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UNISANTA - UNIVERCIDADE SANTA CECÍLIA GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO SEGURANÇA DO TRABALHO E HIGIENE OCUPACIONAL Professor Marcelo Ridelensky

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UNISANTA - UNIVERCIDADE SANTA CECÍLIA

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO

SEGURANÇA DO TRABALHO E

HIGIENE OCUPACIONAL Professor Marcelo Ridelensky

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AULA 01 ....................................................................................................................................... 3 SEGURANÇA DO TRABALHO ............................................................................................... 3 HIGIENE OCUPACIONAL ......................................................................................................3 HISTÓRIA DA SEGURANAÇA DO TRABALHO ................................................................ 3 AULA 02 ....................................................................................................................................... 8 NORMAS REGULAMENTADORAS ...................................................................................... 8 NR – 01 - DISPOSIÇÕES GERAIS........................................................................................... 9 NR – 04 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO ................................................................................................. 10 NR-05 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES .............................. 12 AULA 03 ..................................................................................................................................... 15 NR-09 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS ............................ 15 AULA 04 ..................................................................................................................................... 18 PCA – PROGRAMA DE CONTROLE AUDITIVO ............................................................. 18 AULA 05 ..................................................................................................................................... 26 PPR – PROGRAMA DE PREVENÇÃO RESPIRATÓRIA ................................................. 26 AULA 06 ..................................................................................................................................... 35 NR-33 – ESPAÇOS CONFINADOS........................................................................................ 35 AULA 07 ..................................................................................................................................... 42 ACIDENTE DO TRABALHO ................................................................................................. 42

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AULA 01

SEGURANÇA DO TRABALHO • Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são

adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.

• É definida por normas e leis. No Brasil a Legislação de Segurança do Trabalho compõe-

se de � Normas Regulamentadoras, � Leis complementares, como portarias e decretos, � Convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho ratificadas

pelo Brasil. HIGIENE OCUPACIONAL

• Ciência e arte devotada à previsão, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais e stress, originados do ou no local de trabalho, que podem causar doença, comprometimento da saúde e bem estar, ou significante desconforto entre trabalhadores ou membros de uma comunidade.

ACGIH - ABHO HISTÓRIA DA SEGURANAÇA DO TRABALHO A preocupação com a segurança e a saúde dos trabalhadores não é algo recente, pelo contrário, dados históricos mostram que ela existe desde o século IV a.C., Hipócrates (IV AC) fez menção a existência de moléstia entre mineiros e metalúrgicos envenenamento por chumbo. Aristóteles mais tarde cuidou do atendimento e prevenção destas doenças. Plínio e Galeno, (Roma- século I d.C), descreveu diversas moléstias do pulmão e envenenamento entre mineiros devido ao manuseio de enxofre e zinco e vapores ácidos. Plínio publicou a História Natural, primeira obra a tratar da segurança do Trabalho, Nela é recomendado o uso de máscara por parte daqueles que trabalhavam com chumbo, mercúrio e poeira” Ulrich Ellenbog (1473) , na Alemanha, escreveu sobre a doença do ourives (Mineiros de Tiro) provocadas pelos gases usados no seu trabalho; Georgius Agrícola e Paracelso (séc. XV e XVI) já investigavam doenças ocupacionais. Em 1556, Agrícola publicava o livro “De Re Metallica”, onde relaciona problemas de saúde nos trabalhadores de minas e fundições de ouro e prata. Em 1700, o médico Bernardino Ramazzini, publica na Itália o livro “De Morbis Artificum Diatriba”, obra em que descreve cinqüentas profissões distintas e as doenças a elas relacionadas Um fato importante do método científico do autor é que ele sempre perguntava aos seus pacientes : “Qual a sua ocupação ?”. Essa obra teve repercussão mundial, razão pela qual Ramazzini é considerado o pai da Medicina do Trabalho.

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Hoje, poderíamos interpretar esta pergunta da seguinte forma: “Digas qual o seu trabalho, que direi os riscos que estás sujeito”. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL No século XVIII, surge na Inglaterra a Revolução Industrial, um movimento que iria mudar toda a concepção em relação aos trabalhos realizados, e aos acidentes e doenças profissionais que deles advinham. CARACTERÍSTICAS DESTA REVOLUÇÃO As operações de industrialização tornam-se simplificadas com a maquinaria introduzida na produção, porém:

• As tarefas a serem executadas pelo trabalhador eram repetitivas, o que levaram a um crescente número de acidente;

• Não havia critério para o recrutamento de mão-de-obra;

• Como a produção estava em primeiro lugar, não havia limites de horas de trabalho,

sendo utilizados bicos de gás para o trabalho noturno;

• Ruídos provocados pelas maquinas precárias;

• Altas temperaturas, devido à falta de ventilação, iluminação deficiente, etc.

• Fatores esses,que contribuíam para o elevado número de acidentes, pois, até as ordens de trabalho na produção não eram escutadas pelos trabalhadores, devido ao elevado nível de ruído

MUDANÇAS DURANTE A REVOLUÇÃO Em 1802, foi aprovada a primeira leite de proteção aos trabalhadores: “lei de saúde e moral dos aprendizes”, que estabeleceu:

• Limite de 12 horas de trabalho diários;

• Proibição do trabalho noturno;

• Obrigava os empregados a lavar as paredes das fábricas duas vezes por ano, ventilação obrigatória das fábricas.

Essas medidas foram ineficazes no que diz respeito à redução no número de acidentes de trabalho. A cidade de Manchester, na Inglaterra, parecia Ter saído de uma guerra, devido ao grande número de aleijados, que estavam desempregados e desesperados perambulando pelas ruas. Em 1831, instalou-se uma comissão para analisar a situação dos trabalhadores, onde concluiu-se um relatório descrevendo que homens e mulheres, meninos e meninas, encontravam-se doentes, deformados, abandonados, uma mostra da crueldade do homem para

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com o homem. O impacto desse relatório sobre a opinião pública foi tão grande que surgiu, em 1833, a primeira legislação eficiente para a proteção do trabalhador, o “Factory Act” O Factory Act era aplicada em todas as fábricas têxteis, onde:

• Proibia o trabalho noturno aos menores de dezoito anos;

• Restrição do horário de trabalho para 12 horas diárias e 96 horas por semana;

• Obrigatoriedade de escolas nas fábricas para os menores de 13 anos;

• Idade mínima de trabalho passou a ser 9 anos;

• Obrigatória a presença de um médico nas fábricas.

Nos Estados Unidos da América, onde a industrialização desenvolveu-se mais tarde, surge no estado de Massachusets, o primeiro ato governamental visando a prevenção de acidentes na indústria. Trata-se da lei emitida em 11/05/1877, a qual exigia:

• A utilização de protetores sobre correias de transmissão, guardas sobre eixos e engrenagens expostos ;

• Proibição da limpeza de máquinas em movimento;

• Número suficiente de saídas de emergência, para que,em caso de algum sinistro,

ambientes de trabalho fossem evacuados rapidamente. Obviamente, essas medidas não solucionaram, apenas amenizaram alguns dos problemas a que os trabalhadores eram submetido Pensamento nos EUA (1900) O seguinte comentário é típico de como a maioria do pessoal da indústria se sentia em relação a acidentes, por volta de 1900. “Prevenir Acidentes? Duvido muito! Sou superintendente desta fábrica há mais de 15 anos, e uma coisa eu sei: 95% dos acidentes são resultados de descuidos. Não se pode impedir esse tipo de coisa. Alguns homens estão fadados a ser mortos, não importa o que se procure fazer por eles. Faz parte da natureza humana, creio eu. Não, acho que fazemos tudo o que é possível. Mas no nosso tipo de trabalho haverá sempre uma porção de acidentes”. Treinamento de segurança no trabalho “Mantenha seus olhos e ouvidos abertos se não quiser morrer. Observe e faça o que Harry faz”. O Levantamento de Pittsburgh – Os Fatos da Morte

• Qual a gravidade do problema de acidentes industriais nos idos de 1900? -Quantos empregados morriam ou ficavam aleijados a cada ano?

• Ninguém sabia, na época. Nenhuma agência coletava estatísticas para mostrar a

gravidade do problema de acidentes.

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Levantamento

• Investigação patrocinada pela Fundação Russell Sage. • Pesquisadores estudaram a gravidade do problema de acidentes e avaliar a necessidade

de leis estaduais. • Durou um ano, de julho de 1906 a junho de 1907. • Visitaram usinas, minas de carvão, pátios de estradas de ferro e fábricas no Condado de

Allegheny, Pensylvania

• As descobertas do Levantamento de Pittsburgh foi denominado “O Calendário da Morte do Condado de Allegheny”

• . O calendário mostra quantas pessoas morriam a cada dia devido a acidentes industriais

no Condado de Allegheny. Cada cruz representava uma morte por acidente.

• Podia-se observar que poucos eram os dias, no calendário, que não estavam assinalados ao menos por uma cruz, e que a maioria dos dias mostrava dois, três ou até mais casos fatais. Durante o período estudado de doze meses, ocorreram 526 mortes por acidentes industriais no Condado de Allegheny

“Anualmente, o Distrito Pittsburgh retira de seus trabalhos,

• 45 homens com uma só perna;

• 100 aleijados irrecuperáveis que precisam andar com auxílio de muletas ou bengalas;

• 45 homens com braços torcidos e inúteis;

• 30 homens sem um braço;

• 20 homens com apenas uma das mãos;

• 60 com perda de metade da mão;

• 70 com um só olho – e assim por diante, mais de 500 seres humanos fisicamente arruinados”.

