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MANEJO DA MATERIA MANEJO DA MATERIA ORGANICAORGANICA
COMPOSTAGEMCOMPOSTAGEM
1 – HISTÓRICO1 – HISTÓRICO
M. O. → Principal fator de fertilidade do M. O. → Principal fator de fertilidade do solo.solo.
No Egito antigo → o delta do Rio Nilo era No Egito antigo → o delta do Rio Nilo era a área mais disputada para plantio. a área mais disputada para plantio.
Os Fenicios no Oriente e os Incas no Os Fenicios no Oriente e os Incas no Ocidente → descobriram os terraços e os Ocidente → descobriram os terraços e os patamares, para impedir perdas de terras patamares, para impedir perdas de terras e de matéria orgânica.e de matéria orgânica.
Os Maias → colocavam peixes no fundo das Os Maias → colocavam peixes no fundo das covas do milho.covas do milho.
Na velha Roma → filósofos, antes e pouco Na velha Roma → filósofos, antes e pouco após a era cristã → deixaram escritos após a era cristã → deixaram escritos descrevendo práticas agrícolas como: descrevendo práticas agrícolas como: estercação, calagem, adubação verde, estercação, calagem, adubação verde, rotação de culturas e cobertura morta.rotação de culturas e cobertura morta.
A agricultura até 1842 → usava-se A agricultura até 1842 → usava-se praticamente adubos de origem orgânica.praticamente adubos de origem orgânica.
Após 1842 → Justus Von Liebig → Teoria Após 1842 → Justus Von Liebig → Teoria Mineralista.Mineralista.
Os vegetais absorvem: Os vegetais absorvem: N → NHN → NH44
++ e NO e NO33--
P → HP → H22POPO44-- e HPO e HPO44
- 2- 2
K → KK → K++
M. O →M. O → decomposição microbiana → decomposição microbiana → mineralização.mineralização.
II – FORMAÇÃO, ACÚMULO E II – FORMAÇÃO, ACÚMULO E DESTRUIÇÃO DA M. O. DO SOLODESTRUIÇÃO DA M. O. DO SOLO
Formação do solo e da mata
Acúmulo de M.O.
Mata formada
M. O. em equilíbrio
% de M. O.
Tempo
Desmatamento e culturas
M.O. em desequilíbrio
Manejo orgânico
Equilíbrio a nível baixo
Fases de acúmulo, destruição e equilíbrio da matéria orgânica.
COMPOSTAGEMCOMPOSTAGEM Introdução:Introdução:
Resíduo: perdidos e queimadosResíduo: perdidos e queimados Reciclagem → melhor aproveitamento dos Reciclagem → melhor aproveitamento dos
resíduos → menor degradação do solo e do resíduos → menor degradação do solo e do meio ambiente.meio ambiente.
Processo de compostagemProcesso de compostagem Prática antiga, aplicada a século no oriente, Prática antiga, aplicada a século no oriente,
principalmente na China.principalmente na China. No Início de século XX → Sir Albert Howard → No Início de século XX → Sir Albert Howard →
processo Indore.processo Indore. No BR.”Dalfert” (1º diretor do IAC) → Estrume No BR.”Dalfert” (1º diretor do IAC) → Estrume
nacionalnacional
Resíduos orgânicos potencialmente utilizáveis na
compostagem
Resíduos vegetaisResíduos vegetais Resíduos animaisResíduos animais Resíduos urbanosResíduos urbanos Resíduos industriaisResíduos industriais Resíduos de serrariaResíduos de serraria Lodo de esgoto Lodo de esgoto Biomassa aquáticasBiomassa aquáticas
Classificação:Classificação: Quanto a aeraçãoQuanto a aeração
AeróbioAeróbio AnaerobioAnaerobio
Quanto a temperatura:Quanto a temperatura: Criófila (frio)Criófila (frio) Mesófila (45 a 55° C)Mesófila (45 a 55° C) Termófila ( > 55° C)Termófila ( > 55° C)
Quanto ao ambiente:Quanto ao ambiente: AbertoAberto FechadoFechado
Quanto ao tempo de compostagem:Quanto ao tempo de compostagem: Processo LentoProcesso Lento Processo aceleradoProcesso acelerado
PRINCÍPIOS DA COMPOSTAGEMPRINCÍPIOS DA COMPOSTAGEM
Compostagem Compostagem → é um processo biológico de → é um processo biológico de transformação da matéria orgânica crua (animal e transformação da matéria orgânica crua (animal e vegetal) em substâncias húmicas, estabilizadas, vegetal) em substâncias húmicas, estabilizadas, com propriedades e características diferentes do com propriedades e características diferentes do material de origemmaterial de origem
É dependente de:É dependente de: - microrganismos- microrganismos - umidade- umidade - aeração- aeração - temperatura- temperatura - relação carbono / nitrogênio (C/N)- relação carbono / nitrogênio (C/N)
Principais Microrganismos – Bactérias, fungos e actinomicetes – isolados do composto.
