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Apresentação artigo publicado na Reunião Anual de Pavimentação em gramado
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Otto Araujo Nielsen Exército Brasileiro
1º Batalhão de Engenharia de Construção
Ben-Hur de Albuquerque e SilvaExército Brasileiro
Instituto Militar de Engenharia – SE/2
ESTUDO DO IMPACTO DA
SOBRECARGA DO TRÁFEGO
RODOVIÁRIO NA VIDA ÚTIL DO
PAVIMENTO
Reflexão: Os limites legais de sobrecarga do tráfego são
compatíveis com os conhecimentos teóricos sobre pavimentos?
MotivaçãoBR 319– Trecho: Porto Velho/RO – Humaitá/AM
Obra iniciada em 2008;
Somente nos anos de 2008 e
2009, foi registrado um aumento de
15,7% da frota (obras das usinas de
Jirau e Santo Antônio);
Ausência de balança rodoviária no
trajeto;
Revestimento projetado para suportar uma carga
referente à contagem de tráfego realizada no ano de
2005, com estimativa de crescimento de 3% ao
ano, pelos próximos 10 anos;
MotivaçãoBR 319– Trecho: Porto Velho/RO – Humaitá/AM
Importante
hidrovia de
escoamento
de soja, milho
e combustível
(3,6 milhões
ton/ano);
Envelheciment
o prematuro
do pavimento
do Lote
(2010/11);
Dificuldade de travessia
por balsa entre Porto
Velho e Humaitá,
Na hipótese de progressão geométrica, admite-se uma
taxa (t%) de crescimento anual, o volume total do
trafego (Vt) durante o período (p) é dado por:
Onde:
FE - fator de eixos, valor que multiplicado pelo número
de veículos obtêm-se o número de eixos
correspondentes;
FC - fator de carga, valor que multiplicado pelo número
de eixos chega-se ao número de eixos equivalentes ao
eixo padrão.
Revisão BibliográficaManual de pavimentação do DNIT de 2006, IPR –719
Cálculo de FE e FC vem do conhecimento da
composição de tráfego. Obtém-se através da contagem
classificatória do tráfego na rodovia.
Finalmente, o pavimento é dimensionado em função
do número equivalente (N) de operações de um eixo
tomado como padrão, durante o período de projeto
escolhido.
Revisão BibliográficaManual de pavimentação do DNIT de 2006, IPR –719
Resolução nº 12, de 6 de fevereiro de 1998, do
CONTRAN, estabelece os limites legais:
Revisão BibliográficaManual de pavimentação do DNIT de 2006, IPR –719
Estudo de Casoa)Efeito da sobrecarga do tráfego na vida do
pavimento:
Sequência dos estudos realizados:
Dados de projeto:
Feita a contagem de tráfego (Conhecido V, FE, FC);
Para o tempo de vida útil do projeto, tem se: N, nº de
eixos equivalentes;
Modelagem do tráfego:
Própria tabela de dimensionamento da norma em Excel;
Simulação realizada:
Inserido sobrecargas sobre cada eixo:
1%,5%, 10%, 15%, 20%;
Análise da interferência:
Ao invés do calculo do novo nº de eixos
equivalentes, observou-se em que período (p) se
atingiria o (N) de projeto;
Representação gráfica do resultado;
Estudo de Casoa)Efeito da sobrecarga do tráfego na vida do
pavimento:
Considerações:
Lei nº. 7408/85 e Resoluções nº. 102/99; 104 e 114/00 –
CONTRAN permite a sobretaxa à tolerância máxima de
5% sobre os limites do peso bruto total transmitido por
eixo de veículo das vias públicas;
Porém, na tese de doutorado de João Fortini Albano é
verificado que quando não há a pesagem em uma
rodovia, detectam-se normalmente abusos na ordem de
20% a 30% do limite de peso, conforme reportagem
publicada em 20 de dezembro de 2012 no Jornal do
Comércio/RS;
Estudo de Casoa)Efeito da sobrecarga do tráfego na vida do
pavimento:
Resultado obtido:
Limite legal
76%
Sobrecarga sem fiscalização
16%
Projeto
100%
Situação V.U. teórica
Projeto 10 anos
Limite Legal 7,6 anos
Sobrecarga sem
fiscalização
1,6 anos
Estudo de Casob)Efeito do erro na taxa de crescimento da frota:
Sequência dos estudos realizados:
Com os mesmos dados de projeto e a mesma
modelagem;
Simulação realizada:
Inserido taxas (t%) diferente de crescimento da frota
das de projeto, 3%: 3% (0%),5% (2%), 7% (4%), 10%
(7%);
Análise da interferência:
Ao invés do calculo do novo nº de eixos
equivalentes, observou-se em que período (p) se
atingiria o (N) de projeto;
Representação gráfica do resultado;
Estudo de Casob)Efeito do erro na taxa de crescimento da frota:
Considerações:
Taxa anual de 7,55% de crescimento da frota em
Porto Velho;
Estudo de Casob)Efeito do erro na taxa de crescimento da frota:
Resultado obtido:
Tráfego em Porto Velho
78%
7,55% - Erro de 4,55% (7,55% -
3%)
Conclusão
Pequenas divergências entre dados de projeto como:
taxa de crescimento do fluxo rodoviário e carga dos
veículos podem gerar grande redução na vida útil do
pavimento;
Dadas as condições reais de tráfego, posterior a
obra, é teoricamente possível estimar a redução do
tempo total de vida útil do pavimento. Podendo-se
subsidiar decisões de manutenção e restauração
rodoviária;
O déficit de balanças rodoviárias, pode contribuir em
muito para redução da vida útil dos pavimentos.
Pode-se reavaliar os critérios de viabilidade
econômica de implementação de novos postos;
Bibliografia:
Site: http://www.setrans.com.br/site/falta-de-fiscalizacao-nas-estradas-contribui-para-excesso-de-peso-nos-veiculos-de-cargas/
AMERICAN ASSOCIATION OF STATE HIGHWAY OFFICIALS, Interim Guide for design of pavement structures, Washington, D.C., 2004.
MEDINA, J., MOTTA, L.M.G., Mecânica dos Pavimentos, 2ª Edição, COPPE, Rio de Janeiro, RJ, 2005.
MOTTA, L.M.G., Método de Dimensionamento de pavimentos Flexíveis; Critério de Confiabilidade e Ensaios de Cargas Repetidas, Tese de Doutorado, COPPE-UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, 1991.
Contato:
Otto Araujo Nielsen
Engenheiro de Fortificação e Construção - IME
Exército Brasileiro - 1º Batalhão de Engenharia de
Construção
E-mail: [email protected]
Muito Obrigado!