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E.P.S.A.L ESCOLA PROF. DE SAÚDE DR. AUGUSTO LEITE PROMOÇÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO Escola Profissionalizante de Saúde Dr. Augusto Leite Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia Tel: 2106-7251/2106-7250 ÍNDICE 1- A saúde, o Trabalho e o Trabalhador ......................................................................... 3 2- Conceituação e Importância da Higiene do Trabalho ................................................ 10 3- Saneamento dos Locais de Trabalho .......................................................................... 15 4- Acidente do Trabalho e Doença Profissional ............................................................. 16 5- Causas de Acidentes do Trabalho ............................................................................... 19 6- Acidentes Típicos dos Profissionais da Área de Saúde .............................................. 28 7- Equipamentos de Proteção Individual ........................................................................ 31 8- Biossegurança para os Trabalhadores de Saúde: Precauções Universais ou Precauções Básicas ........................................................................................................................ 35 9- Programa de Prevenção e Acompanhamento de Acidentes com Riscos Biológicos .. 39 10- Educação em Saúde .................................................................................................... 45 11- Referência Bibliográficas ............................................................................................ 47

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ÍNDICE

1- A saúde, o Trabalho e o Trabalhador ......................................................................... 3 2- Conceituação e Importância da Higiene do Trabalho ................................................ 10

3- Saneamento dos Locais de Trabalho .......................................................................... 15

4- Acidente do Trabalho e Doença Profissional ............................................................. 16

5- Causas de Acidentes do Trabalho ............................................................................... 19

6- Acidentes Típicos dos Profissionais da Área de Saúde .............................................. 28

7- Equipamentos de Proteção Individual ........................................................................ 31

8- Biossegurança para os Trabalhadores de Saúde: Precauções Universais ou Precauções

Básicas ........................................................................................................................ 35

9- Programa de Prevenção e Acompanhamento de Acidentes com Riscos Biológicos .. 39

10- Educação em Saúde .................................................................................................... 45

11- Referência Bibliográficas ............................................................................................ 47

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1 – A SAÚDE, O TRABALHO E O TRABALHADOR

Ao Abordar o tema saúde, meio ambiente e educação, tivemos a oportunidade de ver que o conceito de meio ambiente foi ampliado nos últimos anos. Além de representar todo o ambiente físico habitado pelo homem, inclui também os espaços sociais nos quais o homem se relaciona, seja no ambiente doméstico, profissional ou qualquer outro.

Considerando que o assunto saúde do trabalhador implica necessariamente a noção de meio ambiente, a discussão dos temas saúde e trabalho deve levar em conta as relações existentes entre o homem que trabalha e o ambiente no qual atua.

Esse ambiente foi se modificando ao longo da história, da mesma forma que se modificaram as relações entre os que mandavam e os que obedeciam, no trabalho, por exemplo. Inicialmente, na busca de sua própria sobrevivência através do cuidado da terra, em seguida, como escravo e, atualmente, como trabalhador, o homem tem sempre se relacionado com o trabalho em suas diferentes formas.

Ao longo da história, o mundo do trabalho passou por diversas transformações, tornando – se hoje bastante complexo.

A evolução técnico – científica ao mesmo tempo em que foi melhorado a qualidade de vida do homem, foi exigido dele mais habilitação para o exercício de suas atividades, colocando – o diante da competição pelo mercado de trabalho. Além disso, a crescente expectativa de obtenção de lucro por parte dos empresários aumentou a exploração da força de trabalho e piorou as condições de vida e de trabalho desse homem.

Como trabalhador da área de saúde é necessário compreender algumas questões mais abrangentes relacionadas a esse tema. A partir desse entendimento, é possível estudar o controle dos agentes físicos, biológicos e químicos, fundamental para a garantia da saúde.

A compreensão da idéia de que as condições de trabalho estão subordinadas à expectativa de obtenção de lucro pode facilitar o estudo do meio ambiente de trabalho, espaço no qual os trabalhadores sofrem as conseqüências dos baixos investimentos feitos em medidas de prevenção e controle individuais e coletivos pela melhoria das condições de trabalho e humanização do meio ambiente no qual todos vivem e convivem.

Após refletir sobre a relação trabalho e saúde, podemos examinar que situação enfrenta os profissionais que atuam nos serviços de saúde?

Será que seus direitos têm sido garantidos e a legislação vem sendo cumprida? Antes de continuar, retomemos a idéia da intet – relação existente entre saúde e meio

ambiente e de como ela afeta a qualidade de vida do trabalhador. Inicialmente, procuramos esclarecer que a restrição do conceito de meio ambiente à

questão de deterioração ambiental e às práticas de distribuição de florestas e rios é um equívoco,

Conforme já vimos, o conceito de meio ambiente considera necessariamente o estresse sofrido pelo homem, suas condições de trabalho – o acesso aos meios de prevenção e as relações de trabalho – e as práticas sociais às quais está submetido.

Devemos começar a pensar no cotidiano dos serviços de saúde. É nesse contexto, no qual os desafios estão postos, que podemos começar a agir.

Essa idéia está de acordo com uma política da própria Organização Mundial da Saúde que, a respeito da busca de solução para as questões ambientais, afirma ser necessário pensar

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global e agir local. É claro que essa afirmativa da OMS desconsidera uma possível crítica à formulação de políticas voltadas para a saúde.

Ela simplesmente aponta para a necessidade de conhecimento das políticas sociais e de exercício de pequenas ações de conscientização da responsabilidade do profissional de Saúde, além da adoção de práticas voltadas para a garantia do direito à saúde, a condições de trabalho e meio ambiente.

É interessante observar as alterações sofridas pelo discurso relacionado ao meio ambiente e à saúde.

Rememorando alguns anos atrás, veja que mudanças ocorreram nesse sentido. O que antes era considerado discurso da esquerda brasileira e fala de ecologista de

“carteirinha” hoje está incorporado ao discurso oficial. Muitas empresas responsáveis pela atual situação de deterioração das condições de vida

no planeta procuram reverter essa situação, investindo em ações de proteção do meio ambiente e buscando melhorar as condições de trabalho de seus empregados.

Nesse sentido, investem em cursos de humanização do serviço, em ações voltadas para a melhoria das relações entre os trabalhadores, para a redução do estresse e o fornecimento de equipamentos de proteção individual e coletiva.

É claro que essas ações são ainda tímidas diante da magnitude do problema, mas já são pequenos sinais de melhoria.

O que você, trabalhador, não pode esquecer é que essas medidas não são benefícios oferecidos graciosamente pelos empregadores. São um direito conquistado com muita luta pelas organizações sociais e pelos sindicatos em geral. Além disso, você pode perder de vista que, por mais que tenham ocorrido mudanças, ainda há a ser corrigido.

Vale pensar a respeito do programa da insalubridade. Será que vale a pena nos submetermos a um trabalho que tira de nós aquilo que temos de mais precioso, nossa saúde, em troca de um percentual a mais em nosso salário?

É claro que não! Entretanto, muitos desses trabalhos devem ser realizados, porque deles dependem a

continuidade da vida humana. Nós, porém, queremos trazer para nossa reflexão a idéia de que muitas das condições

insalubres às quais estão submetidos os trabalhadores brasileiros poderiam ser eliminadas com investimentos em tecnologias mais avançadas.

Mais uma vez, deparamos com a estreita relação que há entre trabalho, meio ambiente e saúde, que precisa ser melhor compreendida.

Você, profissional de saúde, pode estar inagando o seguinte: o que eu tenho a ver com tudo isso? No local em que trabalho não existe esses problemas.

