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Instituto Superior de Línguas e Administração 1 METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO DO RUÍDO OCUPACIONAL CRÍTICA TÉCNICA Leiria 26/10/2012

Apresentacao3

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1

METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO DO RUÍDO OCUPACIONAL

CRÍTICA TÉCNICA

Leiria26/10/2012

Porquê a crítica?

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2

Avaliação  da  exposição  ao  ruído  ocupacional  em  contexto  industrial,  éefectuada sempre ou quase sempre de acordo com as imagens seguintes –sonómetro estático, com presença do trabalhador.

A experiência profissional;

A observação da prática diária;

A recolha de informação junto de colegas técnicos de SHT;

A pesquisa bibliográfica (outros trabalhos). 

Esta metodologia não está prevista na Legislação ou Norma

Consequências

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Avaliações pouco precisas;

Consequências nas estratégias de prevenção.

Eventualmente  uma  das  razões  da  prevalência  da  surdez  ocupacional, 

registada  como  a  2.ª causa  de  doença  profissional,  logo  após  as  doenças 

músculo‐esqueléticas (Portugal e Europa).

Colectiva e individualColectiva e individual

Posições de medição

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4

O posicionamento do sonómetro nas medições da exposição ao ruído ocupacional 

assume extrema  importância,  já que deste procedimento dependem os resultados 

obtidos para uma avaliação precisa – LAeq,T.

Influência  nos  cálculos  necessários  à determinação  dos  valores  limites  de 

exposição e valores de acção, (Art. 3º do DL 182/2006);

Influência nas medidas de prevenção e/ou protecção que os empregadores estão 

obrigados a implementar, (Art. 6º, 7º, e 8º do DL 182/2006).

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Objectivos da medição de ruído

Determinar a exposição ao ruído de todas pessoas susceptíveis de serem expostos a 

ruído excessivo;

Obter informações mais específicas que ajudem a decidir quais as medidas a tomar 

para reduzir a exposição ao ruído;

Verificar a eficácia de qualquer controlo das medidas que foram aplicadas;

Auxiliar na selecção adequada dos protectores auditivos quando outras medidas de 

controlo  não  são  exequíveis  ou  a  necessitar  de  algum  tempo  para  planear  e 

implementar.

Medição do ruído

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A medição do nível de exposição pessoal diária de um trabalhador ao ruído durante 

o período laboral, varia com:

A localização do ponto de medida;

A proximidade dos outros equipamentos;

A  potência  e  velocidade  de  funcionamento  desses  mesmos  equipamentos  no 

instante da medição;

O  ruído  ambiente  existente  na  área  produtiva  (resultante  do  somatório 

logarítmico de todas as fontes operando em simultâneo).

Objectivo Geral

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Comparar  os  valores  de  medição  do  ruído  ocupacional  obtidos  com  um 

sonómetro fixo, colocado na proximidade do trabalhador (prática não legislada) e 

os valores obtidos com um sonómetro móvel a acompanhar o trabalhador [alínea 

b) do nº 3 do Anexo I do Dec‐Lei 182/2006 de 6 de Set.] – Posições de Medição

Por outro  lado, evidenciar que, a medição do ruído com ausência do trabalhador 

[alínea a) do nº 3 do Anexo  I do Dec‐Lei 182/2006 de 6 de  Set.], deve  ser uma 

metodologia mais utilizada  com o objectivo de  avaliação de  ruído nos  locais de 

trabalho  para  efeitos  de    implementação  de  medidas  de  controlo  do  tipo 

organizacional ou de engenharia.

HIPÓTESES

“Os sonómetros móveis e fixos registam valores iguais”

“Os sonómetros móveis e fixos registam valores diferentes”

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Verificação das hipóteses ‐ Trabalho de campo

Sonómetro fixo ‐ Prática não legislada 

Sonómetro móvel [alínea b) do nº 3 do Anexo  I do Dec‐Lei 182/2006 de 6 de 

Set.]

