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LEI Nº 10.436, DE24 DE ABRIL DE 2002.

Regulamento

Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá

outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte

Lei:

Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras

e outros recursos de expressão a ela associados.

Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e

expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria,

constituem um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas

surdas do Brasil.

Art. 2o Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços

públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio

de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.

Art. 3o As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de assistência à saúde

devem garantir atendimento e tratamento adequado aos portadores de deficiência auditiva, de acordo com as

normas legais em vigor.

Art. 4o O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito

Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de

Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte

integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente.

Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a modalidade escrita da

língua portuguesa.

Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 24 de abril de 2002; 181o da Independência e 114o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO.

Paulo Renato Souza

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PROJETO QUE REGULAMENTA A PROFISSÃO DE INTÉRPRETE DE LIBRAS

Projeto de lei reconhece a profissão de intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras), sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos reconhecidos pela Lei 10.436/02. A proposta (PL 4673/04) foi apresentada pela deputada Maria do Rosário (PT-RS). Para o exercício da profissão, de acordo com o texto, os intérpretes deverão estar habilitados em curso superior ou de pós-graduação, em instituição regularmente reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), e ter competência para realizar a interpretação das duas línguas de maneira simultânea ou consecutiva e proficiência em tradução e interpretação de Libras e Língua Portuguesa.

AUDIÇÃO

As estruturas responsáveis pela audição:

Ouvido externo - que capta o som e através do conduto auditivo, que funciona como um ressonador, amplifica duas ou três vezes as ondas sonoras.

Ouvido médio - o qual possui três ossículos. Esses ossículos (martelo, bigorna e estribo) transmitem as vibrações produzidas pelo tímpano, que reage em função das ondas sonoras, à uma membrana que cobre uma abertura chamada janela vestibular ou oval, a qual separa o ouvido médio (cheio de ar), do ouvido interno (cheio de líquidos).

Ouvido interno/Cóclea - fechado num recipiente ósseo possui três canais semicirculares, que não interferem no sentido da audição, mas oferecem o sentido de equilíbrio, e o caracol (cóclea). A cóclea, com seu formato de caracol, é a ponte de ligação entre o sistema mecânico de percepção do som e o sistema elétrico de envio da mensagem ao cérebro, através das vias neuronais.

OUVIDO INTERNO

CÓCLEA

OUVIDO

EXTERNO

OUVIDO MÉDIO

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DEFICIENTES AUDITIVOS, SURDOS OU SURDOS-MUDOS?

Surdez: é a ausência de audição, é utilizado o bilinguismo para se comunicar : LIBRAS( Língua Brasileira de Sinais) e a língua escrita.

Deficiência Auditiva ( D.A) : é a perda de audição que pode variar de leve a profunda, geralmente o aluno faz leitura labial.

Segundo FENEIS (Federação Nacional e Integração dos Surdos), o surdo–mudo é a mais antiga e incorreta denominação atribuída ao surdo, e infelizmente ainda utilizada em certas áreas e divulgada nos meios de comunicação. Para eles o fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda. A mudez é outra deficiência. Para a comunidade surda, o deficiente auditivo é aquele que não participa de Associações e não sabe Libras, a Língua de sinais. O surdo é o alfabetizado e tem a Libras (Língua Brasileira de Sinais), como sua língua materna.

AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA

Exame realizado para quantificar a perda auditiva Caracterização da perda auditiva: Grau – tem relação com a intensidade da lesão Intensidade – é a qualidade que permite distinguir sons fortes dos sons fracos. Lateralidade – tem relação direta ao lado acometido. Orelha direita – Orelha esquerda.

CLASSIFICAÇÃO DA PERDA AUDITIVA QUANTO AO GRAU DE SEVERIDADE

(Davis & Silverman, 1978) Normal →0 – 20dBNA Leve → 25 - 40 dBNA – Não apresenta efeito significativo no desenvolvimento da fala e da linguagem. Moderada → 41 - 70 dBNA – Sem intervenção, pode afetar e atrasar o desenvolvimento da fala e da linguagem. Severa → 71 - 90 dBNA – Sem intervenção, a perda auditiva pode impedir o desenvolvimento da fala e da linguagem Profunda → acima de 90 dBNA – Sem intervenção, o desenvolvimento da fala e da linguagem não irá acontecer.

