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APRESENTAÇÃO DA UNIDADE DIDÁTICA · Procedimentos PREZADOS PROFESSORES! Esta Unidade Didática será trabalhada em 32 horas divididas em 16 encontros provavelmente de 2 aulas cada

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APRESENTAÇÃO DA UNIDADE DIDÁTICA

Como parte integrante do Plano de Trabalho do Programa de Desenvolvimento

Educacional - PDE, promovido pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná,

construímos esta UNIDADE DIDÁTICA, cuja finalidade está em desenvolver um

trabalho de leitura a partir das crônicas de Sergio Porto, mais conhecido como Stanislaw

Ponte Preta, além de oportunizar aos alunos uma maior aproximação com este gênero

textual.

Para tanto escolhemos o já referido autor por considerá-lo um autor que, além

de apresentar em suas crônicas um final inusitado, leva o leitor ao riso pelo tom

humorístico e irônico. Suas crônicas possibilitam a reflexão a respeito das críticas

sociais e políticas explícitas e implícitas fortemente marcadas na linguagem e nos temas

do cotidiano.

Planejamos esta Unidade Didática com a intenção de proporcionar aos alunos

da 7ª série do Ensino Fundamental, condições de caminharem pelos quadrantes de um

texto desse gênero, com certa competência leitora que os permita interagirem, inferirem,

relacionarem, selecionarem, formularem, intervirem, sintetizarem, reformularem,

levantarem hipótese, bem como estabelecerem generalizações.

Essa proposta se justifica na oportunidade de os alunos ampliarem o seu nível

de compreensão leitora estabelecendo relações de sentido e significado com o texto a

partir do aumento gradativo de suas potencialidades como leitores.

A avaliação será contínua e cumulativa, através da execução das atividades de

oralidade, leitura, interpretação e produção de texto, realizadas pelos alunos

individualmente ou com seus pares.

Dessa forma, desejamos instigar os alunos à busca de novas leituras que os

conduzam para a real aprendizagem, possibilitando-lhes a compreensão dos conteúdos

e, assim, passem a ter interesse pela leitura.

Gostaríamos de deixar aqui um agradecimento especial ao artista plástico José

Henrique Rodrigues, responsável por todas as ilustrações desta Unidade Didática.

Procedimentos

PREZADOS PROFESSORES!

Esta Unidade Didática será trabalhada em 32 horas divididas em 16 encontros

provavelmente de 2 aulas cada. Abaixo sugiro uma distribuição das atividades por

encontro de 2 aulas.

1º encontro: 2 aulas

Em um primeiro contato é importante que o professor apresente o projeto aos alunos e

fale sobre sua importância.

Neste mesmo encontro o professor pode começar a trabalhar com a Unidade 1 do

Material Didático. Esta Unidade faz uma apresentação sobre o gênero crônica e mostra

como os fatos cotidianos podem influenciar em sua composição. Uma das atividades da

Unidade propõe a leitura de uma notícia de jornal que inspirou um cronista. Dessa

forma o aluno já começa a perceber as características do gênero crônica.

2º encontro: 2 aulas

No segundo encontro sugerimos que o professor convide um cronista para falar com os

alunos. Isso pode despertar o interesse deles. Para atividade realizada na Escola

Medalha Milagrosa, de Ponta Grossa, será agendada uma palestra com o Cronista e

Professor MS da UTFPR, Flávio Madalosso Vieira.

3º encontro: 2 aulas

Início das atividades da Unidade 2. Os alunos conhecerão um pouco melhor o cronista

Sérgio Porto. Nesta unidade também será proposta que os alunos reflitam sobre algumas

frases desse autor e produzam curtas narrativas.

4º encontro- 2 aulas

Neste encontro iniciam-se as atividades da Unidade 3. Nesse momento os alunos terão o

primeiro encontro com uma crônica completa do autor Sérgio Porto intitulada “História

de um nome”. Um dos objetivos desta unidade é que o aluno reflita sobre a história de

seu nome e a socialize com seus colegas. Além disso, o aluno precisará refletir sobre as

escolhas linguísticas do autor e sobre como estas escolhas são significativas.

5º Encontro: 2 aulas

Continuação do trabalho com a crônica intitulada “História de um nome”.

6° encontro: 2 aulas

Continuação do trabalho com a crônica intitulada “História de um nome”.

7º Encontro: 2 aulas

Leitura das produções dos alunos feitas por ocasião do trabalho com a crônica.

8º encontro: 2 aulas

Início do trabalho com a Crônica nº 2- A velha contrabandista. As atividades propostas

auxiliarão os alunos a pensarem nos elementos de significação implícitos no texto.

9º encontro: 2 aulas

Continuação do trabalho com a Crônica nº 2- A velha contrabandista. Nesta aula serão

corrigidos os exercícios de interpretação da crônica. Neste encontro o professor dará

suporte para que os alunos entendam o processo de produção de uma notícia.

10º encontro: 2 aulas

Continuação do trabalho com a Crônica nº 2- A velha contrabandista. Os alunos

apresentarão as produções de texto feitas no encontro anterior.

Neste encontro o professor também lerá a Crônica nº 3- O grande mistério e começará o

trabalho de interpretação com os alunos.

11º encontro: 2 aulas

Continuação do trabalho com a Crônica nº 3- O grande mistério. Os alunos farão

exercícios e estes serão corrigidos.

12º encontro: 2 aulas

Início do trabalho com a Crônica nº 4- Prova falsa.