Comparar registos

Verificar as Hipóteses

Medição do ruído ocupacional  

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Trabalho de campo

12 Empresas

397 medições

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Percentagem de medições por empresa

Empresas

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Instrumentação e metodologia de medição

Dois grupos de trabalho designados por A e B, configurados 

do seguinte modo:•Grupo A – SF1 + SF3 + SM1•Grupo B ‐ SF2 + SF4 + SM2

2 sonómetros fixos+

1 sonómetro móvel

Um sonómetro fixo colocado no local de anterior medição

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Trabalho de campo – Objectivo

Mediçãosimultânea

2 Sonómetros fixos

1 Sonómetro móvel

Comparar registosLAeq,T

Sonómetro fixo 1

Sonómetro fixo 2Sonómetro móvel

Diferença 1Diferença 2

Igual

ComparativoLAeq

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Resultados obtidos (LAeq)

396 diferentes 1 igual

397 medições

Sonómetro fixoValores superioresao sonómetro móvel

53%

Sonómetro móvelValores superioresao sonómetro fixo

47%

Forte probabilidade de se confirmarem as HIPÓTESESForte probabilidade de se confirmarem as HIPÓTESES

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Resultados obtidos (LAeq)

Trabalhador SOBREAVALIADO

Sonómetro fixoValores superioresao sonómetro móvel

Sonómetro fixoValores inferiores

ao sonómetro móvel

Trabalhador SUBAVALIADO

Sonómetro afastado do trabalhador

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Outros resultados

O sonómetro fixo registouRuído de Baixa Frequência

O sonómetro móvel registouRuído de Alta Frequência

Este fenómeno influencia a estratégia de escolha do protector auricular

O mesmo protector pode não servir para os 2 casos 

Diferenças  quer  pela  diferença  do  nível  de  ruído,  quer  pela  diferença  das características tonais.

Discussão dos resultados

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Recurso à metodologia prevista na alínea b), do nº 3, do anexo I, 

do Dec‐Lei nº 182/2006, de 6 de Setembro ‐ o sonómetro deve a 

acompanhar o trabalhador

COMPARARLAeq,T

Sonómetro fixoLAeq,T

Sonómetro móvel

registos

Menos precisos pelo afastamento ao trabalhador

Mais  precisos e rigorosos pela proximidade ao trabalhador

registos

Dec‐Lei nº 182/2006 de 6 de SetembroAnexo I – Medição do Ruído 

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...

3 – Posições de Medição

a)“As medições devem ser realizadas no posto de trabalho, sempre que 

possível, na ausência do trabalhador, com a colocação do microfone na 

posição em que se situaria a sua orelha mais exposta”;

b)“Quando a presença do trabalhador for necessária, o microfone deve 

ser colocado a uma distância entre 0,10 m e 0,30 m em frente à orelha 

mais exposta do trabalhador”;

c)“No  caso  de  utilização  de  um  dosímetro  ou  de  outro  aparelho  de 

medição  usado  pelo  trabalhador,  o  microfone  pode  ser  fixado  no 

vestuário,  no  ombro,  no  colarinho,  ou  no  capacete,  respeitando  a 

distância fixada na alínea anterior”;

d)....

Posições de medição ‐ Outros autores

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Organização Mundial da Saúde

…7 (STRATEGIES FOR NOISE SURVEYS),

1. “…a avaliação da exposição ao ruído deve ser efectuada preferencialmente na ausência do trabalhador”;

e caso isso não seja possível,

2. “o ruído deve ser avaliado com o microfone colocado de 0,10m a 0,30m do ouvido mais exposto”;

3. …..

Arezes, P. (2002). Percepção do Risco de Exposição Ocupacional ao Ruído. Tese de Doutoramento. Escola de Engenharia da Universidade do Minho. Guimarães. 

Metodologias de avaliação do Ruído Ocupacional

Posições de Medição ‐ nº 3 do Anexo I

a)“As medições devem ser realizadas no posto de trabalho,

sempre que possível, na ausência do trabalhador, com a

colocação do microfone na posição em que se situaria

a sua orelha mais exposta”;

Prática pouco observada, contudo considera‐se não aplicável na medição da exposição pessoal ao ruído, porque:

Máquinas e equipamentos emitem ruído pela acção do trabalhador;

Em postos que não seja necessário a acção do trabalhador:O trabalhador não está estático à semelhança do sonómetro;Pequenas deslocações  (0,50m a 1,00m) podem colocar o trabalhador sob o efeito de outras fontes de ruído;Movimenta o corpo, roda e flecte a cabeça, fala, etc.

