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Apresentamos aos prezados colegas do Ministério Público do Estado do Espírito Santo a Edição do Boletim Informativo do CAPS, nosso canal de informações, onde esperamos mostrar um pouco das atividades desenvolvidas pelo Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de Saúde - CAPS, além de promover a divulgação de eventos, notícias e novidades acerca das normas relacionados a nossa área de atuação. E o que mais porventura tivermos acesso e considerarmos válido para a consecução das atividades dos órgãos de execução e do MPES como um todo. Traremos também algumas decisões emanadas dos Tribunais de Justiça, em especial do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, bem como sugestões atinentes ao nosso campo de atuação. Lembramos que este será um canal de comunicação mensal e muitas das informações aqui contidas estarão também disponíveis na página do CAPS na internet, que está sendo reformulada e atualizada aos poucos, onde se encontram algumas atualidades sobre saúde pública, legislação e alguns modelos de peças. Nesta primeira edição apresentamos notícias locais e nacionais acerca dos temas referentes à saúde pública, em especial, sobre as Conferências de Saúde e a instauração de procedimentos pelos órgãos de execução. Destacamos também a instituição do piso salarial para os agentes comunitários de saúde por meio da Lei 12.994/14 e da Portaria Nº 1.024, de 21 de julho de 2015 Trazemos um cheque-list para a função de Promotor (a) de Justiça de Promotoria de Justiça Cível, Cumulativa e Geral, com atribuições na esfera da saúde pública SUS. EQUIPE CAPS Apresentação “Saúde é o estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”. OMS Nesta Edição: Apresentação 1 Destaques 2 Notícias 3 Jurisprudências 4 Ações Locais 5 EQUIPE CAPS Dirigente: Dr. José Adalberto Dazzi Apoio: Alzeni Bonela Vitorino Poletti Carmen das Graças Coser Raíssa Pereira de Medeiros Assistentes Sociais: Francilene Sales Figueiredo Maria da Penha Ferreira do Nascimento Schirley Cristina da Silva Telefone: (27) 3194- 5138 e-mail: [email protected] Endereço: Rua Procurador Antônio Benedicto Amancio Pereira, n.º 121, Complexo Administrativo Annina Lícia de Amorim Rubim Grégio, 5º andar, Santa Helena, Vitória-ES, Cep: 29.055-036. Ano 2015, nº 01

Apresentação - mpes.mp.br · Lei 12.994/14 e da Portaria Nº 1.024, de 21 de julho de 2015 ... a PPI Municipal e a anexa Portaria nº 631/SAS/MS, de 20.7.2015); ... Anual de Saúde

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Apresentamos aos prezados colegas

do Ministério Público do Estado do

Espírito Santo a 1ª Edição do

Boletim Informativo do CAPS, nosso

canal de informações, onde

esperamos mostrar um pouco das

atividades desenvolvidas pelo Centro

de Apoio Operacional de

Implementação das Políticas de

Saúde - CAPS, além de promover a

divulgação de eventos, notícias e

novidades acerca das normas

relacionados a nossa área de atuação.

E o que mais porventura tivermos

acesso e considerarmos válido para a

consecução das atividades dos órgãos

de execução e do MPES como um

todo.

Traremos também algumas decisões

emanadas dos Tribunais de Justiça,

em especial do Supremo Tribunal

Federal e do Superior Tribunal de

Justiça, bem como sugestões

atinentes ao nosso campo de atuação.

Lembramos que este será um canal

de comunicação mensal e muitas das

informações aqui contidas estarão

também disponíveis na página do

CAPS na internet, que está sendo

reformulada e atualizada aos

poucos, onde já se encontram

algumas atualidades sobre saúde

pública, legislação e alguns modelos

de peças.

Nesta primeira edição apresentamos

notícias locais e nacionais acerca dos

temas referentes à saúde pública, em

especial, sobre as Conferências de

Saúde e a instauração de

procedimentos pelos órgãos de

execução.

Destacamos também a instituição do

piso salarial para os agentes

comunitários de saúde por meio da

Lei 12.994/14 e da Portaria Nº 1.024,

de 21 de julho de 2015

Trazemos um cheque-list para a

função de Promotor (a) de Justiça de

Promotoria de Justiça Cível,

Cumulativa e Geral, com atribuições

na esfera da saúde pública – SUS.

EQUIPE CAPS

Apresentação “Saúde é o estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”. OMS

Nesta Edição:

Apresentação 1

Destaques 2

Notícias 3

Jurisprudências 4

Ações Locais 5

EQUIPE CAPS

Dirigente:

Dr. José Adalberto

Dazzi

Apoio:

Alzeni Bonela

Vitorino Poletti

Carmen das Graças

Coser

Raíssa Pereira de

Medeiros

Assistentes Sociais:

Francilene Sales

Figueiredo

Maria da Penha

Ferreira do

Nascimento

Schirley Cristina da

Silva

Telefone: (27) 3194-

5138 e-mail: [email protected]

Endereço: Rua Procurador

Antônio Benedicto

Amancio Pereira, n.º 121,

Complexo Administrativo

Annina Lícia de Amorim

Rubim Grégio, 5º andar, Santa Helena, Vitória-ES,

Cep: 29.055-036.

Ano 2015, nº 01

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BOLETIM CAPS

Check-list da função de Promotor de Justiça da Promotoria de Justiça Cível, Cumulativa e

Geral, com atribuições na esfera da saúde pública – SUS.

1-3ª Promotora de JUSTIÇA DA Promotoria de Justiça Cível de Vitória: PLANO DE

SAÚDE PLURIANUAL – PSP 2016/2019 (a partir de janeiro de 2015) elaborado pela

Secretaria Estadual de Saúde; encaminhamento à apreciação do Conselho Estadual de Saúde –

CES antes do envio do Projeto de Lei do PPA – Plano Plurianual 2016/2019 à Assembleia

Legislativa; apreciação do PSP 2016/2019 pelo CES antes do envio do Projeto de Lei do PPA

2016/2019 à Assembleia Legislativa, no prazo previsto em seu Regimento Interno; inserção do

PSP 2016/2019 no Projeto de Lei do PPA 2016/2019; acesso público ao PSP 2016/2019

(internet, no SARGSUS);

2-PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE – PAS para 2016 (a partir de janeiro de 2015)

pela Secretaria de Saúde; encaminhamento à apreciação do Conselho Municipal de Saúde, antes

do envio, segundo determinação do art. 36, § 2º da Lei Complementar nº 141/12, do Projeto da

Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO 2016 à Câmara Municipal; apreciação, dentro do prazo

previsto em seu Regimento Interno, pelo Conselho Municipal de Saúde, antes do envio do

Projeto da LDO 2016 à Câmara Municipal; inserção da PAS para 2016 na LDO 2016 e na

LOA 2016 – Lei Orçamentária Anual; dar acesso público à PAS para 2016 (internet, no

SARGSUS);

3-Relatório Quadrimestral – RQ do 3º quadrimestre de 2014 (setembro, outubro, novembro e

dezembro de 2014): a) apresentação pela Secretaria Municipal de Saúde ao Conselho Municipal

de Saúde - CMS até o final de fevereiro de 2015, segundo determinação da LC 141/12;

avaliação do RQ pelo CMS (art. 41 da LC 141/12), dentro do prazo previsto em seu Regimento

Interno; apresentação pelo CMS de indicações ao Prefeito Municipal para a melhoria das ações e

dos serviços do SUS (art. 41 da LC 141/12), se o CMS julgar necessárias; o Relatório

Quadrimestral apresenta os resultados alcançados, a cada quadrimestre, com a execução da

Programação Anual de Saúde;

4-Relatório Anual de Gestão – RAG de 2014: a) apresentação pela Secretaria Municipal de

Saúde ao CMS até o dia 30 de março de 2015, segundo determinação do art. 36, § 1º da LC

141/12; emissão de parecer conclusivo (art. 36, § 1º da LC 141/12) pelo CMS, dentro do prazo

previsto em seu Regimento Interno; utilização obrigatória do SARGSUS pela Secretaria

Municipal de Saúde, permitindo, assim, acesso público ao RAG 2014; atenção para os

indicadores pactuados, índices pactuados para cada indicador, resultados alcançados e

reprogramação proposta pela Secretaria Municipal de Saúde para aqueles indicadores cujos

índices pactuados não foram alcançados;

5-Relatório Quadrimestral – RQ do 1º quadrimestre de 2015 (janeiro, fevereiro, março e

abril de 2015): a) apresentação pela Secretaria Municipal de Saúde ao CMS até o final de maio

de 2015, segundo determinação da LC 141/12; avaliação do RQ pelo CMS (art. 41 da LC

Destaques

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BOLETIM CAPS

141/12) do CES, dentro do prazo previsto em seu Regimento Interno; apresentação pelo CMS de

indicações ao Prefeito Municipal para a melhoria das ações e dos serviços de saúde do SUS (art.

41 da LC 141/12), se o CMS julgar necessárias; o Relatório Quadrimestral apresenta os

resultados alcançados, a cada quadrimestre, com a execução da Programação Anual de Saúde;

6- Relatório Quadrimestral – RQ do 2º quadrimestre de 2015 (maio, junho, julho e agosto de

2015): a) apresentação pela Secretaria Municipal de Saúde ao CMS até o final de setembro de

2015, segundo determinação da LC 141/12; avaliação do RQ pelo CMS (art. 41 da LC 141/12),

dentro do prazo previsto em seu Regimento Interno; apresentação pelo CMS de indicações ao

Prefeito para a melhoria das ações e dos serviços do SUS (art. 41 da LC 141/12), se o CMS

julgar necessárias; o Relatório Quadrimestral apresenta os resultados alcançados, a cada

quadrimestre, com a execução da Programação Anual de Saúde;

7-Transmissão de dados, bimestralmente e obrigatoriamente, ao SIOPS – Sistema de

Informação sobre Orçamento Público em Saúde, do MS, pela Secretaria Municipal de Saúde

nos seguintes prazos:

Exercício de 2015:

1º bimestre 2015 – até 30 de março de 2015

2º bimestre 2015 – até 30 de maio de 2015

3º bimestre 2015 – até 30 de julho de 2015

4º bimestre 2015 – até 30 de setembro de 2015

5º bimestre 2015 – até 30 de novembro de 2015

6º bimestre 2015 – até 30 de janeiro de 2016

8-PPI – Programação Pactuada e Integrada da Assistência em Saúde do Município,

contendo as referências (encaminhamentos) para a média e a alta complexidade, a partir das

Portas de Entrada do SUS definidas no art. Do Decreto nº 7508/2011, com os respectivos

recursos financeiros, está atualizada e disponibilizada para o público na internet;

9-Estágio atual da elaboração da PGASS – Programação Geral da Ações e dos Serviços de

Saúde, em razão do Decreto nº 7508/2011 (deve substituir a PPI);

10-Verificar junto à CIR – Comissão Intergestores Regional da Região de Saúde do seu

Município, o estágio atual do COAP - Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde, por

meio do qual os Municípios de uma REGIÃO DE SAÚDE integram os seus Planos de Saúde