Levantamento dos conhecimentos prévios, leitura da crônica e exercícios.

13º encontro: 2 aulas

Exibição do filme: Para sempre ao seu lado. Este filme fará com que os alunos tenham

mais embasamento para produção de texto que acontecerá.

14º encontro: 2 aulas

Os alunos produzirão um texto narrativo sobre animal de estimação e o apresentarão

para os colegas.

15º encontro: 2 aulas

Trabalho com a crônica nº 5 - Inferno Nacional. Os alunos lerão texto com a orientação

do professor, realizarão os exercícios e se prepararão para o encerramento do projeto.

16º encontro: 2 aulas

Encerramento- leitura dramatizada das crônicas - Atividade em grupo.

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CAROS ALUNOS!

O Ministério da Educação em conjunto com a Fundação Itaú Social, sob a coordenação

técnica do Cenpec – Centro de Estudo e Pesquisa em Educação, Cultura e Ação Comunitária

vem desenvolvendo, desde 2007, a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro,

com o objetivo de contribuir para ampliação do conhecimento e aprimoramento do ensino da

leitura e da escrita. Diante desse objetivo o Escrevendo o Futuro desenvolveu um concurso de

produção de textos que premia poemas, memórias literárias, crônicas e artigos de opinião

escritos por alunos de escolas públicas de todo o país.

Vocês já participaram desse concurso?

O que levou você a participar ou a não participar?

Que tal se todos participassem das próximas Olimpíadas?

Quem pode dizer qual foi o gênero textual exigido em 2010, para a 8ª série?

O gênero textual das Olimpíadas de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, de 2010, para a

8ª série, foi a crônica. Em 2012, vocês estarão na 8ª série e teremos Olimpíadas de Português,

provavelmente com a mesma categoria. Espero que todos participem!

Vamos estudar sobre o gênero textual crônica?

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Unidade 1

Uma introdução ao gênero crônica

Caro professor,

Na unidade 1 a intenção é que o aluno se interesse em aprender sobre a crônica. Sugerimos

que, para início de conversa, você introduza oralmente o assunto. Abaixo apresento algumas

sugestões de questões que podem orientar este trabalho:

Quem sabe o que é uma crônica?

Você já leu uma crônica? Qual?

Quem era o autor?

Onde você encontrou essa crônica?

Você pode falar sobre ela?

Quais são as características de uma crônica?

Quem já ouviu crônicas em programa de rádio ou televisão?

Ainda nesta unidade, você, professor, poderá convidar um cronista de sua cidade para falar

um pouco sobre crônica e sobre sua produção literária. Para enriquecer esta unidade

convidaremos o Cronista e Professor Mestre da UTFPR Flávio Madalosso Vieira para dar um

palestra sobre o tema.

Vamos conhecer a origem da palavra crônica? De onde vem este termo?

O INEXORÁVEL DEUS CHRONOS

A palavra crônica tem origem no vocábulo grego (khrónos), ou chronos (latim) que significa

“tempo”. Você já parou para pensar que um dia a mais vivido é um dia a menos na sua

existência? Os gregos, que achavam uma explicação para tudo, atribuíram ao deus Chronos

essa simbologia. Chronos representava o tempo para os gregos. Havia uma profecia que esse

deus seria destronado por um de seus filhos. Então Chronos os devorava quando nasciam.

Mas profecia é profecia ... e sua esposa Rhea cansada de perder seus filhos, quando nasceu

Zeus, deu uma pedra para Chronos comer. Quando ficou adulto Zeus revoltado livrou-se do

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pai eliminando-o ao enviá-lo para o Tártaro no submundo. A simbologia é muito interessante,

pois o tempo nos consome dia após dia, não é mesmo?

“Cada momento que passa acrescenta e subtrai o existente” (Helena Kolody)

Definição do termo

A crônica é um gênero literário que retrata situações do cotidiano. Publicada em jornais e

revistas, trata de temas do momento. Entretanto, algumas crônicas resistem ao tempo. Os

temas normalmente abordam questões éticas, de relacionamento humano, sociais e políticos.

(LAGINESTRA E PEREIRA, 2010).

Característica da Crônica

A narrativa na crônica foca-se em um flagrante do cotidiano e é como se déssemos um zoom

enquanto observamos com muita atenção aquilo que nos cerca. Conseguimos, através dessa

observação detalhada, captar detalhes que passam despercebidos pela nossa atenção e das

demais pessoas. Por exemplo, você está no ponto de ônibus, um ônibus vai saindo e uma

pessoa chega correndo para embarcar no tal ônibus, mas não dá mais tempo, o ônibus já se

foi. A pessoa fica decepcionada. Pronto. Isso já é assunto para uma crônica. Podemos nos

perguntar: O que ela perdeu ao perder o ônibus? Talvez uma importante entrevista de

emprego, um encontro romântico, o horário de visita em um hospital, etc.

Como você pode ver, a partir de um fato real, o cronista pode escrever uma história e dar a ela

um desfecho conclusivo ou que estimule o leitor a tirar suas próprias conclusões a respeito

dos fatos.

Ela pode ser baseada em uma notícia de jornal, mas o cronista é que vai lhe dar uma

roupagem diferente, buscando emocionar seus leitores, fazendo-os refletir sobre situações do

dia a dia, de maneira irônica, poética, dependendo de seu estilo e de sua intenção.

Em uma crônica os fatos e os personagens podem ser reais ou não.