A simpatia da entidade patronal em medições mais longas sem o trabalhador;

Altura da localização do sonómetro (trabalhador com 1,80m);

Trabalhador ausente – mede‐se o quê?

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Estudos de caso

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Nas  diversas  pesquisas  efectuadas  sobre  relatórios  e  trabalhos  de  avaliação  do 

ruído ocupacional, foi comum encontrar na descrição da metodologia de avaliação 

do ruído:

”As medições  foram  realizadas  no  posto  de  trabalho,  sempre  que  possível,  na 

ausência do trabalhador, com a colocação do microfone na posição em que estaria 

a sua orelha mais exposta”. 

Mais adiante, afirma‐se .....

“Procurou‐se que, durante a avaliação, os trabalhadores desempenhassem as suas 

tarefas  usando  os  métodos  e  as  cadências  habituais,  a  fim  de  assegurar 

representatividade à avaliação”.

Pergunta: no desempenho das  suas  tarefas, usando os métodos e as  cadências 

habituais, o trabalhador está ausente? 

Estudos de caso

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Zona crítica

EXEMPLO

Máquinas funcionam em contínuo sem acção do trabalhador;

Trabalhador movimenta‐se (zonas rosa e vermelho);

Onde colocar o sonómetro de acordo com a alínea a)????

Este conceito está determinado no ponto 1.7.4.2, da alínea u), do Anexo I, do Dec‐Lei 103/2008, de 24 de Junho (Directiva Máquinas), para efeitos da determinação do ruído aéreo emitido pelas máquinas,  logo, uma metodologia idêntica para avaliar o ruído nos postos de trabalho e não a exposição pessoal.

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b) “Quando a presença do trabalhador for necessária, o microfone deve ser colocado a uma distância entre 0,10 m e 0,30 m em frente à orelha mais exposta do trabalhador”;

Metodologias de avaliação do Ruído Ocupacional

Posições de Medição - nº 3 do Anexo I

c) “No caso de utilização de um dosímetro ou de outro aparelho de medição usado pelo trabalhador, o microfone pode ser fixado no vestuário, no ombro, no colarinho, ou no capacete, respeitando a distância fixada na alínea anterior”.

Raramente se observa, contudo é a metodologia considerada mais precisa e fiável:

O trabalhador no desenvolvimento normal das tarefas;Sonómetro acompanha o trabalhadorExposição às mesmas fontes de ruído

Metodologia aplicável a trabalhadores de elevada mobilidade (irrelevante para este estudo)

Relevante a colocação do microfone;

Posições de medição ‐ Outros autores

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A Brüel & Kjær, no manual sobre a medição do som, “... As medições deveriam 

simplesmente ser tomadas na posição normal dos ouvidos do trabalhador.”

Malchaire , J. (2005), sugere que, em postos de trabalho fixos, pode ser utilizado 

um sonómetro integrador localizado próximo da orelha do trabalhador. 

Norma  de Higiene Ocupacional,  determina  que,  as medições  devem  ser  feitas 

com o microfone posicionado dentro da zona auditiva do trabalhador, de forma a 

fornecer dados representativos da exposição ocupacional diária ao ruído a que está

submetido o trabalhador no exercício das suas funções.

Work Safe BC na publicação com o título “Occupational Noise Surveys, April 2007”, 

cita  como  regra  de  avaliação  do  ruído  com  recurso  a  sonómetros  “Prenda  o 

microfone na proximidade do ouvido do trabalhador ou coloque‐o perto do ouvido 

normalmente mais exposto...”

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Posições de Medição 

Prática diária – Nem a alínea a), nem a alínea b)

Na prática diária é observado, sempre ou na maioria dos casos, que o sonómetro éposicionado em  tripé nas proximidades do  trabalhador a  ser avaliado de modo a não interferir nas tarefas deste.

Na prática diária é observado, sempre ou na maioria dos casos, que o sonómetro éposicionado em  tripé nas proximidades do  trabalhador a  ser avaliado de modo a não interferir nas tarefas deste.

