APOSTILA TTI

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CURSO TCNICO EM TRANSAES IMOBILIRIAS

DISCIPLINAS

Disciplina 1: Portugus e Redao Empresarial Disciplina 2: Direito e Legislao Disciplina 3:Operaes imobilirias Disciplina 4:Desenho Arquitetnico Disciplina 5:Relaes Humanas, tica e Cidadania Disciplina 6: Economia e Marcado Disciplina 7: Organizao e tcnicas comerciais Disciplina 8:Matemtica Financeira

NDICE PORTUGUES UNIDADE 2Texto e leitura

12 1319

UNIDADE 3 Textos tcnicos UNIDADE 4 UNIDADE 5Relatrios administrativos Reviso gramatical DIREITO E LEGISLAO

Unidade 1 Unidade2

As Fontes e a Diviso do Direito A Lei do Inquilinato

39 55 72

Unidade 4

A Legislao e os Registros OPERAES IMOBILIRIAS

Unidade 1 Unidade 2 Unidade 3 Unidade 4 Unidade 5

O Corretor de Imveis 91 A Comercializao do Imvel As Transaes Imobilirias A Administrao Imobiliria

91 97 105 117 127

DESENHO ARQUITETNICO Unidade 1 Unidade 2 Unidade 3O Desenho Tcnico A Construo Civil

171 175 183183

RELAES HUMANAS E TICA MATEMTICA FINANCEIRA Unidade 1 Unidade 2 Unidade 3 Unidade 4Descontos Capital e Juros Capitalizao Simples Capitalizao Composta

289 291 292 294

Curso Tcnico em Transaes Imobilirias

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Curso Tcnico em Transaes Imobiliriasleitura de um texto deve se dar dentro de seus limites semnticos e esse limite imposto pelo texto como um todo e pelas escolhas feitas por quem o produziu. 2.3. Textos publicitrios Segundo Citelli (1985, p. 6) o elemento persuasivo est colado ao discurso como a pele ao corpo. Partindo dessa idia podemos afirmar que nenhum texto neutro, pois cada comunicao tem uma inteno e quer convencer o interlocutor sobre algo. Os textos que mais explicitamente tem inteno de convencer o receptor o publicitrio, isto , a propaganda. A tcnica publicitria parece basear-se no pressuposto de que quanto mais um anncio viola as regaras de comunicao, mais atrai a ateno do espectador. Entretanto, a mensagem publicitria se vale de solues j codificadas. Nesse sentido, a publicidade no tem valor informativo, mas somente valor ideolgico. Isto significa que uma propaganda tem a inteno de persuadir impondo a ideologia do que anuncia. A propaganda repassa os valores da ideologia dominante, aqueles em que a sociedade acredita e mostra uma maneira de ver o mundo. Assim, comum percebermos nos textos publicitrios idias como: valorizao do sucesso, da beleza, do status, etc. Dessa forma, o signo persuasivo, o da propaganda, tem a inteno de alterar comportamentos ou maneiras de ver as coisas. A verdade da propaganda visa tornar-se a verdade de todos, impondo alguma idia como a mais correta, ou a que trar sucesso, beleza, dinheiro, etc. 2.4. Coeso e coerncia O pargrafo uma unidade do discurso que tem em vista atingir um objetivo e no se limita a determinar pausas. Sua finalidade no est limitada ao que de ordem estrutural, mas estende-se qualidade das idias. Desse modo, idias novas constituem pargrafos diversos. Conforme a estrutura do pargrafo, todo texto escrito pressupe uma organizao diferente do texto falado. A sua forma e estruturao so essenciais para a clareza da comunicao da mensagem, entretanto, outros elementos, como a coeso e a coerncia, tambm contribuem para que esse discurso seja bem sucedido. A Coeso a manifestao lingstica da coerncia e vem do modo como os conceitos e relaes subjacentes so expressos na superfcie textual. Responsvel pela unidade formal do texto, a coeso constri-se atravs de mecanismos gramaticais (pronomes anafricos, conjunes, etc.). Portanto, a coeso revela-se na escolha desses mecanismos. A coerncia, por sua vez, encontra-se nas partes que no so contraditrias, ou seja, as partes de um texto devem concordar entre si no que diz respeito s informaes para que o mesmo seja coerente. Da a necessidade de ordem e inter-relao. Quando falamos na necessidade de ordem, falamos que preciso narrar fatos sequencialmente, pois o desenvolvimento de um acontecimento depende do que foi dito anteriormente. Se no h ordem, o leitor se sente perdido e pode no reconhecer o objetivo do autor. J quando falamos de inter-relao queremos falar da relao que estabelecida entre os fatos, as idias. necessrio que haja ligao entre o que dito para haver coerncia.

UNIDADE 3 Textos tcnicos3.1. Cartas comerciaisA carta comercial um canal de comunicao muito usado no comrcio e na indstria. A linguagem deste tipo de carta deve ser clara, simples, objetiva, formal e correta. O tratamento mais comum V.S (Vossa Senhoria). A carta comercial segue as seguintes normas estticas e formais: Papel de 21,0 x 29,7 cm (A-4); Impresso de um lado apenas do papel; 20 a 25 linhas por pgina; 60 a 70 toques por linha; Margens: direita (3 cm); esquerda (3 cm); superior (3 cm); inferior (3 cm); Usam-se espaos duplos; O vocativo de uma carta tem depois de si dois pontos; Antes da invocao, pode-se colocar um resumo da carta: ref.: (referncia). Vejamos modelos de cartas comerciais: So Paulo, 12 de janeiro de 2008. Senhor Diretor: Estamos iniciando a comercializao de cartes de visita confeccionados pelas crianas carentes da comunidade Serro Azul. Tal iniciativa tem a inteno de incentivar a criatividade dos menores que ali moram e que agora fazem parte do projeto social que iniciamos nesta semana. Convidamos V.S. a participar desse projeto, aceitando apreciar nossos cartes e assim, se desejar, contratar os servios do projeto. Agradecemos, antecipadamente, em nome dos menores, a preferncia que V.S. nos dar. Atenciosamente, Maria Beatriz Tramandeli Diretora social Projeto Serro Azul MBT/HT

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Curso Tcnico em Transaes Imobiliriasa) Ata Em assemblias gerais ou em reunies lavrado um documento que contm o resumo escrito dos fatos e resolues, que se denomina ATA. As atas so escritas em livro especial, cujas pginas so numeradas e rubricadas. Atualmente, est bastante difundido o uso de atas datilografadas, mas as normas so as mesmas.No se diz redigir uma ata e sim lavrar uma ata.A pessoa encarregada de numerar e rubricar as pginas do livro de atas ter que redigir o termo de abertura: este livro contm XX pginas por mim numeradas e rubricadas e se destina ao registro de atas da Firma X. Na ata no se empregam pargrafos, embora nela se trate de assuntos diferentes. Atualmente, porm, j se encontram exemplos de atas com pargrafos. No se admitem rasuras ou riscos. Em caso de engano usam-se as expresses corretivas alis, digo e, logo a seguir, deve-se escrever a palavra certa. Toda ata deve conter incio, desenvolvimento e concluso. Coloca-se, primeiramente, o nmero da ata e a natureza da reunio (reunio de diretoria, assemblia ordinria, extraordinria, etc...). Ainda no incio da ata, faz-se referncia hora, ao dia, ms e ano, escritos por extenso. Outro item que constitui o incio da ata o local de reunio e das demais pessoas presentes. O desenvolvimento a 2 parte da ata. A se resumem, ordenadamente, todos os fatos e decises da reunio. A 3 e ltima parte de que se compe a ata o encerramento, fecho ou concluso, geralmente uma forma padronizada que conclui (ou encerra) a ata. No caso da ata datilografada, no decurso da reunio, as anotaes necessrias so feitas em escrita manual e, concludos os trabalhos, a ata ser datilografada em sua forma final. As atas datilografadas tero todas as linhas numeradas e o espao que sobra margem direita, preenchido com pontilhado. Em resumo, a ata um registro no qual se relata detalhadamente o que ocorreu em uma reunio, assemblia ou conveno. So elementos bsicos de uma ata: data e hora da reunio, local, relao e identificao das pessoas presentes, declarao do presidente e secretrio, ordem do dia, fecho.Modelo EMPRESA DA UVA CGC.ME.........../......................... ATA DA ASSEMBLIA GERAL EXTRAORDINRIA Realizada em ....de...........................de ........ Hora/data/local: realizada s .......(horrio por extenso) horas do dia ...de...........de............, na Avenida Deodoro, n 19, So Paulo, Estado de So Paulo. EDITAL DE CONVOCAO: Publicado nos jornais Dirio Oficial do Estado e Folha da Avenida, dos dias .......... e ................. de ..............................de .................................

TIMBRE 5 espaos DE 357/09 3 espaos So Paulo, XX de xxxxxx de XXXX. 5 espaos Ref.: solicitao de liberao de funcionrios 3 espaos Sr. Astrogildo: 3 espaos Informamos V.S. de que no dia 21 de janeiro de 2009 o Centro de Educao Nacional oferecer um curso de aperfeioamento. Portanto, solicitamos a liberao dos funcionrios para que possam assistir ao curso. Esperamos resposta oficial sobre a liberao dos funcionrios. 3 espaos Atenciosamente, 3 espaos Gensio Amaral Ribeiro 3 espaos Anexo: Panfleto do curso 3 espaos GAR/TF (iniciais do redator/iniciais do digitador) 3 espaos c/c: Gerncia de Recursos Humanos

a)

em... b)

Introdues mais comuns em cartas comerciais Participamos-lhe que... Desejamos cientific-los de que... Atendendo s solicitaes da carta... Com relao aos termos de sua carta... Informamos V.S. de que... Em vista do anncio publicado no...

Fechos de cortesia Atenciosamente para pessoas cargo semelhante ao do redator; Respeitosamente para pessoas com cargos importantes; Com elevada considerao, abraa-o seu amigo para pessoas intimas; Cordiais saudaes para pessoas muito amigas. c) abrao; Fechos que devemos evitar Aguardando suas notcias, aqui vai meu Sem mais para o momento; Subscrevo-me.

