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Diretrizes para o Turismo em Áreas Naturais no Paraná _____________________________________________________ 1 APRESENTAÇÃO Este documento contém as diretrizes para o turismo em áreas naturais no Estado do Paraná , sob a ótica da sustentabilidade. Curitiba, dezembro de 2000

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Diretrizes para o Turismo em Áreas Naturais no Paraná _____________________________________________________ 1

APRESENTAÇÃO

Este documento contém as diretrizes para oturismo em áreas naturais no Estado doParaná, sob a ótica da sustentabilidade.

Curitiba, dezembro de 2000

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SUMÁRIO

Apresentação3

1. Introdução

2. Conceituação 42.1. Conceito de turismo em áreas naturais 42.2. Modalidades do turismo em áreas naturais 4

3. Objetivos 73.1. Geral 73.2. Específicos 7

4. Diretrizes 7

5. Estratégias e ações 75.1. Estratégia 1: Realização do planejamento/implementação do turismo em áreas naturais

8

5.2. Estratégia 2: Gestão integrada do turismo em áreas naturais 85.3. Estratégia 3: Normatização do turismo em áreas naturais 95.4. Estratégia 4: Informação para o turismo em áreas naturais 95.5. Estratégia 5: Promoção da educação para o turismo em áreas naturais 9

6. Glossário 11

Equipe

Bibliografia

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1. INTRODUÇÃO

O turismo, considerado como um processo de interação entre os povos, que possibilita o conhecimento de diferentes ambientes e culturas, fomenta a educação no seu sentido mais amplo e genérico, além de envolver inúmeros setores da economia, direta e indiretamente, criando interrelação de componentes ambientais, culturais, econômicos e sociais, envolvendo as pessoas em suas expectativas.

O crescimento do setor turístico como atividade econômica, oferecendo produtos,em constante diversificação, visa atender novas demandas criadas ou geradas a partir dos anseios e motivações da sociedade, como por exemplo o turismo relacionado ao meio ambiente. Entretanto, neste contexto, não se deu a devida importância aossegmentos ambiental, cultural e social, resultando em impactos negativos.

A segmentação do turismo vem ocorrendo para atender às diferentes demandas,que têm solicitado produtos turísticos diferenciados, fazendo surgir diversos tipos de turismo. O turismo em áreas naturais é um destes segmentos mais expressivos,considerando-se seu crescimento em termos econômicos, de geração de emprego e renda e fluxo de turistas.

Atualmente o conjunto das atividades que podem ser desenvolvidas no meio natural, fazem surgir o ecoturismo, turismo rural e o turismo verde.

Independentemente de conceituações ou definições para o turismo em áreasnaturais, denota-se a repetição dos mesmos erros em planejamento, gestão eoperacionalização, seja político-setorial e/ou estrutural. Credita-se muitas falhas não somente ao interesse econômico, mas em parte ao desconhecimento de como se formar os produtos turísticos a partir dos atrativos da natureza. É muito comum se adotar os mesmos procedimentos como se fossem no meio urbano, resultando em produtosdescaracterizados, consumidos de forma crescente e desordenada em ecossistemasdiversificados, importantes e frágeis.

Para reverter esta tendência o Instituto Brasileiro de Turismo - EMBRATUR , desde 1987, tem orientado o setor turístico com propostas para a adoção de diretrizes para o “turismo ecológico”; e o Paraná em 1996, através de um grupo envolvendo trêssecretarias estabeleceu as ”Diretrizes para uma política estadual de ecoturismo”, sendo que a discussão foi retomada em 1999, com um grupo multissetorial, que ampliou a atuação para turismo em áreas naturais.

Este documento objetiva estabelecer diretrizes para nortear ações nodesenvolvimento do turismo em áreas naturais no Estado do Paraná, em acordo com princípios da sustentabilidade ambiental, cultural, econômica e social, através doenvolvimento do poder público e da iniciativa privada.

Os objetivos estabelecidos foram condicionados por conceitos definidos, que permitiram a formulação de quatro diretrizes, cinco estratégias e vinte e uma ações.

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2. CONCEITUAÇÃO

2.1 CONCEITO DO TURISMO EM ÁREAS NATURAIS

Turismo em áreas naturais é um segmento do turismo que utiliza o patrimônio natural e cultural, de forma sustentável, com intercâmbio sob diferentes formas entre o homem e a natureza, para promover a conservação dos recursos locais (físicos e humanos), otimizando os custos e ganhos ambientais, culturais, econômicos e sociais, orientado por planejamentos participativos.

2.2 TIPOLOGIA

Considerando-se que os diversos tipos do turismo em áreas naturais interagem entre si, ao ponto de, muitas vezes, se confundirem, e que em determinadossegmentos existem diferentes atividades, foram caracterizadas apenas asmodalidades principais, adotando-se os conceitos mais divulgados ou osconsiderados mais pertinentes. Todos os tipos podem ser cenários para arealização de eventos específicos.

