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Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 56-57

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Traríamos o passaporte dos duendes. || Trá-lo-íamos.

Diria o sermão. || Di-lo-ia.

Diluiria o diluente. || Diluí-lo-ia.

O rapaz choroso referido no primeiro parágrafo ia num carro conduzido por um

a) professor e advogado.b) encenador profissional.c) economista e professor.d) economista e advogado.

O «miúdo de quinze anos» é

a) um rapaz conhecido do autor.b) o próprio narrador, mais novo.c) o destinatário do texto.d) o protagonista desta crónica.

O uso do presente do Indicativo nos primeiros parágrafos («Estamos»; «chora»; «vai»; etc.) resulta de

a) simultaneidade entre ato de enunciação e o que se relata (o enunciado).b) esse tempo verbal poder adequar-se à expressão do futuro.c) intenção de se exprimir aspecto durativo da ação.d) vontade de se dar um facto passado como se fosse presenciado na atualidade.

«Não é o que está a pensar, chiça» (primeiro parágrafo, ll. 4-5) previne

a) inferência de que o aluno era «graxista».b) conjetura de que o professor tivesse batido no aluno.c) que os leitores pensem que o aluno tinha reprovado.d) possibilidade de se julgar estar em causa um ato pedófilo.

No segundo período do segundo parágrafo, em «O puto inconsolável é este vosso escriba e aquela não seria a última vez que choraria num banco traseiro de um automóvel», as duas palavras sublinhadas são a) deíticos espaciais.b) deítico espacial e catáfora, respetivamente.c) pronomes.d) deítico espacial e deítico temporal.

deítico espacial

O puto inconsolável é este vosso escriba e aquela não seria a última vez catáfora

que choraria num banco traseiro de um automóvel sucedente

referente

«déficit», «superávit», «balanças comerciais», «import/export» são

a) aceções de uma palavra.b) uma família de palavras.c) um campo lexical. [‘economia’]d) hiperónimos.

«Oh Captain, my Captain» é uma citação

a) inventada no filme Clube dos Poetas Mortos.b) de verso de Walt Whitman.c) de fala de peça de Shakespeare.d) de trecho de Álvaro de Campos.

No começo do quinto parágrafo, «Continuo a tratá-lo assim, artigo definido em destaque, embora ele mo desaconselhe», significa que o professor

a) lhe pedia para o tratar sem artigo.b) lhe pedira para usar tratamento mais informal.c) lhe pedira que o tratasse por tu.d) preferia o uso de «stor» ao uso, mais académico, de «professor».

No quarto parágrafo, em «Numa sociedade cada vez mais individualista [...], é com orgulho que o considero meu mestre», «meu mestre» é:

a) complemento direto.b) modificador restritivo do nome.c) predicativo do complemento direto.d) vocativo.

Numa sociedade cada vez mais individualista [...], é com orgulho queo considero meu mestrec. direto predicativo do complemento direto

«artigo definido em destaque» (quinto parágrafo) traduz que, para o narrador, aquele professor

a) não se confunde com os outros.b) é o mais definido.c) é o mais indefinido.d) é um entre vários.

«apercebo-me de que o tempo é maleável» (no final do quinto parágrafo) alude à circunstância de

a) o narrador facilmente se transportar para o passado.

b) o protagonista ser capaz de desenvolver diversíssimas atividades.

c) se ter esbatido a diferença etária entre as duas personagens.

d) a personagem estar disposta a mudar de vida radicalmente.

No penúltimo parágrafo, o segmento «John Keating amargurado» alude

a) à amargura do professor de Clube dos Poetas Mortos e à sua semelhança com o professor do cronista.

b) às semelhanças entre Keating e António.

c) à angústia do protagonista de Clube dos Poetas Mortos.

d) à rebeldia comum aos dois professores e à angústia de António.

O adjetivo «Previsível» (penúltima linha do penúltimo parágrafo) é

a) predicativo do sujeito.

b) predicativo do complemento direto.

c) sujeito.

d) modificador restritivo do nome.

Previsível o professor nunca foi, graças a Deus. verbo copulativo

Graças a Deus, o professor nunca foi previsível.predicativo do sujeito

No sétimo parágrafo, em «E, quando desligo o telefone, sou outra vez o miúdo de 15 anos [...]», a vírgula após a conjunção «e»

a) está incorreta.

b) está correta, porque isola-se depois uma oração subordinada adverbial.

c) está correta, porque fazemos realmente uma pausa a seguir à conjunção.

d) está incorreta, porque não estabelecemos qualquer pausa entre as duas conjunções («e» e «quando»).

subordinada adverbial temporal

E, quando desligo o telefone, sou outra vez o miúdo de 15 anos subordinante

Neste mesmo sétimo parágrafo, o narrador revela

a) saudade dos tempos de adolescente.

b) indecisão quanto à melhor forma de ajudar um amigo.

c) tristeza quanto ao que o destino trouxera ao ex-professor.

d) angústia por ter estragado uma amizade de tantos anos.