Conforme Laginestra e Pereira (2010), a crônica é um gênero literário curto, de linguagem

coloquial que transita entre a linguagem jornalística e a linguagem literária. Enquanto o jornal

apresenta uma linguagem objetiva, a crônica, por sua vez, apresenta a visão do autor. De fácil

leitura, a crônica provoca emoção, reflexão e muitas vezes a diversão através do riso fácil.

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Como surge uma crônica?

Objetivos:

Aproximar o aluno do gênero textual crônica

Verificar as diferenças existentes entre a notícia e a crônica

Vamos agora ver um exemplo de como nasce uma crônica. Primeiro, vamos ler a notícia de

Cristina Rigitano “Levar cachorro feroz à praia é moda no Rio”, publicada no jornal Folha de

São Paulo, no dia 26 de janeiro de 1997.

Em seguida leremos a crônica que Moacyr Scliar fez a partir da notícia, em 30 de janeiro de

1997 para o mesmo jornal, intitulada Vida Canina.1

Professor, ao trabalhar com esses textos, sugiro que, primeiro, você proponha

aos alunos observarem as gravuras da notícia e da crônica para que eles já

comecem a ler o texto prevendo seu conteúdo. O professor pode, a partir do

texto, levar o aluno a perceber os elementos presentes na crônica como: foco

narrativo, temática, cenário, enredo.

1 O material foi produzido pelo CENPEC para o Projeto de correção de Fluxo da Secretaria do Estado do Paraná,

1997. Volume 1 – Ficha individual no 15.

Pesquisando sobre sites de crônicas

http://www.almainconquistavel.com.br/?gclid=CP2_vsCQh6kCFZJe7Aod6H

8iog

http://www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_cronica.html

http://www.releituras.com

Ilustração feita por José Henrique Rodrigues- [email protected], especificamente para esta Unidade

Didática.

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Unidade 2

Conhecendo melhor o cronista Sergio Porto

Caro professor,

Na unidade 2, o aluno terá acesso a informações sobre o cronista Sérgio Porto. A proposta é

que ele conheça um pouco sobre a vida e a obra deste autor e, além disso, possa pensar

criticamente sobre alguns de seus dizeres.

Além disso, propomos que o aluno se exercite quanto à oralidade e apresente para a turma

uma narrativa.

Apresentando o autor

Vocês já ouviram falar de Sergio Porto?

E, Stanislaw Ponte Preta, já ouviram falar dele?

Pois é, os dois são a mesma pessoa. Sergio usava o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta.

Vocês sabem o que é um pseudônimo?

Pseudônimo é um nome falso (fictício) empregado por pessoas que não querem ou não podem

se identificar ou acham seu nome de batismo muito complicado ou comum. Geralmente as

personalidades importantes como escritores, artistas usam pseudônimos. Por exemplo, o nome

de batismo de Silvio Santos é Senor Abravanel, Norma Jeane Mortensen, adotou o

pseudônimo de Marilyn Monroe, e Cazuza chamava-se Agenor de Miranda Araújo Neto.

Em épocas de repressão é muito comum os escritores assinarem com pseudônimos. Sergio

Porto viveu na época da ditadura. Também os escritores que pertenciam ao movimento da

Inconfidência Mineira assinavam com pseudônimos por serem perseguidos a mando da coroa

portuguesa. Hoje o pseudônimo é marketing, e a maioria dos artistas o usa.

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ATIVIDADE

Vocês conhecem mais pessoas famosas que usam pseudônimos? Você sabe qual é o nome de

batismo de:

a) Lima Duarte:

b) Chitãozinho e Xororó:

c) Xuxa:

Vamos pesquisar mais alguns nomes para nosso próximo encontro?

Sobre o autor:

Dislane Zerbinatti Moraes escreveu no site http://www.revistadehistoria.

com.br/secao/artigosrevista/riso-solto-em-tempos-dificeis.informando sobre Sergio Porto.

Segundo ela, ele foi um profissional ligado a vários meios de comunicação, tais como: rádio,

jornal e TV, onde escreveu programas jornalísticos e humorísticos. Dislaine escreve que,

segundo Millôr Fernandes, Sergio Porto ia à praia pela manhã e lá ficava por algum tempo,

onde lia os jornais e recortava as noticias que achava interessante transformando-as em

crônicas. Ingressou na faculdade de arquitetura, mas não a concluiu. Estudou arquitetura até o

terceiro ano, mas abandonou o curso para dedicar-se ao jornalismo, profissão que exerceu

paralelamente ao emprego de bancário no Banco do Brasil, onde permaneceu entre os anos de

1942 e 1965.

Trabalhou durante 23 anos no Banco do Brasil e pediu demissão. Ainda bancário iniciou a

careira jornalística.

Outra interessante fonte de informações sobre a vida dos autores que está disponível na

internet é o projeto releitura de Arnaldo Nogueira Júnior. Ele ressalta que Sérgio Porto é “um

cidadão acima de qualquer desfeita”, cuja obra é até hoje insuperável quando se trata de

retratar o Rio de Janeiro e o seu falar coloquial.

Seu nome completo era Sérgio Marcos Rangel Porto, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 11 de

janeiro de 1923, e ficou famoso com o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta, que criou para

assinar as crônicas que escrevia para o jornal em sua máquina de escrever, pois na sua época

era essa a ferramenta de trabalho disponível. Esse autor morreu do coração aos 45 anos, no

ano de 1968.

