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GORGULHO - DO - EUCALIPTO Gonipterus platensis : RESSURGIMENTO DE UMA ANTIGA PRAGA Carlos.F . Wilcken 1 , Natália M. Souza, Everton P. Soliman, Luis Renato Junqueira 1 FCA/UNESP - Campus de Botucatu, Botucatu, SP 2 Suzano Papel e Celulose 3 PROTEF/IPEF

Apresentação do PowerPoint · BOVERIL (Biol) 1,2 1,9 0,3 2004 2005 8,0 19,0 73,2 96,1 113,6 105,5 147,1 157,6 0 40 80 120 160 200 100 80 60 40 20 0 200 160 120 80 40 0 ens % 0 A

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  • GORGULHO-DO-EUCALIPTO

    Gonipterus platensis:

    RESSURGIMENTO DE UMA ANTIGA

    PRAGA

    Carlos.F. Wilcken1, Natália M. Souza, Everton P.

    Soliman, Luis Renato Junqueira1 FCA/UNESP - Campus de Botucatu, Botucatu, SP

    2 Suzano Papel e Celulose

    3 PROTEF/IPEF

  • 1. INTRODUÇÃO

    O Brasil está vulnerável à introdução de novas pragasnas plantações florestais

    Registros históricos em florestas plantadas de eucalipto:

    ?

  • 0

    50.000

    100.000

    150.000

    200.000

    250.000

    Perc. Bronz. Lag. Desf. Psi. Concha C. ferruginea Gorgulho Vespa-da-galha Psi. Ponteiro

    2010 130.776,00 51.549,0 22.243,0 1.890,0 - 170,0 20,0

    2011 135.355,70 23.114,5 50.352,2 4.370,3 46,5 25,5 200,0

    2012 245.232,30 7.711,8 6.104,0 6.807,8 3.526,0 2.313,8 1.100,0

    2013 167.139,10 14.334,30 18.392,0 7.032,3 6.450,5 6.994,2 1.093,5

    2014 67.357,30 54.241,0 40.411,8 9.449,0 11.000,0 2.092,1 80,0

    Áre

    a (

    ha)

    Área de eucalipto atacada por pragas - Brasil (2010-2014)

  • G. platensis: adultos

  • G.

    pulverulentus

    G. platensis

  • Distribuição mundial de G. platensis – 2015.

    1925

    19551998 1916

    19751994

  • Distribuição

    geográfica no

    Brasil

    - RS: 1955

    - SC: 1982

    - PR: 1980

    - SP: 1992 (E. dunnii)

    - ES: 2003 no ES

    - SP: 2013

  • DANOS

    Larvas e adultos: desfolhamento do ponteiro e ramos

    novos

    reduz crescimento

    Bifurcação / desvio do fuste

    Ataca desde plantios com 8 meses até 6 anos

    Redução de 10 a 30 % no volume de madeira

    produzida

  • G. platensis: dano das larvas

  • G. platensis: desfolha em

    plantios clonais novos e

    maduros (approx. 60.000 ha

    durante 2004 -05)

  • Estrategias de ManejoControle químico: possível, mas não há

    produtos registrados oficialmente e

    problemas com certificação ambiental

    Controle biológico:

    - parasitoide de ovos Anaphes nitens

    (Hym.: Mymaridae)

    - Fungo entomopatogênico: Beauveria

    bassiana

  • Bioensaios de laboratorio com diferentes isolados mostraram bons

    resultados com 2 isolados (B103 (comercial) e ITA05 (isolado local)

    - Beauveria bassiana

    Beauveria bassiana

    a) Extrusao das hifas b) Esporulacao

  • • Testes com fungos em laboratório (UNESP) mostraram resultados

    positivos de controle - cepa B103 - Beauveria bassiana

    Mortalidade (%) de G. scutellatus por B. bassiana

    Aplicação tópica

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    2 DAT 4 DAT 6 DAT 8 DAT 10 DAT 12 DAT

    Tempo

    Mor

    talid

    ade

    (%)

    B102-pulv

    B103_pulv

    B102-polv

    B103-polv

    Testem.

