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Apostilha demolições

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[Apostilha Demolições]

[Tecnologia da Construção de Edifícios]

4º Ano LEC. DECM

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DEMOLIÇÕES

Demolição: Acção de deitar abaixo um edifício, ou eliminar parte dele.

Corresponde a uma parte do processo construtivo que pode ou não aparecer no início duma obra. Quando incluídas podem ser das mais variadas formas. Para o seu melhor estudo as agruparemos em dois grupos.

TIPOS DE DEMOLIÇÕES

II--DDeemmoolliiççõõeess TToottaaiiss:: São aquelas em que se pretende eliminar completamente o

edifício existente. Esta categoria subdividisse pela sua vez em vários subgrupos consoante a:

1- Sua Complexidade 2- Sua Localização 3- Quando pretendemos ou não resgatar elementos e materiais do edifício a demolir. 1- Sua Complexidade:

a) Número de pisos (volumetria). b) Estado de conservação (está em ruínas, ameaça desabar, ou pelo contrario ainda está estruturalmente estável). c) Estrutura do edifício (tipo de alvenaria, cobertura.)

2- Sua Localização:

a) Atendendo si o prédio está isolado ou não.

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b) Sim uma, duas ou três das suas fachadas são medianeiras com um outro edifício.

c) A sua cercania de ruas ou estradas muito movimentadas (tanto por piões, como por viaturas).

d) A sua proximidade de instalações eléctricas, de gás que possam representar um perigo.

e) Sim pretendemos ou não resgatar elementos e materiais do edifício a demolir.

Por possuir valores arquitectónicos importantes. Por possuir valores histórico – cultural

II- Demolições Parciais: São as que apenas compreendem a demolição de uma parte do prédio ou algum elemento específico (estrutural ou não).

a) Estas são muito comuns para remodelar, ampliar ou alterar o projecto original em uma o várias dependências do local; ou limitasse somente a demolição de tabiques, abertura de vãos e ate elementos estruturais como vigas, partes de lajes, escadas etc.

b) Muitas vezes é feito sim um estudo criterioso, sem valoração do técnico da especialidade, o que pode redundar em futuras falhas ou patologias construtivas com prejuízo tanto para a obra em questão como para as vizinhas.

Cuidado!!!!! A demolição é um serviço perigoso na obra, pois é comum mexer-se com edifícios

bastante deteriorados e com perigo de desmoronamento. E não é só isto, pois neste serviço "as coisas caem, desabam". Assim, a segurança dos operários e dos transeuntes passa a ser um cuidado fundamental. Neste sentido, é recomendado que a demolição ocorra, sempre que possível, na ordem inversa à da construção, respeitando-se as características do edifício a se demolir.

Incorrecta Correcta

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TÉCNICAS DE DEMOLIÇÃO

Manual (tradicional):

a) Com uso de equipamento manual, Técnicas que recorrem a força braçal Equipamento rudimentar, Demolindo elemento por elemento, Lentos, de pouca produtividade Não necessitam mão-de-obra especializada Recomendáveis só em alvenarias

o Marretas o Picaretas, o Pá o Pé-de-cabra o Cabos de aço etc. o Pinças de corte etc. o Serra; o Baldes

o

b) Com uso de equipamentos mecânicos Equipamentos portáteis (com algum esforço); Económicos, Pouca manutenção, Duráveis; Relativamente seguros; Limpeza e precisão. Ruidosos; Introduzem grandes vibrações; Grande exigência física do manobrador; Originam poeiras e fumos; Propagação de fendas; Rendimento muito baixo em estruturas fortemente armadas;

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o Martelo neumáticos, o Compressores o Serra de Corte de Betão o Disco Diamantado de Corte o Perfuração com Diamante

Demolições Manuais são recomendáveis em:

a) Demolições parciais b) Em demolições totais onde o emprego de técnicas mais radicais implica; pela

localização do prédio; perigo para as construções vizinhas c) Em demolições totais onde pretendemos salvaguardar determinados elementos

da construção.