Foi um cronista bem humorado, que escrevia textos engraçados com finais inusitados que

divertiam seus leitores, isto é, a partir de pistas falsas, conduzia o leitor a imaginar um final

que não acontece, mas que é substituído por outro, totalmente inesperado. Para fazer

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concorrência com um jornalista da revista Manchete que publicava a lista das “Mulheres

Mais Bem Vestidas do Ano”, Stanislaw, inventou a lista das “Mulheres Mais Bem Despidas

do Ano”. Como as mães das vedetes reclamaram da exposição das filhas ele adotou a

expressão “certinhas do Lalau” para se referir a elas.

Muitos tinham Sérgio Porto como um cara folgado, brincalhão, gozador e pouco chegado ao

trabalho, mas se enganavam, pois ele trabalhava muito, chegava fazer até 15 horas de trabalho

por dia. Comentarista esportivo e repórter policial, a partir de 1949, iniciou intensa atividade

jornalística em periódicos como Tribuna de Imprensa, Diário da Noite, O Jornal, A Carapuça

e revistas como Manchete, Fatos & Fotos, O Cruzeiro, Mundo Ilustrado, entre outras. Durante

sua vida, além de cronista e autor satírico, dedicou-se a atividades muito variadas, como

comentarista esportivo e redator humorístico nas rádios Mayrink Veiga e Guanabara, no Rio

de Janeiro; apresentador, redator e locutor em programas de televisão; roteirista de

chanchadas.

Stanislaw Ponte Preta, seu pseudônimo, adquiriu vida própria, tornando-se um personagem

que retratava nas crônicas, com humor, o clima de opressão e perseguição vivido na época da

ditadura. Os políticos e militares são retratados em suas crônicas como idiotas, ignorantes e

truculentos. Essa era a maneira de ridicularizar as atitudes do governo.2

Principais obras:

Como Stanislaw Ponte Preta:

Tia Zulmira e Eu (1961)

Primo Altamirando e Elas (1962)

Rosamundo e nos Outros (1963)

Garoto Linha Dura (1964)

FEBEAPA 1 (Primeiro Festival de Besteira que Assola o País (1966)

FEBEAPÁ 2 (Segundo Festival de Besteira que Assola o País (1967)

Na Terra do Crioulo Doido (1968)

FEBEAPÁ 3 (1968)

A Máquina de Fazer Doido (1968)

Gol de Padre

Como Sergio Porto:

2 Estas informações estão disponíveis em <http://www.releituras.com/biografias.asp> Acesso em 23/05/2011 e em<

http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/riso-wsolto-em-tempos-dificeis>Acesso em14/06/2011.

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A Casa Demolida (1963)

As Cariocas (1967)

Vamos ler as frases bem humoradas que Sérgio Porto inventou? Essas expressões circulam

até hoje de boca em boca.3

“O sol nasce para todos, a sombra é para quem é mais esperto”.

“Lavar a honra com sangue, suja a roupa toda”.

“Mais por fora do que umbigo de vedete”.

“A mulher ideal é sempre a dos outros”.

“Se o diabo entendesse de mulher, não tinha rabo nem chifre”.

“Nem todo gordo é bom, muitos se fingem de bonzinhos porque sabem que correm

menos”.

“Mais vale um filé no prato que um boi no açougue”.

“Nem todo rico tem carro,

Nem todo ronco é pigarro,

Nem toda tosse é catarro

Nem toda mulher eu agarro.”

Agora observe as ilustrações feitas pelo artista plástico José Henrique Rodrigues para esta

Unidade Didática, inspirado nas frases de Sérgio Porto.

Ilustrações feitas por José Henrique Rodrigues- [email protected], especificamente para esta Unidade

Didática.

3 Disponível em: <http:/www.releituras.com/spontepreta_bio.asp.> Acesso em: 21/05/2011.

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Objetivo:

Incentivar a oralidade e a criatividade;

Propor ao aluno refletir criticamente sobre as frases usadas por Sérgio Porto, levando-o a

pensar sobre preconceito, machismo, aparência social.

ATIVIDADE

1- Como foi dito, as frases acima circulam de boca em boca. Vamos pensar um pouco sobre

elas.

a) Você concorda com a frase “O sol nasce para todos, a sombra é para quem é mais

esperto”? O que significa “ser esperto”? Todos aqueles que burlam as regras se dão

bem?

b) Na frase “A mulher ideal é sempre a dos outros” está subentendido a idéia de que o

cotidiano torna a relação entre homem e mulher cansativa? Será que é mesmo

assim? Você acha que a frase “O homem da outra é sempre o melhor” teria o mesmo

valor? Por quê?

c) Existe diferença entre “ideal” e “real”? O que a gente imagina parece ser melhor do

que a gente vive?

d) Sérgio Porto escreveu que “Nem todo gordo é bom, muitos se fingem de bonzinhos

porque sabem que correm menos”. Você concorda com esta frase?

e) Você sabe o que faz uma vedete? O que Sérgio Porto quis dizer com a frase “Mais

por fora do que umbigo de vedete”?

f) “Nem todo rico tem carro,

Nem todo ronco é pigarro,

Nem toda tosse é catarro

Nem toda mulher eu agarro.”

Esta quadrinha fala sobre as aparências. Você acha que “as aparências enganam”?

2- Em duplas, pense em uma situação que poderia ser justificada por uma das frases acima.

Prepare-se para contar a situação para os outros colegas da classe.

