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www.pconcursos.com APOSTILAS (ENEM) VOLUME COMPLETO Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM) 4 VOLUMES APOSTILAS IMPRESSAS E DIGITAIS Questão 1 (UNB) TEXTO "Entre a inteligência e a esperteza está uma pesada herança, não superada, do domínio colonial, que se prolonga no coronelismo, matuto e feroz, um coronelismo modernizado que poliu o trabuco do capanga pelo brilho do anel universitário." (Raymundo Faoro - "O discurso do método político". In: Isto é Senhor , 9/8/89). A leitura do texto permite afirmar que: julgue os itens abaixo. a) O anel universitário substituiu o trabuco. b) Há no texto evidências da função poética. c) Escritas entre vírgulas, as expressões "não superada" e "matuto e feroz" ganham ênfase. d) Ao escolher "pelo brilho", em vez de com o brilho , o autor não obteve qualquer efeito especial sobre o verbo polir.

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APOSTILAS (ENEM) VOLUME COMPLETO

Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM) 4 VOLUMES

APOSTILAS IMPRESSAS E DIGITAIS

Questão 1

(UNB) TEXTO

"Entre a inteligência e a esperteza está uma pesada herança, não superada, do domínio

colonial, que se prolonga no coronelismo, matuto e feroz, um coronelismo modernizado

que poliu o trabuco do capanga pelo brilho do anel universitário."

(Raymundo Faoro - "O discurso do método político". In: Isto é Senhor, 9/8/89).

A leitura do texto permite afirmar que: julgue os itens abaixo.

a) O anel universitário substituiu o trabuco.

b) Há no texto evidências da função poética.

c) Escritas entre vírgulas, as expressões "não superada" e "matuto e feroz" ganham ênfase.

d) Ao escolher "pelo brilho", em vez de com o brilho, o autor não obteve qualquer efeito

especial sobre o verbo polir.

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e) Embora modificando termos diferentes, "pesada", "não superada", "do domínio

colonial", "matuto e feroz", "modernizado", "do capanga" e "do anel universitário"

desempenham a mesma função sintática, isto é, de adjunto adnominal.

Questão 2

(UNB) TEXTO

Como os antigos marinheiros, as aves parecem capazes de determinar seu curso pela

posição das estrelas - do Sol, em especial - e da Lua. Todavia, como os marinheiros

modernos, elas também contam com um sistema de reserva que entra em ação quando o céu

está nublado. Trata-se de um sentido de orientação magnética semelhante à bússola.

J. B. 29/03/91

Julgue os itens referente ao texto.

a) O parágrafo é construído de comparações com elementos essencialmente similares que

se opõem cronologicamente.

b) Em especial se refere à Lua.

c) Estrelas no texto se opõe a Sol.

d) Todavia marca a oposição entre marinheiros e aves.

e) determinar está no sentido denotativo de estabelecer, fixar, definir.

Questão 3

(UNB) TEXTO

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Os garimpos se espalham por todos os lados avançado como formigueiro sobre as fazendas

cercadas da Agropecuária Cachimbo, destruindo a floresta, matando os rios. Aos colonos

sulistas descendentes de alemães e italianos, juntaram-se na busca do ouro os nordestinos,

principalmente maranhenses. Por algum tempo, Matupá sentiu-se em estado de graça, como

se estivesse iniciando uma era de glória e fausto.

A moeda local era o ouro, até picolé. As lojas, hotéis, farmácias e hospitais não tinham

caixas registradoras, mas balança de precisão.

J. B. 24/03/91

Com base no texto, julgue os itens abaixo.

a) As três orações reduzidas de gerúndio intensificam estilisticamente a idéia de

simultaneidade das ações.

b) A escolha do imperfeito do indicativo a partir da linha 7 reforça a informação de que a

situação não continua apresentando as mesmas características anteriores.

c) Como se estivesse introduz com o imperfeito do subjuntivo a idéia de ilusão, de falsa

realidade.

d) A expressão estado de graça significa conotativamente estado de felicidade e

perfeição.

e) A relação entre garimpos e formigueiro constitui metonímia.

Questão 4

(UNB) TEXTO

BURRICE

Agora a mira está apontada para o cérebro. E quem dispara o míssil é Paulo Rogério

Duarte, de 23 anos. "Detesto mulher burra", diz. "Prefiro até que ela seja um pouco

feminista (olha só: será que feminismo agora virou elogio?), mas que tenha inteligência.

Não gosto de quem só fala abobrinha. Tem que ser bem-informada, pelo menos para não

dar fora." Sacou? Taí mais uma razão para ler jornal, ir ao cinema, ler livro, estudar e,

principalmente, pensar. E tem outra coisa: cuidado com os erros de português. Não precisa

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falar difícil quando estiver com algum menino (isso, em vez de impressionar, decepciona),

mas dizer "a gente fomos" não pega bem mesmo. As aulas de português podem ser úteis na

hora da paquera. Quem diria...

"Os maiores defeitos das mulheres".

In: Capricho, março de 1991, p. 43

Com no texto julgue os itens abaixo.

a) As linhas iniciais do parágrafo encerram uma metáfora que associa o falar a uma ação

bélica.

b) Existem signos lingüísticos no texto do redator que permitem identificar, como

destinatário preferencial de sua mensagem, um grupo social composto por jovens e

adolescentes do sexo feminino.

c) Há ocorrência de expressões típicas da oralidade no texto do redator.

d) O segmento (olha só: será que feminismo agora virou elogio?) contém o pressuposto:

o feminismo anteriormente não era elogio.

e) Existem marcas comunicativas no texto do redator que tornam a relação emissor/receptor

mais direta e efetiva.

Questão 5

(UNB) TEXTO

Como estipula a Constituição, municípios, estados e governo federal podem criar Áreas de

Proteção Ambiental (APAs), impondo normas que limitem ou proíbam a implantação ou

desenvolvimento de atividades que interfiram nas condições ambientais de determinada

região.

J. B. 24.3.92

Com base no texto julgue os itens abaixo.

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a) A acentuação gráfica de municípios tem a mesma justificativa do acento agudo em

proíbam.

b) Como pode ser substituído por "conforme" sem alterar o significado do texto.

c) Estipula apresenta, no texto, o sentido denotativo de "limita".

d) O tempo verbal em que estão as formas limites, proíbam e interfiram denota ação

provável ou futura.

e) Interfiram é uma forma verbal que apresenta a alternância vocálica própria dos verbos

que se conjugam como "ferir".

Questão 6

(UNB) TEXTO

Dê a volta ao mundo sem sair de casa.

Tenha o mundo inteiro em suas mãos toda semana.

Congele o preço por um ano todo e aproveite as vantagens.

Envie hoje mesmo seu cupom.

Não mande dinheiro agora.

Com base no texto julgue os itens abaixo.

a) Os períodos foram retirados de uma propaganda de uma empresa de turismo,

especializada em fazer negócio pelo correio.

b) Os períodos exemplificam o uso do modo imperativo como articulador da linguagem

persuasiva própria da publicidade.

c) Se, em vez de você, o autor tivesse usado tu, o texto ficaria assim redigido:

Dá a volta ao mundo sem sair de casa.

Tem o mundo inteiro nas tuas mãos toda semana.

Congela o preço por um ano todo e aproveita as vantagens.

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Envia hoje mesmo teu cupom.

Não mandes dinheiro agora.

d) A expressão Congele exemplifica linguagem conotativa.

e) O preço, seu cupom e dinheiro exercem funções sintáticas diferentes.

Questão 7

(UNB) TEXTO

Dê a volta ao mundo sem sair de casa.

Tenha o mundo inteiro em suas mãos toda semana.

Congele o preço por um ano todo e aproveite as vantagens.

Envie hoje mesmo seu cupom.

Não mande dinheiro agora.

Julgue os itens abaixo de acordo com o texto.

a) As expressões inteiro e todo exercem a função de intensificadores de idéias já

expressas.

b) De casa e mundo inteiro exercem a função de adjunto adverbial de lugar.

c) Ao todo, os períodos se compõem de sete orações.

d) Predomina nesta informação publicitária a coordenação assindética.

e) O vocábulo cupom ou "cupão" é um empréstimo do inglês.

Questão 8

(UNB) TEXTO

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METAMORFOSE

Meu avô foi buscar prata

mas a prata virou índio

Meu avô foi buscar índio

mas o índio virou ouro

Meu avô foi buscar ouro

mas o ouro virou terra

Meu avô foi buscar terra

e a terra virou fronteira

Meu avô, ainda intrigado,

foi modelar a fronteira:

E o Brasil tomou forma de harpa.

Cassiano Ricardo

Pode-se afirmar que:

a) o avô do poeta era expedicionário.

b) o avô do poeta era bandeirante.

c) o avô em questão atravessou vários séculos de história do Brasil.

d) o avô, no poema, simboliza os ancestrais do brasileiro atual.

e) o poeta, veladamente, refere-se ao tratado de Tordesilhas.

Questão 9

(UNB) TEXTO

OS SERTÕES

De repente, uma variante trágica.

Aproxima-se a seca.

O sertanejo adivinha-a e prefixa-a graças ao ritmo singular com que se desencadeia o

flagelo.

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Entretanto não foge logo, abandonando a terra a pouco e pouco invadida pelo limbo

candente que irradia do Ceará.

Buckle, em página notável, assinala a anomalia de se não afeiçoar nunca, o homem, às

calamidades naturais que o rodeiam. Nenhum povo tem mais pavor aos terremotos que o

peruano; e no Peru as crianças ao nascerem têm o berço embalado pelas vibrações da terra.

Mas o nosso sertanejo faz exceção à regra. A seca não o apavora. É um complemento à sua

vida tormentosa, emoldurando-a em cenários tremendos. Enfrenta-se estóico. Apesar das

dolorosas tradições que conhece através de um sem-número de terríveis episódios, alimenta

a todo o transe esperanças de uma resistência impossível.

Euclides da Cunha

Pode-se afirmar que:

a) o trecho em pauta caracteriza-se por marcada ênfase na função poética da linguagem, em

detrimento da função denotativa.

b) o trecho oscila entre preocupações de ordem sociológica e literária.

c) o tema principal, retratado no texto, é a fúria mística e incontida dos sertanejos.

d) o autor discorre sobre aspectos sócio-climáticos da seca.

e) na linguagem do texto, prevalecem visíveis traços simbolistas.

Questão 10

(UNB) TEXTO

OS SERTÕES

De repente, uma variante trágica.

Aproxima-se a seca.

O sertanejo adivinha-a e prefixa-a graças ao ritmo singular com que se desencadeia o

flagelo.

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Entretanto não foge logo, abandonando a terra a pouco e pouco invadida pelo limbo

candente que irradia do Ceará.

Buckle, em página notável, assinala a anomalia de se não afeiçoar nunca, o homem, às

calamidades naturais que o rodeiam. Nenhum povo tem mais pavor aos terremotos que o

peruano; e no Peru as crianças ao nascerem têm o berço embalado pelas vibrações da terra.

Mas o nosso sertanejo faz exceção à regra. A seca não o apavora. É um complemento à sua

vida tormentosa, emoldurando-a em cenários tremendos. Enfrenta-se estóico. Apesar das

dolorosas tradições que conhece através de um sem-número de terríveis episódios, alimenta

a todo o transe esperanças de uma resistência impossível.

Euclides da Cunha

Com base no texto, pode-se afirmar que:

a) os abalos sísmicos são constantes no Peru.

b) o brasileiro é mais corajoso que o peruano.

c) a atitude do sertanejo contraria a tese de Buckle.

d) os homens preferem os terremotos às secas.

e) o contrário de estóico é "masoquista".

Questão 11

(UNB) TEXTO

OS SERTÕES

De repente, uma variante trágica.

Aproxima-se a seca.

O sertanejo adivinha-a e prefixa-a graças ao ritmo singular com que se desencadeia o

flagelo.

Entretanto não foge logo, abandonando a terra a pouco e pouco invadida pelo limbo

candente que irradia do Ceará.

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Buckle, em página notável, assinala a anomalia de se não afeiçoar nunca, o homem, às

calamidades naturais que o rodeiam. Nenhum povo tem mais pavor aos terremotos que o

peruano; e no Peru as crianças ao nascerem têm o berço embalado pelas vibrações da terra.

Mas o nosso sertanejo faz exceção à regra. A seca não o apavora. É um complemento à sua

vida tormentosa, emoldurando-a em cenários tremendos. Enfrenta-se estóico. Apesar das

dolorosas tradições que conhece através de um sem-número de terríveis episódios, alimenta

a todo o transe esperanças de uma resistência impossível.

Euclides da Cunha

Com base no texto julgue os itens abaixo.

a) Conquanto fora dos quadros simbolistas, Euclides da Cunha pertence à mesma época.

b) Assim como Joaquim Nabuco e Monteiro Lobato, Euclides da Cunha também revelou

interesse pelo debate ideológico e doutrinário.

c) Os sertões dividem-se em três partes: a selva, o homem e a luta.

d) Os sertões são obra de ficção tal como Grande Sertão: veredas.

e) O jagunço Riobaldo é um dos grandes personagens criados por Euclides da Cunha.

Questão 12

(UNB) Leia o anúncio publicitário abaixo e responda à questão.

Pé de pai pede Lupo.

a) Predominam, no texto, as consoantes oclusivas linguodentais surdas.

b) Ocorrem, na cadeia sonora do anúncio, três fonemas consonantais, três fonemas

vocálicos tônicos, dois fonemas vocálicos átonos e uma semivogal, representados, na

escrita, por oito grafemas: três consoantes e cinco vogais.

c) O anúncio tira proveito da capacidade que tem o falante de reestruturar e estruturar a

cadeia fônica.

d) Indiretamente, graças à segmentação morfêmica, o anúncio sugere que todo pai é um

lobo.

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e) No anúncio, os vocábulos são usados em seu sentido conotativo.

Questão 13

(UNB) TEXTO

"Ameaçado por um colapso com a paralisação de obras em rodovias, hidrelétricas, trechos

de metrô e outros equipamentos vitais, o país procura uma saída para voltar ao

crescimento."

(Revista Veja, 02/08/89)

Julgue os itens abaixo.

a) A ameaça de colapso do país explica-se pela procura de uma saída para voltar ao

crescimento.

b) A figura de estilo que caracteriza o texto é a prosopopéia ou animismo.

c) O vocábulo rodovias é um exemplo de composição por justaposição.

d) O termo o país domina sintaticamente o particípio Ameaçado.

e) No texto, o emprego da vírgula não tem outra justificativa além de separar termos

coordenados.

Questão 14

(UNB) TEXTO

Ela veio de longe, do São Francisco. Um dia, tomou caminho, entrou na boca aberta do

Pará, e pegou a subir. Cada ano avançado um punhado de léguas, mais perto, mais perto,

pertinho, fazendo medo no povo, porque era sezão da brava - da "tremedeira que não

desamontava" - matando muita gente.

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- Talvez que até aqui ela não chegue... Deus há-de...

Mas chegou: nem dilatou para vir. E foi um ano de tristezas.

Guimarães Rosa

Julgue os itens abaixo.

a) No Texto, o autor anuncia a chegada de uma jagunça famosa, cruel e desumana.

b) Por meio da gradação em mais perto, mais perto, pertinho, o autor aumenta a

expectativa, deslocando o enfoque para a perspectiva de quem espera.

c) No trecho "tremedeira que não desamontava", o termo sublinhado pode ser substituído

por cedia, sem alterar-se o sentido da frase.

d) No 3o período, as formas verbais no gerúndio têm o mesmo sujeito.

e) No 2o parágrafo, o discurso indireto livre revela a tensão psicológica que envolve os

acontecimentos.

Questão 15

(UNB) TEXTO

DESAPRENDA

Todo mundo sabe que "ventrículo" é um ventríloquo que trabalha de costas, mas muitos

ignoram que "obstrução" é o nome que se dá a uma construção feita sobre outra.

Assim como a "ecologia" é a ciência que estuda a origem do eco das montanhas,

"eficiência" é o estudo grafológico da letra "F".

Jô Soares, In: Veja, 6/2/91, p. 14

Pode-se afirmar que:

a) o leitor, para alcançar o feito humorístico, deve saber que "ventrículo" e "ventríloquo"

são palavras cognatas.

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b) a definição jocosa que o autor constrói para a palavra obstrução é sustentada no sentido

do prefixo obs-.

c) a estrutura sintática que subjaz na construção do primeiro período obedece ao modelo

"Todo mundo sabe que X, mas muitos ignoram que Y", de natureza adversativa.

d) há ruptura dos princípios de coerência entre o título e o conteúdo do texto, por ser este

sustentado por verbos de conhecimento como saber, ignorar e de designação como ser.

Questão 16

(FUVEST) Quando eu estava na escola médica de Boston, tive a sorte de fazer parte de um

pequeno grupo de estudante que se reuniu informalmente com um célebre cardiologista,

homem na casa dos oitenta anos. Num dado momento, um dos estudantes comentou com

certa apreensão que as doenças cardíacas eram a causa número um de morte nos Estados

Unidos. O velho professor pensou sobre isso por alguns instantes e depois replicou: " O que

é que você preferia ter como causa número um de morte?"

[David Ehrenfeld, A Arrogância do Humanismo]

A réplica do sutil professor ao estudante sugere que:

a) a especialização do saber aprimora a visão de conjunto.

b) o avanço tecnológico nem sempre implica humanização.

c) a fixação no poder da ciência faz esquecer seus limites.

d) a modernização apressada costuma obrigar a recuos.

e) a pesquisa perseverante contorna os maiores obstáculos.

Questão 17

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(FUVEST) TEXTO

"Navegar é preciso, viver não é preciso". Esta frase de antigos navegadores portugueses,

retomada por Fernando Pessoa, por Caetano Veloso e sabe-se lá por quantos mais citadores

ou reinventores, ganha sua última versão no âmbito da Informática, em que o termo

navegar adquire outro e preciso sentido.

Na nova acepção, em tempos de Internet, o lema parece mais afirmativo do que nunca. Os

olhos que hoje vagueiam pela tela iluminada do monitor já não precisam nem de velas, nem

de versos, nem de fados: da vida só querem o cantinho de um quarto, de onde fazem o

mundo flutuar em mares de virtualidades nunca dantes navegados.

Considere as seguintes afirmações:

I. A significação das palavras constitui um processo dinâmico e supõe o reconhecimento

histórico de seu emprego.

II. As expressões "velas" "fados" e "nunca dantes navegados" ligam-se ao contexto

primitivo do velho lema.

III. Desligando-se de suas raízes históricas, as palavras apresentam-se esvaziadas de

qualquer sentido.

Conforme se pode deduzir do texto, está correto o que se afirma:

a) apenas em I e II.

b) apenas em I e III.

c) apenas em II e III.

d) apenas em I.

e) em I, II e III.

Questão 18

(FUVEST) TEXTO

"Navegar é preciso, viver não é preciso". Esta frase de antigos navegadores portugueses,

retomada por Fernando Pessoa, por Caetano Veloso e sabe-se lá por quantos mais citadores

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ou reinventores, ganha sua última versão no âmbito da Informática, em que o termo

navegar adquire outro e preciso sentido.

Na nova acepção, em tempos de Internet, o lema parece mais afirmativo do que nunca. Os

olhos que hoje vagueiam pela tela iluminada do monitor já não precisam nem de velas, nem

de versos, nem de fados: da vida só querem o cantinho de um quarto, de onde fazem o

mundo flutuar em mares de virtualidades nunca dantes navegados.

