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Apresentação Epistemologia

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Surgimento da Ciência Moderna(Entre os séculos XVI e XVII)

•Nicolau Copérnico (1473-1543)•Giordano Bruno (1548-1600)•Galileu Galilei (1564-1642)•René Descartes (1596-1650)•Francis Bacon (1561-1626)•John Locke (1632-1704)

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Idade Clássica: séc. VIII a.C. ao séc.

V d.C.

Idade Média: séc. V d.C. ao séc. XV

d.C.

Idade Moderna: séc. XV d.C. aos

tempos atuais (?)

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Características gerais da IM

•Supremacia do cristianismo e da Igreja Católica•Ruralização•Poder descentralizado, concentrado nas mãos dos senhores feudais•Atividade comercial limitada•Longos períodos de fome e escassez de alimentos•Proliferação de doenças•Guerras

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RenascimentoA partir do final do século XV emerge uma consciência antiaristocrática e anticlerical: muitos dos homens desse período não aceitavam mais viver subordinados aos reis e à Igreja.

O Renascimento retoma os ideias culturais, artísticos, filosóficos e científicos da cultura greco-latina.

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Os homens do século XVI não só viam a si mesmos como “modernos”, mas também criaram as próprias expressões pejorativas “idade média” e “idade das trevas”.

Esses indivíduos não só buscavam retomar a cultura greco-latina, como também visavam encontrar um conhecimento verdadeiro acerca do mundo, que lhes possibilitasse “emancipar” a humanidade das “trevas” da Idade Média.

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Heliocentrismo (séc. XV/XVI)

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Mecanicismo (séc. XVII/XVIII)

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Evolucionismo (séc. XIX)

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Teoria da Relatividade (séc. XX)

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A ciência moderna se desenvolveu

exponencialmente ancorada sobre duas correntes de

pensamento: o racionalismo e o empirismo.

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Racionalismo

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Platão: cria na existência de duas realidades distintas. A primeira delas, a realidade concreta, inteligível, imutável, ficou conhecida como “Mundo das Ideias”; a segunda realidade consistiria em formas distorcidas e dependentes, oriundas da realidade inteligível, e que são captadas por nossos órgãos do sentido.

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Descartes(1596-1650): Apesar de ter estudado em um dos melhores colégios europeus de sua época (La Fléche), sendo aluno de grandes mestres escolásticos, Descartes sentia-se frustrado por não ter adquirido um conhecimento sólido e seguro acerca do mundo. Com efeito, começa a sistematizar um método que lhe permitisse encontrar as verdades do mundo.

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Os quatro princípios do método cartesiano

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Leibniz (1646-1716): assim como Descartes, Leibniz desenvolveu um sistema filosófico, cujo ponto de partida era a crença de que as leis e os princípios da natureza poderiam ser apreendidos a priori, ou seja, sem contato com a realidade concreta.

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Leibiniz postulou dois princípios metafísicos para as ciências:

•Não contradição: aquilo que se contradiz deve ser julgado como falso; do mesmo modo, aquilo que se opõe à contradição deve ser tomado como verdadeiro;

•Razão suficiente: nada pode existir ou ser verdadeiro sem que haja uma razão suficiente para que ele seja de tal maneira e não de outra;

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Spinoza (1632-1677): acreditava que Deus e a natureza são a mesma coisa, formando uma única substância, a qual é origem de todas as coisas. Nesse sentido, conhecimento sensível e conhecimento racional são oriundos de dois atributos divinos: o espírito e a matéria.

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•Conhecimento sensível: um saber subjetivo, fragmentado, incompleto; uma representação da coisa feita a partir de algumas das qualidades do objeto conhecido e do sujeito conhecedor; dele emanam o sofrimento e a paixão.

•Conhecimento racional: do conhecimento racional emanam os atributos divinos infinitos; emanam também a felicidade e a virtude. O homem é escravo das paixões, sendo que o conhecimento racional é o único caminho para a liberdade.