Plurianuais + União + Estado. O COAP é o acordo de colaboração firmado entre entes federativos

com a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e

hierarquizada, com definição de responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios de

avaliação de desempenho, recursos financeiros que serão disponibilizados, forma de controle e

fiscalização de sua execução e demais elementos necessários à implementação integrada das ações e

serviços de saúde;

11- Verificar junto à Secretaria de Saúde: a) existência formal da REMUME - Relação Municipal

de Medicamentos do Componente Básico, mediante Portaria da Secretaria Municipal de Saúde, de

acordo com a Portaria nº 1555/GM/MS, de 2013, Portaria nº 1554/GM/MS, de 2013, e perfil

epidemiológico local; b) fornecimento, mensalmente, do índice de cobertura da REMUME;

12- Verificar na Secretaria Municipal de Saúde a demanda reprimida de cirurgias eletivas, de

consultas especializadas, de exames especializados e de cirurgias (verificar a responsabilidade

4

BOLETIM CAPS

pela sua gestão, de acordo com a PPI Municipal e a anexa Portaria nº 631/SAS/MS, de 20.7.2015);

verificar, a cada quadrimestre, no Relatório Quadrimestral, o percentual de consultas e exames

especializados não realizados;

13- verificar junto ao Fundo Municipal de Saúde a existência de recursos financeiros parados, o

motivo e a data do saneamento da pendência;

14- verificar no DAB/MS, a proporção de cobertura da ESF – Estratégia Saúde da Família, do PACS

–Programa Agentes Comunitários de Saúde e da Saúde Bucal; verificar a previsão de ampliação no

Plano de Saúde Plurianual em vigor e na Programação Anual de Saúde em vigor;

15- verificar a existência da precarização da gestão do trabalho na Secretaria Municipal de Saúde;

16- verificar se a lei municipal que criou o Conselho Municipal de Saúde já está adequada às

diretrizes da anexa Resolução nº 453/CNS, de 2012;

17- verificar se o Regimento Interno do CMS está adequado à Lei Complementar nº 141/12 e às

diretrizes da Resolução nº 453/CNS, de 2012;

18- Verificar se a lei que criou o Fundo Municipal de Saúde já está adequada à Lei Complementar nº

141/12;

19- Verificar se foi dado acesso público ao Plano de Saúde Plurianual em vigor, à Programação

Anual de Saúde em vigor, ao Relatório Quadrimestral da Programação Anual de Saúde e ao

Relatório Anual de Gestão – RAG da Programação Anual de Saúde, de acordo com a Lei

Complementar nº 141/12 e a Portaria nº 2135/GM/MS, de 2013 (com a utilização do SARGSUS do

MS pela Secretaria Municipal de Saúde, o acesso público é possível sem ônus para o Município);

20- existindo maternidade do SUS no território municipal (pública ou conveniada), verificar quantas

crianças do seu Município nasceram abaixo do peso (dependendo do resultado, verificar a situação

do pré-natal no seu município);

21- realizar leitura do Relatório Quadrimestral, contendo os resultados alcançados com a execução a

cada quadrimestre da Programação Anual de Saúde;

22- realizar a leitura do Relatório Anual de Gestão – RAG, contendo os resultados alcançados com a

execução anual da Programação Anual de Saúde;

23- verificar se o Município, por meio da sua Secretaria Municipal de Saúde, comparece às reuniões

da CIR – Comissão Intergestores Regional prevista no Decreto nº 7508/2011;

24- verificar se o Município, por meio da sua Secretaria Municipal de Saúde, está utilizando o

SARGSUS, do Ministério da Saúde, que é um sistema de apoio à elaboração do Relatório

Quadrimestral e do Relatório Anual de Gestão, sem ônus para o Ente Federado;

25- verificar se o Município, por meio da sua Secretaria Municipal de Saúde, está transmitindo os

dados, bimestralmente, ao SIOPS; verificar o percentual investido em ações e serviços públicos de

saúde (deve ser o previsto na Lei Orçamentária Anual – LOA, não podendo ser inferior a 15%, nos

termos da LC 141/12) e o valor, em R$, por habitante;

5

BOLETIM CAPS

26- verificar junto à Secretaria Municipal de Saúde o total de recursos financeiros provenientes de

Emendas Parlamentares para o Município.

Conferências de Saúde

A Lei Nº 8.142/1990 obriga a realização de Conferências de Saúde de quatro em quatro anos,

para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos

níveis correspondentes.

A Resolução Nº 500, de 12 de fevereiro de 2015, do Conselho Nacional de Saúde, aprovou o

Regimento Interno da 15ª Conferência Nacional de Saúde tem como tema: “Saúde Pública de

Qualidade para Cuidar Bem das Pessoas: Direito do Povo Brasileiro”. E os seus eixos são:

Direito à Saúde, Garantia de Acesso e Atenção de Qualidade; Participação Social; Valorização

do Trabalho e da Educação em Saúde; Financiamento do SUS e Relação Público-Privado;

Gestão do SUS e Modelos de Atenção à Saúde; VI - Informação, Educação e Política de

Comunicação do SUS; Ciência, Tecnologia e Inovação no SUS e Reformas Democráticas e

Populares do Estado;

O Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de Saúde participou das

Conferências de Saúde dos Municípios que seguem: Cachoeiro de Itapemirim, Santa Teresa,

Vila Velha, Nova Venécia, Presidente Kennedy, Colatina e Montanha.

É importante que o Ministério Público contribua na divulgação, preparação e realização das

conferências de saúde municipais, incentivando a efetiva e ampliada participação da população.

Para começar, é fundamental indagar à Secretaria Municipal quais as informações e indicadores

de saúde local que enviará à conferência e quando o fará, eis que ela só poderá deliberar

diretrizes para a formulação de políticas públicas à luz desses dados (art. 1º, § 1º, Lei Federal nº

8.142/90).

Cronograma de datas das etapas das plenárias e das conferências (Decreto de 15.12.2014 -

convoca a 15ª Conferência Nacional de Saúde):

8 de abril a 15 de julho: Conferências Municipais

16 de julho a 30 de setembro: Conferências Estaduais

23 a 26 de novembro: Conferência Nacional

A Resolução nº 501, de 7.5.2015, do Conselho Nacional de Saúde, elenca os seguintes prazos

que constituem etapas da 15ª Conferência Nacional de Saúde:

Os Conselhos Municipais de Saúde devem encaminhar o Relatório Final de sua respectiva

conferência com o conjunto de diretrizes e propostas de âmbito regional, estadual e nacional à

Comissão Organizadora da Etapa Estadual até o dia 31 de julho de 2015, e estabelecer processo

de monitoramento das diretrizes e propostas para o Município.

6

BOLETIM CAPS

Os Conselhos Estaduais de Saúde e o Conselho de Saúde do Distrito Federal devem encaminhar

seu respectivo Relatório Final à Comissão Organizadora da Etapa Nacional, exclusivamente por

meio eletrônico, no endereço do Portal da 15ª CNS, até o dia 31 de outubro de 2015.

Piso Salarial dos Agentes Comunitários de Saúde

A Lei Nº 12.994, de 17 de junho de 2014 alterou a Lei Nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, para

instituir piso salarial profissional nacional e diretrizes para o plano de carreira dos Agentes

Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias. A lei garante o valor mínimo

de R$ 1.014 a todos os agentes comunitários de saúde e de combate às endemias, vinculados à

União, aos estados e aos municípios, com jornada de 40 horas semanais.

A Portaria Nº 1.024, de 21 de julho de 2015, define a forma de repasse dos recursos da

Assistência Financeira Complementar (AFC) da União para o cumprimento do piso salarial

profissional nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e do Incentivo Financeiro para

fortalecimento de políticas afetas à atuação dos ACS, de que tratam os art. 9º-C e 9º-D da Lei nº

11.350, de 5 de outubro de 2006.

Notícias

-STF - Controle judicial em caso de não

aplicação de recursos do SUS tem

repercussão geral reconhecida. Leias mais.

- STF - Mantido bloqueio de recursos de SC

por ausência de repasse a hospital

conveniado ao SUS. Leia mais.

-STF - Mantida prisão preventiva de ex-

provedor da Santa Casa de Caridade de

Formiga(MG). Leia mais.

-STF- Entes federados têm responsabilidade

solidária na assistência à saúde, reafirma

STF. Leia mais.

- STF - Abertura de serviços de saúde a

capital estrangeiro é questionada no STF.

Leia mais.

- CONJUR - Remédio contra encefalopatia

deve entrar na lista de medicamentos

essenciais. Leia mais.

- CONJUR- SUS tem que pagar tratamento

em qualquer cidade, decide TRF-3. Leia

mais.

- CONJUR - STF decidirá se cabe ao

Judiciário intervir em uso de recurso na

Saúde. Leia mais.

- CONJUR - SUS não é obrigado a

fornecer tratamento experimental à

paciente. Leia mais.

- CONJUR - Gastos hospitalares só serão

pagos pelo Estado se SUS negar

atendimento. Leia mais.

-CONJUR- Regime previsto na EC 86/2015

deve ser piso e não o teto de gasto em saúde.

Leia mais.

- CONJUR - Jornada da Saúde aprova 23

enunciados para ajudar juízes. Leia mais.

- CONJUR – Estatuto da Pessoa com

deficiência altera regime civil das

incapacidades. Leia mais.

7

BOLETIM CAPS

Jurisprudência

Supremo Tribunal Federal - STF

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO À SAÚDE.

SOLIDARIEDADE DOS ENTES FEDERATIVOS. TRATAMENTO NÃO PREVISTO PELO

SUS. FORNECIMENTO PELO PODER PÚBLICO. PRECEDENTES. A jurisprudência do Supremo

Tribunal Federal é firme no sentido de que, apesar do caráter meramente programático atribuído ao art.

196 da Constituição Federal, o Estado não pode se eximir do dever de propiciar os meios necessários ao

gozo do direito à saúde dos cidadãos. O fornecimento gratuito de tratamentos e medicamentos necessários

à saúde de pessoas hipossuficientes é obrigação solidária de todos os entes federativos, podendo ser

pleiteado de qualquer deles, União, Estados, Distrito Federal ou Municípios (Tema 793). O Supremo

Tribunal Federal tem se orientado no sentido de ser possível ao Judiciário a determinação de

fornecimento de medicamento não incluído na lista padronizada fornecida pelo SUS, desde que reste

comprovação de que não haja nela opção de tratamento eficaz para a enfermidade. Precedentes. Para

dissentir da conclusão do Tribunal de origem quanto à comprovação da necessidade de tratamento não

previsto pelo SUS faz-se necessário o reexame dos fatos e provas constantes dos autos, providência

inviável neste momento processual (Súmula nº 279/STF). Ausência de argumentos capazes de infirmar a

decisão agravada. Agravo regimental a que se nega provimento. (STF; RE 831385; Primeira Turma; Rel.

Min. Roberto Barroso; Julg. 17/03/2015; DJE 06/04/2015; Pág. 32).