3.2. Modelos de documentos

QUORUM DE INSTALAO: presentes acionistas

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Curso Tcnico em Transaes Imobiliriasrepresentando mais de um tero do capital social com direito a voto, conforme livro de presena. PRESIDNCIA/SECRETARIA: presidida, nos termos do ar. 21, do Estatuto Social, por Terncio Bertoldo Neves e secretariada por Gertrudes Helena Soares. DELIBERAES: os senhores acionistas, por unanimidade de votos, deliberam: aprovar a candidatura de Carminda de Abreu Silva presidncia da empresa. APROVAO: aps sua leitura aos presentes, foi esta ata por todos eles aprovada e assinada. So Paulo, .....de .................. de................, Terncio Bertoldo Neves, Presidente; Gertrudes Helena Soares, Secretria; demais acionistas. A presente cpia fiel do original transcrito no livro de atas de assemblia acionista da empresa. Gertrudes Helena Soares secretria. SECRETARIA DO COMERCIO DE UVAS DO ESTADO. Certifico o registro sob o nmero.....em... -..............-................... Marasa Costa, Secretria Geral. a) Atestado Atestado uma declarao firmada por uma autoridade em favor de algum ou algum fato de que se tenha conhecimento. Modelo ATESTADO DE FREQUNCIA Atestamos para os devidos fins que ........................., brasileiro, portador do RG......................., est matriculado no Colgio Assis sob o nmero de inscrio................. Local e data Assinatura da autoridade Cargo

Modelo CIRCULAR Senhores, O diretor de nossa escola gostaria de informar s aceitar matrculas acompanhadas de cpias autenticadas dos seguintes documentos do aluno: Carteira de Identidade, CPF, comprovante de endereo e comprovante de escolaridade. Alm disso, as cpias devero ser grampeadas ao requerimento de matrcula para que no haja nenhum problema relativo perda de documentos. Fulano de tal cargo

d) Contrato Contrato um documento resultante de um acordo entre duas ou mais partes em relao a algo. Os contratos podem ser: Unilateral: uma parte promete e a outra aceita. Bilateral: as partes transferem mutuamente alguns direitos e reciprocamente os aceitam. Cumulativo: a coisa que cada uma das partes se obriga a dar ou fazer equivale que tem de receber. Aleatrio: o lucro que se h de receber do contrato unicamente provvel e incerto. Social: acordo ttico ou expresso entre o governante e os governados. e) Convocao Convocao uma forma de comunicao escrita na qual se convoca algum para determinada reunio. MODELO ASSOCIAO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAO ASSEMBLEIA GERALL ORDINRIA CONVOCAO A Diretoria da APE, no exerccio de suas atribuies, convoca a assemblia geral da APE para reunir-se, em carter ordinrio, na rua dos tecidos, n 01, a 21 de janeiro de 200X, s 20 horas, para deliberarem sobre a seguinte pauta: 1 discutir sobre as aulas de fevereiro; 2 apreciar e aprovar o calendrio letivo; 3 decidir sobre outros assuntos relevantes. So Paulo, ....../....../......... Fulano de tal Presidente

b) Aviso O aviso caracteriza-se pela informao ou comunicado a algum. empregado no comrcio, na indstria, no servio pblico. A forma mais comum de aviso aquele em que o empregador notifica a resciso de contrato ao empregado: aviso prvio. c) Circular A circular caracteriza-se como uma comunicao que dirigida a vrias pessoas ou a um rgo. Tem intuito de transmitir avisos, ordens, instrues, etc.

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Curso Tcnico em Transaes Imobiliriasf) Declarao h) Estatuto Estatuto o regimento que determina as normas de uma determinada organizao, empresa, escola, fundao, etc. Modelo ESTATUTO SOCIAL DA (colocar a denominao social da associao) ARTIGO 1 - DENOMINAO, SEDE, FINALIDADE E DURAO (colocar a denominao social da associao), neste estatuto designada, simplesmente, como Associao (ou pela sigla se houver), fundada em data de (colocar datada), com sede e foro nesta capital, na (colocar endereo completo, inclusive CEP) do Estado de So Paulo, uma associao de direito privado, constituda por tempo indeterminado, sem fins econmicos, de carter organizacional, filantrpico, assistencial, promocional, recreativo e educacional, sem cunho poltico ou partidrio, com a finalidade de atender a todos que a ela se dirigirem, independente de classe social, nacionalidade, sexo, raa, cor ou crena religiosa. ARTIGO 2 - SO PRERROGATIVAS DA ASSOCIAO: No desenvolvimento de suas atividades, a Associao observar os princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficincia, com as seguintes prerrogativas: I. Acrescentar neste inciso todas as finalidades da Associao. Pargrafo nico - Para cumprir suas finalidades sociais, a Associao se organizar em tantas unidades quantas se fizerem necessrias, em todo o territrio nacional, as quais funcionaro mediante delegao expressa da matriz, e se regero pelas disposies contidas neste estatuto e, ainda, por um regimento interno aprovado pela Assemblia Geral. ARTIGO 3 - DOS COMPROMISSOS DA ASSOCIAO A Associao se dedicara s suas atividades atravs de seus administradores e associados, e adotar prticas de gesto administrativa, suficientes a coibir a obteno, de forma individual ou coletiva, de benefcios ou vantagens, lcitas ou ilcitas, de qualquer forma, em decorrncia da participao nos processos decisrios, e suas rendas sero integralmente aplicadas em territrio nacional, na consecuo e no desenvolvimento de seus objetivos sociais.

Declarao um documento em que se explica, manifesta opinio, depe a favor de algum. Modelo DECLARAO ADEMIR DE PADUA, portador da Cdula de Identidade n 1.356.567, residente na cidade de Santos, Av. Deodoro da Fonseca, 248, apto 602, declara que o Sr. PEDRO DA SILVA, filho de Joo da Silva e de Maria do Socorro, residente Av. XV de novembro, 684, apto 701, pessoa idnea, nada conhecendo de desabonador em sua conduta pessoal. Local e data Assinatura g) Edital um ato de que se vale pessoa ou entidade para fins de comunicao, convocao, citao, abertura de concorrncia, intimao, resultado de concursos, etc..., publicado em rgo da imprensa. O edital deve orientar o mais possvel, os interessados no assunto.

CONDOMNIO DO EDIFCIO MERIDIONAL ASSEMBLIA-GERAL EXTRAORDINRIA EDITAL Pelo presente, ficam convocados os senhores condminos para uma Assemblia-Geral Extraordinria a ser realizada no dia 20 de julho, s 20:30 horas, em primeira convocao e, s 21:00 horas, em segunda convocao, no salo de festas do condomnio, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: 1. Leitura, discusso e aprovao da ata da ltima assemblia; 2. Obras: valores recebidos at esta data. Valores pagos. Contratos firmados e valores a pagar. Saldo existente. Cota extra necessria ao trmino das obras. Previso par o trmino; 3. Solarium. Manuteno e reformas. 4. Assuntos gerais. Data Assinatura do sndico

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Curso Tcnico em Transaes ImobiliriasARTIGO 4 DA ASSEMBLIA GERAL A Assemblia Geral Deliberativa o rgo mximo e soberano da Associao, e ser constituda pelos seus associados em pleno gozo de seus direitos. Reunir-se- na segunda quinzena de janeiro, para tomar conhecimento das aes da Diretoria Executiva e, extraordinariamente, quando devidamente convocada. Constituir em primeira convocao com a maioria absoluta dos associados e, em segunda convocao, meia hora aps a primeira, com qualquer nmero, deliberando pela maioria simples dos votos dos presentes, salvo nos casos previsto neste estatuto, tendo as seguintes prerrogativas. I. Fiscalizar os membros da Associao, na consecuo de seus objetivos; II. Eleger e destituir os administradores; III. Deliberar sobre a previso oramentria e a prestao de contas; IV. Estabelecer o valor das mensalidades dos associados; V. Deliberar quanto compra e venda de imveis da Associao; VI. Aprovar o regimento interno, que disciplinar os vrios setores de atividades da Associao; VII. Alterar, no todo ou em parte, o presente estatuto social; VIII. Deliberar quanto dissoluo da Associao; IX. Decidir, em ultima instncia, sobre todo e qualquer assunto de interesse social, bem como sobre os casos omissos no presente estatuto. Pargrafo Primeiro - As assemblias gerais podero ser ordinrias ou extraordinrias, e sero convocadas, pelo Presidente ou por 1/5 dos associados, mediante edital fixado na sede social da Associao, com antecedncia mnima de 10 (dez) dias de sua realizao, onde constar: local, dia, ms, ano, hora da primeira e segunda chamada, ordem do dia, e o nome de quem a convocou; Pargrafo Segundo - Quando a assemblia geral for convocada pelos associados, dever o Presidente convoc-la no prazo de 3 (trs) dias, contados da data entrega do requerimento, que dever ser encaminhado ao presidente atravs de notificao extrajudicial. Se o Presidente no convocar a assemblia, aqueles que deliberam por sua realizao, faro a convocao; Pargrafo Terceiro - Sero tomadas por escrutnio secreto as deliberaes que envolvam eleies da diretoria e conselho fiscal e o julgamento dos atos da diretoria quanto aplicao de penalidades. ......................................................................................... .................................... ARTIGO 7 - SO DEVERES DOS ASSOCIADOS I. Cumprir e fazer cumprir o presente estatuto; II. Respeitar e cumprir as decises da Assemblia Geral; III. Zelar pelo bom nome da Associao; IV. Defender o patrimnio e os interesses da Associao; V. Cumprir e fazer cumprir o regimento interno; VI. Comparecer por ocasio das eleies; VII. Votar por ocasio das eleies; VIII. Denunciar qualquer irregularidade verificada dentro da Associao, para que a Assemblia Geral tome providncias. Pargrafo nico - dever do associado contribuinte honrar pontualmente com as contribuies associativas. ......................................................................................... .................................... ARTIGO 11 DA APLICAO DAS PENAS As penas sero aplicadas pela Diretoria Executiva e podero constituir-se em: I. Advertncia por escrito; II. Suspenso de 30 (trinta) dias at 01 (um) ano; III. Eliminao do quadro social. ARTIGO 12 - DOS ORGOS ADMINISTRATIVOS DA INSTITUIO So rgos da Associao: I. Diretoria Executiva; II. Conselho Fiscal. ........................................................................................ ...................................... ARTIGO 29 - DAS DISPOSIES GERAIS A Associao no distribui lucros, bonificaes ou vantagens a qualquer ttulo, para dirigentes, associados ou mantenedores, sob nenhuma forma ou pretexto, devendo suas rendas ser aplicadas, exclusivamente, no territrio nacional. ARTIGO 30 - DAS OMISSES Os casos omissos no presente Estatuto sero resolvidos pela Diretoria Executiva, ad referendum da Assemblia Geral. So Paulo, (mesma data de sua aprovao) ______________________________________ __ Presidente ______________________________________ __ Advogado Nome: OAB n

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Curso Tcnico em Transaes Imobiliriasi) Memorando um documento muito simples usado na correspondncia interna de uma empresa. Traz impresso, abaixo do timbre, a expresso Memorando ou Memorando Interno. Logo abaixo, ao lado direito, h, tambm impresso, n e Em / / , que voc utiliza, respectivamente para, numerar e datar o memorando. Na linha precedida de DE, voc especifica o cargo de quem o envia, na linha precedida de PARA, o cargo de quem o recebe, e na linha precedida de ASSUNTO, um ttulo para o assunto em questo. O memorando deve ser desenvolvido de maneira sucinta, isto , usando-se apenas as palavras indispensveis clareza do assunto tratado. As expresses formais, muito usadas no encerramento da correspondncia comercial, so dispensveis no memorando, bastando a assinatura de quem o envia. Entretanto, algumas organizaes adotam para seus memorandos uma forma de encerramento bastante simples: quando o memorando for dirigido a um superior hierrquico, o encerramento ser feito atravs da palavra Respeitosamente. Grato e o encerramento usado no memorando em que feita uma solicitao. Quando o memorando trocado entre funcionrios da mesma hierarquia, Saudaes a forma de encerramento usada. j) Nota promissria uma promessa de pagamento feita pelo devedor ao credor. So requisitos essenciais da nota promissria: Denominao Nota Promissria; Importncia a ser paga tambm por extenso; Nome da pessoa a quem a importncia deve ser paga (credor); Assinatura do emitente (devedor). k) Procurao um documento que autoriza uma pessoa a realizar negcios em nome de outra. Imagine a seguinte situao: voc tem que viajar e no pode participar da reunio de condomnio. A soluo autorizar algum a fazer isto no seu lugar. Voc poderia redigir a seguinte procurao (observe atentamente as informaes necessrias). Modelo PROCURAO Por este instrumento particular de procurao, eu JOO JOSE, brasileiro, economista, casado, residente e domiciliado nesta cidade, Rua do Principe n 133, apt 301 portador da Cdula de Identidade RG n 1.220.945 e do CNPF n 022.368.689-87, nomeio PEDRO SEBASTIO, brasileiro, casado, engenheiro, residente e domiciliado nesta capital, Rua Anhaia n 134, portador da Cdula de Identidade RG n 9.238.568 e do CNPF n 018.359.57792, para o fim especfico de representar-me na reunio de condomnio do Edifcio solar das Palmeiras, com poderes para votar e assinar documentos necessrios ao bom e fiel cumprimento deste mandato. Para maior clareza e fins de direito, firmo o presente. Assinatura com firma reconhecida

l) Protocolo o registro dos atos pblicos ou registro das audincias nos tribunais. Comercialmente, como denominamos os registros de correspondncia de uma empresa, ou registros de entrada e sada de materiais ou documentos. Modelo Destinatrio data Nome: ............................................................................ ..................................... End.: .............................................................................. ..................................... Cidade: .............................................................. estado:................................. Contedo: .................................................................... .................................... Recebido em ........./................/............. Carimbo e assinatura m) Recibo

Recibo um documento em que se declara o recebimento de algo. RECIBO Recebemos da MARCO INCORPORAES a importncia de R$ 10.000,00 (oitenta mil reais), como pagamento de comisses referente a venda de um apartamento situado Av. Professor Urias, 742, Fazendinha SP. So Paulo, 10 de fevereiro de 200X. ____________________________________ Assinatura Testemunhas: 1 ........................................ 2.........................................

