Apresentação - A SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO DE PIERRE BOURDIEU

  • Upload
    drenata

  • View
    565

  • Download
    1

Embed Size (px)

Citation preview

A Sociologia da Educao de Pierre Bourdieu: limites e contribuies Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nvel Terceiro nvel Quarto nvel Quinto nvel

Professor: Jos Marcos de Oliveira Cruz Disciplina: Psicologia escolar e problemas de aprendizagem II

Clique para editar os estilos do texto Segundo nvel Grande intelectual francs Terceiro nvel falecido em janeiro de 2002. Quarto nvel Viveu 71 anos e teve cerca de Quinto nvel300 publicaes. conhecido por ser contra todas as formas de dominao e de massacramento da realidade social. Clique para editar os estilos do texto Exemplo de coerncia entre Segundo nvel vida e obra e de aproximao Terceiro nvel entre produo intelectual e Quarto nvel atuao poltica.

PIERRE BOURDIEU

Quinto nvel

Objetivo

Contribuir para uma anlise mais equilibrada da obra de Bourdieu, destacando as contribuies e limitaes de sua teoria;

A grande falcia

Por meio da escola pblica e gratuita seria resolvido o problema do acesso educao e, assim garantida, em princpio, a igualdade de oportunidades entre todos os cidados. A escola seria uma instituio neutra, que difundiria um conhecimento racional e objetivo e que selecionaria seus alunos com base em critrios racionais.

Teses centrais da sociologia da educao de Bourdieu

Os alunos no so indivduos abstratos que competem em condies relativamente igualitrias na escola, mas atores socialmente constitudos que trazem, em larga medida incorporada, uma bagagem social e cultural diferenciada e mais ou menos rentvel no mercado escolar. O grau variado de sucesso alcanado pelos alunos ao longo de seus percursos escolares no poderia ser explicado por seus dons pessoais, mas por sua origem social (Nogueira & Nogueira, 2002:18).

Teses centrais da sociologia da educao de Bourdieu

A escola tem papel fundamental na reproduo das desigualdades sociais. Ela no seria uma instituio imparcial que, simplesmente, seleciona os mais talentosos a partir de critrios objetivos. O que essa instituio representa e cobra dos alunos so os gostos, as crenas, as posturas e os valores dos grupos dominantes, dissimuladamente apresentados como cultura universal. Ela cumpriria o papel fundamental de legitimao das desigualdades.

Funo e papel da Escola

A escola cumpriria sua funo de reproduo e de legitimao das desigualdades sociais. O efeito de legitimao provocado pela dissimulao das bases sociais do sucesso escolar duplo: manifestar-se-ia em relao tanto aos filhos das camadas dominantes quanto dominadas.

A educao, na teoria de Bourdieu, perde o papel que lhe fora atribudo de instncia transformadora e democratizadora das sociedades e passa a ser vista como uma das principais instituies por meio da qual se mantm e se legitimam os privilgios sociais (17)

Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nvel Terceiro nvel Quarto nvel Quinto nvel

Sociedade Sem Escola

Con

Bagagem inclui certos componentes objetivos, externos ao indivduo, e que podem ser postos a servio do sucesso escolar. Fazem parte da bagagem o capital econmico, o capital social, alm do capital cultural. A bagagem transmitida pela famlia inclui, tambm certos componentes que passam a fazer parte da prpria subjetividade do indivduo, sobretudo, o capital cultural na sua forma incorporada.

Capital cultural - constitui o elemento da bagagem familiar com maior impacto na definio do destino escolar. A Sociologia da Educao de Bourdieu se notabiliza pela diminuio do peso do fator econmico, comparativamente ao cultural, na explicao das desigualdades escolares. Assim, a posse do capital cultural favorece o desempenho escolar a medida que: facilita a aprendizagem dos contedos e cdigos escolares; o processo educativo seria uma continuao da educao familiar; propicia um melhor desempenho nos processos formais e informais de avaliao e promove uma compreenso da informao sobre a estrutura e o funcionamento do ensino.

Capital para editar os estilos do texto mestre Clique Cultural na EducaoSegundo nvel Terceiro nvel Quarto nvel Quinto nvel

Con

Arbitrrio cultural. Segundo Bourdieu, refere-se a capacidade de legitimao de determinada cultura sobre as demais (no caso a cultura dominante). Assim, a cultura escolar, socialmente legitimada, seria, basicamente a cultura imposta como legtima pelas classes dominantes.