    Mortalidade de G. platensis por ação direta

    (tópica) de 2 isolados do Boveril (B.

    bassiana) em condições de laboratório

    Resultados

  • ESB mortality by topical application of 2 isolates of B. bassiana (lab condition)

    Beauveria bassiana

    Mortalidade (%) de G. scutellatus por B. bassiana - fase larval

    0,010,020,0

    30,040,050,060,070,0

    80,090,0

    100,0

    2 DAT 4 DAT 6 DAT 8 DAT 10 DAT 12 DAT 14 DAT 16 DAT

    (final)

    Tempo

    Mo

    rta

    lid

    ad

    e (

    %)

    1-B103

    2-BITA-05

    3-BITA-05

    4-Bov+bovericina - Pulv.

    5-Boveriol R7

    6-Bouvenat

    7-Testemunha

  • Beauveria bassiana

    Polvilhamento e recuperação da copa das árvores após 1 mês da aplicação

    23/AUG/0426/JUL/04

  • Registro de formulação de B. bassiana para uso

    emergencial

  • 0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    Capture 400EC

    Boveril Vegetoil Orobor N1 Safety Testemunha Chess 500WG

    Curbix 200SC

    Mo

    rtalid

    ad

    e %

    Produtos aplicados

    Mortalidade de Gonipterus platensis aos 10 DAT

    Tópico

    Ingestão

    Avaliacao de inseticidas no controle do G. platensis

  • Manejo (cont.)Controle biológico:

    - parasitoide de ovos Anaphes nitens (Hym.:

    Mymaridae)

    Importado pela África do Sul em 1924

    Levado para toda a África, América do Sul, Europa e

    EUA

    Parasitismo de 80 a 100 % Controle efetivo da

    praga, após 2 a 3 anos.

  • Busca pelo A. nitens na

    região Sul

    - Encontrado em

    SET/2004 no RS

    - Enviado ao Laboratório

    de Controle Biológico de

    Pragas Florestais –

    UNESP/Botucatu para

    multiplicação

    - Enviado para a Aracruz

    (ES) em OUT/2004

    - Avaliações do

    parasitismo em campo

  • A. nitens -

    macho

    A. nitens -

    fêmea

  • Anaphes nitens: laboratório de criação

  • Mais de 1.000.000 insetos liberados

    (até JAN/06)

    Controle

    Biológico

    • Liberação do Anaphesnitens

    DISTRIBUIÇÃO

    69% Arcel

    25% Parceria florestal

    6% Terceiros

    Em fevereiro de 2006 a praga

    foi considerada sob controle

    (9 meses após as liberações)

  • HISTÓRICO DE CONTROLE % DE CONTROLE VS. PRODUTO

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV M AR ABR M AI JUN JUL AGO

    %K-OTHRINE (Quim)

    DECIS R (Quim)

    BOVERIL (Biol)

    2004 2005

    1, 2 1, 9 0 , 38 , 0

    19 , 0

    7 3 , 2

    9 6 , 1

    113 , 610 5 , 5

    14 7 , 115 7 , 6

    0

    40

    80

    120

    160

    200100

    80

    60

    40

    20

    0

    200

    160

    120

    80

    40

    0

    A.n

    iten

    sre

    lease x

    1000

    %

    A. Nitens (Biol)

    K-Othrine (Quim)

    Decis (Quim)

    Boveril (Biol)

    Proporção de uso de diferentes metódos de controle.

    Aracruz, ES, 2004-05.

  • Relação entre área tratada com inseticidas químicos e

    biológicos e com o parasitóide A. nitens. Aracruz, ES,

    2004-05.