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Curso Tcnico em Transaes Imobiliriasn) E-mail Atualmente, as mensagens eletrnicas tem sido usadas com muita freqncia. Esse tipo de mensagem, o popular e-mail, como qualquer outra mensagem escrita, pois requer os mesmos cuidados: clareza, simplicidade, coerncia devem estar presentes tambm na correspondncia eletrnica. Estruturalmente, o e-mail semelhante carta pessoal. O texto deve ter um vocativo (saudao inicial), a mensagem (texto), uma despedida (atenciosamente, cordialmente, respeitosamente) e assinatura. sobre o relatrio pode gerar uma resposta positiva. Portanto, a habilidade do redator no deve girar em torno apenas da capacidade de analisar situaes, mas de inferir delas as reais necessidades do administrador da empresa.

UNIDADE 5Reviso gramatical5.1. CONCORDNCIA COM VERBOS SER/ HAVER/FAZER O verbo ser, em geral concorda com o sujeito. Exemplo: A flor perfumosa. Mariana a alegria da famlia. Mariana as alegrias da famlia. O verbo ser concordar com o nome da pessoa. a) Horas datas distncias: quando indica horas, datas, distncias, o verbo SER, sendo impessoal (no tem sujeito), concorda com o predicativo, ou seja, com a palavra que indica horas, datas, distncia. Exemplos: Que hora ? Que horas so? uma hora. Hoje so 25 de maro. So quinze quilmetros. Hoje 1 de abril. b) Haver = existir ou acontecer impossvel (sem sujeito): verbo fica sempre na 3 pessoa do singular. Exemplos: Na sala, existiam vinte lugares. Na sala, devia haver vinte lugares. OBS.: Existir concordar sempre com o sujeito j que tem sujeito. Exemplo: Na sala, existem vinte lugares. c) Fazer = impessoal quando tempo transcorrido ou a transcorrer: verbo fica no singular. Exemplo: Ontem fez dois meses que ele se formou.

UNIDADE 4Relatrios administrativos4.1. Noo de Relatrio Administrativo Relatrios administrativos so comunicaes elaboradas pelos membros de uma empresa. Geralmente so requeridas pelos administradores, gerentes, diretores. A importncia desses textos no consiste em sua forma, mas sim em sua utilidade porque tem como objetivo prestar informaes sobre a situao dos ocorrido dentro da empresa, como projetos, operaes, etc. Portanto, o relatrio administrativo um recurso que facilita e organiza os trabalhos de uma empresa. 4.2. Estrutura do relatrio As estruturas mais comuns de relatrio so: Apresentao de soluo de problemas; Enumerao de fatos; Exposio temporal: cronologia dos fatos; Argumentao. O esquema da apresentao que segue exposio cronolgica dos fatos expe o problema, depois as causas e efeitos e concluindo, a soluo. 4.3. Tcnicas para redao de relatrios Aprender a elaborar relatrios requer treino, exerccio contnuo. A primeira providncia a ser tomada para fazer um bom relatrio um plano ou esquema, pois ser til para a preciso e a qualidade do relatrio. Esses esquemas filtraro as informaes para que o texto final no tenha dados irrelevantes. Para que os relatrios sejam preparados com mais eficincia, deve-se considerar o tema, as circunstancias, o receptor e reunir todas as informaes relevantes antes de comear a escrev-los. preciso tambm escolher bem as palavras a serem utilizadas pensando no que seria mais agradvel ao receptor. Considerando que comunicao ser eficaz se produzir a resposta desejada, necessrio poupar o receptor de informaes inoportunas porque uma impresso positiva

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Curso Tcnico em Transaes Imobilirias5.2. Acentuao principais regras de acordo com o novo acordo ortogrfico da Lngua Portuguesa 5.2.1. TREMA Exemplos: tuiui, tuiuis, Piau; 2) se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. Exemplos: guaba, Guara. 3. No se usa mais o acento das palavras terminadas em em e o(s). O CORRETO abenoo creem deem enjoo leem perdoo 4. No se usa mais o acento que diferenciava os pares pra/para, pla(s)/pela(s), plo(s)/pelo(s), plo(s)/ polo(s) e pra/pera. Ateno! Permanece o acento diferencial em pde/pode. Pde a forma do passado do verbo poder (pretrito perfeito do indicativo), na 3. pessoa do singular. Pode a forma do presente do indicativo, na 3. pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele no pde sair mais cedo, mas hoje ele pode. Permanece o acento diferencial em pr/por. Pr verbo. Por preposio. Exemplo: Vou pr o livro na estante que foi feita por mim. Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles tm duas casas. Ele vem de Sorocaba. / Eles vm de Rondnia. Ele mantm a palavra. / Eles mantm a palavra. Ele convm aos estudantes. / Eles convm aos estudantes.

No se usa mais o trema (), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Exceto para palavras de origem estrangeira, como Mller. 5.2.2. Principais regras

Mudanas nas regras de acentuao 1. No se usa mais o acento dos ditongos abertos i e i das palavras paroxtonas (palavras que tm acento tnico na penltima slaba). O CORRETO alcaloide alcateia androide (verbo apoiar) apoia (verbo apoiar) apoio asteroide boia celuloide claraboia colmeia Ateno: essa regra vlida somente para palavras paroxtonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxtonas e os monosslabos tnicos Terminados em is e i(s). Exemplos: papis, heri, heris, di (verbo doer), sis etc. 2. Nas palavras paroxtonas, no se usa mais o acento no i e no u tnicos quando vierem depois de um ditongo decrescente. O CORRETO Baiuca bocaiuva* cauila** feiura * bocaiuva = certo tipo de palmeira **cauila = avarento Ateno: 1) se a palavra for oxtona e o i ou o u estiverem em posio final (ou seguidos de s), o acento permanece.

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Curso Tcnico em Transaes Imobilirias facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ frma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual a forma da frma do bolo? 5. No se usa mais o acento agudo no u tnico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo do verbo arguir. O mesmo vale para o seu composto redarguir. 6. H uma variao na pronncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e tambm do imperativo. Veja: a) se forem pronunciadas com a ou i tnicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos: verbo enxaguar: enxguo, enxguas, enxgua, enxguam; enxgue, enxgues, enxguem. verbo delinquir: delnquo, delnques, delnque, delnquem; delnqua, delnquas, delnquam. b) se forem pronunciadas com u tnico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada tnica, isto , deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam. 5.3. Pronomes de tratamento Vossa Excelncia (V. Ex.): para Membros do Ministrio Pblico (Procuradores da Repblica, Procuradores do Trabalho, Procuradores do Ministrio Pblico Militar ou Promotores de Justia). Executivo e Legislativo Vossa Excelncia (V. Ex.): para chefes do Executivo (Presidente da Repblica, Governadores e Prefeitos), Ministros de Estado e Secretrios Estaduais e Municipais, para Integrantes do Poder Legislativo (Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais e Vereadores), Ministros do Tribunal de Contas da Unio e para Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais. Militares Vossa Excelncia (V. Ex.): para oficias generais (Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exrcito e Tenentes-Brigadeiros; Vice-Almirantes, Generais-de-Diviso e Majores-Brigadeiros; Contra-Almirantes, Generaisde-Brigada e Brigadeiros e Coronis Comandantes das Foras Auxiliares dos Estados e DF (Polcias Militares e Bombeiros Militares). Vossa Senhoria (V. S.): para demais patentes e graduaes militares. Autoridades eclesisticas Vossa Santidade (V. S.): para lderes religiosos supremos (o papa, o patriarca ecumnico, o Dalai Lama, etc.) Vossa Eminncia (V. Em.): para cardeais Vossa Beatitude: para os patriarcas das igrejas sui juris orientais Vossa Excelncia Reverendssima (V. Ex. Revma): para arcebispos e bispos. Vossa Reverendssima (V. Revma): para abades, superiores de conventos, monsenhores, outras autoridades eclesisticas e sacerdotes em geral. Padre (Pe.): para padres. Autoridades monrquicas ou imperiais Vossa Majestade Real & Imperial (V. M. R. & I.): para monarcas que detenham ttulos de imperador e rei ao mesmo tempo. Vossa Majestade Imperial (V. M. I.): para imperadores e imperatrizes Vossa Majestade (V. M.): para reis e rainhas. Vossa Alteza Real & Imperial (V. A. R. & I.): para prncipes de casas reais e imperiais. Vossa Alteza Imperial (V. A. I.): para prncipes de casas imperiais. Vossa Alteza Real (V. A. R.): para prncipes e in-

Autoridades de Estado Vossa Excelncia (V. Ex.): Para o presidente da Repblica, senadores da Repblica, ministros de Estado, governadores, deputados federais e estaduais, prefeitos, embaixadores, vereadores, cnsules, chefes das Casas Civis e Militares. Somente o presidente da repblica usa o pronome de tratamento por extenso, nunca abreviado. Vossa Magnificncia (V. Mag.): Para reitores de Universidade, pr-reitores e vice-reitores. Vossa Senhoria (V. S.): Para diretores de autarquias federais, estaduais e municipais. Judicirias e do Ministrio Pblico Meritssimo Juiz (M. Juiz): para juzes de Direito.