Bactérias ActinomicetesMesófilas
Cellumonas foliaChonfrococcus exiguusMyxococcus virescensMyxococcus fulvusThiobacillus denitrificansThiobacillus thiooxidansAerobacter sp.Proteus sp.Pseudomonas sp.TermófilasBacillus stearothermophilis
Termotolerantes e termófilas
Nicronospora vulgarisNocardia brasiliensisPseudonocardia thermophilaStreptomyces rectusS. thermofuscusS. thermophilusS. thermoviolaceusS. thermovulgarisS. violaceoruberThermoactinomyces vulgarisThermonospora curvataT. fuscaT. glaucusT. polyspora
Fungos FungosMesófilos
Fusarium culmorumF. roseum
Stysanus stemonitisCoprinus cinereusC. megacephalus
C. lagopusAspergillus niger
A. terreusGeotrichum candidum
Rhizopus nigricansTrichoderma viride
T. (lignorum) harzianumOospora variabilisMucor spinescens
M. abundansM. variens
Cephalosporium acremoniumChaetomium globosum
Glomerularia sp.Pullularia (Aureobasidium)
Fusidium sp.Actinomucor corymbosus
Mucor JansseniTalaromyces (penicillium) variable
Helminthosporium sativumTermotolerantes e termófilas
Aspergillus fumigatusHumicola insolens
H. lanuginosaH. griséus var. thermoideus
Mucor pussillusChaetomium thermophile
Absidia ramosaTalaromyces (penicillium) duponti
T. emersoniiT. thermophilus
Sporotrichum thermophileS. chlorium
C.t. 6 ( Mycelia sterilia)Stilbella thermophila
Malbranchea pulchella var. Sulfurea (Thermoidium sulfureum)Dactylomyces crustaceous
(Thermoascus aurantiascus)Byssochlamys sp.Torula thermophila
(Fonte: Kiehl, 1985)
Composição de alguns materiais orgânicosmaterial M.O. % N % C/N P2O5 % K2O %
Arroz: cascaArroz; palhasBanana; talos do cachosBanana; folhasCacau; películasCacau; cascas do frutoCafé; cascasCafé; palhasCafé; sementesCrotalaria jonceaFeijão de porcoFeijão guanduFeijão; palhasMamona; cápsulasMandioca; cascas de raízesMandioca; folhasMandioca; ramasMilho; palhasMilho; sabugoMucuna preta Serragem de madeira
54,354,385,389,091,188,782,293,192,891,488,595,994,794,658,991,695,396,745,290,793,4
0,80,80,82,63,21,30,91,43,31,92,51,81,61,20,34,31,30,50,52,20,1
39/139/161/119/116/138/153/138/116/126/119/129/132/153/196/112/140/1
112/1101/122/1
865/1
0,60,60,10,21,40,40,20,30,40,40,50,60,30,30,30,70,30,40,20,6
traços
0,50,47,4-
3,72,52,12,01,71,82,41,11,91,80,4--
1,60,93,0
traços(base no material seco a 110° C)(Fonte: Kiehl, 1985)
MATERIAL M.O. % N % C/N P2O5 % K2O %
Algodão; resíduo de máquinaBicho-da-seda; crisálidasCafé; borra de café solúvelCaju; cascas da castanhaCana-de-açúcar; bagaçoCana-de-açúcar; bagacinhoLaranja; bagaçoMandioca; raspaSangue secoTorta de algodãoTorta de mamonaTorta de sojaTorta de usina de cana
96,391,190,498,071,487,122,596,084,992,492,278,478,7
1,99,42,30,71,01,00,70,5
11,85,65,46,52,1
27/15/122/174/137/144/118/1
107/14/19/110/17/120/1
1,01,40,40,20,20,10,10,21,22,11,90,52,3
1,70,71,20,60,90,10,41,20,72,31,51,51,2