Entretanto, por ser um segmento novo, ainda em formatação, inclui -se um glossário, ao final do documento, para servir de orientação.

Como o turismo em áreas naturais é um segmento em expansão, pode ocorrer o surgimento de novos tipos e suas atividades.

2.2.1 ECOTURISMO

“Conjunto de atividades turísticas que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas” (EMBRATUR/94).

Principais atividades: espeleoturismo, hiking, naturismo, observação de fauna e flora, trekking.

2.2.2 TURISMO DE AVENTURA

É o grupo no qual as pessoas atuam como protagonistas, desenvolvendo atividades participativas de menor ou maior intensidade, necessitando, no segundo caso, de equipamentos e serviços especializados. As atividades compreendem tambémexpedições em busca de lugares isolados de baixa freqüência, exigindo trabalho de equipe na maioria da vezes.

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Principais atividades:

- Aéreas – vôo livre (asa delta, balão, pára-quedas e variações, planador); vôo motorizado (asa delta motorizada, girocóptero, ultraleve);- Montanhismo – cannyoning, escalada (técnica, solo, caminhada), rapel;- Náuticas – bóia-cross, canoagem e suas variações, iatismo e suas variações, mergulho (autônomo, livre), pesca amadora, rafting, surf e suas variações;- Terrestre – caça regulamentada, ciclo turismo; veículos motorizados.

2.2.3 TURISMO RURAL

“Conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando epromovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade.” (EMBRATUR,Estratégias para o desenvolvimento do turismo rural no Brasil. Nov. 1999). Este conceito está em discussão.

Principais atividades:

- Agroturismo;- Artesanato.- Gastronomia típica;- Lazer e recreação (desenvolvidas em caminhadas, cavalgadas, charreteadas,

colhe-e-pague, fazenda-hotel, hotel-fazenda, pesque -e-pague, pousada rural,turismo eqüestre);

2.2.4 TURISMO HISTÓRICO-CULTURAL

Conjunto de atividades turísticas que se desenvolve em função do patrimônio histórico-cultural e que permitem a observação da organização social do homem junto ao seu ambiente, retratando seus usos e costumes, tanto atuais como de seus antepassados

Principais atividades:

- Manifestações populares (cavalhada, fandango, folia de reis, tropeada, outras).- Visitas a sítios históricos;- Visitas a sítios arqueológicos

2.2.5 TURISMO TÉCNICO-CIENTÍFICO

Conjunto de atividades que atrai grupos específicos de turistas que buscam ointercâmbio in loco de informações científicas e técnicas.

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Principais atividades:

- Espeleologia- Pesquisa arqueológica;- Pesquisa e treinamento;- Visitas a sítios científicos;- Visitas técnicas a reservas de fauna e flora, barragens, fazendas experimentais,

etc.

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QUADRO SINTÉTICO DAS MODALIDADES DO TURISMO EM ÁREAS NATURAIS

TIPO ATIVIDADE SUB-ATIVIDADEECOTURISMO Espeleoturismo

Conjunto de atividades turísticas que utilizam, de Hikingforma sustentável, o patrimônio natural e cultural, Naturismo

incentiva sua conservação e busca a formação de Observação de fauna e flora Safari fotográficouma consciência ambientalista através da inter- Trekkingpretação do ambiente, promovendo o bem-estardas populações envolvidasTURISMO DE AVENTURA Aéreas Vôo livre (asa delta, balão, pára-É o grupo no qual as pessoas atuam como prota- quedas e variações e planador)gonistas, desenvolvendo atividades participativas Vôo motorizado (asa del ta motori-de menor ou maior intensidade, necessitando, no zada, girocóptero, ultra-leve)segundo caso, de equipamentos e serviços espe- Montanhismo Cannyoning

cializados. As atividades compreendem tambémexpedições em busca de lugares isolados de bai-

Escalada (técnica, solo, caminha-da)

xa freqüência, exigindo trabalho de equipe na Rapelmaioria da vezes. Náuticas Bóia-cross

Canoagem e suas variaçõesIatismo e suas variações

Mergulho (autônomo, livre)Pesca amadora

RaftingSurf e suas variações

Terrestres Caça regulamentadaCiclo-turismo

Veículos motorizadosTURISMO RURAL AgroturismoConjunto de atividades turísticas desenvolvidas Artesanato

no meio rural, comprometido com a produção Gastronomia ruralagropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural enatural da comunidade

Lazer e recreação Caminhadas, cavalgadas, charrete-adas, colhe-e-pague, fazenda-hotel,hotel-fazenda, pesque -e-pague,pousada rural, turismo equestre

TURISMO HISTÓRICO - CULTURAL Manifestações populares Cavalhada, fandango, folia de reis, Conjunto de atividades turísticas que se desenvol- tropeada, outrasve em função do patrimônio histórico-cultural e Visitas a sítios arqueológicos

que permitem a observação da organização social do homem junto ao seu ambiente, retratan-do seus usos e costumes, tanto atuais como de seus antepassados

Visitas a sítios históricos

TURISMO TÉCNICO - CIENTÍFICO Espeleologia

Conjunto de atividades que atrai grupos espefí- Pesquisa arqueológicacos de turistas que buscam o intercâmbio in loco de informações científicas e técnicas.