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Curso Tcnico em Transaes Imobiliriasfantes de casas reais. Vossa Alteza Serenssima (V. A. S.): para prncipes monarcas e Arquiduques. Vossa Alteza (V. A.): para duques. Vossa Excelncia (V. Ex.): para Duques com Grandeza, na Espanha. Vossa Graa (V. G.): para Duques e Condes. Vossa Alteza Ilustrssima (V. A. Ilm.): para nobres mediatizados, como Condes, na Alemanha. O Mui Honorvel (M. Hon.): para marqueses, na Gr-Bretanha. O Honorvel (Hon.): para condes (The Right Hon.), viscondes, bares e filhos de duques, marqueses e condes na Gr-Bretanha. Outros ttulos Senhor (Sr.): para homens em geral, quando no existe intimidade Senhora (Sr.): para mulheres casadas ou mais velhas (no Brasil) ou mulheres em geral (em Portugal). Senhorita (Srt.): para moas solteiras, quando no existe intimidade (no Brasil). Vossa Senhoria (V. S.): para autoridades em geral, como secretrios da prefeitura ou diretores de empresas Ilustrssimo (Il.mo): para pessoas comuns, no mesmo sentido de Senhoria, delegados, diretores de alguma autarquia. Doutor (Dr.): para empregado a quem possui doutorado. Modernamente usado para tratar qualquer pessoa com um curso superior, erroneamente, principalmente mdico e advogado que muitos se apresentam desta forma. O correto seria Ilmo Sr () Adv(), Ilmo Sr Med(), Arquitecto (Arq.()): para arquitetos (em Portugal). Engenheiro (Eng.()): para engenheiros (em Portugal). Comendador (Com.()): para comendadores Professor (Prof.()): para professores. Desembargador (Des.dor): para desembargadores Pastor (Pr.): para pastores de igrejas protestantes. OBS.: Embora os pronomes de tratamento sejam expressos na segunda pessoa (singular ou plural), a concordncia verbal ser feita na terceira pessoa (singular ou plural). Exemplo: Peo que Vossa Senhoria se digne responder ao meu apelo. (e no vos digneis) 5.4. Uso do hfen

Uso do hfen com compostos 5.4.1. Usa-se o hfen nas palavras compostas que no apresentam elementos de ligao. Exemplos: guarda-chuva, arco-ris, boa-f, segunda-feira, mesaredonda, vaga-lume, joo-ningum, porta-malas, portabandeira, po-duro, bate-boca * Excees: No se usa o hfen em certas palavras que perderam a noo de composio, como: girassol, madressilva, mandachuva, pontap, paraquedas, paraquedista, paraquedismo. 5.4.2. Usa-se o hfen em compostos que tm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos de ligao. Exemplos: reco-reco, bl-bl-bl, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre 5.4.3. No se usa o hfen em compostos que apresentam elementos de ligao. Exemplos: p de moleque, p de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vrgula, camisa de fora, cara de pau, olho de sogra Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, Deus me livre, Deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeas, faz de conta * Excees: gua-de-colnia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, p-de-meia, ao deus-dar, queimaroupa. 5.4.4. Usa-se o hfen nos compostos entre cujos elementos h o emprego do apstrofo. Exemplos: gota-dgua, p-dgua 5.4.5. Usa-se o hfen nas palavras compostas derivadas

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Curso Tcnico em Transaes Imobiliriasde topnimos (nomes prprios de lugares), com ou sem elementos de ligao. Exemplos: Belo Horizonte belo-horizontino Porto Alegre porto-alegrense Mato Grosso do Sul mato-grossense-do-sul Rio Grande do Norte rio-grandense-do-norte frica do Sul sul-africano 5.4.6. Usa-se o hfen nos compostos que designam espcies animais e botnicas (nomes de plantas, flores, frutos, razes, sementes), tenham ou no elementos de ligao. Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraso, mico-leodourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagnia, ervadoce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-docampo, cravo-da-ndia Obs.: no se usa o hfen, quando os compostos que designam espcies botnicas e zoolgicas so empregados fora de seu sentido original. Observe a diferena de sentido entre os pares: a) bico-de-papagaio (espcie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformao nas vrtebras). b) olho-de-boi (espcie de peixe) - olho de boi (espcie de selo postal). Uso do hfen com prefixos As observaes a seguir referem-se ao uso do hfen em palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.). Casos gerais 1. Usa-se o hfen diante de palavra iniciada por h. Exemplos: anti-higinico anti-histrico macro-histria mini-hotel proto-histria sobre-humano super-homem ultra-humano 2. Usa-seohfenseoprefixoterminarcomamesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos: micro-ondas anti-inflacionrio sub-bibliotecrio inter-regional 3.Noseusaohfenseoprefixoterminarcomletra diferente daquela com que se inicia a outra palavra. Exemplos: autoescola antiareo intermunicipal supersnico superinteressante agroindustrial aeroespacial semicrculo * Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra comear por r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos: minissaia antirracismo ultrassom semirreta Casos particulares 1.Comosprefixossubesob,usa-seohfentambm diante de palavra iniciada por r. Exemplos: sub-regio sub-reitor sub-regional sob-roda 2.Comosprefixoscircumepan,usa-seohfendiante de palavra iniciada por m, n e vogal. Exemplos: circum-murado circum-navegao pan-americano 3. Usa-se o hfen com os prefixos ex, sem, alm, aqum, recm, ps, pr, pr, vice.

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Curso Tcnico em Transaes ImobiliriasExemplos: alm-mar alm-tmulo aqum-mar ex-aluno ex-diretor ex-hospedeiro ex-prefeito ex-presidente ps-graduao pr-histria pr-vestibular pr-europeu recm-casado recm-nascido sem-terra vice-rei 4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste ltimo caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte comear com r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos: coobrigao coedio coeducar cofundador coabitao coerdeiro corru corresponsvel cosseno 5.Comosprefixospreere,noseusaohfen,mesmo diante de palavras comeadas por e. Exemplos: preexistente preelaborar reescrever reedio 6. Na formao de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hfen diante de palavra comeada por b, d ou r. Exemplos: ad-digital ad-renal ob-rogar ab-rogar Outros casos do uso do hfen 1. No se usa o hfen na formao de palavras com no e quase. Exemplos: (acordo de) no agresso (isto um) quase delito 2. Com mal*, usa-se o hfen quando a palavra seguinte comear por vogal, h ou l. Exemplos: mal-entendido mal-estar mal-humorado mal-limpo * Quando mal significa doena, usa-se o hfen se no houver elemento de ligao. Exemplo: mal-francs. Se houver elemento de ligao, escreve-se sem o hfen. Exemplos: mal de lzaro, mal de sete dias. 3. Usa-se o hfen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como au, guau, mirim. Exemplos: capim-au amor-guau anaj-mirim 4. Usa-se o hfen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando no propriamente vocbulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niteri eixo Rio-So Paulo 5. Para clareza grfica, se no final da linha a partio de uma palavra ou combinao de palavras coincidir com o hfen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos: Na cidade, conta-se que ele foi viajar. O diretor foi receber os ex-alunos. 5.5. Concordncia verbal e nominal

CONCORDNCIA NOMINAL CONCORDNCIA Concordncia , ento, a harmonia de flexo de uma frase. H dois tipos de concordncias: nominal e verbal. a. Concordncia nominal: um adjetivo ou termo com valor de adjetivo (nome, numeral, artigo, particpio) concorda em gnero e nmero com o substan-

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Curso Tcnico em Transaes Imobiliriastivo que o acompanha. Exemplo: Curvas traioeiras transformam os motoristas em pilotos de rali. b. Concordncia verbal: o verbo concorda em nmero e pessoa com seu sujeito. Exemplo: Obras mal executadas criam armadilhas. REGRAS ESPECIAIS DE CONCORDNCIA NOMINAL a.1) Adjetivo anteposto: adjetivo antes de dois ou mais substantivos, concordar com o mais prximo. alma. ou Exemplo: Sentia, descompassado o corao e a Sentia, descompassada a alma e o corao. cesa. CONCORDNCIA DO NUMERAL COM O SUBSTANTIVO a) Os numerais cardinais (um, dois ou trs...) concordam com o substantivo a que se referem. Exemplo: Havia, na reunio, duas mulheres. Apenas uma funcionria falou. b) tivo: Mais de um numeral se refere a um mesmo substan-

substantivo no singular ou plural se os numerais forem precedidos de artigo. ifcio. ou Exemplo: O primeiro e o segundo andar do edO primeiro e o segundo andares do edifcio

a.2) Adjetivo prosposto: quando o adjetivo (ou a palavra com funo de adjetivo) vier depois de dois ou mais substantivos, teremos as concordncias: Com o substantivo mais prximo: ciosos. Ou Exemplo: E as coisas, e os homens todos silenE os homens, e as coisas todas silenciosas.

substantivo plural sem a repetio do artigo para o segundo elemento. Exemplo: O primeiro e segundo andares... substantivo plural se antes dos numerais. Exemplo: Os andares primeiro e segundo. OUTROS CASOS DE CONCORDNCIA NOMINAL a) preciso necessrio proibido bom: So invariveis se o sujeito no estiver

O adjetivo pode ir para o plural no mesmo gnero dos substantivos, se estes tiverem o mesmo gnero: ali. Exemplo: Flores, e folhas despedaadas estavam

Se os substantivos fizerem gneros diferentes: plural no gnero masculino. Exemplo: Quadros e cortinas despedaados estavam ali. a.3) Dois adjetivos para um substantivo, determinados pelo artigo: Substantivo no singular: sa. Exemplo: Emilia estuda a lngua alem e a ingleNs analisamos um produto nacional e um

determinado. Exemplos: preciso muita pesquisa. bom plantao de erva-cidreira para afugentar formigas. proibido entrada de estranhos. So variveis e concordam com o sujeito em gnero e nmero, se o sujeito estiver determinado. Exemplos: boa a plantao de erva-cidreira para afugentar formigas. proibida a entrada de estranhos. b) Concordncia do adjetivo (em funo predicativa) com o sujeito: Predicativo e sujeito simples: o predicativo concorda com o sujeito simples. Exemplo: Os meus olhos, permaneciam embaados pela nvoa.

importado.

O substantivo fica no plural e sem artigo para o segundo adjetivo: Exemplo: Emilia estuda as lnguas alem e fran-

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Curso Tcnico em Transaes Imobilirias Predicativo e sujeito composto: com predicativo aps o sujeito: sujeito composto, mesmo gnero. c) Mesmo Prprio Incluso Anexo Obrigado Quite Essas palavras concordam, geralmente com o nome a que se referem: texto. Elas prprias decidiram a questo. Declaro ter recebido inclusa a escritura do imvel. Estou quite com as minhas dvidas. Muito obrigado disse ele. Muito obrigada disse ela. d) Bastante Meio Se apresentarem como advrbio ficam Exemplos: Os alunos mesmos organizaram o So invariveis Exemplos: g) Possvel Na classe h menos moos que rapazes. Trata-se de pseudo-especialista. O dinheiro desapareceu a olhos vistos.

Invarivel com artigo no singular (expresso superlativo): Exemplo: O candidato tentou obter o maior nmero de votos possvel. Varivel com artigo no plural: Exemplo: As notcias que trouxe so as melhores possveis. h) Substantivos ligados por ou O adjetivo ficar no plural masculino: Exemplo: necessrio o uso de camisa ou vestidos brancos. O adjetivo concorda com o mais prximo: Exemplo: necessrio o uso de camisa ou vestido branco. CONCORDNCIA VERBAL O verbo concorda com o sujeito, portanto, para efetuar a concordncia corretamente, necessrio reconhecer o sujeito da orao. Tendo em vista que existem diversos tipos de sujeito: simples, composto, oculto, indeterminado, inexistente, e que o sujeito pode vir antes ou depois do verbo, constituindo diversas expresses diferentes. Existem vrias regras de concordncia do verbo, conforme for o tipo de sujeito. Por isso, a partir de agora, veremos estas regras de concordncia. CONCORDNCIA DO VERBO COM O SUJEITO SIMPLES Quando se trata do sujeito simples, antes ou depois do verbo: se o sujeito simples for singular, o verbo fica no singular; se o sujeito simples for plural, o verbo fica no plural. Exemplos: O disco voador apareceu. Apareceu o disco voador. Os astronautas desceram Desceram os astronautas. Eu vi a nave.

invariveis:

Exemplos: Perguntaram bastante sobre voc. A melancia estava meio estragada. Variam com valor de adjetivo ou numer-

al fracionrio:

voc. Meia melancia estava estragada.