Talvez seja verdade! Possivelmente esses problemas não sejam tão acentuados no laboratório ou no hospital

em que você trabalha, mas dizem respeito a questões presentes em qualquer esfera da vida humana, especialmente nessa da qual faz parte o pessoal que atua na área da saúde.

O profissional possui responsabilidade que se referem tanto às questões ligadas à própria condição de trabalho quanto à identificação de problemas relacionados à saúde do trabalhador e atuação junto a esse serviço, ao setor de vigilância sanitária e aos serviços de saúde das empresas.

O não reconhecimento e a não valorização por parte das empresas dos riscos que envolvem certas atividades ainda é uma preocupação.

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A lesão por esforços repetitivos, os níveis de ruidos dos equipamentos, o uso de produtos tóxicos, a falta de investimento na adoção de certas tecnologias disponíveis no mercado que poderiam reduzir os riscos de doenças e a não melhoria do ambiente de trabalho continuam sendo uma realidade.

Os trabalhadores precisam estar conscientes das responsabilidades devem ser cobradas dos governos e das empresas que desobedecem às normas e às políticas voltadas para a preservação do meio ambiente e da saúde do trabalhador.

Tais políticas – como a Política Nacional de Saúde do Trabalhador, por exemplo – são de modo geral, resultado de movimentos sociais que, de forma organizada, procuram identificar o descumprimento de determinadas normas e políticas e influenciar de estratégias que favoreçam a sociedade, em geral, e os trabalhadores, em particular.

O objetivo das lutas que cada organização social busca empreender é a melhoria do acesso do homem a alternativa mais adequadas no trato da questão da saúde e do meio ambiente.

Chamamos atenção, no entanto, para o fato de que a principal questão a ser discutida não é simplesmente a existência de normas, mas se estas são ou não respeitadas, se são ou não cumpridas.

É preciso que cada um de nós compreenda a seriedade requerida pelo assunto. Cada conquista obtida pelos trabalhadores na área da prevenção, manutenção e

promoção de sua saúde envolveu lutas e um complicado jogo de forças entre o Estado, as empresas e a sociedade civil, organizada em sindicatos e associações.

Há ainda muitos avanços a serem alcançados, mas estes dependem da organização de trabalhadores conscientes de seus direitos, conhecedores da realidade que os cerca e na qual estão inseridos e cônscios de suas possibilidades.

Como profissional de saúde, você deve procurar conhecer o perfil epidemiológico de morbi – mortalidade dos trabalhadores do estado ou município em que trabalha, ou seja, deve saber de que adoecem e morrem, a fim de que sua situação profissional não seja descontextualizada.

Essa realidade é diversificada nos vários estados brasileiros. Apesar de existir uma política de saúde do trabalhador, há diferenças significativas

entre uma região e outra, seja por condições sociais, econômicas e culturais, seja pela especificidade de cada estado.

O fato é que, devido à dimensão territorial do país e às características políticas, sociais, econômicas, culturais e de desenvolvimento de cada região, não há possibilidade de comparar a situação de saúde dos trabalhadores dos diferentes estados brasileiros.

Uma importante diferença diz respeito ao nível de organização dos trabalhadores. Para um melhor entendimento dessa realidade, procure conhecer os dados relativos ao

seu estado e/ ou município. Discuta com seus colegas e professores qual é o perfil de saúde do trabalhador de sua região e tente sugerir ações que poderiam ser implementadas para tentar reverter o quadro.

Uma das dificuldades que você irá encontrar é que, muitas vezes, os dados oficiais não correspondem à realidade, pois várias doenças profissionais não são notificadas. Esse problema é gravíssimo porque, além de demonstrar a insensibilidade e /ou desconhecimento daqueles que deixam de fornecer informações, revela que muitos ignoram ou desconsideram que a elaboração de um planejamento adequado depende do fornecimento de dados correspondentes à realidade.

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Esse e um problema sério no Brasil, o da subnotificação, cuja amplitude não pode ser dimensionada.

Há muitas razões que justificam essa subnotificação. Grande parte dos trabalhadores brasileiros, por exemplo, não tem carteira assinada, desconhecendo geralmente seus direitos.

Quando é vítima de uma doença profissional, a maioria acaba ficando sem nenhum tipo de proteção.

O que podem fazer os profissionais de saúde, frente a essa situação? Antes de tudo, esse profissional precisa saber que a questão da saúde do trabalhador é

que mereceu, por parte do Ministério da Saúde, a criação do Programa de Saúde do Trabalhador.

Esse programa visa à implementação de medida que têm como objetivo promove, proteger, recuperar e reabilitar a saúde do trabalhador.

Conforme você pôde ver, esse programa não tem intenção de resolver problemas já ocorridos, doenças já instaladas, mas a de atuar com vistas a:

- Intervir na realidade atual, modificando – a por meio de ações voltadas para o

investimento na qualidade de trabalho.

- Melhorar as relações que ocorrem no ambiente de trabalho, investindo humanos, qualificando o profissional melhorando as relações inter pessoais e reduzindo o estresse físico e mental. - Orientar a adoção de medidas que promovam a redução da incidência de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. - Adotar medidas de orientação ao trabalhador, às empresas e à sociedade em geral. A discussão que sempre se destaca em situações como esta é: a quem compete agir? A ação compete a todos, no limite exato de sua responsabilidade social e legal e de seu compromisso ético: - Cabe ao Estado, porque é responsável pela assistência médica ao doente e àquele que sofreu acidente no trabalho, por meio do devido atendimento na rede pública de saúde a respeito, relembrar o Sistema Único de Saúde, incluindo suas ações de reabilitação e fiscalização dos ambientes do trabalho ( esteja atento quando estudar vigilância sanitária ). - Compete às empresas. Estas devem se adequar para estabelecer as condições necessárias à existência de um ambiente de trabalho com condições sanitárias adequadas e desenvolver ações que objetivem a criação de um ambiente mais humanizado, de respeito e compromisso com a qualidade de vida de seus trabalhadores, incluindo – se a manutenção dos serviços de saúde. - Cabe às empresas a responsabilidade pelos danos causados à saúde do trabalhador. - Compete aos sindicatos conscientizar os trabalhadores a eles vinculados de seus direito e pressionar setores do governo e da classe empresarial para que cumpram sua responsabilidade. -Cabe ao trabalhador exigir as condições mínimas necessárias ao desenvolvimento de suas atividades, de maneira a garantir a manutenção de sua saúde, e se dispor a participar de programas de capacitação.

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- Compete todos estar atentos às situações de descumprimento legal e exigir dos órgãos competentes que assumam suas responsabilidades.

1.1 A busca de Qualidade de Vida no Trabalho

Tal aspecto passa necessariamente por uma nova forma de olhar as empresas e seus trabalhadores.

2. CONCEITUAÇÃO E IMPORTÂNCIA DA HIGIENE NO TRABALHO

O ambiente de trabalho pode ser agressivo ao homem pela presença de agentes prejudiciais à saúde. A Higiene do Trabalho tem como objetivo o estudo e a descoberta de formas para controlar, diminuir as possibilidades de ocorrência e mesmo eliminar do ambiente de trabalho todos os fatores desfavoráveis, capazes de alterar as condições de saúde do trabalhador.

Isso posto, é possível definir Higiene do Trabalho como:

“A Ciência e a arte que trata do reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ocupacionais” ( Curso de auxiliares de enfermagem do trabalho, Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho).

Os elementos dessa definição apresentam a seqüência dos trabalhos desenvolvidos em

Higiene do Trabalho. 1) Reconhecimento dos riscos existentes no ambiente do trabalho – é a inspeção dos

locais de trabalho, como o objetivo de relacionar os riscos existentes. Esses riscos podem ser evidentes (reconhecíveis de imediato) ou potenciais (aqueles que podem se transformar em riscos no decorrer de algum tempo).