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INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA

Oralismo - é um método de ensino para surdos, no qual se defende que a maneira mais eficaz de ensinar o surdo é através de da língua oral, ou falada.

Comunicação total – é uma filosofia educacional que procura desenvolver todas as capacidades da comunicação tais como: a fala,. a audição, os sinais, a mímica= Bimodalismo.

Bilingüismo – pressupõe o ensino de duas línguas para a criança. A primeira é a língua de sinais, que dará a base para a aprendizagem de uma segunda língua, que poderá ser a escrita ou a oral.

A Língua Brasileira de Sinais – “não poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa.”

Dicas Cotidianas de como atender aluno surdo e D.A na escola

1- Organize atividades de socialização entre os alunos e valorize a individualidade do aluno surdo, ou DA, evite desejar que ele seja o que não pode ser. Há surdos oralizados e outros não, surdos que ouvem a voz humana e outros que não. Identifique seu aluno, informe-se quem é a professora itinerante ou Sala de Recurso do aluno, pois, toda a dúvida quanto ao ensino com o aluno, deverá ser orientado por ela.

2- Toda avaliação a ser dada, deve ser entregue uma cópia com resposta

para a professora da SR trabalhar com o aluno D.A ou surdo com 15 dias de antecedência da aplicação.

3- Atenção especial a comunicação visual ( gestos naturais, dramatização

, mímica, figuras, desenhos ilustrativos, fotos, recursos tecnológicos como; TV/vídeo, computador, slides, entre outros, escrita de forma clara e objetiva ( resumo da matéria ou síntese ), porém o aluno(a) recebe informações pela via visual.

O professor deve lançar mão de todos recursos e estratégias visuais que acompanham oralidade, vocabulário simples, pois ao contrário, seu aluno nada se beneficiará de suas aulas.

4- Convide o aluno D.A. a sentar-se em uma cadeira próxima ao

professor, comunicando sempre de frente para ele, valorizando de todo o seu rosto, em especial sua boca, assim favorece o aprendizado para aluno que faz leitura labial.

5- Aparelho auditivo (AASI) , é fundamentalmente um amplificador de som,

na presença de ruídos e barulhos altos, o aparelho irá amplificar, causando mal estar e dor de cabeça, geralmente é utilizados por alunos

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D.A., pois se o aluno possui grau profundo ,sem resíduos auditivos, com perda neurossensorial, ele é surdo, e geralmente o aparelho nada lhe beneficiará, causando somente mal estar.

6- Nunca deixe o aluno em situações constrangedoras, informe-o quando

mudar de atividades, e também escrever recados na lousa, para melhor situar-se.

7- È características do aluno dispersar facilmente, ser muito calado, ou

muito conversador, por isso, procure chamar a atenção dele (sem gritos, apenas falando normalmente, chamando pelo seu nome, ou com leve toque) .

8- Faz parte da língua do surdo desprezar artigos, preposição, conjunções,

entre outros. Portanto não valorize esses “erros” Ex: mamãe e trabalho ( pode significar “ a mamãe foi/vai/quer/gosta de trabalhar” ou “ mamãe não trabalha “) para ele seus signos são bem claros, tente familiariza-se mais.

9- È necessário que o professor da classe, elabore conteúdos com

adaptações curriculares, a serem desenvolvidos para o aluno(a), verificando os níveis possíveis de flexibilização curricular.

LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais

É a língua oficial dos Surdos e que possui a sua própria estrutura e gramática

através do canal visual-gestual. Esse canal é composto por Canal Emissor – movimento das mãos e expressão facial e corporal; Canal Receptor – olhos. A língua de sinais é a língua materna dos Surdos, não é universal, cada país tem a sua própria língua. A Língua Brasileira de Sinais – “não poderá substituir a modalidade escrita da língua portuguesa.”