Indique a afirmação correta em relação ao texto.

a) O efeito sonoro explorado na seqüência de "vagueiam", "velas", "versos", "vida",

"virtualidades" é conhecido como rima interior.

b) A construção "Os olhos (...) já não precisam" é exemplo de metonímia.

c) O termo "vagueiam" está empregado no sentido de "norteiam" e é exemplo de

personificação.

d) Na frase "Navegar é preciso, viver não é preciso" há um pleonasmo.

e) A construção "nem de velas, nem de versos, nem de fados" apoia-se em antíteses.

Questão 19

(FUVEST) TEXTO

"A casa que papai alugara não ficava na praia exatamente, mas numa das ruas que a ela

davam e onde uns operários trabalhavam diariamente no alinhamento de um dos canais que

carreavam o enxurro da cidade para o mar do golfo."

[Mário de Andrade]

No período acima, o segmento "que a ela davam e onde" pode ser substituída, sem

prejuízo para o sentido original do período, por

a) "para a cuja iam, nas quais"

b) "que lhe conduziam, aonde"

c) "a qual cortavam, em cuja rua"

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d) "nela terminavam, às quais"

e) "que nela desembocavam, rua em que"

Questão 20

(FUVEST) Rememorando o papel de sua geração, dizia o artista: "Nós não estávamos,

apenas, na exposição; nós éramos a exposição."

Alterando-se a ordem das palavras, a frase do artista NÃO tem seu sentido alterado em:

a) "Apenas, nós não estávamos na exposição; nós éramos a exposição."

b) "Nós não estávamos; apenas na exposição nós éramos a exposição."

c) "Nós não estávamos na exposição apenas nós; éramos a exposição."

d) "Nós não apenas estávamos na exposição; nós éramos a exposição."

e) "Nós não estávamos na exposição; nós éramos apenas a exposição."

Questão 21

(FUVEST) TEXTO

" - Finado Severino,

quando passares em Jordão

e os demônios te atacarem

perguntando o que é que levas...

- Dize que levas somente

coisas de não:

fome, sede, privação."

As "coisas de sim" estão, correspondentemente, em:

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a) saciedade - repleção - carência.

b) fartura - carência - vacuidade.

c) repleção - carência - saciedade.

d) satisfação - saciedade - fartura.

e) vacuidade - fartura - repleção.

Questão 22

(FUVEST) TEXTO

"Em frente do meu leito, em negro quadro

A minha amante dorme. É uma estampa

De bela adormecida. A rósea face

Parece em visos de um amor lascivo

De fogos vagabundos acender-se..."

Esses versos de Álvares de Azevedo, da Lira dos Vinte Anos, apoiam a seguinte afirmação

sobre o conjunto "Idéias íntimas", de onde foram extraídos.

a) Em versos brancos e em ritmo fluente, o discurso poético combina notações realistas e

fantasias amorosas.

b) A lascívia, combinada com a sátira, elimina a possibilidade de lirismo amoroso,

reservado para a segunda parte do livro.

c) No espaço do quarto, o poeta vinga-se das frustrações amorosas, satirizando a imagem de

sua amada.

d) Imaginando-se pintor, o poeta vai esboçando num quadro as figuras da virgem romântica

e da amante calorosa.

e) Os decassílabos e o lirismo intimista são traços que já fazem antever as tendências

poéticas da geração seguinte.

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Questão 23

(UNI-RIO) Assinale a opção que justifica a afirmativa "Primeiros dias, para dizer a

verdade, não senti falta, ( ... )."

a) A quebra da rotina traz a sensação de liberdade.

b) A relação amorosa estabelece limites para a liberdade de cada um.

c) A sensação de liberdade faz falta a algumas pessoas.

d) O estranhamento causado pela ausência do ser amado é acentuado pela rotina.

e) O novo tem um apelo encantatório, que afasta o sentimento da ausência.

Questão 24

(UNI-RIO) Dimensionado-se a questão do tempo em Não foi ausência por uma semana,

pode-se afirmar que essa ausência:

a) durou mais que um mês.

b) tinha durado sempre apenas uma semana.

c) começou a ser vivenciada após uma semana.

d) só foi percebida durante uma semana.

e) foi notada a partir do vigésimo nono dia.

Questão 25

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(UNI-RIO) O carinho do homem pela mulher agora ausente manifestava-se através da (s):

a) falta de botão na camisa.

b) bebida partilhada com os amigos.

c) conversa demorada na esquina.

d) presença aconchegante ao fim da jornada.

e) discussões sem importância às refeições.

Questão 26

(UNI-RIO) Dimensiona o papel de Senhora na família. Assim, ela pode ser definida como:

a) sublevadora.

b) apaziguadora.

c) sofredora.

d) dominadora.

e) impostora.

Questão 27

(UNI-RIO) Assinale a opção que guarda o mesmo sentido do enunciado em até o canário

ficou mudo.

a) Só o canário ficou mudo.

b) O canário mesmo ficou mudo.

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c) O canário, inclusive, ficou mudo.

d) Inclusive o canário ficou mudo.

e) Sequer o canário ficou mudo.

Questão 28

(PUC-MG) A QUESTÃO ABAIXO ESTÁ RELACIONADA AO LIVRO O DESATINO

DA RAPAZIADA, DE HUMBERTO WERNECK

Todas as afirmativas a respeito de O desatino da rapaziada podem ser comprovadas no

livro, EXCETO:

a) A transgressão às normas resultou em significativas mudanças na literatura mineira.

b) Divergências políticas nem sempre impediram a confraternização entre diferentes grupos

de escritores.

c) O modernismo mineiro foi um movimento isolado no contexto nacional.

d) Os escritores conservadores não aceitavam a nova produção artística, considerando-a

loucura da juventude.

e) Os jovens buscavam superar o provincianismo mineiro através da literatura.

Questão 29

(PUC-RJ)

Texto

A Revista Ciência Hoje (volume 16, no. 94, set/out de

1993) promoveu e publicou um debate sobre a causa e a cura

das doenças mentais, do qual participaram profissionais

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50

ligados à psicanálise, à psiquiatria e à psicofarmacologia.

Reproduzimos abaixo a resposta de alguns dos partici-

pantes à pergunta "Há cura para doenças mentais?"

Jurandir Freire (psicanalista): "A cura, entendida

como restabelecimento de um equilíbrio prévio, é uma defi-

nição médica, e isso não existe na psiquiatria. A pessoa pode

ter uma experiência psicopatológica e sair dela desejando

um equilíbrio diferente do que tinha antes. Normalmente, o

que entendo por cura? É a abolição dos sintomas que vêm

fazendo a pessoa sofrer e, em seguida, a identificação com

os próprios ideais, os propósitos de vida ou a busca de

equilíbrio e a satisfação efetiva. Nesse aspecto, há códigos

psíquicos que são mais complicados de se atingirem;

outros, pouco menos. A resposta é sempre singularizada.

Quanto à promessa do que podemos fazer, posso ser

taxativo. A gente melhora bastante o sofrimento das pessoas

que estão atingidas mentalmente. Com o arsenal que temos

em neuroclínica, no plano institucional-hospitalar, no atendi-

mento individualizado, conseguimos muitas vezes favorecer

a pessoa".

Joel Birman (psicanalista): "Na psicanálise a cura é

problemática por causa dessa idéia de restauração do

estado anterior ao acontecimento. No estado de perturba-

ção, o sujeito perde sua capacidade de produção de normas,

tanto biológicas quanto psíquicas. A função do tratamento

nas perturbações psíquicas é restaurar uma certa

plasticidade do sujeito, para que ele tenha novamente a

possibilidade de novas produções normativas. Tentamos

fazer com que ele se torne mais elástico, com maior capaci-

dade de superação dos obstáculos que se impõem, tanto em

nível social quanto pessoal."

Marcio Versiani (psiquiatra): "A `cura', o restitutio ad

integrum, na medicina como um todo, apesar de todo o

progresso atual, ainda é rara. Isso é particularmente válido

para as doenças crônicas, e a maioria dos transtornos

mentais se enquadram nessa categoria. Contudo, se consi-

derarmos que, até a década de 70, a maior parte dos transtor-

nos mentais resultava em importantes graus de permanente

incapacitação - e isso não é mais verdade - , há motivo

para otimismo. Nas depressões e nas diferentes formas de

ansiedade, o avanço foi maior. Com o lítio e os

antidepressores, obtêm-se remissões em dois terços dos

casos. No terço restante, há graus variáveis de melhora. Na

esquizofrenia, o quadro, infelizmente, é mais sombrio -

diferentes níveis de melhora sim, mas raramente a recupe-

ração total. Essas `curas' ou graus de melhora significativos

têm sido obtidos graças à inserção da psiquiatria no mo-

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delo médico moderno. Resultados de pesquisa com nú-

meros representativos de pacientes e metodologia adequa-

da (escalas operacionais de avaliação, entrevistas, diagnós-

ticos computadorizados, métodos duplo-cego com controle

de placebo etc.) têm permitido e corroborado esses avanços

terapêuticos."

Considerando os comentários feitos pelos debatedores, podemos afirmar que há consenso

em torno da idéia de que:

a) o tratamento das perturbações mentais deve visar ao enquadramento do paciente em

certos padrões gerais de normalidade e equilíbrio.

b) no campo das doenças psíquicas, o sucesso do tratamento depende apenas de sua aptidão

para corrigir disfunções biológicas que acometem o organismo do paciente.

c) o tratamento mais adequado para curar doentes mentais é aquele em que se emprega lítio

e antidepressores.

d) a noção psiquiátrica de cura está vinculada à recuperação do estado anterior à doença,

não sendo, portanto, fácil obtê-la.

e) no que tange às doenças mentais, é em geral inadequado pensar em "cura" como um

retorno do paciente ao estado em que se encontrava anteriormente à manifestação do

problema.

Questão 30

(PUC-RJ)

Texto

5

A Revista Ciência Hoje (volume 16, no. 94, set/out de

1993) promoveu e publicou um debate sobre a causa e a cura

das doenças mentais, do qual participaram profissionais

ligados à psicanálise, à psiquiatria e à psicofarmacologia.

Reproduzimos abaixo a resposta de alguns dos partici-

pantes à pergunta "Há cura para doenças mentais?"

Jurandir Freire (psicanalista): "A cura, entendida

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como restabelecimento de um equilíbrio prévio, é uma defi-

nição médica, e isso não existe na psiquiatria. A pessoa pode

ter uma experiência psicopatológica e sair dela desejando

um equilíbrio diferente do que tinha antes. Normalmente, o

que entendo por cura? É a abolição dos sintomas que vêm

fazendo a pessoa sofrer e, em seguida, a identificação com

os próprios ideais, os propósitos de vida ou a busca de

equilíbrio e a satisfação efetiva. Nesse aspecto, há códigos

psíquicos que são mais complicados de se atingirem;

outros, pouco menos. A resposta é sempre singularizada.

Quanto à promessa do que podemos fazer, posso ser

taxativo. A gente melhora bastante o sofrimento das pessoas

que estão atingidas mentalmente. Com o arsenal que temos

em neuroclínica, no plano institucional-hospitalar, no atendi-

mento individualizado, conseguimos muitas vezes favorecer

a pessoa".

Joel Birman (psicanalista): "Na psicanálise a cura é

problemática por causa dessa idéia de restauração do

estado anterior ao acontecimento. No estado de perturba-

ção, o sujeito perde sua capacidade de produção de normas,

tanto biológicas quanto psíquicas. A função do tratamento

nas perturbações psíquicas é restaurar uma certa

plasticidade do sujeito, para que ele tenha novamente a

possibilidade de novas produções normativas. Tentamos

fazer com que ele se torne mais elástico, com maior capaci-

dade de superação dos obstáculos que se impõem, tanto em

nível social quanto pessoal."

Marcio Versiani (psiquiatra): "A `cura', o restitutio ad

integrum, na medicina como um todo, apesar de todo o

progresso atual, ainda é rara. Isso é particularmente válido

para as doenças crônicas, e a maioria dos transtornos

mentais se enquadram nessa categoria. Contudo, se consi-

derarmos que, até a década de 70, a maior parte dos transtor-

nos mentais resultava em importantes graus de permanente

incapacitação - e isso não é mais verdade - , há motivo

para otimismo. Nas depressões e nas diferentes formas de

ansiedade, o avanço foi maior. Com o lítio e os

antidepressores, obtêm-se remissões em dois terços dos

casos. No terço restante, há graus variáveis de melhora. Na

esquizofrenia, o quadro, infelizmente, é mais sombrio -

diferentes níveis de melhora sim, mas raramente a recupe-

ração total. Essas `curas' ou graus de melhora significativos

têm sido obtidos graças à inserção da psiquiatria no mo-

delo médico moderno. Resultados de pesquisa com nú-

meros representativos de pacientes e metodologia adequa-

da (escalas operacionais de avaliação, entrevistas, diagnós-

ticos computadorizados, métodos duplo-cego com controle

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de placebo etc.) têm permitido e corroborado esses avanços

terapêuticos."

Comparando as posições dos debatedores, podemos afirmar que:

a) enquanto Versiani defende o uso de remédios no tratamento das doenças mentais, Freire

se mostra descrente quanto à sua eficácia.

b) ao contrário de Joel Birman, Márcio Versiani é contra o uso da psicanálise no tratamento

dos problemas mentais.

c) em consonância com Márcio Versiani, Joel Birman acredita que a função do médico é

ensinar ao doente determinadas produções normativas.

d) Jurandir Freire e Joel Birman compartilham a opinião de que é pouco o que se pode

fazer para minorar o sofrimento do doente mental.

e) Freire enfatiza a importância de se considerar, no tratamento da doença mental, a

dimensão singular de cada paciente; já Versiani destaca a contribuição do uso de

medicamentos.

Questão 31

(PUC-RS)

TEXTO

01 Geralmente, o povo de uma nação

02 inventa, interroga e venera algum tipo de

03 imagem de si mesmo por duas razões. Para

04 assoprar nas brasas do patriotismo ou

05 porque faltam outros argumentos para

06 justificar a existência da nação.

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07 Felizmente, o caso do Brasil é este (não o

08 primeiro). Nos falta uma História moderna de

09 fazeres coletivos: Independência, República,

10 Abolição vieram de cima. Não foi necessário

11 que o povo batalhasse nas ruas. E nos

12 faltam registros de experiência comum. Me

13 explico. Saiam da atmosfera qualidade-total-

14 controlada de um prédio da Paulista com

15 pouso de helicóptero no terraço e enfrentem

16 ônibus, boteco de vila e desmoronamentos.

17 Verão que, entre elites e povo, a experiência

18 básica de vida mal se sobrepõe.

19 Portanto, na hora de construir nossa

20 nação moderna, era (ainda é) vital uma

21 imagem que representasse a razão de

22 estarmos juntos no Brasil. Como encontrá-

23 la?

Contardo Calligaris

Época Especial "Nós, brasileiros" 24/05/99, p.11

INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto.

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O texto apresenta, como idéia central,

a) a falta de razões para o patriotismo dos brasileiros.

b) o confronto entre a História oficial e a nossa realidade.

c) a distância ainda existente entre ricos e pobres no país.

d) a hegemonia das elites sobre as massas populares no Brasil.

e) a necessária relação entre vivência compartilhada e identidade nacional.

Questão 32

(PUC-RS)

TEXTO

01 Geralmente, o povo de uma nação

02 inventa, interroga e venera algum tipo de

03 imagem de si mesmo por duas razões. Para

04 assoprar nas brasas do patriotismo ou

05 porque faltam outros argumentos para

06 justificar a existência da nação.

07 Felizmente, o caso do Brasil é este (não o

08 primeiro). Nos falta uma História moderna de

09 fazeres coletivos: Independência, República,

10 Abolição vieram de cima. Não foi necessário

11 que o povo batalhasse nas ruas. E nos

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12 faltam registros de experiência comum. Me

13 explico. Saiam da atmosfera qualidade-total-

14 controlada de um prédio da Paulista com

15 pouso de helicóptero no terraço e enfrentem

16 ônibus, boteco de vila e desmoronamentos.

17 Verão que, entre elites e povo, a experiência

18 básica de vida mal se sobrepõe.

19 Portanto, na hora de construir nossa

20 nação moderna, era (ainda é) vital uma

21 imagem que representasse a razão de

22 estarmos juntos no Brasil. Como encontrá-

23 la?

Contardo Calligaris

Época Especial "Nós, brasileiros" 24/05/99, p.11

INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto.

As idéias apresentadas pelo autor no texto não permitem concluir que

a) a qualidade de vida dos paulistas não tem equivalente no país.

b) as transformações políticas de uma nação deveriam ser fruto de construção coletiva.

c) o Brasil é um país de extremos, no que diz respeito às diferenças sociais.

d) toda nação precisa ter sua existência justificada.

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e) o Brasil ainda não é uma nação moderna.

Questão 33

(PUC-RS)

TEXTO

01 Geralmente, o povo de uma nação

02 inventa, interroga e venera algum tipo de

03 imagem de si mesmo por duas razões. Para

04 assoprar nas brasas do patriotismo ou

05 porque faltam outros argumentos para

06 justificar a existência da nação.

07 Felizmente, o caso do Brasil é este (não o

08 primeiro). Nos falta uma História moderna de

09 fazeres coletivos: Independência, República,

10 Abolição vieram de cima. Não foi necessário

11 que o povo batalhasse nas ruas. E nos

12 faltam registros de experiência comum. Me

13 explico. Saiam da atmosfera qualidade-total-

14 controlada de um prédio da Paulista com

15 pouso de helicóptero no terraço e enfrentem

16 ônibus, boteco de vila e desmoronamentos.

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17 Verão que, entre elites e povo, a experiência

18 básica de vida mal se sobrepõe.

19 Portanto, na hora de construir nossa

20 nação moderna, era (ainda é) vital uma

21 imagem que representasse a razão de

22 estarmos juntos no Brasil. Como encontrá-

23 la?

Contardo Calligaris

Época Especial "Nós, brasileiros" 24/05/99, p.11

INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto.

A seqüência que melhor corresponde ao modo como as idéias do primeiro parágrafo se

relacionam com as do segundo é:

a) do mais genérico para o mais específico.

b) do mais exemplificativo para o mais informativo.

c) do mais concreto para o mais abstrato.

d) do mais improvável para o mais provável.

e) do mais afastado para o mais próximo no tempo.

Questão 34

(PUC-RS)

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TEXTO

01 Geralmente, o povo de uma nação

02 inventa, interroga e venera algum tipo de

03 imagem de si mesmo por duas razões. Para

04 assoprar nas brasas do patriotismo ou

05 porque faltam outros argumentos para

06 justificar a existência da nação.

07 Felizmente, o caso do Brasil é este (não o

08 primeiro). Nos falta uma História moderna de

09 fazeres coletivos: Independência, República,

10 Abolição vieram de cima. Não foi necessário

11 que o povo batalhasse nas ruas. E nos

12 faltam registros de experiência comum. Me

13 explico. Saiam da atmosfera qualidade-total-

14 controlada de um prédio da Paulista com

15 pouso de helicóptero no terraço e enfrentem

16 ônibus, boteco de vila e desmoronamentos.

17 Verão que, entre elites e povo, a experiência

18 básica de vida mal se sobrepõe.

19 Portanto, na hora de construir nossa

20 nação moderna, era (ainda é) vital uma

21 imagem que representasse a razão de

22 estarmos juntos no Brasil. Como encontrá-

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23 la?

Contardo Calligaris

Época Especial "Nós, brasileiros" 24/05/99, p.11

INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto, indicando V (verdadeiro) ou F

(falso) em cada uma das afirmativas referentes aos recursos que conferem ao texto

maior expressividade.

( ) No primeiro parágrafo, uma enumeração e uma metáfora sugerem o empenho dos

povos na construção de uma auto-imagem positiva.

( ) No segundo parágrafo, as marcas da subjetividade do autor restringem-se ao uso da 1ª

pessoa do discurso.