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Empirismo

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A teoria científica resulta das observações e dos experimentos, de modo que a experiência não tem simplesmente o papel de verificar e confirmar conceitos, mas tem a função de produzi-los (CHAUI, 1997, p.252).

Conhecimento produzido por experiências sensoriais (Aristóteles);

Sem as experiências sensoriais, nossa razão seria uma tábua rasa e vazia de qualquer sentido.

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Francis Bacon (1561-1626)Tentativa de corrigir a teoria aristotélica clássica;

Inovações ao método indutivo (Novum Organum - 1620):

1 – reunião de materiais e execução de experiências em grande escala. O resultado é obtido na grande massa de provas;

2 – prioridade à experiência (sentidos experiência coisas);

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A dúvida é o princípio fundamental no caminho do conhecimento verdadeiro;

Conhecimento como “condição para a libertação do homem” – ciência cumulativa;

União CONTEMPLAÇÃO/AÇÃO – ciência utilitária;

Visão materialista da natureza;

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John Locke (1632-1704)

Estudo metódico: “Ensaio Acerca do Entendimento Humano”

O conhecimento é derivado da experiência sensível

Não existem impressões inatas:

“A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato” (LOCKE, 1999, p. 37).

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“Como podem [...] estes homens pensar que o uso da razão é necessário para descobrir princípios que são

inatos, quando a razão (se podemos acreditá-lo) nada mais é do que a faculdade de deduzir verdades desconhecidas de princípios ou proposições já

conhecidos?” (LOCKE, p. 39-40)

Como se forma do conhecimento, segundo Locke:Percepção através dos sentidos Experiência Registro da experiência na mente (processo interno de análise, comparação, combinação, etc.) Pensamento (ideias)

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O Racionalismo e o Empirismo nas artes

Neoclassicismo: racionalismo, modéstia, equilíbrio, harmonia, simplicidade formal, idealismo e desapego do luxo

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Barroco: dinamismo, dramaticidade, exuberância, realismo, originalidade, tendência ao decorativo.

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Esculturas de Bernini (1598-1680)

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•Newton (1642-1727): formulou um método científico calcado em procedimentos indutivo-dedutivos, que refutavam, até certo ponto, o apriorismo cartesiano.

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Método de análise e síntese

“Tanto nas matemáticas como na filosofia natural, a investigação dos problemas difíceis por meio da análise deve sempre ser precedida pelo método da composição. A análise consiste em fazer experimentos e observações, e em derivar a partir deles conclusões gerais por indução, rechaçando todas as objeções, exceto aquelas baseadas em experimentos ou outras formas de conhecimento seguro. Porque as hipóteses não devem tomar-se em conta na filosofia experimental. [...] E se não ocorrem exceções nos fenômenos, a conclusão pode ser aceita como geral. [...] Por este método de análise podemos proceder de compostos a ingredientes, de movimentos às forças que os produzem, e em geral, dos efeitos a suas causas, e das causas particulares as mais gerais, até que o argumento termine na mais geral de todas. Este é o método de análise, enquanto a síntese consiste em assumir as causas descobertas e estabelecidas como princípios, e por meio delas explicar os fenômenos provenientes delas”

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Kant (1724-1804): A teoria do conhecimento kantiana, exposta na obra “Crítica da Razão Pura”, parte de dois princípios básicos:

•Existem conhecimentos a priori para além da realidade sensível;

•A faculdade da razão é despertada pelo mundo empírico, de modo que todo o conhecimento tem começa pela experiência;

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• Para Kant o conhecimento é fruto da síntese entre as impressões sensíveis e as propriedades apriorísticas do ato de conhecer;

Conhecimento =impressões sensíveis + saber a priori

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• Conclusão kantiana: não é possível conhecer a realidade em si mesma, apenas os fenômenos que são fruto da síntese entre as impressões dos sentidos e as faculdades apriorísticas do ato de conhecer;

• Assim, ao criar a noção de coisa em si, Kant estabelece limites à possibilidade de conhecimento, já que a realidade em si não pode ser completamente acessada.