É uma língua visuo-espacial; É uma língua natural com toda a complexidade; Não é uma língua universal; Visão lingüística; Visão sociológica/antropológica; Visão neurológica; Visão psicológica.

Tudo isso prova que a LIBRAS é uma língua natural com estrutura própria, regida também por princípios universais.

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OS PARÂMETROS DA LIBRAS

Configuração de mão/alfabeto manual/soletração rítmica

Ponto de articulação

Movimento

Orientação/direcionalidade

Expressão facial (emocional / gramatical / expressão corporal) Configuração de mão : Chamamos de configuração de mão a forma que as mesmas adquirem no início da realização de cada sinal. Algumas configurações são modificadas à medida que o sinal é realizado. Por exemplo o “C”

Ponto de articulação: É o lugar onde incide a mão predominante configurada, ou seja, local onde é feito o sinal, podendo tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro.

CERTO POLÍCIA

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Movimento: Os sinais podem ter um movimento ou não. Por exemplo, os sinais PENSAR, EM-PÉ não têm movimento; já os sinais EVITAR, TRABALHAR, LIBRAS possuem movimento.

Orientação/direcionalidade: Os sinais têm uma direção com relação aos

parâmetros. Assim, qual o seu nome? se opõem em relação à direcionalidade.

Expressão facial (emocional / gramatical / expressão corporal): As expressões faciais / corporais são de fundamental importância para o entendimento real do sinal, sendo que a entonação em Língua de Sinais é feita pela expressão facial. Emocional:

Soletração rítmica: É como sinal soletrado ou também conhecido por soletração rítmica, que pe como um empréstimo da Língua Portuguesa, sendo expressa com um ritmo próprio e em situações específicas:

A-C-H-O P-A-I S-I-M

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PRINCÍPIOS GERAIS PARA O ESTUDANTE

Para que o aluno alcance um nível razoável em seu desempenho comunicativo, precisará ter o desejo e oportunidade de se comunicar em Libras, por isso as orientações metodológicas, abaixo, servirão dos seguintes princípios gerais que nortearão o ensino/aprendizagem desta língua:

Evite falar durante as aulas: devido ao fato das línguas de sinais utilizarem o canal gestual- máticas das duas línguas, mas quando se está estruturando uma frase, tente "pensar" em Libras; Use a escrita ou expressões corporais para se expressar: Tente sempre se expressar em Libras, o professor entenderá sua comunicação e induzirá aos sinais que serão necessários para a situação comunicativa que deseja se expressar; Não tenha receio de errar: o erro não deve ser entendido como falha, mas como um processo de aprendizagem. Desperte a atenção e memória visuais: como os falantes de línguas orais-auditivas desenvolvem geralmente mais atenção e memória auditivas, é necessário um esforço para o desenvolvimento da percepção visual do mundo - um olhar, uma expressão facial, uma sutil mudança na configuração das mãos é um traço que pode alterar o sentido da mensagem; Sempre fixe o olhar na face do emissor da mensagem: as línguas de sinais são articuladas em um espaço neutro à frente do emissor, mas como as expressões facial e corporal podem especificar tipos de frases e expressões adverbiais, é preciso estar atento ao sentido dos sinais no contexto onde estão colocados. O importante é a frase e não o sinal isolado. É, também, considerado falta de educação o desviar o olhar durante a fala de alguém, pois representa desinteresse no assunto; Atente-se para tudo que está acontecendo durante a aula: preste atenção nas orientações e conversas do professor com outro aluno e nas atividades feitas pelos seus colegas de classe.Tudo é aprendizagem; Demonstre envolvimento pelo que está sendo apresentado: através de aceno de cabeça, expressão facial e certos sinais, o receptor demonstra ao emissor da mensagem que está interessado, compreendendo e que este pode continuar sua fala (função fática da linguagem); Comunique-se com seus colegas de classe, em Libras, mesmo em horário extra-classe ou em outros contextos, assim pode-se sempre exercitar e apreender as vantagens de se saber uma língua de sinais em certas situações onde se quer falar à distância, o som atrapalha ou mesmo a mensagem deve ser sigilosa; Envolva-se com as comunidades surdas: como todo aprendizado de língua, o envolvimento com a cultura e os usuários é importantíssimo, portanto, não basta ir às aulas e revê-las através do DVD, é preciso também buscar um convívio com os surdos para poder interagir em Libras e, conseqüentemente, ter um melhor desempenho lingüístico.