( ) No segundo parágrafo, a utilização de um qualificador composto não usual reforça a

idéia de eficiente modernidade.

( ) No terceiro parágrafo, o uso da 1ª pessoa do plural dá ênfase à crítica que o autor

dirige a todos os brasileiros.

A alternativa que contém a seqüência correta é:

a) V – F – V – F

b) V – V – F – F

c) F – V – F – V

d) F – F – V – V

e) V – F – F – V

Questão 35

(PUC-RS)

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TEXTO

01 Geralmente, o povo de uma nação

02 inventa, interroga e venera algum tipo de

03 imagem de si mesmo por duas razões. Para

04 assoprar nas brasas do patriotismo ou

05 porque faltam outros argumentos para

06 justificar a existência da nação.

07 Felizmente, o caso do Brasil é este (não o

08 primeiro). Nos falta uma História moderna de

09 fazeres coletivos: Independência, República,

10 Abolição vieram de cima. Não foi necessário

11 que o povo batalhasse nas ruas. E nos

12 faltam registros de experiência comum. Me

13 explico. Saiam da atmosfera qualidade-total-

14 controlada de um prédio da Paulista com

15 pouso de helicóptero no terraço e enfrentem

16 ônibus, boteco de vila e desmoronamentos.

17 Verão que, entre elites e povo, a experiência

18 básica de vida mal se sobrepõe.

19 Portanto, na hora de construir nossa

20 nação moderna, era (ainda é) vital uma

21 imagem que representasse a razão de

22 estarmos juntos no Brasil. Como encontrá-

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23 la?

Contardo Calligaris

Época Especial "Nós, brasileiros" 24/05/99, p.11

INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto, observando as substituições

sugeridas para as estruturas presentes em 1 a 4.

1. "argumentos para justificar a existência da nação" (linhas 05 e 06) por "argumentos

que justifiquem a existência da nação".

2. "Nos falta uma História moderna de fazeres coletivos" (linhas 08 e 09) por "Falta-

nos fazeres coletivos em nossa história moderna".

3. "Não foi necessário que o povo batalhasse nas ruas" (linhas 10 e b) por "Não foi

necessária a batalha do povo nas ruas".

4. "a experiência básica de vida mal se sobrepõe" (linhas 17 e 18) por "há experiências

básicas de vida que mal se sobrepõe".

Pela análise das estruturas, é correto afirmar que estão de acordo com a norma culta da

língua

a) 1 e 2.

b) 1 e 3.

c) 2 e 4.

d) 3 e 4.

e) 1, 2 e 4.

Questão 36

(PUC-RS)

TEXTO 1

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01 A vida em Barretos nunca mais foi a

02 mesma depois que peão de boiadeiro

03 virou caubói e música caipira passou a

04 ser chamada de country. Integrada ao

05 calendário das maiores comemorações

06 nacionais, a 44ª Festa do Peão de

07 Boiadeiro de Barretos está para abrir as

08 porteiras, estilizando a rotina do campo

09 para o fascínio de legiões urbanas. (...) É

10 uma multidão de turistas vestidos a

11 caráter e apelidados de "peões de

12 butique". Chegam de todos os cantos do

13 país, enfiados em calças jeans,

14 imaculadas botas de couro, cintos e

15 chapéus vistosos. Os boiadeiros urbanos

16 capricham na indumentária (chegam a

17 importá-la) e vivem uma fantasia que só

18 fica a dever ao Carnaval carioca em

19 termos de público e opulência. No

20 Carnaval, reis e princesas sonham até a

21 Quarta-Feira de Cinzas. Em Barretos,

22 imagina-se domar perigosos touros e

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23 potros ariscos.

Adaptado de: Época – Especial "Nós, brasileiros", 24/ 05/ 1999, p. 102

TEXTO 2

Charge de Iotti Zero Hora, Porto Alegre, 24/01/99

INSTRUÇÃO: Responder à questão com base nos textos 1 e 2.

A problemática comum aos textos 1 e 2 é

a) a crescente valorização da vida rural no Brasil.

b) o obstinado apego do homem do campo às suas tradições.

c) a evidente influência do que vem de fora sobre o brasileiro.

d) a pacífica convivência entre o antigo e o novo no Brasil moderno.

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e) a saudável popularização dos costumes gaúchos em outros centros do Brasil.

Questão 37

(PUC-RS)

TEXTO 1

01 A vida em Barretos nunca mais foi a

02 mesma depois que peão de boiadeiro

03 virou caubói e música caipira passou a

04 ser chamada de country. Integrada ao

05 calendário das maiores comemorações

06 nacionais, a 44ª Festa do Peão de

07 Boiadeiro de Barretos está para abrir as

08 porteiras, estilizando a rotina do campo

09 para o fascínio de legiões urbanas. (...) É

10 uma multidão de turistas vestidos a

11 caráter e apelidados de "peões de

12 butique". Chegam de todos os cantos do

13 país, enfiados em calças jeans,

14 imaculadas botas de couro, cintos e

15 chapéus vistosos. Os boiadeiros urbanos

16 capricham na indumentária (chegam a

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17 importá-la) e vivem uma fantasia que só

18 fica a dever ao Carnaval carioca em

19 termos de público e opulência. No

20 Carnaval, reis e princesas sonham até a

21 Quarta-Feira de Cinzas. Em Barretos,

22 imagina-se domar perigosos touros e

23 potros ariscos.

Adaptado de: Época – Especial "Nós, brasileiros", 24/ 05/ 1999, p. 102

TEXTO 2

Charge de Iotti Zero Hora, Porto Alegre, 24/01/99

INSTRUÇÃO: Responder à questão com base nos textos 1 e 2.

I. A charge (texto 2) destina-se a um público mais restrito, pois faz alusão a um fato

recente de repercussão regional.

II. Para uma adequada compreensão do texto 2, é necessário levar em conta dados

contextuais, como veículo de divulgação, local e data.

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III. Enquanto o texto 1 visa principalmente a informar o leitor, o texto 2 pretende

mobilizar seu humor, a partir de uma informação que esse já tem.

IV. Apesar de não utilizar frases exclamativas como o gaúcho da charge, o autor do

texto 1 expressa um grau de indignação equivalente.

A alternativa que contém apenas afirmativas corretas é

a) I e II

b) I e III

c) II e IV

d) I, II e III

e) I, II, III e IV

Questão 38

(PUC-RS) TEXTO

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INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto.

Para obter maior efeito persuasivo, o publicitário mescla argumentos racionais com apelos

que mobilizam a emoção do leitor.

Analisando essa estratégia, marque V (verdadeiro) ou F (falso) para cada uma das

afirmativas abaixo.

( ) O questionamento "E você, brasileiro?", em destaque na chamada, apela para o

sentimento de admiração que os brasileiros em geral nutrem em relação aos países do

Primeiro Mundo.

( ) No primeiro parágrafo ( "Assim como... de distância."), predominam argumentos

racionais como o de "se sentir em casa" mesmo a milhares de quilômetros do país.

( ) No segundo parágrafo ( "Para os brasileiros ... no mundo tem.") são apresentadas fortes

razões para que passageiros prefiram a Varig, e alguns dos argumentos expostos poderiam

ser comprovados com dados numéricos.

( ) No slogan, ao pé da página, a palavra "nossa" reforça o apelo que a mensagem faz ao

sentimento de nacionalidade do brasileiro.

A alternativa que contém a seqüência correta é

a) V – F – F – F

b) V – V – V – F

c) V – F – V – V

d) F – F – V – V

e) V – F – V – F

Questão 39

(PUC-RS) TEXTO

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INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto.

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Considerando as comparações presentes no texto, não é correto concluir que o autor

a) equipara a preferência por voar numa companhia nacional com outros marcos da cultura

de um povo.

b) destaca a superioridade da Varig sobre todas as companhias aéreas em relação à

quantidade de vôos no mundo todo.

c) sugere que os brasileiros, além do patriotismo, têm outros motivos mais fortes para

preferir a Varig.

d) iguala os serviços da Varig ao que existe de melhor no mundo neste setor.

e) afirma que a Varig supera todas as demais companhias aéreas na acolhida aos

passageiros.

Questão 40

(UFRN)

DISPARIDADES RACIAIS

01 Fator decisivo para a superação do sistema colonial, o fim do trabalho escravo

02 foi seguido pela criação do mito da democracia racial no Brasil. Nutriu-se, desde

03 então, a falsa idéia de que haveria no país um convívio cordial entre as diversas

04 etnias.

05 Aos poucos, porém, pôde-se ver que a coexistência pouco hostil entre brancos

06 e negros, por exemplo, mascarava a manutenção de uma descomunal desigualdade

07 sócio-econômica entre os dois grupos e não advinha de uma suposta divisão

08 igualitária de oportunidades.

09 O cruzamento de alguns dados do último censo do IBGE relativos ao Rio de

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10 Janeiro permite dimensionar algumas dessas inequívocas diferenças. Em 91, o

11 analfabetismo no Estado era 2,5 vezes maior entre negros do que entre brancos, e

12 quase 60% da população negra com mais de 10 anos não havia conseguido

13 ultrapassar a 4ª série do 1º grau, contra 39% dos brancos. Os números relativos ao

14 ensino superior confirmam a cruel seletividade imposta pelo fator sócio-econômico:

15 até aquele ano, 12% dos brancos haviam concluído o 3º grau, contra só 2,5% dos

16 negros.

17 É inegável que a discrepância racial vem diminuindo ao longo do século: o

18 analfabetismo no Rio de Janeiro era muito maior entre negros com mais de 70 anos

19 do que entre os de menos de 40 anos. Essa queda, porém, ainda não se traduziu

20 numa proporcional equalização de oportunidades.

21 Considerando que o Rio de Janeiro é uma das unidades mais desenvolvidas do

22 país e com acentuada tradição urbana, parece inevitável extrapolar para outras

23 regiões a inquietação resultante desses dados.

24 Mesmo questionando algumas iniciativas excessivamente rígidas - como a

25 criação de "cotas raciais" no oferecimento de vagas nas universidades e no mercado

26 de trabalho, bastante comum nos EUA -, é fundamental que se destaquem também

27 as desigualdades étnicas, para que seja possível avaliar, com máximo realismo, as

28 dimensões exatas da brutal dívida social brasileira.

[adaptação] Folha de S. Paulo, São Paulo, 09 jun. 1996. Caderno Brasil, p. 2.

O texto permite afirmar que

a) o preconceito racial, nos EUA, é mais acentuado em relação ao negro pobre.

b) o ingresso de negros em universidades públicas é inferior ao de brancos.

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c) as universidades norte-americanas oferecem mais vagas que as brasileiras.

d) a discrepância racial, nos anos 80, era menor do que no início deste século.

Questão 41

(UFRN)

DISPARIDADES RACIAIS

01 Fator decisivo para a superação do sistema colonial, o fim do trabalho escravo

02 foi seguido pela criação do mito da democracia racial no Brasil. Nutriu-se, desde

03 então, a falsa idéia de que haveria no país um convívio cordial entre as diversas

04 etnias.

05 Aos poucos, porém, pôde-se ver que a coexistência pouco hostil entre brancos

06 e negros, por exemplo, mascarava a manutenção de uma descomunal desigualdade

07 sócio-econômica entre os dois grupos e não advinha de uma suposta divisão

08 igualitária de oportunidades.

09 O cruzamento de alguns dados do último censo do IBGE relativos ao Rio de

10 Janeiro permite dimensionar algumas dessas inequívocas diferenças. Em 91, o

11 analfabetismo no Estado era 2,5 vezes maior entre negros do que entre brancos, e

12 quase 60% da população negra com mais de 10 anos não havia conseguido

13 ultrapassar a 4ª série do 1º grau, contra 39% dos brancos. Os números relativos ao

14 ensino superior confirmam a cruel seletividade imposta pelo fator sócio-econômico:

15 até aquele ano, 12% dos brancos haviam concluído o 3º grau, contra só 2,5% dos

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16 negros.

17 É inegável que a discrepância racial vem diminuindo ao longo do século: o

18 analfabetismo no Rio de Janeiro era muito maior entre negros com mais de 70 anos

19 do que entre os de menos de 40 anos. Essa queda, porém, ainda não se traduziu

20 numa proporcional equalização de oportunidades.

21 Considerando que o Rio de Janeiro é uma das unidades mais desenvolvidas do

22 país e com acentuada tradição urbana, parece inevitável extrapolar para outras

23 regiões a inquietação resultante desses dados.

24 Mesmo questionando algumas iniciativas excessivamente rígidas - como a

25 criação de "cotas raciais" no oferecimento de vagas nas universidades e no mercado

26 de trabalho, bastante comum nos EUA -, é fundamental que se destaquem também

27 as desigualdades étnicas, para que seja possível avaliar, com máximo realismo, as

28 dimensões exatas da brutal dívida social brasileira.

[adaptação] Folha de S. Paulo, São Paulo, 09 jun. 1996. Caderno Brasil, p. 2.

A brutal dívida social brasileira [28]

a) dimensionou-se a partir da discrepância racial que o IBGE constatou.

b) restringe-se à desigualdade quanto à alfabetização de negros e brancos.

c) inclui a inexistência de oportunidades igualitárias para negros e brancos.

d) apareceu simultaneamente à coexistência pouco hostil entre os grupos.

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Questão 42

(UFRN)

DISPARIDADES RACIAIS

01 Fator decisivo para a superação do sistema colonial, o fim do trabalho escravo

02 foi seguido pela criação do mito da democracia racial no Brasil. Nutriu-se, desde

03 então, a falsa idéia de que haveria no país um convívio cordial entre as diversas

04 etnias.

05 Aos poucos, porém, pôde-se ver que a coexistência pouco hostil entre brancos

06 e negros, por exemplo, mascarava a manutenção de uma descomunal desigualdade

07 sócio-econômica entre os dois grupos e não advinha de uma suposta divisão

08 igualitária de oportunidades.

09 O cruzamento de alguns dados do último censo do IBGE relativos ao Rio de

10 Janeiro permite dimensionar algumas dessas inequívocas diferenças. Em 91, o

11 analfabetismo no Estado era 2,5 vezes maior entre negros do que entre brancos, e

12 quase 60% da população negra com mais de 10 anos não havia conseguido

13 ultrapassar a 4ª série do 1º grau, contra 39% dos brancos. Os números relativos ao

14 ensino superior confirmam a cruel seletividade imposta pelo fator sócio-econômico:

15 até aquele ano, 12% dos brancos haviam concluído o 3º grau, contra só 2,5% dos

16 negros.

17 É inegável que a discrepância racial vem diminuindo ao longo do século: o

18 analfabetismo no Rio de Janeiro era muito maior entre negros com mais de 70 anos

19 do que entre os de menos de 40 anos. Essa queda, porém, ainda não se traduziu

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20 numa proporcional equalização de oportunidades.

21 Considerando que o Rio de Janeiro é uma das unidades mais desenvolvidas do

22 país e com acentuada tradição urbana, parece inevitável extrapolar para outras

23 regiões a inquietação resultante desses dados.

24 Mesmo questionando algumas iniciativas excessivamente rígidas - como a

25 criação de "cotas raciais" no oferecimento de vagas nas universidades e no mercado

26 de trabalho, bastante comum nos EUA -, é fundamental que se destaquem também

27 as desigualdades étnicas, para que seja possível avaliar, com máximo realismo, as

28 dimensões exatas da brutal dívida social brasileira.

[adaptação] Folha de S. Paulo, São Paulo, 09 jun. 1996. Caderno Brasil, p. 2.

Assinale a opção cujo vocábulo sintetiza apropriadamente o tema discutido:

a) mistificação

b) miscigenação

c) desnivelamento

d) descontentamento

Questão 43

(UFRN)

DISPARIDADES RACIAIS

01 Fator decisivo para a superação do sistema colonial, o fim do trabalho escravo

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02 foi seguido pela criação do mito da democracia racial no Brasil. Nutriu-se, desde

03 então, a falsa idéia de que haveria no país um convívio cordial entre as diversas

04 etnias.

05 Aos poucos, porém, pôde-se ver que a coexistência pouco hostil entre brancos

06 e negros, por exemplo, mascarava a manutenção de uma descomunal desigualdade

07 sócio-econômica entre os dois grupos e não advinha de uma suposta divisão

08 igualitária de oportunidades.

09 O cruzamento de alguns dados do último censo do IBGE relativos ao Rio de

10 Janeiro permite dimensionar algumas dessas inequívocas diferenças. Em 91, o

11 analfabetismo no Estado era 2,5 vezes maior entre negros do que entre brancos, e

12 quase 60% da população negra com mais de 10 anos não havia conseguido

13 ultrapassar a 4ª série do 1º grau, contra 39% dos brancos. Os números relativos ao

14 ensino superior confirmam a cruel seletividade imposta pelo fator sócio-econômico:

15 até aquele ano, 12% dos brancos haviam concluído o 3º grau, contra só 2,5% dos

16 negros.

17 É inegável que a discrepância racial vem diminuindo ao longo do século: o

18 analfabetismo no Rio de Janeiro era muito maior entre negros com mais de 70 anos

19 do que entre os de menos de 40 anos. Essa queda, porém, ainda não se traduziu

20 numa proporcional equalização de oportunidades.

21 Considerando que o Rio de Janeiro é uma das unidades mais desenvolvidas do

22 país e com acentuada tradição urbana, parece inevitável extrapolar para outras

23 regiões a inquietação resultante desses dados.

24 Mesmo questionando algumas iniciativas excessivamente rígidas - como a

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25 criação de "cotas raciais" no oferecimento de vagas nas universidades e no mercado

26 de trabalho, bastante comum nos EUA -, é fundamental que se destaquem também

27 as desigualdades étnicas, para que seja possível avaliar, com máximo realismo, as

28 dimensões exatas da brutal dívida social brasileira.

[adaptação] Folha de S. Paulo, São Paulo, 09 jun. 1996. Caderno Brasil, p. 2.

Assinale a opção cujo vocábulo substituiria equalização [20] sem prejudicar-lhe o sentido:

a) divisão

b) redução

c) seleção

d) condição

Questão 44

(UFRN)

DISPARIDADES RACIAIS

01 Fator decisivo para a superação do sistema colonial, o fim do trabalho escravo

02 foi seguido pela criação do mito da democracia racial no Brasil. Nutriu-se, desde

03 então, a falsa idéia de que haveria no país um convívio cordial entre as diversas

04 etnias.

05 Aos poucos, porém, pôde-se ver que a coexistência pouco hostil entre brancos

06 e negros, por exemplo, mascarava a manutenção de uma descomunal desigualdade

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07 sócio-econômica entre os dois grupos e não advinha de uma suposta divisão

08 igualitária de oportunidades.

09 O cruzamento de alguns dados do último censo do IBGE relativos ao Rio de

10 Janeiro permite dimensionar algumas dessas inequívocas diferenças. Em 91, o

11 analfabetismo no Estado era 2,5 vezes maior entre negros do que entre brancos, e

12 quase 60% da população negra com mais de 10 anos não havia conseguido

13 ultrapassar a 4ª série do 1º grau, contra 39% dos brancos. Os números relativos ao

14 ensino superior confirmam a cruel seletividade imposta pelo fator sócio-econômico:

15 até aquele ano, 12% dos brancos haviam concluído o 3º grau, contra só 2,5% dos

16 negros.

17 É inegável que a discrepância racial vem diminuindo ao longo do século: o

18 analfabetismo no Rio de Janeiro era muito maior entre negros com mais de 70 anos

19 do que entre os de menos de 40 anos. Essa queda, porém, ainda não se traduziu

20 numa proporcional equalização de oportunidades.

