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SAÚDE SUPLEMENTAR Ana Carolina Campos Economista Residente Gestão Hospitalar [email protected]

Apresentação do PowerPointºde... · 2018. 9. 13. · A celebração de contrato, conforme as normas de direito público, ... multiplicado por 1,5 conforme previsto na Resolução

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  • SAÚDE SUPLEMENTAR

    Ana Carolina Campos

    Economista Residente – Gestão Hospitalar

    [email protected]

    mailto:[email protected]

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO

    Inciso I do art. nº 199 da Constituição Federal

    Quando por insuficiência do setor público, for necessário a contratação de serviços privados,isso deve se dar sob três condições:

    ❖ A celebração de contrato, conforme as normas de direito público, ou seja, interesse públicoprevalecendo sobre o particular;

    ❖ A instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas doSUS. Prevalecem, assim, os princípios, como se o serviço privado fosse público, uma vezque, quando contratado, atua em nome deste;

    ❖ A integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica organizativa do SUS, emtermos de posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços. Dessa forma,em cada região, deverá estar claramente estabelecido, considerando-se os serviços públicose privados contratados, quem vai fazer o que, em que nível e em que lugar.

    Dentre os serviços privados, devem ter preferência os serviços sem fins lucrativos oufilantrópicos, para depois contratar o serviço privado de fato.

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    SETOR PÚBLICO

    SUS

    Universalidade, integralidade e equidade;

    Sem contribuição direta;

    Realiza campanhas educativas e de

    prevenção em saúde;

    Totalmente independente ao vínculo

    empregatício.

    SAÚDE COMPLEMENTAR

    Participação complementar das

    instituições privadas, através de contrato

    de direito público ou convênio.

    X

    SETOR PRIVADO

    SAÚDE SUPLEMENTAR

    Direito apenas aos contribuintes;

    Visa o lucro;

    Serviços disponibilizados de acordo com

    o valor pago;

    Valor pago depende da idade, doenças

    preexistentes e outros fatores;

    Sem vínculo ao fator prevenção.

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    O QUE VOCÊS ENTENDEM POR

    SAÚDE SUPLEMENTAR?

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    O sistema suplementar de saúde compreende os serviços prestados por seguradoras

    especializadas em seguros-saúde, empresas de medicina de grupo e odontologia de grupo,

    cooperativas (especializadas em planos médico-hospitalares e/ou odontológicos), entidades

    filantrópicas, companhias de autogestão e administradoras.

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    O sistema de saúde suplementar brasileiro desenvolveu-se a partir da previdência social.

    Planos de saúde comerciais, com clientelas abertas, surgiram como planos coletivos

    empresariais através da modalidade medicina de grupo no ABC paulista nos anos 1950.

    ➢ Década de 60 → Criada a primeira Unimed em Santos/SP.

    ➢ 1964 → Volkswagen dispensa o IAP de prestar assistência a seus trabalhadores e surge o

    primeiro convênio-empresa;

    ➢ Década de 70 → Consolidação de um complexo médico-hospitalar.

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    No final da década de 80, houve a expansão e a intensificação da comercialização de planos

    de saúde com a adesão de novos grupos de trabalhadores, incluindo os funcionários públicos e

    a entrada de grandes empresas seguradoras no mercado de saúde suplementar.

    Esta expansão foi, ao longo do tempo, impulsionada pela situação de baixa capacidade

    resolutiva dos serviços públicos de saúde e também pela hegemonia do modelo vigente no

    país, centrado na doença e focado na assistência médico-hospitalar especializada.

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    BREVE HISTÓRICO

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    O governo Fernando Henrique Cardoso inicia um novo modelo da administração, a chamada

    “agencificação”. Pois, para a reforma do Estado, proposta por seu governo está foi a maneira

    encontrada para normatizar, organizar, acompanhar, e fiscalizar o setor regulado, que estava

    em franco crescimento com a agenda privatista proposta na década de 90.

    Segundo o Programa Gestão Pública Empreendedora do Ministério do Planejamento,

    Orçamento e Gestão, as agências reguladoras são autarquias de regime especial, com

    personalidade jurídica de direito público, imbuídas de regular, fiscalizar e normatizar o domínio

    econômico, nos serviços públicos delegados. O objetivo final é fortalecer a competição no setor

    privado da economia, de forma a buscar o equilíbrio entre o Estado, usuários e delegatários.

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    Dois papéis principais para as agências reguladoras no contexto brasileiro são: minimizar a

    incerteza regulatória, que pode reduzir a confiança do investidor e projetar-se como um

    administrador imparcial e autônomo dos agentes do mercado.

    As agências reguladoras no Brasil têm suas decisões controladas pelo Poder Judiciário e certa

    subordinação ao Poder Legislativo e Poder Executivo. Além disso, cada Agência possui uma lei

    de criação.

    A Regulação, enfim, pode ser entendida como o conjunto de medidas e ações de

    normatização, controle e fiscalização do Estado perante os mercados privados, de forma a

    alcançar vantagens (política, técnica e fiscal).