A violncia simblica exercida pela escola no a perda da cultura familiar e a inculcao de uma nova cultura exgena (mesmo porque essa inculcao, como j se viu, seria prejudicada pela falta das condies necessrias sua recepo), mas o reconhecimento, por parte dos membros dessa camada, da superioridade e legitimidade da cultura dominante (31).Legitimidade aceitao da dominao. Naturalizao da domininao. uma construo social

VIOLENCIA SIMBOLICA

O valor da educao para cada classe social

O pobre em capital econmico e cultural, tende a investir de modo moderado no sistema de ensino. O baixo rendimento, se explicaria pela percepo de que as chances de sucesso so reduzidas. Por isso, A vida escolar dos filhos no seria acompanhada de modo muito sistemtico e nem haveria uma cobrana intensiva em relao ao sucesso escolar. Essas famlias tenderiam a privilegiar as carreiras escolares mais curtas, que do acesso mais rapidamente insero profissional.

O valor da educao para cada classe social

Classe mdia, ou pequena burguesia, tenderia a investir pesada e sistematicamente na escolarizao dos filhos. Pelas chances objetivamente superiores de seus filhos alcanarem o sucesso escolar. Segundo Bourdieu a classe mdia faz os seguintes esforos para investir na educao: o ascetismo, o malthusianismo e a boa vontade cultural.

O ascetismo se caracterizaria pela renunciarem aos prazeres imediatos em benefcio do seu projeto de futuro. O malthusianismo a propenso ao controle da fecundidade. As famlias de classe mdia tenderiam a reduzir o nmero de filhos. A boa vontade cultural se caracterizaria pelo reconhecimento da cultura legtima e pelo esforo sistemtico para adquiri-la.

O valor da educao para cada classe social

A elite econmica e cultural investe pesadamente na escola, porm, de uma forma bem mais descontrada. Isso se deve ao fato de que o sucesso escolar tido como algo natural, que no depende de um grande esforo de mobilizao familiar. As condies objetivas, ou seja, a posse de um volume expressivo de capitais econmicos, sociais e culturais, tornariam o fracasso escolar bastante improvvel.

A fu

Clique para editar os estilos do texto mestre A posseSegundo nvel de capital cultural favoreceria o desempenho escolar na medida emnvel facilitaria a aprendizagem dos Terceiro que contedos e cdigos escolares. As referncias culturais, Quarto considerados legtimos (cultos, os conhecimentos nvel apropriados) e o Quinto nvel ou menor da lngua culta, domnio maior trazidos de casa por certas crianas, facilitariam o aprendizado escolar na medida em que funcionariam como uma ponte entre o mundo familiar e a cultura escolar. A educao escolar, no caso das crianas oriundas de meios culturalmente favorecidos, seria uma espcie de continuao da educao familiar, enquanto para as outras crianas significaria algo estranho, distante, ou mesmo ameaador (Nogueira & Nogueira, 2002, 21).

Contribuies

Dentre as suas contribuies a maior foi ter fornecido as bases para um rompimento frontal com a ideologia do dom e com a noo moralmente carregada de mrito pessoal. A partir de suas idias tornou-se praticamente impossvel analisar as desigualdades escolares simplesmente, como fruto das diferenas naturais entre os indivduos. Sua obra de grande importncia no quadro macrossociolgico de anlise das relaes entre o sistema de ensino e a estrutura social. Outra contribuio foi a de ter ressaltado a no neutralidade da escola e do conhecimento escolar, argumentando que o que esta instituio representa e cobra dos alunos so, basicamente, os valores dos grupos dominantes, dissimuladamente apresentados como cultura universal

Limitaes

As reflexes recebem algumas crticas. A ttulo de exemplificao uma destas crticas est relacionadas ao seu conceito de classe (as famlias e os indivduos no se reduzem sua posio de classe, mas so o produto de mltiplas e contraditrias influncias sociais). Outra crtica que o contedo escolar no pode ser, globalmente, definido como sendo um arbitrrio cultural dominante (o fato dos grupos socialmente dominantes dominarem os contedos do currculo escolar no suficiente para se afirmar que estes contedos foram selecionados por pertencerem a est classe).