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010). FORNECIMENTO

GRATUITO DE MEIOS INDISPENSÁVEIS AO TRATAMENTO E À PRESERVAÇÃO DA

SAÚDE DE PESSOAS CARENTES. Dever constitucional do estado (CF, arts. 5º, “caput”, e 196).

Precedentes (STF). Responsabilidade solidária das pessoas políticas que integram o estado federal

brasileiro. Consequente possibilidade de ajuizamento da ação contra um, alguns ou todos os entes estatais.

Recurso de agravo improvido. (STF; ARE 860794; Segunda Turma; Rel. Min. Celso de Mello; Julg.

24/03/2015; DJE 20/04/2015; Pág. 53).

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Constitucional. Fornecimento de

medicamento/tratamento. Responsabilidade solidária dos entes federativos. Possibilidade de substituição

do tratamento por outro indicado pelo Sistema Único de Saúde. SUS. Questão que não prescinde do

reexame de provas. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental ao qual se nega

provimento. (STF; RE-AgR 851.494; PE; Segunda Turma; Relª Minª Carmen Lúcia; Julg. 03/02/2015;

DJE 24/02/2015; Pág. 40).

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DAS PESSOAS POLÍTICAS QUE INTEGRAM O

ESTADO FEDERAL BRASILEIRO, NO CONTEXTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS).

COMPETÊNCIA COMUM DOS ENTES FEDERADOS (UNIÃO, ESTADOS-. MEMBROS, DIS

TRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS) EM TEMA DE PROTEÇÃO E ASSISTÊNCIA À SAÚDE

PÚBLICA E/OU INDIVIDUAL (CF, ART. 23, II). DETERMINAÇÃO CONSTITUCIONAL QUE,

AO INSTITUIR O DEVER ESTATAL DE DESENVOLVER AÇÕES E DE PRESTAR

SERVIÇOS DE SAÚDE, TORNA AS PESSOAS POLÍTICAS RESPONSÁVEIS SOLIDÁRIAS

PELA CONCRETIZAÇÃO DE TAIS OBRIGAÇÕES JURÍDICAS, O QUE LHES CONFERE

LEGITIMAÇÃO PASSIVA “AD CAUSAM” NAS DEMANDAS MOTIVADAS POR RECUSA DE

ATENDIMENTO NO ÂMBITO DO SUS. CONSEQUENTE POSSIBILIDADE DE

AJUIZAMENTO DA AÇÃO CONTRA UM, ALGUNS OU TODOS OS ENTES ESTATAIS.

PRECEDENTES. RECURSO DE AGRAVO CONHECIDO PARA NEGAR SEGUIMENTO AO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DECISÃO. O RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE

REFERE O PRESENTE AGRAVO REVELA-SE PROCESSUALMENTE INVIÁVEL, EIS QUE

SE INSURGE CONTRA ACÓRDÃO QUE DECIDIU A CAUSA EM ESTRITA

CONFORMIDADE COM A ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL QUE O SUPREMO

TRIBUNAL FEDERAL FIRMOU NA MATÉRIA EM EXAME. COM EFEITO, NO TOCANTE À

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DAS PESSOAS POLÍTICAS QUE INTEGRAM O

ESTADO FEDERAL BRASILEIRO, ESTA SUPREMA CORTE FIRMOU ORIENTAÇÃO

CONSUBSTANCIADA EM ACÓRDÃOS ASSIM EMENTADOS. “ SUSPENSÃO DE

8

BOLETIM CAPS

SEGURANÇA. AGRAVO REGIMENTAL. SAÚDE PÚBLICA. DIREITOS FUNDAMENTAIS

SOCIAIS. ART. 196 DA CONSTITUIÇÃO. AUDIÊNCIA PÚBLICA. SISTEMA ÚNICO DE

SAÚDE. SUS. POLÍTICAS PÚBLICAS. JUDICIALIZAÇÃO DO DIREITO À SAÚDE.

SEPARAÇÃO DE PODERES. PARÂMETROS PARA SOLUÇÃO JUDICIAL DOS CASOS

CONCRETOS QUE ENVOLVEM DIREITO À SAÚDE. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

DOS ENTES DA FEDERAÇÃO EM MATÉRIA DE SAÚDE. FORNECIMENTO DE

MEDICAMENTO. CLOPIDROGREL 75 MG. FÁRMACO REGISTRADO NA ANVISA. NÃO

COMPROVAÇÃO DE GRAVE LESÃO À ORDEM, À ECONOMIA, À SAÚDE E À

SEGURANÇA PÚBLICA. POSSIBILIDADE DE OCORRÊNCIA DE DANO INVERSO.

AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. ” (SS 3.355 - AGR/RN, REL. MIN.

GILMAR MENDES, PLENO. GRIFEI) “ AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. DIREITO À SAÚDE. FORNECIMENTO DE

MEDICAMENTO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS ENTES FEDERADOS. AGRAVO

REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ” (RE 816.212 - AGR/RN, REL. MIN.

CÁRMEN LÚCIA. GRIFEI) “ AGRAVO REGIMENTAL NO RECURS O EXTRAORDINÁRIO

COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. TRATAMENTO MÉDICO. RESPONSABILIDADE

SOLIDÁRIA DOS ENTES FEDERADOS. ACÓRDÃO EM CONFORMIDADE COM A

JURISPRUDÊNCIA DESTE TRIBUNAL. 1. O tratamento médico adequado aos necessitados se insere

no rol dos deveres do estado, sendo responsabilidade solidária dos entes federados, podendo figurar no

polo passivo qualquer um deles em conjunto ou isoladamente. Precedentes: AI 822.882 - Agr, Rel. Min.

Roberto barroso, primeira turma, DJE 6/8/2014, e are 803.274 - Agr, Rel. Min. Teroi zavascki, segunda

turma, DJE 28/5/2014. (…). ” (are 799.024 - Agr/mg, Rel. Min. Luiz fux. Grifei) “ agravo regimental no

recurso extraordinário. Administrativo. Direito à saúde. Dever do estado. Solidariedade entre os entes

federativos. Precedentes. 1. Incumbe ao estado, em todas as suas esferas, prestar assistência à saúde da

população, nos termos do art. 196 da Constituição Federal, configurando essa obrigação, consoante

entendimento pacificado na corte, responsabilidade solidária entre os entes da federação. 2. Agravo

regimental não provido. “(RE 756.149 - Agr/rs, Rel. Min. Dias Toffoli. Grifei) esse entendimento vem

sendo aplicado pelo Supremo Tribunal Federal, cujas decisões. Proferidas em sucessivos julgamentos

sobre a matéria ora em exame. Têm acentuado que constitui obrigação solidária dos entes da federação o

dever de tornar efetivo o direito à saúde em favor de qualquer pessoa, notadamente de pessoas carentes

(AI 732.582/SP, Rel. Min. Ellen Gracie. Re 586.995 - Agr/mg, Rel. Min. Cármen Lúcia. Re 607.381 -

Agr/sc, Rel. Min. Luiz Fux. Re 607.385- Agr/SC, Rel. Min. Cármen lúcia. Re 626.382 - Agr/rs, Rel. Min.

Rosa weber. Re 641.916 - Agr/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia, V. G.): “ agravo regimental em agravo de

instrumento. Constitucional. Fornecimento de medicamento. Legitimidade passiva do Estado do Rio

Grande do Sul. Obrigação solidária entre os entes da federação e m matéria de saúde. Agravo improvido.

I. O Supremo Tribunal Federal, em sua composição plena, no julgamento da suspensão de segurança

3.355 - Agr/rn, fixou entendimento no sentido de que a obrigação dos entes da federação no que tange ao

dever fundamental de prestação de saúde é solidária. II. Ao contrário do alegado pelo impugnante, a

matéria da solidariedade não será discutida no re 566.471 - Rg/rn, Rel. Min. Marco Aurélio. III. Agravo

regimental improvido. “(AI 817.938 - Agr/rs, Rel. Min. Ricardo Lewandowski. Grifei) isso significa,

portanto, tratando-se de situação configuradora de responsabilidade solidária das pessoas políticas que

compõem a estrutura institucional do estado federal brasileiro, que, em matéria de implementação de

ações e serviços de saúde, existe verdadeiro dever constitucional “ in solidum ”, que confere ao credor,

que é o cidadão, o direito de exigir e de receber de um, de alguns ou de todos os devedores (os entes

estatais, na espécie) a obrigação que lhes é comum. Sendo assim, e pelas razões expostas, conheço do

presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, eis que o acórdão recorrido está em

harmonia com diretriz jurisprudencial prevalecente nesta suprema corte (CPC, art. 544, § 4º, II, “ b ”, na

redação dada pela Lei nº 12.322/2010). (STF; Ag-RExt 867.592; MG; Rel. Min. Celso de Mello; Julg.

25/02/2015; DJE 04/03/2015; Pág. 442)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Constitucional. Fornecimento de

medicamento/tratamento. Responsabilidade solidária dos entes federativos. Possibilidade de substituição

do tratamento por outro indicado pelo Sistema Único de Saúde. SUS. Questão que não prescinde do

reexame de provas. Súmula n. 279 do supre mo tribunal federal. Agravo regimental ao qual se nega

provimento. (STF; RE-AgR 851.494; PE; Segunda Turma; Relª Minª Carmen Lúcia; Julg. 03/02/2015;

DJE 24/02/2015; Pág. 40).

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BOLETIM CAPS

DIREITO CONSTITUCIONAL. Fornecimento de medicamentos pelo SUS. Recurso que não ataca

todos os funda mentos da decisão agravada. Irregularidade formal. Art. 317, § 1º, regimento interno do

Supremo Tribunal Federal. Acórdão recorrido publicado em 22.6.2012. Não preenchimento do requisito

de regularidade formal expresso no artigo 317, § 1º, do regimento interno do Supremo Tribunal Federal: “

a petição conterá, sob pena de rejeição liminar, as razões do pedido de reforma da decisão agravada”.

Ausência de ataque, nas razões do agravo regimental, aos fundamentos da decisão agravada. Agravo

regimental conhecido e não provido. (STF; RE-AgR 855.018; PE; Relª Min. Rosa Weber; DJE

11/03/2015; Pág. 39).

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DAS PESSOAS

POLÍTICAS QUE INTEGRAM O ESTADO FEDERAL BRASILEIRO, NO CONTEXTO DO

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS). COMPETÊNCIA COMUM DOS ENTES FEDERADOS

(UNIÃO, ESTADOS-MEMBROS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS) EM TEMA

DE PROTEÇÃO E ASSISTÊNCIA À SAÚDE PÚBLICA E/OU INDIVIDUAL (CF, ART. 23,

II). Determinação constitucional que, ao instituir o dever estatal de desenvolver ações e de prestar

serviços de saúde, torna as pessoas políticas responsáveis solidárias pela concretização de tais obrigações

jurídicas, o que lhes confere legitimação passiva “ad causam” nas demandas motivadas por

recusa de atendimento no âmbito do SUS. Consequente possibilidade de ajuizamento da ação contra um,

alguns ou todos os entes estatais. Precedentes. Recurso de agravo improvido. (STF; RE-AgR 836.238;

RN; Segunda Turma; Rel. Min. Celso de Mello; Julg. 04/11/2014; DJE 24/11/2014; Pág. 58).