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No Mundo dos Surdos – Cultura e Comunidade Surdas

A história da inclusão no Brasil, a cada dia se fortalecendo mais. Na maioria

dos casos a integração do aluno portador de deficiência requer a presença de um professor que colabore dentro da sala de aula de modo que favoreça o progresso e a aprendizagem. Observando a trajetória histórica do ontem e o processo hoje, a história da humanidade foi testemunha de como as pessoas com deficiência foram excluídas da sociedade.

Durante os séculos X a IX a.C, as leis permitiam que os recém-nascidos com sinais de debilidade ou algum tipo de má formação fossem lançados ao monte Taigeto. As crianças que nasciam com alguma deficiência eram deixadas nas estradas para morrerem. Diante da literatura antiga, a Bíblia faz referência ao cego, manco e ao leproso como pedinte ou rejeitados pela sociedade. (Kanner, 1964, p.5), relatou que "a única ocupação para os retardados mentais encontrados na literatura antiga é a de bobo ou de palhaço, para a diversão dos senhores e de seus hóspedes". Com a expansão do comércio os deficientes passaram a ser um peso para a sociedade, teriam que serem ingressados na sociedade, mas não haviam sido adaptados para o trabalho, então como ingressá-los? E sobre a educação não havia notícia. A surdez que é uma deficiência insignificante, as crianças eram consideradas irracionais, obrigadas a fazerem os trabalhos mais desprezíveis, viviam sozinhos e abandonados na miséria. Eram considerados pela lei da época como imbecis. Não tinham direitos e também eram sacrificados, não recebiam comunhão nem heranças e ainda havia sanções bíblicas contra o casamento de duas pessoas surdas. Mais tarde, durante a Idade Média a igreja condena o infanticídio, fornecendo a idéia de atribuir a causas sobrenaturais as "anormalidades" que apresentavam as pessoas. É importante ressaltar que até o início da Idade

Moderna não havia notícias de experiências educacionais com as crianças surdas. O surdo era visto como um ser irracional, primitivo, não educável, não cidadão; pessoas castigadas e enfeitiçadas, como doentes privados de alfabetização e instrução, forçados a fazer os trabalhos mais desprezíveis; viviam sozinhos e abandonados na miséria. Eram considerados pela lei e pela sociedade como imbecis. Não tinha nenhum direito e também eram sacrificados. A história dos surdos começou assim: triste, muda e dolorosa. A idéia que tinha sobre os surdos era de piedade e tamanha ignorância. Em 1712-1789 surgiu na França o Abade Michel de L'Epée a primeira escola para crianças surdas, onde foi utilizada a língua de sinais, uma combinação dos sinais com a gramática francesa, com o objetivo de ensinar a ler, escrever, transmitir a cultura e dar acesso à educação (SACKS, 1989). O método de L'Epée teve sucesso e obteve os resultados espetaculares na história da surdez. Em 1791, a sua escola se transforma no Instituto Nacional de Surdos e Mudos de Paris, e foi dirigida pelo seu seguidor o gramático Sicard. (SACKS, 1989). Surge então em 1950, na Alemanha, a primeira escola pública baseada no método oral e tinha apenas nove alunos.No século XIX, os Estados Unidos