Prática não legislada ou normalizada

Pode significar o afastamento do sonómetro da fonte do ruído a que o trabalhador está exposto e/ou interferência deste na medição.Pode significar o afastamento do sonómetro da fonte do ruído a que o trabalhador está exposto e/ou interferência deste na medição.

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Durante o trabalho de campo

Foi muito  comum  nas  empresas,  durante  a  realização  do  trabalho  de  campo,  no 

momento  da  colocação  dos  sonómetros  fixos,  ao  perguntar‐se  ao  trabalhador  se 

poderia colocar os equipamentos sem incomodar, ouvir: “... aí não, porque tenho de 

passar ou colocar, fazer isto ou aquilo, etc. ...”. 

Outras  vezes  houve  informação  que,  na  medição  anterior,  o  técnico  colocou  o 

“aparelho” ali...  e  indicavam  o  local. Nestas  situações,  a  alternativa  foi  colocar  o 

sonómetro afastado 2 ou 3 metros do trabalhador e, por consequência, mediu‐se o 

ruído ambiente na envolvente do posto de trabalho, tendo o sonómetro medido o 

ruído emitido por outros equipamentos vizinhos.

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Erros associados à posição do sonómetro fixo

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Fenómenos de propagação/transmissão do ruído

Reflexão – quando  a  propagação  de  uma  emissão  sonora encontra um obstáculo plano,  rígido, de  grandes dimensões em comparação  com  o  seu  comprimento  de  onda,  produz‐se  uma inversão das ondas incidentes como se emanassem de uma fonte simétrica da fonte emissora, em relação à superfície de reflexão.

Reflexão – quando  a  propagação  de  uma  emissão  sonora encontra um obstáculo plano,  rígido, de  grandes dimensões em comparação  com  o  seu  comprimento  de  onda,  produz‐se  uma inversão das ondas incidentes como se emanassem de uma fonte simétrica da fonte emissora, em relação à superfície de reflexão.

Reverberação e Campo reverberante ‐ Uma fonte sonora, ao emitir as  ondas  sonoras,  estas  vão  reflectir‐se  nas  paredes  de  todas  as áreas do espaço envolvente, reforçando o nível de som e produzindo um nível maior com a soma total produzida pela fonte. Quando um som  é emitido  (por  uma  fonte  sonora),  tende  a  propagar‐se  em todas  as  direcções, mas,  quando  encontra  um  obstáculo  rígido,  érejeitado (ressalto e mudança de direcção). 

Reverberação e Campo reverberante ‐ Uma fonte sonora, ao emitir as  ondas  sonoras,  estas  vão  reflectir‐se  nas  paredes  de  todas  as áreas do espaço envolvente, reforçando o nível de som e produzindo um nível maior com a soma total produzida pela fonte. Quando um som  é emitido  (por  uma  fonte  sonora),  tende  a  propagar‐se  em todas  as  direcções, mas,  quando  encontra  um  obstáculo  rígido,  érejeitado (ressalto e mudança de direcção). 

Quando isso ocorre num recinto fechado, as ondas sonoras são reflectidasvárias vezes pelas superfícies, ampliando o som ou elevando o nível de ruído do local. Quando isso ocorre num recinto fechado, as ondas sonoras são reflectidasvárias vezes pelas superfícies, ampliando o som ou elevando o nível de ruído do local. 

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Fenómenos de propagação/transmissão do ruído

Difracção – é o  fenómeno  que  justifica  o  facto  de  um  obstáculo  ou barreira acústica não ser tão eficiente como seria desejável, considerando que em  termos de acústica geométrica, a  interposição de um obstáculo entre a fonte e o receptor produziria uma “sombra acústica” por trás da barreira .

Difracção – é o  fenómeno  que  justifica  o  facto  de  um  obstáculo  ou barreira acústica não ser tão eficiente como seria desejável, considerando que em  termos de acústica geométrica, a  interposição de um obstáculo entre a fonte e o receptor produziria uma “sombra acústica” por trás da barreira .

