL, J. B.; CALLETON, W. M.; MCHIBBEN, E. G. Tratores e seus motores. So Paulo, Ed Gard Blucher, 1963. Briosa, F. (1984). Glossrio ilustrado de mecanizao agrcola. Sintra. Galucho. CAAVATE, J. O. Las Mquinas Agrcolas y su aplicacin. Madrid. Ediciones Mundi-Prensa, 1993. 470p. Castro, M. (1969). Afinao de motores. Sintra. Grfica Europam. CEMAGREF- Livre du Maitre. (1970). Tracteurs et machines agricoles. Antony. CEMAGREF. CEMAGREF. (1991). Les tracteurs agricoles. Technologies de l'agricultures. Antony. CEMAGREF Estevez, S. (1976). Tecnologia do automvel. Lisboa. Pltano Editora. GUIA RURAL. Tratores e mquinas agrcolas. (Revista). Abril, So Paulo, 1990. 170p. Mialhe, L. G. (1980) Mquinas Motoras na Agricultura. Ed. Univ. de So Paulo Pugliesi, M. (1976). Manual completo do automvel. Hemus. S. Paulo. SILVEIRA, G. M. Os cuidados com o trator. So Paulo, Globo,1987, 246p.