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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – MEC MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – MEC SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA TECNOLÓGICA ESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE CÁCERES – MT ESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE CÁCERES – MT Tema: África: Imperialismo e Tema: África: Imperialismo e questão cultural. questão cultural. Candidata: Profª Ms. Renilda M. C. Barbosa Candidata: Profª Ms. Renilda M. C. Barbosa Cáceres 23 de agosto de 2009 Cáceres 23 de agosto de 2009 . .

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERALSERVIÇO PÚBLICO FEDERALMINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – MECMINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – MEC

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA TECNOLÓGICA

ESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE CÁCERES – MTESCOLA AGROTÉCNICA FEDERAL DE CÁCERES – MT

Tema: África: Imperialismo e Tema: África: Imperialismo e questão cultural.questão cultural.

Candidata: Profª Ms. Renilda M. C. BarbosaCandidata: Profª Ms. Renilda M. C. Barbosa

Cáceres 23 de agosto de 2009Cáceres 23 de agosto de 2009..

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Objetivo Geral: contextualizar e propiciar reflexão Objetivo Geral: contextualizar e propiciar reflexão sobre a historicidade dos povos africanos sobre a historicidade dos povos africanos estabelecendo relações com os fundamentos estabelecendo relações com os fundamentos teóricos que caracterizaram o imperialismo a partir teóricos que caracterizaram o imperialismo a partir do século XIX, entrecruzando as questões do século XIX, entrecruzando as questões culturais.culturais.

Objetivo específico:Objetivo específico: I - Refletir sobre a historicidade da África e sua (re) I - Refletir sobre a historicidade da África e sua (re)

elaboração atual; elaboração atual; II - Relacionar as conceituações teóricas do II - Relacionar as conceituações teóricas do

Imperialismo com a descaracterização cultural da Imperialismo com a descaracterização cultural da população africana;população africana;

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HERNANDEZ, 2005.HERNANDEZ, 2005. DA NEGAÇÃO DA HISTÓRIA AFRICANA À SUA DESCONSTRUÇÃO ESCRITURÁRIA.DA NEGAÇÃO DA HISTÓRIA AFRICANA À SUA DESCONSTRUÇÃO ESCRITURÁRIA.

O ESPAÇO GEOGRÁFICO ...O ESPAÇO GEOGRÁFICO ...

CONTRAPOSIÇÃO DE DELAFOSSE, Maurice 1972.CONTRAPOSIÇÃO DE DELAFOSSE, Maurice 1972.

SÉCULO XIX E OS ESTUDOS DE Y. SÉCULO XIX E OS ESTUDOS DE Y. UrvoyUrvoy sobre o Sudão Central, 1949. sobre o Sudão Central, 1949.

OUTROS MÉTODOS DE ESTUDO PARA ESTUDO DA HISTÓRIA DA ÁFRICA...OUTROS MÉTODOS DE ESTUDO PARA ESTUDO DA HISTÓRIA DA ÁFRICA...

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A ESCRITURA ....A ESCRITURA .... Conhecimento, cuja gênese remonta ao século Conhecimento, cuja gênese remonta ao século

XVI, quando surge o racionalismo como XVI, quando surge o racionalismo como método que desenvolve e se consolida entre a método que desenvolve e se consolida entre a segunda metade do século XVIII e primeira segunda metade do século XVIII e primeira metade do século XIX.(HERNANDEZ, 2005)metade do século XIX.(HERNANDEZ, 2005)

A instituição do discurso que caracterizam os A instituição do discurso que caracterizam os povos africanos: características físicas e povos africanos: características físicas e aistoricidade;aistoricidade;

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O mar Mediterrâneo: promotor da civilização.O mar Mediterrâneo: promotor da civilização.

A PRESENÇA DE DUAS ÁFRICAS EM HEGEL, 1928A PRESENÇA DE DUAS ÁFRICAS EM HEGEL, 1928 ((mapamapa))

““A África propriamente dita é a parte característica A África propriamente dita é a parte característica deste continente. Começamos pela consideração deste continente. Começamos pela consideração deste continente, porque em seguida podemos deixá-deste continente, porque em seguida podemos deixá-lo de lado, por assim dizer. Não tem interesse histórico lo de lado, por assim dizer. Não tem interesse histórico próprio, senão o de que homens vivem ali na próprio, senão o de que homens vivem ali na barbaridade e na selvageria, sem fornecer nenhum barbaridade e na selvageria, sem fornecer nenhum elemento à Civilização.” p. 187elemento à Civilização.” p. 187

COMPOSIÇÃO DO SABER OCIDENTAL: visões de COMPOSIÇÃO DO SABER OCIDENTAL: visões de mundo, auto-imagens e estereótipos;mundo, auto-imagens e estereótipos;

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Seus estudos dos manuscritos de al- Mari Seus estudos dos manuscritos de al- Mari apontam os intercâmbios entre as África e apontam os intercâmbios entre as África e ressalta a historicidade das sociedades ressalta a historicidade das sociedades subsaarianas e a complexidade, em graus subsaarianas e a complexidade, em graus diferenciados, de suas organizações sociais e diferenciados, de suas organizações sociais e políticas.políticas.