O sonómetro em zona  Sombra

Trabalhador em zona ruidosa

Trabalhador em zona Sombra

Sonómetro em zona ruidosa

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Fenómenos de propagação/transmissão do ruído

Refracção  – é o  fenómeno  que  justifica  a  mudança  de  direcção  das emissões  sonoras  quando  estas  atravessam  meios  de  propagação  com características  diferentes.  Um  factor  importante  é a  variação  da temperatura entre o interior e o exterior das máquinas. 

Refracção  – é o  fenómeno  que  justifica  a  mudança  de  direcção  das emissões  sonoras  quando  estas  atravessam  meios  de  propagação  com características  diferentes.  Um  factor  importante  é a  variação  da temperatura entre o interior e o exterior das máquinas. 

Influência na localização do sonómetro e/ou do 

trabalhador

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Fenómenos de propagação/transmissão do ruído

Interferência – é o  fenómeno consequente da  sobreposição de ondas  sonoras, isto  é, quando  duas  fontes  sonoras  produzem,  em  simultâneo  e  num mesmo ponto,  ondas  concordantes,  as  suas  amplitudes  adicionam‐se,  criando  uma interferência  construtiva  (aumento  da  intensidade  do  ruído).  Ao  contrário, quando  as  ondas  são  discordantes  (uma  produz  uma  compressão  e  a  outra produz uma  rarefacção) as amplitudes subtraiem‐se   criando uma  interferência negativa (diminuição da intensidade do ruído).

Interferência – é o  fenómeno consequente da  sobreposição de ondas  sonoras, isto  é, quando  duas  fontes  sonoras  produzem,  em  simultâneo  e  num mesmo ponto,  ondas  concordantes,  as  suas  amplitudes  adicionam‐se,  criando  uma interferência  construtiva  (aumento  da  intensidade  do  ruído).  Ao  contrário, quando  as  ondas  são  discordantes  (uma  produz  uma  compressão  e  a  outra produz uma  rarefacção) as amplitudes subtraiem‐se   criando uma  interferência negativa (diminuição da intensidade do ruído).

Aumento da intensidade do ruído

Diminuição da intensidade do ruído

Conclusões

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1) A  colocação  do  sonómetro  móvel  a  acompanhar  o  trabalhador,  apresenta 

diferenças relativamente aos resultados obtidos quando o sonómetro é fixo nas 

proximidades do posto de trabalho;

2) Mesmo  em  casos  em  que  as  diferenças  dos  valores  dos  níveis  de  ruído  são 

próximos, há diferença em matéria de exposição pessoal ao ruído, uma vez que 

os espectros registados  têm um espectro de carácter  tonal diferente,  isto é, o 

sonómetro móvel  regista  predominantemente  alta  frequência  e  o  sonómetro 

fixo regista predominantemente baixa ou muito baixa frequência;

3) Do mesmo modo, e nos  casos em que a diferença de nível de  ruído é pouco 

significativa  e  estamos  perante  um  espectro  de  carácter  tonal  igual,  o 

sonómetro fixo apresenta componentes significativas de baixa frequência; 

Conclusões (cont.)

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4) Consideram‐se  os  valores  registados  pelos  sonómetros  fixos menos  precisos  e 

fiáveis para efeitos da avaliação pessoal ao ruído, pelo facto deste posicionamento 

apresentar  alguns  condicionalismos  que  influenciam  os  resultados, 

nomeadamente:

A decisão do técnico sobre a melhor localização;

O  afastamento  do  sonómetro  ao  posto  de  trabalho  por  imposição  das 

tarefas, o que leva a posicionar dentro do campo reverberante;

O  posicionamento  do  sonómetro  relativamente  a multifontes  de  ruído 

(não sendo estas predominantes face à exposição do trabalhador).

Conclusão final

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Avaliação da exposição pessoal ao ruído ocupacional

Recurso ao determinado pelaalínea b) do nº 3, Anexo I, do Dec‐Lei nº 182/2006, de 6 de 

Setembro. 

Medição

Desenvolvimentos futuros

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Avaliação da exposição pessoal ao ruído ocupacional

Comparar  os  valores  registados  pelo  sonómetro  quando colocado  de  acordo  com  a  alínea  a)  e  alínea  b)  do  nº 3 Anexo I Dec‐Lei nº 182/2006, de 6 de Setembro.

Medição

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