Visitas técnicas a sítios cien-tíficos, reservas de fauna eflora, barragens, fazendasexperimentais, etcPesquisa e treinamento

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3. OBJETIVOS

3.1 GERAL

Estabelecer as linhas de ação através de estratégias que irão orientar planos,programas e projetos para o turismo em áreas naturais, envolvendo o poder público e as diversas formas da sociedade civil organizada.

3.2 ESPECÍFICOS

• Fornecer bases e conceitos para planejar e implementar o turismo em áreas naturais para todos os atores;

• Fornecer bases para a gestão integrada do turismo em áreas naturais;

• Criar sistemas de normatização e (auto)controle do turismo em áreasnaturais;

• Criar ampla rede de informação e divulgação do turismo em áreas naturais;

• Promover a educação, especialmente a ambiental, e a capacitação para o turismo em áreas naturais

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4. DIRETRIZES

• Promoção do turismo em áreas naturais no Estado do Paraná;

• Conservação dos espaços naturais no Estado do Paraná;

• Envolvimento das comunidades;

• Geração de emprego e renda sob os princípios da sustentabilidade.

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5. ESTRATÉGIAS E AÇÕES

A estruturação das diretrizes considerou que a definição de um ambiente muito abrangente e segmentado poderia dificultar a implementação das mesmas. Assim optou-se por estabelecer cinco estratégias: planejamento e implantação, gestão integrada, normatização, informação e promoção da educação.

Estas estratégias contemplam as principais áreas de atuação, que por sua vezdividem-se em outras.

5.1 ESTRATÉGIA 1: REALIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO / IMPLEMENTAÇÃO DO TURISMO EM ÁREAS NATURAIS

• Efetuar o planejamento estratégico, representativo e participativo, para o turismo em áreas naturais nas diferentes regiões do Estado.

• Promover, em conjunto com a comunidade, a identificação de sua vocação para o turismo em áreas naturais, segundo princípios de sustentabilidade,adequando-se às demandas.• Promover a realização de estudos, diagnósticos e prognósticos dosmunicípios, para a elaboração de planos, programas e projetos, em parceria com o poder público e a sociedade civil organizada.

• Promover nos municípios cursos, palestras e seminários para a comunidade sobre o planejamento do turismo em áreas naturais, com o enfoque dasustentabilidade.

• Implementar os programas e projetos, com a viabilização de recursos, a promoção dos potenciais turísticos e a coordenação de ações pertinentes ao desenvolvimento dos mesmos.

• Fomentar a estruturação das Unidades de Conservação – “UCs”, para:- Realizar planos de manejo, - Criar um fundo para administrar as receitas,- Promover a regularização fundiária das áreas visitáveis, - Viabilizar concessões, - Terceirizar serviços.

5.2 ESTRATÉGIA 2: GESTÃO INTEGRADA DO TURISMO EM ÁREAS NATURAIS

• Efetuar uma gestão contínua, com a promoção e manutenção de mecanismos de controle e fiscalização do turismo em áreas naturais.

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• Promover a criação de fóruns e grupos de estudos (incorporandorepresentantes do poder público e sociedade civil organizada), permanentes e autônomos para discussão e implementação do turismo em áreas naturais nos níveis estadual, regional e municipal.

• Apoiar e exigir a viabilização de planos de gestão parrticipativa emonitoramento ambiental de áreas naturais visitadas.

• Criar instrumentos para dotar os órgãos fiscalizadores de meios de atuação no turismo em áreas naturais.

• Definir sistema eficiente de cobrança de ingressos e serviços em UCspúblicas, considerando a população local e os setores do mercado envolvidos.

5.3 ESTRATÉGIA 3: NORMATIZAÇÃO DO TURISMO EM ÁREAS NATURAIS

• Sistematizar e divulgar a estrutura legal existente e a ser estabelecida relativa ao turismo em áreas naturais.

• Definir as normas e certificações necessárias para as atividades relativas ao turismo em áreas naturais.

• Criar formas de cadastro e controle para acompanhamento das atividades do turismo em áreas naturais desenvolvidas no Paraná.

• Incentivar a criação de um sistema autoregulador na iniciativa privada, com a participação do consumidor e dos órgãos públicos fiscalizadores.

5.4 ESTRATÉGIA 4: INFORMAÇÃO PARA O TURISMO EM ÁREAS NATURAIS

• Promover e divulgar informações sobre o turismo em áreas naturais,envolvendo instituições públicas e privadas.