Exemplos: Faziam bastantes perguntas sobre

OBS.: o mesmo ocorre com muito, pouco, longe, caro. Exemplos: Os carros custaram caro. Os carros caros so melhores. Moram longe daqui. Andamos por longes terras.

e)

S A ss como advrbio (somente): invarivel Exemplos: Todos concordam, s eles no. como adjetivo (sozinho): varivel Exemplos: As crianas permaneciam ss.

OBS.: A locuo adverbial invarivel. Exemplo: quarto. f) Os noivos ficam a ss. A noiva ficou a ss em seu

Menos Alerta Pseudo A olhos vistos

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Curso Tcnico em Transaes ImobiliriasNs vimos a nave. CONCORDNCIA DO VERBO COM O SUJEITO COMPOSTO Quando se trata do sujeito composto antes do verbo, o verbo deve ficar no plural. Exemplo: A lua e as estrelas surgiram o verbo fica no plural ou concorda com o mais prximo. Exemplo: Surgiram a lua e as estrelas. Concordando com o sujeito mais prximo (se o mais prximo for plural, o verbo ser apenas plural): Exemplo: Surgiram as estrelas e a lua. Concordncia do Verbo com o Sujeito Composto por Pronomes Pessoais eu , tu e ele verbo correspondente ns Exemplo: Eu, tu e ele falamos. Ela, tu e eu verbo correspondente ns Exemplo: Ela, tu e eu falamos. tu e eu verbo correspondente ns Exemplo: Tu e eu falamos. tu e ele ou ela verbo correspondente vs (vocs exceo) Exemplo: Tu e Marli ireis adiante (ou iro). Tu e ele falais (ou falam). Ele e ela verbo correspondente Exemplo: Ele e ela saram. 5.6. a) b) TERMOS DA ORAO Essenciais: sujeito predicado Exemplo: A casa caiu ontem. b) Predicado: o termo que contm o VERBO e informa algo sobre o sujeito. Exemplo: A casa caiu ontem. Observe: Como achar o sujeito? Toma-se o verbo e a ele se faz a pergunta: Quem? Ou O que? O que caiu? A casa (sujeito) c) Classificao do sujeito c.1) Simples: apresentar um s ncleo (ncleo qualquer substantivo, pronome ou palavra substantivada). Exemplo: O lpis c.2) Composto: apresentara dois ou mais ncleos. Exemplo: O lpis e a caneta sumiram c.3) Oculto ou Elptico ou Desinencial: quando se trata dos pronomes eu, tu, ele, ns, vs e no aparecem na orao. Exemplo: Vendi casas. (o sujeito oculto: eu) c.4) Orao sem sujeito ou sujeito inexistente: verbos que indicam fenmenos da natureza (chover) ventar, etc), verbo haver no sentido de existir, verbo fazer, ser e estar sempre indicando tempo. Exemplo: Choveu hoje. Havia janelas. Faz frio.(fazer) cedo. (ser) Esta quente (estar) c.5) Indeterminado: quando o verbo est na 3 pessoa do plural e no aparece o sujeito nem antes nem depois do verbo. Exemplo: Bateram porta. Venderam os terrenos da praia azul. c.6) Paciente: recebe ou sofre a ao do verbo. Exemplo: A montanha removida pela f. (no faz a ao de remover, recebe a ao da f). Obs.: O sujeito simples ou composto tambm pode ser chamado de sujeito agente.

Acessrios: objeto (direto e indireto) complemento nominal agente da passiva adjuntos (adnominais e adverbiais) Aposto Portanto, temos a os termos da orao. raro acontecer uma orao em que ocorram todos os termos. Porm, o sujeito e o predicado sempre aparecem, por isso so chamados termos essenciais. Termos Essenciais da Orao a) Sujeito: o termo sobre o qual o restante da orao diz algo.

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Curso Tcnico em Transaes Imobiliriasc.7) Vive-se bem aqui ndice de indeterminao do sujeito 5.7. ABREVIATURAS SMBOLOS - SIGLAS Os smbolos so empregados, em geral, para expressar unidades de medida. No levam ponto e, na maioria dos casos, so escritos com letras minsculas e sem S para indicar plural, cuja forma igual do singular. Exemplos: medidas lineares: mm (milmetro); cm (centmetro); m (metro); km (quilmetro) etc. 1m 250 m unidades de superfcie: mm (milmetro quadrado); cm (centmetro quadrado); m (metro quadrado), km (quilmetro quadrado); ha (hectare) etc. 1 km 170 km unidades de volume: mm (milmetro cbico); cm (centmetro cbico); m (metro cbico) etc. 1 cm 80 cm unidades de massa: mg (miligrama); g (grama); kg (quilograma); t (tonelada) etc. 1 kg 60 kg tempo: h (hora); min (minuto); s (segundo). 10 h 15 min OBSERVAES Quando os smbolos tm origem em nomes de pessoas (geralmente cientistas), vm em maisculas, sem ponto e sem s para indicar plural. Mas viro em letra minscula, se escritos por extenso e com s, se estiverem no plural. Veja: watt(s) = W joule(s) = J ampre(s) = A newton(s) = N Siglas Sigla o nome dado ao conjunto de letras iniciais de um vocbulo (a qual, no raro, pode se transformar numa palavra toda), que compem o nome de uma organizao, uma instituio, um programa, um tratado etc. Veja algumas particularidades das siglas: a) Siglas prprias ou puras: quando todas as letras iniciais que compem o nome so escritas com letras maisculas: PUC = Pontifcia Universidade Catlica FAB = Fora Area Brasileira b) Siglas imprprias ou impuras: quando so formadas no s pelas letras iniciais, mas tambm por outras no-iniciais ou quando palavras componentes do nome so omitidas da sigla. Apenas a primeira escrita com

O dinamismo da vida moderna exige que o mximo de informaes sejam fornecidas com um mnimo de palavras. o que a teoria da comunicao convencionou chamar de ECONOMIA DE SIGNO. Exemplos: SBADO Sab. DOMINGO Dom. SEM NMERO AVENIDA Av.

s/n

Essas expresses so denominadas abreviaturas, siglas ou smbolos, recursos lingsticos que visam aproveitamento do espao e do tempo na comunicao oral e escrita. Abreviaturas Forma reduzida ou abreviada de certas palavras ou expresses. Exemplos: a.C. significa antes de Cristo. R. significa rua OBSERVAES a) No se deve confundir abreviatura com abreviao. Abreviao a reduo de uma palavra e no a sua representao atravs de letras. Exemplos: quilo = quilograma foto = fotografia. b) Certas abreviaturas apresentam o plural com as letras maisculas dobradas. Exemplo: AA = autores c) s vezes, letras maisculas dobradas representam grau superlativo. Exemplo: DD = dignssimo d) Algumas abreviaturas aparecem em casos de uso estritamente pessoal ou no mbito interno de uma empresa, indstria ou repartio. Por isso, muitas vezes, podem fugir aos padres convencionais. Smbolos

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Curso Tcnico em Transaes Imobiliriasmaiscula, a no ser que toda a sigla tenha menos de quatro letras: Abigraf = Associao Brasileira da Indstria Grfica DSV = Departamento de Operaes do Sistema Virio Siglas impronunciveis: quando as letras no formam uma palavra, sendo pronunciadas uma a uma. So escritas com maisculas: BNDE = Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico. CEE = Comunidade Econmica Europia. BNH = Banco Nacional da Habitao. SFH = Sistema Financeiro da Habitao FGTS = Fundo de Garantia por Tempo de Servio. Siglas pronunciveis: quando as letras formam palavras, pronunciando-se a sigla inteira. Se cada letra da sigla corresponder a uma palavra, usam-se letras maisculas: OPEP = Organizao dos Paises Exportadores de Petrleo PIS = Programa de Integrao Social BIBLIOGRAFIA BELTRO, Odacir; BELTRO, Marisa. Correspondncia linguagem & comunicao. So Paulo: Atlas, 1988. MEDEIROS, Joo Bosco. Redao empresarial. So Paulo: Atlas, 1997. .Correspondncia tcnicas de redao criativa. So Paulo: Atlas, 1997 .Portugus instrumental.So Paulo: Atlas, 2000. Jos de: INFANTE Ulisses. Gramtica contempornea da lngua portuguesa. So Paulo: Scipione, 1997. PEREIRA, Gil. C. A palavra: expresso e criatividade.So Paulo: Moderna, 1997. BECHARA, Evanildo. Moderna Gramtica Portuguesa. 28.ed. So Paulo: Nacional, 1983. DOUGLAS, Tufano. Estudos da Lngua Portuguesa. 2.ed. So Paulo: Moderna, 1990. PASCHOALIN & SPEDOTO. Gramtica, Teoria e Exerccios. So Paulo: FTD, 1989. LIMA, Rocha; NETO, Barbadinho. Manual de Redao. Rio de Janeiro: MEC-FAE, 1984. CHAMDOIRA, Joo Batista N.; RAMADAN, Maria Ivoneti B. Lngua Portuguesa: Pensando e Escrevendo. So Paulo: Atual, 1994. INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto. Curso prtico de leitura e redao. Editora Scipione: So Paulo, 1991. ECO, Umberto. Conceito de texto. So Paulo : T.A. Queiroz, 1984. p.4.

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EXERCCIOSPortugus

1. a) b) c) d) 2. a) b) c) d) 3. a) b) c) d) 4. a) b) c) d)

Em relao ao processo de comunicao correto afirmar: Sons, gestos e palavras no fazem parte do processo comunicao. atravs da lngua que o contato com o mundo atualizado e a comunicao se torna constante. O que as pessoas falam no faz parte do processo de comunicao. No contato com o mundo, as palavras so irrelevantes compreenso do que nos rodeia. Etimologicamente, comunicao significa: Tornar comum, compartilhar opinies, fazer saber, ento, implica interao e troca de mensagens. Fazer com que as pessoas se entendam. Ser entendido com facilidade. Tornar comum o que as pessoas falam. No que diz respeito comunicao, assinale o que seria um empecilho ao receptor da mensagem: A capacidade de receber uma mensagem. Nvel de conhecimento insuficiente para a compreenso da mensagem. Nvel de conhecimento suficiente para entender o que o emissor diz. Nvel de estudo superior ao do emissor. Al, Bom Dia, Com Licena: temos a linguagem: Ftica Referencial Emotiva Metalingstica

5. Em todo o ato de comunicao esto envolvidos vrios elementos, dentre os quais podemos citar o Canal que : a) b) c) d) 6. a) b) c) d) 7. a) b) c) d) O destinatrio da comunicao O cdigo comum a ambos A forma codificada da comunicao O suporte material que veicula a mensagem Denominamos Cdigo: O conjunto de sinais estruturados, utilizados para a transmisso de sinais Ao envio da escrita Um tipo de informao Normas de comunicao Em relao carta comercial, podemos dizer que: uma correspondncia sempre informal. um tipo de correspondncia no mais usado entre empresas. um canal de comunicao muito usado no comrcio e na indstria. uma correspondncia entre amigos.