No entanto, o aparecimento, no início do século passado, da legislação sobre indenização em casos de acidente do trabalho, levou os empregadores a estabelecerem os primeiros serviços de saúde ocupacional naquele país, com o objetivo básico de reduzir o custo das indenizações. Em 1919, é fundada em Genebra, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), tendo como objetivo estudar, desenvolver, difundir e recomendar formas de relações de trabalho, sendo o Brasil um dos seus fundadores e signatários

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HISTÓRIA DA SEGURANÇA NO BRASIL No começo deste século, naqueles estados onde se iniciava a industrialização - São Paulo e Rio de Janeiro W. Dean, em seu livro “A industrialização de São Paulo 1881 - 1945” afirmava que as condições de trabalho eram duríssimas: muitas estruturas que abrigavam as máquinas não haviam sido originalmente destinadas a essa finalidade - além de mal iluminadas e mal ventiladas, não dispunham de instalações sanitárias. As máquinas se amontoavam, ao lado umas das outras, e suas correias e engrenagens giravam sem proteção alguma. Os acidentes eram freqüentes, porque os trabalhadores, cansados, que trabalhavam aos domingos, eram multados por indolência ou pelos erros cometidos, se fossem adultos, ou separados, se fossem crianças. 1943 - Criação da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT 1944 - Oficialmente instituída a criação da CIPA - Comissão Interna Para Prevenção de Acidentes, no Brasil 1949 - Criada a primeira CIPA, na área portuária, na Companhia Docas de Santos. 1972 - Plano de Valorização do Trabalhador, que torna obrigatória além dos serviços médicos, os serviços de higiene e segurança em todas as empresas onde trabalham 100 ou mais pessoas. Nos dias de hoje, leva-se em consideração não só o número de empregados da empresa, mas também o grau de risco da mesma. Em 1972, foi criado o PNVT - Plano Nacional de Valorização do Trabalhador, em função da situação alarmante do número de acidentes registrados no país. A legislação em vigor foi publicada em 22 de dezembro de 1977 e recebeu o número 6514. Ela altera o capitulo V, do titulo II, da Consolidação das Leis do Trabalho. Decorrentes dessa Lei EM 1978, foram baixadas 28 Normas (Normas Regulamentadoras), Portaria 3214, de 8 de junho de 1978, pelo então Ministro Arnaldo Prieto. QUAL O GANHO/VANTAGEM DE UMA EMPRESA EM INVESTIR N A SEGURANÇA DO TRABALHO Valor da marca e êxito no negocio Confiança dos investidores Redução dos custos associados a acidentes e doenças Custos de Indenizações Produtividade Vantagens de uma boa SST Motivação e Compromisso dos trabalhadores Responsabilidade Social da Empresa Conquistar e conservar clientes na empresa

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AULA 02 NORMAS REGULAMENTADORAS Publicação - Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78 Norma Regulamentadora Nº 01- Disposições Gerais

Norma Regulamentadora Nº 02 - Inspeção Prévia

Norma Regulamentadora Nº 03 - Embargo ou Interdição

Norma Regulamentadora Nº 04 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

Norma Regulamentadora Nº 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

Norma Regulamentadora Nº 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI

Norma Regulamentadora Nº 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional

Norma Regulamentadora Nº 08 - Edificações

Norma Regulamentadora Nº 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais

Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade

Norma Regulamentadora Nº 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

Norma Regulamentadora Nº 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

Norma Regulamentadora Nº 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão

Norma Regulamentadora Nº 14 - Fornos

Norma Regulamentadora Nº 15 - Atividades e Operações Insalubres

Norma Regulamentadora Nº 16 - Atividades e Operações Perigosas

Norma Regulamentadora Nº 17 - Ergonomia

Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

Norma Regulamentadora Nº 19 - Explosivos

Norma Regulamentadora Nº 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis.

Norma Regulamentadora Nº 21 - Trabalho a Céu Aberto

Norma Regulamentadora Nº 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração

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Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção Contra Incêndios

Norma Regulamentadora Nº 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

Norma Regulamentadora Nº 25 - Resíduos Industriais

Norma Regulamentadora Nº 26 - Sinalização de Segurança

Norma Regulamentadora Nº 27 - Revogada pela Portaria GM n.º 262, 29/05/2008 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB

Norma Regulamentadora Nº 28 - Fiscalização e Penalidades

Norma Regulamentadora Nº 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

Norma Regulamentadora Nº 30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário

Norma Regulamentadora Nº 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura

Norma Regulamentadora Nº 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde

Norma Regulamentadora Nº 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados

Norma Regulamentadora Nº 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval.

Norma Regulamentadora Nº 35 - Trabalho em Altura.

NR – 01 - DISPOSIÇÕES GERAIS • 1.1 As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho,

são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.

• 1.1.1 As disposições contidas nas Normas Regulamentadoras – NR aplicam-se, no que

couber, aos trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos representativos das respectivas categorias profissionais.

1.7 Cabe ao empregador: a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho; b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos empregados por comunicados,cartazes ou meios eletrônicos; 1.7 Cabe ao empregador: c) informar aos trabalhadores:

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I.Os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; II. os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa; III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. 1.7 Cabe ao empregador: d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho; e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou Doença relacionada ao trabalho. 1.8 Cabe ao empregado: a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; b) usar o EPI fornecido pelo empregador; c) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras NR; d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras - NR; 1.8.1 Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento do disposto no item anterior. 1.9 O não-cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente. NR – 04 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO É exigido por lei. A Segurança do Trabalho faz com que a empresa se organize, aumentando a produtividade e a qualidade dos produtos, melhorando as relações humanas no trabalho. 4.1. As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão,obrigatoriamente , Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. 4.2. - O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento, constantes dos Quadros I e II anexos, observadas as exceções previstas nesta NR.

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CAMPO DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SEGURANÇA

• O profissional de Segurança do Trabalho tem uma área de atuação bastante ampla. Ele atua em todas as esferas da sociedade onde houver trabalhadores. Em geral ele atua em fábricas de alimentos, construção civil, hospitais, empresas comerciais e industriais, grandes empresas estatais, mineradoras e de extração. Também pode atuar na área rural em empresas agro-industriais.

Os SESMT devem sempre contar com o apoio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), procurando constantemente alertar para os riscos de acidentes e doenças do trabalho, em qualquer local da instituição, comunicando ao gestor da área qualquer ocorrência de prática ou condição de risco. Uma CIPA bem orientada será sempre um tentáculo de segurança, um agente multiplicador de boas práticas de trabalho e de convívio social e humano. Cabe aos SESMT e, em sua ausência, ás CIPAS, outras responsabilidades pertinentes á prevenção: -Investigar e analisar acidentes recomendado medidas preventivas e corretivas para evitá-los; -Apoiar os gestores, como consultores na área de segurança do trabalho e em atividades que envolvam mudança nos riscos; -Coordenar e treinar a equipe de Brigada Contra Incêndio, bem como a população envolvida em situações de incêndio; -Auxiliar a CIPA na elaboração do Mapa de Riscos Ambiental; -Definir o EPI - Equipamentos de Proteção Individual para uso em diversas atividades; -Auxiliar no desenvolvimento de programas de proteção ao meio ambiente, entre outras atividades de apoio conforme a Portaria n.3.214/78. INTEGRAÇÃO ENTRE AS ÁREAS DE SMS É importante haver uma estreita relação entre os profissionais das áreas de saúde, meio ambiente e de segurança do trabalho. Objetivando manter a saúde e a integridade do trabalhador

- Planos de atendimento ao acidentado (Protocolos). - Planos de emergência - Analise dos acidentes/riscos

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- Campanhas de conscientização. - DSMS –Dialogo Semanal de Meio Ambiente e Saúde. - PPRA e PCMSO ( Resultados )

NR-05 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES REGULAMENTAÇÃO: Criada pelo Decreto-Lei 5.432, de 01/05/1943. ATUALMENTE EM VIGOR: NR-5 - Portaria 3.214/78, alterada pelas Portarias 33/83, 25/94 e 08/99. CIPA – Objetivos: Observar e relatar condições de risco existentes no ambiente de trabalho; • Solicitar medidas com o objetivo de reduzir ou eliminar os riscos; • Discutir as causas dos acidentes ocorridos; • Solicitar medidas acidentes; • Orientar os demais trabalhadores, quanto as medidas de prevenção; • Fornecer apoio logístico ao SESMT. ORGANIZAÇÃO DA CIPA: Devem organizar a CIPA as empresas Privadas, Públicas, Sociedades de Economia Mista,Órgãos da Administração Direta e Indireta, Instituições Beneficentes, Associações Recreativas, Cooperativas e outras instituições que admitam trabalhadores como empregados. A CIPA deve sempre contar com o apoio do SESMT que alerta para os riscos de acidentes e doenças do trabalho, em qualquer local da instituição, comunicando ao gestor da área qualquer ocorrência de prática ou condição de risco. Uma CIPA bem orientada será sempre um tentáculo de segurança, um agente multiplicador de boas práticas de trabalho e de convívio social e humano.

COMPOSIÇÃO (Representantes)

SECRETÁRIO

EMPREGADOR TRABALHADORES

INDICAÇÃO ELEIÇÃO

Presidente Membros Suplentes

Vice- Presidente Membros Suplentes

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MAPA DE RISCOS Representação pictórica das instalações analisadas, com o objetivo de mostrar de forma clara a natureza e a intensidade dos riscos inerentes a aquele setor de trabalho. Objetivos

a) reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa;

b) possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular a sua participação nas atividades de prevenção.