2) Avaliação dos riscos ocupacionais – é a fase de verificação da extensão dos riscos, em quantidade e qualidade, ou seja, quanto ao número desses riscos e quanto ao maior ou menor potencial de risco que cada um pode representar.

3) Controle dos riscos ocupacionais - fase final, após o reconhecimento e avaliação dos

riscos ocupacionais, representados pelo conjunto de medidas que visam eliminar ou reduzir os riscos à saúde.

Os riscos ambientais que podem ser prejudiciais à saúde estão classificados em: físicos,

químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos, de acordo com a portaria nº 5 de 17/8/1992, do Ministério do Trabalho.

FÍSICOS – ruído temperatura ventilação

iluminação

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Ruído deve aqui ser entendido como qualquer vibração sonora indesejável. O ruído excessivo tem vários efeitos sobre o organismo humano: desgaste físico e mental ( causador da fadiga ), danos ao aparelho auditivo, etc.

Temperaturas muito elevadas ou muito baixas exercem efeitos danosos ao organismo. O

corpo humano tem pouca resistência a variação bruscas. Entre o corpo humano e o ambiente deve haver equilíbrio térmico para que haja sensação de conforto. Qualquer alteração nesse equilíbrio pode não apenas trazer sensação de desconforto, como também causar prejuízos à saúde, alterando a pressão, provocando varizes, etc.

Ventilação é o movimento de renovação do ar, por processos naturais ou artificiais. O ar

deve ser puro e livre de contaminação, sem o quê, a saúde pode ficar bastante comprometida. Má ventilação causa sonolência, mal estar, etc.

Iluminação é fator importante num ambiente de trabalho. Não deve ser excessiva e nem

insuficiente. Em qualquer desses casos, a iluminação inadequada poderá causar prejuízos ao aparelho visual e até mesmo favorecer a ocorrência de acidentes do trabalho.

QUÍMICOS - gases

vapores poeira fumos

Os agentes químicos podem exercer vários tipos de ação sobre o organismo, causando desde pequenas alergias até problemas graves nas vias respiratórias e na visão. O controle desses agentes deve merecer a maior atenção por parte das empresas.

BIOLÓGICOS - vírus

bactérias fungos parasitas

Algumas funções expõem o homem a agentes biológicos, que podem causar prejuízos a saúde. É preciso lembrar, porém, que mesmo não estando exposto a esses agentes pelo exercício de função, o empregado pode contrair doenças – provocadas por eles – em ambientes como banheiro, refeitório, ou pela ingestão de alimentos ou uso de roupas impróprias.

Algumas funções expõem mais os trabalhadores a agentes biológicos perniciosos:

� Trabalho com animais; � Trabalho com couros crus, lãs, crina ou peles; � Trabalho com plantas, frutas e alimentos diversos; � Trabalho em hospitais; � Trabalho com riscos de ferimentos profundos;

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ERGONÔMICOS - monotonia posição ( física ) do trabalhador ritmo do trabalho fadiga preocupação trabalhos repetitivos MECÂNICOS – má arrumação do ambiente falta de espaço eletricidade edificações - * perigo de desabamentos – tetos e/ ou paredes * pisos escorregadios * escadas com degraus defeituosos

PARA FIXAR, OBSERVE O QUADRO:

RISCOS AMBIENTAIS

GRUPO I GRUPO II GRUPO III GRUPO IV GRUPO V AGENTES

QUÍMICOS AGENTES FÍSICOS

AGENTES BIOLÓGICOS

AGENTES ERGONÔMICOS

AGENTES MECÂNICOS

Poeiras Ruídos Vírus Trabalho Físico ( Pesado) Arranjo Físico Fumos Vibração Bactérias Posturas Incorretas Máquinas e Equipamentos Névoas Radiação Ionizante Protozoários Treinamento Inadequado Ferramentas Manuais e não Ionizante Inexistente Defeituosas Inadequadas ou Inexistentes Vapores Pressões Anormais Fungos Trabalhos em Eletricidade Sinalização Turnos e Noturnos Gases Temperaturas Bacilos Atenção e Perigo de Incêndio ou Externas Responsabilidade Explosão Produtos Iluminação Parasitas Monotonia Transporte de Materiais Químicos em Deficiente Geral Neblina Umidade Insetos, Cobras, Ritmo Excessivo Armazenamento Aranhas, etc. inadequado Outros Outros Outros Outros Outros

VERMELHO VERDE MARROM AMARELO AZUL

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Estes agentes podem causar danos à saúde e ocasionar o aumento do número de acidentes do trabalho, assim como podem ser responsável pela diminuição dos níveis de produtividade.

A adaptação do trabalhador ao ambiente de trabalho, e vice – versa, é fundamental como complementação das medidas que visam proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores.

Examinados os agentes ambientais que podem ser nocivos à saúde do trabalhador, não é difícil perceber a importância da Higiene do Trabalho. Zelar por esse aspecto é responsabilidade da empresa, tanto quanto a segurança do trabalho, com o objetivo de oferecer bem – estar aos trabalhadores.

3 - SANEAMENTO DOS LOCAIS DE TRABALHO

De acordo com o Ministério do Trabalho, toda empresa, Independente de sua

classificação ( pública ou privada, pequena, média ou grande ) e os órgãos governamentais que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis de Trabalho – CLT ficam obrigados a oferecer saneamento nos locais de trabalho.

Por saneamento dos locais de trabalho entende – se as condições adequadas ao ser humano para o desempenho de sua profissão, promovendo a saúde e prevenindo doenças.

Essa exigência legal se aplica igualmente aos locais de trabalho pertencentes às instituições da área de Saúde, como hospitais, clínicas e postos de saúde. Nestes locais, o saneamento deve ser tratado de forma ainda mais rigorosa, considerando a especificidade do trabalho ali desenvolvido e tendo em vista que o profissional de saúde está exposto a elevados índices de insalubridade.

A REALIDADE TEM MOSTRADO OS TRABALHADORES RURAIS SÃO QUE NÃO MUITO RESPEITO ÀS OS MAIS ATINGIDOS. EXIGÊNCIAS DA LEI. O BRASIL NORMALMENTE, O TRABALHADOR ESTÁ ENTRE OS PAÍSES CAMPEÕES RURAL NÃO TEM VÍNCULO EM ACIDENTES DE TRABALHO. O EMPREGATÍCIO, NÃO HANENDO O ECESSO DE TRABALHO, ALIADO À UM CONTROLE EFETIVO DE SUAS FALTA DE SEGURANÇA, É RESPONSÁVEL CONDIÇÕES DE TRABALHO POR QUASE 2 MILHÕES DE CASOS DE ACIDENTES DE TRABALHO ANUALMENTE

Um dos principais problemas encontrados no ambiente de trabalho, do ponto de vista da segurança, são da doenças profissionais e os acidentes de trabalho.

4 – ACIDENTE DO TRABALHO E DOENÇA PROFISSIONAL

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou

ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária.

Consideram – se acidente do trabalho, nos termos da lei, as seguintes entidades mórbidas:

I. DOENÇA PROFISSIONAL, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar a determinada atividade.

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Doenças Profissionais O dia – a – dia dentro do ambiente de trabalho pode despertar sérios problemas no

organismo.Hábitos rotineiros como passar quase todo o dia sentado em uma cadeira ( geralmente inadequada ) pegar peso, trabalhar em horário noturno e teclar o computador podem gerar danos, muitas vezes irreparáveis, em nosso organismo.

A legislação brasileira, embora tenha avançado na caracterização das doenças profissionais, ainda está muito aquém das estrangeiras. A relação de doenças profissionais contidas de Decreto 83080, de 24/1/79, classificando o problema como “inerente ou peculiar a determinado ramo da atividade”, engloba 21 tipos, enquanto em outros países elas são mais de 40.