• Desenvolver um sistema de informações, com banco de dados, com:- Dados estatísticos, informações, pesquisas,- Inventário dos recursos naturais,- Normas e procedimentos para o turismo em áreas naturais,- Tecnologias, metodologias e instrumentos utilizáveis para o turismo em áreas naturais,- Informações para a interação do trade turístico.- Informações sobre eventos técnicos.

• Promover o “marketing verde” com a divulgação dos princípios dasustentabilidade.

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5.5 ESTRATÉGIA 5: PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO PARA O TURISMO EM ÁREAS NATURAIS

• Promover o turismo em áreas naturais através da inclusão nos currículos escolares de conteúdos sobre a preservação/conservação de recursos naturais, valores culturais e sustentabilidade.

• Promover a capacitação de recursos humanos para profissionalizar o turismo em áreas naturais segundo princípios da sustentabilidade.

• Estimular a participação das comunidades através da educação e dainformação.

QUADRO SINTÉTICO DAS ESTRATÉGIAS PARA O TURISMO EM ÁREAS NATURAIS NO PARANÁ

ESTRATÉGIA 1 ESTRATÉGIA 2 ESTRATÉGIA 3 ESTRATÉGIA 4 ESTRATÉGIA 5REALIZAÇÃO DOPLANEJAMENTO /IMPLEMENTAÇÃO DOTURISMO EM ÁREASNATURAIS

GESTÃO INTEGRADA DO TURISMO EM ÁREASNATURAIS

NORMATIZAÇÃO DOTURISMO EM ÁREASNATURAIS

INFORMAÇÃO PARA OTURISMO EM ÁREASNATURAIS

PROMOÇÃO DAEDUCAÇÃO PARA OTURISMO EM ÁREASNATURAIS

Efetuar o planejamentoes-tratégico,representativo eparticipativo, para o turis -mo em áreas naturais nas diferentes regiões doEstado;

Efetuar uma gestão con-tínua, com a promoção e manutenção de mecanis-mos de controle e fisca-lização do turismo emáreas naturais;

Sistematizar e divulgar a estrutura legal existente e a ser estabelecidarelativa ao turismo emáreas na-turais;

Promover e divulgar infor-mações sobre o turismoem áreas naturais,envolvendo instituiçõespúblicas e priva-das;

Promover o turismo em áreas naturais através da inclusão no currículo escolar em todos os ní-veis de conteúdospreservação de recursolores culturais e sustentabilidade;

Promover, em conjuntocom a comunidade, aiden-tificação de suavocação para o turismoem áreas naturais,segundo princípi -os desustentabilidade,adequando-se às deman-das;

Promover a criação de fó-runs (incorporando repre-setantes do poder público, e da sociedade civil organi-zada), permanentes eautô-nomos paradiscussão e im-plementação do turismo em áreas naturais nos níveis estadual, regional e muni-cipal;

Definir as normas e certi-ficações necessáriaspara as atividadesrelativas ao turismo emáreas natu-rais;

Desenvolver um sistemade informações, combanco de dados, com:- Dados estatísticos, infor-mações, pesquisas,- Inventário dos recursos naturais,- Normas e procediment ospara o turismo em áreas na-turais,- Tecnologias, metodolo-gias e instrumentos utili-záveis para o turismo em á-reas naturais,- Informações para a inte-ração entre agentes e ope-radores;

Promover a capacitação de recursos humanos para profissionalizar o turismo em áreas naturais segundo princípios da sus-tentabilidade;

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Promover a realização de estudos, diagnóstico eprognóstico dos municí-pios, para a elaboraçãode planos, programas eproje -tos, em parceriacom o po-der público e a sociedade civilorganizada;

Apoiar e exigir aviabilização de planos de gestão e mo-nitoramentoambiental de áreasnaturais visitadas;

Criar formas de cadastro e controle para acompa-nhamento das tipologias de turismo em áreas na-turais desenvolvidas no Paraná;

Promover o marketing ver-de com a divulgação dos princípios da sustenta-bilidade.

Estimular a participação das comunidades atra-vés da educação e da informação.

Promover nos municípios cursos, palestras e semi -nários para a comunidade sobre o planejamento doturismo em áreasnaturais, com o enfoque da susten-tabilidade;

Criar instrumentos para do-tar os órgãosfiscalizadores de meios de atuação no tu-rismo emáreas naturais;

Incentivar a criação deum sistemaautoregulador nainiciativa privada, com a participação do consumi-dor e dos órgãospúblicos fiscalizadores.

Implementar os projetos,com a viabilização de re-cursos, a promoção dos potenciais turísticos e aco-ordenação de ações perti -nentes aodesenvolvimento deprogramas e projetos;

Definir sistema emergencial de cobrança de ingressos em UCs públicas, conside-rando a população local e os setores do mercadoem-volvidos.