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se destacam na educação de surdos utilizando a ASL (Língua de Sinais Americana), com a influência da língua de sinais francesa trazida por Laurent Cler, um professor surdo francês, discípulo do Abad Sicard, seguidor de L'Epée fundando junto com Thomas Gallandet, a primeira escola americana para surdos e em 1864 transformando no ano de 1864 a única Universidade para surdos no mundo. Assim, a partir de 1880 e até a década de 70 deste século, em todo o mundo a educação dos surdos foi seguindo e se conformando com a orientação oralista decidida no Congresso de Milão. Com o avanço da tecnologia surgem as próteses auditivas e os aparelhos de ampliação cada vez mais potentes, possibilitando ao surdo à aprendizagem da fala através de treinamento auditivo.Conforme Mazzotti, 1989, a escola aparece como sendo produtora de homens educados. Tendo como certo que a educação escolar constitui-se no único caminho seguro para a realização da educação dos cidadãos.

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ALFABETO MANUAL E NUMERAL CARDINAL DA LIBRAS

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NUMERAIS

Complete os números

------------------------- --------------------------

------------------------

------------------

Números Cardinais: Número do telefone, número da

caixa postal, número da casa, número da conta no banco...etc.

Quantidade de canetas na mesa, quantidade de pessoas presentes, quantidade de ônibus....etc

Números Ordinais: São sinalizados com movimento trêmulo

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SINAIS DE NOMES E NOMES PRÓPRIO

O sinal pessoal é o nome próprio, o “nome de batismo” de uma pessoa que é membro de uma comunidade Surda. Este sinal geralmente pode representar iconicamente uma característica da pessoa, Por exemplo:

BIGODE-LONGO PINTA-NA-TESTA

OLHOS-AMENDOADOS CABELOS-ENCARACOLADOS

2) Olhe com atenção a sinalização e marque abaixo a palavra soletrada: 1- ANA ( ) AMA ( ) ADA ( ) 2- BIA ( ) BICA ( ) BIO ( ) 3- MALU ( ) MARLI ( ) MILA ( ) 4- ZELI ( ) ZENI ( ) ZILI ( ) 5- NINA ( ) NANI ( ) NICO ( )

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SAUDAÇÃO/APRESENTAÇÃO

Em todas as Línguas há o ritual da saudação. Dependendo do contexto, esse cumprimento será mais formal ou informal e geralmente é complementado por gestos. A Libras tem também sinais específicos para cada uma dessas situações. Assim podem-se utilizar os seguintes sinais: BO@-DIA, BO@-TARDE, BO@-NOITE, TUDO-BEM?, TCHAU! , MAIS-OU-MENOS, MAL, BEIJOS, OI, OLÁ!, etc. acompanhados ou não de gestos para cumprimento:

QUAL SE@ SINAL?

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SITUAÇÃO FORMAL SITUAÇÃO INFORMAL

A) BO@ DIA / BO@ TARDE

B) BO@ DIA / BO@ TARDE

A) O-I (beijos)

B) O-I (beijos)

A) POR FAVOR, D-I-A PALESTRA?

B) AMANHÃ A TARDE

A) SAUDADE VOCÊ SUMIR!

B) TRABALHARmuito VOCÊ?

A) NOME PESSOA PALESTRA?

B) PROFESSOR@ A-L-E-X

A) EU ESTUDAR muito

A) OBRIGAD@

B) TCHAU EU ATRASAD@

A) TCHAU

PRONOMES INTERROGATIVOS

QUAL? QUAL? (Comparativo) DOS-DOIS?

POR-QUÊ? PORQUE PARA-QUÊ? COMO?

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ALUNOS RESPONDEM AS PERGUNTAS ABAIXO

QUAL, COMO, PARA-QUÊ

(1) VOCÊ GOSTAR MAIS ESTAMPAD@ O-U LIS@ QUAL? R: EU GOSTAR MAIS ESTAMPAD@. (2) VOCÊ GOSTAR CACHORR@ O-U GAT@? R: (3)VOCÊ LER LIVRO? NOME? QUAL? R: (4) VOCÊ GOSTAR ESTUDAR O-U TRABALHAR? R: (5) VOCÊ IR PRAIA AMANHÃ ÔNIBUS CARRO A-PÉ? QUAL? R: (6) EL@ COMPRAR CARRO? C-O-M-O DINHEIRO? R: (7)SE@ ESPOSA GRÁVIDA? R: (8) FALAR M-A-L PRA-QUÊ? R: 9)VOCÊ CHEGAR ATRASAD@, EU SABER VOCÊ BEBER? R:

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PRONOME PESSOA DO DISCURSO ADVÉRBIO DE DEMONSTRATIVOS

LUGAR

EST@ EU AQUI

ESS@ VOCÊ AÍ

AQUEL@ EL@ LÁ

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GRAMÁTICA: advérbios de lugar – Pronomes Demonstrativos.