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010). CUSTEIO, PELO

ESTADO, DE SERVIÇOS HOSPITALARES PRESTADOS POR INSTITUIÇÕES PRIVADAS

EM BENEFÍCIO DE PACIENTES DO SUS ATENDIDOS PELO SAMU NOS

CASOS DE URGÊNCIA E DE INEXISTÊNCIA DE LEITOS NA REDE PÚBLICA. Dever

estatal de assistência à saúde e de proteção à vida resultante de norma constitucional. Obrigação

jurídicoconstitucional que se impõe aos estados. Configuração, no caso, de típica hipótese de omissão

inconstitucional imputável ao estado. Desrespeito à constituição provocado por inércia estatal (RTJ

183/818-819). Comportamento que transgride a autoridade da Lei fundamental da república (RTJ

185/794-796). A questão da reserva do possível: reconhecimento de sua inaplicabilidade, sempre que a

invocação dessa cláusula puder comprometer o núcleo básico que qualifica o mínimo existencial (RTJ

200/191-197). O papel do poder judiciário na implementação de políticas públicas instituídas pela

constituição e não efetivadas pelo poder público. A fórmula da reserva do possível na perspectiva da

teoria dos custos dos direitos: impossibilidade de sua invocação para legitimar o injusto

inadimplemento de deveres estatais de prestação constitucionalmente impostos ao poder público. A teoria

da “restrição das restrições” (ou da “ limitação das limitações ”). Caráter cogente e vinculante das normas

constitucionais, inclusive daquelas de conteúdo programático, que veiculam diretrizes de políticas

públicas, especialmente na área da saúde (CF, arts. 6º, 196 e 197). A questão das “escolhas trágicas”. A

colmatação de omissões inconstitucionais como necessidade institucional fundada em comportamento

afirmativo dos juízes e tribunais e de que resulta uma positiva criação jurisprudencial do direito. Controle

jurisdicional de legitimidade da omissão do poder público: atividade de fiscalização judicial que se

justifica pela necessidade de observância de certos parâmetros constitucionais (proibição de retrocesso

social, proteção ao mínimo existencial, vedação da proteção insuficiente e proibição de excesso).

Doutrina. Precedentes do Supremo Tribunal Federal em tema de implementação de políticas públicas

delineadas na Constituição da República (RTJ 174/687. RTJ 175/1212-1213. RTJ 199/1219-1220).

Existência, no caso em exame, de relevante interesse social. 2. Ação civil pública: instrumento processual

adequado à proteção jurisdicional de direitos revestidos de metaindividualidade. Legitimação ativa do

ministério público (CF, art. 129, III). A função institucional do ministério público como “ defensor do

povo ” (CF, art. 129, II). Doutrina. Precedentes. 3. Responsabilidade solidária das pessoas políticas que

integram o estado federal brasileiro, no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). Competência comum

dos entes federados (união, estados-membros, Distrito Federal e municípios) em tema de proteção e

assistência à saúde pública e/ou individual (CF, art. 23, II). Determinação constitucional que, ao instituir

o dever estatal de desenvolver ações e de prestar serviços de saúde, torna as pessoas políticas

responsáveis solidárias pela concretização de tais obrigações jurídicas, o que lhes confere legitimação

passiva “ad causam ” nas demandas motivadas por recusa de atendimento no âmbito do SUS.

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BOLETIM CAPS

Consequente possibilidade de ajuizamento da ação contra um, alguns ou todos os entes estatais.

Precedentes. Recurso de agravo improvido. (STF; ARE-AgR 727.864; PR; Segunda Turma; Rel. Min.

Celso de Mello; Julg. 04/11/2014; DJE 13/11/2014; Pág. 65).

Superior Tribunal de Justiça- STJ

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. FORNECIMENTO DE

MEDICAMENTOS. RESPONSABILIDADE DO ESTADO DE RORAIMA. ALEGAÇÃO DE

VIOLAÇÃO AO ART. 333 DO CPC. INOCORRÊNCIA. ACÓRDÃO DO

TRIBUNAL DE ORIGEM QUE, À LUZ DAS PROVAS DOS AUTOS, CONCLUIU PELA

COMPROVAÇÃO DA NECESSIDADE DO FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS.

SÚMULA Nº 7/STJ. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS ENTES FEDERATIVOS

PRECEDENTES DO STJ. ACÓRDÃO BASEADO EM FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL

DIREITO FUNDAMENTAL À SAÚDE, PREVISTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

IMPOSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO DA MATÉRIA, EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL,

SOB PENA DE USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO STF. PRECEDENTES DO STJ.

AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I. Segundo consignado no acórdão recorrido, "o fato

narrado na inicial do mandado de segurança como causa de pedir, qual seja, de que a impetrante é

hipertensa, cardiopata, portadora de marca-passo, e de que necessita, sob risco de vida, dos

medicamentos de uso contínuo indicado pelo profissional médico que a acompanha, foi objeto de prova

pré-constituída, consoante farta documentação carreada aos autos, inclusive exames clínicos conforme se

vê às fls. 25/48, dispensando assim a dilação probatória a que aduz o agravante ". Assim, a alteração do

entendimento do tribunal de origem ensejaria, inevitavelmente, o reexame fático-probatório dos autos,

procedimento vedado, pela Súmula nº 7 desta corte. II. Conforme a jurisprudência do STJ, "o

funcionamento do Sistema Único de Saúde. SUS é de responsabilidade solidária da união, estados-

membros e municípios de modo que qualquer destas entidades tem legitimidade ad causam para figurar

no polo passivo de demanda que objetiva a garantia do acesso à medicação para pessoas

desprovidas de recursos financeiros" (STJ, AgRg no REsp 1.225.222/RR, Rel. Ministro Herman

Benjamin, Segunda Turma, DJE de 05/12/2013). III. Ao decidir a controvérsia, o tribunal de origem

considerou ser devido o fornecimento de medicamentos, de vez que "o dever do estado em fornecer todos

os meios necessários para garantir os direitos à vida e à saúde são previstos na Constituição Federal como

direitos fundamentais, e se sobrepõe à eventual ausência do medicamento na listagem do ministério

da saúde, até porque o conhecimento médico não é estanque, sua evolução é muito rápida e a

aprovação de novas indicações terapêuticas pode ser muito lenta e, assim, acabar por excluir o

acesso de pacientes ao tratamento necessitado”. Concluiu, ainda, que "o fato de, eventualmente, um

determinado medicamento necessário ao tratamento não constar, por ora, da listagem do ministério

da saúde, não elide a obrigação do estado em fornecê-lo, quando devidamente atestado por profissional

médico o risco à vida da requerente acaso deixe de fazer uso da medicação indicada”. Assim, verifica-se

que o tribunal de origem decidiu a controvérsia, acerca do fornecimento de medicamentos, sob o enfoque

eminentemente constitucional, o que torna inviável a análise da questão, em sede de Recurso Especial,

sob pena de usurpação da competência do STF. Precedentes do STJ (AgRg no AREsp 584.240/RS, Rel.

Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, dje de 03/12/2014; AgRg no REsp 1.473.025/PR, Rel.

Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, dje de 03/12/2014). lV. Agravo regimental improvido. STJ;

AgRg-REsp 1.463.685; Proc. 2014/0155360-3; RR; Segunda Turma; Relª Minª Assusete Magalhães; DJE

01/07/2015).

ADMINISTRATIVO. DIREITO À SAÚDE. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS.

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS ENTES FEDERATIVOS. REPERCUSSÃO GERAL.

SOBRESTAMENTO. DESNECESSIDADE. 1. O funcionamento do Sistema Único de Saúde. SUS

é de responsabilidade solidária da união, estados membros e municípios, de modo que qualquer dessas

entidades tem legitimidade ad causam para figurar no polo passivo de demanda que objetiva a garantia do

acesso à medicação para pessoas desprovidas de recursos financeiros. 2. O reconhecimento

de repercussão geral pelo Supremo Tribunal Federal não enseja a suspensão dos recursos especiais em

trâmite nesta corte. 3. Agravo regimental não provido. (STJ; AgRg-AREsp 647.801; Proc. 2015/0019346-

4; MG; Segunda Turma; Rel. Min. Herman Benjamin; DJE 30/06/2015).

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BOLETIM CAPS

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ART. 535 DO

CPC. VÍCIO INEXISTENTE. REDISCUSSÃO DA CONTROVÉRSIA. FORNECIMENTO

DE REMÉDIOS. NECESSIDADE DE RECEITA DE MÉDICOS CREDENCIADOS AO SUS.

FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL E INFRACONSTITUCIONAL DO ACÓRDÃO

VERGASTADO. MATÉRIA NÃO IMPUGNADA POR RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

SÚMULA Nº 126/STJ. ENFERMA QUE JÁ É ACOMPANHADA POR MÉDICOS

CREDENCIADOS AO SUS. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL. REEXAME DO

CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA Nº 7/STJ. 1. No que se refere à alegada afronta ao

disposto no art. 535 do CPC, verifico que o julgado recorrido não padece de omissão, porquanto decidiu

fundamentadamente a quaestio trazida à sua análise, não podendo ser considerado nulo tão somente

porque contrário aos interesses da parte. 2. Da leitura do acórdão recorrido depreende-se que foram

debatidas matérias de natureza constitucional e infraconstitucional. No entanto, a recorrente interpôs

apenas o Recurso Especial, sem discutir a matéria constitucional, em recurso extraordinário, no Excelso

Supremo Tribunal Federal. Súmula nº 126/STJ. 3. O tribunal de origem reconheceu que, hodiernamente,

o acompanhamento médico da enfermidade da autora vem sendo custeado justamente pelo SUS, através

dos profissionais de medicina do hospital São José do Avaí. 4. Neste quadro, nota-se a

ausência de interesse recursal da parte recorrente, visto que não lhe será negado acesso aos medicamentos

requisitados pelo fato de estar sendo acompanhada por médicos credenciados ao SUS. Ipso facto, não

seria possível que o tratamento fosse custeado pelo SUS se os profissionais já não fossem vinculados ao

referido Sistema Único de Saúde. 5. Com isso, presume-se que os profissionais que atendem a enferma já

são credenciados ao SUS e o acolhimento da pretensão recursal para modificar o decisum vergastado,

neste ponto, demanda o reexame do contexto fático-probatório, o que não se admite ante o óbice da

Súmula nº 7/STJ. 6. Agravo regimental não provido. (STJ; AgRg-REsp 1.517.256; Proc. 2015/0042326-

0; RJ; Segunda Turma; Rel. Min. Herman Benjamin; DJE 30/06/2015).

