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APOTILA DE APOIO - LIVRO DE DANIEL Material elaborado com apoio da Etecs pelos professores: - Cleverson Dias - Jefferson Tavares - Sergio Santos

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APOTILA DE APOIO - LIVRO DE DANIEL

Material elaborado com apoio da Etecs pelos

professores:

- Cleverson Dias

- Jefferson Tavares

- Sergio Santos

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O LIVRO DO PROFETA DANIEL

(Jefferson Tavares)

Introdução.

O livro de Daniel trata de coisas que em breve irão acontecer “... no fim dos dias” (Dn2.28), daí sua atualidade, pois é nesta época que estamos vivendo. A grandiosidade do cumprimento das profecias tem sido uma fonte de inspiração que nos conduz a estudar cada vez mais o que a Bíblia diz, já no Antigo Testamento, sobre o futuro. O livro de Daniel tem sido uma benção para muitos cristãos, não apenas pela exatidão das suas profecias, mas também pelas grandes lições espirituais que o autor destaca em seu livro. ¹

I. O Profeta Daniel.

O profeta Daniel foi levado à Babilônia na primeira deportação realizada por

Nabucodonosor. Com o passar do tempo deu demonstrações de sua sabedoria a ponto de ascender politicamente e ocupar importantes cargos.

Daniel foi educado em Babilônia, durante a Diáspora, e demonstrou grande capacidade,

não só nas funções que desempenhou diante de reis estrangeiros, mas principalmente como servo de Deus. Ele serviu ao Império Babilônico com dedicação, mas nunca se tornou parte dele. Por isso, Daniel é um exemplo para todos os cristãos: nós estamos no mundo, mas não somos do mundo. A vida de Daniel revela sua completa dedicação ao Deus de Israel e sua disposição de servir a qualquer rei, porém sem jamais comprometer sua fé em Deus. ²

Em sua juventude Daniel teve que decidir entre o mundo e Deus, e ele decidiu por

Deus. Com isso sua vida foi dirigida pela mão divina. A decisão do nosso coração por Deus e por sua palavra é a mais importante de nossa vida! Pois ela determinará o curso da nossa existência dali por diante e vai além da vida terrena, adentrando na eternidade. Somente podemos seguir seguros e felizes em direção à eternidade se tivermos um coração voltado para Deus! ³

II. A Estrutura do Livro de Daniel.

É o 27 º livro da Bíblia contém doze capítulos e 357 versículos. O livro de Daniel foi escrito em hebraico, com algumas partes em aramaico.

As passagens nos capítulos 1.1-2.4a e 8.1-12.13 estão em hebraico. As passagens em

aramaico se encontram nos capítulos 2.4b até 7.28. O livro pode ser dividido em duas partes. A primeira é considerada histórica,

abrangendo os capítulos (1 até 6) , e a segunda parte considerada profética, abrangendo os capítulos ( 7 até 12).

1.Primeira Parte (Histórica).

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• O Cativeiro e a Preparação para o Serviço na Corte (capítulo 1) • A Quádrupla Imagem de Nabucodonosor (cap. 2) • A Fornalha de Fogo Ardente (cap. 3) • A Visão da Árvore e a Loucura do Rei (capítulo 4) • O Grande Banquete de Belsazar (cap. 5) • Daniel na cova dos leões (capítulo 6)

2.Segunda Parte (Profética).

• A Visão dos Quatro Animais e o Ancião de Dias (capítulo7) • A Visão do Carneiro e do Bode (capítulo 8) • A Visão das Setenta Semanas (capítulo 9) • Visões da Glória de Deus (capítulos 10) • Profecias Sobre a Pérsia, Grécia e O Rei do Fim (capítulos 11) • Miguel e As Ressurreições e Acontecimentos do Fim (capítulos 12)

O livro de Daniel na Bíblia Hebraica encontra-se na terceira divisão chamada

“Kethubim” (Os Escritos). A divisão da Bíblia Hebraica é: Lei (Torah), Os Profetas (Nebhiim) e Escritos (Kethubhim).Conforme Lc 24.44: “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse

estando ainda convosco: que era necessário que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito

na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.”

Esta terceira parte da divisão da Bíblia Hebraica é subdividida em outras três, a saber:

livros poéticos; cinco rolos e livros históricos. Pelo fato de o livro de Daniel possuir narrativas de eventos históricos concernentes a vida do profeta, este livro foi classificado como histórico, portanto, na subdivisão dos “Escritos” (Kethubhim).

Na Septuaginta (a primeira versão grega do Antigo Testamento) o livro de Daniel

aparece entre os escritos proféticos, após o livro de Ezequiel, e antecedendo os doze profetas menores. Essa disposição tem sido seguida pelas traduções em línguas modernas. 4

III. Principais Temas.

Soberania de Deus: Os fatos narrados em Daniel enfatizam a fidelidade de Deus e sua autonomia absoluta sobre a história mundial (2.47; 3.17,18; 4.28-37; 5.18-31). Deus está no controle dos acontecimentos, reinos e governos globais.

Fidelidade de Deus: Deus recompensa os que são fiéis a ele e o reconhecem (1.8 ; 2.17-18; 3.12,16-18 ; 5.16-18; 6.7-12; 6.19-24). O livro revela que é possível ao oprimido povo de

Deus sobreviver e até mesmo prosperar numa cultura hostil à sua fé.

Profecias de acontecimentos futuros: As visões de Daniel contém predições de períodos futuros de perseguição, como também do retorno do Cristo Triunfante (7.11,26,27 ; 8.25; 9.27; 11.45;12.13) As visões de Daniel encorajam o fiel povo de Deus que está vivendo debaixo da opressão e da perseguição, oferecendo uma perspectiva divina sobre a realidade que difere do puramente visível: Deus vencerá no final, assim os cristãos de qualquer época podem viver a expectativa do triunfo definitivo (2.44; 7.27; Ap11.15). 5

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IV. O Gênero Apocalíptico.