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Para pesquisar na internet, acesse os sites:

http://centraldasletras.blogspot.com.2008/08_que_pseudonimo.html.

http://pt.wikipedia.org/wiki/inconf.o/o3o/oa anciamineira.

http:/www.releituras.com/spontepreta_bio.asp

http://youtube.com.br -frases de Sérgio Porto.

Ilustração feita por José Henrique Rodrigues- [email protected],

especificamente para esta Unidade Didática.

Agora que você já conhece um pouquinho do autor Sergio Porto, convido você a conhecer

algumas crônicas que o tornaram famoso.

Unidade 3

Lendo e interpretando as crônicas de

Stanislaw Ponte Preta

Agora vamos ler o texto para saber a história dos nomes atribuídos aos personagens da

crônica “História de um nome”.

Ilustração feita por José Henrique Rodrigues- [email protected], especificamente para esta Unidade Didática.

Crônica nº 1

História de um Nome

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Você já leu a crônica “História de um nome”, de Stanislaw Ponte Preta?

Antes de fazermos as atividades desta unidade procure este texto em "A Casa Demolida",

Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1963, pág. 175. O texto também está disponível em: http:

//www.releituras.com/spontepreta_nome.asp. Acesso em 19/05/2011

Objetivos:

Conhecer a história de seu nome;

Trabalhar a oralidade;

Refletir sobre a importância do nome na vida de uma pessoa;

Observar o uso dos adjetivos e dos substantivos e os efeitos de sentido destas palavras

nesta crônica.

Material: cartolina verde, papel kraft, tesoura, caneta, cola, fita crepe, papel sulfite,

canetinha, dicionário.

Procedimentos

Os alunos deverão ser estimulados em aula anterior a pesquisarem com seus pais ou

responsáveis a história do seu nome;

1°-Distribuir um pedaço de cartolina verde para os alunos desenharem sua mão e um pedaço

de papel sulfite de tamanho do dorso da mão;

2°-No papel sulfite eles escreverão seu nome e colarão no dorso da mão desenhada na

cartolina;

3°-No quadro estará pendurado o papel kraft com um tronco de árvore desenhado;

4°-Os alunos colarão a mão com o nome no tronco formando a copa da árvore e ao ir ao

quadro contarão a história de seu nome para a turma;

5°- Distribuição da crônica “História de um Nome” para leitura.

Professor:

Para estimular os alunos, você poderá iniciar essa atividade contando a história do seu

nome.

16

Verificando os conhecimentos prévios:

Vamos conversar um pouco sobre o texto?

Vocês já viram um mastodonte? Comente.

Quem já ouviu falar de Hércules?

Vocês conhecem pessoas com nomes esquisitos? Comente.

Vocês conhecem pessoas que tenham o nome formado pelos nomes dos pais?

Comente. Dê exemplos.

ATIVIDADE I

Na aula anterior foi solicitado que pesquisassem com seus pais a história do seu nome, agora

faremos a seguinte atividade:

Em um pedaço de cartolina verde, vocês farão o desenho de suas mãos e em um papel em

branco escreverão seus nomes.

Agora você colará a sua mão desenhada na lousa e, então, contará para os colegas a história

do seu nome.

ATIVIDADE II

Abaixo há algumas questões sobre as quais você deve pensar e responder por escrito.

1- Que problemas podem ocorrer para a pessoa que recebe um nome estranho?

2- No 6°parágrafo o termo cachaça está empregado em sentido figurado. Substitua por

outras palavras sem mudar o sentido do texto.

3- Você sabe o que significa a palavra preconceito? Explique com suas palavras.

4- A avó do narrador é preconceituosa? Justifique sua resposta.

5- Procure no seu dicionário o significado das palavras:

a) Prólogo ou prefácio ............................................................................................

b) Índice.................................................................................................................

c) Tomo..................................................................................................................

d) Capítulo..............................................................................................................

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e) Epílogo...............................................................................................................

f) Errata................................................................................................................

6- Vamos ajudar o casal Sr. João e D. Anita que tiveram trigêmeos (duas meninas e um

menino) a dar nome para as crianças? É preciso que as crianças tenham o nome dos dois.

7- Abaixo há uma lista de nomes. Na sua opinião, qual a expectativa criada pelos pais que

deram esses nomes aos seus filhos?

a) Rosa....................................................................................................................

b) Aparecido...........................................................................................................

c) Fortunato.............................................................................................................

d) Linda....................................................................................................................

e) Ursulina...............................................................................................................

f) Santinha..............................................................................................................

8- Existe alguma relação entre o nome da filha “Errata” e o descontentamento do “Seu” Veiga

com a gravidez da mulher? Explique.

9- Por que estão escritos com letras minúsculas os nomes joões, paulos, mários, odetes, fidélis,?

10- A ideia de “Seu” Veiga era de que a sua família estava completa. Isto pode ser comprovado

com o trecho: “Assim, o mais velho chamou-se Prefácio da Veiga; o segundo, Prólogo; o

terceiro, Índice e, sucessivamente, foram nascendo o Tomo, o Capítulo e, por fim, Epílogo

da Veiga, caçula do casal”. Há outros elementos do texto que contribuem para essa ideia?

11- O vocábulo “Seu” empregado para “Seu” Wagner e para “Seu” Veiga nesta crônica, pode

ser substituído por.................................... Já no quarto parágrafo em “Jamais perdoou a um

velho amigo seu”. O vocábulo seu pode ser substituído por........ Observe que o vocábulo

seu pode ser pronome de tratamento e também um pronome possessivo.