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM

RECURSO ESPECIAL. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. SOLIDARIEDADE DOS

ENTES FEDERADOS. MEDICAMENTO NÃO INCORPORADO AO SUS. REEXAME FÁTICO-

PROBATÓRIO. SÚMULA Nº 7/STJ. 1. O STJ fixou entendimento de que o funcionamento

do Sistema Único de Saúde SUS é de responsabilidade solidária dos entes federados, de forma que

qualquer deles tem legitimidade para figurar no polo passivo da demanda que objetive o acesso a meios e

medicamentos para tratamento de saúde. 2. Esta corte admite o fornecimento de medicamentos não

incorporados ao SUS mediante protocolos clínicos, quando as instâncias ordinárias verificam a

necessidade do tratamento prescrito. 3. No caso em comento, o tribunal de origem, com base nos

elementos probatórios dos autos, concluiu que a não utilização do medicamento pode levar a parte a

internações e atendimentos emergenciais, uma vez que a paciente já utilizou todos os fármacos

disponíveis para a doença de que padece. 4. Rever tais conclusões demandaria a análise de aspectos

fático-probatórios coligidos aos autos, o que é defeso em sede de Recurso Especial, conforme o disposto

na Súmula nº 7/STJ. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. (STJ; AgRg-AREsp 697.696; Proc.

2015/0086816-5; PR; Segunda Turma; Rel. Min. Og Fernandes; DJE 26/06/2015)

AGRAVO REGIMENTAL NA SUSPENSÃO DE TUTELA ANTECIPADA. DIREITOS

FUNDAMENTAIS SOCIAIS. DIREITO À SAÚDE. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE.

FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO INDISPENSÁVEL PARA O TRATAMENTO DE

DOENÇA GENÉTICA RARA. MEDICAÇÃO SEM REGISTRO NA ANVISA. NÃO

COMPROVAÇÃO DO RISCO DE GRAVE LESÃO À ORDEM E À ECONOMIA PÚBLICAS.

POSSIBILIDADE DE OCORRÊNCIA DE DANO INVERSO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE

SE NEGA PROVIMENTO. I. A decisão agravada não ultrapassou os limites normativos para a

suspensão de segurança, isto é, circunscreveu-se à análise dos pressupostos do pedido, quais sejam, juízo

mínimo de delibação sobre a natureza constitucional da matéria de fundo e existência de grave lesão à

ordem, à segurança, à saúde, à segurança e à economia públicas, nos termos do disposto no art. 297 do

RISTF. II. Constatação de periculum in mora inverso, ante a imprescindibilidade do

fornecimento de medicamento para melhora da saúde e manutenção da vida do paciente. III. Agravo

12

BOLETIM CAPS

regimental a que se nega provimento. (STF; STA 761; Tribunal Pleno; Rel. Min. Presidente; Julg.

07/05/2015; DJE 29/05/2015; Pág. 53).

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ORDINÁRIO EM

MANDADO DE SEGURANÇA. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. AUSÊNCIA DE

DIREITO LÍQUIDO E CERTO. MEDICAÇÃO INDICADA POR LAUDO MÉDICO

PARTICULAR NÃO FORNECIDA PELO SUS. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA

PARA VERIFICAR PERTINÊNCIA E EFICÁCIA DO REMÉDIO. IMPOSSIBILIDADE.

INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. PRECEDENTES DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL NÃO

PROVIDO. 1. Com efeito, esta corte superior possui entendimento firmado no sentido de que as pessoas

doentes, as quais não possuem disponibilidade financeira para custeio do tratamento, têm direito a receber

os medicamentos do estado em caso de comprovada necessidade, em razão da primazia do direito à vida e

à saúde, nos termos da interpretação dos dispositivos constitucionais relacionados ao tema e da Lei nº

8.080/90. Nesse sentido: AgRg no AREsp 476.326/PI, Segunda Turma, Rel. Ministro Humberto Martins,

dje de 7.4.2014; AgRg no REsp 1.028.835/DF, Primeira Turma, Rel. Ministro Luiz Fux,

dje de 15.12.2008. 2. Efetivamente, nos caso dos autos, a corte a quo não afastou o direito ao

recebimento de medicamento, entretanto, não admitiu a utilização do mandado de segurança para discutir

a referida pretensão por inexistência de direito líquido e certo decorrente de ausência de prova pré-

constituída. 3. Assim, é incontroverso que o remédio pleiteado pelo recorrente é diverso dos

medicamentos fornecidos pelo estado para o tratamento da doença específica e não está relacionado nas

portarias reguladoras do Sistema Único de Saúde. 4. Ademais, a utilização da medicação foi sugerida por

laudo médico particular, sem a efetiva demonstração da eficácia do remédio em detrimento aos

fornecidos pelo sistema estatal. Nesses casos, é de extrema importância submeter a referida prescrição

médica ao efetivo contraditório, pois o direito à saúde prestado não significa a livre escolha de medicação

e tratamento a ser custeado pelo ente público. 5. Tais considerações exigem, necessariamente, dilação

probatória que afastam o reconhecimento de direito líquido e certo indispensável à concessão da

segurança e atraem a inadequação da via eleita do mandamus. 6. Nesse sentido, os seguintes precedentes

desta corte superior: RMS 46.393/RO, 2ª Turma, Rel. Min. Humberto Martins, dje de 30.10.2014; AgRg

no RMS 34.545/MG, 1ª Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, dje de 3.2.2012; RMS 30.746/MG, 2ª

Turma, Rel. Min. Castro Meira, dje de 6.12.2012; RMS 28.338/MG, 2ª Turma, Rel. Min. Eliana Calmon,

dje de 17.6.2009. 7. Agravo regimental não provido. (STJ; AgRg-RMS 46.373; Proc. 2014/0215587-4;

RO; Segunda Turma; Rel. Min. Mauro Campbell Marques; DJE 23/04/2015).

ADMINISTRATIVO. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. SUS. PACIENTE PORTADOR DE

SÍNDROME DE DEPENDÊNCIA AO ÁLCOOL. INTERNAÇÃO. COMPULSÓRIA EM

CLÍNICA ESPECIALIZADA. RESPONSABILIDADE DO MUNICÍPIO. FUNDAMENTO DO

ACÓRDÃO INATACADO. SÚMULA Nº 283/STF. IMPACTO ORÇAMENTÁRIO-FINANCEIRO

DECORRENTE DA DETERMINAÇÃO JUDICIAL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. 1.

Quanto ao mérito, verifica-se que a parte não infirmou o fundamento do acórdão recorrido, o que atrai a

aplicação da Súmula nº 283/STF, in verbis: "é inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão

recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles. " 2. Impõe-se

o não conhecimento do Recurso Especial por ausência de prequestionamento, entendido como o

indispensável exame da questão pela decisão atacada, apto a viabilizar a pretensão recursal. Incidência da

Súmula nº 211/STJ. Agravo regimental improvido. (STJ; AgRg-AREsp 667.926; Proc. 2015/0016401-8;

MG; Segunda Turma; Rel. Min. Humberto Martins; DJE 06/05/2015).

Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo-TJES

EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO.

FAZENDA PÚBLICA. ASTREINTES. CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO. ENTREGA DE

MEDICAMENTO. DEMORA JUSTIFICADA. IMPORTAÇÃO DE MEDICAMENTO.

NECESSIDADE. ASTREINTES. NÃO INCIDÊNCIA. 1. Não devem incidir as atreintes fixadas na

decisão que determinou o fornecimento de medicamento, quando demonstrado pelo Ente Público que a

demora no fornecimento do fármaco foi justificada, porquanto decorreu da necessidade de observar as

exigências legais para a aquisição e importação de medicamento que não consta da lista do SUS e não

dispõe de registro no Brasil. 2. Afasta-se, também, a incidência das astreintes, quando as peculiaridades

do caso concreto demonstram a impossibilidade de cumprimento da decisão liminar no prazo fixado pela

13

BOLETIM CAPS

mesma. 3. Recurso desprovido. (TJES; APL 0029170-34.2009.8.08.0024; Terceira Câmara Cível; Rel.

Des. Samuel Meira Brasil Junior; Julg. 21/07/2015; DJES 31/07/2015).

APELAÇÃO. AÇÃO ORDINÁRIA. CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA.

DIREITO À SAÚDE. MEDICAMENTO. ATESTADO MÉDICO QUE CONSTITUI PROVA

HÍGIDA. PROVA NÃO ILIDIDA NA ESPÉCIE. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. 1.

O atestado médico de profissional devidamente habilitado, desde que submetido ao crivo do contraditório,

constitui prova suficiente para embasar a pretensão autoral no sentido da necessidade de recebimento de

medicamento. 2. Não se desincumbiu a parte recorrente de comprovar fatos impeditivos, modificativos ou

extintivos do direito do apelado/autor, nos termos do art. 333, inciso II do Código de Processo Civil,

embora lhe tenha sido oportunizada a produção de prova, ao contrário do que afirma no recurso. (TJES;

APL 0067723-87.2012.8.08.0011; Terceira Câmara Cível; Rel. Des. Ronaldo Gonçalves de Sousa; Julg.

21/07/2015; DJES 31/07/2015).

REMESSA NECESSÁRIA COM APELAÇÃO. MANDADO DE SEGURANÇA. PRETENSÃO DE

ANULAÇÃO DE DECISÃO ADMINISTRATIVA POR AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO.

MOTIVAÇÃO EXISTENTE. RECURSO CONHECIDO E POVIDO. REMESSA NECESSÁRIA

CONHECIDA COM A REFORMA DA SENTENÇA NOS TERMOS DO APELO. 1. Não há

nulidade, por ausência de fundamentação, na decisão administrativa que, mesmo de forma sucinta, indica

as razões de fato e de direito em que embasada. 2. Somente há que se acolher assertiva de falta de

fundamentação - Em monta a implicar na invalidação do decisório - Quando dita omissão apresentar-se

com força a comprometer a compreensão da decisão que impôs a punição, de forma a prejudicar o próprio

exercício de defesa pelo particular penalizado. 3. Na situação vertente, para se aferir o agir da Secretaria

de Saúde do Estado em relação a recorrida, deve ser considerado o conjunto: Auto de infração bem como

primeira e segunda decisões administrativas, proferidas em instâncias diversas - Núcleo Especial de

Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde e Gerente de Vigilância em Saúde da referida Secretaria. 4. In

casu, a autoridade sanitária competente, ao autuar a recorrida, considerou que foram praticadas três

infrações, quais sejam: O descarte de material de modo indevido; a construção e instalação

estabelecimento sem registro, licença ou autorização do órgão competente e o funcionamento sem licença

sanitária. Após, a autoridade de primeira instância levou em consideração a existência de duas agravantes,

previstas respectivamente no art. 51, IV e V, da Lei nº 6.066/99: "ter a infração consequências danosas

a saúde" e "deixar o infrator, tendo conhecimento de ato lesivo a saúde pública de tomar as providências

de sua alçada tendentes a evitá-lo ou minorar o dano". Isso porque, verificou que a recorrida, tendo

praticado infração danosa a saúde pública, permaneceu descartando indevidamente material biológico,

colocando em risco a integridade física e emocional dos pacientes atendidos. Assim, caracterizadas duas

circunstâncias agravantes em desfavor da recorrida, a autoridade sanitária classificou as infrações

sanitárias praticadas como gravíssimas, nos termos do art. 49,III, da Lei nº 6.066/99. Nesse aspecto, ao

aplicar - Além da interdição (que foi suavizada na decisão de segunda instância) - A multa, considerando

a capitulação em infrações gravíssimas, estabeleceu o mínimo legal, em consonância com o art. 85, §1º,

III, da Lei nº 6.066/99.5. A ausência de ilegalidade impõe a manutenção do auto de infração e das

decisões administrativas de primeira e segunda instâncias, da Secretaria de Estado da Saúde, em desfavor

da recorrida. Existente fundamentação fática e jurídica suficiente. 6. Recurso de apelação conhecido e

provido, com a reforma da sentença impugnada e a denegação da segurança pretendida. Remessa

necessária conhecida com a reforma do decisum nos termos do apelo. (TJES; APL 0023932-

29.2012.8.08.0024; Terceira Câmara Cível; Rel. Des. Ronaldo Gonçalves de Sousa; Julg. 21/07/2015;

DJES 31/07/2015).