O livro de Daniel (especialmente os capítulos 7-12) é um exemplo clássico do gênero apocalíptico. A palavra “apocalíptico” deriva de uma palavra grega, “apokalypsis”, que significa “revelação”. Neste gênero (tipo de literatura), o tema principal é o triunfo do reino de Deus sobre os reinos da Terra, no fim dos tempos. 6

V. As Profecias no Livro de Daniel.

O livro de Daniel possui um conteúdo profético muito rico, sendo um dos livros da Bíblia com maior número de profecias.

O livro é considerado como a chave para as profecias bíblicas. Sem ele, remotas revelações escatológicas e seu escopo profético são inexplicáveis. As grandes profecias do Senhor, no discurso sobre o monte das Oliveiras (Mt 24—25; Mc 13; Lc 21), bem como 2 Tessalonicenses 2 e o livro de Apocalipse (ambos mencionam o Anticristo de Daniel 11), só podem ser compreendidas com a ajuda das profecias de Daniel. As profecias de Daniel contem muitos símbolos, mas o que ele viu e profetizou deve ser considerado em todo seu sentido comum, histórico e literal. Por trás do simbolismo de Daniel, ha um cumprimento literal. Além disso, todo o simbolismo gira em torno de pessoas e nações reais que existiram nos dias de Daniel ou viriam a existir no futuro. 7

1. O Sonho de Nabucodonosor.

A primeira profecia de Daniel tratava da interpretação de um sonho do monarca de Babilônia (Dn 2.1). No segundo ano do reinado de Nabucodonosor, teve este um sonho no qual via uma colossal estátua que possuía feições humanas e era composta por: ouro, prata, cobre, ferro e barro, e que por fim, era destruída por uma pedra cortada, sem mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro.

Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; essa estátua, que era grande, e

cujo esplendor era excelente, estava em pé diante de ti; e a sua vista era terrível. A cabeça

daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus braços, de prata; o seu ventre e as

suas coxas, de cobre; as pernas, de ferro; os seus pés, em parte de ferro e em parte de

barro. Estavas vendo isso, quando uma pedra foi cortada, sem mão, a qual feriu a estátua

nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou. (Dn 2.31-34)

Através do sonho, Deus revelou a Nabucodonosor o fim do poder Babilônico e a sequência dos impérios que se seguiriam. Nesta revelação Deus faz um resumo da ascensão e o declínio de poderes mundiais, nações gentílicas que dominariam sobre a terra por tempo determinado até a vinda do Reino Eterno do Senhor.

1.2 O Significado do Sonho.

Pelo profeta Daniel, o rei obteve a exata interpretação do sonho que o perturbou (Dn 2.1).

A cabeça de ouro representa o monarca Nabucodonosor e o reino da Babilônia

(Dn2.37;38). Durou de 636 a.C - 539 a.C. O peito e os braços de prata representam o reino Medo-Persa (539 a.C - 330 a.C). O

império medo-persa conquistou a Babilônia em aproximadamente 539 a.C (Dn5.30.31).

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O ventre e os quadris de bronze representa o reino da Grécia ( 330 a.C – 63 a.C). Alexandre o Grande teve o maior império da antiguidade. Porém faleceu em 323 a.C.

As pernas e os pés de ferro e barro representam o império Romano (63 a.C – 476 a.C) . O ferro representa a força, porém o barro a fragilidade. Cada perna simboliza à divisão do império - Ocidental e Oriental.

Os dez dedos dos pés representam a forma final do poder gentílico. Trata-se de um

poder político que terá a sua atuação na tribulação. “... são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão o poder como reis por uma hora, juntamente com a besta”. (Ap17.12)

A pedra cortada sem mãos refere-se à Cristo que, na segunda vinda em glória,

esmagará o reino do anticristo e estabelecerá o seu governo sobre toda a Terra, o Reino Milenial.

A estátua do sonho de Nabucodonosor refere-se aquilo que Jesus descreveu como “os

tempos dos gentios” (Lc 21.24), um período definido por Deus, em que, Jerusalém estaria sobre o domínio dos gentios. Este período teve seu início com o cativeiro de Judá, sob Nabucodonosor e terminará quando Cristo voltar para estabelecer o seu Reino.

2. A Visão dos Quatro Animais.

Durante o primeiro ano do reinado de Belsazar, Deus revelou a Daniel outro resumo sobre os impérios mundiais que estavam por vir. Por meio de um sonho e visões noturnas, Daniel viu o mar revolto (representando os povos). Desse mar, subiram quatro grandes animais, que eram um leão, um urso, um leopardo e quarto que foi definido como “terrível, espantoso e sobre modo forte”. Esses animais representavam a Babilônia, Medo-Persa, Grécia e Roma. 8 (Dn. 7, 1-4).

Leão: O primeiro animal da visão representava a Babilônia, símbolo de poder;

majestade e força. Na visão o leão é descrito com duas asas que representam a rapidez de suas conquistas.

Urso: O segundo animal da visão representa o império medo-persa. O urso levantou-se de um dos lados, e tinha na boca três costelas. O lado que se elevou foi a Pérsia, que passou a ter ascendência sobre a Média. Tendo na boca três costelas entre seus dentes representam o Egito, a Lídia e a Babilônia, que foram conquistadas pelo império medo-persa.

Leopardo: O terceiro animal da visão representa a Grécia.É representado por um

leopardo com quatros asas, que simbolizam a velocidade das conquistas de Alexandre o Grande. Esse animal é descrito com quatro cabeças que representam os quatro generais que assumiram o império após a morte de Alexandre o Grande.