Providências

� LEVANTAMENTO DOS RISCOS � ELABORAR O MAPA � AFIXAR O MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS PARA CONHECIMENTO DOS

TRABALHADORES � PROPOR MEDIDAS CORRETIVAS Quem elabora? � CIPA (*) � TRABALHADORES de todos os setores do estabelecimento (*) (*) Com colaboração do SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho IMPORTANTE Imprescindível a participação dos TRABALHADORES devido ao: • CONHECIMENTO DA ÁREA • ENVOLVIMENTO COM OS RISCOS

O significado

PEQUENO MÉDIO GRANDE

CÍRCULO = GRAU DE INTENSIDADE

COR = TIPO DO RISCO

• VERDE Físicos

• VERMELHO Químicos

• MARROM Biológicos

• AMARELO Ergonômicos

• AZUL De Acidentes

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RISCOS AMBIENTAIS RISCOS FÍSICOS RISCOS QUÍMICOS RISCOS BIOLÓGICOS RISCOS ERGONÔMICOS RISCOS DE ACIDENTES RISCOS FÍSICOS

• Ruído • Vibrações • Calor • Radiação não-ionizante • Umidade • Pressões anormais

RISCOS QUÍMICOS • Poeiras • Fumos Metálicos • Névoas, Neblinas, Gases e Vapores • Substâncias, compostos ou produtos químicos em geral

RISCOS BIOLÓGICOS • Vírus • Bactérias/Bacilos • Protozoários • Fungos

RISCOS ERGONÔMICOS • Esforço físico intenso • Levantamento e transporte manual de peso • exigência de postura inadequada • Controle rígido de produtividade • Imposição de ritmos excessivos • Trabalho em turno ou noturno • Jornada prolongada de trabalho • Monotonia e repetitividade • Outras situações causadoras de “stress” físico e/ou psíquico

RISCOS DE ACIDENTES • Arranjo físico inadequado • Máquinas e equipamentos sem proteção • Ferramentas inadequadas ou defeituosas • Iluminação inadequada • Eletricidade • Probabilidade de incêndio ou explosão • Armazenamento inadequado • Animais peçonhentos • Outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes

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AULA 03

HIGIENE OCUPACIONAL PROGRAMAS: NORMA REGULAMENTADORA 15 - ATIVIDADES E OPARAÇÕES INSALUBRES NORMA REGULAMENTADORA 07 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL NORMA REGULAMENTADORA 09 - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS Ferramentas de Apoio • Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA; • Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO •Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA;

•Mapas de Riscos.

PPRA base legal

NR-09 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS PROGRAMA ANUAL VISANDO A PRESERVAÇÃO DA INTEGRIDADE FISICA DOS TRABALHADORES NO SEU ESPAÇO LABORAL OBJETIVO A PREVENÇÃO DA SAÚDE E A INTEGRIDADE FÍSICA DOS TRABALHADORES , ATRAVÉS DO DESENVOLVIMENTO DE SUAS ETAPAS E CONSEGUÊNTE CONTROLE DOS RISCOS AMBIENTAIS EXISTENTES OU QUE VENHAM A EXISTIR . FORNECER ELEMENTOS DE SUPORTE PARA A ELABORAÇÃO DO PCMSO E DO(S) MAPA(S) DE RISCOS; ETAPAS ANTECIPAÇÃO; RECONHECIMENTO; AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS AMBIENTAIS EXISTENTES NOS LOCAIS DE TRABALHO.

SENTIMENTO DOSTRABALHADORES

NR - 5 - MAPA DE RISCOEXECUÇÃO:

CIPA

AVALIAÇÃO COMINSTRUMENTOS

NR-9 - P.P.R.A.EXECUÇÃO:

SESMT

CONTROLEBIOLÓGICO

NR-7 - PCMSOEXECUÇÃO:

SERVIÇO MÉDICO

PORTARIA 3214/78 DO MINISTÉRIO DO TRABALHO

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ANTECIPAÇÃO É A IDENTIFICAÇÃO DE UM RISCO EM UM LOCAL OU ATIVIDADE AINDA NA FASE DE PROJETO, VISANDO A INTRODUÇÃO ANTE-CIPADA DE MEDIDAS DE CONTROLE PREVISÃO DE RISCOS (e antecipação de ações) RECONHECIMENTO É A IDENTIFICAÇÃO DE UM RISCO JÁ EXISTENTE EM UM LOCAL OU ATIVIDADE. AVALIAÇÃO É A MEDIDA DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL SEGUIDA DE COMPARAÇÃO COM UM PA-DRÃO ADEQUADO – LEO CONTROLE CONJUNTO DE PROCEDIMENTOS DESTI-NADOS A ELIMINAR A EXPOSIÇÃO OCU-PACIONAL OU REDUZI-LA A UM NÍVEL ACEITÁVEL RISCOS AMBIENTAIS NO PPRA PARA EFEITO DA NR – 9, ITEM 9.1.5, QUE TRATA DO PPRA, SÃO CONSIDERADOS RISCOS AMBIENTAIS OS AGENTES FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS QUE, EM FUNÇÃO DE SUA NATUREZA, CONCENTRAÇÃO OU INTENSIDADE E TEMPO DE EXPOSIÇÃO, FOREM CAPAZES DE CAUSAR DANO A SAÚDE DO TRABALHADOR. AGENTES FÍSICOS SÃO AS DIVERSAS FORMAS DE ENERGIA A QUE POSSAM ESTAR EXPOSTOS OS TRABALHADORES. DEVEM SER CONSIDERADOS DURANTE AS AVALIAÇÕES, OS AGENTES FÍSICOS QUE SE APRESENTAM NAS SEGUINTES FORMAS DE ENERGIA: RUÍDO; VIBRAÇÃO; PRESSÕES ANORMAIS; TEMPERATURAS EXTREMAS; RADIAÇÕES IONIZANTES; RADIAÇÃO NÃO IONIZANTES; INFRA-SOM E ULTRA-SOM. AGENTES QUÍMICOS SÃO SUBSTÂNCIAS, COMPOSTAS OU PRODUTOS QUE POSSAM PENETRAR NO ORGANISMO PELA VIA RESPIRATÓRIA, OU PELA NATUREZA DA ATIVIDADE DE EXPOSIÇÃO POSSAM TER CONTATO ATRAVÉS DA PELE OU SEREM ABSORVIDOS PELO ORGANISMO POR INGESTÃO, CONFORME ABAIXO: POEIRAS, FUMOS, NÉVOAS, NEBLINA, GASES E VAPORES.

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AGENTES BIOLÓGICOS SE APRESENTAM NAS FORMAS DE MICROORGANISMOS E PARASITAS INFECCIOSOS VIVOS E SUAS TOXINAS, TAIS COMO: BACTÉRIAS; FUNGOS; BACILOS; PARASITAS; PROTOZOÁRIOS E VÍRUS, ENTRE OUTROS. ATENÇÃO O PPRA(1º) NÃO DEVE SER CONFUNDIDO COM O MAPA DE RISCO(2º), JÁ QUE O PRIMEIRO É UM PROGRAMA DE HIGIENE OCUPACIONAL E O SEGUNDO UM ESTUDO QUALITATIVO REALIZADO PELO PRÓPRIO TRABALHADOR, ATRAVÉS DA CIPA , LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO TAMBÉM , OS RISCOS ERGONOMICOS E OS RISCOS DE ACIDENTES. ATENÇÃO – RESUMO

O PPRA CONSIDERA OS RISCOS: FÍSICOS, QUÍMICOS BIOLÓGICOS.

O MAPA DE RISCOS CONSIDERA OS RISCOS: FÍSICOS QUÍMICOS BILÓGICOS ERGONÔMICOS DE ACIDENTES.

NR-07 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPAC IONAL PCMSO – O que é ? Um conjunto de ações de natureza médica realizadas em caráter anual. Visa a realização de rastreamento, prevenção e diagnóstico precoce dos agravos de saúde relacionados ao trabalho. OBJETIVOS •Objetiva rastrear, prevenir e diagnosticar precocemente os agravos de saúde relacionados ao trabalho; •Fornecer elementos adicionais para a elaboração do(s) Mapa(s) de Riscos. EXEMPLOS OBRIGATÓRIOS Periódico Admissional De mudança de função Retorno ao Trabalho Demissional

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A NR-09 Ainda define: Medico coordenador ASO- Atestado de saúde ocupacional para cada exame médico realizado Manter registro por 20 anos dos documentos Realizar relatório anual (exames médicos avaliações clínicas, exames complementares, estatísticas, planejamentos) Prestar de primeiros socorros Os anexos sugerindo exames complementares de indicadores biológicos e físicos e orientações para elaboração do relatório anual

AULA 04 PCA – PROGRAMA DE CONTROLE AUDITIVO ASPECTOS LEGAIS Ministério Do Trabalho e Emprego NR - 6 - Vida útil:Cabe ao empregador quanto ao EPI NR - 7 - Portaria n.° 19, de 9 de Abril de 1998 NR - 9 - Norma Regulamentadora No. 9 da SSMTb NR - 15 – Anexos I e II Limites de Tolerância NHO – 01 - Normas de Higiene Ocupacional da Fundacentro: Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído O RUÍDO E A QUALIDADE DO AMBIENTE O SOM O som é uma vibração que se propaga pelo ar em forma de ondas e que é percebida pelo ouvido humano. É uma sensação agradável,em nível suportável e que não irrita. Ele pode ser mais ou menos perigoso dependendo da sua freqüência e intensidade. RUÍDO O ruído é um som prejudicial à saúde humana que causa sensação desagradável e irritante. Além disso, o grau de risco também depende de outros fatores como tempo de exposição. CLASSIFICAÇÃO DE RUÍDO RUÍDO CONTÍNUO: é o que permanece estável com variações máximas de 3 a 5 dB(A) durante um longo período. RUÍDO INTERMITENTE: é um ruído com variações, maiores ou menores de intensidade em períodos muito curtos RUÍDO IMPACTO: apresenta picos com duração menor de 1 segundo, a intervalos superiores a 1 segundo. FREQUÊNCIA A freqüência medida em Hertz (Hz), é a quantidade de ondas de um som propagado no tempo de 1 segundo. Os sons de baixa freqüência são chamados de graves e os de alta freqüência de agudo.