Entre as doenças profissionais que atingem mais comumente os trabalhadores brasileiros estão: a silicose e a asbestose, relacionadas com a introdução de produtos químicos nas vias respiratórias; os problemas de audição e o estresse.

Segundo a OMS; o estresse é um dos problemas mais importantes dos modernos ambientes de trabalho. Os sintomas mais comuns são dor de cabeça, irritabilidade, insônia, distúrbios digestivos, ansiedade e redução da libido. Entre as causas, podemos destacar o esforço físico e mental excessivo, o trabalho alienante, o medo de perder o emprego e a tensão provocada pelos baixos salários.

A maioria das doenças profissionais pode ser evitada, limitando – se o tempo despertando a atividades agressivas ao organismo, respeitando – se os intervalos de trabalho e melhorando as condições do ambiente.

Disciplinar a jornada de trabalho, avaliar a própria capacidade tipo de tarefa e fazer exames periódicos são cuidados que devem ser observados.

II.DOENÇAS DO TRABALHO, assim entendida a adquirida ou desencadeada em

função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente., desde que constante da relação de que trata o Anexo II.

1°- Não serão consideradas como doenças do trabalho:

a) a doença degenerativa; b) a inerente ao grupo etário; c) a que não produz incapacidade laborativa; d) doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região em que ela se

desenvolva, salvo comprovação de que resultou de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

2° - Em caso excepcional, constatando – se que a doença não incluída na relação

constante do Anexo II resultou de condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a previdência social deve equipará – la a acidente do trabalho.

Prevenção de Acidentes

Quando a empresa e os órgãos governamentais garantem condições adequadas para o trabalho de seus empregados verificam – se melhoras na produtividade e no, nível de vida útil do trabalhador.

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Para garantir condições adequadas de trabalho, as empresas são obrigadas a tomar medidas para prevenir acidentes, como, por exemplo, as medidas relativas à medicina do trabalho, que devem assegurar assistência médica, cursos de treinamento para funcionários e a notificação das doenças profissionais.

Além desta, destacam – se as medidas de proteção contra incêndios, de prevenção à fadiga do trabalhador, de iluminação adequada e conforto térmico e outras. CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

Além das medidas de prevenção de acidentes citadas acima, o Ministério de Trabalho, através da Secretária de Segurança e Medicina do Trabalho ( SSMT – MTb ), obriga as empresas privadas e públicas e os órgãos governamentais à constituição de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes ( CIPA ).

Essa comissão deve ser constituída por elementos indicados pela empresa e igual número de representantes eleitos pelos empregados.

Os membros da CIPA reúnem – se periodicamente para discutir problemas relativos á segurança e condições de salubridade da empresa. Através da CIPA, os trabalhadores podem levantar os pontos críticos das condições de trabalho, formular sugestões para os problemas e promover a divulgação, zelando pela prática das normas de segurança e medicina do trabalho.

Normalmente, as empresas burlam a legislação, mantendo CIPAS que não exercem sua função e só existem no papel para constar.

A segurança no trabalho é um direito de todo trabalhador e um dever do empregador. Se todos os trabalhadores fossem conscientes de seus direitos e as organizações de seus deveres, vários acidentes seriam evitados em construções, fábricas, usinas, hospitais e outros. COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES DOS EMPREGADOS

Compete aos empregados cumprir as disposições legais e regulamentares sobre

segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador.

De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho: - Cabe às Empresas:

I – Instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais.

- Cabe aos Empregados:

I – Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo 157;

Único: Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo 157.

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5 – CAUSAS DE ACIDENTES DO TRABALHO

- ATOS INSEGUROS

Os atos inseguros são geralmente definidos como causas de acidentes do trabalho que residem, exclusivamente, no fator humano, isto é, aqueles que decorrem da execução das tarefas de forma contrária às normas de segurança.

É falsa a idéia que não predizer nem controlar o comportamento humano. Na verdade, é possível analisar os fatores relacionados com s ocorrência de atos inseguros e controlá – los. Seguem – se, para orientação, alguns fatores que podem levar os trabalhadores a praticar atos inseguros:

a) Inadaptação entre homem função por fatores constitucionais. Eis alguns exemplos:

- Sexo; - Idade; - Tempo de reação aos estímulos; - Coordenação motora; - Estabilidade X instabilidade emocional; - Extroversão/introversão; - Agressividade; - Problemas neurológicos; - Nível de inteligência; - Grau de atenção - Percepção - Coordenação visual – motora.

b) Fatores Circunstanciais;

São os fatores que estão influenciando o desempenho do indivíduo no momento. Eis alguns exemplos: - Problemas familiares; - Abalos emocionais; - Discussão com colegas; - Alcoolismo; - Grandes preocupações; - Doenças; - Estado de fadiga. c) Desconhecimento dos riscos da função e/ ou da forma de evitá – los. Causado por: - seleção ineficaz; - Falhas de treinamento; - Falta de treinamento.

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d) Desajustamento: Relacionado com certas condições Específicas do trabalho. Eis alguns exemplos:

- Problemas com a chefia; - Problemas com os colegas - Política salarial imprópria; - Política promocional imprópria; - Clima de insegurança;

e) Personalidade: Fatores que fazem parte das características

de personalidade do trabalho e que se manifestam por comportamento impróprio.

Eis alguns exemplos: - O desleixado; - O “ machão’’ - O exibicionista falador; - O desatento; - O brincalhão.

CONDIÇÕES INSEGURAS:

São aquelas que, presentes no ambiente de trabalho, colocam em risco a integridade física e/ ou mental do trabalhador devido à possibilidade do mesmo acidentar – se. Tais condições apresentam – se como deficiência técnica:

a) Na construção e instalação em que se localiza a empresa: áreas insuficientes, pisos fracos

e irregulares, excesso de ruído e trepidações, falta de ordem e de limpeza, Instalações elétricas impróprias ou com defeitos, falta de sinalização.

b) Na maquinaria: localização imprópria das máquinas, falta de proteção em partes móveis e

pontos de agarramento, máquinas apresentando defeitos.

c) Na proteção do trabalho: proteção insuficiente ou totalmente ausente, roupas não apropriadas, calçados impróprios, equipamento de proteção com defeito.

Estas causas são apontadas como responsáveis pela maioria dos acidentes. No entanto, deve –

se levar em conta que, às vezes, os acidentes são provocados por haver condições e atos inseguros ao mesmo tempo.

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MANEIRA DE SE VESTIR NO TRABALHO:

É sabido que as partes das máquinas formam pontos de agarramento que representam constante fonte de perigo para o operador.

Eis alguns exemplos de partes que poderão ser agarradas:

- Cabelos compridos e soltos; - Roupas soltas; - Calças de boca larga; - Enfeites; - Colares; - Cordões; - Brincos; - Relógios; - Pulseiras; - Anéis.

O calçado é também um grande problema no ambiente de trabalho porque, geralmente, os tipos mais usados pelo trabalhador são desaconselháveis e ninguém está livre de que algo pesado caia sobre os pés, algo perfurante ultrapasse a sola, ou fluido corpóreo.

Todos os aspectos citados precisam ser observados, estudados e tratados para se conseguir resultados duradouros ou definidos, mas algumas providências podem ser tomadas de imediato para minimizar os riscos.