A Fera Terrível:O quarto animal da visão representa Roma e ainda à sua última forma

de expressão que haverá na Tribulação.O texto nos diz que a fera tinha dez chifres. Esses dez chifres que o animal tinha sobre a cabeça representam dez reinos que surgirão no fim dos tempos. Daniel escreveu “Estando eu a considerar as pontas, eis que, entre elas subiu outra ponta pequena” (Dn7.8). Esta ponta pequena representa o futuro anticristo, ao emergir entre os dez reinos.

O quarto animal seria um rei ou reino, como os demais animais (7.17,23). Esse animal

tinha dentes de ferro (v. 7). Seria o reino da força, da ferocidade, do esmagamento, como foi o Império Romano. Os dez chifres do versículo 7 correspondem a dez futuros reis (v. 24). Esses

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futuros reis ou reinos correspondem aos dez dedos dos pés da estátua do capítulo 2.41,44, e aos dez chifres da besta de Apocalipse 13.1 e 17.12, a saber, ao Anticristo e suas nações confederadas durante a Grande Tribulação. A visão do quarto animal com seus detalhes foi tão impressionante, que Daniel concentrou sua atenção sobre ele, querendo saber a que se referia (vv. 19,20). O chifre pequeno (7.8) representa o futuro Anticristo. Ele, ao emergir entre os dez reinos, abaterá três reis. Essa expressão do Império Romano em dez reinos ainda não ocorreu, pois quando esse império deixou de existir tinha apenas duas formas, correspondentes às duas pernas da estátua do capítulo 2, isto é, o Império Romano do Ocidente e o Império Romano do Oriente. O primeiro caiu em 476 d.C. O segundo, em 1453. A divisão do império em dois deu-se em 395 d.C. Portanto, os fatos proféticos do versículo 8 são ainda futuros, como bem mostra o livro de Apocalipse. 9

3. A Visão do Carneiro e do Bode.

No capítulo oito, Daniel nos fala de outra visão que lhe foi dada no terceiro ano do reino de Belsazar. A visão se referia a predições sobre uma guerra entre os Impérios Persa e Grego.

Daniel viu um carneiro com dois chifres que representava os medos e os persas.

“Aquele carneiro que viste com duas pontas são os reis da Média e da Pérsia” (Dn 8,20). Então, Daniel observou que na visão apareceu um bode vindo do Ocidente sobre toda a terra sem tocar no chão e atacou o carneiro.

E levantei os meus olhos e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o qual tinha duas

pontas[...] eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra,[...] E o vi chegar perto do

carneiro, irritar-se contra ele; e feriu o carneiro e lhe quebrou as duas pontas... (Dn8. 3-

7).

3.1 O Significado da Visão.

O carneiro e seus dois chifres: “Aquele carneiro que viste com duas pontas são os reis

da Média e da Pérsia” (Dn 8,20).Os dois chifres representam os medos e os persas. O carneiro e seus dois chifres (8.3,4) é a Pérsia. "Aquele carneiro que viste com dois

chifres são os reis da Média e da Pérsia" (v. 20). É representada no cap. 7 vs.5 por um urso. Os dois chifres falam da dualidade do império: Média e Pérsia. O chifre mais alto ("um mais alto do que o outro"-v. 3) é a Pérsia, que apesar de ser mais recente do que a Média, tornou-se proeminente. "O mais alto subiu por último" (v. 3). Em 550 a.C. Ciro, um persa, rebelou-se contra os medos, que até então detinham o poder e tornou-se cabeça dos dois reinos. 10

O bode e seu chifre representa o rei da Grécia que foi Alexandre o Grande“...mas o bode

peludo é o rei da Grécia; e a ponta grande que tinha entre os olhos é o rei primeiro” (Dn 8, 21).

O reino da Grécia (8.5-8) é representado por um bode. "O bode peludo é o rei da

Grécia" (v. 21). No capítulo 7.6 é representado por um leopardo. O "chifre notável" do bode (v. 5) é Alexandre, o Grande, um dos guerreiros mais brilhantes dos tempos antigos: rei da Macedônia, fundador do helenismo, gênio militar e propagador da cultura grega. Foi ele o grande imperador grego. Os versículos 6 e 7 falam da arremetida furiosa e irresistível de seus exércitos. Em doze anos de reinado Alexandre tinha o mundo a seus pés. Morreu em 323 a.C., em Babilônia, aos 33 anos de idade. 11

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Está profecia sobre a Grécia como potência mundial foi feita com aproximadamente 200 anos de antecedência e se cumprir com todos os detalhes. Conforme nos registra a história, a Grécia sob o comando de Alexandre o Grande venceu o império Medo-Persa.

A Bíblia é a única obra que contém uma profusão de profecias relativas às nações, a

Israel, a todos os povos da terra, a cidades específicas e à vinda dAquele que seria o Messias. Nenhuma literatura da antiguidade fornece uma profecia realmente exata de um grande acontecimento histórico em um futuro distante. 12 “E quem chamará como eu, e anunciará isso, e o porá em ordem perante mim, desde que ordenei um povo eterno. Este que anuncie as coisas futuras e as que ainda hão de vir. Não vos assombreis, nem temais; porventura, desde então, não vo-lo fiz ouvir e não vo-lo anunciei?” (Is 44.7,8)

4.Um Tipo do Anticristo.

No capítulo oito do livro de Daniel, em continuação a visão do carneiro e do bode, nos é informado sobre a morte de Alexandre o Grande e a ascensão dos seus generais sob o comando do império Grego. E na sequência da profecia menciona-se que de um dos chifres aparece um “pequeno chifre”, que se tornaria um grande líder. Trata-se de Antíoco Epifânio, governador da Síria (175 a.C a 163 a.C) um dos homens mais cruéis da história.

