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Prescrição de Atividade Física para Diabéticos Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à Saúde” Ministério da Saúde

Apresentação 7 prescrição de af

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Page 1: Apresentação 7   prescrição de af

Prescrição de Atividade Físicapara Diabéticos

Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à Saúde”

Ministério da Saúde

Page 2: Apresentação 7   prescrição de af

Como a AF beneficia o paciente diabético?Entendendo as adaptações Fisiológicas da AF no paciente com DM

Aumento da ação da insulina

Aumento da captação muscular

da glicose

Captação da glicose no período

após a AF

Diminuição dos níveis de Glicose

circulante

•Aumento da ação

da insulina

•Glicotransportadores

(GLUT4)

•Sensibilidade à

insulina

•Reposição do

glicogênio pelas

células

•Glicose: substrato

predominante

durante o exercício

(durante ± 30 min)

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Como a AF beneficia o paciente diabético?Entendendo as adaptações Fisiológicas da AF no paciente com DM

Aumento da ação da insulina

Aumento da captação muscular

da glicose

Captação da glicose no período

após a AF

Diminuição dos níveis de Glicose

circulante

•Aumento da ação

da insulina

•Glicotransportadores

(GLUT4)

•Sensibilidade à

insulina

•Reposição do

glicogênio pelas

células

•Glicose: substrato

predominante

durante o exercício

(durante ± 30 min)

Melhora do controle glicêmico

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Como a AF beneficia o paciente diabético?Alguns outros benefícios/efeitos da AF no paciente com DM

Diminuição do peso e da gordura corporal com ganho de massa magra

Redução dos fatores de risco de doenças coronárias -Aumento de HDL e redução de LDL e VLDL

Sensação de prazer e bem estar – Liberação das endorfinas

Incremento das funções cardiorrespiratórias –Diminuição da PA, FC e aumento da capacidade respiratória, do fluxo sanguíneo e da capilarização

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Ao prescrever Atividade Física para Diabéticos atentar para:

• TIPO DE DIABETES

- Para diabetes tipos 2: investigar fatores associados

Averiguar a necessidade de exames complemantares

- Para insulino-dependentes: orientar sobre a aplicação da insulina (local e pico de absorção)

Evitar a aplicação na musculatura a ser trabalhada

O pico de absorção não deve coincidir com o período da AF

• CONTROLE DA GLICEMIA

- Mensurar a glicemia capilar antes do exercícios

Evitar exercício quando glicose > 250 mg/dl

Ingerir carboidrato se glicose < 100 mg/dl

• ALIMENTAÇÃO E AF

- Consumo de carboidratos adequados antes, durante a após a sessão de Atividade Física

- Carboidratos ao alcance durante o exercício (evitar a hipoglicemia)

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Ao prescrever Atividade Física para Diabéticos atentar para:

Glicemia ≤ 100 mg/dl

Ingerir 15 g de carboidratos antes da atividade física (o

que equivale a 3 bolachas de água e sal; 1 barrinha de

cereais ou 1 fruta).

Aplicação de Insulina

Evitar a aplicação da insulina nas pernas e braços ou para

na musculatura a ser trabalhada. Aplicar no

abdômen caso não haja esta informação.

Pico de absorção da

Insulina

A absorção da insulina regular acontece

normalmente após 4 horas da aplicação, já a insulina

NPH de ação lenta acontece entre 8 e 10 horas. Evitar o

exercício neste período.

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Outros números referentes ao pico de absorção da insulina

O artigo completo está disponível no acervo do curso!

Tabela: tipos de Insulina e atividades. Adaptado de SCHMID, 2007.

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Informações Adicionais: Evitando a hipoglicemia

Para pacientes usuários de insulina, é fundamental evitar a hipoglicemia durante e após a atividade física.