    ÁREA DE CONTROLE

    0

    2000

    4000

    6000

    8000

    10000

    JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO

    Hecta

    res

    2004 2005

    100

    90

    80

    70

    60

    50

    40

    30

    20

    10

    0

    Tratamento

    Parasitismo

    Pa

    ras

    itis

    m %

    ÁREA TRATADA x PARASITISMO

  • Ressurgência do gorgulho do eucalipto

    • SP e PR desde 2013

    • Área atacada: +/- 10.000 ha/ano

    • Ocorrência em outros países: África do Sul e Chile

  • Ressurgência do gorgulho do eucalipto

    Hipóteses:

    • Substituição de E. grandis por clones híbridos

    (“urograndis”)

    • Condições climáticas favoráveis no período

    (temperatura e umidade) 2 anos sem geadas

    Resultado: Redução da taxa de parasitismo: 90 % para

    30-60%

  • Fig. Duracao media (dias) do periodo larva-adulto de G.

    platensis mantido em diferentes esp’ecies e clones de

    eucalipto. Temperatura: 26ºC

    Larva-adult period

    50,5 c

    47,2 c

    56,1 b

    54,8 b

    75,1 a

    0 10 20 30 40 50 60 70 80E.

    cama

    ldulen

    sisE. g

    randis

    ‘urog

    randis

    ’ VR3

    748

    ‘urog

    randis

    ’ H13E.

    urop

    hylla

    Time (days)

  • Fig. Viabilidade total de G. platensis mantido em diferentes

    especies e clones de eucalipto. (Temp.: 26ºC, Photophase:

    12h)

    Total Viability

    27,0 a

    12,0 a

    50,0 b 59,0 b

    69,0 b

    0,0

    20,0

    40,0

    60,0

    80,0

    100,0

    E. ca

    maldu

    lensis

    E. gra

    ndis

    ‘urog

    randis

    ’ VR3

    748

    ‘urog

    randis

    ’ H13

    E. uro

    phylla

    Via

    bilit

    y (

    %)

  • Fig. No. Medio de posturas / femeae eclosao de ovos de G. platensis

    mantido em diferentes esp’ecies e clones de eucalipto. (Temp.: 26ºC;

    fotofase: 12h)

    Egg clusters/female

    98.0

    36.2

    153.3

    4.00,0

    25,0

    50,0

    75,0

    100,0

    125,0

    150,0

    175,0

    E. ca

    maldu

    lensis

    E. gra

    ndis

    ‘urog

    randis

    ’ VR3

    748

    ‘urog

    randis

    ’ H13

    E. uro

    phylla

    Nu

    mb

    er

    eg

    g c

    luste

    rs

    Eggs hatched/female

    4.0

    228.3

    40.8

    177.7,0

    0,0

    50,0

    100,0

    150,0

    200,0

    250,0

    E. ca

    maldu

    lensis

    E. gra

    ndis

    ‘urog

    randis

    ’ VR3

    748

    ‘urog

    randis

    ’ H13

    E. uro

    phylla

    Nu

    mb

    er

  • Podisus nigrispinus

    Outros inimigos naturais: percevejo predador

  • Bioensaio com novas variedades de B. thuringiensis

    para controle de coleopteros

    Resultado preliminar: cepas padrão com perfil tóxico para

    coleópteros

    - B. thuringiensis var. tenebrionis (Btt) : 100% de

    mortalidade*

    - B. thuringiensis var. morrisoni : 50% de mortalidade*

    - B. thuringiensis var. san diego : 30% de mortalidade*

    *avaliação após 7 dias de exposição das larvas as folhas tratadas com uma

    suspensão de esporos/cristais na concentração 3 x 108 esporos/ml

  • B. thuringiensis X Gonipterus

    TestemunhaFolhas pulverizadas com Bt. var. kusrtaki HD1 (Btk)**ingrediente ativo do DIPEL®

    Tratamento 1Folhas pulverizadas com Bt. var. tenebrionis (Btt)

  • • Anaphes : novas

    espécies

    • Entedon magnificus

    (parasitoide)

    • B. bassiana (fungo)

    • B. thuringiensis

    (bactéria)

    • P. nigrispinus

    (predador)

    • Steinernema

    brasiliense

    (nematoide)

    • Beauveria bassiana

    (fungo)

    • Podisus nigrispinus

    (predador)

    • Clones resistentes

    Novas

    estratégias de

    controle

  • Agradecimentos

    •Empresas

    florestais

    • estudantes de

    graduacao e PG

    PROTEF unesp