“... mas, estando na sua maior força, aquela grande ponta foi quebrada; e subiram no seu

lugar quatro também notáveis, para os quatro ventos do céu.(Dn8.8) e a ponta grande

que tinha entre os olhos é o rei primeiro; o ter sido quebrada, levantando-se quatro em

lugar dela, significa que quatro reinos se levantarão da mesma nação, mas não com a

força dela” (Dn8.21,22)

O versículo oito nos informa que a ponta do bode foi quebrada, isso representa a morte

de Alexandre o Grande, que faleceu subitamente no auge de seu poder, aproximadamente em 323 a.C.

Na sequência da profecia é descrito que quatro pontas subiram no lugar da ponta que

foi quebrada, isso representa os quatro generais que assumiram o império após sua morte. Que foram Ptolomeu, Lisímaco, Seleuco e Cassandro filho de Antípatro, que se tornou governante do reino de seu pai.

No versículo nove, a visão mostra que de uma das pontas (chifres) surgiu uma ponta

muito pequena.“E de uma delas saiu uma ponta mui pequena a qual cresceu muito...”

(Dn8.9)Aqui o texto fala do surgimento do imperador Antíoco Epifânio que chegou ao poder em aproximadamente 175 a.C.

Antíoco Epifânio proibiu qualquer prática religiosa do povo judeu sob pena de morte,

como: a guardar do sábado, a prática da circuncisão, a obediência às leis alimentares levíticas. Foi um homem terrível que chegou ao ápice de profanar o templo de Jerusalém com um sacrifício idólatra, oferecendo uma porca sobre o altar.

Antíoco Epifânio, o "chifre pequeno" de Daniel 8.9 é conhecido como o "Anticristo do

Antigo Testamento", tal a perseguição que infligiu ao povo judeu no século II a.C., durante o chamado Período Interbíblico. (Assim se chama o período que vai de Malaquias a Mateus - cerca de 400 anos.) Antíoco reinou de 175 a 163 a.C. Ele decidiu exterminar o povo judeu e sua religião. Chegou a proibir o culto a Deus. Recorreu a todo tipo de torturas para forçar os judeus a renunciarem à sua fé em Deus. Isto deu lugar à famosa Revolta dos Macabeus, uma das páginas mais heroicas da história de Israel. Epifânio quer dizer o magnífico. Ele era assim chamado por seus amigos. Seus inimigos o chamavam "Epimânio", que quer dizer louco.

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Antíoco prefigura o futuro Anticristo, pois no versículo 19 está escrito: "Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; porque esta visão se refere ao tempo determinado do fim". 13 5. A Profecia das Setenta Semanas.

Pelas Escrituras, Daniel compreendeu que Jerusalém ficaria desolada por setenta anos

(Dn9, 1-6). Nos tempos de Daniel a cidade de Jerusalém estava em ruínas desde sua destruição em 586 a.C, por Nabucodonosor. O profeta Daniel compreendeu que após setenta anos o cativeiro na Babilônia haveria de terminar. Os versículos 3-20 do capítulo nove descrevem a oração de Daniel, na qual ele se dirigiu a Deus em favor de seu povo e de sua terra. Enquanto Daniel orava, Deus respondeu enviando o anjo Gabriel para dar a interpretação da visão que ele receberá acerca das setenta semanas (Dn 9, 22).

5.1 O Significado da Visão.

Nesta profecia das setenta semanas cada dia representa um ano. Sendo assim, setenta semanas vezes sete são 490 dias, que representam 490 anos.

Esses 490 anos se dividem em três etapas: a primeira compreende 49 anos, a segunda 434 anos e a última 7 anos.

1ª Etapa: Sabe e entende: desde a saída da ordem para edificar Jerusalém... sete semanas

[...] (Dn 9, 25).O período dessa primeira etapa da profecia corresponde a 49 anos, representados por sete semanas. Seu início se deu em 445 a.C. Esse período começaria com a expedição do decreto de reconstrução de Jerusalém até no fim dos 49 anos, no qual, a cidade de Jerusalém estaria reconstruída. 2ª Etapa: Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a

Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, [...]sessenta e duas semanas...(Dn 9, 25).A segunda etapa refere-se a sessenta e duas semanas, isto é, 434 anos, tempo que vai da restauração de Jerusalém até o Messias. Nesse período surge o Messias e é morto. A cidade de Jerusalém é destruída e há guerras até o fim. Os 434 anos vão de 397 a.C. até os dias da morte de Cristo. Logo depois ocorreu a destruição de Jerusalém pelos romanos, em 70 d.C. Conforme o versículo 26, após a morte de Jesus seguiu-se a destruição de Jerusalém. Assim, de acordo com a profecia (v. 26), o Messias morreria antes da destruição da cidade, o que de fato ocorreu. 14 3ª Etapa: A primeira e a segunda etapas juntas resultam em 483 anos. Para que os 490 anos se completem falta uma semana, ou seja, sete anos. Esses sete anos representam o período da tribulação que irá acontecer após o arrebatamento da Igreja. Nessa última semana da profecia o anticristo fará um concerto com o povo judeu, porém, na metade da semana, será quebrado o concerto. E ele firmará aliança com muitos por uma semana;

e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações

virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre

o assolador (Dn 9.27). Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu

próprio nome, a esse aceitareis (Jo 5.43). Há um intervalo de tempo entre 69º e a 70º semanas, indicado no versículo 26, pela

expressão "e até o fim". Neste intervalo (que já vai para 2.000 anos), enquanto Israel é rejeitado (ver Lucas 13.34,35), a Igreja é formada e arrebatada para o Céu. Realmente, à luz de Daniel 9.24, a profecia das Setenta Semanas nada tem com a Igreja, a não ser indiretamente, como já mostramos, no caso do intervalo: "e até o fim". Após o arrebatamento da Igreja terá