12- Qual o tema do texto? Qual a mensagem que o autor quis nos transmitir?

Produção de texto

Abaixo temos uma problemática que precisa ser resolvida. Genofredo e sua esposa Zigfrida,

tiveram trigêmeos e não sabem que nome dar para as crianças. Escreva uma crônica com o

intuito de ajudar o casal na escolha dos nomes. Para facilitar o seu trabalho nós iniciamos o

texto para você.

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Ilustração feita por José Henrique Rodrigues- [email protected], especificamente para esta Unidade Didática.

Sabe aquele meu amigo de quem te falei outro dia, o Genofredo?-disse meu irmão- Pois é!

Encontrei com ele ontem e ele me contou que a mulher dele, a Zigfrida, teve trigêmeos e eles

estão no maior sufoco para escolher o nome das crianças. Então sugeri que...

Agora você poderá ler o seu texto para os demais colegas. Também é um momento em que

você poderá aproveitar para opinar sobre os textos deles

Ilustração feita por José Henrique Rodrigues- [email protected], especificamente para esta Unidade Didática.

Crônica nº 2

A Velha Contrabandista

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Professor,

A sugestão para os procedimentos é a seguinte:

O professor coloca no quadro negro o título da crônica e elenca as hipóteses levantadas pelos

alunos sobre o assunto da crônica.

Objetivos:

Identificar o tema ou o assunto do texto

Perceber as estratégias argumentativas do narrador e sua posição ideológica.

Identificar personagens, cenário, tom da crônica;

Reconhecer a variedade linguística predominante no texto.

Verificar os conhecimentos prévios de alguns termos presentes no texto

Reconhecer a diferença entre a linguagem da crônica e da notícia.

Verificando os conhecimentos prévios

Sobre o que vocês acham que vai tratar o texto a partir do título?

Que interpretação você pode dar ao título “a velha contrabandista”?

E, se em vez de “a velha contrabandista”, fosse “a contrabandista velha”? a interpretação

do título mudaria?

Agora vamos ler o texto para ver se as previsões a respeito dele se confirmam.

Imagine uma velhinha andando de lambreta pra lá e pra cá...

Stanislaw Ponte Preta fez uma crônica chamada “A velha contrabandista” que tem um

personagem assim. Querem saber o que ela fez? Leia o texto Disponível em: <http://

pensador UOL.com.br>. Acesso em 19/05/2011 ou no livro Gol de padre e outras crônicas.

Editora Ática ,São Paulo,1997 e descubra mais sobre ela.

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ATIVIDADE

1- A palavra lambreta é repetida várias vezes no texto. Só no 1º parágrafo ela aparece três

vezes. Essa repetição foi intencional ou um descuido do cronista?

2- “...e ela respondeu que era areia, uai! “ Através dessa resposta podemos deduzir de onde

procede a velhinha?

3- Como a velhinha é descrita no texto? E o outro personagem?

4- Onde a história se desenrola?

5- Alguém já passou por uma fronteira? Se passou, conte para os colegas

6- O fiscal mordido pela curiosidade burla a lei. Situe no texto esse ato de infração.

7- Uma das características da crônica é a linguagem do cotidiano. Assinale expressões

linguísticas que marquem essa linguagem.

8- A velhinha frequenta o odontólogo. Isso significa que possui certo poder aquisitivo. De

onde, provavelmente, vem esse recurso?

9- Que instituição o narrador critica?

10- Que marca da oralidade presente no discurso da velhinha nos dá pista da situação cultural

dela?

11- Passe para uma linguagem mais culta as frases:

a) “Tudo malandro velho..”............................................................................

b) “Manjo essa coisa de contrabando pra burro”..........................................

12- O texto termina com o diálogo entre a velhinha e o fiscal. Porque o fiscal não responde?

13- Transforme essa crônica em uma notícia de jornal. Mas antes vamos ver como escrever

uma notícia. Que elementos nela precisa conter.

Professor,

Para dar apoio ao aluno na produção do texto jornalístico, você poderá levar uma notícia de

jornal escrita ou gravada de um noticiário de TV sobre apreensão de contrabando, por

exemplo, e dar algumas noções sobre as características do mesmo. Ou consultar o site:

http://textolivre.com.br/livre/19187-generos-textuais-cronica-e-noticia-de-jornal

Vocês sabem o que é uma notícia? É a informação de um fato que chamou a atenção da mídia.

http://www.brasilescola.com/redacao/o-jornal-noticia.htm. A notícia apresenta um

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compromisso com a realidade. Os dados precisam ser concretos. De acordo com o veículo

existe diferenças de leitura de um mesmo acontecimento. Uns somente narram o fato, já

outros dão maiores detalhes e os mais tendenciosos tentam manipular a opinião do leitor.

Para se produzir uma notícia é necessário:

1°- Um título – pode ser dado depois da noticia escrita.

2°- O lide ou lead – é o primeiro parágrafo da notícia e precisa responder as seguintes

perguntas:

O que aconteceu? (fato)

Quem? (personagem ou personagens)

Onde? (cidade, estado, país)

Quando ocorreu? (dia, mês, ano)

Por que ocorreu? (motivo)

Como? (Modo)

Algumas dessas perguntas podem não ser respondidas por falta da apuração de dados.

3°- No corpo da notícia a informação é mais detalhada sobre cada pergunta respondida no

lide.

Vamos ler agora uma notícia de jornal que fala sobre a apreensão de contrabando.