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INTENSIDADE Podemos entender a intensidade como o volume do som ou ruído, cuja unidade é o decibel (dB). É caracterizada por som forte ou fraco. VELOCIDADE ( m/s ) No ar é de 340 metros por segundo PROPAGAÇÃO O som se propaga no ar,no líquido e no sólido PROPAGAÇÃO DO SOM FONTE SONORA

FAIXA AUDIVEL E O DECIBEL (dB) O alcance da audição humana se estende de aproximadamente 20 Hz até 20.000 Hz de frequência e de aproximadamente 0 dB até 120 dB de intensidade, para um ouvido jovem e saudável. FATORES QUE INFLUENCIAM -TEMPO DE EXPOSIÇÃO -NATUREZA DO RISCO (Ruído) -INTENSIDADE -SENSIBILIDADE INDIVIDUAL

TRANSMITIDA

ABSORVIDA

INCIDENTE

REFLETIDA

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FATORES QUE INFLUENCIAM 1 - Tempo de Exposição: Quanto maior o tempo de exposição ao ruído, maior a possibilidade de desenvolvimento de problemas auditivos. 2 – Distância da Fonte Geradora: Quanto mais próximo estivermos do ruído, maior a probabilidade de causarmos traumas acústicos 3 – Intensidade: Quanto maior a intensidade, maior o risco 4 – Suscetibilidade Individual: Cada indivíduo possui uma sensibilidade diferente do outro no que se refere à audição. LIMITES DE TOLERÂNCIA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENT E

MEDIÇÕES E AVALIAÇOES DE RUÍDO

• Pontual • Dosimetria •

MEDIDAS DE CONTROLE DO RUÍDO Na Fonte: Ex: Modificações ou substituições de máquinas e equipamentos, manutenção preventiva e corretiva, isolamentos entre superfície que vibram, etc.

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Na Transmissão (Trajetória) – Administrativas Ex: Alteração das posições relativas entre o trabalhador e a fonte, no ambiente e posto de trabalho, alteração das características acústicas do ambiente de trabalho pela introdução de materiais absorventes Na Exposição Ex: Controle no pessoal, diminuindo o tempo de exposição ou utilizando protetores auriculares. CONSEQUÊNCIAS DO RUÍDO PARA A SAÚDE DO TRABALHADOR -SURDEZ TEMPORÁRIA. -REDUÇÃO DA CAPACIDADE AUDITIVA. -SURDEZ PERMANENTE. -NERVOSISMO / IRRITABILIDADE. ·-AUMENTO DA PRESSÃO SANGÜÍNEA, -CONTRAÇÕES MUSCULARES. -ARTRITES / ÚLCERAS. -FADIGA EXCESSIVA. -ALTERAÇÕES MENSTRUAIS. -IMPOTÊNCIA SEXUAL -ESTRESSE. -MORTE ( POR INFARTO ). -DISTÚRBIOS PSICOLÓGICOS. -DIFICULDADES DE CONVIVÊNCIA EM GRUPO. -DESESTRUTURAÇÃO DA FAMÍLIA. -PREDISPOSIÇÃO AOS ACIDENTES DE TRABALHO ( FATOR PESSOAL ). RUÍDO EM EXCESSO AUMENTARIA RISCOS DE INFARTO BONN - O barulho em excesso pode aumentar o risco de infarto . De acordo com um estudo realizado pelo Departamento Federal de Saúde da Alemanha (BGA), ruídos entre 55 e 75 decibéis, como os registrados em ruas movimentadas, aumentam em 10%, o risco de morte repentina por infarto. Em pessoas que vivem em ambientes barulhentos, as chances de ter infarto SÃO 20% MAIORES. Cerca de 2% das mortes repentinas tem como única causa o excesso de ruído. ASPECTOS LEGAIS Ministério do Trabalho e Emprego: NR-9 Ideia Principal 9.3.5.4. Quando comprovado pelo empregador ou instituição, a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas obedecendo-se à seguinte hierarquia: A) Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; B) Utilização de equipamento de proteção individual - EPI Seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário;

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OS QUATRO (4) CAMINHOS DO RUÍDO COM O USO DO PROTETOR AURICULAR 1 - CONDUÇÃO POR OSSO / TECIDO HUMANO 2 - VIBRAÇÃO DO PROTETOR 3 - TRANSMISSÃO ATRAVÉS DO PROTETOR 4 - TRANSMISSÃO PELO AR TIPOS DE PROTETORES AUDITIVOS “Uma vez que existem muitos tipos diferentes de protetores, que podem ser utilizados em diversos ambientes de trabalho, é desejável que se escolha o protetor auditivo mais adequado para cada caso” (Livro: Protetores Auditivos – Samir Gerges) PROTETORES AUDITIVOS DE INSERÇÃO PRÉ-MOLDADOS São aqueles cujo formato é definido, por exemplo, três flanges ou protetores não-roletáveis. Podem ser de diferentes materiais: borracha, silicone, PVC. VATAGENS DOS PROTETORES AUDITIVOS DE INSERÇÃO PRÉ-M OLDADOS Diversos modelos;

� Compatíveis com outros equipamentos; � Reutilizáveis ou descartáveis; � Pequenos e facilmente transportados e guardados; � Relativamente confortáveis em ambiente quente; � Não restringem movimentos em áreas muito pequenas; � Podem ser utilizados por pessoas com cabelos longos, barba e cicatrizes, sem

interferência na vedação.

DESVANTAGENS DOS PROTETORES AUDITIVOS PRÉ MOLDADOS � Menor durabilidade; � Fáceis de perder; � Necessidade de treinamento específico; � Bons níveis de atenuação dependem da boa colocação; � Só pode ser utilizado em canais auditivos saudáveis; � Movimentos (fala, mastigação) podem deslocar o protetor, prejudicando a atenuação.

PROTETORES AUDITIVOS DE INSERÇÃO MOLDÁVEIS

Feitos em espuma moldável, com superfície lisa que evita irritações no conduto auditivo. Contornam-se ao canal auditivo do usuário, independentemente do tamanho ou formato do canal.

VATAGENS DOS PROTETORES AUDITIVOS MOLDÁVEIS

� De espuma macia, não machucam o ouvido; � Podem ser utilizados por pessoas com cabelos longos, barba e cicatrizes, sem

interferência na vedação;

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� Quando colocados corretamente, proporcionam excelente vedação; � Se ajustam bem a todos os tamanhos de canais auditivos; � Descartáveis e de baixo custo; � Pequenos e facilmente transportados e guardados; � Relativamente confortáveis em ambiente quente; � Não restringem movimentos em áreas muito pequenas; � Compatíveis com outros equipamentos como capacetes, óculos, respiradores, etc.

AS DESVANTAGENS DOS PROTETORES AUDITIVOS MOLDÁVEIS

� Movimentos (fala e mastigação) podem deslocar o protetor, prejudicando a atenuação; � Necessidade de treinamento específico para colocação; � Bons níveis de atenuação dependem da boa colocação; � Não é recomendado o manuseio se o usuário estiver com as mãos sujas; � Só podem ser utilizados em canais auditivos saudáveis; � Fáceis de perder.

PROTETORES AUDITIVOS TIPO CONCHA Formado por um arco plástico ligado a duas conchas plásticas revestidas internamente por espuma, que ficam sobre as orelhas. Possuem as almofadas externas para ajuste confortável da concha ao rosto do usuário, ao redor da orelha. Podem ser do tipo “acopláveis à capacetes”, não apresentando, neste caso, a haste de interligação das conchas.

VANTAGENS DOS PROTETORES AUDITIVOS TIPO CONCHA

� Único tamanho, serve para todos os tamanhos de cabeça; � Utilização simples / Colocação rápida; � Pode ser utilizado mesmo por pessoas com infecções mínimas no canal auditivo; � Atenuação uniforme nas duas conchas; � Partes substituíveis: possuem várias peças de reposição; � Higiênicos – podem ser utilizados em canais auditivos doentes, desde que permitido pelo

médico responsável. DESVANTAGENS DOS PROTETORES AUDITIVOS TIPO CONCHA

� Desconforto em áreas quentes; � Pode restringir movimentos da cabeça; � Dificuldade em carregar e guardar devido ao seu tamanho; � Pode interferir com outros equipamentos de proteção como óculos, capacetes, etc; � Pressão dasconchas pode ser desconfortável para 8 horas de jornada de trabalho; � Cabelos longos, barba, uso de óculos, cavidades profundas na região entre o maxilar e o

pescoço em muito prejudicarão a atenuação.

ATENUAÇÃO DOS PROTETORES AUDITIVOS NRR - A norma para obtenção deste indicie é a ANSI S13.9-1974 e S12.6 1984 e/ou ISO 4869-3. Resumidamente, testa-se protetores auditivos em ouvintes bem treinados com ajuda do executor do ensaio para obter uma colocação perfeita, no entanto, com o passar dos tempos, verificou-se que os valores obtidos eram bem divergentes do mundo real. “NRR-Nível de Redução de Ruído".