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8. a) b) c) d) 9. a) b) c) d) 10. a) b) c) d)

Ata corresponde a: Documento lavrado por mdicos. Documento lavrado em reunies ou em assemblias gerais. Documento escrito por trabalhadores de uma empresa. Documento escrito em somente em reunies que decidem o futuro de funcionrios de uma empresa. Relatrios administrativos so: Cartas escritas aos administradores. Correspondncias trocadas entre empresas. Atas lavradas em reunies. comunicaes elaboradas pelos membros de uma empresa. Conforme o mais recente acordo ortogrfico da Lngua Portuguesa, correto afirmar que: No se usa mais tremas em palavras da Lngua Portuguesa. No se usa mais acentos circunflexos. No se usa mais acentos graves. Se usa acento somente em oxtonas,

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DIREITO E LEGISLAO

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INTRODUO

Caro aluno, seja bem-vindo disciplina de Direito e Legislao. O objetivo principal da disciplina que voc adquira conhecimentos bsicos do Direito Comercial, do Direito Civil e do Direito do Consumidor. Estas reas sero palco de seu trabalho dirio como Corretor de Imveis, necessitando que sejam bem compreendidas para que voc tenha tranqilidade e sucesso na carreira escolhida. Em cada unidade desta disciplina voc conhecer conceitos e exemplos que lhe daro fundamentos para entender como acontecem as transaes imobilirias e quais obrigaes esto previstas em lei, para que voc possa orientar corretamente os seus clientes.Sucesso e bom estudo!

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Curso Tcnico em Transaes Imobiliriasque no faz parte da legislao. criada espontaneamente pela sociedade, sendo produzida por uma prtica geral, constante e prolongada. O costume, porm, no poder ser aplicado se for contrrio a uma determinao expressa em lei. 4) Princpios gerais do direito So regras no impostas, mas que historicamente so tidas como matrizes da elaborao das leis (regras me).EXEMPLO: A jurisprudncia.

UNIDADE 1As Fontes e a Diviso do DireitoSEO 1 As Fontes do Direito No sentido jurdico, fontes so os elementos subsidirios, de auxlio, para formular e esclarecer normas e regras. Voc j estudou que o Direito surgiu a partir das necessidades humanas e sociais, que mudam constantemente, com isso pode-se concluir que o direito dinmico, sendo revisto e atualizado conforme mudam estas necessidades. O que so as Fontes do Direito? Fontes do Direito so todas aquelas que criam ou inspiram a aplicao das regras do mundo do dever ser no mundo do ser. Elas esto dispostas de modo hierrquico da seguinte forma: - FONTES FORMAIS: Lei ; Analogia; Costumes; Princpios Gerais do Direito. - FONTES INFORMAIS: Doutrina; Jurisprudncia. QualosignificadodecadaumadasFontes do Direito? 1) Lei a fonte primordial do Direito, a norma imposta pelo Estado de observncia obrigatria, assumindo uma forma coativa, devendo ser editada por um poder competente.EXEMPLO: A Lei 8.073 de 11/09/1990 o Cdigo de Defesa do Consumidor, que rege as normas e procedimentos da relao entre os consumidores e os fornecedores.

5) Doutrina So textos, teses, e demais escritos e estudos sobre os variados ramos do Direito. Sua principal caracterstica o estudo cientfico e sistematizado, das leis e dos costumes realizado por especialistas, criando um arcabouo terico auxiliar na conformao do Direito. A doutrina o produto da reflexo e do estudo que os grandes juristas desenvolvem sobre o Direito. 6) Jurisprudncia So as decises tomadas por juzes em cada caso concreto, que servem para auxiliar os demais operadores do direito em casos similares.EXEMPLO: A jurisprudncia forma-se a partir das solues adotadas pelos rgos judiciais ao julgar casos jurdicos semelhantes.

Quais so os princpios bsicos do Direito? Ningum pode descumprir a lei alegando que no a conhece. No existindo lei especfica para dirimir uma situao real, o juiz deve recorrer analogia1, aos costumes2 e aos princpios gerais do direito (como a jurisprudncia3). Portanto, alm da lei, os juizes podero utilizar, para proferir um julgamento, as demais fontes do direito, s no podem deixar de decidir a demanda. Na aplicao da Lei o Juiz atender aos fins sociais a que ela se dirige e s exigncias do bem comum. A lei no pode prejudicar o ato jurdico4 perfeito, o direito adquirido5 e a coisa julgada6. Quais os ramos que se divide o Direito? Agora que voc j sabe, em cima de que bases o Direito se sustenta e se estrutura, cabe-nos saber como o Direito se divide mais especificamente, ou seja, quais os seus diversos ramos. A diviso do Direito em ramos, pela dinmica da sociedade que evolui e se desenvolve, no fixa. Conforme a evoluo da sociedade, os ramos do Direito tambm evoluram. Para ilustrar esta evoluo basta lembrar que somente em 1990, que o Brasil passou a contar com uma Lei que regula as relaes entre consumidores e fornecedores, o

2) Analogia o procedimento mediante o qual se suprem as omisses da lei (falta de regulamentao), aplicando outra regra no especfica, mas similar (aplicao de regras de casos similares por inexistncia de regra prpria).EXEMPLO: A aplicao da Lei referente a empresa jornalstica a uma firma dedicada edio de livros e revistas. Os tribunais brasileiros aplicaram a analogia para estender aos transportes rodovirios coletivos o conceito de culpa presumida criado pelo Decreto n 2.681, de 7/12/1912, que regulou a responsabilidade civil das estradas de ferro.

3) Costume O costume jurdico a norma jurdica

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Curso Tcnico em Transaes ImobiliriasCdigo de Defesa do Consumidor. At ento estas relaes eram reguladas por outras leis inseridas entre outros ramos. H portanto muitas formas de classificar o Direito em ramos, mas para seu melhor entendimento, nesta unidade ser apresentada uma classificao do Direito mais simples e genrica. o verdadeiro conhecimento e a possibilidade que a sociedade gostaria.Exemplo Uma pessoa poderia querer comprar um terreno para construir um estabelecimento industrial e outra gostaria de vender uma rea. Essa relao s ser possvel se a sociedade aceitar a construo desse empreendimento nessa rea, manifestando sua vontade atravs do zoneamento do solo feito pelo Estado. Assim, o profissional do ramo imobilirio se confrontar com diversos ramos do Direito e a forma mais simples de iniciar esse estudo atravs do Direito Civil.

1 Analogia - Quando o direito moderno civil omitir sobre determinada situao o juiz se valer de outras normas que se apliquem a situaes similares para dizer o direito. 2 Costumes - Na falta de outras normas, portanto sem situaes anlogas, o juiz buscar decidir o direito conforme os costumes da regio. 3 Jurisprudncia uma deciso j proferida por um tribunal em face de matria de direito assemelhada. 4 Ato jurdico todo ato lcito que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos. 5 Direito adquirido consiste na faculdade de continuar a extrarem-se efeitos de um ato contrrio aos previstos pela lei atualmente em vigor, ou, se preferirmos, continuar-se a gozar dos efeitos de uma lei pretrita mesmo depois de ter ela sido revogada. Portanto, o direito adquirido envolve sempre um dimenso prospectiva, vale dizer, voltada para o futuro. Se se trata de ato j praticado no passado, tendo a produzido todos os seus efeitos, ato na verdade consumado, que no coloca nenhum problema de direito adquirido. 6 Coisa julgada material a eficcia, que torna imutvel e indiscutvel a sentena, no mais sujeita a recurso ordinrio ou extraordinrio

O Direito Civil trata das pessoas em geral, dos bens pessoais, dos negcios jurdicos realizados numa transao, sobre as posses e propriedades, bem como sobre as obrigaes e demais direitos das pessoas. As Instituies e as Sociedades, no estudo do Direito, so denominadas pessoas? Antes de voc responder esta pergunta, necessrio ter conhecimento que, sob o ponto de vista jurdico, existem dois tipos de pessoas: 1. PESSOA FSICA 2. PESSOA JURDICA quem se denomina a Pessoa Fsica? A pessoa fsica o ser humano que por lei tem direitos e obrigaes na ordem civil: direito herana, direito de ter patrimnio, de ter um nome etc. sujeito de direitos e obrigaes, ou seja, pessoa fsica, toda pessoa que nasce com vida. Enquanto no nascer com vida a pessoa (feto) tem expectativa de direito e no direito adquirido. Quando se emprega a palavra homem, h referncia a toda pessoa humana (homem ou mulher). a pessoa natural, o indivduo em si, o ser humano nascido com vida. Basta nascer com vida para que exista como pessoa. Antes, porm, de nascer com vida, no h personalidade: o que existe apenas o feto, que no tem personalidade e que recebe o nome especfico de nascituro. Por nascituro, portanto, entende-se o feto j concebido e que se encontra no ventre materno. Do ponto de vista jurdico, no uma pessoa. Levando-se em considerao, todavia, a expectativa de que nasa com vida, o legislador resguarda os seus eventuais direitos, porque, se passar a ser pessoa, receber ou transmitir direito. A existncia da pessoa fsica ou natural termina com a morte. O que vem a ser, no Direito, a capacidade de uma pessoa fsica? Nascida com vida, a pessoa fsica passa a ter personalidade e, conseqentemente, capacidade. Por capacidade h

Quais so as divises do Direito? O direito se divide em Direito Pblico e Direito Privado. a) DIREITO PBLICO: regula as relaes entre diferentes rgos do Estado ou entre Estados e refere-se ao Direito do grupo, e os interesses da sociedade. Diz respeito s coisas do Estado. O Direito Pblico engloba o Direito Constitucional; o Direito Administrativo; o Direito Penal; o Direito Tributrio; o Direito Processual e o Direito Internacional (quando relaciona as relaes entre Estados). b) DIREITO PRIVADO: diz respeito s relaes entre os cidados e entre os cidados e o Estado, refere-se ao direito do individuo. Compe o Direito Privado: o Direito Civil; o Direito Comercial; o Direito do Trabalho; o Direito Internacional (quando relaciona as aes dos cidados no seu mbito privado). SEO 2 O Direito Civil Para o Corretor de Imveis o ramo do Direito mais importante sem duvida nenhuma o Direito Civil porque esse regula as relaes jurdicas entre as pessoas. Outros ramos do Direito tambm so importantes, pois as relaes entre as pessoas podem estar sendo feitas sem