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início então a 70º semana - os sete anos em que ocorrerá a Grande Tribulação, a qual é descrita em detalhes em Apocalipse, capítulos 6 a 18. Essas semanas tratam das provações e sofrimentos pelos quais Israel terá de passar antes que o seu Libertador apareça, para que, como diz o final do versículo 24 da profecia em estudo, os pecados de Israel tenham fim, e para trazer a justiça eterna. Estas "semanas" não se referem à Igreja, mas a Israel. "Sobre o teu povo [o povo de Daniel], e sobre a tua santa cidade" (a cidade de Jerusalém - v. 24). A última semana corresponde aos sete anos de tribulação, sendo que, esta última semana culminará com a vinda de Jesus em glória com todos os seus santos. 15

6. A Tribulação.

No capítulo doze do livro de Daniel está escrito sobre o “tempo de angústia” que há de vir sobre a terra, referindo-se aos sete anos de tribulação, também descrito como a última semana da profecia das setenta semanas.

A tribulação é um período descrito nas Escrituras como:

Período de ira (Sf1:15,18; 1 Ts 1.10 ; 5.9 ; Ap 6.16,17). Período de julgamento (Ap 14.7 ; 15.4 ; 16.5,7 ; 19.2 ). Período de indignação (Is 34.1-3). Período de tentação ( Ap3.10). Período de angústia ( Jr30.7; Dn 12.1). Período de destruição (Jl1:15). Período de escuridão (Jl2:2 ;Am 5.18; Sf1.14-18). Período de desolação (Dn9.27 ) Período de transtorno (Is 24.1-4 , 19-21).

Será um período de sofrimento, sem precedentes. Um tempo em que a ira do Senhor há de ser derramada no mundo. Os últimos dias serão o período de tempo mais tenebroso da história humana.“... porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais.”(Mt24:21)(ARA)

7. O Anticristo.

O anticristo será um individuo real, sob o controle de Satanás. “A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem” (2Ts 2.9,10).

Veja abaixo as características da pessoa do anticristo descritas no livro de Daniel:

• Poderoso - Intelectualmente (Dn 7.20). • Eloquente Orador (Dn7.20). • Mestre na política ( Dn11.21). • Gênio militar (Dn 8.24). • Será um líder nos dias finais (Dn8.23). • Mestre do Engano (Dn 11.21). • Um homem vil (Dn 11.21). • Ele firmará uma aliança de paz com Israel (Dn 9.27). • Ele perseguirá o povo de Israel (Dn9.27).

O título “anticristo” refere-se tanto a um antagonista de Cristo, como aquele que se coloca no lugar de Cristo - um impostor. “O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo

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parecer Deus.” (2Ts 2.4) Abaixo segue uma rápida análise bíblica que nos mostra que o anticristo será um impostor tentando imitar o Cristo.

Cristo: Em (Ez 43.6-7) está escrito que o Cristo se assentará no templo de Jerusalém. Anticristo: Em (2Ts 2.4) senta-se no templo de Jerusalém.

Cristo: É Deus. (Jo 1.1-2) Anticristo: Afirma ser Deus. (2Ts2.4)

Cristo: Faz aliança de paz com Israel. (Ez37.26) Anticristo: Faz aliança de paz com Israel. (Dn9.27)

Cristo: Faz com que os homens adorem a Deus. (Ap.1.6) Anticristo: Faz com que os homens adorem a Satanás.(Ap.13.3-4)

Cristo: Sela os homens com O Espírito Santo. (Ef.1.13). Anticristo: Marca os homens com um sinal. (Ap13.16)

Cristo: É chamado de Rei. (Ap19.16). Anticristo: É chamado de rei. (Dn8.23)

Cristo: Senta-se em um trono. (Ap3.21) Anticristo: Senta-se em um trono. (Ap13.2 ; 16.10)

Cristo: É descrito sobre um cavalo branco. (Ap19.11) Anticristo: É descrito sobre um cavalo branco. (Ap6.2)

Cristo: Tem um exército. (Ap19.14) Anticristo: Tem um exército. (Ap19.19)

7.1 O Fim do Anticristo.

Em sua vinda em glória, Jesus derrotará o anticristo e o falso profeta. Com poder e

glória e com a assopro de sua boca irá derrotar todos os inimigos de seu povo, lançando à besta e o falso profeta no inferno e aprisionando Satanás por mil anos.“Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram de suas carnes”. (Ap 19, 20-21) 8. Revelações Finais.

Nos capítulos onze e doze do livro de Daniel há uma série de revelações que são entregues ao profeta. O capítulo onze há uma sucessão de acontecimentos ao longo da história, tendo como ponto de partida os reis da Pérsia. A narrativa segue sua cronologia até chegar a Antíoco Epífânio, sendo os versículos finais uma descrição do anticristo.

Logo no início do capítulo doze o profeta nos fala sobre as ressurreições da vida eterna

e a da vergonha eterna. “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para a vergonha e desprezo eterno” (Dn 12.2). No final do capitulo é mencionado dois períodos: 1290 dias (Dn 12.11) e 1335 dias (Dn 12.12). Esses períodos referem-se aos três anos e meio finais da tribulação, o julgamento das nações e os dias da preparação para o Milênio.

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Perguntas.

1. Quais são os principais temas abordados no livro de Daniel são:

a) Soberania de Deus, fidelidade de Deus e Profecias de acontecimentos futuros.

b) A história de Daniel, a história de Nabucodonosor e reinado de Belsazar.

c) O cativeiro da Babilônia, as conquistas da Assíria e o Arcanjo Miguel.

d) A Lei, os Profetas e os Escritos.

2. O livro de Daniel pode ser divido em duas possíveis partes, que são:

a) Histórica e Profética.

b) Poéticos e Históricos.

c) Livro de sabedoria e livro hínicos.

d) Proféticos e Poéticos.