21 Considerando que o Rio de Janeiro é uma das unidades mais desenvolvidas do

22 país e com acentuada tradição urbana, parece inevitável extrapolar para outras

23 regiões a inquietação resultante desses dados.

24 Mesmo questionando algumas iniciativas excessivamente rígidas - como a

25 criação de "cotas raciais" no oferecimento de vagas nas universidades e no mercado

26 de trabalho, bastante comum nos EUA -, é fundamental que se destaquem também

27 as desigualdades étnicas, para que seja possível avaliar, com máximo realismo, as

28 dimensões exatas da brutal dívida social brasileira.

[adaptação] Folha de S. Paulo, São Paulo, 09 jun. 1996. Caderno Brasil, p. 2.

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No texto, é vocábulo que expressa opinião:

a) descomunal [6]

b) superior [14]

c) maior [18]

d) proporcional [20]

Questão 45

(UFRN)

DISPARIDADES RACIAIS

01 Fator decisivo para a superação do sistema colonial, o fim do trabalho escravo

02 foi seguido pela criação do mito da democracia racial no Brasil. Nutriu-se, desde

03 então, a falsa idéia de que haveria no país um convívio cordial entre as diversas

04 etnias.

05 Aos poucos, porém, pôde-se ver que a coexistência pouco hostil entre brancos

06 e negros, por exemplo, mascarava a manutenção de uma descomunal desigualdade

07 sócio-econômica entre os dois grupos e não advinha de uma suposta divisão

08 igualitária de oportunidades.

09 O cruzamento de alguns dados do último censo do IBGE relativos ao Rio de

10 Janeiro permite dimensionar algumas dessas inequívocas diferenças. Em 91, o

11 analfabetismo no Estado era 2,5 vezes maior entre negros do que entre brancos, e

12 quase 60% da população negra com mais de 10 anos não havia conseguido

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13 ultrapassar a 4ª série do 1º grau, contra 39% dos brancos. Os números relativos ao

14 ensino superior confirmam a cruel seletividade imposta pelo fator sócio-econômico:

15 até aquele ano, 12% dos brancos haviam concluído o 3º grau, contra só 2,5% dos

16 negros.

17 É inegável que a discrepância racial vem diminuindo ao longo do século: o

18 analfabetismo no Rio de Janeiro era muito maior entre negros com mais de 70 anos

19 do que entre os de menos de 40 anos. Essa queda, porém, ainda não se traduziu

20 numa proporcional equalização de oportunidades.

21 Considerando que o Rio de Janeiro é uma das unidades mais desenvolvidas do

22 país e com acentuada tradição urbana, parece inevitável extrapolar para outras

23 regiões a inquietação resultante desses dados.

24 Mesmo questionando algumas iniciativas excessivamente rígidas - como a

25 criação de "cotas raciais" no oferecimento de vagas nas universidades e no mercado

26 de trabalho, bastante comum nos EUA -, é fundamental que se destaquem também

27 as desigualdades étnicas, para que seja possível avaliar, com máximo realismo, as

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[adaptação] Folha de S. Paulo, São Paulo, 09 jun. 1996. Caderno Brasil, p. 2.

O 3º parágrafo [9 a 16] é desenvolvido sob forma de gradação, estruturada em

a) índices étnicos.

b) referências cronológicas.

c) graus de escolaridade.

d) níveis sócio-econômicos.

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Questão 46

(UFRN)

DISPARIDADES RACIAIS

01 Fator decisivo para a superação do sistema colonial, o fim do trabalho escravo

02 foi seguido pela criação do mito da democracia racial no Brasil. Nutriu-se, desde

03 então, a falsa idéia de que haveria no país um convívio cordial entre as diversas

04 etnias.

05 Aos poucos, porém, pôde-se ver que a coexistência pouco hostil entre brancos

06 e negros, por exemplo, mascarava a manutenção de uma descomunal desigualdade

07 sócio-econômica entre os dois grupos e não advinha de uma suposta divisão

08 igualitária de oportunidades.

09 O cruzamento de alguns dados do último censo do IBGE relativos ao Rio de

10 Janeiro permite dimensionar algumas dessas inequívocas diferenças. Em 91, o

11 analfabetismo no Estado era 2,5 vezes maior entre negros do que entre brancos, e

12 quase 60% da população negra com mais de 10 anos não havia conseguido

13 ultrapassar a 4ª série do 1º grau, contra 39% dos brancos. Os números relativos ao

14 ensino superior confirmam a cruel seletividade imposta pelo fator sócio-econômico:

15 até aquele ano, 12% dos brancos haviam concluído o 3º grau, contra só 2,5% dos

16 negros.

17 É inegável que a discrepância racial vem diminuindo ao longo do século: o

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18 analfabetismo no Rio de Janeiro era muito maior entre negros com mais de 70 anos

19 do que entre os de menos de 40 anos. Essa queda, porém, ainda não se traduziu

20 numa proporcional equalização de oportunidades.

21 Considerando que o Rio de Janeiro é uma das unidades mais desenvolvidas do

22 país e com acentuada tradição urbana, parece inevitável extrapolar para outras

23 regiões a inquietação resultante desses dados.

24 Mesmo questionando algumas iniciativas excessivamente rígidas - como a

25 criação de "cotas raciais" no oferecimento de vagas nas universidades e no mercado

26 de trabalho, bastante comum nos EUA -, é fundamental que se destaquem também

27 as desigualdades étnicas, para que seja possível avaliar, com máximo realismo, as

28 dimensões exatas da brutal dívida social brasileira.

[adaptação] Folha de S. Paulo, São Paulo, 09 jun. 1996. Caderno Brasil, p. 2.

A argumentação

a) fundamenta tese explicitada no primeiro parágrafo.

b) recorre a casos particulares que se generalizam.

c) apóia-se em dados estatísticos e no senso comum.

d) está circunscrita ao terceiro parágrafo.

Questão 47

(UFRN)

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01 Fator decisivo para a superação do sistema colonial, o fim do trabalho escravo

02 foi seguido pela criação do mito da democracia racial no Brasil. Nutriu-se, desde

03 então, a falsa idéia de que haveria no país um convívio cordial entre as diversas

04 etnias.

05 Aos poucos, porém, pôde-se ver que a coexistência pouco hostil entre brancos

06 e negros, por exemplo, mascarava a manutenção de uma descomunal desigualdade

07 sócio-econômica entre os dois grupos e não advinha de uma suposta divisão

08 igualitária de oportunidades.

09 O cruzamento de alguns dados do último censo do IBGE relativos ao Rio de

10 Janeiro permite dimensionar algumas dessas inequívocas diferenças. Em 91, o

11 analfabetismo no Estado era 2,5 vezes maior entre negros do que entre brancos, e

12 quase 60% da população negra com mais de 10 anos não havia conseguido

13 ultrapassar a 4ª série do 1º grau, contra 39% dos brancos. Os números relativos ao

14 ensino superior confirmam a cruel seletividade imposta pelo fator sócio-econômico:

15 até aquele ano, 12% dos brancos haviam concluído o 3º grau, contra só 2,5% dos

16 negros.

17 É inegável que a discrepância racial vem diminuindo ao longo do século: o

18 analfabetismo no Rio de Janeiro era muito maior entre negros com mais de 70 anos

19 do que entre os de menos de 40 anos. Essa queda, porém, ainda não se traduziu

20 numa proporcional equalização de oportunidades.

21 Considerando que o Rio de Janeiro é uma das unidades mais desenvolvidas do

22 país e com acentuada tradição urbana, parece inevitável extrapolar para outras

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24 Mesmo questionando algumas iniciativas excessivamente rígidas - como a

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27 as desigualdades étnicas, para que seja possível avaliar, com máximo realismo, as

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O vocábulo porém [19]

a) estabelece ligação entre parágrafo e texto.

b) interliga períodos do mesmo parágrafo.

c) relaciona orações do mesmo período.

d) deveria localizar-se no início do período.

Questão 48

(UFRN)

DISPARIDADES RACIAIS

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04 etnias.

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06 e negros, por exemplo, mascarava a manutenção de uma descomunal desigualdade

07 sócio-econômica entre os dois grupos e não advinha de uma suposta divisão

08 igualitária de oportunidades.

09 O cruzamento de alguns dados do último censo do IBGE relativos ao Rio de

10 Janeiro permite dimensionar algumas dessas inequívocas diferenças. Em 91, o

11 analfabetismo no Estado era 2,5 vezes maior entre negros do que entre brancos, e

12 quase 60% da população negra com mais de 10 anos não havia conseguido

13 ultrapassar a 4ª série do 1º grau, contra 39% dos brancos. Os números relativos ao

14 ensino superior confirmam a cruel seletividade imposta pelo fator sócio-econômico:

15 até aquele ano, 12% dos brancos haviam concluído o 3º grau, contra só 2,5% dos

16 negros.

17 É inegável que a discrepância racial vem diminuindo ao longo do século: o

18 analfabetismo no Rio de Janeiro era muito maior entre negros com mais de 70 anos

19 do que entre os de menos de 40 anos. Essa queda, porém, ainda não se traduziu

20 numa proporcional equalização de oportunidades.

21 Considerando que o Rio de Janeiro é uma das unidades mais desenvolvidas do

22 país e com acentuada tradição urbana, parece inevitável extrapolar para outras

23 regiões a inquietação resultante desses dados.

24 Mesmo questionando algumas iniciativas excessivamente rígidas - como a

25 criação de "cotas raciais" no oferecimento de vagas nas universidades e no mercado

26 de trabalho, bastante comum nos EUA -, é fundamental que se destaquem também

27 as desigualdades étnicas, para que seja possível avaliar, com máximo realismo, as

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28 dimensões exatas da brutal dívida social brasileira.

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Marque a opção em que as orações do 5º parágrafo [21 a 23] estão em ordem direta:

a) Extrapolar para outras regiões a inquietação resultante desses dados, considerando que o

Rio de Janeiro é uma das unidades mais desenvolvidas do país e com acentuada tradição

urbana, parece inevitável.

b) Parece inevitável extrapolar para outras regiões a inquietação resultante desses dados,

considerando que o Rio de Janeiro é uma das unidades mais desenvolvidas do país e com

acentuada tradição urbana.

c) Extrapolar para outras regiões a inquietação resultante desses dados parece inevitável,

considerando que o Rio de Janeiro é uma das unidades mais desenvolvidas do país e com

acentuada tradição urbana.

d) Considerando que o Rio de Janeiro é uma das unidades mais desenvolvidas do país e

com acentuada tradição urbana, extrapolar para outras regiões a inquietação resultante

desses dados parece inevitável.

Questão 49

(UFPE)

DESCOBERTA DA LITERATURA

No dia-a-dia do engenho/ toda a semana, durante/

cochichavam-me em segredo: / saiu um novo romance./

E da feira do domingo/ me traziam conspirantes/

para que os lesse e explicasse/ um romance de barbante./

Sentados na roda morta/ de um carro de boi, sem jante,/

ouviam o folheto guenzo, / o seu leitor semelhante,/

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com as peripécias de espanto/ preditas pelos feirantes./

Embora as coisas contadas/ e todo o mirabolante,/

em nada ou pouco variassem/ nos crimes, no amor, nos lances,/

e soassem como sabidas/ de outros folhetos migrantes,/

a tensão era tão densa,/ subia tão alarmante,/

que o leitor que lia aquilo/ como puro alto-falante,/

e, sem querer, imantara/ todos ali, circunstantes,/

receava que confundissem/ o de perto com o distante,/

o ali com o espaço mágico,/ seu franzino com gigante,/

e que o acabasse tomando/ pelo autor imaginante/

ou tivesse que afrontar/ as brabezas do brigante./

(...)

João Cabral de Melo Neto

Sobre o texto, é incorreto afirmar que:

a) É resultante da vivência do autor, cuja infância foi passada no mundo dos engenhos;

b) Retrata os primeiros contatos do autor com o texto de ficção, no caso a literatura de

cordel;

c) A idéia central do texto é a transformação da realidade operada pela literatura, e revela a

preocupação com a palavra escrita, presente em quase toda a sua obra;

d) Como idéias secundárias surgem o cotidiano do engenho e a valorização da literatura de

cordel;

e) O tom do poema demonstra um profundo desprezo pelas pessoas humildes e pela

literatura popular;

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Questão 50

(UFPE)

DESCOBERTA DA LITERATURA

No dia-a-dia do engenho/ toda a semana, durante/

cochichavam-me em segredo: / saiu um novo romance./

E da feira do domingo/ me traziam conspirantes/

para que os lesse e explicasse/ um romance de barbante./

Sentados na roda morta/ de um carro de boi, sem jante,/

ouviam o folheto guenzo, / o seu leitor semelhante,/

com as peripécias de espanto/ preditas pelos feirantes./

Embora as coisas contadas/ e todo o mirabolante,/

em nada ou pouco variassem/ nos crimes, no amor, nos lances,/

e soassem como sabidas/ de outros folhetos migrantes,/

a tensão era tão densa,/ subia tão alarmante,/

que o leitor que lia aquilo/ como puro alto-falante,/

e, sem querer, imantara/ todos ali, circunstantes,/

receava que confundissem/ o de perto com o distante,/

o ali com o espaço mágico,/ seu franzino com gigante,/

e que o acabasse tomando/ pelo autor imaginante/

ou tivesse que afrontar/ as brabezas do brigante./

(...)

João Cabral de Melo Neto

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O poema de Cabral conta uma história. Ainda sobre o texto, é incorreto afirmar que:

a) É considerado narrativo, pois trata do desenvolvimento de uma ação no eixo do tempo;

b) O narrador está na 3ª pessoa e o texto tem um tom impessoal;

c) O tempo verbal predominante é o imperfeito do indicativo, que expressa ação passada e

não concluída;

d) "Imantara" é mais-que-perfeito, tempo pouco usado na fala e indicativo de anterioridade

a outra ação já passada;

e) O imperfeito do subjuntivo está usado nas orações subordinadas;

Questão 51

(UFPE)

DESCOBERTA DA LITERATURA

No dia-a-dia do engenho/ toda a semana, durante/

cochichavam-me em segredo: / saiu um novo romance./

E da feira do domingo/ me traziam conspirantes/

para que os lesse e explicasse/ um romance de barbante./

Sentados na roda morta/ de um carro de boi, sem jante,/

ouviam o folheto guenzo, / o seu leitor semelhante,/

com as peripécias de espanto/ preditas pelos feirantes./

Embora as coisas contadas/ e todo o mirabolante,/

em nada ou pouco variassem/ nos crimes, no amor, nos lances,/

e soassem como sabidas/ de outros folhetos migrantes,/

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a tensão era tão densa,/ subia tão alarmante,/

que o leitor que lia aquilo/ como puro alto-falante,/

e, sem querer, imantara/ todos ali, circunstantes,/

receava que confundissem/ o de perto com o distante,/

o ali com o espaço mágico,/ seu franzino com gigante,/

e que o acabasse tomando/ pelo autor imaginante/

ou tivesse que afrontar/ as brabezas do brigante./

(...)

João Cabral de Melo Neto

Sobre a construção frasal do texto, assinale a alternativa incorreta:

a) Em "para que os lesse" e "o leitor que lia aquilo" encontram-se dois pronomes relativos

desempenhando a mesma função, de sujeito;

b) Em "toda semana, durante" há uso da ordem inversa em relação à preposição,

restaurando-lhe o valor verbal de particípio do verbo durar;

c) "Me traziam" é uma construção em que a próclise decorre do tom coloquial do texto;

d) Em "nada ou pouco variassem" encontram-se advérbios de modo indicando gradação;

e) Em "lia aquilo" e "contar tudo" os pronomes exercem a mesma função: objeto direto;

Questão 52

(UFPA)

OS BACHARÉIS E A LÍNGUA NACIONAL

A Ordem dos Advogados do Brasil está alarmada com o índice de reprovação dos

bacharéis, candidatos ao título de advogado. Como é sabido, desde 1970, criaram-se os

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exames da Ordem, sem cuja aprovação, nenhum bacharel em Direito obtém inscrição junto

à OAB. Sem estar inscrito, não pode advogar, nem obter a carteira e o título de advogado.

Os exames se realizam em todo o Brasil, em diversas épocas do ano, junto às secções

estaduais da Ordem e Subsecções respectivas, nas capitais e no interior. As matérias

exigidas, em provas escritas, abrangem conteúdo do Direito Positivo - Civil, Penal,

Trabalhista, Processual, etc..., - e Português. Seria de esperar que a maior porcentagem de

reprovação fosse nas matérias jurídicas, propriamente ditas, que fazem parte dos currículos.

Engano. A reprovação maior é motivada pela ignorância dos candidatos, bacharéis, em

relação à língua nacional. Não sabem redigir, desconhecem os princípios elementares da

gramática, lêem mal, interpretam pior, têm dificuldade intolerável em se exprimir, o que

fazem como se fossem estrangeiros incultos, torturados pela necessidade de fazer uma

redação simples. Nestas condições, 70% são reprovados, no país.

(Adelino Brandão. A Província do Pará, 16.11.97)

O período em que se comprova, de forma objetiva, que os bacharéis em Direito não têm um

bom domínio da língua portuguesa padrão é

a) "A Ordem dos Advogados do Brasil está alarmada com o índice de reprovações dos

bacharéis, candidatos ao título de advogado."

b) "Sem estar inscrito, não pode advogar, nem obter a carteira e o título de advogado."

c) "Seria de se esperar que a maior porcentagem de reprovação fosse nas matérias jurídicas,

propriamente ditas, que fazem parte do currículo."

d) "A reprovação maior é motivada pela ignorância dos candidatos, bacharéis, em relação à

língua nacional."

e) "Nestas condições, 70% são reprovados, no país."

Questão 53

(UFMG) O título do conto "O iniciado do vento", de Aníbal Machado, refere-se s um

personagem. Este personagem é

a) o juiz do processo.

b) o escrivão da cidade.

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c) Zeca da Curva.

d) José Roberto.

Questão 54

(UFMG) Todas as alternativas apresentam frases do conto "Viagem aos seios de Duília", de

Aníbal Machado. Assinale a alternativa em que a frase apresentada pode ser considerada

uma síntese do enredo desse conto.

a) Estou livre agora, livre!...

b) (...) comprou malas, preveniu passagens.

c) Foi andando para o passado...

d) Buscaria a solução na leitura dos romances.

Questão 55

(ANHEMBI)

"A novidade veio dar à praia

na qualidade rara de sereia

metade um busto de uma deusa maia

metade um grande rabo de baleia

a novidade era o máximo

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do paradoxo estendido na areia

alguns a desejar seus beijos de deusa

outros a desejar seu rabo pra ceia

oh, mundo tão desigual

tudo tão desigual

de um lado este carnaval

do outro a fome total

e a novidade que seria um sonho

milagre risonho da sereia

virava um pesadelo tão medonho

ali naquela praia, ali na areia

a novidade era a guerra

entre o feliz poeta e o esfomeado

estraçalhando uma sereia bonita

despedaçando o sonho pra cada lado"

(Gilberto Gil - A Novidade)

Baseado na leitura do Texto I, assinale a alternativa INCORRETA:

a) texto de Gilberto Gil denuncia o desnível social que presenciamos atualmente: a fome

para muitos e a fartura para poucos.

b) A figura da sereia pode simbolizar o sonho da igualdade social.

c) Para o poeta a sereia representa um objeto de inspiração e para o esfomeado o alimento

para saciar sua fome.

d) carnaval indicia a fartura, pois originalmente a própria palavra "carnaval" significa "a

festa da carne".

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e) A novidade que o texto sugere é a metáfora de um país sem problemas sociais.