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Hoje, para quem usar o NRR como referência a NIOSH e a OSHA sugerem o uso de fatores de correção para tentar obter valores mais próximos dos valores encontrados ATENUAÇÃO DOS PROTETORES AUDITIVOS NRRsf - O NRRsf, nasceu para oferecer valores plausíveis com o do mundo real. “NRR-Nível de Redução de Ruído com colocação subjetiva". Sua metodologia, baseia-se na norma ANSI S12.6 - 1997 (B), que convencionou-se usar ouvintes não experientes, sem treino e sem ajuda pelo executor do ensaio para colocação do protetor auditivo, por isso o SF, que é a abreviação de Colocação Subjetiva (do inglês, Subject Fit). USO DE DUPLA PROTEÇÃO Em ambientes com níveis de pressão sonora elevados deverá ser utilizada dupla proteção (protetor de inserção e circum-auricular). De acordo com o alguns padrões de empresas definido pela HIGIENE OCUPACIONAL” usam como metodologias distintas para Implantação e Cálculo de Dupla Proteção Auditiva, quando não houver um valor único combinado (NRR ou NRRsf) para o par, o procedimento deve tomar o maior valor do NRR ou NRRsf, entre os dois protetores e adicionar 5 ao maior valor, trazendo assim uma atenuação maior. Exemplo: Protetor circum-auricular, NRRsf = 24 e Protetor de Inserção NRRsf = 16. Valor a ser utilizado: 24 + 5 = 29.

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DOSE DE RUÍDO

EFEITOS ACUMULATIVOS DO RU ÍÍÍÍDO

EXEMPLO : TORRISTA/JORNADA 12 H.

- 1 H. NO HELICÓÓÓÓPTERO A 95 dB (A) - L.T = 2 HORAS - 4 H. NA DESC./REVESTIMENTO A 92 dB (A) - L.T = 3 HORAS - 2 H. NA SALA DE BOMBAS A 98 dB (A) - L.T = 75 MIN. - 5 H. EM SERV. DIV. A 85 dB (A) - L.T = 8 HORAS

FÓÓÓÓRMULA PARA C ÁÁÁÁLCULO DE DOSE DE RU ÍÍÍÍDO DOSE = C1 + C2 + C3 + .... Cn - minutos

T1 T2 T3 Tn - minu tos

Cn = TEMPO/EXPOSIÇÇÇÇÃÃÃÃO AO NÍÍÍÍVEL DE RUÍÍÍÍDO ESPECÍÍÍÍFICO.

Tn = TEMPO/MÁÁÁÁXIMA EXPOSIÇÇÇÇÃÃÃÃO DIÁÁÁÁRIA PERMISSÍÍÍÍVEL AO

NÍÍÍÍVEL/RUÍÍÍÍDO ESPECÍÍÍÍFICO.

Se o valor da dose for menor ou igual a unidade (1), ou 100%, a exposição é admissível. Se o valor da dose for maior que 1 ou 100%, a exposição ultrapassou o limite, não sendo admissível. Exposição inaceitável denota risco potencial de surdez ocupacional e exige medidas de controle.

APLICA ÇÇÇÇÃÃÃÃO DA FÓÓÓÓRMULA AO EXEMPLO :

DOSE = C1 + C2 + C3 + ....Cn 400% T1 T2 T3 Tn DOSE = 60 + 240 + 120 + 300 > 120 180 75 480 DOSE = 0,5 + 1,3 + 1,6 + 0,6 > 50% 130% 160% 60%

DOSE = 4,0 (EXPOSIÇÇÇÇÃÃÃÃO EXCESSIVA) 400%

Dose, éééé quando ela éééé = 1, dizemos que a dose foi de 100%.

DOSES ACIMA DE 1,0 = 100 % SÃÃÃÃO CONSIDERADAS ACIMA DO

LIMITE DE TOLERÂÂÂÂNCIA LEGAL.

Tn C

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AULA 05 PPR – PROGRAMA DE PREVENÇÃO RESPIRATÓRIA ASPECTOS LEGAIS Ministério Do Trabalho e Emprego NR - 6 - Vida útil:Cabe ao empregador quanto ao EPI NR - 7 - Portaria n.° 19, de 9 de Abril de 1998 NR - 9 - Norma Regulamentadora No. 9 da SSMTb NR - 15 – Anexos I e II Limites de Tolerância INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1, DE 11 DE ABRIL DE 1994 – Regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória LEGISLAÇÃO MINISTÉRIO DO TRABALHO - SECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1, DE 11 DE ABRIL DE 1994 Art. 1º - O empregador deverá adotar um conjunto de medidas com a finalidade de adequar a utilização dos equipamentos de proteção respiratória - EPR, quando necessário para complementar as medidas de proteção coletiva implementadas, ou enquanto as mesmas estiverem sendo implantadas, com a finalidade de garantir uma completa proteção ao trabalhador contra os riscos existentes nos ambientes de trabalho. O QUE FAZER? Para evitar a exposição nociva a saúde e necessário um estudo sistemático dos locais de trabalho, com avaliação quantitativa dos particulados e comparação com os limites de tolerância normatizados, alem da adoção de medidas de controle, norma de procedimento seguros e vigilância médica. FINALIDADE DO PROGRAMA? Controlar a eficácia de uso e indicação do equipamento adequado para controle das doenças ocupacionais provocadas pela inalação de ar contaminado com poeiras, fumos, nevoas, fumaça, gases e vapores, levando em conta o tipo de atividade e as características individuais de cada funcionário, a fim de garantir a proteção do trabalhador contra riscos existentes nos ambiente de trabalho. História Ao longo da história, vários pesquisadores (Galeno, Plantão,Marcial, dentre outros) tratam do problema de algum modo. 1700 – B.Ramazzini estudou os sintomas clínicos e lesões ocasionadas pela inalação de pó. 1972 – VAN Diemerbroeck estudou vários cortadores de pedra mortos e comprovou na autopsia, ao dissecá-los que seus pulmões pareciam feito de areia. Nos dias atuais - Os estudos evoluíram bastante e iremos explicar os aspectos mais importante durante a aula.

OutrosOxigênio

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AR RESPIRÁVEL É o ar natural que nós necessitamos para sobreviver e é composto de: O ar atmosférico para ser respirado necessita que sejam observados os seguintes fatores: Que deve conter no mínimo 19,5% em volume de oxigênio Que deve estar livre de produtos prejudiciais a saúde Não deve conter substâncias que o torne desagradável (odores) Estar em estado apropriado (Pressão e Temperatura) Caso esses itens não sejam preenchidos ou assegurados, deve-se utilizar equipamento de proteção respiratória devidamente escolhidos. A demanda de ar respirado não é uma constante, depende basicamente do ESFORÇO FÍSICO a ser realizado e varia em função do ESTADO EMOCIONAL do individuo; CAPACIDADE PULMONAR; IDADE. ESFORÇO FISICO DEMANDA DE AR (L/MIN) DESCANSO 5 A 10 L

DORMINDO 6,0 L

DESCANSANDO SENTADO 7,0 L

MOVIMENTOS LEVES 10 A 20 L

NADANDO 0,9 KM/H 18 L

TRABALHO LEVE 20 A 30 L

TRABALHO MÉDIO 30 A 40 L

NADANDO 1,6 KM/H 30,0 L

TRABALHO PESADO 35 A 50 L

CORRENDO 13 KM/H 50 L

TRABALHO MÁXIMO 50 A 90 L

CORRENDO 15 KM/H 95 L CAPACIDADE VITAL FATORES A CONSIDERAR:

HOMEM COM ALTURA DE 1,75 Mts E IDADE DE:

CONSUMO EM LITROS POR MINUTO

20 ANOS 5,3 L/m

38 ANOS 4,9 L/m

65 ANOS 4,3 L/m

Obs.: A mulher na mesma idade e altura do homem consome 20 % a menos.

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RISCOS AMBIENTAIS AGENTES EXISTENTES NO LOCAL DE TRABALHO QUE, EM FUNÇÃO DE SUA NATUREZA, CONCENTRAÇÃO OU TEMPO DE EXPOSIÇÃO, SÃO CAPAZES DECAUSAR DANO À SAÚDE DO TRABALHADOR FATORES QUE INFLUENCIAM TEMPO DE EXPOSIÇÃO NATUREZA DO RISCO INTENSIDADE CONCENTRAÇÃO SENSIBILIDADE INDIVIDUAL RISCOS Simplesmente porque o ar parece puro, não significa que não existem riscos. Muitas vezes eles não são visíveis e nem tem cheiro. CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS Os riscos respiratórios classificam-se normalmente por:

- Deficiência de oxigênio;

- Contaminação por gases: Imediatamente perigosos à vida, ou não. (IPVS - é toda e qualquer atmosfera que apresente risco imediato à vida ou produza imediato efeito debilitante e irreversível à saúde). - Contaminação por aerodispersóides (poeiras, fumos,etc...); Imediatamente perigosos à vida (IPVS), ou não.

Sistema Respiratório (Inalação)

Conduto gastrointestinal

(Ingestão)

Pele – Poros (Absorção)

Ocular (Contato)

PPRRII NNCCII PPAAII SS VVII AASS DDEE AABBSSOORRÇÇÃÃOO NNOO CCOORRPPOO HHUUMMAANNOO

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RISCOS QUÍMICOS

• São os agentes ambientais causadores em potencial de doenças profissionais devido à sua ação química sobre o organismo dos trabalhadores.

• Eles podem ser classificados de diversas formas, segundo suas características tóxicas,

estado físico, etc e são encontrados em forma sólida, líquida e gasosa.

• Os agentes químicos, quando se encontram em suspensão ou dispersão no ar atmosférico, são chamados de contaminantes atmosféricos.

Estes podem ser classificados em:

- Aerodispersóides: São partículas (Particulados) sólidas ou líquidas dispersas no ar e que, pelo seu diminuto tamanho, podem permanecer em dispersão por tempo suficiente para serem inaladas pelos trabalhadores.