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Curso Tcnico em Transaes Imobiliriasde se entender a medida da personalidade. A personalidade pode ser de fato e de direito. Todos os seres humanos nascidos com vida tm capacidade de direito, isto , podem obter e gozar de direitos. Todavia, na prtica, nem todos os seres nascidos com vida tm capacidade de fato, isto , podem exercer estes direitos. Um exemplo o recm nascido, que pode ser dono de um terreno, possuir capacidade de direito, mas no pode vend-lo, por no possuir capacidade de fato. A capacidade de fato est divida em trs grupos, quais sejam: os incapazes (sem capacidade de fato alguma), os relativamente incapazes (com certas capacidades de fato) e os capazes (que possuem plena capacidade de fato). Veja a seguir em detalhes cada um deles. Quais pessoas so consideradas Incapazes? Pessoa incapaz aquela que no portadora da capacidade de exerccio (de fato). H dois tipos de incapazes: - Absolutamente Incapazes (sem capacidade alguma) e - Relativamente Incapazes (com certas doses de capacidade). a) Pessoas Absolutamente Incapazes Aquele que absolutamente incapaz no pode comparecer pessoalmente para praticar os atos da vida civil. Se o fizer, tal ato ser nulo, ou seja, no produz nenhum efeito. O Cdigo Civil de 2002 (que a fonte formal (lei) do direito Civil) enumera as pessoas absolutamente incapazes: Menores de 16 anos. Os que por enfermidade ou deficincia mental no tiverem o necessrio discernimento para praticar tais atos (sem discernimento algum). Os que no puderem exprimir a sua vontade, mesmo por causas transitrias. b) Pessoas Relativamente Incapazes O Cdigo Civil tambm relaciona os relativamente incapazes: Maiores de 16 e menores de 18 anos. Os brios habituais (alcolatras) e viciados em txicos, e os que por deficincia mental tenham seu discernimento reduzido (com certas doses de discernimento). Os excepcionais sem desenvolvimento mental completo. Os prdigos. A incapacidade pode cessar? Sim, a incapacidade pode cessar atravs de: Pela maioridade (18 anos completos). Pela emancipao. Pelo casamento. Pelo emprego em servio publico efetivo. Pela colao de grau cientifico em curso de ensino superior. Pelo estabelecimento civil ou de comrcio, que proporcione ao maior de 16 anos, economia prpria. Como acontece o fim da personalidade de uma pessoa? Assim como um dia passou a existir, a personalidade um dia deixa de existir, ocorrendo o chamado fim da personalidade, que se d atravs das 03 (trs) espcies jurdicas de morte. A personalidade termina pela: - Morte real: fim da vida fsica que se prova atravs de atestado de bito. - Morte civil: embora a viva a pessoa considerada morta para certos atos. - Morte presumida: quando no se sabe com certeza se a pessoa esta viva ou morta, mas pelo tempo de seu desaparecimento ou pelos fatos em que se encontrava quando da sua ltima notcia leva-se a crer pela sua morte. O que o Domiclio Civil de uma pessoa? Considera-se o domiclio civil da pessoa natural o lugar onde ela estabelece sua residncia com nimo definitivo, ou qualquer uma das residncias se a pessoa tiver mais de uma.Exemplo: nimo definitivo significa que a inteno da pessoa que este endereo seja definitivo, ou seja, que ela no se mude to logo. onde voc mora. Pode ser considerado domiclio comercial o lugar onde a pessoa exerce a profisso. Exemplo:

O domiclio comercial normalmente onde voc trabalha , regularmente. A pessoa sem residncia fixa pode ser considerada domiciliada onde quer que seja encontrada.Exemplo: Se voc fosse filho de casal separado e morasse um pouco com a me e um pouco com o pai.

quem se denomina a Pessoa Jurdica? Pessoas jurdicas so entidades que a lei empresta a personalidade, outorgando-lhe a capacidade de ser sujeito de direitos e obrigaes como se fosse uma pessoa natural, mas com regras prprias. A pessoa jurdica tem personalidade distinta dos seus membros, podendo ser formada pelo conjunto de pessoas, ou de pessoas e bens.

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Curso Tcnico em Transaes ImobiliriasExemplos: So Pessoas Jurdicas de direito pblico: a Unio os Estados, os municpios, as autarquias (CRECI, COFECI, etc) e demais entidades de carter pblico criadas por lei, ou por estas autorizadas. As pessoas jurdicas so instituies que possuem vida prpria independente de quem as criou. As pessoas jurdicas possuem normas jurdicas especficas.

membros (convencional), quando a lei determina (legal), quando acaba a autorizao de sua existncia (administrativa), pela morte de seus scios (natural), ou por deciso judicial (judicial).

A existncia de um contrato social ou estatuto, que designe a responsabilidade de cada integrante. O patrimnio das pessoas jurdicas no se confunde com o patrimnio dos seus integrantes, mas cada componente ir se responsabilizar pela sua participao na mesma.

Exemplo:

O que considerado o domiclio de uma pessoa jurdica? O domiclio da pessoa Jurdica o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administraes, ou onde elegerem domiclio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. Pode ainda ser considerado domiclio o local onde esteja instalada a filial, se o negcio foi firmado diretamente com esta. Sendo multinacional estrangeira, o domiclio ser o local onde haja instalaes da mesma no pas.Exemplo: A Dell Computer uma empresa multinacional, fabricante de computadores, com fbricas em todos os cantos do mundo. Aqui no Brasil, o seu domiclio ser no endereo de sua fbrica, localizada na cidade de Guaba, Estado do Rio Grande do Sul

O incio da existncia da pessoa jurdica de direito privado se d com a inscrio de seus contratos, registros, atas etc. ou qualquer formal legal de formalizao junto sociedade e ao mundo do direito.

Uma caracterstica fundamental das pessoas ju rdicas sua capacidade de assumir direitos e ob rigaes. Sua existncia deve-se ao fato de que as pessoas necessitavam separar sua vida particular da sua existncia enquanto instituio.

cas?

Como so estabelecidas as Pessoas Jurdi-

SEO 3 Os Bens Bem todo valor material ou imaterial que serve de objeto a uma relao jurdica suscetvel de apropriao econmica pelo homem. Juridicamente bens e coisas so sinnimos. Os bens so de vrias espcies. Esto assim classificados: a) Bens Corpreos e Bens Incorpreos - Bens corpreos so aqueles que tm existncia material e podem ser vistos e tocados. - Bens incorpreos so os bens que no tm existncia fsica, somente podem ser concebidos pela inteligncia, como o caso da moral. b) Bens Mveis e Bens Imveis - Bens mveis: so os suscetveis de movimento prprio, ou de remoo por fora alheia, sem alterao da substncia ou da destinao econmico-social. So aqueles que podem ser removidos de um lugar para o outro sem destruio.Exemplo: Televisor. As coisas de movimento prprio tambm so consideradas bens mveis. O cavalo, por

As pessoas jurdicas podem ser estabelecidas em forma de corporaes (conjunto de pessoas) ou de fundaes (conjunto de bens). As corporaes se dividem em associaes e sociedades.

Exemplos: - De sociedade simples: dois mdicos constituem um consultrio mdico; dois dentistas constituem um consultrio odontolgico. - De sociedade empresria: Siderrgica Gerdau. - De associao: Clube de Regatas do Flamengo. - De fundao: Fundao Roberto Marinho

ca?

Como se d a extino de uma pessoa jurdi-

A extino das pessoas jurdicas acontece: por conta de sua dissoluo deliberada entre seus

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Curso Tcnico em Transaes Imobiliriasexemplo, um ser movente (denominado juridicamente de semovente).

- Bens imveis: so os que no podem ser removidos de um local ao outro sem destruio integral ou parcial, bem como aqueles considerados imveis por lei.Exemplo: Um terreno.

g) Bens Principais e Acessrios - Bens principais so os que tm existncia concreta, sem depender da existncia de outro.Exemplo: Um carro

c) Bens Divisveis e Indivisveis - Bens divisveis so as coisas que podem ser partidas em pores reais e distintas, formando cada qual um todo perfeito.Exemplo: 1Kg de farinha.

- Bens acessrios so aqueles cuja existncia depende do principal.Exemplo: O pneu de um carro.

- Bens indivisveis so as coisas que no possibilitam fracionamento; se vierem a ser divididas, o todo perde a sua utilidade.Exemplo: um livro, uma mesa.

h) Bens Pblicos e Particulares - Bens pblicos so os de domnio nacional pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico interno. Os bens pblicos podem ser de uso comum do povo, podendo ser utilizados por qualquer pessoa. So bens de uso especial, utilizados para realizao dos servios pblicos. Bens dominicais, que pertencem ao patrimnio disponvel, que podem ser vendidos.Exemplo: um orelho, uma mquina escavadeira, um terreno sem utilizao.

d) Bens Singulares e Coletivos - Bens singulares so os que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais.Exemplo: Uma casa, um relgio.

- Bens particulares so todos os outros bens, seja qual for a pessoa, que pertencerem. SEO 4: Os Fatos Jurdicos Todo acontecimento humano ou natural que cause repercusso no mundo jurdico considerado fato jurdico. co? O que pode ser considerado um Ato Jurdi-

- Bens coletivos so aqueles vistos como uma unidade, mas seus elementos componentes (coisas singulares) no esto ligados entre si. So tambm chamados universalidade.Exemplo: um rebanho, um estabelecimento comercial, uma biblioteca etc.

e) Bens Fungveis e Infungveis - Fungveis so os bens que pode ser trocados por outros da mesma espcie, qualidade e quantidade.Exemplo: 1 Kg de laranja comum

.

- Infungveis so os bens insubstituveis:Exemplo: Quadro da Monalisa.

Quando o ato oriundo de ao humana lcita este denominado de ato jurdico, quando a ao ilcita denominado de ato ilcito. uma espcie do gnero fato jurdico, porque um acontecimento que, alm de ocasionar repercusso na esfera do Direito, faz nascer, modificar ou extinguir direitos.

f) Bens Consumveis e Inconsumveis - Consumveis so aqueles que o uso implica imediata destruio de sua substncia.Exemplo: Chocolate.

- Inconsumveis so os que seu uso no implica a diminuio ou destruio de sua substncia.Exemplo: Uma rgua.

Ao Lcita: o que est conforme a Lei, permitido pelo Direito. Aquilo que permitido, aquilo que justo.

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Curso Tcnico em Transaes ImobiliriasComo pode ser dividido o Ato Jurdico? O ato jurdico pode ser dividido em: Ato Jurdico (propriamente dito): aquele que cria modifica ou extingue uma relao, com manifestao de vontade no intencional, ou seja, se pratica o ato, mas no com o fim especfico.Exemplo: Uma criana que fisga um peixe em rio pblico passa a ser proprietrio deste, embora sua vontade no tenha sido de passar a ser proprietrio do peixe (no intencional);

- Anulvel, se praticado pessoalmente por um relativamente incapaz sem estar assistido pelo seu representante legal.Exemplo: menor de 16 anos que compra um carro.

- Inexistente, se praticado em nome de um ser no humano.ro. Exemplo: contrato firmado em nome de um cachor-

Negcio Jurdico: aquele que cria, modifica ou extingue uma relao, com manifestao de vontade qualificada.Exemplo: A venda de uma casa em que as partes tm a inteno direcionada e certa de alienar o Bem.

b) OBJETO LCITO, POSSVEL E DETERMINADO - Lcito o que est de acordo com o direito, valendo dizer que o direito no garante transaes contrrias aos princpios.Exemplo: ilcito o ato de compra e venda de um pulmo humano.

Alienao: a transferncia para outro do domnio de algo.

- Possvel o objeto que suscetvel de apropriao humana.Exemplo: impossvel a compra e venda de um terreno na lua.

Quais so os elementos essenciais do Negcio Jurdico? Para um negcio jurdico ser perfeito e vlido, preciso que rena quatro requisitos essenciais: Agente capaz. Objeto lcito; possvel, determinado ou determinvel. Forma prescrita (estabelecida) ou no defesa em lei. Manifestao de vontade no viciada. Veja a seguir mais detalhes sobre cada um deles. a) AGENTE CAPAZ Negcio jurdico uma manifestao livre da vontade. Os incapazes, principalmente os absolutamente incapazes, no tem discernimento suficiente para manifestar livremente a sua vontade. Por isso, o agente tem de ter capacidade do exerccio (de fato) para pratic-lo, sob pena de o ato ser nulo, anulvel ou inexistente. Quando um ato pode ser anulado? Um ato poder ser anulado, nos seguintes casos: - Nulo de Pleno Direito, se praticado pessoalmente por absolutamente incapazes.10 anos. Exemplo: compra de um terreno por um jovem de

- Determinado ou determinvel a indicao precisa do objeto ou sua descrio mnima de reconhecimento.Exemplo: indeterminado o negcio que vende um terreno no Texas sem expor qual seja a rea.