1. LIVRO ONDE? R: ______________________________________________________________________________ 2. AH! CANETA ONDE? R: ______________________________________________________________________________ 3. AQUEL@ AH! AQUI FRI@ muito R: ______________________________________________________________________________ 4. SANITÁRIO ONDE? R: ______________________________________________________________________________ 5. AH! CERTO? S-A-L-A REUNIÃO ONDE? R: ___________________________________________________________

PRONOMES PESSOAIS

A Libras possui um sistema pronominal para representar as pessoas do discurso: Primeira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): EU, NÓS-2, NÓS-3, NÓS-4, NÓS-GRUPO, NÓS/NÓS-TOD@S

Primeira pessoa do singular: EU Apontar para o peito do enunciador (a pessoa que fala)

EU

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Primeira pessoa do plural: NÓS-2, NÓS-3, NÓS-4, NÓS/NÓS-TOD@

NÓS-2 NÓS-2 NÓS-3

NÓS-4 NÓS/NÓS-TOD@S Segunda pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): Segunda pessoa do singular: VOCÊ Apontar para o interlocutor (a pessoa com quem se fala)

VOCÊ

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Segunda pessoa do plural: VOCÊS-2, VOCÊS-3, VOCÊS-4, VOCÊS/VOCÊS-TOD@S, VOCÊS-GRUPO.

VOCÊS-2 VOCÊS-3

VOCÊS-4

VOCÊS/VOCÊS-TOD@S GRUPO

Terceira pessoa (singular, dual, trial, quatrial e plural): EL@, EL@S-2, EL@S-3, EL@S-4, EL@S/EL@S-TOD@S, EL@S-GRUPO Terceira pessoa do singular: EL@ Apontar para uma pessoa que não está na conversa ou para um lugar convencionado para uma pessoa.

EL@

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Terceira pessoa do plural: EL@S-2, EL@S-3, EL@S-4, EL@S/EL@S-TOD@S, EL@S-GRUPO.

EL@S-2 EL@S-3

EL@S-4

EL@S/EL@S-TOD@S EL@S-GRUPO

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PRONOMES PESSOAIS VERBOS NEGATIVOS

EU TER LIVRO

LIVRO, EU TER

LIVRO, TER

EU TER-NÃO LIVRO

LIVRO, EU TER-NÃO

LIVRO, TER-NÃO

VOCÊ TER CANETA?

CANETA,VOCÊ TER?

CANETA,TER?

VOCÊ TER-NÃO CANETA?!

CANETA,VOCÊ TER-NÃO?!

CANETA,TER-NÃO?

EL@-TOD@ TER CARRO. EL@-TOD@ TER-NÃO CARRO

NÓS-2 TER AMIG@ MUIT@

AMIG@ MUIT@, NÓS-2 TER.

NÓS-2 TER-NÃO AMIG@ MUIT@

AMIG@ MUIT@, NÓS-2 TER-NÃO.

PRONOMES POSSESSIVOS:

Não há sinal específico para os pronomes possessivo no dual, trial, quatrial e plural (grupo), nestas situações são usados os pronomes pessoais correspondentes.