3. Na primeira versão grega do Antigo Testamento, chamada Septuaginta, o livro de

Daniel aparece entre os:

a) Escritos Proféticos.

b) Livros Poéticos.

c) Escritos de Moisés.

c) Livros de Sabedoria.

4. No sonho de Nabucodonosor, os dez dedos da colossal estátua, representam:

a) A forma final do poder gentílico que terá sua atuação no período Tribulacional (Ap.17.12)

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b) A forma final do poder gentílico que terá sua atuação nos dias atuais (Ap.17.12)

c) A forma final do poder gentílico que terá sua atuação no Milênio (Ap.17.12)

d) A forma do poder gentílico nos dias do apóstolo João (Ap.17.12)

5. Os quatro grandes animais na visão descritas no capítulo 7 representam:

a) A Babilônia, o império Medo-Persa, a Grécia e Roma.

b) O império da Babilônia, a Assíria, a Grécia e Roma.

c) A Babilônia, Israel, Síria e Roma.

d) A Babilônia, Egito, Assíria e Roma.

6. Na visão descrita no capítulo oito do livro de Daniel, o carneiro com seus dois chifres

representa:

a)Alexandre o grande e seus dois generais.

b)Ciro e seus dois generais.

c)Os Medos e os Gregos.

d)Os reis da Média e da Pérsia.

7. Acerca de Antíoco Epifânio podemos afirmar:

a) Foi um dos homens mais cruéis da história que perseguiu o apóstolo João.

b) Foi um dos homens mais cruéis da história que perseguiu o povo judeu no século XV,

durante a diáspora.

c) Foi um dos homens mais cruéis da história que perseguiu o povo judeu no século II, durante

o chamado período Interbíblico.

d) Foi um dos homens que ajudaram Daniel durante o reinado de Ciro.

8. A última semana da profecia das setenta semanas refere-se:

a) Ao período de restauração de Jerusalém.

b) Ao período de restauração de Jerusalém até o Messias.

c) Refere-se aos dias atuais.

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d)Ao período tribulacional de sete anos.

9. O livro de Daniel descreve o anticristo como:

a) Um homem vil, que fará uma aliança com Israel no início dos sete anos de tribulação.

b) Um homem vil, que fará uma aliança com Israel no Milênio.

c) Um homem vil, que fará uma aliança com Israel após os sete anos de tribulação.

d) Um homem vil, que não fará nenhuma aliança com Israel.

10. Na visão dos quatro animais conforme o capítulo 7, o terceiro animal descrito como

um leopardo representa:

a) A Babilônia.

b) A Grécia.

c) Os Medos e os Persas.

d) Roma.

_________________________________________________________________________________

Bibliografia.

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2. Descomplicando as Profecias de Daniel./ Arno Froese ; pp.7-8 ,Porto Alegre:Actual Edições,2005.

3. Noberth Lieth; op. cit., pp. 13.

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8. Ibid.,pp.177.

9. Daniel e Apocalipse / Antônio Gilberto da Silva.pp.44,45 - Rio de Janeiro CPAD, 1984.

10. Ibid.,pp. 47,48.

11. Ibid.,pp. 48.

12. Noberth Lieth; op. cit., pp. 144.

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13. Antônio Gilberto; op. cit., pp.48,49.

14. Antônio Gilberto; op. cit., pp.57.

15. Antônio Gilberto; op. cit., pp. 58,59,61,62.

O Livro do Profeta Daniel e a Vida Cristã Sergio Santos

Introdução O exemplo de Daniel e de seus três companheiros é uma fonte de inspiração para todos

aqueles que desejam viver com fidelidade a Deus em meio a um mundo hostil em que os paradigmas dos valores morais estão todos ou invertidos ou em ameaça constante de perderem o sentido. Independente de quão maléficas fossem as ameaças e de quão promissoras fossem as ofertas do império babilônico, Daniel, Ananias, Misael e Azarias continuaram a viver segundo os princípios divinos, conforme as leis do seu Deus.

Comentário A Bíblia nos orienta a sermos prudentes em todos os nossos atos (Pv 13.16; 14.6, 8,

33). Esta virtude pode ser notada facilmente na relação de Daniel e seus três amigos com as ordens do Rei. O motivo que os levou a não se alimentarem das finas iguarias do rei (1.8), não foi apenas o desejo de não se contaminar com alguma enfermidade provinda daqueles alimentos. Segundo o Comentario Exegetico y Explicativo de la Biblia, Vol. 1, p. 937, “era costume jogar no chão uma pequena porção das iguarias, como uma oferenda inicial aos deuses, bem como para consagrá-los por toda a festividade (veja Deuteronômio 32:38). A participação em tal ato os comprometeria com a idolatria”1. Mas eles fizeram isso de maneira

1 Parêntesis do autor citado.

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afável e atenciosa com os servos do rei, pois eles eram responsáveis em cumprir as ordens do monarca (Comentário Bíblico Beacon, Vol. 4, p. 504), ou como diz Champlin, “Daniel, entretanto, não demonstrou intolerância ou animosidade, como fazem alguns separatistas hoje em dia. Ele não iniciava inimizades desnecessariamente” (O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, Vol 5, p. 3.374).

A prudência, que tem a mesma origem da palavra providência, envolve mais do que saber o que fazer, também diz respeito a como fazer. A pessoa prudente é aquela que pensa no futuro e sabe quais atos devem se tomar no presente e quais afetará de modo positivo ou negativo o futuro consequente (Por trás das palavras – Manual de etmologia do portugês, p. 82). Com a sabedoria que Deus lhes deu (Tg 1.5), os quatro jovens souberam agir com a prudência necessária.