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PROCEDIMENTOS DA DEMOLIÇÃO

Procedimento Técnico Precedente a Demolição

Antes de se iniciar o trabalho de demolição propriamente dito, deve ser elaborado um estudo pormenorizado, da estrutura que vai ser desmantelada, das estruturas existentes nas proximidades, do plano de trabalhos, das operações de elevado risco, dos procedimentos de execução e de inspecção, dos meios humanos afectos, da eventual existência de materiais/produtos perigosos (por exemplo, amianto, betão em pré esforço).

Em seguida, proceder-se-á à elaboração de uma ficha onde esteja devidamente assinalada cada uma das tarefas, seu ordenamento e modo de execução, a qual terá um carácter definitivo, sendo posteriormente seguida tão exactamente quanto possível.

Esta planificação torna-se particularmente relevante quando a rapidez seja factor preponderante, porquanto o trabalho poderá ser executado muito mais rapidamente e com maior segurança sempre que se proceda de acordo com um plano detalhado.

1- Inspecção prévia da obra: a) Levantamento do local (verificar o sistema estrutural utilizado, o estado de

conservação, o perigo que pode oferecer ao entorno). b) Diagnóstico da Situação (relatório dos pormenores observados).

Elementos que devem ser incluídos no Diagnostico da Situação

1- Verificar no entorno, prédios medianeiros ou muito perto do objecto a demolir, característica das ruas (estreitas, muito ou pouco movimentada, tanto de veículos como de pessoas)

2- Verificar o ponto onde pode ser locado os equipamentos de carga e transportação dos entulhos da demolição.

3- Comunicar aos vizinhos as intenções da demolição e pedir a devida autorização para a inspecção tanto junto do proprietário como das autoridades competentes.

4- Verificar as reais condições do imóvel a ser demolido (se está em ruínas, se ameaça desabar, ou pelo contrario ainda está estruturalmente estável.)

5- Verificar as condições dos imóveis vizinhos, as interferências com a demolição (paredes medianeiras, cobertura comum, instalações comuns etc.)

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6- Verificar as reais condições do imóvel vizinho, se existente fissuras, recalques ou qualquer outra patologia que possa ser confundida depois como consequência da demolição

7- Fazer relatório gráfico, fotos, medições de fissuras existentes, etc. 8- Definir as zonas do imóvel vizinho que precisem ser escoradas durante a demolição. 9- Verificar a existência de depósitos de material inflamável; e qualquer outro elemento

que desperte o seu interesse sobre possíveis riscos

2- Projecto de demolição:

Definir tipo de demolição (total ou parcial) Definir a técnica de demolição a ser usada (tradicional ou não) e o

fornecimento dos equipamentos e materiais necessários para efectuar o trabalho. (ver a frente técnicas não tradicionais de demolição)

Definir zonas ou elementos que precisam de escoramento (fazer relatório de tipo de escoramento, posição etc.).

Definir a sequência em que serão demolidos os diferentes elementos. (ver na sequencia)

Definir a posição dos andaimes e acessos. Prever todas as medidas de protecção e segurança possíveis. (ver nas medidas

de protecção) Calcular tempo e custo da demolição. Solicitar a Licencia de Demolição

Medidas de Protecção da equipe de Demolição

1. Usar equipamentos de segurança, tais como botas, luvas e máscara; arnês, cordas de subjecção etc. (ver material de segurança adjunto)

2. Definir o equipamentos de protecção colectiva a ser usado, redes, varandas de protecção, lonas etc.

3. Usar roupas adequadas (que não enrosquem) para a realização do trabalho; 4. Revestir todo o andaime de demolição de uma rede (tecido de fibra) de

protecção contra queda de materiais e projecção de partículas, obedecendo aos requisitos seguintes:

Ser devidamente amarrada aos tubos do andaime para evitar que se desprenda em caso de vento forte;

Ter uma trama suficientemente larga que garanta não só um nível de iluminação compatível com os trabalhos, com também permita a circulação do ar

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Meios de Protecção individuais e colectivos

Medidas de Protecção dos transeuntes Sempre que o edifício a demolir fique situado junto de uma via pública ou em passeios muito frequentados, deverão ser tomadas as seguintes medidas de protecção

1. Dotar de sinais de aviso a área circundante do edifício a demolir, nomeadamente através da colocação de placas resistentes a choques e às intempéries e foto luminescente (os pictogramas autocolantes são desaconselháveis);

2. A zona a demolir deve estar interditada ao passo de piões com os seguintes elementos:

a) A galeria de protecção: Que é entendida como um anteparo protector constituído de tapume e cobertura sobre o passeio, construído quando se executam demolições de edifícios de mais de dois pavimentos ou de altura equivalente, que distem menos de 3m dos alinhamentos do terreno com o passeio.