• Assim, para Kant, a aquisição do conhecimento depende da percepção, imaginação e entendimento, em uma espécie de aliança entre o pensamento puro e as experiências dos sentidos.

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•Hegel (1770-1831): parte de uma crítica à Kant. Para Hegel, não existe conhecimento que não possa ser alcançado pelo pensamento, uma vez que “o real é racional e o racional, é real”.

•Hegel refuta a separação entre sujeito (pensamento) e objeto (natureza) formulada no dualismo kantiano. Hegel vê a natureza como uma ideia que ainda não se reconheceu como tal.

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•Do movimento dialético entre ideia (tese) e natureza (antítese), emerge um terceiro elemento: o espírito absoluto (síntese).

• Aquilo que Kant compreendia como estruturas apriorísticas, Hegel classificou como estruturas históricas, as quais mudam com a evolução da sociedade e condicionam a subjetividade social.

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Contestação da metafísica

Crítica de Hume à metafísica clássica – os conceitos metafísicos não se referiram nunca a realidades externas existentes por si, mas sempre foram hábitos mentais do sujeito.

A crítica do positivismo (Comte) – A metafísica, assim como a religião, possui importância histórica, mas é uma fase anterior de mistificação, a ser superada pelo advento da ciência.

O novo papel da filosofia: subordinação à lógica do método científico.

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Teoria do Conhecimento na virada para o século XX

Nietzsche (1844-1900)

Herdeiro do pensamento de Schopenhauer, Nietzsche criticou os filósofos que o antecederam, chamando-os de “metafísicos”, uma vez que eles dedicavam seus esforços filosóficos na tentativa de fundamentar uma lei moral da verdade que se fizesse universal.

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• Segundo Nietzsche, os filósofos metafísicos buscavam fundamentar a verdade partindo de um viés essencialista, ou seja, de uma ideia de essência humana. Todavia, para o filósofo alemão, a verdade não está fundada em uma essência, mas antes, na história, apresentando-se parcialmente ao historiador. Dependo da perspectiva em que se observa, ela pode apresentar diferentes formas.

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Ernst Mach (1838-1916)

Posição contrária a uma divisão da ciência em especialidades;

Crítica aos conceitos metafísicos;

Sensações são os elementos essenciais do conhecimento;

Teorias e hipóteses possuem função meramente instrumental (“experimentos mentais”);

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Charles Peirce (1839-1914) Pragmatismo como elemento do método científico;

O conhecimento é progressivo;

Henri Poincaré (1854-1912)Método científico baseado na existência de uma ordem geral no universo que é independente do homem e de seu conhecimento;

O progresso científico é explicado pela extensão progressiva dos limites do conhecimento da ordem universal (porém, a certeza dessa universalidade é inalcançável);

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Bachelard (1884-1962)

Faz uma crítica severa ao modelo experimental da ciência do século XIX, cuja prática resumia-se a medir, pesar, observar etc. Ciência esta que renunciou ao abstrato, às hipóteses racionais.

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Segundo Bachelard, na ciência tradicional, as hipóteses foram deixadas de lado, desempenhando papel secundário frente à importância atribuída ao objeto e à observação. Todavia, esse panorama começa a se alterar a partir da publicação da teoria da relatividade. Para a física relativista, o hipotético torna-se o próprio fenômeno, uma vez que a captação direta do real torna-se cada vez mais inacessível.

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• Assim, para Bachelard a epistemologia precisa reformular-se, para dar conta dessa nova ciência. A epistemologia deve mudar paralelamente às mudanças ocorridas na ciência.• Para, Bachelard a epistemologia contemporânea, ao contrário da tradicional, deve partir do teórico para o real (empírico). Isso pois, somente o raciocínio teórico profundo consegue superar as limitações da ciência tradicional.