((mapamapa))

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Desconstrução das imagens Desconstrução das imagens preconceituosas... Identificando as preconceituosas... Identificando as especificidades históricas de um especificidades históricas de um continente. continente.

Mosaico de heterogeneidades, uma Mosaico de heterogeneidades, uma totalidade caracterizada pela totalidade caracterizada pela complexa diversidade cultural de complexa diversidade cultural de seus povos.seus povos.

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Relatos de viajantes portugueses: Gomes Eanes de Relatos de viajantes portugueses: Gomes Eanes de ZURARA ZURARA

Diogo GomesDiogo Gomes André Álvares D’ ALMADAAndré Álvares D’ ALMADA

Relatos de viajantes mediterrâneos ao Oriente Médio: Relatos de viajantes mediterrâneos ao Oriente Médio: Leão, o Africano – Description de l’Africa, 1550 Leão, o Africano – Description de l’Africa, 1550 publicada em Roma.- testemunhos árabes sobre o publicada em Roma.- testemunhos árabes sobre o Império Mali.Império Mali.

Escrituras de autores da civilização islâmica medieval- Escrituras de autores da civilização islâmica medieval- Ibn Battuta e de Ibn KhaldunIbn Battuta e de Ibn Khaldun

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IMPERIALISMO....IMPERIALISMO....

TEORIAS ...TEORIAS ...

MARXISMO...MARXISMO...

ANÁLISE SOCIALISTA...ANÁLISE SOCIALISTA...

OUTROS ESTUDIOSOS...OUTROS ESTUDIOSOS...

O DESAFIO...O DESAFIO...

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““O termo O termo imperialismoimperialismo foi utilizado pela foi utilizado pela primeira vez na década de 1870, na Inglaterra primeira vez na década de 1870, na Inglaterra vitoriana, dando nome a uma política orientada vitoriana, dando nome a uma política orientada para criar uma federação imperial baseada no para criar uma federação imperial baseada no fortalecimento da unidade dos Estados fortalecimento da unidade dos Estados autônomos do império.” (HERNANDEZ, 2005: autônomos do império.” (HERNANDEZ, 2005: P. 71)P. 71)

Os fenômenos ligado a esse expansionismo Os fenômenos ligado a esse expansionismo assimétrico e violento caracterizavam o assimétrico e violento caracterizavam o imperialismo emergente no século XIX.imperialismo emergente no século XIX.

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Da inspirações Marxista: Lênin e Rosa Luxemburgo, Paul Baran, Da inspirações Marxista: Lênin e Rosa Luxemburgo, Paul Baran, Gunder Frank e Samir Amin.Gunder Frank e Samir Amin.

Lênin – tem como base o primado econômico – concentrando capital Lênin – tem como base o primado econômico – concentrando capital de investimento em maquinaria.de investimento em maquinaria.

Rosa Luxemburgo – teoria do subconsumo – faz-se necessário um Rosa Luxemburgo – teoria do subconsumo – faz-se necessário um mundo não capitalistamundo não capitalista

Paul Baran – teoria do monopólio – existência de um Paul Baran – teoria do monopólio – existência de um surplussurplus – parte – parte do lucro era destinado a pesquisa e desenvolvimento tecnológico. do lucro era destinado a pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

Os marxistas consideram o Imperialismo como uma etapa do Os marxistas consideram o Imperialismo como uma etapa do capitalismo em particularcapitalismo em particular

As profundas diferenças garantem a dominação e exploração entre As profundas diferenças garantem a dominação e exploração entre paísespaíses

Portanto o fundamento é econômicoPortanto o fundamento é econômico

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J. A. Schumperer – considera que o Imperialismo “...é J. A. Schumperer – considera que o Imperialismo “...é o resultado de condições econômicas, sociais, o resultado de condições econômicas, sociais, políticas, culturais e psicológicas próprias do pré-políticas, culturais e psicológicas próprias do pré-capitalismo,...”capitalismo,...”

Assim não considera o imperialismo como parte do Assim não considera o imperialismo como parte do desenvolvimento do capitalismo.desenvolvimento do capitalismo.

Considera que o que leva a expansão imperialista são Considera que o que leva a expansão imperialista são atitudes, psicológicas e culturais que se manifestam atitudes, psicológicas e culturais que se manifestam em variadas formas de violência.em variadas formas de violência.

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Otto Hintzer e Max Heber – “teoria da razão do Otto Hintzer e Max Heber – “teoria da razão do Estado” – imperealismo deriva de uma estrutura Estado” – imperealismo deriva de uma estrutura anárquica das relações internacionais, fundada no anárquica das relações internacionais, fundada no exercício da força estabelecendo uma relação exercício da força estabelecendo uma relação desigual de poder entre os Estados que possibilita o desigual de poder entre os Estados que possibilita o domínio os mais fortes sobre os mais fracos. domínio os mais fortes sobre os mais fracos.

Propõe que para eliminação do Imperialismo Propõe que para eliminação do Imperialismo dependeria da superação do estado de anarquia dependeria da superação do estado de anarquia internacional por meio de uma “constituição Federal internacional por meio de uma “constituição Federal mundial” capaz de instituir os limites da soberania mundial” capaz de instituir os limites da soberania externa e defender juridicamente a independência da externa e defender juridicamente a independência da nação.nação.