Questão 56

(ANHEMBI) Dos excertos abaixo, identifique aquele que não apresente oposição de idéias:

a) "Onde não queres nada nada falta Onde voas bem alta eu sou o chão"

b) "Quando em partes dividido vos creio nas partes todo, e vos vejo em raro modo todo nas

partes unido"

c) "Tanta gente canta, tanta gente cala tantas almas esticadas no curtume Sob toda a casa,

sob toda a sala Paira a monstruosa sombra do ciúme"

d) "Nasce o sol, e não dura mais que um dia Depois da Luz se segue a noite escura, Em

tristes sombras morre a formosura, Em contínuas tristezas a alegria"

e) "Uma lata existe para conter algo mas quando a energia potencial gravitacional está o

poeta diz lata pode estar querendo dizer o incontível"

Questão 57

(ANHEMBI) Tenho fases

Fases de andar escondida,

fases de vir para a rua...

Perdição da minha vida!

Perdição da vida minha!

Tenho fases de ser tua,

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tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e que vêm,

no secreto calendário

que um astrólogo arbitrário

inventou para meu uso.

E roda a melancolia

seu interminável fuso!

Não encontro com ninguém

(tenho fases, como a lua...)

No dia de alguém ser meu

não é dia de eu ser sua...

E, quando chega esse dia,

outro desapareceu...

(Lua Adversa - Cecília Meireles)

Assinale a alternativa incorreta em relação ao poema de Cecília Meireles:

a) eu poético tem fases em que quer ficar só.

b) Há momentos de encontro entre o eu-poético e o outro.

c) Quando chega o dia do eu-poético ser de alguém, o outro já desapareceu.

d) As fases vão e vêm no calendário do eu-poético.

e) Um astrólogo arbitrário inventou um calendário para o eu-poético.

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Questão 58

(PUC-PR) O que você vai ler a seguir são frases colhidas de formulários de companhias de

seguros, nas quais motoristas tentam descrever os detalhes de seus acidentes com os

comentários mais breves possíveis. O português não foi nem corrigido para garantir a

veracidade das declarações.

1. Eu tinha certeza que o velho não conseguiria chegar ao outro lado da estrada, então eu o

atropelei.

2. Eu pensei que a minha janela estava aberta, mas descobri que estava fechada quando

botei a cabeça para fora.

3. Eu bati contra um carro parado que vinha em direção contrária.

4. Eu vinha dirigindo já há 40 anos quando dormi no volante e sofri o acidente.

5. Eu estava a caminho do médico com um problema na traseira, quando a minha junta

universal caiu, causando o acidente.

(Mario Prata, em O Estado de S. Paulo, 16.12.98, p. D9)

A leitura do texto permite concluir que:

I - a veracidade das declarações nada sofreria com a correção da linguagem.

II - o texto das descrições dos motoristas foi corrigido, porque duas negações se anulam em

língua portuguesa.

III - o texto das descrições foi corrigido para garantir outra coisa.

É verdadeira a afirmação:

a) apenas I.

b) apenas II.

c) apenas III.

d) I e a II.

e) II e a III.

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Questão 59

(PUC-PR) O que você vai ler a seguir são frases colhidas de formulários de companhias de

seguros, nas quais motoristas tentam descrever os detalhes de seus acidentes com os

comentários mais breves possíveis. O português não foi nem corrigido para garantir a

veracidade das declarações.

1. Eu tinha certeza que o velho não conseguiria chegar ao outro lado da estrada, então eu o

atropelei.

2. Eu pensei que a minha janela estava aberta, mas descobri que estava fechada quando

botei a cabeça para fora.

3. Eu bati contra um carro parado que vinha em direção contrária.

4. Eu vinha dirigindo já há 40 anos quando dormi no volante e sofri o acidente.

5. Eu estava a caminho do médico com um problema na traseira, quando a minha junta

universal caiu, causando o acidente.

(Mario Prata, em O Estado de S. Paulo, 16.12.98, p. D9)

Assinale as afirmações verdadeiras com respeito aos textos citados por Mario Prata:

I - Esses textos são exemplos típicos da língua popular brasileira.

II - A linguagem desses textos provoca riso.

III - Basta saber um pouco sobre o trânsito para se chegar ao que cada um desses motoristas

queria de fato dizer.

IV - A linguagem desses textos revela a tensão nervosa desses motoristas logo depois do

acidente.

a) I e II.

b) II e III.

c) III e IV.

d) I e IV.

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e) II e IV

Questão 60

(PUC-PR) O que você vai ler a seguir são frases colhidas de formulários de companhias de

seguros, nas quais motoristas tentam descrever os detalhes de seus acidentes com os

comentários mais breves possíveis. O português não foi nem corrigido para garantir a

veracidade das declarações.

1. Eu tinha certeza que o velho não conseguiria chegar ao outro lado da estrada, então eu o

atropelei.

2. Eu pensei que a minha janela estava aberta, mas descobri que estava fechada quando

botei a cabeça para fora.

3. Eu bati contra um carro parado que vinha em direção contrária.

4. Eu vinha dirigindo já há 40 anos quando dormi no volante e sofri o acidente.

5. Eu estava a caminho do médico com um problema na traseira, quando a minha junta

universal caiu, causando o acidente.

(Mario Prata, em O Estado de S. Paulo, 16.12.98, p. D9)

A correção da linguagem dos motoristas alteraria evidentemente:

a) a verdade dos fatos.

b) a veracidade dos fatos.

c) a legitimidade dos fatos.

d) a fidelidade das descrições.

e) a veracidade das descrições.

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Questão 61

(PUC-PR) Apesar de morar nos Estados Unidos há dezessete anos, ser casado com uma

americana e ter dois filhos nascidos em San Diego, Califórnia, Joaquim Cruz preserva o

cordão umbilical com o seu Brasil. Não com o andar de cima de Brasília, às voltas com

grampos e contas misteriosas no exterior, mas com o andar de baixo da cidade-satélite de

Taguatinga, onde seu pai, carpinteiro, foi tentar a vida nos anos 60, vindo do Piauí. Ali, a

garotada cresce descalça ainda hoje. Joaquim está com 35 anos de idade, tem lugar cativo

na história do esporte mundial, além de uma medalha de ouro olímpico (com quebra de

recorde) e outra de prata na gaveta. Mas não esquece o quanto um par de tênis na hora

certa, com o incentivo correto, pode tirar da rua um menino como o que ele foi. Ele se

lembra do primeiro tênis Conga, que ganhou do técnico Luís Alberto de Oliveira, como

muitos se lembram da primeira namorada.

(Dorrit Harazim. "O tênis do Joaquim", Veja, 2 dez.1998)

Assinale a alternativa que melhor expressa o sentido do que você leu.

a) Joaquim Cruz não se esquece do pai, um carpinteiro nordestino, morador de Taguatinga,

e dos meninos de rua que não recebem incentivo algum para melhorarem de vida. Por isso,

mesmo rico e famoso, volta sempre a Brasília.

b) Joaquim Cruz não hesita em abandonar o bem-estar e a vida segura que leva nos Estados

Unidos para vir à Brasília atender e incentivar os meninos de rua.

c) O passado como menino pobre, filho de pai carpinteiro, que teve incentivo para progredir

no esporte, faz com que Joaquim Cruz, embora rico e famoso, não esqueça o quanto é

importante o incentivo correto no início da carreira.

d) O primeiro tênis ninguém esquece, principalmente quando serviu de incentivo para uma

carreira de sucesso no esporte e levou o atleta a se tornar famoso e premiado.

e) O incentivo correto no início da vida pode transformar o menino de rua em atleta

famoso, como sucedeu a Joaquim Cruz, campeão olímpico brasileiro.

Questão 62

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(PUC-PR) A rigor, nem precisaria abrir o embrulho para saber quem o enviava. Era ele,

ELE mais uma vez e sempre, querendo ser útil e necessário, querendo agradar mas

conseguindo apenas embaralhar meu caminho - e digo "embaralhar meu caminho" para

ser isento comigo e delicado à sua memória.

O trecho acima, extraído de Quase memória: quase-romance, coloca em evidência

características freqüentes nessa narrativa, exceto uma. Identifique a alternativa incorreta.

a) O texto mescla a realidade e a ficção para tratar do relacionamento de Carlos Heitor

Cony, autor do romance, com seu pai, Ernesto Cony Filho.

b) Apesar de o pai do narrador ter morrido dez anos antes do recebimento do embrulho, seu

filho não poupou críticas e referências irônicas a seus insucessos.

c) O narrador deduziu que o embrulho havia sido mandado por seu pai porque se lembrava

muito bem das técnicas e manias paternas.

d) O narrador sabia que seu pai mandara aquele embrulho para ajudá-lo em suas tarefas

profissionais, mas sentia-se incomodado com o excesso de cuidados paternos.

e) O embrulho recebido é tratado ao longo do romance com referências análogas às daquele

relacionamento entre pai e filho: de um lado, fascínio e estímulo às descobertas; de outro,

insegurança e atrapalho.

Questão 63

(PUC-PR) O narrador Bento Santiago constrói em Dom Casmurro uma peça de acusação

contra Capitu. A partir dessa afirmativa, podemos concluir:

a) O narrador entende que a culpa de sua mulher nasceu da oportunidade que ela teve de

traí-lo, de vez que Estácio Escobar freqüentava sua casa como amigo. Ao final, Bentinho se

lamenta por ter sido ingênuo ao permitir que o amigo entrasse em sua casa sem sua

companhia.

b) Ele nos apresenta Capitu como uma personagem mentirosa desde seu nascimento. Essa

hipocrisia nata a teria levado à traição.

c) Perturbado por seu imenso amor e humilhado pela traição, Bentinho quer contar a todos

como as pessoas que lhe eram mais queridas a esposa e o amigo são capazes de traições e

mentiras.

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d) A vida comportava, no entender de Bentinho, uma divisão clara entre os bons e os maus.

E Capitu era má. Mas a narração deixa perceber que todas as personagens expressam os

preconceitos sociais e culturais do narrador.

e) É tão enfática a acusação contra Capitu que os leitores são imediatamente convencidos

da culpa da esposa, embora desaprovem a crueldade da vingança contra o filho, vítima

inocente.

Questão 64

(PUC-PR) (1) Servidores recebem salário de dezembro em dois pagamentos. (2) O

Ministério da Administração informou ontem, através de nota oficial, que o pagamento do

salário dos servidores públicos referente a dezembro será feito neste ano em duas parcelas.

(3) A primeira, equivalente a 30% da remuneração, será depositada no dia 18 de dezembro

próximo. (4) A segunda, de 70%, no dia 5 de janeiro de 1999. (5) A nota informa que o

parcelamento está sendo feito em caráter excepcional e amparado em orientação da

Secretaria do Tesouro Nacional. (Gazeta do Povo, 24.11.98)

Cada uma das seguintes frases do texto tem elementos elípticos:

a) 1 e 2.

b) 2 e 3.

c) 3 e 4.

d) 4 e 5.

e) 5 e 2.

Questão 65

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(PUC-PR) (1) Servidores recebem salário de dezembro em dois pagamentos. (2) O

Ministério da Administração informou ontem, através de nota oficial, que o pagamento do

salário dos servidores públicos referente a dezembro será feito neste ano em duas parcelas.

(3) A primeira, equivalente a 30% da remuneração, será depositada no dia 18 de dezembro

próximo. (4) A segunda, de 70%, no dia 5 de janeiro de 1999. (5) A nota informa que o

parcelamento está sendo feito em caráter excepcional e amparado em orientação da

Secretaria do Tesouro Nacional. (Gazeta do Povo, 24.11.98)

A parte final da frase 2 ficaria mais clara com a redação seguinte:

a) O pagamento do salário dos servidores públicos referente a dezembro será feito em duas

parcelas neste ano.

b) Será feito este ano o pagamento do salário dos servidores públicos referente a dezembro

em duas parcelas.

c) O pagamento do salário dos servidores públicos referente a dezembro deste ano será feito

em duas parcelas.

d) Este ano, o pagamento do salário dos servidores públicos referente a dezembro será feito

em duas parcelas.

e) O pagamento do salário dos servidores públicos referente a dezembro será feito, neste

ano, em duas parcelas.

Questão 66

(PUC-PR) "Da mesma forma que um adulto só sabe que tem colesterol alto depois de um

exame de sangue, uma criança que tem miopia ou astigmatismo só vai descobrir que

enxerga mal depois de um exame oftalmológico." (Veja, 26/08/1998).

Atente para estas cinco formulações da frase acima e depois responda:

I - Se um adulto só sabe que tem colesterol alto depois de um exame de sangue, uma

criança que tem miopia ou astigmatismo só vai descobrir que enxerga mal depois de um

exame oftalmológico.

II - Assim como um adulto só sabe que tem colesterol alto depois de um exame de sangue,

uma criança que tem miopia ou astigmatismo só vai descobrir que enxerga mal depois de

um exame oftalmológico.

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III - Do mesmo modo que um adulto só sabe que tem colesterol alto depois de um exame de

sangue, uma criança que tem miopia ou astigmatismo só vai descobrir que enxerga mal

depois de um exame oftalmológico.

IV - Já que um adulto só sabe que tem colesterol alto depois de um exame de sangue, uma

criança que tem miopia ou astigmatismo só vai descobrir que enxerga mal depois de um

exame oftalmológico.

V - Embora um adulto só saiba que tem colesterol alto depois de um exame de sangue, uma

criança que tem miopia ou astigmatismo só vai descobrir que enxerga mal depois de um

exame oftalmológico.

Quais as formulações que têm o mesmo sentido que o da frase da Veja?

a) Apenas I, II e III.

b) Apenas II e III.

c) Apenas III, IV e V.

d) Apenas I, II, III e IV.

e) Todas.

Questão 67

(PUC-RS)

01Todo mundo tem (ou conhece

02alguém que tem) um Tamagotchi. O

03animal de estimação eletrônico virou

04mania. Habitante de um miniaparelho,

05misto de chaveiro e computador, o bicho é

06na verdade um ser inexistente. Só o que

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07 se tem dele são sinais: de fome, sono,

08carência afetiva. Apertando botõezinhos, é

09possível saciar-lhe as necessidades e os

10 desejos. Na tela minúscula, surge então

11um sorriso, indicando que o mascote está

12 feliz. O dono, sempre uma criança (de

13qualquer idade), sente-se grandioso,

14provedor de carinho e cuidado. Pensa que

15 cuida do bicho – mas é o bicho quem

16cuida dele (e de suas ansiedades).

17O novo brinquedo é a síntese da

18 nossa era, que é mediada e ordenada por

19 telas luminosas. Não apenas a microtela

20do bichinho, mas a tela do computador, do

21painel eletrônico do automóvel, das linhas

22verdes de monitoramento cardíaco. Tudo

23 se organiza como um complexo indivisível,

24um Tamagotchi planetário. O caixa

25 eletrônico avisa que a conta está no

26vermelho: é preciso um depósito para que ela

27fique contente. A televisão não pára

28de insistir: é Dia dos Pais, ai de quem se

29esquecer do presente. A tela do telefone

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30celular dá conta de que a pilha está fraca.

31No monitor do micro, pisca a mensagem

32não lida.

33Do outro lado das telas que

34 comandam o dia-a-dia de qualquer um,

35outros milhões de uns quaisquer. Um

36parente, um chefe, um amigo, um cliente,

37um desconhecido... a(s) namorada(s).

38Todos virtualizados. Além das contas a

39pagar e dos recados inúteis, também as

40demandas emocionais navegam pela teia

41 eletrônica. E a isto se reduz o

42relacionamento humano: a uma troca de

43estímulos digitalizados e respostas idem.

(Adaptado de: BUCCI, Eugênio. Veja, 13 de agosto de 1997, p.16.)

O principal problema analisado no texto é:

a) a imaturidade de uma geração despreparada para o progresso.

b) a falta de tempo para o cultivo da verdadeira amizade nas grandes cidades.

c) o distanciamento entre os homens na era da comunicação eletrônica.

d) a ausência de limites na sociedade globalizada.

e) o temor do homem comum diante de aparelhos cada vez mais sofisticados.

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Questão 68

(PUC-RS)

01Todo mundo tem (ou conhece

02alguém que tem) um Tamagotchi. O

03animal de estimação eletrônico virou

04mania. Habitante de um miniaparelho,

05misto de chaveiro e computador, o bicho é

06na verdade um ser inexistente. Só o que

07 se tem dele são sinais: de fome, sono,

08carência afetiva. Apertando botõezinhos, é

09possível saciar-lhe as necessidades e os

10 desejos. Na tela minúscula, surge então

11um sorriso, indicando que o mascote está

12 feliz. O dono, sempre uma criança (de

13qualquer idade), sente-se grandioso,

14provedor de carinho e cuidado. Pensa que

15 cuida do bicho – mas é o bicho quem

16cuida dele (e de suas ansiedades).

17O novo brinquedo é a síntese da

18 nossa era, que é mediada e ordenada por

19 telas luminosas. Não apenas a microtela

20do bichinho, mas a tela do computador, do

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21painel eletrônico do automóvel, das linhas

22verdes de monitoramento cardíaco. Tudo

23 se organiza como um complexo indivisível,

24um Tamagotchi planetário. O caixa

25 eletrônico avisa que a conta está no

26vermelho: é preciso um depósito para que ela

27fique contente. A televisão não pára

28de insistir: é Dia dos Pais, ai de quem se

29esquecer do presente. A tela do telefone

30celular dá conta de que a pilha está fraca.

31No monitor do micro, pisca a mensagem

32não lida.

33Do outro lado das telas que

34 comandam o dia-a-dia de qualquer um,

35outros milhões de uns quaisquer. Um

36parente, um chefe, um amigo, um cliente,

37um desconhecido... a(s) namorada(s).

38Todos virtualizados. Além das contas a

39pagar e dos recados inúteis, também as

40demandas emocionais navegam pela teia

41 eletrônica. E a isto se reduz o

42relacionamento humano: a uma troca de

43estímulos digitalizados e respostas idem.

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(Adaptado de: BUCCI, Eugênio. Veja, 13 de agosto de 1997, p.16.)

Segundo o autor, o Tamagotchi é a síntese de nossa era porque, de certa forma, reflete a

relação

a) lúdica de certos adolescentes com os jogos eletrônicos.

b) de afeto das crianças de qualquer época com seus brinquedos prediletos.

c) irresponsável da civilização contemporânea com a máquina.

d) de envolvimento entre o homem contem-porâneo e a tecnologia que ele criou.

e) neutra dos povos de todos os tempos com seus artefatos.

Questão 69

(PUC-RS)

01Todo mundo tem (ou conhece

02alguém que tem) um Tamagotchi. O

03animal de estimação eletrônico virou

04mania. Habitante de um miniaparelho,

05misto de chaveiro e computador, o bicho é

06na verdade um ser inexistente. Só o que

07 se tem dele são sinais: de fome, sono,

08carência afetiva. Apertando botõezinhos, é

09possível saciar-lhe as necessidades e os

10 desejos. Na tela minúscula, surge então

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11um sorriso, indicando que o mascote está

12 feliz. O dono, sempre uma criança (de

13qualquer idade), sente-se grandioso,

14provedor de carinho e cuidado. Pensa que

15 cuida do bicho – mas é o bicho quem

16cuida dele (e de suas ansiedades).

17O novo brinquedo é a síntese da

18 nossa era, que é mediada e ordenada por

19 telas luminosas. Não apenas a microtela

20do bichinho, mas a tela do computador, do

21painel eletrônico do automóvel, das linhas

22verdes de monitoramento cardíaco. Tudo

23 se organiza como um complexo indivisível,

24um Tamagotchi planetário. O caixa

25 eletrônico avisa que a conta está no

26vermelho: é preciso um depósito para que ela

27fique contente. A televisão não pára

28de insistir: é Dia dos Pais, ai de quem se

29esquecer do presente. A tela do telefone

30celular dá conta de que a pilha está fraca.