O título «Muda de vida», relativamente a «Carpe Diem», pode funcionar como

a) tradução livre.

b) decalque irónico.

c) tradução literal.

d) metáfora.

Carpe Diem = ‘Goza o dia’, ‘Colhe o dia’

Versus

Muda de vida

Últimos versos da ode I, 11 de Horácio:

Sê sensata, decanta o vinho, e faz de uma longa esperança um breve momento. Enquanto falamos, já invejoso terá fugido o tempo: colhe cada dia, confiando o menos possível no amanhã.

Tal como Alencar caracterizava o naturalismo, para Keating certo ensino da literatura era

a) cocó.

b) demasiado subjetivo ainda que meritório.

c) discutível.

d) pertinente mas demasiado rebuscado.

1. Os sentidos veem estas bolas atravessadas pela luz, translúcidas (v. 3), “Claras” (v. 4), “com uma precisão redondinha e aérea” (v. 7), que passam “como a brisa” (v. 11), mal se vendo “no ar lúcido” (v. 10).

2. “As bolas de sabão (...) / São translucidamente uma filosofia toda” (vv. 1 e 3), porque são bolas translúcidas, transparentes e límpidas, que em si mesmas contêm a verdadeira sabedoria. “São aquilo que são” (v. 6), na sua simplicidade natural. Não fazem pensar em nada mais.

3. As expressões que revelam a efemeridade são as que mostram as bolas de sabão “passageiras como a Natureza” (v. 4) ou “como a brisa que passa” (v. 11).

4. As formas verbais “são” e “passa” encontram-se no modo indicativo e no tempo presente. Com o indicativo, o poeta enuncia o facto real das bolas que observa; com o presente, dá conta da actualidade das mesmas bolas e do momento de captação.

a. carpe diem = 3 (aproveita, colhe, o dia)

b. aurea mediocritas = 2 (mediania dourada)

c. fatum = 1 (fado, destino)

Quem quer que a áurea justa medida amea são e salvo à miséria se esquivaráde uma casa em ruínas, e sóbrio evitará

o palácio que causa inveja.

Horácio, Odes, II, 10, vv. 5-8

E desvalorização de conceptualização e abstrações

C obsessão por mitos

C resistência às intempéries

E indiferença pelos deuses

C indiferença por Jorge Jesus

E atitude de fuga das «agitações» do mundo

C vício do jogo

E procura da ataraxia

Z defesa da corporalidade

C apologia do sexo desenfreado

Z aceitação do destino

C descrença na Virgem Maria

E apologia das sensações

C defesa da antipatia

Z defesa da apatia

E indiferença pela morte

Os primeiros quatro versos constituem uma crítica àqueles que pensam no passado ou procuram adivinhar o que acontecerá no futuro.

Nos restantes quatro versos (5-8), fica justificada aquela crítica. O sujeito poético lembra que a nossa vida é demasiado breve para que devamos desgastar-nos com o que está longe. Portanto, a maneira inteligente de vivermos é aproveitar o presente.

vv. 1-3: Goza cada dia. 

vv. 4-6: Nas coisas reais mais insignificantes podes encontrar motivo para fruição.

vv. 7-9: É feliz quem, em cada dia, encontra até em coisas ínfimas motivo de prazer.

Vejamos a pergunta 2 da p. 96: (aponta marca formais e/ou estilísticas que contribuam para o estilo elevado da ode clássica)

 •regularidade métrica (10, 10, 10, 6 // 10, 10, 6)•regularidade das estrofes (4+4 / 3+3+3)•(não há rima)•estrutura sintática complexa (subordinação, ordem pouco natural — alatinada)•imperativo

Realça o valor da antítese «vivemos, morreremos» (verso 7).  

A antítese «vivemos, morreremos.» (v. 7) mostra a efemeridade da vida humana e a inevitabilidade da morte. Acentua a brevidade da nossa existência e a certeza de que estamos condenados a morrer.

Escuta a emissão do programa Pensamento Cruzado (TSF) na qual Chícletes Helin dialoga com Margarida Gorda e Vítor Mocha sobre o tema ‘Viver o dia’. 1.1. (p. 96) Indica a alínea que introduz a única afirmação falsa.

a. Segundo Margarida Gorda, deve aproveitar-se cada dia para mostrar empenho nas diversas áreas da vida, evitando-se atitudes de excesso.

b. Vítor Mocha critica a desvalorização do tempo presente na sociedade atual.

c. Quer Margarida Gorda quer Vítor Mocha entendem que cada dia deve ser vivido como se fosse o mais importante.

d. Ambos os entrevistados valorizam essencialmente as vivências presentes e aconselham a viver o dia como se fosse, de facto, o último.

TPC — [Ver em Gaveta de Nuvens instruções para tarefa sobre poema de Pessoa, a entregar até 10 de dezembro.]