ME@

TE@

SE@ PRÓPRI@

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FAMÍLIA E RELAÇÕES FAMILIARES

Conversando em Libras - SITUAÇÃO: Conhecendo a Família dela... (a namorada mostra foto da família para o namorado)

A) namorada B) namorado A) OLHA FOTO MINHA FAMILIA. (Olhe a foto da minha família) B) HUMM. QUEM EST@ ALT@ FORTE CABELO NADA? (Humm. E quem é este alto, forte e careca?) A) PAI. (É meu pai.) B) MULHER DUAS PARECE. QUEM? (Tem duas mulheres muito parecidas. Quem são?) A) UMA MAE. (Uma delas é minha mãe.) B) QUAL-DOS-DOIS? (Qual das duas?) A) LADO DIRET@ (A que está do lado direito.) B) [email protected]@ É VOVÔ SEU? (Bonita...Este velhinho é seu avô?)

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A) SIM. MORREU JÁ (É sim, mas já faleceu.) B) EST@ MENINA CABELO COMPRIDO BONIT@ QUEM? (E esta menina bonita de cabelos compridos? Quem é?) A) EU. (Sou eu.) B) VERDADE? DIFERENTE... (É mesmo? Está diferente...) A) PORQUE? FEI@ AGORA? (Por que? Agora estou feia é?) B) NÃO! AGORA MAIS BONIT@ (Não! Agora está muito mais bonita!)

Compreensão da LIBRAS

1) Os alunos deverão observar a apresentação do(a) professor(a), em LIBRAS, a vista de sinais, para completar as lacunas das frases com o parentesco familiar apresentado.

a) João é _______________ de Rose b) Maria é _______________ de Rose c) Rose é ______________ de Rui d) Mariana é _____________ de Rui e) Rose é ______________ de Maria

2) Os alunos deverão responder por escrito as questões apresentadas pelo(a) professor(a) em LIBRAS. a) _____________________________________________________ VOCÊ CASAD@? b) _____________________________________________________ FILH@ TER? c) _____________________________________________________ NOME MÃE SE@? d) _____________________________________________________ FILH@ TER QUANT@? e) _____________________________________________________ NOME ESPOS@ SE@?

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TIPOS DE FRASES NA LIBRAS

AFIRMATIVA INTERROGATIVA EXCLAMATIVA

NEGATIVA

As línguas de sinais utilizam as expressões faciais e corporais para estabelecer tipos de frases, como as entonações na língua portuguesa, por isso para perceber se uma frase em Libras está na forma afirmativa, exclamativa, interrogativa, negativa ou imperativa, precisa-se estar atento às expressões facial e corporal que são feitas simultaneamente com certos sinais ou com toda a frase: Exemplos:

FORMA AFIRMATIVA: a expressão facial é neutra. ME@-NOME P-E-D-R-O. ME@-SINAL É.................

EL@ PROFESSOR@

FORMA INTERROGATIVA: sobrancelhas franzidas e um ligeiro movimento da cabeça inclinando-se para cima:

interrogativa

SE@ NOME QUAL? (expressão facial interrogativo feita simultaneamente ao sinal QUAL)

interrogativa

SE@-NOME? (expressão facial feita simultaneamente com o sinal SE@-NOME)

SE@-SINAL? (expressão facial feita simultaneamente com o sinal SE@-NOME)

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VOCÊ CASAD@

FORMA EXCLAMATIVA: sobrancelhas levantadas e um ligeiro movimento da cabeça inclinando-se para cima e para baixo. Pode ainda vir também com um intensificador representado pela boca fechada com um movimento para baixo:

EU VIAJAR RECIFE, BO@! BONIT@ LÁ! CONHECER MUIT@ SURD@S

CARRO BONIT@!

FORMA NEGATIVA: a negação pode ser feita através de três processos:

A. Com o acréscimo do sinal NÃO à frase afirmativa:

negação

BLUSA FEI@ COMPRAR NÃO.

EU OUVIR NÃO

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PRECISAR negação

PRECISAR NÃO

B. Com incorporação de um movimento contrário ou diferente ao do sinal negado:

GOSTAR GOSTAR-NÃO

negação

GOSTAR-NÃO CARNE, PREFERIR FRANGO, PEIXE. negação

EU TER-NÃO TTD.