Retire do lide as respostas das perguntas acima.

Agora vamos produzir a notícia e depois ler para os colegas.

Crônica nº 3

O Grande Mistério

Ilustração feita por José Henrique Rodrigues- [email protected], especificamente para esta Unidade Didática.

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Objetivos:

Perceber os efeitos de sentido dos tempos verbais na crônica;

Refletir sobre a relação patrões e empregados;

Verificando os conhecimentos prévios:

O título da crônica chama a atenção do leitor? Por quê?

Você gosta de narrativas de mistério? Cite alguns nomes de histórias ou filmes de

mistério que leu ou assistiu.

A partir da leitura do título, sobre o que você acha que trata a crônica?

ATIVIDADES:

1-Vamos ler a crônica para descobrir que grande mistério é esse?

2-Quem são os personagens?

3-Em que cenário se desenrola a narrativa?

4-Qual a crítica sobre a relação patrão e empregados?

5-“Havia um odor ruim na sala...”. O verbo “havia” desta oração indica uma ação duradoura.

Esse odor perpassa toda a história? Identifique quanto tempo demora para que os personagens

solucionem esse problema narrado na crônica.

6-Quais as marcas linguísticas que expressam essa passagem de tempo?

7-O tom da crônica é crítico, humorístico ou saudosista?

8-As reticências significam que embora a fala cesse, o pensamento continua. Retire as

reticências e complete a frase, baseando-se nas declarações feitas anteriormente:

Existe um crônica... Não posso revelar nada sobre seu conteúdo... só mesmo o nome: “O

grande mistério”. Quer descobrir qual é o mistério? Leia a crônica de Stanislaw Ponte

Preta Disponível em HTTP://www.releituras.com/spontepreta_misterio.asp. Acesso em

19/05/2011.

Essa crônica foi publicada no livro “Rosamundo e os outros”, em 1963 (1ª edição) pela

Editora Sabiá Ltda.

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Crônica nº4

Prova Falsa, de Stanislaw Ponte Preta

Ilustração feita por José Henrique Rodrigues- [email protected], especificamente para esta Unidade Didática.

Quem já teve animal de estimação? Sabia que tem Stanislaw Ponte Preta fez uma crônica sobre isso? Talvez você não concorde com que o personagem fez.

Leia a crônica que está no livro “Garoto Linha Dura”, Editora do Autor-Rio de Janeiro,

1964, p. 51. Disponível em http://www.releituras.com/spontepreta_prova.asp.Acesso em

19/05/2011 Conheça e vida e a obra de Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta) visitando

"Biografias".

No 1º parágrafo temos:

a) a) No dia em as pessoas notaram que a sala fedia

b) b) Havia um suflê de camarão para o jantar.

c) Daí...

9- O tempo verbal no presente é muito usado nos discursos diretos para aproximar o texto do

momento narrado, dando-lhe mais vivacidade. O pretérito imperfeito se refere a ações com

mais tempo de duração. Já o pretérito perfeito narra ações concluídas e o pretérito mais-que-

perfeito expressa um fato anterior aos outros fatos narrados. Retire do texto dois exemplos de

frases: no presente, no pretérito imperfeito, no pretérito perfeito e no pretérito mais-que-

perfeito .

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Professor:

Apresentar o título no quadro e levantar as hipóteses sobre o assunto do texto. Depois

entregar o texto para os alunos e ler com eles.

Sugestão: antes da produção de texto, passar para eles o filme Sempre ao seu lado. Esse

emocionante filme , baseado em uma história real, mostra a lealdade de um cão para com

seu dono.

Objetivos:

Refletir criticamente sobre o comportamento das pessoas

Verificando os conhecimentos prévios:

O que você entende por prova falsa?

Cite exemplos:

Você já sofreu ou forjou uma prova falsa?

Agora vamos ler o texto para ver se as previsões se confirmam.

ATIVIDADES:

Nessa crônica o narrador conta a história que ouviu de certo homem. Esse homem conta que

tudo começou quando a sua filha caçula ganhara um cachorrinho de presente do seu padrinho.

A partir desse momento ele começa a viver uma estranha relação com o cachorro.

1. Que relação é essa? Por que isso acontece?

2. Pela leitura da narrativa percebemos que o narrador se utiliza de uma linguagem

carregada de ironia. Identifique as palavras usadas pelo homem quando se refere ao cachorro

que caracterizam o tom de ironia na narrativa.

3. Por que o homem se reportava ao cachorro de forma irônica?

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4. O cachorro era realmente como o homem descreve?

5. Por que o homem agia assim com o cachorro?

6. Qual é a crítica que o homem faz quando compara o cachorro aos políticos?

7. O homem traiu a confiança da família? Explique a sua resposta.

8. O que você entende por guerra fria?

9. Cite as expressões no decorrer da narrativa que substituem a palavra cachorro.

10-Numere a segunda coluna de acordo com a primeira:

a) Puxa-saco ( ) facilidade, moleza;

b) Espinafrar ( ) muito irritante;

c) Chato de galocha ( ) criticar;

d) “sopa” ( ) bajulador

11-Você já ganhou de presente ou comprou um animalzinho de estimação? Como é (era) o

nome dele? Por que ele se tornou tão especial para você? Faça um texto sobre o

relacionamento de vocês. Ah! Não se esqueça de dar a sua produção um título bem criativo.

Antes de começar a produção de texto vamos assistir um filme emocionante baseado na vida

real que conta a história da amizade e fidelidade de um cão para com seu dono.