CONSTITUICIONAL. ADMINISTRATIVO. REMESSA NECESSÁRIA. DIREITO À SAÚDE.

FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO. SISTEMA ÚNICO DESAÚDE.

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS ENTES FEDERATIVOS. 1. A União, Estados e

Municípios têm legitimidade passiva e responsabilidade solidária nas causas que versam sobre

fornecimento de medicamentos. 2. O direito à saúde, como corolário do direito à vida e do princípio da

dignidade da pessoa humana, deve ser assegurado pelo Estado (União, Estados e Municípios).

Precedentes do STF. 3. Cabe ao Estado o fornecimento de medicamentos e tratamentos médicos, quando

comprovada a sua necessidade e a impossibilidade de custeio, pela parte, do tratamento necessário. 4.

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BOLETIM CAPS

Remessa necessária desprovida. (TJES; RN 0014313-69.2012.8.08.0026; Terceira Câmara Cível; Rel.

Des. Samuel Meira Brasil Junior; Julg. 07/07/2015; DJES 17/07/2015).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRATAMENTO PELO MÉTODO PEDIASUIT. RELATÓRIO

MÉDICO ATESTANDO A PATOLOGIA E NECESSIDADE. SAÚDE VISTA COMO DIREITO

DE TODOS E DEVER DO ESTADO. INEXISTÊNCIA DE IRRAZOABILIDADE DA

DETERMINAÇÃO E AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO TEXTO CONSTITUCIONAL.

RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1 - Não há como acolher a argumentação de ineficácia do

tratamento baseada no parecer do Núcleo de Assessoramento Técnico - NAT (fls. 62/73) e da não

padronização pelo órgão de competência da União (SUS), uma vez que os termos do relatório médico

reproduzido às fls. 93, consignou ser a "paciente portadora de paralisia cerebral" e que "necessita de

tratamento imediato com Pediasuit associado à técnica de integração sensorial e paralisia cerebral para

melhora de seu atraso motor", sendo tal indicação médica especializada corroborada pelo documento de

fls. 94, retratando de forma idêntica a imprescindibilidade de tal cuidado clínico, acrescentando que "o

tratamento visa melhorar o controle de tronco, normalizar o tônus muscular e tornar o paciente mais ativo

e adaptar as suas possibilidades".2 - É obrigação do Poder Público arcar com os medicamentos e

adequados procedimentos de tratamentos imprescindíveis à vida do cidadão que não detenha meios

econômicos suficientes à aquisição dos mesmos. 3 - Não obstante a fragilidade do argumento acerca da

irrazoabilidade do tratamento determinado importa exaltar que do embate entre dita argumentação,

deverão ser privilegiadas e resguardadas invariavelmente a saúde e a vida da pessoa humana.

Determinação de tratamento que retrata a ausência de violação ao texto constitucional. 4 - Comprovada a

necessidade do tratamento indicado, o qual vem sendo executado pelo agravante sem outros esbarros,

inclusive sem a indicação de outro estabelecimento similar para a realização do procedimento, bem como

a hipossuficiência econômica da agravada, não há como prover o recurso em exame. 5 - Recurso

conhecido e improvido. (TJES; AI 0001618-17.2015.8.08.0014; Primeira Câmara Cível; Relª Desª Janete

Vargas Simões; Julg. 07/07/2015; DJES 15/07/2015).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO ORIGINÁRIA. OBRIGAÇÃO DE FAZER.

ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA. AUSÊNCIA DE VEROSSIMILHANÇA.

CUSTEIO DE TRATAMENTO FISIOTERÁPICO. MÉTODO PEDIASUIT. NÃO FORNECIDO

PELO SUS. EFICÁCIA DO TRATAMENTO. NÃO COMPROVADA. DECISÃO MANTIDA. 1.

Na hipótese em julgamento, para que seja adotado um método científico não fornecido pelo Sistema

Único de Saúde - SUS - Torna-se imprescindível que o método indicado pelo profissional tenha

comprovação científica, o que, a princípio, não restou demonstrado. 2. Destarte, ausente a

verossimilhança para a antecipação da tutela pleiteada, nada impede que, realizada a competente instrução

processual no juízo a quo, a eficácia e a imprescindibilidade do tratamento sejam demonstradas e ao final

concedido o tratamento pretendido. 3. Recurso conhecido e desprovido. (TJES; AI 0006327-

95.2015.8.08.0014; Primeira Câmara Cível; Rel. Des. Subst. Lyrio Regis de Souza Lyrio; Julg.

14/07/2015; DJES 29/07/2015).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRATAMENTO MÉDICO CUSTEADO PELO ESTADO.

FISIOTERAPIA MÉTODO THERASUIT. NECESSIDADE DECOMPROVAÇÃO DA

INDICAÇÃO POR PROFISSIONAL HABILITADO. RECURSO DESPROVIDO. I. Muito embora

seja pacífico que a saúde é um direito de todo cidadão e quando este necessita de um medicamento ou

tratamento que o Sistema Único de Saúde não disponibiliza, deverá o ente público custeá-lo. No caso em

comento, o recorrente não carreou aos autos qualquer comprovação de que este tratamento é o mais

indicado. II. Recurso desprovido. (TJES; AI 0003100-97.2015.8.08.0014; Quarta Câmara Cível; Rel. Des.

Paulo Roberto Luppi; Julg. 06/07/2015; DJES 14/07/2015).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA.

TRATAMENTO DE SAÚDE. FORNECIMENTO DO MEDICAMENTO SOMATROPINA

(HORMÔNIO DO CRESCIMENTO) DISPOSNIBILIZADO PELO SUS. LAUDO MÉDICO QUE

APONTA A NECESSIDADE DE USO PELO AGRAVANTE. COMPROVAÇÃO DE QUE O SEU

ORGANISMO PRODUZ APROXIMADAMENTE 60% (SESSENTA POR CENTO) DA MENOR

TAXA DE REFERÊNCIA PARA SUA IDADE. VEROSSIMILHANÇA E PERICULUM IN

MORA DEMONSTRADOS. RECURSO PROVIDO. 1. Se por um lado a saúde figura como direito

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BOLETIM CAPS

subjetivo público assegurado mediante políticas sociais e econômicas - Conforme se pode depreender da

literalidade do art. 196 da CF -, por outro é preciso convir que não há um direito absoluto a todo e

qualquer procedimento hipoteticamente necessário para a proteção, promoção e recuperação da saúde,

independentemente da existência de uma política pública que o concretize. 2. Estando o medicamento

prescrito ao Agravante no rol daqueles fornecidos pelo SUS e havendo prova de que o organismo da parte

produz níveis do hormônio do crescimento que atinge aproximadamente 60% (sessenta por cento) da taxa

mínima de referência para a sua idade, deve ser deferido o fornecimento liminar do medicamento,

sobretudo porque a sua carência poderá acarretar distúrbios metabólicos e alterações psicológicas

importantes, conforme atestado pela médica da parte. 3. Recurso provido. (TJES; AI 0005737-

55.2015.8.08.0035; Quarta Câmara Cível; Rel. Des. Jorge do Nascimento Viana; Julg. 20/07/2015; DJES

28/07/2015).

REEXAME NECESSÁRIO E APELAÇÃO CÍVEL. MULTA DIÁRIA. REDUÇÃO.

REALIZAÇÃO DE CIRURGIA. DIREITO FUNDAMENTAL À SAÚDE. DEVER DE

QUALQUER DOS ENTES DA FEDERAÇÃO. IMPRESCINDIBILIDADE DO TRATAMENTO

COMPROVADA. RECURSO DESPROVIDO. REEXAME PREJUDICADO. 1. É em consequência

do caráter apenas coercitivo da astreinte que o Código de Processo Civil, em seu artigo 461, § 6º, autoriza

o juiz, a qualquer tempo, e de ofício, modificar seu valor ou sua periodicidade, caso verifique que se

tornou insuficiente ou excessiva. 2. Hipótese em que o Estado do Espírito Santo e o Município de Aracruz

foram condenados a providenciarem, na rede pública, ou na sua impossibilidade, na rede

particular de saúde, a intervenção cirúrgica prescrita para a menor F. C. D. S., conforme laudo médico

emitido pelo Dr. Dirceu Quincoze, sob pena de multa diária fixada em R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para

o caso de descumprimento. Assim, entendo que o valor mostra-se excessivo ao caso, considerando,

inclusive, que os entes públicos já deram início aos exames necessários à realização da cirurgia, devendo

ser reduzida a multa para o valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia de descumprimento. 3.

Reexame necessário: Conforme exegese assentada nos Tribunais Superiores, "O direito público subjetivo

à saúde representa prerrogativa jurídica indisponível assegurada à generalidade das pessoas pela própria

Constituição da República (CF, art. 196). Traduz bem jurídico constitucionalmente tutelado, por cuja

integridade deve velar, de maneira responsável, o Poder Público, a quem incumbe formular - E

implementar - Políticas sociais e econômicas idôneas que visem a garantir, aos cidadãos, o acesso

universal e igualitário à assistência farmacêutica e médico-hospitalar. " (RE-AGR Nº 393175/RS, 2ª

Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 02-02-2007).4. Os entes da federação são solidariamente

responsáveis quanto à implementação do direito à saúde mediante fornecimento de medicamentos e

tratamentos a pacientes economicamente hipossuficientes. 5. Como ente integrante do

Sistema Único de Saúde, o Município e o Estado não podem furtar-se em fornecer a medicação necessária

para o tratamento de qualquer cidadão com necessidade comprovada e que não tenha meios ou recursos

para adquiri-los, sob pena de negar o direito à saúde e, consequentemente, o próprio direito à vida. 5.

Recurso provido. 6. Reexame necessário conhecido para confirmar a parte não impugnada da

sentença. (TJES; APL-RN 0016586-81.2012.8.08.0006; Primeira Câmara Cível; Relª Desª Subst.

Marianne Judice de Mattos; Julg. 30/06/2015; DJES 10/07/2015).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO COMINATÓRIA. FORNECIMENTO DE ENERGIA

ELÉTRICA E INSTALAÇÃO DE GERADOR. MENOR PORTADORADE AUTISMO.