Fomentar a estruturação das Unidades de Conser-vação, para:- Realizar planos de ma -nejo,- Criar um fundo para ad -ministrar as receitas,- Promover a regulariza-ção fundiária das áreas visitáveis,- Viabilizar concessões, - Terceirizar serviços.

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6. GLOSSÁRIO

agência de viagens – tem como principal função facilitar e resolver todos osproblemas dos turistas, a fim de que possam realizar suas viagens da maneira mais satisfatória possível. Atua basicamente em três áreas: assessoramento (informa,assessora e orienta o cliente levando em consideração o destino, duração, época de viagem, meios de transporte e hospedagem, excursões e sightseeing); organização de viagens (individual ou em grupo); e promoção (promoção das localidades edemais insumos que compõem o pacote turístico, com objetivo de satisfazer o cliente na busca de lazer). (fonte: Beni, Mário Carlos: em Análise Estrutural do Turismo).

agroturismo – relativo às atividades desenvolvidas em propriedades rurais, com o objetivo de conhecer e/ou disseminar técnicas agropastoris.

asa delta – trapézio de tubos de alumínio revestido com tecido resistente (dracom), utilizado para atividade esportiva de vôo livre.

artesanato – objetos produzidos manualmente ou com máquinas rudimentares, em pequena escala, que refletem a concepção especial e formal dos artistas populares de uma área, região ou país.

atividade de lazer e recreação – conjunto de ocupações as quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, divertir-se, entreter-se, ou ainda para desenvolver sua informação ou formação desinteressada.

atividade turística – ações desenvolvidas pelos turistas nos atrativos turísticos, com vistas ao seu aproveitamento, implicando na aquisição de experiências, sensações e conhecimentos diversos.

atrativo turístico – todo lugar, objeto ou acontecimento de interesse turístico que motiva o deslocamento de grupos humanos para conhecê-los.

barragens – construção para represar água para utilização no abastecimento de cidades, em irrigações ou produção de energia.

bóia-cross – deslocamento em rios de corredeiras suaves utilizando câmaras pneumáticas e equipamentos de segurança.

câmaras setoriais – grupo, de caráter temporário, cuja missão é estudar e propor soluções para atividades e assuntos específicos.

caminhada – deslocamento a pé, em locais de aclives e campos com inclinações menor que 45º sendo possível percorrê-los a pé sem qualquer equipamento.

canyoning – exploração de cânions, utilizando técnicas de escalada com auxílio de equipamento especial.

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canoagem e suas variações – navegação em rios, lagos ou oceanos comutilização de canoas a remo, botes ou caiaques, individuais ou para grupos.

capacitação – ato ou ação de capacitar, tornar capaz, habilitar.

caving – o mesmo que espeleoturismo.

cavalhada – folguedo popular que consta de uma espécie de torneio com autilização de eqüinos.

ciclo turismo – atividade esportiva realizada em trilhas e/ou estradas com bicicletas especiais para terrenos acidentados, sem sentido de competição. Inclui moutain bike (atividade junto a natureza) e bicicross (atividade em pistas preparadas para este fim).

colhe e pague – atividades desenvolvidas em propriedades rurais, na qual o visitante pratica a colheita agrícola, pagando pelo produto.

concessões – privilégio concedido pelo pode público a uma empresa ou indivíduo para explorar um serviço de utilidade pública ou recursos naturais.

demanda turística – é a quantidade de bens e serviços turísticos consumidos por empresas e/ou famílias, dado o nível de renda, os preços e as necessidades dos consumidores ou usuários.

diagnóstico – análise e descrição atual de determinada situação em que oconhecimento baseia-se no exame do conjunto de fatos, nos dados estatísticos, nos relatórios, nos depoimentos, etc.

ecossistema – conjunto dos elementos bióticos (fauna, flora, microorganismos etc.) e abióticos (físicos, químicos, meteorológicos etc.) presentes num ambientedeterminado e com extensão definida, e dos relacionamentos entre os mesmos.

educação ambiental – é um processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, habilidades, experiência, valores e a determinação que os tornam capazes de agir, individual ou coletivamente, na busca de soluções para os problemas ambientais, presentes e futuros.

espeleologia – visita/exploração de cavernas com finalidade de estudos e/oupesquisa científica dos ambientes subterrâneos.

espeleoturismo – visita a cavernas com a finalidade de apreciar o ambiente subterrâneo ou realizar atividade desportiva.