Às vezes pensamos que, se a hora de agir chegou, não importa a maneira como isso ou aquilo será realizado ou dito; o mais importante é agir, não importando as consequências. Mas, não é bem assim. O cristão prudente é aquele que não apenas sabe a hora de agir, mas também a maneira correta de como fazê-lo, evitando as inconveniências e os perigos, agindo com paciência ao tratar de assuntos delicados e difíceis. Esta era a virtude de Daniel e de seus três amigos, e deve ser a nossa também. As iguarias do mundo hodierno também podem ser tentadoras para os cristãos, mas a resolução de se manter isento do comprometimento com as trevas são muito recompensadores, não apenas hoje, mas no futuro também (Fp 2.15; 1Pd 2.9; Ap 3.11; 22.12). Além de, por esta atitude, nos identificarmos com o Senhor Jesus Cristo (Mt 4.9,10).

As perguntas que devemos fazer a nós mesmo são: O que estamos fazendo quais cristãos no mundo? O que estamos acrescentando? A nossa cosmovisão cristã é realmente forte ao ponto de influenciarmos as pessoas no mundo? Ou estamos sendo arrastados pela espiral de brilhos mundanos e sendo influenciados pelas oportunidades que se nos oferecem em contraste com os valores cristãos? Estamos transformando ou sendo transformados? Daniel e seus três amigos fizeram a sua escolha de, com sabedoria e gentileza, influenciar e transformar o mundo em sua volta e não ser contaminado por ele. Estas devem ser a nossa postura e escolha também (Sl 119.11, 103; Pv 4.23; Rm 12.1, 2; 12.18).

Além disso, conforme observa Raymond Brown, “a lição desta história deve ter sido clara aos judeus, a quem Antíoco IV Epífanes tentou forçar a comer carne de porco (lMacabeus 1.62,63; 2Macabeus 6.18; 17.1), o Deus, que não permitiu que os jovens do exílio babilônico fossem castigados quando se recusaram a compartilhar do alimento e bebida dos pagãos, também na perseguição atual viria em auxílio daqueles que se recusavam a violar a lei de Moisés” (Comentário Bíblico São Jerônimo Antigo Testamento, p. 813).

O mesmo pode ser dito quando as suas vidas corriam perigo por causa de um sonho que Nabucodonosor teve e ninguém conseguiu decifrar, levando o rei a ameaçar de morte a todos os sábios do império, Daniel agiu com prudência (2.14-16), pois ele sabia que para tudo havia um tempo para agir (Ec 3.1) bem como um modo correto de fazê-lo (Ec 8.5, 6).

Diante da ameaça de serem jogados vivos numa fornalha incandescente, por não se dobrarem diante de uma imagem, os três amigos de Daniel preferiram a morte a fazer um ato de idolatria. Deus protegeu a todos, é verdade (3.4-6, 27), mas, notemos a disposição dos jovens. Não importava as consequências, eles estavam determinados a perseverar até o fim: “Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste” (Dn 3.17, 18).

Daniel também deixou o seu exemplo diante da morte quando os seus inimigos tentaram mata-lo por mudar uma lei dentro do império com o único objetivo de enquadrar Daniel num crime, cuja penalidade seria a morte (Dn 6.7-9). O motivo? Inveja. Daniel se

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destacara acima de todos os sátrapas2 e presidentes que o Rei designou (6.3). Daniel, por não mudar o costume de sempre orar ao seu Deus (6.10), foi difamado e lançado para os leões (6.18).

Esta atitude, tanto de Daniel como de seus três amigos, é semelhante ao patriarca Jó, quando disse: “Ainda que ele me mate, nele esperarei; contudo, os meus caminhos defenderei diante dele” (Jó 13.15 ARC). Por que somos cristãos? Porque amamos a Deus, independentemente de alguma bênção material que porventura recebamos dEle. Nem tampouco por alguma proteção que Ele quiçá nos dê diante de algum perigo. Que estes exemplos faça-nos lembrar que o bem maior nós já recebemos, ou seja, somos salvos por Cristo Jesus, nosso Senhor e se vivermos ou morrermos, pertenceremos sempre a Ele (2Co 5.14, 15; Gl 2.20; Fp 1.21).

Segundo Champlin, “o livro de Daniel compõe-se essencialmente de seis histórias e quatro visões. As histórias ocupam os capítulos 1-6, e as visões os capítulos 7-12” (O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, Vol 5, p. 3.387). No capítulo 4 encontramos a história da insanidade do rei Nabucodonosor. O relato mostra uma lição moral e espiritual pois não importa a grandeza do ser, desde os poderosos monarcas ao mais simples mortal, todos são impotentes diante de Deus, o único digno de toda a glória e majestade. Nabucodonosor foi reduzido ao estado dos animais, completamente humilhado pelo decreto divino que anulou tudo quanto ele era e podia fazer. Por outro lado, a misericórdia do Senhor foi manifestada ao seu favor quando este se humilhou e reconheceu que só Deus é o Governante absoluto (4.32-37), pois o rei recebeu permissão de voltar e recuperar sua antiga glória.

Muitas histórias existem em que pessoas arrogantes, por causa da presunção, foram abatidas à humilhação. A Palavra de Deus já nos adverte dizendo que “a soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda” (Pv 16.18). Podemos seguramente aguardar o dia em que Deus chamará à prestação de contas a todas as pessoas, conforme nos garante o profeta Isaías: “Eis que vem o dia do SENHOR, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação, e dela destruir os pecadores. E visitarei sobre o mundo a maldade, e sobre os ímpios a sua iniqüidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos, e abaterei a soberba dos tiranos (Is 13.9-11).

O apóstolo Paulo deixou claro que haveremos de estar perante o Tribunal de Cristo para prestação de contas, inclusive sobre o nosso relacionamente com os nossos irmãos. “Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo” (Rm 14.10). Ao invés de julgarmos os nossos companheiros da caminhada cristã, deveremos ajudar a cada um a olhar para Cristo, o autor e consumador da nossa fé (Gl 6.1-3; He 12.2).