31No monitor do micro, pisca a mensagem

32não lida.

33Do outro lado das telas que

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34 comandam o dia-a-dia de qualquer um,

35outros milhões de uns quaisquer. Um

36parente, um chefe, um amigo, um cliente,

37um desconhecido... a(s) namorada(s).

38Todos virtualizados. Além das contas a

39pagar e dos recados inúteis, também as

40demandas emocionais navegam pela teia

41 eletrônica. E a isto se reduz o

42relacionamento humano: a uma troca de

43estímulos digitalizados e respostas idem.

(Adaptado de: BUCCI, Eugênio. Veja, 13 de agosto de 1997, p.16.)

No segundo parágrafo, evidencia(m)-se, predominantemente,

a) as inúmeras opções que as telas luminosas oferecem aos seus usuários.

b) o controle da máquina sobre o cotidiano do homem contemporâneo.

c) as futilidades que tomam o tempo das pessoas mais ocupadas.

d) o bem-estar proporcionado pelas máqui-nas aos que delas se aproximam.

e) o domínio que o homem exerce sobre o mundo graças ao desenvolvimento tecnológico.

Questão 70

(PUC-RS)

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01Todo mundo tem (ou conhece

02alguém que tem) um Tamagotchi. O

03animal de estimação eletrônico virou

04mania. Habitante de um miniaparelho,

05misto de chaveiro e computador, o bicho é

06na verdade um ser inexistente. Só o que

07 se tem dele são sinais: de fome, sono,

08carência afetiva. Apertando botõezinhos, é

09possível saciar-lhe as necessidades e os

10 desejos. Na tela minúscula, surge então

11um sorriso, indicando que o mascote está

12 feliz. O dono, sempre uma criança (de

13qualquer idade), sente-se grandioso,

14provedor de carinho e cuidado. Pensa que

15 cuida do bicho – mas é o bicho quem

16cuida dele (e de suas ansiedades).

17O novo brinquedo é a síntese da

18 nossa era, que é mediada e ordenada por

19 telas luminosas. Não apenas a microtela

20do bichinho, mas a tela do computador, do

21painel eletrônico do automóvel, das linhas

22verdes de monitoramento cardíaco. Tudo

23 se organiza como um complexo indivisível,

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24um Tamagotchi planetário. O caixa

25 eletrônico avisa que a conta está no

26vermelho: é preciso um depósito para que ela

27fique contente. A televisão não pára

28de insistir: é Dia dos Pais, ai de quem se

29esquecer do presente. A tela do telefone

30celular dá conta de que a pilha está fraca.

31No monitor do micro, pisca a mensagem

32não lida.

33Do outro lado das telas que

34 comandam o dia-a-dia de qualquer um,

35outros milhões de uns quaisquer. Um

36parente, um chefe, um amigo, um cliente,

37um desconhecido... a(s) namorada(s).

38Todos virtualizados. Além das contas a

39pagar e dos recados inúteis, também as

40demandas emocionais navegam pela teia

41 eletrônica. E a isto se reduz o

42relacionamento humano: a uma troca de

43estímulos digitalizados e respostas idem.

(Adaptado de: BUCCI, Eugênio. Veja, 13 de agosto de 1997, p.16.)

De acordo com o sentido que tem no texto, a frase "Todos virtualizados." (linha 38) contém

um comentário sobre

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a) as facilidades da comunicação instantânea.

b) a desmaterialização das mensagens na rede eletrônica.

c) a impossibilidade de uma troca afetiva mais intensa com o outro.

d) a anulação da distância entre os interlocutores.

e) a superação das diferenças sociais entre os homens.

Questão 71

(PUC-RS)

01Todo mundo tem (ou conhece

02alguém que tem) um Tamagotchi. O

03animal de estimação eletrônico virou

04mania. Habitante de um miniaparelho,

05misto de chaveiro e computador, o bicho é

06na verdade um ser inexistente. Só o que

07 se tem dele são sinais: de fome, sono,

08carência afetiva. Apertando botõezinhos, é

09possível saciar-lhe as necessidades e os

10 desejos. Na tela minúscula, surge então

11um sorriso, indicando que o mascote está

12 feliz. O dono, sempre uma criança (de

13qualquer idade), sente-se grandioso,

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14provedor de carinho e cuidado. Pensa que

15 cuida do bicho – mas é o bicho quem

16cuida dele (e de suas ansiedades).

17O novo brinquedo é a síntese da

18 nossa era, que é mediada e ordenada por

19 telas luminosas. Não apenas a microtela

20do bichinho, mas a tela do computador, do

21painel eletrônico do automóvel, das linhas

22verdes de monitoramento cardíaco. Tudo

23 se organiza como um complexo indivisível,

24um Tamagotchi planetário. O caixa

25 eletrônico avisa que a conta está no

26vermelho: é preciso um depósito para que ela

27fique contente. A televisão não pára

28de insistir: é Dia dos Pais, ai de quem se

29esquecer do presente. A tela do telefone

30celular dá conta de que a pilha está fraca.

31No monitor do micro, pisca a mensagem

32não lida.

33Do outro lado das telas que

34 comandam o dia-a-dia de qualquer um,

35outros milhões de uns quaisquer. Um

36parente, um chefe, um amigo, um cliente,

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38Todos virtualizados. Além das contas a

39pagar e dos recados inúteis, também as

40demandas emocionais navegam pela teia

41 eletrônica. E a isto se reduz o

42relacionamento humano: a uma troca de

43estímulos digitalizados e respostas idem.

(Adaptado de: BUCCI, Eugênio. Veja, 13 de agosto de 1997, p.16.)

Para responder à questão considere as seguintes afirmativas sobre o último parágrafo do

texto

I. Há, no parágrafo, afirmações categóricas que dão margem à refutação do leitor.

II. A seqüência apresentada nas linhas 38 a 41 permite inferir que o homem, no seu dia-a-

dia, tende a igualar valores hierarquicamente diferentes.

III. A expressão "teia eletrônica" (linhas 40 e 41) pode assumir uma conotação negativa, se

associada à idéia central do texto.

IV. A última frase pretende evidenciar que, graças à tecnologia, a comunicação entre os

homens ganhou em rapidez.

De acordo com as afirmativas, conclui-se que está correta a alternativa:

a) I e II

b) II e III

c) III e IV

d) I, II e III

e) II, III e IV

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Questão 72

(PUC-RS)

01Todo mundo tem (ou conhece

02alguém que tem) um Tamagotchi. O

03animal de estimação eletrônico virou

04mania. Habitante de um miniaparelho,

05misto de chaveiro e computador, o bicho é

06na verdade um ser inexistente. Só o que

07 se tem dele são sinais: de fome, sono,

08carência afetiva. Apertando botõezinhos, é

09possível saciar-lhe as necessidades e os

10 desejos. Na tela minúscula, surge então

11um sorriso, indicando que o mascote está

12 feliz. O dono, sempre uma criança (de

13qualquer idade), sente-se grandioso,

14provedor de carinho e cuidado. Pensa que

15 cuida do bicho – mas é o bicho quem

16cuida dele (e de suas ansiedades).

17O novo brinquedo é a síntese da

18 nossa era, que é mediada e ordenada por

19 telas luminosas. Não apenas a microtela

20do bichinho, mas a tela do computador, do

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21painel eletrônico do automóvel, das linhas

22verdes de monitoramento cardíaco. Tudo

23 se organiza como um complexo indivisível,

24um Tamagotchi planetário. O caixa

25 eletrônico avisa que a conta está no

26vermelho: é preciso um depósito para que ela

27fique contente. A televisão não pára

28de insistir: é Dia dos Pais, ai de quem se

29esquecer do presente. A tela do telefone

30celular dá conta de que a pilha está fraca.

31No monitor do micro, pisca a mensagem

32não lida.

33Do outro lado das telas que

34 comandam o dia-a-dia de qualquer um,

35outros milhões de uns quaisquer. Um

36parente, um chefe, um amigo, um cliente,

37um desconhecido... a(s) namorada(s).

38Todos virtualizados. Além das contas a

39pagar e dos recados inúteis, também as

40demandas emocionais navegam pela teia

41 eletrônica. E a isto se reduz o

42relacionamento humano: a uma troca de

43estímulos digitalizados e respostas idem.

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(Adaptado de: BUCCI, Eugênio. Veja, 13 de agosto de 1997, p.16.)

De acordo com o sentido que têm no texto, as expressões que não pertencem ao mesmo

campo de significação encontram-se na alternativa:

a) "animal de estimação" (linha 03)

"mascote" (linha b)

"dono" (linha 12)

"bichinho" (linha 20)

b) "mundo" (linha 01)

"Habitante" (linha 04)

"ser" (linha 06)

"complexo indivisível" (linha 23)

c) "carência afetiva" (linha 08)

"carinho" (linha 14)

"ansiedades" (linha 16)

"demandas emocionais" (linha 40)

d) "miniaparelho" (linha 04)

"botõezinhos" (linha 08)

"tela minúscula" (linha 10)

"brinquedo" (linha 17)

e) "computador" (linha 05)

"tela" (linha 20)

"monitor" (linha 31)

"estímulos digitalizados" (linha 43)

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Questão 73

(PUC-RS)

01Todo mundo tem (ou conhece

02alguém que tem) um Tamagotchi. O

03animal de estimação eletrônico virou

04mania. Habitante de um miniaparelho,

05misto de chaveiro e computador, o bicho é

06na verdade um ser inexistente. Só o que

07 se tem dele são sinais: de fome, sono,

08carência afetiva. Apertando botõezinhos, é

09possível saciar-lhe as necessidades e os

10 desejos. Na tela minúscula, surge então

11um sorriso, indicando que o mascote está

12 feliz. O dono, sempre uma criança (de

13qualquer idade), sente-se grandioso,

14provedor de carinho e cuidado. Pensa que

15 cuida do bicho – mas é o bicho quem

16cuida dele (e de suas ansiedades).

17O novo brinquedo é a síntese da

18 nossa era, que é mediada e ordenada por

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19 telas luminosas. Não apenas a microtela

20do bichinho, mas a tela do computador, do

21painel eletrônico do automóvel, das linhas

22verdes de monitoramento cardíaco. Tudo

23 se organiza como um complexo indivisível,

24um Tamagotchi planetário. O caixa

25 eletrônico avisa que a conta está no

26vermelho: é preciso um depósito para que ela

27fique contente. A televisão não pára

28de insistir: é Dia dos Pais, ai de quem se

29esquecer do presente. A tela do telefone

30celular dá conta de que a pilha está fraca.

31No monitor do micro, pisca a mensagem

32não lida.

33Do outro lado das telas que

34 comandam o dia-a-dia de qualquer um,

35outros milhões de uns quaisquer. Um

36parente, um chefe, um amigo, um cliente,

37um desconhecido... a(s) namorada(s).

38Todos virtualizados. Além das contas a

39pagar e dos recados inúteis, também as

40demandas emocionais navegam pela teia

41 eletrônica. E a isto se reduz o

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42relacionamento humano: a uma troca de

43estímulos digitalizados e respostas idem.

(Adaptado de: BUCCI, Eugênio. Veja, 13 de agosto de 1997, p.16.)

Para responder à questão , considere as afirmativas que as antecedem.

I. Os dois-pontos, na linha 07, poderiam ser suprimidos sem prejuízo ao ritmo da frase.

II. Os dois-pontos, na linha 26, poderiam ser substituídos pela palavra "portanto"

antecedida de outro sinal de pontuação.

III. Os dois-pontos, na linha 28, poderiam ser substituídos pela palavra "se", sem alteração

no sentido da frase.

IV. A substituição do ponto por dois-pontos, na linha 35, tornaria mais evidente a relação

entre a frase anterior e as informações que a seguem.

Pela análise das afirmativas, conclui-se que está correta a alternativa

a) I e II

b) II e III

c) II e IV

d) I, III e IV

e) II, III e IV

Questão 74

(PUC-RS)

01 Num país como o Brasil, onde a

02 pobreza faz com que a televisão seja a

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03 principal fonte de informação e

04 entretenimento, ela desempenha um papel

05 fundamental na vida de milhões e milhões

06 de pessoas. A televisão não é um espelho

07 neutro, objetivo, do que se passa na

08 sociedade. Ela também contribui para

09 divulgar modelos de comportamento,

10 orientar atitudes e impor padrões de

11 moralidade. Novelas, noticiários, filmes,

12 programas humorísticos entram nas casas

13 e seus personagens, conflitos e problemas

14 passam a fazer parte da vida das pessoas.

15 É um poder formidável que, exercido com

16 sabedoria, além de divertir e entreter,

17 serviria para melhorar o país.

18 O passado já ensinou que a censura

19 não é, nem de longe, a maneira mais

20 adequada de se ter uma programação

21 melhor. A censura serviu tão-somente para

22 desinformar a população, acobertar crimes

23 e manter no poder políticos que chegaram

24 a ele sem ter sido eleitos. A boa televisão

25 só pode existir com liberdade. Entretanto,

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26 nos últimos tempos, diversas vozes vêm

27 protestando contra os excessos cometidos

28 pelas emissoras de televisão. Não é

29 preciso ser um extremista puritano para

30 perceber que, muitas vezes, cenas de

31 violência gratuita, erotismo e grotesca

32 vulgaridade são mostradas em profusão,

33 bem cedo na noite. A alternativa do

34 telespectador pode ser a de mudar de

35 canal, mas quando a concorrência entre as

36 emissoras se acirra, o nível mais baixo

37 costuma se tornar norma. Se a censura

38 não é o caminho, o que fazer diante

39 da apelação?

(Veja, Carta ao leitor, 10 de fevereiro de 1993, p.17.)

No texto, o editor da Veja questiona, principalmente,

a) a primazia da televisão como fonte de educação e entretenimento.

b) a pretensa neutralidade das notícias veiculadas nos telejornais.

c) a guerra acirrada entre as emissoras pela disputa da audiência.

d) o gosto duvidoso do público brasileiro, responsável pela má qualidade dos espetáculos :

televisivos.

e) a ausência de limites morais e de uma orientação ética nos programas de televisão.

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Questão 75

(PUC-RS)

01 Num país como o Brasil, onde a

02 pobreza faz com que a televisão seja a

03 principal fonte de informação e

04 entretenimento, ela desempenha um papel

05 fundamental na vida de milhões e milhões

06 de pessoas. A televisão não é um espelho

07 neutro, objetivo, do que se passa na

08 sociedade. Ela também contribui para

09 divulgar modelos de comportamento,

10 orientar atitudes e impor padrões de

11 moralidade. Novelas, noticiários, filmes,

12 programas humorísticos entram nas casas

13 e seus personagens, conflitos e problemas

14 passam a fazer parte da vida das pessoas.

15 É um poder formidável que, exercido com

16 sabedoria, além de divertir e entreter,

17 serviria para melhorar o país.

18 O passado já ensinou que a censura

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19 não é, nem de longe, a maneira mais

20 adequada de se ter uma programação

21 melhor. A censura serviu tão-somente para

22 desinformar a população, acobertar crimes

23 e manter no poder políticos que chegaram

24 a ele sem ter sido eleitos. A boa televisão

25 só pode existir com liberdade. Entretanto,

26 nos últimos tempos, diversas vozes vêm

27 protestando contra os excessos cometidos

28 pelas emissoras de televisão. Não é

29 preciso ser um extremista puritano para

30 perceber que, muitas vezes, cenas de

31 violência gratuita, erotismo e grotesca

32 vulgaridade são mostradas em profusão,

33 bem cedo na noite. A alternativa do

34 telespectador pode ser a de mudar de

35 canal, mas quando a concorrência entre as

36 emissoras se acirra, o nível mais baixo

37 costuma se tornar norma. Se a censura

38 não é o caminho, o que fazer diante

39 da apelação?

(Veja, Carta ao leitor, 10 de fevereiro de 1993, p.17.)

Para responder à questão , considere as afirmativas abaixo sobre as idéias contidas no texto.

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I. A importância da tevê, como fonte de informação e entretenimento, é proporcional ao

grau de desenvolvimento do país.

II. Cabe à televisão assumir a sua parcela de responsabilidade educativa e social.

III. A volta da censura é necessária para pôr fim à vulgaridade de certos programas

televisivos.

IV. Diante dos abusos cometidos pelas emissoras, o telespectador que se sentir ferido deve

simplesmente mudar de canal ou desligar a tevê.

De acordo com as afirmativas, conclui-se que está correta a alternativa

a) I e II

b) II e III

c) II e IV

d) I, II e III

e) II, III e IV

Questão 76

(PUC-RS)

01 Num país como o Brasil, onde a

02 pobreza faz com que a televisão seja a

03 principal fonte de informação e

04 entretenimento, ela desempenha um papel

05 fundamental na vida de milhões e milhões

06 de pessoas. A televisão não é um espelho

07 neutro, objetivo, do que se passa na

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08 sociedade. Ela também contribui para

09 divulgar modelos de comportamento,

10 orientar atitudes e impor padrões de

11 moralidade. Novelas, noticiários, filmes,

12 programas humorísticos entram nas casas

13 e seus personagens, conflitos e problemas

14 passam a fazer parte da vida das pessoas.

15 É um poder formidável que, exercido com

16 sabedoria, além de divertir e entreter,

17 serviria para melhorar o país.

18 O passado já ensinou que a censura

19 não é, nem de longe, a maneira mais

20 adequada de se ter uma programação

21 melhor. A censura serviu tão-somente para

22 desinformar a população, acobertar crimes

23 e manter no poder políticos que chegaram

24 a ele sem ter sido eleitos. A boa televisão

25 só pode existir com liberdade. Entretanto,

26 nos últimos tempos, diversas vozes vêm

27 protestando contra os excessos cometidos

28 pelas emissoras de televisão. Não é

29 preciso ser um extremista puritano para

30 perceber que, muitas vezes, cenas de

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31 violência gratuita, erotismo e grotesca

32 vulgaridade são mostradas em profusão,

33 bem cedo na noite. A alternativa do

34 telespectador pode ser a de mudar de

35 canal, mas quando a concorrência entre as

36 emissoras se acirra, o nível mais baixo

37 costuma se tornar norma. Se a censura

38 não é o caminho, o que fazer diante

39 da apelação?

(Veja, Carta ao leitor, 10 de fevereiro de 1993, p.17.)

Para sustentar seu ponto de vista, o autor vale-se de diferentes recursos, à exceção da

a) inserção do problema analisado em um contexto mais amplo, igualmente problemático.

b) exploração do contraste entre o que seria o ideal e o que ocorre na realidade.

c) apresentação de situações que fundamentam afirmativas feitas.

d) menção a fatos históricos que supõe ainda presentes na memória do leitor.

e) proposta de uma solução definitiva e consensual para o problema.

Questão 77

(PUC-RS)

01 Num país como o Brasil, onde a

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02 pobreza faz com que a televisão seja a

03 principal fonte de informação e

04 entretenimento, ela desempenha um papel

05 fundamental na vida de milhões e milhões

06 de pessoas. A televisão não é um espelho

07 neutro, objetivo, do que se passa na

08 sociedade. Ela também contribui para

09 divulgar modelos de comportamento,

10 orientar atitudes e impor padrões de

11 moralidade. Novelas, noticiários, filmes,

12 programas humorísticos entram nas casas

13 e seus personagens, conflitos e problemas

14 passam a fazer parte da vida das pessoas.

15 É um poder formidável que, exercido com

16 sabedoria, além de divertir e entreter,

17 serviria para melhorar o país.