-Partículas maiores são retidas pelas vibrissas, nas narinas

Classificação dos Agentes Químicos

Aerodispesóides(<100 µ) Particulados

Névoas (0,01 < ΦΦΦΦ<10µ)

Neblinas (2 < ΦΦΦΦ<60µ)

Poeiras (0,1 µ e 25µ) Fumos metálicos (<0,1µ) Fumaças (<0,1µ)

Sólidos

Líquidos

Gases/Vapores

Vapores orgânicos Gases inertes Gases/vapores ácidos Gases/vapores alcalinos Gases/vapores organometálicos Gases/vapores especiais

QUANTO AO SEU ESTADO FÍSICO:

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EFEITOS DOS CONTAMINANTES - Algumas contaminantes provocam reações imediatas no organismo como tosse, tonturas,dores de cabeça, espirros ou falta de ar. - Existem doenças provocadas por certos contaminantes, que só são descobertas após vários anos de exposição. DOENÇAS Apesar das defesas naturais, alguns contaminantes conseguem penetrar profundamente no Sistema Respiratório e causar doenças como a Pneumoconiose. Silicose: Causada por partículas de sílica, comuns nas Industrias Cerâmicas, Minerações, Pedreiras e Metalúrgicas. Abestose: causada pelas fibras do arbesto (amianto), é cancerígena.

EX:lixamento de madeira ou concreto, poeiras de grãos,amianto (asbestos), sílica, negro de fumo.

EX: Soldagem, Fundição

EX: Névoa de tinta - pinturas com spray ou pistola

EX: vapor de gasolina, vapor de benzeno, vapor de querosene, solvente de tintas, vapor de metais (Fundição).

POEIRASPOEIRASPOEIRASPOEIRAS

FUMOSFUMOSFUMOSFUMOS

NNNNÉÉÉÉVOASVOASVOASVOAS

VAPORESVAPORESVAPORESVAPORES Partículas líquidas produzidas por

condensação de vapores de substâncias que são líquidas a temperatura normal

São partículas líquidas produzidas por ruptura mecânica de líquidos

Partículas sólidas produzidas por condensação ou oxidação de vapores de

substancias que são sólidas a temperatura normal

Partículas sólidas produzidas por ruptura mecânica de sólidos

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Antracose: Conhecida como “Doença do Pulmão Preto” ou “Doença dos Mineiros”. Causada pelas partículas de carvão mineral. PROTEÇÃO COLETIVA X EQUIP.PROTEÇÃO ESPIRATÓRIA(EPR) PROTEÇÃO COLETIVA : DISPOSITIVO DE CARATER COLETIVO QUE VISA PROTEGER O HOMEM SEM A NECESSIDADE DE UTILIZAÇÃO DE EPR. EX: CAPELA DE LABORATÓRIO, EXAUSTOR. PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA: DISPOSITIVO DE CARÁTER INDIVIDUAL A SER UTILIZADO EM LOCAIS EM QUE A PROTEÇÃO COLETIVA NÃO É EFICIENTE OU NÃO É VIÁVEL TÉCNICAMENTE. EX:RESPIRADORES Métodos de Controle EPI – Equipamento de Proteção Individual CERTIFICADO DE APROVAÇÃO - C.A. NÃO OFERECE GARANTIAS DE QUE O RESPIRADOR IRÁ VEDAR O ROSTO DE TODOS OS USUÁRIOS. SELECIONANDO O RESPIRADOR ADEQUADO

• Existem basicamente, duas classes de respiradores:

– os que filtram o ar do ambiente local são chamados de purificadores de ar

– e os respiradores que recebem o ar de uma fonte externa ao ambiente de trabalho, os de ar mandado (ou linha de ar comprimido) e a máscara autônoma.

• Ainda, os respiradores podem ser: peça semifacial ou peça facial inteira. Na classe de respiradores de ar, temos:

Respiradores Purificadores: - Filtros mecânicos - Filtros químicos - Filtros combinados

FonteFonteFonteFonte MeioMeioMeioMeio TrabalhadorTrabalhadorTrabalhadorTrabalhador

Enclausuramento Isolamento EPI

Substituição do Agente

Químico

Manutenção e Limpeza Educação e

Treinamento

Mudança do Processo Monitoramento

Ambiental

Monitoramento

Pessoal

Exames Médicos

Rodízio de Pessoal

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TIPOS DE RESPIRADORES (Equipamentos filtrantes) SEMIFACIAL (peças semi facial) PANORÂMICA (peça facial inteira) Respiradores semifaciais reutilizáveis (purificadores de ar)

• Como o nome diz estes respiradores semifaciais cobrem a região do nariz e da boca. Normalmente são compostos por uma peça feita de borracha, silicone ou outro elastômero e a purificação do ar é feita através da colocação de filtros e ou cartuchos para partículas, gases ou vapores; que deverão ser trocados sempre que estiverem saturados; isto é, quando a pessoa estiver sentindo ou gosto do contaminante.

• Para que haja proteção contra os contaminantes é muito importante que se utilize o filtro correto para cada situação.

• Além disso, nunca se esqueça de ajustar o respirador no rosto e examiná-lo, verificando se está em perfeito estado de uso.

Respiradores de peça facial inteira (purificadores de ar)

• Os respiradores peça facial inteira protegem além do sistema respiratório, também os olhos.

• São recomendados para ambientes com concentrações mais altas de contaminantes do que as peças semifaciais.

• Podem ser utilizados com filtros para eliminar poeiras, fumos, névoas, gases ou vapores de ar.

• Se compararmos, quando utilizamos um respirador tipo peça semifacial podemos reduzir em 10 vezes a concentração do contaminante no ambiente; já se usarmos a peça facial inteira podemos obter no mesmo ambiente uma redução de 100 vezes a concentração do contaminante.

• Esta diferença deve-se ao fato de que o respirador facial inteiro envolve todo o rosto permitindo uma melhor vedação. Estes respiradores vedam a região da testa, uma superfície mais plana, se comparada ao nariz.

Respiradores com suprimento de ar

• Os equipamentos de suprimento levam o ar através de uma traquéia plástica para dentro do respirador.

• Este ar pode estar sendo enviado por um ar comprimido ou um conjunto de cilindros de ar comprimido (linha de ar comprimido); ou no caso das máscaras autônomas de ar é armazenado em um cilindro, sob alta pressão dando maior mobilidade ao usuário.

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• A autonomia de ar destes equipamentos é de normalmente de 30 a 60 minutos, dependendo da atividade que será realizada e das dimensões e pressão do cilindro.

• Certos tipos de respiradores com suprimento de ar protegem contra deficiência de oxigênio, concentrações muito elevadas de poeiras, fumos, névoas, gases e vapores, onde os respiradores purificadores de ar não podem ser utilizados.

Tipos de Filtros Filtros Mecânicos: São Filtros para Aerodispersóides ( Filtros para Particulados ) destinam-se a reter as partículas em suspensão no ar. Utilizados em Respiradores Purificadores de ar do tipo com manutenção. Filtros Químicos: São destinados a reter gases e vapores específicos contido no ar. Composto de carvão ativado ou outro adsorvente. -A casca de babaçu, o nó de pinho, carvão mineral e outros, são utilizados como matérias-primas na fabricação do carvão ativado. Fontes de Penetração dos Contaminantes Através da Peça Facial -ENCAIXE DO FILTRO -VALVULA DE EXALAÇÃO -FALTA DE VEDAÇÃO PERFEITA NA ÁREA DE CONTATO COM O ROSTO DO USUÁRIO ENSAIO E VERIFICAÇÃO DE VEDAÇÃO TEM A FINALIDADE DE AVALIAR A VEDAÇÃO DE UM RESPIRADOR ESPECIFICO NO ROSTO DE UM DADO INDIVIDUO. É REALIZADO CONFORME AS INSTRUÇÕES E RECOMENDAÇÕES DA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1, DE 11 DE ABRIL DE 1994 DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E DO PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA DA FUNDACENTRO TESTE DE VEDAÇÃO Quando selecionar, e cada vez que colocar o respirador, é necessário verificar a vedação no rosto através:

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VERIFICAÇÃO DE VEDAÇÃO Cada vez que colocar o respirador é necessário verificar a vedação no rosto pelo teste da pressão positiva, ou negativa. Coloque o respirador no rosto e posicione o elástico superior sobre a cabeça. Encaixe os elásticos inferiores (de baixo) ligando as presilhas atrás do pescoço. Puxe as extremidades dos elásticos superiores, e depois os inferiores, para fazer ajuste do respirador ao rosto. Teste de vedação com pressão positiva, coloque a palma da mão sobre a válvula de exalação e assopre suavemente várias vezes. A peça facial deverá se expandir suavemente sem ocorrer vazamento. Teste de pressão negativa, coloque as mãos sobre os cartuchos e/ou filtros e inale com força várias vezes. A peça facial deverá comprimir-se levemente contra o rosto sem ocorrer vazamentos. Teste de Sensibilidade Olfativa ENSAIOS DE VEDAÇÃO QUANTITATIVO Mede a concentração do contaminante na atmosfera de teste e dentro do respirador enquanto executa os mesmos movimentos que no ensaio qualitativo. Teste feito com um equipamento que avalia a quantidade de partículas no ambiente e dentro da máscara do usuário. Este ensaio dá uma indicação mais segura que o Ensaio qualitativo. ENSAIO DE VEDAÇÃO “Fit test”

• Confirma se realmente é aceitável a adaptação do respirador que passou na verificação de vedação.