As visões do profeta Daniel quanto aos governos do mundo nos capítulos 2, 7 e 8 também são fontes de fortalecimento e fé. O mesmo pode ser dito sobre a visão dos reinos em constante litígio no capítulo 11. A visão da estátua, cuja cabeça de ouro representa a potência dos reis babilônios a partir de Nabucodonosor, seguida de três outros reinos que, segundo as outras partes da estátua, representam os impérios Medo-Persa, Grego e Romano. O mesmo aparece nos capítulos 7 com um leão (Babilônia), um urso (Media e Persia), um leopardo (Grécia) e um animal feroz (Roma e o Anticristo) e o capítulo 8 sobre o carneiro (Medo-Pérsia), o bode (Grécia) e o chifre pequeno (Anticristo).

A nossa fé é muito fortalecida por estas visões porque a história secular não deixa dúvidas quanto ao cumprimento delas. A sua exatidão histórica é tão impressionante que os críticos seculares acham que estas visões foram escritas depois do fato histórico ali relatado (Examinai as Escrituras, Vol. 4, p. 59). E isto nos leva para o versículo 44 e 45 do capítulo 2 em

2 Sátrapas é uma transliteração da palavra grega que, por sua vez, representa um original medo (O título

khshathrapanva é medo). A palavra significa “protetor” e era usada no império persa para um governador de uma

província (Daniel - Introdução e Comentário, p. 108).

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que nos garante que em breve Deus estabelecerá a sua Soberania na terra por meio do seu Ungido, o Senhor Jesus Cristo. Veja Romanos 8.19.21.

O valor da oração incessante é demonstrado nos capítulos 9 e 10 de Daniel, quando ele não renunciou de orar por sabedoria. Mesmo durante 21 dias Daniel não desistiu de procurar compreender a profecia de Jeremias. A questão que afligia o profeta Daniel era legítima: Se os 70 anos a que se referiu o profeta Jeremias dizia respeito ao período da dominação da Babilônia sobre todas as nações em derredor (Jr 25.9-12; 29.10 ARA) e se os babilônios já saíram do poder mundial, ou seja, foram suplantados pela coligação Medo-Persa, por que então o templo de Deus ainda estava em desolação na terra de Judá e o povo santo ainda sofria a humilhação do cativeiro em terra estrangeira?

Sem adentrar nas questões históricas aqui, o profeta recebeu a visita de um anjo do Senhor que lhe trouxe os esclarecimentos necessários que ultrapassavam os limites da sua vida e do seu tempo. Sim, dizia respeito ao futuro do seu povo judeu não apenas para aqueles dias, mas ia muito além, alcançando o final dos tempos. A história resumida do povo judeu foi dada ao profeta na forma daquilo que conhecemos hoje como “as 70 semanas de Daniel” (Dn 9.24-27). Os meandros da interpretação desta profecia é tema de debate em todos os arraiais evangélicos por séculos.

No entanto, o que nos chama bastante atenção é a disposição do profeta de persistir em oração em busca de uma resposta para as suas questões por 21 dias. Quão animador deve ter sido para o profeta ouvir as palavras do ser angelical que lhe falava: “Ele disse ainda: ‘Daniel, não tenhas medo! Deus ouviu as tuas orações, desde o primeiro dia que tomaste a decisão de fazer penitência, a fim de obteres a explicação do que se passa. E eu vim em resposta à tua oração’” (Dn 10.12 SBP). Quantas vezes oramos a Deus e pensamos que Ele não nos ouve e logo esmorecemos e desistimos de perseverar. Mas Daniel persistiu, independentemente do tempo em que ele permaneceria prostrado diante de Deus (Lc 18.1-7).

Conclusão

Não resta dúvida quanto a atualidade do livro de Daniel, inclusive na sua aplicação prática para a vida do cristão. As decisões que os 4 jovens exilados tiveram de tomar não são muito diferentes das que os jovens cristãos enfrentam hoje em dia na faculdade, trabalho e mesmo na parentela. As pressões para eles cederem diante das tentações, as iguarias mundanas que lhes são oferecidas e as ameaças que lhes sobrevem são em vários aspectos tão desafiantes quanto as que tiveram de enfrentar os jovens hebreus. Porém, o mesmo Deus Todo-Poderoso que esteve com eles no passado não muda (Ml 3.6; He 13.8; Tg 1.17) e certamente auxiliará os jovens cristãos no mundo hodierno concedendo-lhes a mesma vitória que dera aos jovens heróis do passado. Perguntas sem as Respostas

1. Em que sentido o livro do profeta Daniel é uma fonte de inspiração?

2. O único motivo que impediu os quatro jovens Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdnego a não comerem das iguarias do rei da Babilônia era o medo de se contaminarem com alguma doença? Justifique.

3. O que está encolvido na prudência?

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4. Baseando-se no exemplo dos jovens Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdnego, quanto à influência que a cosmovisão mundana exerce sobre nós, cite pelos menos 2 questionamentos que devemos fazer a nós mesmos e qual deve ser a nossa escolha?

5. Como a história dos quatro jovens Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdnego fortaleceu a fé dos judeus que eram perseguidos por Antíoco IV Epífanes?

6. Por que somos cristãos?

7. O que a história do capítulo 4 de Daniel nos ensina sobre a arrogância?

8. Como as visões dos capítulos 2, 7, 8 e 11 fortalecem a nossa fé?

9. Qual era a questão que afligia Daniel no capítulo 9 e o levou a orar incensantemente?

10. Como a persistência na oração de Daniel nos anima hoje diante do esmorecimento espiritual?

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DANIEL, HOMEM DE ESTADO E PROFETA

(Cleverson Dias)

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PERGUNTAS SOBRE O TEXTO

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