Neste sentido, as recomendações são:- Indicar o consumo de 15 g de carboidratos, se a duração da atividadeprescrita tiver duração superior a 60 min, ou na presença de sintomas;- Não permitir a prática de exercícios físicos em jejum. Caso a última refeiçãotenha acontecido a mais de 120 min, orientar para que seja feito um lancherápido;- Se a atividade física for realizada no período noturno, orientar para que sejafeito um lanche antes do repouso; isto evita a hipoglicemia tardia;- Oriente a hidratação durante os exercícios, principalmente nas atividadesfísicas de longa duração.

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Informações Adicionais: De olho nos pés

Como vimos em material específico, portadores de diabetes podemapresentar problemas com os pés devido à neuropatia diabética.

Ao prescrever atividade física, portanto, indique o uso de um calçadoconfortável, do tipo tênis, de preferência sem costuras grossasinternas, além do uso de meias, pois elas protegem ainda mais os pés.

Caso haja alguma lesão nos pés, suspenda a prescrição de atividades comocaminhadas ou corridas. O mais prudente, neste caso, é esperar acicatrização da lesão.

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Informações Adicionais: Complicações Crônicas

- Na presença de Doenças Cardíacas: solicitar ECG de esforçoantes da prescrição de atividade física.Em caso:- Nefropatia: evitar estímulos de alta intensidade- Retinopatia diabética proliferativa ou retinopatia grave não-proliferativa: evitar exercícios aeróbicos vigorosos, de altoimpacto, e que elevem a PA; evitar exercícios resistidos comcargas altas (Justificativa: risco de hemorragia vítrea ou dodescolamento de retina).- Neuropatia autonômica: evitar movimentos bruscos devido ahipotensão ortostática, monitorar a frequência cardíaca , PA ea hidratação (Justificativa: Aumento do risco de eventoscardiovasculares; problemas com a termorregulação).- Identificando a diminuição da sensibilidade dolorosa:priorizar exercícios que não envolvam sobrecarga de peso emmembros inferiores.

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Informações Adicionais: Complicações Crônicas

- Na presença de Doenças Cardíacas: solicitar ECG de esforçoantes da prescrição de atividade física.Em caso:- Nefropatia: evitar estímulos de alta intensidade- Retinopatia diabética proliferativa ou retinopatia grave não-proliferativa: evitar exercícios aeróbicos vigorosos, de altoimpacto, e que elevem a PA; evitar exercícios resistidos comcargas altas (Justificativa: risco de hemorragia vítrea ou dodescolamento de retina).- Neuropatia autonômica: evitar movimentos bruscos devido ahipotensão ortostática, monitorar a frequência cardíaca , PA ea hidratação (Justificativa: Aumento do risco de eventoscardiovasculares; problemas com a termorregulação).- Identificando a diminuição da sensibilidade dolorosa:priorizar exercícios que não envolvam sobrecarga de peso emmembros inferiores.

Para outras informações, consulte:

- American Diabetes Association: physical activity/exercise and diabetes

(position statement). Diabetes Care. 2004;27 Suppl 1:S58.

- Boulton AJ, Vinik AI, Arezzo JC, Bril V, Feldman EL, Freeman R, et al.

Diabetic neuropathies: a statement by the American Diabetes Association.

Diabetes Care. 2005;28:956-62.

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Solicitar o TESTE ERGOMÉTRICO paraencaminhamento do paciente diabético paraprogramas de AF em casos de:

_ indivíduos diabéticos sedentários com risco cardiovascular moderado (Framinghan ≥ 10 % em 10 anos);_ indivíduos com DM tipo 1 com mais de 30 anos de idade oucom a patologia há mais de 15 anos;_ indivíduos com DM tipo 1 com mais de 35 anos de idade e com doença há mais de 10 anos;_ na presença de doença microvascular;_ na presença de doença vascular periférica;_ na presença de disfunção autonômica (ex: angina silenciosa);_ indivíduos com DM tipo 1 ou 2 e um ou mais fatores de risco para doença coronariana.