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Galeria de Protecção

b) A plataforma de protecção é entendida como sendo um anteparo protector de largura mínima de 1,50m, com bordo externo fechado por meio de cerca de tábuas ou tela metálica, de 0,90m de altura, com inclinação de 45º, que se instalação longo de paredes externas de edifícios de quatro ou mais pavimentos em que se executam operações de demolição.

Plataforma de Protecção

Sequência da Demolição

Acções Previas

1. Anulação das instalações eléctricas, de gás ou qualquer outra que ainda se encontre activa no prédio.

2. Cancelar todos os acessos que possam facilitar a entrada de pessoal alheio a obra.

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3. Colocar testemunhos em locais críticos e vigiar a sua evolução 4. Executar os escoramentos predefinidos no projecto. 5. Montagem dos andaimes. 6. Instalação dos médios de protecção dos trabalhadores que executarão a

demolição. 7. Instalação dos meios de protecção exterior (plataformas ou galerias) 8. Reorganizar o tráfego de piões e viaturas (se necessário) 9. Colocação do sistema de evacuação de escombros se possível que descarregue

directamente nos camiões para efectuar a rápida remoção do entulho. 10. Colocar lonas para minorar o efeito do pó nas redondezas humedecendo

continuamente o local. 11. Retirar o equipamento industrial ou electromecânico (elevadores, bombas de

água, sistemas de aquecimento central, aparelhos de ar, condicionado, antenas de TV, etc.);

12. Retirar todos os elementos que não fazem parte da estrutura do edifício (vidros, portas, janelas, louças sanitárias, caleiras, tubos de queda de águas pluviais, etc.);

13. Reciclar todo o que fosse valioso. 14. Iniciar a demolição

Sistema de recolha de entulhos da demolição

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Andaimes para demolições

Meios de Proteção individual e colectivos

Sequência da Demolição Execução da Demolição.

1- Começará sempre de cima para abaixo (primeiro os pisos superiores ate chegar ao rês de chão)

2- Desmontar primeiro os elementos da cobertura no caso que fosse ligeira (madeira e telha, fibrocimento, ardósia etc.).

3- Demolir os elementos não estruturais (tabiques, paredes sem cargas etc.) 4- Escorar consolas, arcos, abóbadas, bem como todos os elementos que possam

ameaçar colapsar ou estejam degradados 5- Prestar especial atenção ao serem demolidos os elementos resistentes: todos

os elementos portantes só serão retirados quando todos os elementos suportados já foram removidos ou fosse garantido um novo apoio.

6- Demolição de elementos estruturais na seguinte sequência:

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1º Lajes: o Só deverão ser demolidas após terem sido retirados todos os elementos que

sobre elas apoiam o Escoramento do vão seguinte na sua zona central (alteração das condições de

apoio). o Será demolida por panos aproveitando os elementos estruturais como as vigas

para se apoiar.

Demolição das lajes

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2º Elementos horizontais: Vigas, cintas de travamento devem ser fraccionadas em pedaços manuseáveis. Obedecendo a seguinte sequencia:

a) Certifique-se de que todas as sobrecargas foram removidas; b) Ate um cabo a uma das extremidades da viga c) Corte o concreto expondo as armações nas extremidades (A e B); d) Corte a armação em sequência nas posições 1, 2 e 3 respectivamente; e) Desça a viga lentamente ao chão (extremidade A); f) Ate o cabo à extremidade B, corte a armação na posição 4 e abaixe a

extremidade B lentamente até o chão.

Sequência da demolição manual de vigas

3º Elementos verticais:

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o Aplicam-se as mesmas regras gerais anteriormente referidas (demolição prévia dos elementos que neles apoiam, etc.)

o Após o corte dos elementos verticais não se devem deixar tombar com violência sobre o pavimento.

o Os Pilares, devem ser cortando pela base e segurando com cabo ou equipamento de içagem ate ser totalmente cortado.