POSITIVA

NEGATIVA

VERIFICAÇÃO DE VEDAÇÃO

ENSAIO DE VEDAÇÃO QUANTITATIVA

QUALITATIVA

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Instruções Realize as instruções 1º) Respirar Normalmente 2º) Respirar profundamente 3º) Mover a cabeça de um lado para o outro; 4º) Mover a cabeça para cima e para baixo sem que o filtro toque o corpo; 5º) Falar o texto indicado; 6º) Careta; 7º) Curvar-se 8) Respirar normalmente

AULA 06

NR-33 – ESPAÇOS CONFINADOS

� NBR 14787 – Espaço Confinado – Prevenção de Acidentes, Procedimentos e Medidas de Proteção.

� NBR 14606 – Postos de Serviços – Entrada em Espaço Confinado � NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados. � NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção .

� Esta norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de

espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços.

Mas o que é um Espaço Confinado ?

� Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua;

� Possui meios limitados de entrada e saída; � A ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes; � Pode existir a deficiência ou enriquecimento de Oxigênio.

Exemplos de Espaços Confinados:

� Caldeiras; � Tanques; � Silos; � Torres; � Caminhões tanque; � Vagões tanque ou ferroviários; � Esgotos; � Valas; � Fossos; � Tubulações em geral.

Quais são os riscos em trabalhar em espaços confinados:

� Falta ou excesso de O2; � Incêndio ou explosão, pela presença de vapores e gases inflamáveis; � Intoxicações por substancias químicas;

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� Infecções por agentes biológicos; � Afogamentos; � Soterramentos; � Quedas; � Choques Elétricos; � Todos estes riscos podem levar à morte ou doenças.

Gestão de segurança em espaços confinados: A gestão de segurança e saúde deve ser planejada, programada, implementada e avaliada. Deve incluir medidas técnicas de prevenção, administrativas e pessoais e capacitação para trabalho em espaços confinados.

1. Medidas de Segurança 2. Medidas Administrativas 3. Medidas Pessoais 4. Programa para Entrada em Espaços Confinados

1-Medidas de Segurança (Antecipação,Reconhecimento,Avaliação E Controle dos Riscos)

• Manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado.

� A sinalização é importante para informação e alerta quanto aos riscos em espaços confinados.

� O isolamento é necessário para evitar que pessoas não autorizadas se aproximem do

espaço confinado. Podemos definir os riscos encontrados nos Espaços Confinados como:

• Riscos Físicos; • Riscos Químicos; • Riscos Biológicos. • Riscos Ergonômicos • Riscos de Acidentes

ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO

� Identificar os riscos

� Eliminar os riscos Não sendo possível eliminar, controle os riscos. (Ex.: através do treinamento e conscientização dos trabalhadores). RAQUETEAMENTO OU BLOQUEIO O equipamento a ser adentrado deverá ter todas as suas tubulações de entrada e saída de produtos bloqueadas ou desconectadas.

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ATMOSFERA EXPLOSIVA. Condição em que a atmosfera, em um espaço confinado, possa oferecer riscos ao local e expor os trabalhadores ao perigo de morte, incapacitação, restrição da habilidade para auto–resgate, lesão ou doença aguda

∗ Concentração de oxigênio atmosférico abaixo de 19,5 % ou acima de 23 % em volume;

∗ A concentração atmosférica de qualquer substância que possa resultar na exposição do trabalhador acima do Limite de Tolerância; Exemplos H2S, CO

∗ Qualquer outra condição atmosférica Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde - IPVS

ou IDLH – Immediately Dangerous to Health and Life); A presença de gases e vapores perigosos podem trazer vários perigos e prejuízos à integridade da vida humana.

– Risco de Explosão - Acima de 23 % em Volume

– Faixa Normal - De 19,5 a 23 % em Volume

– Descoordenação – De 15 a 19 % em Volume

– Respiração acelerada – De 12 a 15 % em Volume

– Náusea – De 10 a 12 % em Volume

– Inconsciência – De 8 a 10% em Volume

– Morte após 8 minutos – De 6 a 8 % em Volume

– Coma em 40 segundos – De 4 a 6 % em Volume Ex:. Decomposição de materiais orgânicos; Vazamentos . ATMOSFERA EXPLOSIVA – INFLAMÁVEIS Os Gases / Vapores Inflamáveis ou Combustíveis são aqueles que podem inflamar ou explodir; Como exemplos podemos citar: Metano, Hidrogênio, Acetileno, Gasolina, GLP, etc. Para que ocorra o fogo, é necessário:

• Combustível suficiente; • Oxigênio suficiente; • Calor suficiente; • Reação em cadeia para a • manutenção do fogo.

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ATMOSFERA EXPLOSIVA – LIMITE DE EXPLOSIVIDADE

� O Limite Inferior de Explosividade (L.I.E.) é a mínima concentração necessária antes do gás inflamar(mistura se torna inflamável) ou explodir.

� O Limite Superior de Explosividade (L.S.E.), é a máxima concentração de gás,

onde não existe ar suficiente para provocar a explosão.( É a concentração em que a mistura possui uma alta porcentagem de gases e vapores de modo que a quantidade de oxigênio é tão baixa que uma eventual ignição não consegue se propagar pelo meio.)

ATMOSFERA EXPLOSIVA – MONÓXIDO DE CARBONO

� Gás inodoro (sem cheiro), sem cor, menos denso que o ar atmosférico e é absorvido pelo pulmão até 100 vezes mais rápido que o O2. É um asfixiante.

� É letal antes de atingir nível de explosividade. � Limite de tolerância para 8 horas: 25 ppm LIMITES:

4000 ppm – Morte 2500 ppm – Inconsciência 2000 ppm – Confusão Mental 1000 ppm – Náusea 600 ppm – Forte dor de cabeça 200 ppm – Dor de cabeça 100 ppm – Limite para instantâneo 50 ppm – Limite para 15 minutos 25 ppm – Limite para 8 horas

Combustível

Ar

Mistura Pobre

Mistura IDEAL

Mistura Rica

L.I.E. L.S.E.

100 %

combustível

0% Ar

100 %

Ar

0 %

combustível

10% do L.I.E

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ATMOSFERA EXPLOSIVA – GÁS SULFÍDRICO

� Gás com cheiro de ovo podre

� Inibe o olfato após exposição

� Limite de tolerância para 8 horas: 8 ppm LIMITES:

700 ppm – Inconsciência, danos cerebrais permanentes e morte se não for removido imediatamente.

500 ppm – Inconsciência, morte – ½ hora.

200 ppm – Tosse e inflamação nos olhos em 1 hora.

100 ppm – Tosse e irritação dos olhos, perda do olfato.

50 ppm – Odor forte de ovo podre,

15 ppm – Limite para instantâneo

12 ppm – Limite para 15 minutos

8 ppm – Limite para 8 horas

TESTE DO AR

� As medidas de controle de atmosfera de risco incluem as seguintes etapas: � Teste Atmosférico � Ventilação e Limpeza � Equipamentos de segurança

� O teste atmosférico consiste na monitoração da atmosfera interna do espaço confinado,

antes da entrada com o monitor de gases calibrado e verificado antes do uso, para as concentrações de:

� Oxigênio � Gases Combustíveis � Gases Tóxicos

Medição em diferentes níveis de altura devido à densidade dos gases. Como proceder para realizar teste do ar:

CH4 = 0,55 CO = 0,97 Ar = 1,00 H2S = 1,20 Gasolina = 3 a 4

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O Supervisor de Entrada deve: Realizar testes iniciais do ar interno antes que o trabalhador entre em um espaço confinado. Os testes do ar interno são medições para a verificação dos níveis de oxigênio e vapores tóxicos e inflamáveis. Durante as medições, o supervisor de entrada deve estar fora do espaço confinado.

� As medições são necessárias para que não ocorram acidentes por asfixia, intoxicação, incêndio ou explosão.

VENTILAÇÃO: Durante todo o trabalho no espaço confinado deverá ser utilizada ventilação adequada para garantir a renovação contínua do ar. É o procedimento de movimentar continuamente uma atmosfera limpa para dentro do espaço confinado. EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

� Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) devem ser fornecidos gratuitamente. � Devem ser utilizados EPIs adequados para cada situação de risco existente. � O trabalhador deverá ser treinado quanto ao uso adequado do EPI. � Na utilização de proteção respiratória poderação ser utilizados equipamentos

filtrantes(depende do ar atmonsférico) ou autônomos (Independente do ar atmosférico local)

Tipos de Ventilação Insuflação - É o método mais indicado quando o risco é decorrente da deficiência em oxigênio. Exaustão - Esta é a melhor maneira de eliminar atmosferas tóxicas ou inflamáveis. EMERGÊNCIA E RESGATE EM ESPAÇOS CONFINADOS

• O empregador deve elaborar e implantar procedimentos de emergência e resgate adequados ao espaço confinado.

• O empregador deve fornecer equipamentos e acessórios que possibilitem meios seguros

de resgate.

• Os trabalhadores devem ser treinados para situações de emergência e resgate. Equipe de resgate deve estar treinada - Pessoal capacitado e regularmente treinado para retirar os trabalhadores dos espaços confinados em situação de emergência. 2-Medidas Administrativas Quando você pode entrar em um espaço confinado? Somente quando a sua empresa fornecer a:

� Autorização da Permissão de Entrada e Trabalho (PET).

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Essa Permissão de Entrada e Trabalho (PET) é exigida por lei e executada pelo Supervisor de Entrada (NR 33).

� O serviço executado deverá sempre ser acompanhado por um Vigia.

� A Permissão de Entrada e Trabalho (PET) contém procedimentos escritos de segurança e emergência.

� A PET deve ser emitida e assinada pelo Supervisor de Entrada.

� O Trabalhador deve entrar no espaço confinado com uma cópia da PET.