18 O passado já ensinou que a censura

19 não é, nem de longe, a maneira mais

20 adequada de se ter uma programação

21 melhor. A censura serviu tão-somente para

22 desinformar a população, acobertar crimes

23 e manter no poder políticos que chegaram

24 a ele sem ter sido eleitos. A boa televisão

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25 só pode existir com liberdade. Entretanto,

26 nos últimos tempos, diversas vozes vêm

27 protestando contra os excessos cometidos

28 pelas emissoras de televisão. Não é

29 preciso ser um extremista puritano para

30 perceber que, muitas vezes, cenas de

31 violência gratuita, erotismo e grotesca

32 vulgaridade são mostradas em profusão,

33 bem cedo na noite. A alternativa do

34 telespectador pode ser a de mudar de

35 canal, mas quando a concorrência entre as

36 emissoras se acirra, o nível mais baixo

37 costuma se tornar norma. Se a censura

38 não é o caminho, o que fazer diante

39 da apelação?

(Veja, Carta ao leitor, 10 de fevereiro de 1993, p.17.)

De acordo com o sentido que os segmentos abaixo têm no texto, ocorre uma expressão

conotativa em

a) "A televisão não é um espelho neutro, objetivo" (linhas 06 e 07).

b) "Ela também contribui para divulgar modelos de comportamento" (linhas 08 e 09).

c) "personagens, conflitos, problemas pas-sam a fazer parte da vida das pessoas" linhas13 e

14).

d) "A boa televisão só pode existir com liberdade" (linhas 24 e 25).

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e) "cenas de violência gratuita, erotismo e grotesca vulgaridade são mostradas em

profusão" (linhas 30 a 32).

Questão 78

(PUC-RS)

01 Num país como o Brasil, onde a

02 pobreza faz com que a televisão seja a

03 principal fonte de informação e

04 entretenimento, ela desempenha um papel

05 fundamental na vida de milhões e milhões

06 de pessoas. A televisão não é um espelho

07 neutro, objetivo, do que se passa na

08 sociedade. Ela também contribui para

09 divulgar modelos de comportamento,

10 orientar atitudes e impor padrões de

11 moralidade. Novelas, noticiários, filmes,

12 programas humorísticos entram nas casas

13 e seus personagens, conflitos e problemas

14 passam a fazer parte da vida das pessoas.

15 É um poder formidável que, exercido com

16 sabedoria, além de divertir e entreter,

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17 serviria para melhorar o país.

18 O passado já ensinou que a censura

19 não é, nem de longe, a maneira mais

20 adequada de se ter uma programação

21 melhor. A censura serviu tão-somente para

22 desinformar a população, acobertar crimes

23 e manter no poder políticos que chegaram

24 a ele sem ter sido eleitos. A boa televisão

25 só pode existir com liberdade. Entretanto,

26 nos últimos tempos, diversas vozes vêm

27 protestando contra os excessos cometidos

28 pelas emissoras de televisão. Não é

29 preciso ser um extremista puritano para

30 perceber que, muitas vezes, cenas de

31 violência gratuita, erotismo e grotesca

32 vulgaridade são mostradas em profusão,

33 bem cedo na noite. A alternativa do

34 telespectador pode ser a de mudar de

35 canal, mas quando a concorrência entre as

36 emissoras se acirra, o nível mais baixo

37 costuma se tornar norma. Se a censura

38 não é o caminho, o que fazer diante

39 da apelação?

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(Veja, Carta ao leitor, 10 de fevereiro de 1993, p.17.)

De acordo com o sentido das palavras no texto, ___________ equivale a __________ .

a) "extremista" (linha 29) / partidário

b) "vulgaridade" (linha 32) / "trivialidade"

c) "norma" (linha 37) / "regra"

d) "caminho" (linha 38) / "destino"

e) "apelação" (linha 39) / "convocação"

Questão 79

(UFPA) A matéria se apresenta sob forma de cerca de 200 bilhões de estrelas em nossa

galáxia, a Via-Láctea. Uns 65 bilhões dessas estrelas podem ter planetas girando ao seu

redor, como acontece no Sistema Solar. Podem alguns desses distantes planetas apresentar

alguma forma de vida? Até o momento nada se sabe a respeito. Não se sabe se em algum

outro lugar do Universo a matéria existente originou formas de organismos vivos, como

aconteceu em nosso planeta. Hoje, vários cientistas buscam algum sinal de vida

extraterrestre. Para isso, procuram em diversos pontos da Via-Láctea planetas que

apresentem condições físicas e químicas semelhantes às encontradas aqui na Terra:

temperatura, pressão, composição química da atmosfera, do solo, etc.

(BARROS, Carlos e PAULINO, Wilson Roberto. Física e Química. São Paulo: Ática,

1997)

No texto 1, acima, os segmentos que promovem a seqüenciação textual, relacionando

coesivamente uma idéia com outra anteriormente expressa, são:

a) Uns 65 bilhões dessas estrelas; alguns desses distantes planetas; algum outro lugar do

Universo; isso.

b) Uns 65 bilhões dessas estrelas; alguns desses distantes planetas; a respeito; para isso.

c) Via-Láctea; planetas girando ao seu redor; Sistema Solar; Terra.

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d) Uns 65 bilhões dessas estrelas; Sistema Solar; alguns desses distantes planetas; em nosso

planeta.

e) Via-Láctea; até o momento; hoje; diversos pontos da Via-Láctea.

Questão 80

(UFPA) Voltou muito cansado. Os campos o levaram para longe. O caroço de tucumã o

levara também, aquele caroço que soubera escolher entre muitos no tanque embaixo do

chalé. Quando voltou já era bem tarde. A tarde sem chuva em cachoeira lhe dá um desejo

de se embrulhar na rede e ficar sossegado como quem está feliz por esperar a morte. Os

campos não voltaram com ele, nem as nuvens nem os passarinhos e os desejos de Alfredo

caíram pelo campo como borboletas mortas. Mais para longe já eram os campos

queimados, a terra preta do fogo e os gaviões caçavam no ar os passarinhos tontos. E a

tarde parecia inocente, diluída num sossego humilde e descia sobre os campos queimados

como se os consolasse. Voltava donde começavam os campos escuros. Indagava por que os

campos de cachoeira não eram campos cheios de flores, como aqueles campos de uma

fotografia de revista que seu pai guardava. Ouvira Major Alberto dizer a D. Amélia:

campos da Holanda. Chama-se a isso prados.

(JURANDIR, Dalcídio. Edição Crítica de Chove nos Campos de Cachoeira/Rosa Assis.

Belém, UNAMA, 1998.

A afirmativa NÃO condizente com o texto acima é:

a) Alfredo não é indiferente à depredação da natureza.

b) Alfredo queria morrer.

c) Na Holanda os campos são floridos.

d) Alfredo estava desiludido.

e) Em Cachoeira tudo estava tranqüilo.

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Questão 81

(UFPB) Um dia, o Simão me chamou: – "Vem ver. Olha ali". Era uma mulher, atarracada,

descalçada, que subia o caminho do morro. (Diante do Sanatorinho havia um morro. Os

doentes em bom estado podiam ir até lá em cima, pela manhã e à tarde.) Lembro-me de

que, de repente, a mulher parou e acenou para o Sanatorinho. Não sei quantas janelas

retribuíram. E o curioso é que, desde o primeiro momento, Simão saltou: – "É minha! Vi

primeiro!".

Uns oitenta doentes tinham visto, ao mesmo tempo. Mas o Simão era um assassino. Como

ele próprio dizia, sem ódio, quase com ternura, "matei um". E o crime pretérito intimidava

os demais. Constava que trouxera, na mala, com a escova de dentes, as chinelas, um

revólver. Naquela mesma tarde, foi para a cerca, esperar a volta da fulana. E conversaram

na porteira. Simão voltou, desatinado. Conversara a fulana. Queria um encontro, na manhã

seguinte, no alto do morro.

A outra não prometera nada. Ia ver, ia ver. Simão estava possesso: – "Dez anos!", e repetia,

quase chorando: – "Dez anos não são dez dias!". Campos do Jordão estava cheio de casos

parecidos. Nada mais cruel do que a cronicidade de certas formas de tuberculose. Eu

conheci vários que haviam completado, lá na montanha, um quarto de século. E o próprio

Simão falava dos dez anos como se fosse esta a idade do seu desejo.

Na manhã seguinte, foi o primeiro a acordar. (...) Havia uma tosse da madrugada e uma

tosse da manhã. Eu me lembro daquele dia. Nunca se tossiu tanto. Sujeitos se torciam e

retorciam asfixiados. E, súbito, a tosse parou. Todo o Sanatorinho sabia que, no alto do

morro, o Simão ia ver a tal mulher do riso desdentado. E justamente ela estava subindo a

ladeira. Como na véspera, deu adeus; e todas as janelas e varandas retribuíram. Uma hora

depois, volta o Simão. Foi cercado, envolvido: – "Que tal?". Tinha uma luz forte no olhar: –

"Tem amanhã outra vez". Durante todo o dia, ele quase não saiu da cama: – sonhava. Às

seis, seis e pouco, um médico entra na enfermaria. Falou pra todos: – "Vocês não se metam

com essa mulher que anda por aí, uma baixa. Passou, hoje de manhã, subiu a ladeira. É

leprosa". Ninguém disse nada. O próprio Simão ficou, no seu canto, uns dez minutos,

quieto. Depois, levantou-se. No meio da enfermaria, como se desafiasse os outros, disse

duas vezes: – "Eu não me arrependo, eu não me arrependo".

(RODRIGUES, Nelson. A menina sem estrela. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p.

132-3.)

De acordo com o texto, o personagem Simão

a) fazia questão de esconder o seu passado.

b) matara uma pessoa por quem nutria afeição.

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c) atemorizava, com a sua fama, os outros doentes.

d) perseguia a fulana como uma forma de se punir.

e) padecia, ao contrário dos outros, de tuberculose aguda.

Questão 82

(UFPB) Um dia, o Simão me chamou: – "Vem ver. Olha ali". Era uma mulher, atarracada,

descalçada, que subia o caminho do morro. (Diante do Sanatorinho havia um morro. Os

doentes em bom estado podiam ir até lá em cima, pela manhã e à tarde.) Lembro-me de

que, de repente, a mulher parou e acenou para o Sanatorinho. Não sei quantas janelas

retribuíram. E o curioso é que, desde o primeiro momento, Simão saltou: – "É minha! Vi

primeiro!".

Uns oitenta doentes tinham visto, ao mesmo tempo. Mas o Simão era um assassino. Como

ele próprio dizia, sem ódio, quase com ternura, "matei um". E o crime pretérito intimidava

os demais. Constava que trouxera, na mala, com a escova de dentes, as chinelas, um

revólver. Naquela mesma tarde, foi para a cerca, esperar a volta da fulana. E conversaram

na porteira. Simão voltou, desatinado. Conversara a fulana. Queria um encontro, na manhã

seguinte, no alto do morro.

A outra não prometera nada. Ia ver, ia ver. Simão estava possesso: – "Dez anos!", e repetia,

quase chorando: – "Dez anos não são dez dias!". Campos do Jordão estava cheio de casos

parecidos. Nada mais cruel do que a cronicidade de certas formas de tuberculose. Eu

conheci vários que haviam completado, lá na montanha, um quarto de século. E o próprio

Simão falava dos dez anos como se fosse esta a idade do seu desejo.

Na manhã seguinte, foi o primeiro a acordar. (...) Havia uma tosse da madrugada e uma

tosse da manhã. Eu me lembro daquele dia. Nunca se tossiu tanto. Sujeitos se torciam e

retorciam asfixiados. E, súbito, a tosse parou. Todo o Sanatorinho sabia que, no alto do

morro, o Simão ia ver a tal mulher do riso desdentado. E justamente ela estava subindo a

ladeira. Como na véspera, deu adeus; e todas as janelas e varandas retribuíram. Uma hora

depois, volta o Simão. Foi cercado, envolvido: – "Que tal?". Tinha uma luz forte no olhar: –

"Tem amanhã outra vez". Durante todo o dia, ele quase não saiu da cama: – sonhava. Às

seis, seis e pouco, um médico entra na enfermaria. Falou pra todos: – "Vocês não se metam

com essa mulher que anda por aí, uma baixa. Passou, hoje de manhã, subiu a ladeira. É

leprosa". Ninguém disse nada. O próprio Simão ficou, no seu canto, uns dez minutos,

quieto. Depois, levantou-se. No meio da enfermaria, como se desafiasse os outros, disse

duas vezes: – "Eu não me arrependo, eu não me arrependo".

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(RODRIGUES, Nelson. A menina sem estrela. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p.

132-3.)

Desabafo de Simão, no terceiro parágrafo, justifica-se basicamente pelo(a):

a) egoísmo de seus companheiros no Sanatorinho.

b) negativa que recebeu da mulher.

c) possessão demoníaca que o vitimava.

d) duração de sua abstinência sexual.

e) desproporção entre a sua doença e o seu desejo.

Questão 83

(UFPB) Um dia, o Simão me chamou: – "Vem ver. Olha ali". Era uma mulher, atarracada,

descalçada, que subia o caminho do morro. (Diante do Sanatorinho havia um morro. Os

doentes em bom estado podiam ir até lá em cima, pela manhã e à tarde.) Lembro-me de

que, de repente, a mulher parou e acenou para o Sanatorinho. Não sei quantas janelas

retribuíram. E o curioso é que, desde o primeiro momento, Simão saltou: – "É minha! Vi

primeiro!".

Uns oitenta doentes tinham visto, ao mesmo tempo. Mas o Simão era um assassino. Como

ele próprio dizia, sem ódio, quase com ternura, "matei um". E o crime pretérito intimidava

os demais. Constava que trouxera, na mala, com a escova de dentes, as chinelas, um

revólver. Naquela mesma tarde, foi para a cerca, esperar a volta da fulana. E conversaram

na porteira. Simão voltou, desatinado. Conversara a fulana. Queria um encontro, na manhã

seguinte, no alto do morro.

A outra não prometera nada. Ia ver, ia ver. Simão estava possesso: – "Dez anos!", e repetia,

quase chorando: – "Dez anos não são dez dias!". Campos do Jordão estava cheio de casos

parecidos. Nada mais cruel do que a cronicidade de certas formas de tuberculose. Eu

conheci vários que haviam completado, lá na montanha, um quarto de século. E o próprio

Simão falava dos dez anos como se fosse esta a idade do seu desejo.

Na manhã seguinte, foi o primeiro a acordar. (...) Havia uma tosse da madrugada e uma

tosse da manhã. Eu me lembro daquele dia. Nunca se tossiu tanto. Sujeitos se torciam e

retorciam asfixiados. E, súbito, a tosse parou. Todo o Sanatorinho sabia que, no alto do

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morro, o Simão ia ver a tal mulher do riso desdentado. E justamente ela estava subindo a

ladeira. Como na véspera, deu adeus; e todas as janelas e varandas retribuíram. Uma hora

depois, volta o Simão. Foi cercado, envolvido: – "Que tal?". Tinha uma luz forte no olhar: –

"Tem amanhã outra vez". Durante todo o dia, ele quase não saiu da cama: – sonhava. Às

seis, seis e pouco, um médico entra na enfermaria. Falou pra todos: – "Vocês não se metam

com essa mulher que anda por aí, uma baixa. Passou, hoje de manhã, subiu a ladeira. É

leprosa". Ninguém disse nada. O próprio Simão ficou, no seu canto, uns dez minutos,

quieto. Depois, levantou-se. No meio da enfermaria, como se desafiasse os outros, disse

duas vezes: – "Eu não me arrependo, eu não me arrependo".

(RODRIGUES, Nelson. A menina sem estrela. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p.

132-3.)

A propósito do fragmento seguinte: "A outra não prometera nada. Ia ver, ia ver.", afirma-se

que a repetição da locução verbal :

I. é um traço coloquial do discurso.

II. introduz discurso indireto livre.

III. ressalta a onisciência do narrador.

Das afirmações acima, está(ão) correta(s)

a) apenas I.

b) apenas II.

c) I e II.

d) I e III.

e) II e III.

Questão 84

(UFPB) Considere o fragmento:

"Depois de uma trégua, os ratos voltaram a roer, a roer... Outra vez naquele canto do

assoalho do comedouro o triturar fininho de madeira roída (decerto é a madeira). Talvez

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depois de consumido o dinheiro, eles passem a roer, a roer a tábua da mesa... Presta

atenção. Alonga o ouvido. Espera ouvir o crepitar miudinho das mandíbulas, vindo lá do

fundo, de longe..."

Nesse fragmento, extraído do final de Os ratos, Dyonelio Machado busca traduzir a

obsessão, a incerteza, a descontinuidade psíquica do personagem Naziazeno. Entre os

recursos lingüísticos de que o romancista lança mão, NÃO se observa a(o)

a) repetição de palavras.

b) preponderância da ordem direta sobre a ordem inversa.

c) alternância entre períodos longos e períodos curtos.

d) uso de sufixos com valor intensificativo.

e) emprego de sinais gráficos que indefinem e prolongam emocionalmente o enunciado.

Questão 85

(UFPB) A propósito dos personagens de A bagaceira, afirma-se:

Valentim, apesar de humilhado pela condição de retirante, encarna os ideais de honra e brio

próprios do sertanejo.

Dagoberto, embora com idéias modernas sobre o cultivo da terra, é volúvel, hesitante e tem

pouco senso prático.

Pirunga, resignando-se a perder Soledade para o senhor de engenho, revela o quanto o brejo

lhe enfraqueceu o caráter.

Das afirmações acima, está(ão) correta(s)

a) apenas I.

b) apenas III.

c) I e II.

d) II e III.

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e) I e III.

Questão 86

(UFF) TEXTO II

CANÇÃO DO EXÍLIO

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o sabiá;

As aves que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o sabiá;

Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá;

Em cismar – sozinho –, à noite –

Mais prazer encontro eu lá;

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Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o sabiá.

Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores

Que não encontro por cá;

Sem qu'inda aviste as palmeiras

Onde canta o sabiá.

DIAS, Antonio Gonçalves. Poesia completa e prosa

escolhida. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p.103

TEXTO III

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PAIVA, Miguel & SCHWARCZ, Lilia.

Da colônia ao Império. Um Brasil para inglês ver....

São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 11

Nos textos II e III, há um distanciamento da terra natal.

Assinale a alternativa que não corresponde aos textos:

a) No texto III, há a referência à chegada do colonizador, à miscigenação do branco com o

negro e à exploração da terra.

b) No texto III, os elementos caracterizadores da terra natal se encontram na expressão

lingüística, nos trajes e no meio de transporte.

c) As terras natais do personagem do texto III e do eu-lírico do texto II são diferentes.

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d) Nos textos II e III, há o reconhecimento de que a terra estrangeira é pródiga e prazerosa.

e) A terceira estrofe do texto II e a última oração do texto III traduzem sentimentos

distintos.

Questão 87

(UFF) TEXTO IV

Errava quem quisesse encontrar nele qualquer

regionalismo; Quaresma era antes de tudo brasileiro.

Não tinha predileção por esta ou aquela parte de

seu país, tanto assim que aquilo que o fazia vibrar

de paixão não eram só os pampas do Sul com seu

gado, não era o café de São Paulo, não eram

o ouro e os diamantesde Minas,

não era a beleza da Guanabara, não era a altura

da Paulo Afonso, não era o estro de Gonçalves

Dias ou o ímpeto de Andrade Neves –

era tudo isso junto, fundido, reunido,

sob a bandeira estrelada do Cruzeiro.

Logo aos dezoito anos quis fazer-se militar;

mas a junta de saúde julgou-o incapaz.

Desgostou-se, sofreu, mas não maldisse a Pátria.

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ministério era liberal, ele se fez conservador

e continuou mais do que nunca a amar a

"terra que o viu nascer." Impossibilitado de evoluir-se

sob os dourados do Exército,

procurou a administração e dos seus ramos escolheu o militar.