IMPOSSIBILIDADE DE ARCAR COM AS DESPESAS DO TRATAMENTO. DEVER DO

ESTADO À SAÚDE. DIREITO DO CIDADÃO. ART. 196, DA CF/88 RECURSO IMPROVIDO. 1

- O art. 196 da Constituição Federal estabeleceu regra de que a saúde é um direito de todo o cidadão e

dever do Estado a sua promoção. Para tanto, a própria Constituição Federal, em seu art. 198, dispôs sobre

o Sistema Único de Saúde, com financiamento de recursos da Seguridade Social, da União, dos Estados,

do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. O inc. X, do art. 243 da Constituição

Estadual estabeleceu igual dever. Não se trata, portanto, de uma regra pragmática, mas sim

norma de eficácia plena. 2 - É dever do Estado fornecer medicamentos e tratamento médico para os

administrados que não possuem condições de arcar com as despesas do tratamento, conquanto todos têm

direito à vida, constituindo a preservação da saúde obrigação inarredável do Estado, posto que a vida e

a saúde constituem a fonte fundamental e primeira de todos os outros bens jurídicos. 3 - Não tendo o

cidadão condições de arcar com as despesas do tratamento médico, e sendo necessário para preservar

sua saúde o fornecimento da energia elétrica, tem o ente público obrigação constitucional de atender às

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BOLETIM CAPS

suas necessidades. 4 - Recurso conhecido e desprovido. (TJES; AI 0004614-94.2015.8.08.0011; Quarta

Câmara Cível; Rel. Des. Walace Pandolpho Kiffer; Julg. 29/06/2015; DJES 06/07/2015).

RENESSA NECESSÁRIA COM APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO À SAUDE. PRELIMINARES.

PERDA DO OBJETO. ILEGITIMIDADE PASSIVA. AFASTADAS. INTERNAÇÃO PARA

TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS

ENTES FEDERATIVOS. SENTENÇA MANTIDA. REMESSA NECESSÁRIA CONHECIDA.

RECURSO CONHECIDO E DESPROCIDO. 1 - Não há falar em perda do objeto da demanda, uma

vez que providenciada a internação do paciente em razão do comando judicial antecipatório proferido.

Necessária à apreciação definitiva do mérito. Artigo 273, § 5º, do Código de Processo Civil. 2 -

De acordo com o art. 196 da Constituição Federal, externada em decisões dos Ministros integrantes da

STF, "O Sistema Único de Saúde torna a responsabilidade linear alcançando a União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios". 3 - A saúde é direito fundamental para a preservação da vida e, cabe ao

Estado (sentido lato) promover meios para sua realização, fornecendo todas as condições necessárias para

o seu pleno exercício. 4 - Cumpre ao Poder Público (União, Estados, Distrito Federal e Municípios)

adotar medidas que viabilizem o direito à saúde, sem qualquer restrição, incluindo-se os

casos de dependência química, sob pena de incorrer em grave omissão. 5 - Sentença mantida. 6 -

Remessa Necessária conhecida. 7 - Recurso conhecido e desprovido. (TJES; APL-RN 0000660-

31.2013.8.08.0069; Primeira Câmara Cível; Rel. Des. Subst. Lyrio Regis de Souza Lyrio; Julg.

14/04/2015; DJES 28/04/2015).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRELIMINAR DE INTEMPESTIVIDADE RECURSAL.

REJEITADA. MÉRITO. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA. TRATAMENTO

DE SAÚDE. MÉTODO THERASUIT. OUTROS RECURSOS DISPONÍVEIS NO SUS.

AUSÊNCIA DE PROVA INEQUÍVOCA. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA.

RECURSO PROVIDO. I - Nas hipóteses de deferimento de medida liminar ou de antecipação dos

efeitos da tutela em ações promovidas em face do Estado ou o Município, o prazo para interposição do

recurso cabível se inicia a partir da intimação dos respectivos representantes judiciais e não a partir da

comunicação dirigida a outros órgãos da administração pública para cumprimento da ordem judicial. II- O

prazo para a interposição de recurso em feito instaurado em Comarca onde não existe representação

judicial do Estado do Espírito Santo conta-se da data do seu recebimento no Protocolo da Procuradoria

Geral do Estado, a teor do artigo 477, § 2º, do Código de Normas da Corregedoria Geral de Justiça. III-

Se por um lado a saúde figura como direito subjetivo público assegurado mediante políticas sociais e

econômicas - Conforme se pode depreender da literalidade do art. 196 do texto constitucional de 1988 -,

por outro é preciso convir que não há um direito absoluto a todo e qualquer procedimento hipoteticamente

necessário para a proteção, promoção e recuperação da saúde, independentemente da existência de uma

política pública que o concretize. IV- Nas demandas que visam ao acesso a ações e serviços

da saúde diferenciada daquelas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o autor deve apresentar

prova da evidência científica e também a inexistência, inefetividade ou impropriedade dos procedimentos

ou medicamentos constantes dos protocolos clínicos do SUS. V- Levando-se em conta que a liminar foi

concedida inaudita altera pars - Isto é, sem oitiva da parte contrária (in casu, o Estado do Espírito Santo)

-, ressai clara a ausência da prova inequívoca conducente à verossimilhança da alegação, não só pela

falta de comprovação científica da eficácia do tratamento indicado, mas, também, porque a situação

clínica da Agravada não foi avaliada de antemão por um profissional da saúde com aptidão técnica para

afirmar, sem conflito de interesses, ser o "therasuit" a melhor alternativa terapêutica para a paciente. VI-

Recurso provido. (TJES; AI 0013004-78.2014.8.08.0014; Terceira Câmara Cível; Rel. Des. Jorge do

Nascimento Viana; Julg. 24/03/2015; DJES 17/04/2015).

APELAÇÃO CÍVEL. OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C DANOS MORAIS. REALIZAÇÃO DE

EXAME MÉDICO PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. SUS. ECODOPPLER.

AUSÊNCIA DE PROVOCAÇÃO DO ESTADO. AUSÊNCIA DE NEGATIVA ESTATAL.

FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL. BINÔMIO NECESSIDADE-ADEQUAÇÃO.

SENTENÇA MANTIDA. RECURSO IMPROVIDO. 1 - Consoante o art. 196 da Carta

Magna a saúde é um direito de todo o cidadão e dever do Estado a sua promoção, garantido mediante

políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação, consoante

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BOLETIM CAPS

determina a Constituição da República (art. 196). 2 - Embora entenda desnecessária a recusa estatal

explicita, nos casos deste jaez, vejo que, in casu, não há nos autos qualquer prova que indique que tenha

sido sequer requerida a realização de exame. 3 - Ao analisar o conteúdo do Ofício encaminhado à

Superintendência de Saúde pela Defensoria Pública, não há naquele documento qualquer requerimento

para agendamento do exame, limitando-se a missiva em questionar ao Órgão Estatal se o Ecodoppler

Venoso/Arterial dos membros inferiores seria realizado de forma gratuita pelo Estado. 4 - Embora afirme

ter percorrido diversas repartições públicas no intuito de agendar o exame, não há nos autos qualquer

indício de que tal tenha ocorrido, nem mesmo há como ser comprovado o tempo de espera para sua

realização, mormente se destacarmos o exíguo lapso temporal decorrido entre a resposta do estado, em

26.11.2013, e o ingresso da apelante em Juízo, em 05.12.2013.5 - Inexistindo pedido, bem como não

verificada negativa, omissão ou mesmo qualquer conduta estatal que configurasse uma demora

injustificada na realização do procedimento, entendo carecer a autora de interesse processual. 6 - O

interesse processual é composto pelo binômio necessidade-adequação, sendo que a necessidade refere-se

à indispensabilidade do ingresso em juízo para a obtenção do bem da vida pretendido. 7 - No presente

caso, em razão de não ter sequer provocado o Estado em momento anterior, não está demonstrada a

necessidade da apelante de ingressar em juízo para obter o resultado pretendido, qual seja, a realização do

exame de Ecodoppler. 8 - Recurso improvido. (TJES; APL 0014308-49.2013.8.08.0014; Quarta Câmara

Cível; Rel. Des. Manoel Alves Rabelo; Julg. 23/03/2015; DJES 08/04/2015).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO CONSTITUCIONAL À SAÚDE.

OBRIGAÇÃO DE FAZER. PORTADOR DE PARALISIA CELERAL/LEUCOMALACIA

PERVENTRIVULAR. FORNECIMENTO DE TRATAMENTO MÉDICO. FISIOTERAPIA

THERASUIT. TRATAMENTO PRESCRITO POR MEDICO INTEGRANTE DO SUS

(SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE). REQUISITOS AUTORIZADORES DA CONCESSÃO DO

PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA. VEROSSIMILHANÇA DAS

ALEGAÇÕES E PERIGO NA DEMORA. DECISÃO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. 1.

O art. 196 da CF/88, estabelece que é dever do Estado e direito de todos a garantia à saúde, com medidas

que atenuem ou impeçam o risco de doença ou o seu agravamento, direito este garantido também pelo art.

7º da Lei nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), sendo que o art. 11, caput e § 2º, da referida

Lei, assegura, especificamente, o atendimento médico à criança e ao adolescente, através

do Sistema Único de Saúde, visando à maior proteção da pessoa em estágio de formação. Essa disposição

está de acordo com a nova ordem constitucional, que erigiu a dignidade humana como autoridade moral

devida a todos os cidadãos. 2. O fato de o tratamento de terapia intensiva "Método Therasuit" não se

encontrar incluído na lista disponibilizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde) não constitui óbice

absoluto ao seu fornecimento, eis que o direito à saúde e à vida se sobrepõem à observância das regras

burocráticas ou financeiras, de modo que os entraves administrativos não devem servir de escusa para o

cumprimento dos comandos constitucionais. Precedentes. 3. O atestado médico subscrito por profissional

integrante do SUS (Sistema Único de Saúde), eis que o Município de Alfredo Chaves firmou convênio

com a Associação Pestalozzi do Município, apresenta, de forma pormenorizada, a doença que acomete o

menor interessado, bem como a necessidade do tratamento que lhe fora recomendado, indicando que

outros procedimentos já foram experimentados, e se monstram ineficientes. 4. Não há que se falar que o

magistrado escolheu o profissional e a instituição que deverá ser realizado o tratamento do agravado, eis

que a decisão foi clara, no sentido de que o tratamento deve ser realizado na Clínica ADELI SUIT DO

Brasil ou em "outra que realize o mesmo tratamento no autor ALISSON RODRIGO COLODETTI

BRAVIN". 5. Ante as considerações tecidas pela especialista médica vinculada ao SUS e tendo em vista a

tenra idade do agravado, confirmados riscos à sua saúde, mostra-se inquestionável o fumus boni iuris e

o periculum in mora, em virtude do gravame que pode sofrer, acaso não lhe seja assegurado o tratamento

prescrito. 6. Recurso desprovido. (TJES; AI 0000939-84.2014.8.08.0003; Primeira Câmara Cível; Rel.