3-Medidas Pessoais Exames Médicos Todo o trabalhador deve ser submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, conforme estabelecem a s NRs 07 e 31 Treinamentos Todos os trabalhadores envolvidos devem ser capacitados. A capacitação deve ter carga horária mínima de : 16 hs – Vigia e trabalhadores Autorizados. 40 hs – Supervisores de Entrada. O Supervisor de Entrada deve:

� Assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os meios para acioná-los estejam operantes;

� Cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; � Encerrar a PET após o término dos serviços.

Vigia: É o trabalhador que se posiciona fora do espaço confinado e monitora os trabalhadores autorizados, realizando todos os deveres definidos no programa para entrada em espaços confinados.

� Manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade;

� Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente com os trabalhadores autorizados;

� Adotar os procedimentos de emergência,acionando a equipe de salvamento, pública ou privada, quando necessário;

� Ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro vigia.

Trabalhador autorizado: É o profissional com capacitação que recebe autorização para entrar em um espaço confinado.

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4- Programa para entrada em espaços confinados: 1ª Etapa:

• Reconhecer os Espaços Confinados; • Cadastrar e • Sinalizar

2ª Etapa:

• Realizar a APR; • Recomendar as medidas de controle de cada risco.

3ª Etapa: • Realizar o Plano de Ventilação. • Realizar o Plano de Resgate.

4ª Etapa: • Determinar o material necessário para o trabalho, ventilação e resgate

5ª Etapa:

• Determinar os meios de controle de acesso; • Reforçar os procedimentos de P.T. • Determinar as responsabilidades dos envolvidos • Treinamento e Periodicidade.

AULA 07

ACIDENTE DO TRABALHO Conceito Legal

Acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da Empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause a morte, ou perda, ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. (Artigo 2 da lei n. 6367 de 19 de outubro de 1976)

Exercício do trabalho à serviço da empresa: Para que haja um acidente do trabalho é necessário que tenha entre o acidente e o trabalho uma ligação, ou seja, que o acidente tenha origem no trabalho desempenhado e em função do serviço;

Lesão corporal: Por lesão corporal deve ser entendido qualquer dano anatômico; por exemplo: uma fratura, um machucado, a perda de um membro;

Perturbação funcional: Por perturbação funcional deve ser entendido o prejuízo ao funcionamento de qualquer órgão ou sentido, como uma perturbação mental devida a uma pancada na cabeça.

Conceito Prevêncionista Será toda ocorrência, inesperada ou não, queinterfira no andamento normal do trabalho, podendo resultar em perda de tempo, danos materiais ou lesão no trabalhador.

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Acidente sofrido pelo empregado no horário de trabalho em conseqüência de: 1) Ato de sabotagem ou terrorismo 2) Ofensa física intencional por motivo de disputa relacionada com o trabalho 3) Ato de imprudência, de negligência ou imperícia de terceiros 4) Na execução de ordem ou realização de serviço sob autoridade da empresa 5) Na prestação espontânea de serviço à companhia para evitar prejuízo ou proporcionar proveito 6) Em viajem a serviço da companhia seja qual for o meio de locomoção utilizado Diferença entre o Conceito Legal e o Conceito Prevencionista de acidente do trabalho O acidente do trabalho no conceito legal só leva em conta a lesão ou doença profissional ou do trabalho, enquanto no conceito prevencionista é levado em consideração, além da lesão física o acidente do trabalho em toda a sua extensão e principalmente em suas possibilidades de prevenção Classificação dos Acidentes Acidentes Típicos: São todos os acidentes que ocorrem no desenvolvimento do trabalho na própria empresa ou a serviço desta. Acidentes de Trajeto: São os acidentes que ocorrem no trajeto entre a residência e o trabalho ou vice-versa. Doenças ocupacionais: São doenças causadas pelo tipo de trabalho ou pelas condições do ambiente de trabalho. Doença Profissional e Doença do Trabalho (Conforme estabelecido no artigo 20 da Lei 8.213 / 91) Doença do Trabalho - Ambiente É a doença assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se Relacione diretamente, desde que constante da relação de que trata o Anexo II do Decreto nº 2.172/97. (As doenças causadas pelas Condições trabalho) Ex.: Surdez como Doença do trabalho tendo em conta o serviço executado em local ruidoso. Não são consideradas como doença do trabalho: a) a doença degenerativa; b) a inerente a grupo etário; c) a que não produz incapacidade laborativa;

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d) a doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região onde ela se desenvolva, salvo se comprovado que resultou de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. Doença Profissional - Atividade É a doença assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade, constante da relação de que trata o Anexo II do Decreto nº 2.172/97 –Classificada pelo Ministério do trabalho. (Doenças provocadas pelo tipo de trabalho) Ex.: Febre dos fumos metálicos ( ligada a atividade do soldador) Comunicação de Acidentes O acidente de trabalho deve ser comunicado pelo acidentado ou quem possa fazer isso por ele à empresa, logo que se dê a ocorrência;

• O acidente de trabalho, seja ele com ou sem afastamento, obrigatoriamente deve ser comunicado pela empresa à Previdência Social através da Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT ;

• Prazo para a comunicação do acidente: Até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência,

e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente; Obs.: A CAT também pode ser preenchida e entregue ao INSS via Internet;

• Os primeiros quinze dias de afastamento do funcionário são pagos pela empresa; após o décimo sexto dia do afastamento, o funcionário fica afastado por conta do INSS;

Causas dos acidentes do trabalho

I) CAUSAS IMEDIATAS A) ATOS INADEQUADOS É a atitude consciente ou inconsciente que, contrariando os conceitos de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de acidentes. Ação em que o empregado desvia da maneira correta e segura de executar o seu trabalho.

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Exemplos:

- Não observância da Norma de Segurança - Recusa de usar equipamento de segurança - Emprego impróprio de ferramentas - Ajuste e lubrificação de máquinas em movimento - Operar máquinas com velocidade excessiva - Usar roupas inadequadas para o trabalho - Permanecer sob cargas suspensas - Fumar em local proibido

B) CONDIÇÕES INADEQUADAS

É a condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para a sua ocorrência e que pode ser eliminada ou corrigida Condição de risco que existe no local de trabalho, equipamentos, máquinas, entre outros.

Exemplo:

- Iluminação deficiente ou mal distribuída - Ventilação deficiente ou excessiva - Passagem com falta de grade piso - Excesso de ruído - Falta de ordem e limpeza - Falta de proteções das máquinas - Escadas sem corrimão ou danificadas - Rotas de fuga obstruídas - Pisos escorregadios, etc. II) CAUSAS MEDIATAS

A) CAUSAS HUMANAS INDIRETAS

a) Condições emocionais mentais b) Fatores ligados á personalidade c) Condições físicas d) Experiência

a) Condições emocionais mentais

Da própria pessoa: Medo; ansiedade; Pressa; Tensão; Estresse; Euforia; Preocupações

Do seu relacionamento com o trabalho Pressão de Superiores Excesso de: Ruído; luz ; calor ; b) Fatores ligados a personalidade São os fatores que determinam a individualidade de uma pessoa; sua maneira de ser. Exemplos ligados à personalidade que podem influenciar na ocorrência de acidentes:

• Exibicionista, imprudente • Displicente, ingênuo • Muito esperto; Gozador • Teimoso; Distraído • Curioso

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B) FATORES DO TRABALHO Métodos, normas ou padrões inadequados - Manutenção inadequada. - Falha de projeto, construção ou montagem O QUE SÃO DESVIOS? “Desvios são todas as ações executadas contrárias às normas de trabalho, procedimentos escritos e as boas práticas, requisitos legais ou normativos, que tem potencial para gerar danos às pessoas, ao patrimônio ou impacto ao meio ambiente.” Onde tem desvios, tem risco de acidente O QUE SÃO INCIDENTES? “Evento não previsto e indesejável, poderia ter resultado em dano à pessoa , ao meio ambiente ou ao patrimônio (próprio ou de terceiros) (Quase acidente)”

NOSSO COMPORTAMENTO As PESSOAS não se acidentam porque querem , muitas vezes acidentes acontecem por não haver real “CONSCIÊNCIA” dos riscos. A concientização se da a partir do conhecimento: - dos riscos no local de trabalho; - dos riscos dos equipamentos; - dos EPI’s necessários.

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A conscientização se dá também através de: - experiências pessoais; - normas, manuais e procedimentos - medidas prevencionistas; - estatísticas; - treinamentos. Podemos evitar queo acidentes aconteçam utilizando alguns meios de controle como segue: - Inspeções -Auditorias comportamentais - Manutenção Preventiva - Especificação de Equipamentos - Campanhas Educativas - Estatísticas de Acidentes - Análise de Acidentes - Treinamento Utilizando como exemplo uma auditoria comportamental podemos verificar o comportamento dos trabalhadores observando alguns pontos como segue: - Ajustando o EPI - Adequando-se o serviço - Bater contra/ser atingido por - Ficar preso - Risco de queda, queimadura ,choque elétrico , Inalar contaminantes, Absorver contaminantes , Ingerir contaminantes , - Postura inadequada ,Esforço inadequado - Falta de EPI’s - Ferramenta e equipamentos impróprios para o serviço,usados incorretamente, em condições inadequadas - Procedimentos inadequados, não existem procedimentos - Local sujo,desorganizado,com vazamento e poluição ambiental Justificativa que geralmente se dá por realizar comportamentos inadequados

� Conflito entre objetivos segurança / produção. ( crença que regras de segurança e instruções de trabalho são incompatíveis )

� “Eu tenho quebrado estas regras varias vezes e nunca sofri um acidente.”

� “ Por que é mais fácil, rápido, mais confortável que o comportamento seguro”

� “Por que se tornou um hábito” (risco inconsciente)

� “ Não é possível fazer desta maneira”

� “ Por que é o que todo mundo faz! ”