..................................................................................

Durante os lazeres burocráticos, estudou,

mas estudou a Pátria, nas suas riquezas naturais,

na sua história, na sua geografia,

na sua literatura e na sua política.

Quaresma sabia as espécies de minerais, vegetais e animais,

que o Brasil continha; sabia o valor do ouro, dos diamantes exportados por Minas,

as guerras holandesas,as batalhas do Paraguai,

as nascentes e o curso de todos os rios.

Defendia com azedume e paixão a proeminência

do Amazonas sobre todos os demais rios do mundo.

Para isso ia até ao crime de amputar alguns quilômetros

ao Nilo e era com este rival do "seu" rio que ele

mais implicava. Ai de quem o citasse na sua

frente ! Em geral, calmo e delicado, o major ficava agitado e malcriado, quando se discutia

a extensão36 do Amazonas em face da do Nilo.

BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma.

In: Três Romances. Rio de Janeiro: Garnier, 1990, p. 17-18

Assinale a alternativa que não corresponde ao primeiro parágrafo do texto IV:

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a) No segundo período, há uma enumeração, na qual cada um dos elementos enumerados se

inicia com um advérbio de negação .

b) No segundo período, os regionalismos são valorizados em detrimento do nacionalismo,

valorizado no primeiro período.

c) No segundo período, a expressão "tudo isso junto, fundido, reunido" resume os

elementos anteriormente enumerados.

d) No segundo período, a expressão "sob a bandeira do Cruzeiro" designa a pátria de

Quaresma.

e) No segundo período, o segmento "Não tinha predileção por esta ou aquela parte de seu

país" amplia o argumento do período anterior.

Questão 88

(UFF) TEXTO IV

Errava quem quisesse encontrar nele qualquer

regionalismo; Quaresma era antes de tudo brasileiro.

Não tinha predileção por esta ou aquela parte de

seu país, tanto assim que aquilo que o fazia vibrar

de paixão não eram só os pampas do Sul com seu

gado, não era o café de São Paulo, não eram

o ouro e os diamantesde Minas,

não era a beleza da Guanabara, não era a altura

da Paulo Afonso, não era o estro de Gonçalves

Dias ou o ímpeto de Andrade Neves –

era tudo isso junto, fundido, reunido,

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sob a bandeira estrelada do Cruzeiro.

Logo aos dezoito anos quis fazer-se militar;

mas a junta de saúde julgou-o incapaz.

Desgostou-se, sofreu, mas não maldisse a Pátria.

O ministério era liberal, ele se fez conservador

e continuou mais do que nunca a amar a

"terra que o viu nascer." Impossibilitado de evoluir-se

sob os dourados do Exército,

procurou a administração e dos seus ramos escolheu o militar.

..................................................................................

Durante os lazeres burocráticos, estudou,

mas estudou a Pátria, nas suas riquezas naturais,

na sua história, na sua geografia,

na sua literatura e na sua política.

Quaresma sabia as espécies de minerais, vegetais e animais,

que o Brasil continha; sabia o valor do ouro, dos diamantes exportados por Minas,

as guerras holandesas,as batalhas do Paraguai,

as nascentes e o curso de todos os rios.

Defendia com azedume e paixão a proeminência

do Amazonas sobre todos os demais rios do mundo.

Para isso ia até ao crime de amputar alguns quilômetros

ao Nilo e era com este rival do "seu" rio que ele

mais implicava. Ai de quem o citasse na sua

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frente ! Em geral, calmo e delicado, o major ficava agitado e malcriado, quando se discutia

a extensão36 do Amazonas em face da do Nilo.

BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma.

In: Três Romances. Rio de Janeiro: Garnier, 1990, p. 17-18

"Para isso ia até ao crime de amputar alguns quilômetros ao Nilo e era com este rival do

"seu" rio que ele mais implicava." (linhas 31 - d)

Assinale a alternativa a que se refere o pronome sublinhado na frase acima:

a) Defender a proeminência do Amazonas sobre todos os demais rios do mundo.

b) Saber o valor do ouro, dos diamantes exportados por Minas.

c) Saber as nascentes e o curso de todos os rios.

d) Saber as espécies de minerais, vegetais e animais, que o Brasil continha.

e) Amputar alguns quilômetros ao Nilo.

Questão 89

(UFF) TEXTO IV

Errava quem quisesse encontrar nele qualquer

regionalismo; Quaresma era antes de tudo brasileiro.

Não tinha predileção por esta ou aquela parte de

seu país, tanto assim que aquilo que o fazia vibrar

de paixão não eram só os pampas do Sul com seu

gado, não era o café de São Paulo, não eram

o ouro e os diamantesde Minas,

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não era a beleza da Guanabara, não era a altura

da Paulo Afonso, não era o estro de Gonçalves

Dias ou o ímpeto de Andrade Neves –

era tudo isso junto, fundido, reunido,

sob a bandeira estrelada do Cruzeiro.

Logo aos dezoito anos quis fazer-se militar;

mas a junta de saúde julgou-o incapaz.

Desgostou-se, sofreu, mas não maldisse a Pátria.

O ministério era liberal, ele se fez conservador

e continuou mais do que nunca a amar a

"terra que o viu nascer." Impossibilitado de evoluir-se

sob os dourados do Exército,

procurou a administração e dos seus ramos escolheu o militar.

.................................................................................

Durante os lazeres burocráticos, estudou,

mas estudou a Pátria, nas suas riquezas naturais,

na sua história, na sua geografia,

na sua literatura e na sua política.

Quaresma sabia as espécies de minerais, vegetais e animais,

que o Brasil continha; sabia o valor do ouro, dos diamantes exportados por Minas,

as guerras holandesas,as batalhas do Paraguai,

as nascentes e o curso de todos os rios.

Defendia com azedume e paixão a proeminência

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do Amazonas sobre todos os demais rios do mundo.

Para isso ia até ao crime de amputar alguns quilômetros

ao Nilo e era com este rival do "seu" rio que ele

mais implicava. Ai de quem o citasse na sua

frente ! Em geral, calmo e delicado, o major ficava agitado e malcriado, quando se discutia

a extensão36 do Amazonas em face da do Nilo.

BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma.

In: Três Romances. Rio de Janeiro: Garnier, 1990, p. 17-18

No final do romance Triste fim de Policarpo Quaresma, o personagem Quaresma adota uma

postura crítica em relação ao nacionalismo que ele adotara no texto IV.

Assinale a alternativa em que esta postura crítica aparece:

a) "Nada de ambições políticas ou administra-tivas; o que Quaresma pensou, ou melhor: o

que o patriotismo o fez pensar, foi um conhecimento inteiro do Brasil, (...) para depois

então apontar os remédios, as medidas progressivas, com pleno conhecimento de causa."

b) "E o que não deixara de ver, de gozar, fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não

pandegara, não amara – todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à sua

tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentara."

c) "É preconceito supor-se que todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à

sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentara."

d) "A pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio de seu

gabinete. Nem a física, nem a moral, nem a intelectual, nem a política que julgava existir,

havia."

e) "Policarpo era patriota. Desde moço, aí pelos vinte anos, o amor da pátria tomou-o todo

inteiro."

Questão 90

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(UFF) TEXTO I

O "brasil" com b minúsculo é apenas um

objeto sem vida, autoconsciência ou pulsação

interior, pedaço de coisa que morre e não tem a

menor condição de se reproduzir como sistema;

como, aliás, queriam alguns teóricos sociais do

século XIX, que viam na terra - um pedaço perdido de

Portugal e da Europa - um conjunto doentio e

condenado de raças que, misturando-se ao sabor

de uma natureza exuberante e de um clima tropical,

estariam fadadas à degeneração e à morte

biológica, psicológica e social. Mas o Brasil com B

maiúsculo é algo muito mais complexo. É país,

cultura, local geográfico, fronteira e território

reconhecidos internacionalmente, e também casa,

pedaço de chão calçado com o calor de nossos

corpos, lar, memória e consciência de um lugar

com o qual se tem uma ligação especial, única,

totalmente sagrada. É igualmente um tempo

singular cujos eventos são exclusivamente seus, e

também temporalidade que pode ser acelerada na

festa do carnaval; que pode ser detida na morte e

na memória e que pode ser trazida de volta na boa

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recordação da saudade. Tempo e temporalidade de

ritmos localizados e, assim, insubstituíveis.

Sociedade onde pessoas seguem certos valores e

julgam as ações humanas dentro de um padrão

somente seu. Não se trata mais de algo inerte, mas

de uma entidade viva, cheia de auto-reflexão e

consciência: algo que se soma e se alarga para o

futuro e para o passado, num movimento próprio

que se chama História. Aqui, o Brasil é um ser parte

conhecido e parte misterioso, como um grande e

poderoso espírito. Como um Deus que está em

todos os lugares e em nenhum, mas que também

precisa dos homens para que possa se saber

superior e onipotente. Onde quer que haja um

brasileiro adulto, existe com ele o Brasil e, no

entanto - tal como acontece com as divindades -

será preciso produzir e provocar a sua

manifestação para que se possa sentir sua

concretude e seu poder. Caso contrário, sua

presença é tão inefável como a do ar que se respira

e dela não se teria consciência a não ser pela

comparação, pelo contraste e pela percepção de

algumas de suas manifestações mais contundentes.

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DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil?

Rio de Janeiro: Rocco, 1986, p. 11-12

É correto afirmar que:

TEXTO II

CANÇÃO DO EXÍLIO

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o sabiá;

As aves que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o sabiá;

Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá;

Em cismar – sozinho –, à noite –

Mais prazer encontro eu lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o sabiá.

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Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores

Que não encontro por cá;

Sem qu'inda aviste as palmeiras

Onde canta o sabiá.

DIAS, Antonio Gonçalves. Poesia completa e prosa

escolhida. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p.103

TEXTO III

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PAIVA, Miguel & SCHWARCZ, Lilia.

Da colônia ao Império. Um Brasil para inglês ver....

São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 11

TEXTO IV

Errava quem quisesse encontrar nele qualquer

regionalismo; Quaresma era antes de tudo brasileiro.

Não tinha predileção por esta ou aquela parte de

seu país, tanto assim que aquilo que o fazia vibrar

de paixão não eram só os pampas do Sul com seu

gado, não era o café de São Paulo, não eram

o ouro e os diamantesde Minas,

não era a beleza da Guanabara, não era a altura

da Paulo Afonso, não era o estro de Gonçalves

Dias ou o ímpeto de Andrade Neves –

era tudo isso junto, fundido, reunido,

sob a bandeira estrelada do Cruzeiro.

Logo aos dezoito anos quis fazer-se militar;

mas a junta de saúde julgou-o incapaz.

Desgostou-se, sofreu, mas não maldisse a Pátria.

O ministério era liberal, ele se fez conservador

e continuou mais do que nunca a amar a

"terra que o viu nascer." Impossibilitado de evoluir-se

sob os dourados do Exército,

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procurou a administração e dos seus ramos escolheu o militar.

.................................................................................

Durante os lazeres burocráticos, estudou,

mas estudou a Pátria, nas suas riquezas naturais,

na sua história, na sua geografia,

na sua literatura e na sua política.

Quaresma sabia as espécies de minerais, vegetais e animais,

que o Brasil continha; sabia o valor do ouro, dos diamantes exportados por Minas,

as guerras holandesas,as batalhas do Paraguai,

as nascentes e o curso de todos os rios.

Defendia com azedume e paixão a proeminência

do Amazonas sobre todos os demais rios do mundo.

Para isso ia até ao crime de amputar alguns quilômetros

ao Nilo e era com este rival do "seu" rio que ele

mais implicava. Ai de quem o citasse na sua

frente ! Em geral, calmo e delicado, o major ficava agitado e malcriado, quando se discutia

a extensão36 do Amazonas em face da do Nilo.

BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma.

In: Três Romances. Rio de Janeiro: Garnier, 1990, p. 17-18

a) Os textos I, II, III e IV apresentam o Brasil através de uma visão exclusivamente

ufanista.

b) O texto I trata de identidade nacional do Brasil e os textos II e IV exaltam o sentimento

de nacionalismo.

c) Os textos II, III e IV destacam a natureza brasileira e o texto I desvaloriza aspectos

culturais.

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d) O texto III exalta a beleza da terra e de sua gente e os textos I e II insistem notadamente

na exuberância da natureza brasileira.

e) Os textos I, II, III e IV fazem uma leitura crítica da História brasileira com especial

destaque para aspectos sociológicos.

Questão 91

(UFPA) O lema árcade inutilia truncat ( "corta o que é inútil") é seguido bem de perto por

Claudio Manuel da Costa em seus sonetos, como poderemos observar nos versos abaixo:

Destes penhascos fez a natureza

o berço em que nasci: oh quem cuidara

que entre penhas tão duras se criara

uma alma terna, um peito sem dureza.

Tais inutilidades que

a) eram representadas pelos excessos de rebus-camento foram substituídas pela

objetividade, pela simplicidade

b) eram conseqüências da excessiva religiosidade, foram substituídas pela visão pagã do

mundo

c) constituíam-se pelo uso quase abusivo de refe-rências mitológicas, foram trocadas pelas

metáforas altissonantes

d) ficavam circunscritas à musicalidade fácil dos versos, deram lugar à preocupação do

poeta pelos ritmos mais sofisticados

e) eram as citações eruditas dos clássicos antigos e modernos, Cláudio Manuel da Costa

substituiu-as pelas referências cristãs

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Questão 92

(UFPA) Seixas, personagem de Senhora, sofre no desenrolar do enredo do romance,

acentuada transformação tanto na sua maneira de ser como na sua visão do mundo. Tal

transformação, pode-se dizer, é

a) resultado da severa educação familiar que recebeu

b) conseqüência da experiência que acumulou quando freqüentava as altas rodas da

sociedade do seu tempo

c) fruto de um milagre conseguido às custas de muitas promessas de sua mãe e irmãs

d) acelerada pela pressão que a Igreja exercia na conduta do personagem

e) decorrente de um verdadeiro trabalho artístico de Aurélia, esculpindo seu marido

Questão 93

(UFPA) Atente para os versos com que Mário de Andrade termina seu poema Inspiração:

São Paulo! comoção de minha vida ...

Galicismo a berrar nos desertos da América.

Considerando que galicismo é a mesma coisa que francesismo, podemos dizer que os

versos acima transcritos

a) são apenas efeitos estilísticos, não concluem, nem complementam o tema desenvolvido

no texto

b) sugerem que o seu autor aprova e é praticante de galicismos

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c) criticam ferozmente a imitação estrangeira justificando-se, assim, o contraste entre os

termos galicismo e o verbo berrar

d) explicam o uso da palavra arlequinal no poema

e) dão a entender que o autor parece que se envergonha da sua condição de paulistano, por

isso fala em: desertos da América

Questão 94

(UFPA) Sabe-se que o enredo desenvolvido por Machado de Assis em Quincas Borba se

constitui a aplicação prática da teoria do humanitismo. Esta afirmativa se torna mais

evidente quando

a) Rubião luta com todas suas armas para ser herdeiro de Quincas Borba

b) morre o filósofo Quincas Borba, criador da teoria

c) prega que só os fortes têm o direito de sobreviver

d) Sofia corresponde à paixão de Rubião, mesmo sendo casada

e) Cristiano Palha toma várias atitudes para ajudar seu amigo Rubião

Questão 95

(UFPA) Num trecho de Poema de Max Martins encontramos a seguinte afirmativa:

Lavo as mãos

Mas tenho que pôr a gravata

E salvo a moral. Abano-me

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Relacionando a afirmativa acima com o tema desenvolvido em questão, pode-se dizer que o

texto

a) enfatiza que o ato de viver obriga o eu-lírico a renunciar aos momentos felizes da

existência

b) propõe que o passado deve ser totalmente esquecido pois, para a poesia o que importa é

o presente daí ter que pôr a gravata

c) reconhece que viver é um dom divino daí se restringe aos padrões éticos, por isso lava as

mãos

d) diz que o fazer poético é tarefa árdua e não é imune aos padrões éticos

e) prega que o amor impossível é o tema mais aconselhado para quem quer fazer poesia

Questão 96

(UFPA) O texto Tecendo a Manhã de João Cabral de Melo Netto, já nos seus primeiros

versos refere:

Um galo sozinho não tece a manhã:

Ele precisará sempre de outros galos...

Tais versos

a) remetem para a tendência ruralista nordestina que aparece na sua poesia

b) sugerem-nos que o poeta se preocupa com a utilidade prática dos animais

c) procuram despir a poesia de processos pomposos, anunciando a tendência para enfatizar

a vida comunitária, marca de seus versos

d) trazem a presença do Natal e toda sua simbologia o que é suficiente para registrar a

religiosidade de seu autor

e) sugerem o resgate que João Cabral faz da fantasia, colocando-a como ponto fundamental

do fazer poético

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Questão 97

(UFPA) Sobre Miguel, Miguel... de Haroldo Maranhão pode-se afirmar que

a) o leitor percebe os fatos e acontecimentos através de um narrador onisciente e

onipresente

b) a morte, única certeza da existência, é questionada na sua verdade intrínseca por isso o

personagem principal como que morre várias vezes

c) narra a história de duas pessoas chamadas Miguel, ressalta as vidas diferentes que

levaram e os destinos iguais que tiveram através da morte

d) conta duas fases da vida de Miguel: a da riqueza e a da pobreza

e) Miguel morre e ressuscita numa versão idêntica a do personagem bíblico Lázaro ¾ por

isso o título é duplo ( Miguel, Miguel)

Questão 98

(UFPA) Tecendo a manhã

Um galo sozinho não tece uma manhã:

ele precisará sempre de outros galos.

De um que apanhe o grito que um galo antes

e o lance a outro; e de outros galos

que com muitos outros galos se cruzem

os fios de sol de seus gritos de galo,

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para que a manhã, desde uma teia tênue,

se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,

se erguendo tenda, onde entrem todos,

se entretendendo para todos, no toldo

(a manhã) que plana livre de armação.

A manhã, toldo de um tecido tão aéreo

que, tecido, se eleva por si: luz balão.

(MELO, João Cabral de. In: Poesias Completas. Rio de Janeiro, José Olympio, 1979)

A respeito do texto Tecendo a manhã, é correto afirmar-se que

a) é um poema narrativo.

b) é possível perceber no poema uma referência ao espírito de cooperação que deve haver

entre os homens.

c) há preferência pela ênclise na colocação dos pronomes átonos.

d) o texto tem um ritmo agudo, porque predominam palavras oxítonas.

e) a palavra entretendendo é uma forma criada pelo autor através do processo morfológico

denominado justaposição.

Gabarito:

1-fvvff 2-vfffv 3-vvvvf 4-vvvvv 5-fvfvv 6-fvvvf 7-ffvvf 8-fvvvf 9-fvfvf 10-

vvvff 11-vvfff 12-ffvvv 13-fvfvf 14-fvvvf 15-ffvf- 16-c 17-a 18-b 19-e 20-d

21-d 22-a 23-e 24-c 25-e 26-b 27-d 28-c 29-e 30-e 31-e 32-a 33-a 34-a 35-b

36-c 37-d 38-c 39-b 40-d 41-c 42-c 43-a 44-a 45-c 46-b 47-b 48-c 49-e 50-b

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51-a 52-e 53-c 54-c 55-e 56-c 57-b 58-a 59-b 60-d 61-c 62-d 63-d 64-c 65-c

66-b 67-c 68-d 69-b 70-c 71-d 72-b 73-c 74-e 75-a 76-e 77-a 78-c 79-b 80-b

81-c 82-d 83-c 84-b 85-a 86-d 87-b 88-a 89-d 90-b 91-a 92-e 93-c 94-c 95-d

96-c 97-b 98-b