Des. Fabio Clem de Oliveira; Julg. 24/03/2015; DJES 31/03/2015).

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER.

FALTA DE INTERESSE DE AGIR POR AUSÊNCIA DE NEGATIVA DO ESTADO.

AFASTADA. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO TEMODAL DE CUSTO ELEVADO

PELO PODER PÚBLICO. FÁRMACO INDICADO PARA O TRATAMENTO DA

ENFERMIDADE. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE IMPRESTABILIDADE DO

MEDICAMENTO FORNECIDO PELO SUS. DESNECESSÁRIA. ALEGAÇÃO DEREMÉDIO

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BOLETIM CAPS

ALTAMENTE CUSTOSO PREJUDICANDO A AQUISIÇÃO DE OUTROS FÁRMACOS PARA

A POPULAÇÃO. ARGUMENTO QUE NÃO PROSPERA. RECURSO A QUE SE NEGA

PROVIMENTO. I - O fato de existir um programa para tratamento de câncer estabelecido

pelo Sistema Único de Saúde, denominado CACON (Centro de Alta Complexidade Oncológica), o qual

dispõe de recursos à assistência de pacientes portadores de câncer, não elide a responsabilidade do Estado

em fornecer o medicamento quando postulado e demonstrada a premente necessidade. II - Se o

cidadão/administrado opta por ingressar diretamente em juízo, não pode o Poder Judiciário se furtar à

prestação jurisdicional. Deve-se, obviamente, analisar a presença das condições da ação, entre elas o

interesse de agir. III - In casu, medicamento solicitado, TEMODAL, é considerado de categoria grau 1

(forte evidência), cabendo assim, ao médico responsável pelo tratamento do paciente indicar o melhor

tratamento disponível baseado em evidências de grau elevado. lV - Em contraponto ao que afirma o

recorrente, condicionar o fornecimento do medicamento solicitado à comprovação de imprestabilidade do

fármaco ofertado pelo ente público não se mostraria adequado e razoável, porquanto não se está lidando

com um caso de simples enfermidade e, sim, de gravíssimo tumor cerebral em fase avançada, a qual deve

sim, ser tratado com o medicamento mais indicado ao caso concreto, a fim de permitir uma sobrevida

digna ao enfermo. V - Compete à administração pública a reserva de verbas públicas para

atendimento de demanda referente à saúde, independentemente da existência ou não de prévia previsão

orçamentária, pois ao Estado compete fornecer aos indivíduos atendimento adequado, eficiente e seguro,

no que diz com os serviços da saúde. VI - Recurso a que se nega provimento. (TJES; AI 0039965-

26.2014.8.08.0024; Quarta Câmara Cível; Rel. Des. Paulo Roberto Luppi; Julg. 23/02/2015; DJES

27/02/2015).

Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul-TJRS

CONSTITUCIONAL. DIREITO À SAÚDE. DIABETES MELLITUS. FORNECIMENTO DE

FITAS REAGENTES, SERINGAS E APARELHO LANCETADOR (MEDIÇÃO DE GLICOSE).

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DE TODOS OS ENTES DA FEDERAÇÃO. ARTIGOS 23,

II E 196, CF/88. INSUMOS E PREVISÃO EM LISTA. IRRELEVÂNCIA. O direito à saúde é dever

do estado, lato sensu considerado, a ser garantido modo indistinto por todos os entes da federação -

União, estados, Distrito Federal e municípios -, solidariamente, como decorre dos artigos 6º, 23, II e 196,

da Constituição Federal, na leitura feita pela doutrina e jurisprudência, a começar pelo Supremo Tribunal

Federal. A previsão dos insumos pleiteados nas listas do SUS, ou especificamente na lista correspondente

ao ente demandado, não elimina a solidariedade estatal, como igualmente assentado pela jurisprudência.

Insuficiência de verba orçamentária. Ausência de comprovação. Prevalência do direito à saúde (art. 196,

CF). A alegada insuficiência de verba orçamentária, a par de ceder ante a prevalência do direito à saúde,

assegurado pelo art. 196, CF/88, não restou comprovada nos autos. Serventia estatizada e custas

processuais. Artigo 11, parágrafo único, regimento de custas (Lei Estadual nº 8.121/85). Descabe

imposição de o estado pagar as custas processuais, quanto à serventia estatizada, tal qual dispõe,

expressamente, o artigo 11, parágrafo único, regimento de custas, não fosse, quanto às serventias

privatizadas, suspensão da exigibilidade das custas por força do decidido na reclamação 7.362-RS, Eros

grau. Município e custas processuais. Art. 11, caput, regimento de custas (Lei Estadual nº 8.121/85). Lei

Estadual nº 14.634/14. Direito superveniente. Sucumbente a municipalidade, mostra-se cabível a

condenação ao pagamento de custas pela metade, na forma do artigo 11, caput, da Lei Estadual nº

8.121/85, incidindo isenção integral quanto aos atos posteriores à vigência da Lei Estadual nº

14.634/14. (TJRS; AC 0219893-61.2015.8.21.7000; Capão da Canoa; Vigésima Primeira Câmara Cível;

Rel. Des. Armínio José Abreu Lima da Rosa; Julg. 08/07/2015; DJERS 17/07/2015)

APELAÇÃO CÍVEL. REEXAME NECESSÁRIO. DIREITO À SAÚDE. FORNECIMENTO DE

MEDICAMENTO PARA TRATAMENTO DE CÂNCER. RESPONSABILIDADE PELO

FORNECIMENTO. Comprovada a necessidade do medicamento para o câncer que acomete a parte

autora e a sua carência financeira para adquiri-lo, de regra deveria ser encaminhada a CACON ou

UNACON, para receber a droga indicada. Todavia, informa o médico que o fármaco receitado não é

fornecido nos centros oncológicos do SUS, sobressaindo a responsabilidade do estado. É dever do ente

público o fornecimento, garantindo as condições de saúde e sobrevivência dignas, com amparo nos

artigos 196 e 197 da Constituição Federal. O laudo da SES não desaconselha o fármaco, apenas

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BOLETIM CAPS

consignando a perita que não havia elementos suficientes para avaliação. O profissional que acompanha o

paciente detém condições de averiguar o tratamento mais indicado para o caso. E a discussão, ultrapassou

o lapso de entrega, resta prejudicada, por ter findado o tratamento. Despesas processuais. O estado é

isento do pagamento de conduções a oficiais de justiça, na forma do art. 29 da Lei nº 7.305/79, com a

redação que lhe conferiu a Lei nº 10.972/97. Tais servidores percebem gratificação mensal exatamente

para cobrir despesas dessa espécie. A despesa de correio demonstrada nos autos está englobada no

conceito de custas processuais, considerado o caráter essencial do ato para o andamento processual,

havendo isenção do estado. Atualização monetária da verba honorária. Para fins de atualização do valor

fixado a título de verba honorária, incide o IPCA, considerando-se a modulação de efeitos concedida às

adis nºs 4.357 e 4.425 pelo STF. Apelação parcialmente provida. Sentença parcialmente reformada em

reexame necessário. (TJRS; APL-RN 0199313-10.2015.8.21.7000; Nonoai; Vigésima Primeira Câmara

Cível; Rel. Des. Almir Porto da Rocha Filho; Julg. 01/07/2015; DJERS 07/07/2015).

APELAÇÕES CÍVEIS. AGRAVO RETIDO. DIREITO HUMANO À SAÚDE. FORNECIMENTO

DE FRALDAS GERIÁTRICAS. LIMITAÇÃO. IDOSO. CUSTAS PROCESSUAIS. 1. É

responsabilidade do estado (união, estados, Distrito Federal e municípios) fornecer medicamento e

insumos aos que dele necessitam - Sem restrição às listas do SUS -, na forma do que dispõem os artigos

196 da Carta Magna e 241 da Constituição Estadual ao estabelecerem que a saúde é direito de todos e

dever do estado estando comprovada a necessidade de utilização das fraldas, deve ser mantida a sentença.

2. Incabível a limitação do número de fraldas constante na resolução nº 70/2014/cib/RS, por representar

limitação do direito humano à saúde, em desacordo com as necessidades concretas do cidadão idoso. 3.

Declarada a inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 13.471/2010 (incidente de inconstitucionalidade nº

70041334053 e adi nº 70038755864), aplica-se, portanto, a redação original do art. 11 do regimento de

custas, que determina ser a Fazenda Pública responsável pelo adimplemento das custas processuais por

metade, excetuadas as despesas de condução no caso do estado. Agravo retido e apelação do estado

improvidos. Apelação do município parcialmente provida. (TJRS; AC 0140326-78.2015.8.21.7000; São

Luiz Gonzaga; Quarta Câmara Cível; Rel. Des. Francesco Conti; Julg. 24/06/2015; DJERS 06/07/2015).

Ações Locais

5º Promotor de Justiça da Promotoria de Justiça Cível de Vila Velha

A Promotoria de Vila Velha com atribuição na área da saúde pública, no mês de julho do ano

corrente, instaurou dezesseis Procedimentos Preparatórios, seis Procedimentos Administrativos e

dois Inquéritos Civis visando apurar irregularidades e omissões no sistema único de saúde do

município.

1º Promotor de Justiça da Promotoria de Justiça Cível de Castelo

A Promotoria de Castelo com atribuição na área da saúde pública no mês de julho do ano

corrente instaurou um Inquérito Civil para apurar a regularidade no atendimento pediátrico, bem

como critérios de agendamento de consultas em Unidade Básica de Saúde do município.

1º Promotor de Justiça da Promotoria de Justiça Cível de Iconha

A Promotoria de Iconha com atribuição na área da saúde pública no mês de julho do ano corrente

instaurou um Inquérito Civil e dois Procedimentos Preparatórios visando apurar irregularidades e

omissões no combate a dengue, descarte de materiais e danos ambientais do município.

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BOLETIM CAPS

1º Promotor de Justiça da Promotoria de Justiça Cível de Linhares

A Promotoria de Linhares com atribuição na área da saúde pública, no mês de julho do ano,

corrente instaurou dois Inquéritos Civis e cinco Procedimentos Preparatórios visando apurar

irregularidades e omissões na realização de cirurgia em paciente, tratamento de saúde de pessoa

idosa e irregularidades na higienização e alimentação no Hospital do município.

1º Promotor de Justiça da Promotoria de Justiça Cível de Domingos Martins

A Promotoria de Domingos Martins com atribuição na área da saúde pública no mês de julho do

ano corrente, instaurou um Procedimento Preparatório visando apurar necessidade de

profissional de fonoaudiologia no Distrito de Aracê.

2º Promotor de Justiça da Promotoria de Justiça Cível de Promotoria de Cachoeiro de

Itapemirim

A Promotoria de Cachoeiro de Itapemirim com atribuição na área da saúde pública, no mês de

julho do ano corrente, instaurou oito Inquéritos Civis visando apurar irregularidades e omissões

no sistema único de saúde do município.

CAPS - Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de Saúde

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