C. Com um aceno de cabeça que pode ser feito simultaneamente com a ação que está sendo negada ou juntamente com os processos acima:

PODER PODER-NÃO

não

EU VIAJAR PODER-NÃO.

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FORMA NEGATIVA e INTERROGATIVA: sobrancelhas franzidas e aceno da cabeça negando.

CASAD@ EU NÃO?

CASAD@ EU NÃO

FORMA EXCLAMATIVA e INTERROGATIVA:

VOCÊ CASAR?!

VOCÊ CASAR

INTENSIFICADOR E ADVÉRBIO DE MODO

Alguns verbos na LIBRAS podem incorporar, através de uma mudança no seu movimento, um advérbio de modo e/ou um aspecto verbal que acrescenta essa informação à ação verbal

DEMORARmuito

RÁPID@ RÁPID@muito DEMORAR

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ALEGREmuito ALEGRE

TRISTE TRISTEmuito

BARATOmuito

CAROmuito

TRABALHOmuito

FRIOmuito

OLHARmuito

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ADVÉRBIOS DE TEMPO

AGORA HOJE AMANHÃ FUTURO

ONTEM AONTEM PASSADO JÁ

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CALENDÁRIO

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EXPRESSÕES COM RELAÇÃO DE TEMPO

SEMANA QUE-VEM SEMANA PASSADA SEMANA AGORA 1 SEMANA 2 SEMANAS ...

ANO QUE-VEM ANO PASSADO ANO AGORA 1 ANO 2 ANOS ...

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BRINCANDO COM AS SEMANAS/MESES/ANO

a) SEMANA QUE-VEM TER CURSO? b) QUEM VIAJAR MÊS QUE-VEM? c) ANO QUE-VEM VOCÊ ESTUDAR CURSO LIBRAS? d) O QUE VOCÊ FAZER SEMANA PASSAD@? e) MÊS PASSAD@ VOCÊ FÉRIAS? f) ANO PASSAD@ VOCÊ TRABALHAR ONDE? g) PRÓXIM@ SEMANA TER-NÃO CURSO? h) TOD@ SEMANA VOCÊ TRABALHAR? i) FIM DE SEMANA VOCÊ FAZER O-QUÊ?

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DIAS DA SEMANA

Semana Domingo

Segunda-Feira Terça-Feira

Quarta-Feira Quinta-Feira

Sexta-Feira Sábado

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VAMOS TREINAR

1. D-I-A HOJE? R: _______________________________________________________________ 2. SÁBADO DOMINGO FAZER O-QUÊ? R: _______________________________________________________________ 3. AULA LIBRAS DIA-DA-SEMANA? R: _______________________________________________________________ 4. VOCÊ TRABALHAR TODO-DIA? R: _______________________________________________________________ 5. CASA VOCÊ FICAR DIA-INTEIRO? R: _______________________________________________________________ 6. CHEGAR PRIMEIR@ QUEM? R: ______________________________________________________________ 7. VIR AQUI PRIMEIRA-VEZ? R: _______________________________________________________________

Observe atentamente as perguntas que o professor vai sinalizar e ESCREVA

as RESPOSTAS: a) AMANHÃ D-I-A? __________________________ b) MÊS QUE-VEM QUAL? ____________________________ c) HOJE DIA-DA-SEMANA? ____________________________ e) VOCÊ NASCER ANO QUAL? ____________________________

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OBS. Os sinais desta apostila foram extraídos de: REFERÊNCIAS: CAPOVILLA, F. C.; RAPHAEL, W. D. MAURÍCIO, A. C. L. Dicionario enciclopédico ilustrado trilingue da lingua de sinais brasileira: Novo Deit-Libras. São Paulo: Edusp, vol 1: sinais de A a H, p. 203-1153, 2009.

______. Dicionario enciclopédico ilustrado trilingue da lingua de sinais brasileira: Novo Deit-Libras. São Paulo: Edusp, vol 2: sinais de I a Z, p. 1417-2245, 2009.

FELIPE, T. A. Libras em Contexto. 7ª Ed., Brasília: MEC/SEESP, 2007.