4º Limpeza e remoção dos escombros. Não se passará a demolição de outro piso ate que a área seja totalmente limpa, para evitar a sobrecarga da estrutura. 5º Uma vez concluída toda a demolição será feita a remoção final dos escombros com o objectivo de: a) Impedir a proliferação dos depósitos de entulho; b) Economizar matérias-primas; c) Proceder à selecção e separação dos materiais; d) Possibilitar o reaproveitamento de certos materiais; e) Considerar que apenas os materiais não recicláveis e não poluentes devem ser

enviados para aterros.

Nota: em Cabo Verde, os resíduos resultantes de demolição são levados, quase na totalidade, para os denominados vazadouros. Deste modo, é fundamental abordar o tema desde o ponto de vista ambiental e do processo de reciclagem no país.

6º Trabalhos finais; uma vez concluído o processo de demolição do edifício é necessário: o Fazer nova vistoria aos edifícios vizinhos; o Confrontar o seu estado com o relatório de inspecção feito antes da demolição; o Apurar os estragos provocados pela operação de demolição; o Os danos causados são da responsabilidade do responsável da obra.

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Recomendações de segurança nas Demolições

1- Garantir a iluminação adequada de todo o local de trabalho; 2- Toda a equipa deve trabalhar em um único pavimento; 3- Nunca usar os escoramentos como andaimes, isto aumentará a carga sobre eles

podendo falar e desabar junto da estrutura. 4- Não usar material defeituoso de pouca resistência na confecção dos

escoramentos 5- Evitar o acúmulo de carga (sobrecargas) em pontos localizados, principalmente

em lajes de forros e telhados; 6- Os locais de trabalho devem ser periodicamente espargidos com água para

evitar a poeira excessiva 7- Escorregar em vez de arremessar materiais e peças demolidas; 8- Não demolir a peça em que está trabalhando; 9- Não se devem demolir paredes medianeiras sem colocar contrafortes do outro

lado. 10-Ao ser desmantelada a cobertura os trabalhadores devem mover-se sobre os

elementos principais da estrutura. 11-Quando seja demolida a cobertura, a altura dos muros que ficarem pé não

poderá ultrapassar os 2.00 m. 12-A separação em que devem se colocar uma pessoa de um elemento vertical que

está sendo demolido é de uma vez e meia a altura do elemento. 13-Não puxar bruscamente o cabo que efectua a demolição. 14-Fraccionar os elementos em pedaços manuais.

TTÉÉCCNNIICCAASS DDEE DDEEMMOOLLIIÇÇÃÃOO NNÃÃOO TTRRAADDIICCIIOONNAAIISS

I- Demolição por colapso de impacto E a técnica consiste em provocar o impacto repetido da maquinaria contra o edifício ate que este colapse e comece a ruir. Características

a) Utiliza-se equipamento pesado. Retroescavadoras, giratórias, pás de arrasto e acessórios. Auxiliando-se de pinças e perfuradores para “atacar” a estrutura

b) Equipamentos de grande envergadura e grande custo mas que permite grande rendimento de trabalho ( se comparado com o método manual) .

c) Existe também uma nova geração de equipamentos chamados “ robot de demolição “ que são menos pesados e extremamente versáteis. Método utilizado em demolições de carácter global e apoio a outras técnicas;

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d) Altura do edifício não excede 2/3 da altura da máquina; e) Se precisa que o solo seja consistente; f) Preparação prévia de planos inclinados que permitam o deslizamento da

máquina a pontos mais elevados da estrutura. g) Necessidade de pouco pessoal, com boa perícia no manejo do seu equipamento. h) Possibilidade de elevação através de grua e de localização em locais pouco

acessíveis (robot de demolição)

Demolição por Colapso de Impacto

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Robot de Demolição

Desvantagens deste método:

a) Alta produção de ruído; b) Alta produção de poeiras; c) Alta e continuada produção de vibrações incómodas e perturbadoras ao meio

ambiente circundante, durante todo o espaço de tempo em que se verificam os trabalhos, tempo esse demasiado longo, em face do baixo rendimento do método;

d) Processo de desmonte não controlado; e) Produção de fragmentação dos materiais de tamanhos médios a grandes,

necessitando, por isso, de trabalhos complementares posteriores;

II- Demolição com bola

Consiste em uma Bola de grande massa (500 a 4000 kg) suspensa por cabos do braço de uma grua. Puxada para posição elevada através do cabo de reposicionamento, e largada (em queda livre e por oscilação) embatendo no elemento a demolir.