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fandango – baile popular, especialmente rural, ao som de viola, rabeca ou da sanfona, no qual se executam várias danças de roda e sapateadas, alternadas com estrofes cantadas.

fazenda experimental – áreas de exploração agropecuária, pública ou privada, que empregam técnicas de produção visando o aumento da qualidade e daprodutividade, com fins de difusão tecnológica.

fazenda hotel – hotéis instalados em propriedades agrícolas produtivas.

folia de reis – tradicional festa cristã brasileira. Tem início no dia 25 de dezembro quando foliões, representando os reis magos, entoando cantos e folguedos visitam casas à busca de oferendas. São elas abençoadas e servidas aos convivas no dia 06 de janeiro, dia de Reis, em honra ao menino Jesus. Ocorre, principalmente, nos Estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.

fóruns – local para debates e/ou reunião para o mesmo fim.

gastronomia típica – comidas e bebidas típicas e/ou tradicionais da região que secaracterizem pelas suas formas peculiares e/ou exóticas de produção, apresentação e /ou degustação.

gestão integrada – mecanismo de condução e avaliação de planos, programas e projetos, realizado segundo um processo interinstitucional.

impacto – alteração que as atividades naturais ou antrópicas causam no meio, seja ambiental, cultural, econômico ou social.

hiking – São caminhadas curtas, de um dia, com retorno ao ponto de partida ou destino pré-determinado.

hotel-fazenda – hotéis nos moldes tradicionais instalados no meio rural.

iatismo e suas variações – atividades de passeio utilizando veleiros,escunas, catamarãs e outros.

Impacto – alteração que as atividades naturais ou antrópicas causam no meio ambiente, podendo ser ambiental, cultural, econômica ou social.

inventário de oferta turística – é o levantamento dos recursos turísticos de uma determinada região, visando a correta ordenação e exploração de território, de forma a otimizar a utilização dos mesmos.

manifestações populares – todas as práticas culturais que são tidas comoespecíficas do próprio local ou da região que as integram, ou ainda idênticas em

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nível nacional como: atividades cotidianas e festivas de ordem sacra ou profana,caráter popular ou folclórico.

marketing verde – esforço das empresas em satisfazer as necessidades dosconsumidores por produtos que causem menores impactos ambientais ao longo de seu ciclo de vida e a divulgação destes esforços para aumentar as vendas destes produtos.

mergulho – atividade esportiva praticada em ambiente aquático, com ou semequipamento de respiração artificial (mergulho autônomo e snorkeling), sem sentido de competição. Pode ser:

- livre: sem uso de equipamentos especiais (obs: o nome técnico desta atividade é apnéia).

- autônomo: com uso de equipamentos para mergulhos a maiores profundidades, tipo “scuba”.

monitoramento ambiental – processo contínuo de mensuração de certosparâmetros ambientais ou populacionais, indicadores do funcionamento e dinâmica do ecossistema, com vistas ao planejamento e tomada de decisão.

montanhismo – este subgrupo compreende as práticas adotadas para se vencer percursos e obstáculos em elevações como escarpas, montes, morros e montanhas, incluindo escaladas e/ou caminhadas. Pode ser: - solo: em locais íngremes, sem o uso de equipamentos e sem o auxílio de equipe.- técnica: em locais íngremes, com uso de equipamento s e equipe treinada.

normatização – estabelecer normas, princípios e/ou regras para realização ouavaliação de procedimentos.

observação de flora e fauna – compreende a apreciação das espécies em seu habitat natural ou vestígios no caso de fauna, auxiliando na interpretação o uso de binóculo, máquinas fotográficas, vídeo e gravador.

oferta turística – conjunto de atrativos turísticos, equipamentos e serviços turísticos e infra-estrutura de apoio ao turismo de um determinado local, que se tem a oferecer aovisitante.

operadoras turísticas – também conhecidas como "agências de viagens e turismo", são conhecidas internacionalmente como tour operators. Segundo a legislação, é privativa dessa categoria a operação de viagens e excursões, individuais oucoletivas, compreendendo a organização, contratação e execução de programas, roteiros e itinerários quando relativos a excursões do Brasil para o exterior. Aocontrário das agências de viagens que apenas orientam o cliente em relação àsviagens e pacotes turísticos, as operadoras turísticas, ao elaborarem o pacote turístico, assumem o risco de preencher ou não as vagas solicitadas aos hotéis,

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empresas de transporte e demais prestadoras de serviços. (fonte: Beni, MárioCarlos: em Análise Estrutural do Turismo).

orgãos fiscalizadores – instituição pública ou privada com atribuição defiscalização.

paraglyder – equipamento utilizado para atividades de vôo livre, composto por um velame do náilon, cadeirinha e linhas de comando que direcionam o vôo.

patrimônio cultural – considera-se patrimônio cultural toda criação humana, quer sejam criações individuais ou das sociedades, tanto do passado como do presente. Assim, são considerados patrimônio cultural, por exemplo: os sítios arqueológicos e as ruínas históricas, os monumentos arquitetônicos, as criações artísticas, osacervos bibliográficos e etnográficos e o conhecimento, também denominadopatrimônio intangível.

patrimônio natural – é toda formação natural do planeta terra e a vida que ali habita, que tenha valor universal ou para uma dada sociedade. São as cadeiais de montanhas, florestas, bacias hidrográficas, oceanos e mares, áreas costeiras, ou mesmo uma simples árvore. Muitas dessas formações possuem denominaçõescientíficas específicas, como por exemplo: ecossistemas e biomas.