Eis alguns exemplos:

NORMAS DE SEGURANÇA

� Não usar quaisquer enfeites no pescoço, nas mãos ou dedos; � Uso indispensável da bata limpa, de manga comprida para os Técnicos em Patologia e

Técnico em Nutrição; de manga curta para os Técnicos em Enfermagem, sapato fechado; � Gorro, máscara e luvas descartáveis, quando necessário;

� Lavar as mãos antes de iniciar os procedimentos e ao terminá – los;

� Evitar encostar – se às bancadas;

� Trabalho com atenção, método e calma;

� Conversar em voz baixa e só quando necessário;

� Consultar o profissional superior cada vez que notar algo de normal ou imprevisto;

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� Não tocar nas substâncias químicas com as mãos;

� Nunca provar uma droga ou solução;

� Não jogar nenhum material sólido dentro da pia;

� Para sentir odor de uma substância, não colocar o rosto diretamente sobre o recipiente. Com a mão, traga ao nariz um pouco dos vapores que se desprendem do recipiente;

� Ler com atenção o rótulo de qualquer frasco de reagente antes de usá – lo. Segurar o frasco

pelo lado que contém o rótulo para evitar que o regente escorra sobre estes;

� Dedicar especial atenção em práticas que necessite utilizar aquecimento ou materiais elétricos;

� Locomover – se o mínimo necessário para não tumultuar o ambiente evitando assim

acidentes;

� Conservar limpo os equipamentos e bancadas;

� Evitar derramar líquidos, mas, se o fizer, lavar imediatamente o local;

� Cotes ou ferimentos, mesmo leve, deve ser desinfetado e protegido;

� Ao aquecer um tubo de ensaio contendo uma substância qualquer, movimentá – lo em círculos em volta de chama e não coloque a extremidade aberta para si ou para uma pessoa próxima;

� Queimaduras causadas por calor seco (chama ou material aquecido), devem ser tratadas

com pomada “ picrato de butesin ’’ ou com “ ácido pícrico ”;

� Queimaduras com ácido, lavar o local com bastante água, em seguida, lavar com solução de bicarbonato de sódio;

� Não adicionar água em ácidos e sim em água;

� Ler e entender a pratica antes de iniciá – la;

� Usar a capela sempre que trabalhar com substância que desprendam vapores tóxicos;

� Ao se retirar do laboratório, verificar se não há torneiras (água ou gás) abertas, em seguida,

desligar todos os aparelhos;

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ORDEM E LIMPEZA

É sabido que no ambiente de trabalho muitos fatores de ordem física exercem influências de ordem psicológica sobre as pessoas, interferindo de maneira positiva ou negativa no comportamento humano conforme as condições em que se apresentam. Neste contexto, a ordem e a limpeza constituem um fatos de influência positiva no comportamento do trabalhador.

Exemplo de fatores de ordem física: - Cor; - Luminosidade; - Temperatura; - Ruído etc. As pessoas que trabalham num ambiente desorganizado sentem uma sensação de mal – estar

que poderá tornar – se um agravante de um estado emocional já perturbado por outros problemas. Esse estado psicológico poderá afetar o relacionamento dos trabalhadores e expô – los ao risco de acidentes, além de prejudicar a produção da empresa.

Exemplificando, ambiente desorganizado, temos: - Passagens obstruídas com tábuas, caixotes, produtos acabados etc; - Obstáculos que impedem o trânsito normal das pessoas por entre máquinas ou corredores; - Obstáculos onde se pode facilmente tropeças ou escorregar; - Chão sujo de substâncias químicas ou biológicas. A limpeza, conservação e manutenção são muito importantes nas máquinas, equipamentos,

bancadas e ferramentas de uso particular. Assim como as dependências de uso coletivo merecem uma atenção especial.

Exemplificado:

- As bancadas e as máquinas devem permanecer sempre limpas e em ordem; - Não deve existir acúmulo de resíduos, cavacos, serragens, etc; - Não deve ficar jogada estopa impregnada de óleo ou graxa; - Para cada coisa existir um lugar adequado; - Armazenar os materiais de uma forma segura; - Manter desimpedido o acesso ao material de combate a incêndio; - Manter a sinalização desobstruída; - Preservar o ordem e limpeza nos refeitórios; - Manter as instalações sanitárias limpas e desinfetadas; - Conservar o vestiário limpo e organizado. Muitos outros exemplos podem ser citados, pois os ramos de atividade em que se deseja

realizar determinadas tarefas, num ambiente de tranqüilidade e segurança, necessita - se de dois fatores imprescindíveis: Ordem e Limpeza.

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ANÁLISE DOS ACIDENTES

É fundamental diante de um acidente ocorrido, a busca das suas causas e a proposição de medidas para que acidentes semelhantes possam ser evitados. Quando se tem este propósito, qualquer acidente, grave ou leve, é rico em informações.

Ao estudo dos acidentes está a necessidade da emissão de documentos que descrevem o acidente e suas causas, a elaboração de gráficos que evidenciam “Segurança’’no ambiente de trabalho.

As medidas prevencionistas decorrentes da análise devem ser comunicadas pela CIPA sob a forma de relatórios e sugestões.

Em seguida, apresentamos considerações sobre documentos e conceitos que fundamentam a análise dos acidentes. Na unidade sobre o estudo da NR – 5 será apresentado um modelo de impresso para a Análise de Acidentes. O acidente de Trabalho, quanto a sua conseqüência, classifica – se em:

- Acidente com afastamento; - Acidente sem Afastamento;

Acidente com Afastamento:

É o acidente que provoca a incapacidade temporária, incapacidade permanente ou morte do acidentado.

Acidente sem Afastamento:

É o acidente em que o acidentado pode exercer sua função normal, no mesmo dia do acidente ou no dia seguinte, no horário regulamentar. Entretanto, não entra nos cálculos das taxas de freqüência e gravidade. Incapacidade Temporária:

É a perda total da capacidade de trabalho por um período limitado de tempo, nunca superior a um ano. É aquele em que o acidentado, depois de algum tempo afastado do serviço, devido ao acidente, volta ao mesmo, executando suas funções normalmente com o fazia antes do acidente.

Incapacidade Parcial e Permanente:

É a diminuição, por toda a vida, da capacidade de trabalho que sofre redução parcial e permanente. Exemplo: perda de um dos olhos; perda de um dos dedos.

Incapacidade Total e Permanente:

É a invalidez para o trabalho. É quando o acidentado perde a capacidade total para o trabalho.

CADASTRO DE ACIDENTES

Assim sendo, na empresa, existem, os controles de qualidade, de produção, de estoque, por exemplo, devem existir os de acidentes colocando em destaque as áreas da empresa, os tipos de

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lesão, acidentes por dias da semana, por idade dos acidentados e outros aspectos de interesse para a análise dos acidentes.

Deve – se, ao mesmo tempo que se atendem aos aspectos legais, buscar – se com isso direcionar os esforços dos órgãos da empresa encarregados de resolver problemas de segurança.

COMINICAÇÃO DE ACIDENTES

É um documento básico que está à disposição dos cipeiros, pois a sua elaboração é obrigatória por lei. A empresa necessita fazer uma comunicação dos acidentes, ao INPS, no prazo de 24 horas e utilizar – se de impresso específico, o CAT – Comunicação de acidente do Trabalho. Se ocorre a morte do funcionário, deve ser feita também para a autoridade policial. Importante também são as medidas que devem ser postas em execução para se evitar que outros acidentes semelhantes venham a correr. Para tanto, é fundamental o envolvimento e a sensibilidade do maior número possível de pessoas dentro da empresa.

MEDIDAS DE SEGURANÇA A SEREM ADOTADAS

Com os dados obtidos na análise dos acidentes, com o registro dos fatos que envolvem os acidentes e das conseqüências por estes sofrida, é possível aos setores encarregados da segurança do trabalho na empresa procurar as soluções imediatas ou de médio prazo, com o fim de evitar que os infortúnios se repitam.