C) A FORMA DO ATO JURDICO Como regra, o negcio jurdico no depende de forma especial, mas a lei estabelece uma forma, a sua inobservncia implica nulidade do ato, isto , sem tal forma o ato no se realiza. Quais so os Elementos Acidentais do negcio jurdico? Alm dos elementos essenciais, o negcio jurdico pode conter elementos acidentais, que so a condio, o termo e o encargo. a) A CONDIO a subordinao do negcio a evento futuro e incerto. Pode ser resolutiva ou suspensiva. - Resolutiva a condio que depois de acontecida resolve (pe fim) ao negcio jurdico. Exemplo: Se Maria se casar um dia eu no mais lhe pagarei a penso. Assim, o casamento de Maria um evento futuro e incerto que se acontecer pe fim ao negcio jurdico, o pagamento da penso.

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Curso Tcnico em Transaes Imobilirias- Suspensiva a condio que depois de ocorrida passa a dar validade ao negcio jurdico. Exemplo: Se Maria se casar eu lhe dou um carro. Assim, o casamento de Maria um evento futuro e incerto que se acontecer d incio ao negcio jurdico, a alienao. So lcitas, em geral, todas as condies no contrrias lei, ordem pblica ou aos bons costumes, sendo ilcitas as que sujeitarem o negcio ao puro arbtrio de uma das partes. b) O TERMO a subordinao do negcio a um evento futuro e certo. Pode tambm ser suspensivo (termo inicial) ou resolutivo (termo final) Novamente inicial, o evento futuro e certo que, ocorrido, passa a dar validade ao negcio.Exemplo: Quando Maria fizer 21 anos eu lhe darei um carro, enquanto final o evento futuro e certo que ocorrido resolve o negcio. Quando Maria completar 21 anos ela no mais poder morar de graa na minha casa. Salvo disposio legal ou convencional em contrrio, computam-se os prazos, excludo o dia do comeo, e includo o do vencimento. sado realmente a sua vontade, o ato anulvel.

1. O ERRO Erro falsa idia espontnea sobre um negcio jurdico. Pode ser tambm a ignorncia, no sentido de desconhecimento, do negcio. O erro no acontece somente em relao pessoa. Pode dizer respeito tambm a objetos do negcio jurdico e a prpria disposio legal. O erro para anular o ato tem de ser substancial (sobre aspectos relevantes do negcio), escusvel (justificvel, desculpvel) e real (efetivo causador de verdadeiro prejuzo).Exemplo: Se o cnjuge varo contrai npcias com a mulher em razo de sua gravidez e vem a descobrir posteriormente que o filho, na realidade, pertence a terceiro, fica configurado o erro essencial quanto pessoa do outro, investido de fora suficiente anulao do casamento.

c) O ENCARGO a clusula que no subordina o negcio ante sua ocorrncia, mas que cria um nus ou obrigao pela realizao do negcio.Exemplo: Darei este imvel a Maria, mas ela ter de cuidar da minha mulher.

2. O DOLO CIVIL Dolo o erro provocado por terceiro, isto , algum induz outra pessoa ao erro. Somente anula-se o negcio por dolo quando este alterar a essncia do negcio (dolo principal), pois, se mesmo no ocorrendo o dolo o negcio se realizaria, no h vcio (dolo acidental). Da mesma forma somente o dolo com inteno de prejudicar (dolo mau) pode ser anulado, sendo que o dolo sem inteno de lesar (dolo bom) no gera vcio.Exemplo: Num contrato de trabalho, o empregador apresenta cifras falsas dos seus negcios para induzir o candidato ao empregado a crer em uma remunerao incerta, por meio de participao nos lucros, por exemplo. Por parte do empregado, ocorre quando apresenta credenciais falsas de sua habilitao ou competncia profissional, com o fito de obter a colocao que almeja.

O que so Defeitos do negcio jurdico? Os negcios jurdicos, como j dito, necessitam de agente capaz, objeto lcito possvel e determinado, bem como manifestao de vontade. Ocorre, que este negcio pode apresentar vcios ou defeitos, que geram a sua anulao. O ato anulvel, a requerimento das partes, podendo ser ratificado e assim produzindo todos os efeitos, ou, produzindo efeitos to somente at quando reconhecida sua anulao. Isto significa que, sendo detectado a presena de um defeito e este for desconsiderado pelas partes envolvidas, ele continuar a produzir os efeitos danosos esperados. Defeituoso pode ser o negcio por presena de : - Vcio no consentimento - Vcio SocialExemplo: erro, dolo, coao, estado de perigo e leso.

3. A COAO CIVIL A coao civil pode ser entendida como sendo: ... um estado de esprito em que o agente, perdendo a energia moral e a espontaneidade do querer, realiza o ato, que lhe exigido. A coao, para viciar a declarao da vontade, h de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considervel sua pessoa, sua famlia, ou aos seus bens. Todas as tticas de coao usadas causam danos psicolgicos. Algumas so consideradas crimes.Exemplo: A agresso fsica, sexual, ameaa, seqestro, incndios criminosos) enquanto outras agresses no so ilegais (por exemplo: insultar, xingar, interrogar os filhos).

Exemplo: a simulao e a fraude contra credores. A vontade , pois, a base do ato, e para que esta exista validamente, indispensvel que a manifestao da vontade seja livre. Caso o agente, ao realizar o negcio jurdico, no tenha expres-

4. O ESTADO DE PERIGO Ocorre estado de perigo quando algum na inteno de se salvar ou salvar algum de sua famlia contrai uma obrigao excessivamente onerosa.

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Curso Tcnico em Transaes Imobiliriasque ambos os negcios tinham por objetivo simular uma situao que fugisse ao disposto no artigo 496 do novo Cdigo Civil: anulvel a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cnjuge do alienante expressamente houverem consentido. 7. A FRAUDE CONTRA CREDORES Fraude o ato pelo qual o devedor sem bens suficientes para responder por suas dvidas (insolvente), transmite gratuitamente bem de seu patrimnio ou perdoa dvidas de terceiros, prejudicando os seus credores que diminuem suas chances de receber o crdito. Ocorre tambm a fraude quando o devedor fica insolvente aps a transmisso gratuita ou a remisso. Exemplo: Vrias pessoas adquirem um automvel (bem indivisvel) e dentre elas est um relativamente incapaz que no foi assistido pelo seu representante legal. Decretada judicialmente a nulidade do negcio a pedido deste, necessariamente a sentena atingir os demais adquirentes. O que caracteriza um Ato Ilcito? Ato Ilcito aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia, violar o direito e causar dano a terceiro, ainda que exclusivamente moral. Podemos observar quatro tipos de atos ilcitos. Veja a seguir a diferena entre eles. 4. AO OU OMISSO Para a configurao do ato ilcito necessrio se faz a presena de uma ao contrria lei ou uma omisso quando presente o dever de agir.Exemplo: A ao ou omisso pode apresentar-se sob as formas mais diversas, sendo freqentemente difcil determinar at onde vo as obrigaes internacionais do Estado. Entre elas, por exemplo, questes relativas s concesses ou contratos do Estado, s dvidas pblicas, s prises ilegais ou injustas e a da falta da proteo devida aos estrangeiros.

Exemplo: O Jornal O Globo, edio do dia 19 de agosto de 2003, relata o caso da Jornalista Juliana Figueira, que se encontrava em casa noite com duas amigas, quando comeou a sentir uma fdor na altura do bao. Em poucos segundos, mal conseguia ficar de p. Telefonou para o mdico e foi imediatamente para a emergde um hospital particular no Rio de Janeiro. Preencheu a documentao exigida e teve que entregar um cheque cauo para garantir o atendimento. Uma pessoa nessas condies no tem como argumentar ou discutir o valor a ser pago pelo atendimento. Imagina o exemplo de uma pessoa vtima de um enfarto que comparece emergncia de um hospital. Fica totalmente merc do estabelecimento. 5. A LESO Leso existe quando uma pessoa com muitas necessidades, ou por inexperincia firma negcio jurdico desproporcional, isto , com muitas vantagens para a parte adversa e poucas vantagens para si. Isto acontecendo de acordo com as situaes cotidianas existentes no momento da celebrao do negcio. Exemplo: o caso de algum que, para pagar uma cirurgia urgente de pessoa da famlia, vende seu carro ou sua casa por preo vil. Essa venda pode ser anulada porque foi celebrada quando o vendedor encontrava-se em estado de perigo. Conceituando a leso, ocorrida sob premente necessidade, ou por inexperincia, prescreve, objetivamente, que se aprecia a desproporo das prestaes segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negcio jurdico. A Lei tambm prev dois tipos de defeito do ato, que embora no atingindo diretamente a vontade na sua formao, conduzem a idnticos resultados, anulando o negcio jurdico. Estes atos so denominados vcios sociais, por afetarem diretamente a sociedade ou por prejudicarem terceiros: 6. A SIMULAO Toda situao que tem por fim ocultar ou disfarar intencionalmente a verdade, dando o negcio jurdico uma aparncia no condizente com a realidade, sobre tudo objetivando enganar terceiros, chama-se simulao e pode ser anulado. Exemplo: Assim, nulo o contrato de compra e venda de imvel quando o comprador, na seqncia, transfere, por doao (ou mesmo por contrato de compra e venda), o bem para o filho do vendedor, provando-se

5. CULPABILIDADE O segundo elemento a culpabilidade que uma das responsveis pela fixao da indenizao, pois, reflete at que ponto houve a inteno do agente causador. A Culpabilidade pode ser representada como: a) Dolo: quando agente age no intuito de cometer um ato ilcito.Exemplo: venda de um terreno sem ser dono apenas para obter vantagem.

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Curso Tcnico em Transaes Imobiliriasb) Negligncia: quando o agente ignore a possibilidade do ato ilcito ocorrer.Exemplo: adquirir um terreno sem consultar o estado tributrio do mesmo.

de gua nos alicerces do imvel vizinho. No entanto, se provado que essa infiltrao somente ocorreu por negligncia de Pedro, ou seja, por uma causa remota mas com nexo entre o fato e o dano, caber a Pedro indenizar os prejuzos causados. O que vem a ser a Responsabilidade Civil? A responsabilidade civil gira em torno de duas teorias: a subjetiva e a objetiva. A teoria subjetiva tem na culpa seu fundamento bsico. E claro que s existir culpa se dela resulta um prejuzo. Todavia, esta teoria no responsabiliza aquela pessoa que se portou de maneira irrepreensvel, distante de qualquer censura, mesmo que tenha causado um dano. A teoria objetiva da responsabilidade tem no risco sua viga mestra. O responsvel pelo dano indenizar simplesmente por existir um prejuzo, no se cogitando da existncia de sua culpabilidade, bastando a causalidade entre o ato e o dano para obrigar a reparar.Exemplo: A responsabilidade civil do mdico sempre provocou varias controvrsias. claro que o mdico, ao exercer suas atividades junto ao paciente, sua inteno benefici-lo. Mesmo assim o dano pode surgir. Isso o obriga, pela teoria objetiva da responsabilidade, a reparar o prejuzo, pois uma vontade honesta e a mais cuidadosa das atenes no eximem o direito de outrem. O certo que os tribunais at a algum tempo somente caracterizavam a responsa