Pinto e Tavares (IN: BRASIL, 2007)

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- glicemia abaixo de 100 mg/dl ou acima de 250 mg/dl;

- cetose urinária;

- doença infecciosa ou outras;

- hemorragia retiniana ativa ou terapia com laser recente;

Pinto e Tavares (IN: BRASIL, 2007)

Orientar o paciente NÃO SE EXERCITAR na presençados sintomas:

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Que tal garantir um espaço para um bate-papo antes do início das atividades dogrupo?Sempre sinalize a importância dospacientes referirem seus sintomas e semostre acessível a sanar outras dúvidas.

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FONTE:Pinto e Tavares (IN:BRASIL, 2007), P.127.

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sÓrgão SBD - 2009 ADA - 2012

Tipo de Estímulo

Aeróbio: caminhada, dança, natação, andar de bicicleta.

Intensidade Moderada – 40 a 60 % do Vo² Máxou 50 a 70% da FC Máx

Moderada de exercício físico –50 a70% da da FC Máx

FrequênciaSemanal

3 a 5 vezes na semana

pelo menos 3 dias por semana, com pausa não superior a 2 dias consecutivos

Duração do Estímulo

30 a 60 min/dia ou sessão150 min por semana

pelo menos 150 minutos / semana

Legenda: SBD = Sociedade Brasileira de Diabetes ADA = American Diabetes Association.

Recomendações de Atividade Física para Diabéticos

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Par

âme

tro

sÓrgão SBD - 2009 ADA - 2012

Tipo de Estímulo Resistidos: exercícios com sobrecarga como musculaçãorealizada em aparelhos, pesos livres ou exercícios comoabdominais e flexão de braço que envolvem o próprio pesocorporal.

FrequênciaSemanal

3 vezes na semana Na ausência de contra-indicações, 2 vezes porsemana

Volume Incremento gradual até que sejapossível aplicar 3 séries de 8 a10 repetições

Pelo menos cincoexercícios; não menciona arelação série/repetição.

Intensidade Carga adequada para arealização de 10 repetições (aqual impede a realização da 11ªrepetição)

pelo menos 3 dias porsemana, com pausa nãosuperior a 2 diasconsecutivos

Grupamentos musculares

Priorizar os grandes gruposmusculares

Envolver os grandesgrupos musculares

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Recomendações sobre Atividade FísicaOutras informações relevantes (ACSM, 2001):

• Normas para condução de um grupo de AF para

Diabéticos:

Monitoração da glicose antes, durante e depois do exercício

Mudança da insulina ou alimentação de acordo com o treino

Comparar diferentes respostas glicêmicas

ao longo dos treinos e durante os mesmos, se

pertinente

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Referencias Bibliográficas

• AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. American Diabetes Association: Physicalactivity/exercise and diabetes (position statement). Diabetes Care. 2004;27 Suppl1:S58.

• AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. Standards of Medical Care in Diabetes—2012.Disponível em: http://care.diabetesjournals.org/content/35/Supplement_1/S11.full

• Boulton AJ, Vinik AI, Arezzo JC, Bril V, Feldman EL, Freeman R, et al. Diabetic neuropathies:a statement by the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2005;28:956-62.

• BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Grupo Hospitalar Conceição. Gerência de SaúdeComunitária A organização do cuidado às pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2, emserviços de atenção primária à saúde. Porto Alegre: Hospital Nossa Senhora da Conceição,ago. 2011. p. 156.

• BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diabetes Mellitus - Cadernos de Atenção Básica n° 16.Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em:http://dtr2004.saude.gov.br/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad16.pdf.

• SCHMID, Helena. Novas opções na terapia insulínica. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre, v.83, n. 5, Nov. 2007.

• SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes2009. 3ª ed. Itapevi, São Paulo. A: Araújo Silva Farmacêutica, 2009. 400p. Disponível em:http://www.diabetes.org.br/attachments/diretrizes09_final.pdf