Assim, podem ser realizadas inspeções extras de segurança para identificar causas de acidentes que não eram conhecidas.

Além das verificações técnicas e das soluções materiais, há providências relacionadas com o esclarecimento dos trabalhadores a respeito de problemas novos ou de fatos desconhecidos que podem concorrer para a efetivação de infortúnios.

6 – ACIDENTES TÍPICOS DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE

Aos profissionais de saúde conhecem a melhor forma de prevenir uma doença, de orientar sobre acidentes ou riscos de adoção desse ou daquele estilo de vida.

Quanto ao seu próprio trabalho, entretanto, agem como se desconhecessem todas essas informações. Não tomam, muitas, vezes, os cuidados necessários à preservação de própria saúde nem exigem dos responsáveis as condições necessárias para tal.

a) Lombalgia Problema que ainda não recebeu a devida atenção, mas que afeta parcela significativa dos

trabalhadores da saúde. É urgente a realização de estudos de ergonomia , ao ambiente de trabalho e aos movimentos

de corpo, visando à proteção de saúde do trabalhor e à adaptação dos equipamentos de trabalho com vistas à prevenção de doenças nessas àreas.

Não há preocupação de investimento em educação do trabalhador no sentido de formá – lo para fazer moviventos adequados e reeducá – lo quando à sua postura, de modo a previnir o aparecimento complicações.

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b) Acidentes com Material Pérfuro – Cortante Apesar de constantes, esses acidentes não recebem a devida atenção. Muitos serviços não se

adaptaram ainda às normas de segurança nessa àrea e não investiram em programas de capacitação de seu pessoal.

Muitos profissionais menosprezam os riscos aí envolvidos e continuam a adotar condutas indevidas quanto ao manuseio e à eliminação desses materiais.

c) Contatos com Produtos Químicos Na prática diária, seja no preparo de um reagente, na análise de um exame, na manipulação

dos meios de cultura ou pelo contato com produtos de desinfecção. Apesar de ser um risco permanente, muitas vezes não recebe a devida atenção.

d) Contato com Materiais Contaminados O contato com amostras de sangue, fezes, urina e secreções, aumenta o risco do aparecimento

de doença infecto – contagiosa. Problemas respiratórios, hepatite e risco de contaminação pelo vírus da AIDS devem receber atenção especial dos programas de educação continuada, vacinação, monitoramento periódico da incorporação de novos hábitos e fiscalização da utilização dos equipamentos de proteção individual.

e) Estresse Talvez nenhuma outra atividade humana obrigue o profissional a enfrentar de maneira tão

freqüente e contínua o contato com situação estressantes. Seja devido ao contato com a miséria e o sofrimento humanos, acarretados pelas situações de

limite da vida – nascimento x morte x doença, seja pela impotência sentida diante da dimensão dos problemas, o profissional sofre fisicamente os reflexos desses sentimentos.

O patologista clínico, em especial o técnico da área, é suscetível ao estresse, seja pela pressão que enfrenta diariamente, pelo volume de amostras e exames que analisa, ciente da importância do resultado ou pela soma de problemas anteriores, os decorrentes das dificuldades e da complexidade do trabalho em equipe. No caso da mulher, soma – se ainda o sentimento de desvalorização de seu trabalho e a sobrecarga de atividades fora desse espaço (o cuidado com familiares e casa).

f) Irritação Cansaço e Desânimo

Freqüentes no dia – a – dia, estes são problemas que refletem as condições insatisfatórias de trabalho, merecendo investimento sério e urgente. O trabalho dos profissionais da Saúde, além de ser desgastante e pesado, geralmente não recebe o devido reconhecimento dos que gerenciam os serviços através de ações práticas, como salários, benefícios e valorização.

Para trabalhar com satisfação é preciso antes, aprender a cuidar de si mesmos. Deve – se também exigir um tratamento digno lembrando – se que têm direito de ser devidamente capacitados para o exercício de suas atividades, bem como de receber acompanhamento e controle de suas condições de saúde.

Além disso, têm o direito de receber equipamentos de proteção individual (EPIs), que são necessários ao desenvolvimento de seu trabalho. Isso não pode negligenciado.

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7 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

O Equipamento de Proteção Individual (EPI) é um instrumento de uso pessoal, cuja

finalidade é neutralizar a ação de certos acidentes, que poderiam causar lesões ao trabalhador, e protegê – lo contra possíveis danos à saúde, causados pelas condições de trabalho. O EPI deve ser usado como medida de proteção quando:

- Não for possível eliminar o risco de proteção coletiva; - For necessário complementar o proteção individual; - Em trabalhos eventuais e em exposição de curto período. O EPI é fornecido gratuitamente pelas instituições nas seguintes condições:

• Toda vez que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não permitirem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ ou de afecções profissionais;

• Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas e; • Em situações de emergência.

Dentre os equipamentos de proteção, temos: máscaras, luvas, aventais, calçados, sapatilhas,

óculos, etc. De qualquer forma, o uso de EPI deve ser limitado, procurando – se, primeiro, eliminar ou

diminuir o risco, com a adoção de medidas de proteção geral. Quando seu uso for inevitável, faz – se necessário tomar certas medidas quanto a sua seleção

e indicação, pois o uso e fornecimento dos EPIs é disciplinado pela NR – 6. A seleção deve ser feita por pessoal competente, conhecedor não só do equipamento como,

também, das condições em que o trabalho é executado. É preciso conhecer as características, qualidades técnicas e, principalmente, o grau de

proteção que o equipamento deverá proporcionar.

CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO DOS EPIs

Pode – se classificar os EPIs, agrupando – se segundo a parte do corpo que devem proteger: a) Proteção Para a Cabeça:

Podem estes equipamentos ser divididos em protetores para cabeça, propriamente ditos, que

são os protetores usados para o crânio e protetores para os órgãos da visão e audição. Exemplo de EPI para a cabeça: • Capacete; • Protetor facial contra impacto; • Protetor facial contra respingos; • Protetor facial contra radiações nocivas; • Óculos de segurança contra impactos;

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• Máscara para soldador – solda elétrica; • Protetor auditivo – tipo “plug”; • Protetor auditivo – tipo concha.

b) Proteção Para os Membros superiores:

Nos membros superiores, situam – se as partes do corpo onde, com maior freqüência, ocorrem lesões: as mãos.

A grande parte destas lesões pode ser evitadas através do uso de luvas. As luvas impedem, portanto, um contato direto com materiais cortantes, abrasivos, aquecidos ou com substâncias corrosivas e irritantes.

Exemplos de proteção para os membros superiores: • Luvas de raspa de couro; • Luvas reforçadas, de couro; • Luvas de lona; • Luvas impermeáveis (borracha ou plástico); • Luvas de amianto; • Luvas de borracha especial (contra eletricidade) (luvas de procedimento); • Mangas de raspa de couro; • Mangotes de raspa de couro.

c) Proteção Para os Membros Inferiores:

As pernas e os pés são partes do corpo que além de estarem sujeitos diretamente ao acidente, ainda mantêm o equilíbrio do corpo. Por esta razão, os EPIs ganham dupla importância, ou seja, proteger diretamente os membros inferiores e evitar a queda que pode ter conseqüências graves.