(Fonte: Kiehl, 1985)
MATERIAL M.O. % N % C/N P2O5 % K2O %
Esterco de bovinosEsterco de eqüinosEsterco de suínosEsterco de ovinosEsterco de avesComposto orgânicoResíduo urbano
57465365503129
1,71,41,91,43,01,41,4
32/118/116/132/111/1
--
0,90,50,71,03,01,40,2
1,41,70,42,02,00,81,0
(Fonte:Adaptação de Kiehl, 1985 e Lopes, 1989)
Composição de estercos animais (base matéria seca)
METODOLOGIA DA METODOLOGIA DA COMPOSTAGEMCOMPOSTAGEM
Preparação dos materiaisPreparação dos materiais Dimensão e formasDimensão e formas
LeirasLeiras Tamanho (dimensões)Tamanho (dimensões) MontagensMontagens
Controle da umidade e temperaturaControle da umidade e temperatura Teste para controle de decomposiçãoTeste para controle de decomposição
nitrogênio,
Produção média (kg.ha-1) das culturas de alface, tomatee pepino, submetidos a diferentes material orgânico, 1998.
Material Alface Tomate Pepino
Esterco de curralEsterco de galinhaHúmus de minhocaComposto de Bagaço de canaComposto de cascas de caféComp. de cascas de amendoimComposto de serragemTorta de mamonaTorta de amendoimNPKTestemunha
14.560 13.49610.808 12.09615.28810.02411.48015.68009.96806.888 03.920
55.98634.20247.02640.04049.09839.78836.09253.38255.46829.87632.956
38.19346.52640.34132.95626.79625.99132.63765.07378.94620.38023.377
Fonte: Koga, 1999
Porcentagem de infestação de galhas de nematóides, Gênero Meloidogyne, nas culturas de alface, tomate, submetidos a diferentes material orgânico, 1998.
Material Alface Tomate
Esterco de curralEsterco de galinhaHúmus de minhocaComposto de Bagaço de canaComposto de cascas de caféComp. de cascas de amendoimComposto de serragemTorta de mamonaTorta de amendoimNPKTestemunha
18,6114,8526,2229,4424,6630,0320,685,601,74
20,2120,95
87,8791,3294,4089,6591,3292,3085,5787,9779,5792,2295,00
Fonte: Koga, 1999
Produtividade de milho (kg.ha-1), nas safras agrícolas de 97/98 e 98/99,obtidas em resposta a aplicação de diferentes materiais.
Material Safra 97/98
Safra 98/99
TestemunhaComposto orgânicoEfluente de BiodigestorEsterco de esterqueiraAdubo mineral
4.905 a5.365 a5.722 a5.709 a5.582 a
7.119 b8.898 a9.494 a8.506ab9.020 a
Fonte: Silva, 1999
Produção comercial de alface (kg.1,25 m-2), em função de doses de húmus de minhoca (vermicomposto) e de super fosfato simples, Ilha Solteira, SP – 1.993.
Fonte: Seno & Koga, 1993.
SuperSimples(g.m-2)
Doses de húmus (kg.m-2)
X0 1.5 3.0 4.5
050
100150
1.4101.4901.4831.560
1.3761.7461.7031.716
1.6531.6201.8701.833
1.9031.9301.7731.713
1.5851.6961.7071.705
X 1.485 1.635 1.744 1.930
Paulo Sergio KogaPaulo Sergio KogaUNEMAT – Campus de Alta Floresta – MTUNEMAT – Campus de Alta Floresta – MTFone: (66) 521 2041 (Universidade)Fone: (66) 521 2041 (Universidade)E-mail: E-mail: [email protected]@unemat.br
[email protected]@terra.com.br