Crônica nº 5

O inferno Nacional

Ilustração feita por José Henrique Rodrigues- [email protected], especificamente para esta Unidade Didática.

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Se você procurar em http://www.riototal.com.br/coojornal/cronica.Acesso em

19/05/2011, poderá ler uma crônica muito interessante de Stanislaw Ponte Preta chamada

“Inferno Nacional”. Vá até o endereço virtual acima e descubra o que o autor fala sobre

nosso país.

Professor:

A questão nº 3 pode ser muito complexa para os alunos. Nesse caso,

sugerimos que você utilize estratégias cognitivas que conduzam os alunos a fazerem relações

do conteúdo da crônica com os conhecimentos que eles têm sobre política, tecnologia e

cultura.

Objetivos

Refletir e perceber a crítica a política nacional;

Identificar o tema ou o assunto do texto

Reconhecer a variedade linguística predominante no texto.

Verificar os conhecimentos prévios de alguns termos presentes no texto

Verificando os conhecimentos prévios:

De que vocês acham que vai tratar esta crônica?

Qual a ideia que você tem de inferno?

O inferno pode ser aqui mesmo? Comente.

ATIVIDADES

1- Substitua as expressões grifadas por outra sem mudar o sentido da frase:

a) “..pediu audiência a Satanás “........................................................................

b) “Qual é o lance aqui?”.....................................................................................

c) “Diz que era uma vez um camarada que abotoou o paletó” ...........................

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..............................................................................................................................

d) “O falecido ficou besta e tratou de cair fora, em busca de um departamento menos rigoroso

...............................................................................................................................

e) “ O falecido já caminhava desconsolado.”........................................................

..............................................................................................................................

f) “ Pensou com suas chaminhas: Aqui tem peixe por debaixo do angu.”..........

..............................................................................................................................

g) “ Entrou na fila e começou a chatear o camarada da frente.”.........................

........................................................................................................................

h) “ Fica na moita e não espalha não.”...............................................................

.........................................................................................................................

2- A crônica o Inferno Nacional tem cunho:

a) ( ) sombrio b) ( ) solene c) ( ) poético d) ( ) crítico

3- Por que o falecido escolheu os Departamentos desses outros países em vez de escolher o

Departamento do Brasil? O que esses países representam no cenário internacional? Não

esqueça de levar em conta que a crônica é da década de 60.

a) Estados Unidos..............................................................................................

b) Rússia............................................................................................................

c) Japão..............................................................................................................

d) França.......................................................................................................

4- No 1° parágrafo o narrador se refere ao morto como “um camarada”. Já no 3°parágrafo

esse termo é substituído por “o falecido”. Por que ele usa primeiro o artigo indefinido um e

depois o artigo definido o?

........................................................................................................................

5- Dentro de outros contextos que sentidos poderiam ter a expressão “rua

infernal”?...........................................................................................................

6- A palavra morreu foi substituída por uma gíria muito comum na época “abotoou o paletó”.

Fazer um levantamento de outras expressões referentes à morte.

7-O autor ao escrever o texto, teve a intenção de:

a) fazer uma crítica ao Brasil, aos políticos e ao jeitinho brasileiro;

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b) provar que o Brasil é o melhor país para se viver;

c) Contar como é o inferno e seus departamentos.

8-Quais as características do personagem principal?

9-Qual era o problema (conflito) que ele estava enfrentando?

10-Como ele resolveu seu problema?

11-O que esta história tentou nos comunicar?

12- Vamos analisar o que toda crônica tem em comum:

a) Título ..........................................................................

b) Época em que foi escrita...........................................

c) Assunto.......................................................................

d) Expressões ou palavras usadas na época..................

d) Tom da crônica..........................................................

e) Cenário.....................................................................

13-Em que tempo verbal se encontram os verbos empregados nos discursos diretos

(diálogos)?

Esse recurso é usado para aproximar o do momento narrado.

Finalizando a Unidade Didática

Professor:

Como atividade de encerramento os alunos apresentarão uma leitura dramatizada das

crônicas estudadas. Este será um momento de descontração e confraternização.

Com a proposta que apresentamos nesta Unidade Didática esperamos contribuir para

que os alunos se tornem leitores mais eficientes capazes de ler um texto com um pouco mais

de segurança.

A contribuição da unidade em questão está em aproximar tanto o professor, que irá

utilizá-la em suas aulas, quanto os alunos, do gênero crônica e, ainda está em oportunizar a

experiência de desenvolver um trabalho de leitura a partir de um único autor. Esperamos

ainda contribuir para aumentar a capacidade crítica dos alunos em relação à discussão dos

temas abordados nas crônicas.

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Referências

ANTUNES, I. Aula de Português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

GRANATIC, B. Técnicas Básicas de Redação. 2 ed. São Paulo: Scipione, 1995.

LAGINESTRA, M. A.; PEREIRA, M. I. A ocasião faz o escritor: caderno do professor.

Olimpíada de Língua Portuguesa. São Paulo: CENPEC, 2010.

NOBREGA, M. J. ; NERY, A. Stanislaw Ponte Preta: dois amigos e um chato. Coleção

Veredas, Projeto Leitura. São Paulo: Moderna. Disponível em

<http://literatura.moderna.com.br/catalogo/encartes/85-16-03484-4.pdf>. Acesso em

16/05/2011.

RODRIGUES, J. H. Ilustrações. [email protected].

SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.