planejamento – processo permanente de reflexão e análise para a escolha de alternativas que permitam alcançar determinados resultados desejados no futuro.

pesca amadora – é a pesca com varas e molinetes e um anzol, não visando a comercialização.

pesque e pague – atividades desenvolvidas em propriedades rurais preparadas para receber visitantes, com ênfase à pesca, lazer e serviços.

plano – conjunto de métodos, medidas, tarefas e atividades para a execução de um dado trabalho, empreendimento.

plano de manejo – é um instrumento dinâmico que, utilizando técnicas deplanejamento ambiental, determina o zoneamento e o uso de uma unidade deconservação, conforme sua categoria de manejo.

pousada rural – meio de hospedagem de aspectos arquitetônicos e construtivos, instalações, equipamentos e serviços mais simplificados, normalmente limitados,apenas, ao necessário à hospedagem do turista para aproveitamento do atrativo turístico junto ao qual o estabelecimento se situa.

potencial turístico – elementos naturais e/ou antrópicos passíveis deaproveitamento turístico.

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produto turístico - é o conjunto de bens e serviços turísticos, atrações, acessos e facilidades colocados no mercado, à disposição de visitantes e turistas, em conjunto ou individualmente, visando atender suas necessidades, solicitações ou desejos.

prognóstico – projeções futuras do objeto de planejamento realizada com base no diagnóstico

programa – conjunto de projetos, integrados entre si e vinculados por uma ou várias características comuns, cujo conteúdo está sujeito às condições de coerência, de interdependência e de periodicidade.

projeto – estabelecimento de um processo, através de um conjunto de informações, sistemática e racionalmente ordenadas para atingir um determinado fim.

rafting – deslocamento em rios de correnteza fortes, utilizando embarcaçõesinfláveis, sem motor, para várias pessoas e com vários níveis de riscos.

rapel – descida de paredões, abismos e cachoeiras com auxílio de cordas. Podeser:- Positiva: com o auxílio dos pés no paredão;- Negativa: sem o auxílio dos pés.

recursos naturais – fontes de riquezas materiais que existem em estado natural, tal como florestas, reservas minerais, água, etc; podem ser renováveis ou não,dependendo de sua natureza, nível de exploração e/ou capacidade de reprodução.

regularização fundiária – processo de legitimação do conceito de propriedade em área rural ou urbana.

segmentação – é a distribuição do mercado em grupos homogêneos em função de algumas características que identificam seus componentes.

sistema regulador – conjunto de normas e procedimentos que estabelecemcondições na implementação, operacionalização e monitoramento de atividadesespecíficas.

sítios – áreas consideradas testemunho cultural do homem (da pré-história à época atual) pela homogeneidade e interesse especialmente artístico, histórico, científico e lendário, podendo ser objetos de estudos e pesquisas. Podem ser:- sítios históricos: são áreas que, por motivos históricos e/ou artísticos,

representam importantes testemunhos para a cultura.- sítios científicos: são áreas que, por motivos científicos, representam importantes

testemunhos da atividade humana.

sociedade civil organizada – forma em que a sociedade ou parte dela se organiza para atuar em determinado segmento.

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sustentabilidade – processo de mudança social e elevação das oportunidades da sociedade, compatibilizando, no tempo e no espaço, o crescimento e a eficiência econômicos, a conservação ambiental, a qualidade de vida e a equidade social,partindo de um claro compromisso com o futuro e a solidariedade entre gerações.

terceirizar – método a partir do qual se transferem atividades de sua competência.

trade turístico – conjunto de agentes, operadores, hoteleiros e prestadores de serviços turísticos.

trekking – caminhada com duração de mais de um dia, incluindo pernoites com acampamento no meio natural.

tropeada – são cavalgadas curtas ou longas para condução de rebanho queresgatam o tropeirismo através do acampamento rústico, comidas e prosas típicas.

tropeirismo – ciclo econômico e cultural que se caracteriza pelo transporte de gado bovino, eqüinos, muares ou suínos. O Paraná sofreu forte influência do tropeirismo, principalmente no século XIX e meados do século XX. Do ciclo das tropas surgiram cidades como Ponta Grossa, Castro e Rio Negro.

turismo – é uma atividade econômica representada pelo conjunto de transações (compra e venda de produtos e serviços turísticos) efetuadas entre os agenteseconômicos do turismo. É gerado pelo deslocamento voluntário e temporário de pessoas para fora dos limites da área ou região em que têm residência fixa, por qualquer motivo, excetuando-se o de exercer alguma atividade remunerada no local que visita. (EMBRATUR)

turismo eqüestre – são os passeios e cavalgadas com a utilização de eqüinos, muares, charretes, coches, carroças e outros. Podem ser curtos ou longos, e neste caso se utilizam também de muares para carregamento dos materiais paraacampamento.