Características a) Fragmentos de grandes dimensões. b) Operação especializada c) Limites definidos; em quanto a altura e alcance da bola de demolição. d) Aplicação em qualquer tipo de edifício (estrutura não muito alta Hmáx= 30 m

nem com muitos metros de espessura de betão) e) Técnica económica; mais de lenta execução.

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Demolição com bola Desvantagens

a) Introduz vibrações no terreno; b) Potencialmente perigosa para o pessoal; c) Exige espaço livre em redor do edifício; (desmonte não controlado); d) Obriga a trabalhos posteriores de fragmentação dos escombros de maiores

dimensões; e) Pouco eficaz em estruturas fortemente armadas; f) Origina muita poeira; g) Muito ruidosa; h) Risco de danificar redes de infra-estruturas subterrâneas; i) Limite de 30 m em altura; j) Muito dependente do operador em termos do rendimento. k) Gera um aspecto extremamente desagradável da estrutura durante a

demolição

III- Demolição por Tracção de cabos Utiliza cintagem com cabos de aço estrategicamente colocados - traccionados através de guinchos ou equipamento mecânico fixo ao terreno. Dita técnica geralmente é um complemento de outros tipos de demolição. Características

a) Baixo custo; b) Rapidez de execução. c) Necessita de distância de segurança;

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d) Cabos devem ser sobredimensionados e não duplicados (evitar rotura); e) Contacto dos cabos e estrutura através de calços de madeira (evitar o corte dos

elementos); aplicação em estruturas sãs. f) No caso de estruturas de Betão armado enfraquecer os elementos resistentes

verticais ao nível do piso térreo através de rasgos no betão e corte das armaduras com maçarico.

Desvantagens

a) Risco de o cabo actuar como um chicote em caso de rotura; b) Necessidade de escorar todos os elementos instabilizados, para evitar

desabamentos pela acção do vento.

Demolição por Tracção de Cabos

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Guinchos de Tracção

IV - Demolições por rebentamento interior Uso de equipamento mecânico com o intuito de rebentar a partir do interior; prévia execução de furos aplicar tensões de tracção no betão e sua posterior fragmentação. Características

a) Uso de cavilhas mecânicas, cunhas, pistões etc. b) Vocacionados para betão simples e armado (espessuras entre 20 cm e 80 cm); c) Sequência e localização dos furos são fundamentais. d) Demolição controlável; enquanto ao tamanho dos fragmentos e) Silencioso, seguro e económico; f) Não provoca poeira ou vibrações; g) Boa relação custo / produtividade; h) Grande eficácia na demolição; i) Facilidade de manuseamento do equipamento j) Boa adaptação a locais exíguos ou de difícil acesso

Desvantagens

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a) Grande dificuldade no controlo de fendilhação e fissuração; b) Necessidade de efectuar “negativo” para colocar equipamento em tensão; c) Superfície de corte irregular; d) Mau funcionamento em volumes com baixa compacidade; e) Espessura máxima de 60 cm; f) Requer equipamento auxiliar para prosseguir a demolição (seccionamento dos volumes, corte a maçarico das armaduras) o que torna a utilização difícil em betão muito armado.

Demolições por rebentamento interior

Também existe outro método bastante peculiar: Demolição com Argamassa Expansiva Consiste no uso de uma argamassa muito expansiva para demolição, corte de rochas e concreto. Age em função da dilatação do volume da argamassa uma vez endurecida, exercendo fortes pressões nas paredes do furo, provocando fracturas no material. A operação segue o seguinte esquema:

1- Furar o elemento. O diâmetro do furo será proporcional ao espaçamento que determinará o cumprimento da fissura: Exemplo

Ǿ Do Furo Espaçamento entre os furos

32 Mm 12- 25 Cm

38 Mm 25- 40 Cm 48 Mm 45- 60 Cm

2- Carregamento dos furos com a argamassa expansiva 3- Aproximadamente apos 20 h verificar a evolução da fractura que deve ter

unido um furo com outro.