Os fundamentos teóricos dos social-democratas é de Os fundamentos teóricos dos social-democratas é de ordem política.ordem política.

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As teorias convergem com: o desfio de compreender e As teorias convergem com: o desfio de compreender e superar a perversa desigualdade constitutiva do superar a perversa desigualdade constitutiva do imperialismo.imperialismo.

HOBSBAWWN, 1978 – enfrenta esse desafio e efetua uma HOBSBAWWN, 1978 – enfrenta esse desafio e efetua uma pesquisa na qual analisa a conjuntura dos anos de 1890 a pesquisa na qual analisa a conjuntura dos anos de 1890 a 1914 considerando um conjunto de fatores históricos.1914 considerando um conjunto de fatores históricos.

Reconhece que a divisão do globo tem uma dimensão Reconhece que a divisão do globo tem uma dimensão econômica, mas destaca a importância do poder político e econômica, mas destaca a importância do poder político e dos aglutinantes ideológicos próprios do “novo dos aglutinantes ideológicos próprios do “novo imperialismo”.imperialismo”.

Exposição universal: vitrines do progresso que levavam as Exposição universal: vitrines do progresso que levavam as massas a se identificar com o Estado e a nação Imperial.massas a se identificar com o Estado e a nação Imperial.

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A CONFERENCIA DE BERLIM E O PROCESSO DE A CONFERENCIA DE BERLIM E O PROCESSO DE “ROEDURA” DA ÁFRICA“ROEDURA” DA ÁFRICA

O EVENTO....O EVENTO....

Otto von BismarkOtto von Bismark

MAPA DA ÁFRICA ANTES....MAPA DA ÁFRICA ANTES....

MAPA DA ÁFRICA DEPOIS....MAPA DA ÁFRICA DEPOIS....

MAPA DA ÁFRICA ATUAL....MAPA DA ÁFRICA ATUAL....

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Congresso de BerlimCongresso de Berlim realizado entre 15 de realizado entre 15 de Novembro de 1884 e 26 de fevereiro de 1885 Novembro de 1884 e 26 de fevereiro de 1885 teve como objetivo organizar, na forma de teve como objetivo organizar, na forma de regras, a ocupação de África pelas potências regras, a ocupação de África pelas potências coloniais e resultou numa divisão que não coloniais e resultou numa divisão que não respeitou, nem a história, nem as relações respeitou, nem a história, nem as relações étnicas e mesmo familiares dos povos do étnicas e mesmo familiares dos povos do Continente.Continente.

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Referencias BibliograficasReferencias Bibliograficas

HADJI, C. A avaliação, regras do jogo: das intenções aos instrumentos. Portugal: Porto HADJI, C. A avaliação, regras do jogo: das intenções aos instrumentos. Portugal: Porto Editora 1994.Editora 1994.

HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula. Uma visita à História Contemporânea. HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula. Uma visita à História Contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005.São Paulo: Selo Negro, 2005.

HEGEL, George W. F. HEGEL, George W. F. Filosofia de la história universalFilosofia de la história universal, Madri: Revista de Occidente, 1928, t. , Madri: Revista de Occidente, 1928, t. 1, p. 187.1, p. 187.

HOBSBAWM, Eric J. A Era dos Impérios: 1875-1914. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. HOBSBAWM, Eric J. A Era dos Impérios: 1875-1914. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

WALDMAN, Maurício. O Fabuloso reino dos Mansas do Mali.São Paulo: 2002WALDMAN, Maurício. O Fabuloso reino dos Mansas do Mali.São Paulo: 2002

SAUL, A. M. Avaliação emancipatória. São Paulo: Cortez, Autores Associados, 1988.SAUL, A. M. Avaliação emancipatória. São Paulo: Cortez, Autores Associados, 1988.

http://www.movimentoafro.amazonida.com/ensinohistoriadaafrica.htm acesso 22 de agosto de http://www.movimentoafro.amazonida.com/ensinohistoriadaafrica.htm acesso 22 de agosto de 2009. 2009.

http://www.mw.pro.br/mw/antrop_fabuloso_reino_dos_mansas_do_mali.pdf acesso 22 de http://www.mw.pro.br/mw/antrop_fabuloso_reino_dos_mansas_do_mali.pdf acesso 22 de agosto de 2009.agosto de 2009.

http://www.mulheresnegras.org/cunhajr.html acesso em 22 de agosto de 2009.http://www.mulheresnegras.org/cunhajr.html acesso em 22 de agosto de 2009. Imagem de fundo:Mesquita Djingareiber – 1325 - de Tombuctu, construída de tijolos secos ao Imagem de fundo:Mesquita Djingareiber – 1325 - de Tombuctu, construída de tijolos secos ao

sol, é considerada a mais antiga da África ocidental, guarda documentos ainda não sol, é considerada a mais antiga da África ocidental, guarda documentos ainda não pesquisado. HERNANDEZ, 2005: p.31.pesquisado. HERNANDEZ, 2005: p.31.