turista – é a pessoa que se desloca para for a de seu local de residênciapermanente, por mais de 24 horas, realizando pernoite, por motivo outro que o de não fixar residência ou exercer atividade remunerada, realizando gastos de qualquerespécie com renda auferida fora do local visitado.

unidade de conservação ou U.C. – área natural pública ou privada, delimitada com fins de proteção ambiental; pode ser de uso direto ou indireto, conforme o grau de manipulação de seus recursos permitido pela legislação; definida em nível nacional, estadual ou municipal.

valores culturais – patrimônio fundamental de uma cultura ou de um indivíduo. São as heranças culturais herdadas por estes, que lhes dão a possibilidade de

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compreensão e significação do mundo. Os valores culturais estão expressos, por exemplo, nos mitos, na religião e na linguagem de um povo.

veículos motorizados – neste grupo estão os “jeeps”, motocicletas e bugs,envolvidos em práticas do Jeep-Raeder, Moto-Cross e passeios.

visita técnica – visita realizada a um local ou empreendimento objetivando colherdados e informações, possibilitando análise futura.

vocação turística – características existentes em um local que identificam o (s) tipo (s) de turismo predominante (s) a ser (em) desenvolvido (s).

vôo motorizado – atividade de passeio utilizando ultraleve, asa-delta motorizada ou girocóptero.

vôo-livre – atividade de passeio utilizando balão, asa-delta, pára-quedas ouplanador.

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EQUIPE

Equipe do Grupo de Trabalho instituído pelo Decreto N° 1286, de 03 desetembro de 1999:SEMA / IAP: Evandro da Silva Pinheiro, Maria Ângela Dalcomune;SEET / Paraná Turismo: Deise Maria F. Bezerra;SEEC / Curadoria do Patrimônio Natural: Maria Luisa Marques Dias, Rosina Coeli Alice Parchen;Gabinete do governador: Anive Alcantara Soares;EMATER / PR: Ednei Bueno do Nascimento;SEBRAE-PR: João Carlos Tonetto Pinto;ABAV / PR: Antônio João Monteiro Azevedo;IBAMA/PR: Luiz Antonio Mota Nunes de Melo;ABIH: Luiz Fernando Prokopiak de Aguiar;UEM: Leide Iassuco Takahashi;ECOPARANÁ: Taco Roorda

Equipe da Câmara Setorial das Diretrizes:Anive Alcantara SoaresCarlos Augusto CornelsenEvandro da Silva PinheiroInge Andrea NieferLuciana de OliveiraZulmeia F. Pinheiro

Equipe de discussão:NOME INSTITUIÇÃOAnive Alcantara Soares Gabinete do GovernadorAntônio João Monteiro Azevedo ABAV-PRCarlos Augusto Cornelsen Deise Bezerra Paraná TurismoEdnei Bueno do Nascimento EMATEREvandro Pinheiro IAPInge Andrea NieferIsabelle de Cerjat Beltrão COMECJuliana Jaremczyk Paraná TurismoLeide Y. Takahashi Universidade Estadual de MaringáLenice Maranhão ABIH -PRLuciana de Oliveira Paraná TurismoMaria Angela Dalcomune IAP -DIBAP/DUCMônica Soares Vieira Damana PlanejamentoNelson da Costa Rocha SEBRAE- PR Paola Franco Faoro EcoparanáZulmeia F. Pinheiro IIDAC – Instituto Internacional para o Desenvolvimen-to

da Cidadania

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BENI, Mario Carlos. Análise Estrutural do Turismo. Ed. Senac. São Paulo, 1998

DOMINGUES, Celestino M. Dicionário Técnico de Turismo. Ed. Dom Quixote. Lisboa - Portugal, 1990

EMBRATUR. Diretrizes para uma política nacional de ecoturismo. Brasília, 1999.

EMBRATUR. Município: potencial turístico orientação às prefeituras. Brasília, 1992

EMBRATUR. Guia para Oficinas de Treinamento dos Agentes Multiplicadores e dos Monitores. Brasília, 1994

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa. Ed. Nova Fronteira

IEB – Instituto de Ecoturismo do Brasil. Diretrizes- Paraná.

FILHO, Américo Pellegrine. Ecologia, Cultura e Turismo Ed. Papirus, 1993

RUSCHMANN, Doris Marketing Turístico. Ed. Papirus. Campinhas – SP, 1991

RUSCHMANN, Doris Turismo e Planejamento Sustentável. Ed. Papirus. Campinhas – SP, 1997

SARTOR, Lourdes Fellini. Turismo Rural: uma alternativa de produção. Porto Alegre, 1981

SEMA/PR, SEET/PR, SPVS. Diretrizes para uma política estadual de ecoturismo.Curitiba, 1996.

SMA/SP. Diretrizes para o ecoturismo no Estado de São Paulo. São Paulo, 1998