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V Demolições por processos térmicos Consiste na aplicação nas secções a cortar da extremidade em brasa de uma barra de ferro ou alumínio em cujo interior é enviado um jacto de oxigénio; Derreter, perfurar ou cortar aço ou betão a traves de uma tripla acção: - Térmica (temperaturas de 2000 a 2500 ºC); - Química (combinação de óxidos de ferro com componentes do betão , que acabam por fundir); - Cinética (pressão do jacto de oxigénio). Caracteristicas

a) Possibilidade de cortar peças de grande espessura; b) aplicável quer em betão armado quer em pré-esforçado; c) não provoca vibrações e é silenciosa; d) o pessoal aprende facilmente a técnica; e) o material é simples e ligeiro (excepto as reservas das garrafas de oxigénio); f) permite trabalhar ao ar livre, no interior e até debaixo de água; g) permite trabalhar em locais de difícil acesso; h) altera pouco as propriedades do betão nas proximidades do rasgo.

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Desvantagens

a) Pequena precisão no corte; b) Origina escorrimento da escória de combustão; c) Superfícies de betão em contacto com escória ficam marcadas; d) Necessária boa ventilação para trabalhar no interior (provoca fumos); e) Risco de incêndio devido à projecção de materiais em fusão; f) necessidade de vestuário especial de protecção do manobrador; g) Custo bastante elevado.

Demolições por processos térmicos

VI- Demolição por uso controlado de explosivos

o Consiste na colocação de cargas explosivas em locais escolhidos provocando a descontinuidade da estrutura principal e o posterior colapso global. Estas são as conhecidas como explosões no meio ambiente de carácter global e grande escala;

o Também existe a possibilidade da aplicação do mínimo de energia concentrada; que permite remover e/ou cortar elementos críticos da estrutura. Neste caso é conhecida como micro- explosões e processos de expansão que acontecem no interior dos elementos, com carácter localizado

o Em sentido geral é um método rápido; de economia global; e com eficácia. o Os 4 mecanismos de colapso da estrutura pelo uso de explosivos são:

a) Telescópico; b) Derrube; c) Implosão; d) Colapso sequencial.

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a) Mecanismo telescópico

o Demolição (simultânea ou não) de vários troços em altura da estrutura da torre;

o Queda numa área semelhante à ocupada inicialmente, numa forma semelhante ao “fechar de um telescópio”;

o Aplicação em torres de arrefecimento, do tipo central termoeléctrica.

Mecanismo telescópico b) Mecanismo de Derrube;

o Estruturas onde a relação entre a altura e a base é grande, não havendo perigo se o colapso da estrutura for efectuado para um dos seus lados:

o Procura-se apenas derrubar a estrutura sobre uma área previamente definida, realizando um corte na base ou vários em altura, e assim facilitar, a partir do solo, o acesso das máquinas à mesma.

o A queda da estrutura assemelha-se ao corte de uma árvore

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Mecanismo de Derrube

c) Mecanismo de Implosão

o Criar através de meios explosivos uma descontinuidade em determinados

pontos da estrutura (pilares) o Provocando a entrada em ruína da estrutura que irá fragmentar-se durante a

queda e ao atingir o solo; o O colapso provocado centralmente; faz com que a estrutura ceda sobre si, como

puxada para o centro de gravidade; o É o método mais apropriado para estruturas de grande porte. o Esta técnica só pode ser efectuada por pessoal altamente qualificado e treinado

nos cálculos e a colocação das cargas. o E é muito útil nas grandes e antigas cidades onde cada vez se faz mais

necessário a renovação da arquitectura e a requalificação do espaço urbano.

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Mecanismo de Implosão

d) Mecanismo de Colapso sequencial

o Este mecanismo caracteriza-se por se assemelhar à queda de peças de um jogo de dominó, em que o derrube da primeira peça vai provocar a queda sequencial das restantes,

o E é normalmente empregue em edifícios contíguos ou com grande desenvolvimento em comprimento

o O início do colapso sequencial, pode ser conseguido por qualquer dos mecanismos básicos referidos atrás, normalmente a implosão.

o A queda da estrutura tem assim início no uso dos explosivos, mas o processo é continuado pela acção do impacto da parte da estrutura inicialmente derrubada.

o Poder-se-ão empregar também explosivos no percurso do colapso sequencial, procurando assim facilitar o mesmo.