Exemplos de proteção para os membros inferiores: • Sapato de segurança com biqueta de aço; • Sapato de segurança com palmilha de aço; • Sapato de segurança com palmilha e biqueira de aço; • Sapato de segurança com solado antiderrapante; • Botas de segurança cano curto; • Botas de segurança cano longo; • Botas de Borracha; • Perneiras de raspa de couro ( normal ); • Perneiras especiais ( longas ); • Polainas.

d) Proteção do Tronco: Aventais e vestimentas especiais são empregados contra os mais variados agentes agressivos: • Avental de raspa de couro;

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• Avental de lona; • Avental de amianto; • Avental de plástico.

e) Proteção das Vias Respiratórias: Sua finalidade é impedir que as respiratórias sejam atingidas por gases ou outras substâncias

nocivas ao organismo. A máscara é a peça básica do protetor respiratório: � Máscara semifacial. � Máscara facial. � Máscara de filtro. � Máscara com suprimento de ar. � Máscara contra gás, com filtro.

f) Cintos de Segurança:

Não têm a finalidade de proteger esta ou aquela parte do corpo. Destinam – se a proteger o homem que trabalha em lugares altos, prevenindo quedas.

Exemplos: � Cinto com travessão: � Cinto com corda.

GUARDA E CONSERVAÇÃO DOS EPIs

De um modo, geral os EPIs devem ser limpos e desinfetados, cada vez em que há troca de usuários. É necessário que se ajude o operário a conservar o seu equipamento de proteção individual, não só conscientizando – o de que, com a conservação, ele se estará protegendo como também, oferecendo – lhe lugar próprio para guardar o EPI após o seu uso.

Sempre que possível, a verificação e a limpeza destes equipamentos devem ser confiadas a uma pessoa habilitada para este fim. Dependendo do caso, o próprio trabalhador pode se ocupar desta tarefa, desde que receba orientação para isso.

8 – BIOSSEGURANÇA PARA OS TRABALHADORES DE SAÚDE: PRECAUÇÕES UNIVERSAIS OU PREUCAÇÕES BÁSICAS Introdução

O advento da AIDS gerou, nos profissionais de saúde, medo de contrair a doença durante o exercício das suas atividades. A descoberta do agente etiológico e de seus mecanismos de transmissão tornaram possível a composição de barreiras eficazes de proteção que passaram a ser aplicadas apenas quando do atendimento ao paciente dom diagnóstico de AIDS ou a pessoas com sorologia positiva para o HIV.

Nesse sentido foram publicadas orientações para prevenção, nos estabelecimentos de saúde, de todos os patógenos veiculados pelo sangue. Tais recomendações foram chamadas de Preucações Universais ( PU ) e compreendem a lavagem das mãos, a utilização de equipamentos de proteção individual ( EPIs ), cuidados com artigos pérfuro – cortante e cuidados pré e pós exposição a

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material biológico, aplicados em relação a todos os pacientes, durante toda a internação, para impedir o contato direto ou indireto dos profissionais de saúde com qualquer líquido corporal ou com mucosa e pele não integras dos mesmos.

Pretende – se com este trabalho, que deverá ser revisado periodicamente, enfatizar a importância “de se implementar ações educativas permanentes, que familiarizem os profissionais de saúde com as precauções universais e os conscientizem da necessidade de empregá – las adequadamente, como medida mais eficaz para a redução do risco de infecção em ambiente ocupacional”. Conceito

Precauções Universais ( PU ) ou Precauções Básicas ( PB ) são adotadas por todo trabalhador de saúde frente a qualquer paciente para impedir o contato com mucosas e pele não integra dos mesmos e com sangue, sêmen, secreção vaginal, leite humano, líquor e líquidos: sinovial, pleural, peritonial, pericárdio amniótico e outros líquidos corporais contendo sangue visível.

Premissa

“Todos os pacientes são fontes potenciais do HIV, do vírus da Hepatite B e de outros patógeneos veiculados pelo sangue.”

Operacionalização das Normas de Precauções Básicas 1. Lavagem das Mãos:

Lave imediatamente qualquer superfície do corpo, em especial as mãos, quando em contato

direto ou indireto com sangue ou líquido corporais de qualquer paciente. 2. Cuidados Pessoais:

2.1 Evitar uso de jóias. São elas possíveis fontes de germes. Alguns estudos têm demonstrado o

crescimento persistente de bacilos gran negativos na pele subjacente aos anéis. 2.2 Não sentar no leito do paciente. Pode – se carregar germes para casa ou deixar os próprios,

no leito do paciente. 2.3 Manter os cabelos compridos presos durante o manuseio do paciente. Pelos mesmos motivos

anteriores. 2.4 Usar sempre sapatos fechados, evitando assim o contato dos pés com a superfície

contaminada do piso hospitalar. 2.5 Não se alimentar no local de trabalho e nunca fumar no ambiente hospitalar 2.6 Não andar de mãos enluvadas pelos corredores do hospital 2.7 Profissionais de saúde, portadores de lesão de pele, devem evitar o contato direto com

pacientes em situação de risco, assim como evitar o contato com equipamentos

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contaminados. Estes procedimento confere proteção tanto para o profissional quanto para o paciente.

3. Uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPIs.

3.1 Luvas: use – as limpas quando houver possibilidade de contato com sangue, secreções, líquidos corporais, membranas mucosas, ferimentos ou superfícies e artigos contaminados

por aqueles e realização de veno – punção. Quando retirá – las proceda a lavagem básica das mãos.

3.2 Máscaras, Gorro e óculos de Proteção: use – os durante os procedimentos em que haja

possibilidade de respingo de sangue, outros fluídos corpóreos e substâncias químicas nas mucosas da boca, nariz e olhos.

3.3 Aventais, batas ou Capotes: use – os sempre abotados durante procedimentos em que houver

possibilidade de contaminação das roupas dos trabalhadores de Saúde com sangue ou outro qualquer material biológico, inclusive em superfícies contaminadas.

3.4 Botas: use – as em locais úmidos ou com quantidade significativa de material infectante

( centros cirúrgicos, áreas de necropsia e outros. ) 3.5 Instrumento de Proteção para Respiratória: Use cânulas, reanimadores artificiais ou aparelho

de ventilação para reanimação respiratória. Evite a reanimação boca – a – boca.

4. Cuidados com Artigos Pérfuro – cortantes: � Máxima atenção durante a realização dos procedimentos que envolvam a manipulação de artigos

pérfuro – cortantes. � Jamais utilize os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam

pérfuro – cortantes. � Não reencape, entorte, quebre ou retire agulhas das seringas com as mãos. � Nãos utilize agulhas para fixar papéis. � Despreze, em recipientes de paredes resistentes à perfuração, as agulhas, escalpes, lâminas de

bisturi, vidros e outros artigos cortantes ou pontiagudos. 5 . Cuidados Específicos Pré – Exposição: � Vacinação contra o Tétano e Hepatite B recomendada para todos os profissionais de Saúde. 6. Cuidados Após Exposição a Material Biológico: � Exposição das mãos ou da pele: lave imediatamente o local atingido e passe solução PVPI álcool

iodado, álcool glicerinado a 70% ou Clorohexidina a 4%, friccionando por 30;

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� Exposição de mucosas: lave imediatamente o local atingido com solução fisiológica, repetindo a

operação várias vezes até sentir eu o local estálimpo; � Comunique qualquer espoxição a material biológico à Enfermeira responsável pelo seu grupo; � A Coordenação da Escola deverá ser informada nas primeiras 24 horas sobre a exposição

acidental, para preenchimento do comunicado sobre o acidente ocorrido; Como Controlar as Infecções e Evitar Acidentes Usando as Técnicas Adequadas em Relação às Mãos

As mãos dos profissionais de hospitais atuam como importante meio de transmissão das doenças.

A lavagem das mãos deve ser realisada:

1- Ao iniciar e terminar o turno de trabalho 2- Após o uso do toalete 3- Após qualquer trabalho de limpeza 4- Ao verificar sujeira visível nas mãos 5- Após tossir, espirrar ou assoar o nariz 6- Antes e imediatamente após o contato direto com paciente 7- Antes do preparo da medicação

Técnica para Lavagem das Mãos

1 – Abrir a torneira com a mão dominante, molhar as mãos sem encostar na pia: 2 – Enssboar as mãos friccionando – as por aproximadamente 15 a 30 segundos: 3 – Enxaguar as mãos retirando totalmente o resíduo do sabão; 4 – Enxugar com papel toalha ( ou secador mecânico ); 5 – Fechar a torneira, utilizando o papel toalha ( já existe torneira mecânica ).

