17
PEDAGOGIA DA LINGUAGEM: ensinar e aprender em psicanáli escolar PAULO ARTHUR BUCHVITZ Psicólogo pela UMESP Mestre pela PUCSP Doutor pela USP Pós-doutorando pela UERJ Coordenador do Curso de Psicologia ISECENSA

Apresentacao Paulo Arthur

Embed Size (px)

DESCRIPTION

II CVPSE

Citation preview

PEDAGOGIA DA LINGUAGEM: ensinar e aprender em psicanlise escolarPAULO ARTHUR BUCHVITZ Psiclogo pela UMESP Mestre pela PUCSP Doutor pela USP Ps-doutorando pela UERJ Coordenador do Curso de Psicologia ISECENSA

Equilibrao

Modernidade Slida. Conceito estabelecido por Zygmunt Bauman . Conceitos bem estabelecidos. . Privilegia o universal, o social. . Se volta para a captura do indivduo enquanto espcie. . Privilegia as normas. . Do saber solidificado passamos para o saber lquido, o saber contnuo.

Modernidade Lqida. Conceitos fludos e mveis. . Privilegia o singular, o sujeito. . O que interessa capturar o singular de cada caso, a diversidade. . Privilegia as relaes. . Hoje o capital viaja leve apenas com a bagagem de mo, que inclui nada mais que pasta e telefone celular.

O Que Aconteceu Com o Professor? O professor sente que perdeu os seus referenciais. Ele costuma apresentar uma angstia constante. H uma sensao de frustrao. H uma sensao de descompasso entre o que ele faz e o que se espera que ele deveria fazer.

Teoria de Desejo Na teoria de desejo, a investigao sexual infantil determina formas de pensamento. Trs Destinos diferentes do desejo de saber: recalque, resistncia e sublimao do desejo de saber.

Desejo de Afeto Os vnculos entre professor ealuno criam ou no a possibilidade de saber. A Educao visa construir a criao de novos laos sociais.

Teoria de Sabera palavra so resgatadas, em que o aluno constri um saber mais subjetivado . O professor precisa enfrentar a resistncia do aluno para construir o seu prprio saber. . O professor no mundo atual aquele que necessita ter bastante desenvolvido o seu desejo de saber.. Na teoria de saber, a linguagem, a fala e

A Ignorncia. O saber s construdo na medida em que a gente constri tambm a nossa ignorncia. . Que ns identificamos o que ns no queremos saber, o que ns no agentamos identificar. . A questo da ignorncia, um saber e no o seu oposto: A ignorncia, a cabo de dizer, uma paixo, no para mim uma menos valia, tampouco um dficit. outra coisa, a ignorncia est ligada ao saber.

O Gozo do No Saber O sujeito vive situaes de gozo. Vivemos a era do conhecimento fcil, rpido e pouco estruturado. Do saber que se confunde com a informao. Do saber fragmentrio. Do saber onde a escola deixou de ser slida para se tornar cada vez mais fluda.

Teoria de Linguagem. Na teoria de linguagem, a palavra precisa ser passada ao aluno para resgatar seu discurso. As normas no do conta de lidar com o real. O furo e o desaparecimento da ordem dos lugares. A Educao no mundo atual se tornou uma ao de linguagem.

Teoria de Significante

.

Na

teoria

de

significante, do

a

linguagem e a fala acionam a experincia singular aluno diante do processo ensino-saber.

Cantar de Um Galo Quando morava na roa, observava que o cantar de um galo despertava outro galo, que despertava com seu cantar outro galo e assim sucessivamente, anunciando o alvorecer. Joo Cabral de Melo Neto no poema Tecendo a manh, usando a metfora dos galos explora significantes que reforam uma educao em que se prope construir o processo do saber.

Poesia ITecendo a manh Um galo sozinho no tece uma manh: ele precisar sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele e o lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito de um galo antes e o lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manh, desde uma teia tnue, se v tecendo, entre todos os galos.

Poesia IIE se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, se entretendendo para todos, no toldo (a manh) que plana livre de armao. A manh, toldo de um tecido to areo que, tecido, se eleva por si: luz balo.

Liberdade Luz balo metfora da liberdade, e do livre saber que se espalham como um balo subindo. A luz-balo do saber precisa ser tecida e cruzada pelo sujeito da escurido: o balo do significante. Balo, luz que entra pelo desconhecimento da noite, abre com seus raios iluminados o espao sideral da liberdade onde cada um solta seu balo nos ventos do saber.

Soltar Semelhantemente manh tecida pelo canto dos galos, podem-se construir saberes inspirados em canes cantadas no despertar das alvoradas, entre aqueles que, desafiados pela noite e pelos ventos, soltam os seus prprios bales.