Em resumen os metodos de Demolição por uso controlado de explosivos possuem em comum algumas: Desvantagens

a) Provoca projecção de materiais e vibrações no terreno;

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b) Provoca ruído muito grande na detonação e no impacto da estrutura no terreno;

c) É uma técnica perigosa para pessoas e bens nas proximidades e para o pessoal, que tem de ser especializado;

d) Pode provocar gases (sulfurosos e nitrosos) perigosos para a saúde.

VII Demolição por Metodos Abrasivos

Consiste na abrasão do betão, provocada por material em estado sólido ou líquido; o que pode provocar o corte em blocos ou a remoção da camada superficial. Seu uso mais corrente (por ser um método caro) é na remodelação e reabilitação de estruturas. Com várias técnicas como:

1- Corte diamantado: Utensílios constituídos por grãos de diamante industrial retidos numa matriz geralmente metálica. As partículas arrancam cada uma um pouco de betão em cada fricção.

2- Serra com fio: Equipamento consiste num grupo electro hidráulico que transmite movimento às rodas motrizes, que impelem um cabo helicoidal diamantado de aço que, por abrasão no betão, realiza o corte;

3- Carotagem : Motor eléctrico - movimento de rotação a um cilindro metálico oco com uma coroa diamantada na sua extremidade exterior; Execução de furos tangentes delimita bloco de betão, que posteriormente é removido;

Em sentido geral as Características deste método são:

a) Corta facilmente betão armado; b) Elevado rendimento de corte (reduzido pela existência de armaduras) c) Elevada versatilidade de adaptação ao uso e a ambientes de trabalho; d) Superfície de corte lisa, sem necessidade de trabalhos adicionais e sem afectar

o betão adjacente; e) Rigor e precisão de corte; f) Permite cortes em todas as direcções numa amplitude de 360º; g) Sem riscos de fissuração; h) Seguro para o pessoal; i) Preço competitivo para grandes áreas de corte. Desvantagens a) Exige experiência na utilização do equipamento; b) Processo de instalação moroso na versão mais robusta (superfície de suporte

adequada);

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c) Necessidade de evacuar líquido refrigerante d) Custo elevado do equipamento e consumíveis; e) Produz algum ruído e poeiras.

Ainda existem outros métodos de Demolição por Abração como:

4- Jacto de água (hidro demolição)

Energia é fornecida por ar comprimido, que impulsiona a água através de bomba de alta pressão; que consegue vencer com a pressão do jacto de água a resistência da argamassa de betão à tracção; desagregada e arrastada; deixando soltos os agregados de maiores dimensões, que caem e são arrastados.

Características

a) Ausência quase total de poeiras e vibrações; b) Corte relativamente preciso; c) Betão adjacente ao corte é pouco afectado.

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Desvantagens a) Equipamento caro; b) Corte difícil de peças armadas; c) Lentidão; d) Necessidade de evacuar água e detritos; e) O pessoal deve estar protegido contra a projecção de detritos f) Grandes fendas nos elementos a demolir podem causar perdas de rendimento

consideráveis; g) Necessidade de produzir in sito uma grande pressão.

Jacto de água (hidro demolição)

Jacto de água e areia

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Junção de areia quartzosa de granulometria de 0.5 a 1.5 mm aumenta significativamente o poder abrasivo da hidro demolição; Permite cortar armaduras, sendo de evitar no caso de trabalhos de reabilitação em que se pretenda preservá-las; Desvantagem

a) Altamente poluente b) Mais onerosa que a hidro demolição, sendo semelhantes as restantes

características.

Jacto de água e areia

Bibliografia Jorge de Brito, Técnicas de Demolição de Edifícios Correntes, Mestrado em Construção, Tecnologia da Construção de Edifícios, IST

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British Standard Code of Practice for Demolition, British Standards Institution, Londres , 1982 Raul Gomes, Demolição de Estruturas pelo Uso Controlado de Explosivos, Dissertação de Mestrado, Instituto Superior Técnico, Dezembro 2002