A higiene das mãos pode ser complementada com a fricção de álcool a 70% com 2% de glicerina (álcool glicerinado). Em unidades de alto risco, há necessidade de remover a flora resistente e transitória, por isso é necessário o uso de anti – sépticos.

9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO E ACONPANHAMENTO DE ACIDENTES COM RISCOS BIOLÓGICOS

Visa permitir a discussão sobre os riscos biológicos, prioritariamente patógeneos de

transmissão sanguínea, para os profissionais de Saúde, professores e alunos. Bioproteção do Profissional de Saúde

Prevenir acidentes do trabalho e doenças ocupacionais tem sido a meta dos profissionais de Saúde. Nossa missão é mostrar que o envolvimento de toda a equipe muito contribuirá para uma cultura prevencionista dentro da Escola. Finalidades do Programa

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- Esclarecer os alunos sobre as normas de precauções básicas; - Estimular todos os alunos a tomar as principais vacinas recomendadas aos profissionais da

Saúde: Contra hepatite B, varicela, sarampo, rubéola, caxumba, influenza, tétano e difteria, hepatite A;

- Divulgar o protocolo de rotina da Escola para acidentes com pérfuro – cortantes; - Registrar os acidentes de trabalho por contato com materiais biológicos; - Investigar as causas e as consequencias dos acidentes do trabalho provocados por objetos

pérfuro – cortantes, e respingos de material biológico em mucosas; - Propor modificações nas rotinas e ambientes de trabalho com a finalidade de torna – los

mais seguros, promovendo a saúde e a segurança do trabalhador; - Criar o vínculo entre o acidente de trabalho e a posível doença profissional dele decorrente,

através de quatro dosagens sequenciais de marcadores sorológicos para Hepatite B, Hepatite C e HIV;

- Identificar os profissionais que já tiveram contato prévio com os agentes biológicos pesquisados e seu estado imunológico atual;

- Avaliar as estratégias de imunizações; _ Prevenir o acidentado contra possíveis doenças decorrentes do acidente ocupacional,

divulgando as profilaxias existentes. ACOMPANHAMENTO DO ACIDENTADO PACIENTE FONTE

- Anti HIV – Teste rápido - Anti HVC - HBs Ag

ACIDENTADO - Anti HIV - Anti HVC - Anti HBC - HBs Ag

Anti HBS – esquema vacional QUIMIOPROFILAXIA BÁSICA QUIMIOPROFILAXIA EXPANDIDA HBI g Gamaglobulina Hiperimune para Hepatite B, 0,06 ml/ Kg Após 7 dias do acidente, a imunoglobulina não tem eficácia comprovada PROTOCOLO DE NOTIFICAÇÃO À EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL PACIENTE FONTE

- Obter autorização para coleta de exames, em duas vias - Anotar o nome do responsável pelo rigistro - Anotar data e hora do acidente

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Escola Profissionalizante de Saúde Dr. Augusto Leite

Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia Tel: 2106-7251/2106-7250

PROTOCOLO DE NOTIFICAÇÃO À EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL FICHA DE NOTIFICAÇÃO OCUPACIONAL Nome: ___________________________________________________________________________ Endereço:_____________________________________________________ Idade______ anos Sexo: ( ) Masc ( ) Fem Função_____________________________________________________ NATUREZA DA EXPOSIÇÃO (descrição do acidente) LOCAL ( ) mãos ( ) braços ( ) olhos ( ) nariz ( ) outros________________________ TIPO DE INSTRUMENTO QUE CAUSOU A LESÃO ( ) Agulha de sutura ( ) jelco ( ) agulha hipodérmica ( ) agulha uso IM ( ) uso EV ( ) lâmina de bisturi ( ) vidraria ( ) outros______________________________________ SANGRAMENTO VISÍVEL NO LOCAL DA PICADA ( ) sim ( ) não EXTENÇÃO DA LESÃO ( ) superficial ( ) profunda LACERAÇÃO/ CORTE ( ) superficial ( ) profunda RESPINGOS EM MUCOSA ( ) volume grande ( ) volume pequeno DURAÇÃO DO CONTATO ( ) longo ( ) curto RESPINGOS EM PELE ( ) íntegra ( ) com eczema ( ) escoriações ( ) bolhas ( ) queimadura ( ) outros___________ MATERIAL CONTAMINANTE RISCO CONHECIDO DE TRANSMISSÃO ( ) sangue ( ) secreção vaginal ( ) qualquer líquido contendo sangue ( ) sêmen ( ) outros________________

COM SUSPEITA DE RISCO ( ) sangue ( ) secreção vaginal ( ) LCR ( ) líquido pericárdico ( ) líquido amniótico ( ) risco duvidoso ( ) fezes ( ) urina ( ) vômito ( ) saliva ( ) lágrima

OBS:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ RESPONSÁVEL PELO PREENCHIMENTO___________________________________________

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10 – EDUCAÇÃO EM SAÚDE

A educação sanitária é uma das tarefas mais significativas entre as que são desempenhadas

pelos profissionais de Saúde na empresa. Tem por objetivo midificar formas de comportamento de conduta individual, do grupo e da comunidade, consequentemente prevenindo enfermidades e mantendo a saúde.

O programa de Educação Sanitária requer um cuidadoso planejamento para diagnosticar e avaliar as necessidades, problemas, atitudes e comportamento dos indivíduos, família e comunidade, expostos a determinadas enfermidades, devendo estabelecer quais as formas de comportamento que essas pessoas devem modificar através da educação, para manter sua saúde.

É de grande importância que a formulação e a aplicação de um Programa de Educação Sanitária, tenha a participação e o apoio das que vão se beneficiar.

Antes de planejar e executar um Programa de Educação Sanitária, os profissionais de saúde precisam saber a situação sócio – econômica, as condições epidemiológicas observadas nas famílias e nas comunidades:

� Que doenças são mais comuns? � Por que há uma incidência maior de determinadas doenças? � Que medidas podem ser usadas para previni – las ?

E, além dos importantes fatores relacionados com as técnicas de informações, comunicação, planejamento, execução, deve – se considerar as questões éticas embasadas no respeito à integridade dos trabalhadores e, que tenha como prioridade o atendimento das necessidades dos trabalhadores e daquelas definidas pelos profissionais de saúde.

Técnicas de Cmunicação Utilizadas em Educação em Saúde

A realização do trabalho em saúde requer a utilização de determinadas técnicas de comunicação.

Dentre as técnicas utilizadas, podemos citar: - palestra; - demonstração; - entrevista. Dentre os diversos meios ou recursos auxiliares utilizados no trabalho educativo, então: - folhetos; - cartaz; - álbum seriado; - flanelógrafo.

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11 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Brasil – Ministério da Saúde. Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Saúde de Enfermagem. Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública – Brasília: Ministério da Saúde, Rio de Janeiro: Fiocruz, 2001. - Senac, Departamento Regional de São Paulo. Higiene e Segurança no Trabalho. Márcio Antônio granado/ etal./ 14ª ed. Contagem: Senac, Armg, 1997. - Senac – DN Higiene Individual e Coletiva / Virginia R. Lima; Anna B. de A. Walhneldt. Rio de Janeiro, SENAC / DN / DFP, 1995. 64p. II. Inclui bibliografia. (Col. Higiene e Profilaxia, 2)