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Língua Portuguesa (gramática, texto e redação) Professor Guga Valente

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Língua Portuguesa (gramática, texto e

redação)Professor Guga Valente

Estrutura das palavrasObserve que na tirinha, Calvin diz que gosta de“verbar palavras”. Aliás, ele faz isso com o própriosubstantivo verbo, ou seja, transforma-o num verbotambém: VERBAR.Ele demonstra seu gosto pela prática transformandoo adjetivo “esquisito” no verbo ESQUISITAR.Em português, é muito comum que verbos novos,sejam formados a partir de outras palavrasexistentes, sejam neologismos criados a partir deonomatopeias, por exemplo, recebem a terminação–ar, que corresponde à mais abundante e 1ªconjugação dos verbos no nosso idioma.

Morfema

Para identificar os elementos que constituemuma palavra, é necessário identificar seusmorfemas. Morfema é a menor unidadesignificativa de uma palavra.

TRANS-BORDA-MENTO

Divisão mórfica

Diferentemente do que ocorre na divisão silábica, na divisãomórfica não são as sílabas que importam, mas os morfemas.

TRANS-BORDA-MENTOUma divisão silábica desta palavra ficaria assim:

TRANS-BOR-DA-MEN-TO

Radical

Rebecca Mccorkindale Banksy

Radical

Radical é um morfema que, pode-se dizer, é o maisimportante de uma palavra. Isso porque ele é quecarrega o significado dela.Algumas palavras possuem o mesmo radical. Isso implicadizer, em linhas gerais, que elas pertencem a um mesmocampo semântico ou campo significativo, sendo assimchamadas de COGNATAS.

Ex.: Barba, barbeiro, barbearia, barbona.

Vogal temática

Elemento mórfico cuja função é unir as partes indicativas de gênero enúmero no substantivo.

Ex.: Cadeir-a, pont-e, sapat-o((((Sempre vão ser as vogais a, e e o átonas e finais))))

No caso das palavras com tônicas finais ou consoantes finais, são chamadasde ATEMÁTICAS.

Ex.: Café, abacaxi, boró, dor, paz, deus.((((Nestes últimos exemplos, vê-se que no plural há um e que constituiria a vogal temática do ponto de vista etimológico))))

Vogal temática verbal

A vogal temática nos verbos está ligada à sua conjugação. Emportuguês, são três as conjugações. Observe.

1ª conjugação: FAL-AR, BAB-AR, ESMURR-AR 2ªconjugação: MORR-ER, BAT-ER, FLORESC-ER

3ª conjugação: PAR-IR, INTU-IR, DESTRU-IR

O CASO DOS VERBOS TERMINADOS EM –POR, TODOS DERIVADOS DO VERBO POR, PERTENCEM À 2ª CONJUGAÇÃO.

ISSO PORQUE O VERBO ORIGINAL ERA POER, SENDO QUE ESSE E CAIU COM O TEMPO.

Tema

Dá-se o nome de tema à junção do radical com a vogaltemática.

Parad+oPort+aEstant+ePartir+i+aEstudar+í+amos

Desinências

Entende-se por desinência os morfemas que se ligam ao temapara indicar as flexões gramaticais de gênero e número (nossubstantivos) e de tempo, modo, número e pessoa (nos verbos).Ex.:Garot+o (desinência nominal de gênero)Carro+s (desinência nominal de número)Ador+o (desinência verbal número-pessoal – 1ª pessoa dosingular)Entender+í+amos (desinência verbal modo-temporal: futuro dopretérito do indicativo + número-pessoal: 1ª pessoa do plural

Como não confundir vogal temática nominal com desinência de gêneroPara fazer a correta distinção entre a vogal temática nominal –a e adesinência de gênero –a, basta fazer uma breve análise tendo em vista seusignificado.

VOGAL TEMÁTICA NÃO DESIGNA GÊNERO;

TODA VEZ QUE O –A INDICAR GÊNERO, TRATA-SE DA DESINÊNCIA.

Assim, em

• Cadeir-a, o –a é vogal temática, já que não existe cadeiro;

• Moç-a, o –a é desinência de gênero, uma vez que existe moço.

Trata-se dos morfemas que se ligam ao radical. Essa ação propicia a criaçãode outras palavras, derivadas das primeiras.

• Podem modificar a classe gramatical: vend-er, vend-a,vend-edor

• Podem modificar o sentido da palavra: moral, a-moral,i-moral

• Podem introduzir uma ideia acessória: gord-ucho,papel-ada, lava-tório

Afixos

Prefixos

Ocorrem antes do radical, vêm pré-radical.

Ex.: Verbos formados a partir do verbo POR

Ante-por, pre-por, pos-por, contra-por, inter-por,re-por, pressu-por, im-por, de-por, com-por,decom-por, ex-por, o-por entre outros.

Sufixos

Ocorrem depois do radical.

Ex.: Palavra primitiva: CHUVA

Palavras formadas a partir da derivação de CHUV-:chuv-eiro, chuv-isco, chuv-arada, chuv-inha.

Vogais e consoantes de ligação

• Não são considerados morfemas, uma vez que nãointerferem no significado das palavras;

• Existem exclusivamente por questões eufônicas, omesmo que dizer “para soar melhor”;

• No caso das vogais, na língua portuguesa os casosocorrem com –i e –o.

Ex.: Cafeteria, chaleira, cajazeira, parisiense, pontiagudo,rodovia.