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    AGÊNCIAS REGULADORAS FEDERAIS

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    Saúde

    Ministério da Saúde

    Operadoras de Saúde

    Prestadores de Serviço

    BeneficiáriosFornecedores

    ANS

    ANVISA

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    Saúde Suplementar

    Operadoras de Saúde

    Prestadores de Serviço

    Beneficiários

    ANS

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    Beneficiários

    Refere-se aos indivíduos com vínculo a planos de saúde, podendo existir mais de um vínculo

    para um mesmo indivíduo, ou seja, uma pessoa física pode estar vinculada a mais de um plano

    de saúde.

    Operadoras

    Pessoa jurídica constituída sob a modalidade empresarial, associação, fundação, cooperativa,

    ou entidade de autogestão, obrigatoriamente registrada na Agência Nacional de Saúde

    Suplementar (ANS), que opera ou comercializa planos privados de assistência à saúde.

    Prestadores de serviço

    Médicos, laboratórios, clinicas, hospitais, etc... que vendem serviços como consultas, exames,

    internações, cirurgias, tratamentos, entre outros, as operadoras.

  • Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS

    A ANS surgiu pela Lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000, como instância reguladora

    responsável pelo setor de planos de saúde no Brasil, vinculada ao Ministério da Saúde. Tem

    por finalidade promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde,

    regulando as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com prestadores e

    consumidores, contribuindo para o desenvolvimento das ações de saúde no País.

    A implementação da ANS veio acompanhada de um conjunto de políticas formuladas

    estrategicamente para corrigir as chamadas imperfeições do mercado, intervindo

    normativamente na cultura empresarial do setor, especialmente quanto ao acesso às garantias

    assistenciais e financeiras.

    Tanto o papel da ANS quanto propriamente o processo de regulação, dentro desse contexto

    histórico, se fortaleceram a partir do enfrentamento dessas distorções herdadas do período

    anterior às normas regulatórias. Eram comuns as práticas de negativa de atendimento,

    exclusão de doenças, seleção de clientela, rescisão unilateral de contratos, restrições de

    coberturas, reajustes sem controle

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    A ANS regula o setor de saúde suplementar:

    Controlando a entrada e a saída das empresas.

    Apesar de não emitir concessões, ela “autoriza,

    ou não, o funcionamento das mesmas”

    Cobrando o cumprimento dos contratos, isto é,

    o cumprimento da Lei, na prestação dos

    serviços pelas operadoras de planos de saúde

    e fiscalizando as operadoras, ativamente e

    reativamente

    Exigindo garantias financeirasRegulando os aspectos fortemente vinculados

    à assistência

    Intervindo no mercado, caso haja desequilíbrio

    econômico ou assistencial (prestação de

    serviços)

    Induzindo a competitividade

    Garantindo a prestação dos serviços aos

    beneficiários, caso as operadoras saiam do

    mercado

    Exigindo que o setor informe dados dos

    beneficiários, econômico financeiro,

    epidemiológicos e assistenciais

    Não regulando preços, só controlando parte

    dos reajustes

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    Formas de regulação da ANS:

    ❖ Regulação Consumerista – são ações regulatórias baseadas na relação de consumo e no

    Código de Defesa do Consumidor - CDC, Lei Nº 8.078/90.

    ❖ Regulação Assistencial – são ações regulatórias que influenciam e definem o modelo

    assistencial da atenção à saúde prestada.

    ❖ Regulação da Qualidade – regulação baseada na análise dos indicadores da operadora e

    implementada através do Programa de Qualificação da Saúde Suplementar.

    ❖ Regulação Administrativa;

    ❖ Regulação Econômica – limitando a liberdade das operadoras em estabelecer preços;

    ❖ Regulação Social.

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    RESSARCIMENTO AO SUS

    O ressarcimento ao SUS, regulamentado pelas normas da ANS, é a obrigação legal das operadoras de

    planos privados de assistência à saúde de restituir as despesas do Sistema Único de Saúde no eventual

    atendimento de seus beneficiários que estejam cobertos por planos e seguros de saúde.

    Esse é identificado como o ponto mais precário de interlocução entre a ANS e o SUS.

    Os pagamentos efetuados para a ANS são repassados ao Fundo Nacional de Saúde (FNS).

    Para que isso seja feito, a ANS identifica o paciente atendido pelo sistema público e cruza as informações

    desse paciente com seus banco de dados, cujo cadastro de usuários é abastecido pelos planos de saúde.

    A partir da identificação de um usuário com plano de saúde que tenha sido atendido no SUS, a ANS

    notifica a operadora sobre os valores que devem ser ressarcidos e dá início a um processo administrativo

    em que a operadora poderá apresentar defesa e contestar a cobrança.

    O valor a ser restituído pela operadora de plano de saúde e definido de acordo com a tabela SUS,

    multiplicado por 1,5 conforme previsto na Resolução Normativa no 251 de 2011 da ANS, de forma a

    abranger os custos indiretos do atendimento.

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    Taxa de Cobertura de Planos de Saúde – Assistência médica (Jun/2018)

    Fonte: ANS TabNet

    10,6 12,2

    35,325,1 21,2 24,4

    89,4 87,8

    64,774,9 78,8 75,6

    Norte Nordeste Sudeste Sul Centro Oeste Brasil

    Taxa de Cobertura de Planos de Saúde População sem Cobertura

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    Características dos Planos de Saúde

    ❖Tipos de planos;

    ❖Tipos de contratação;

    ❖Tipos de segmentação assistencial;

    ❖Tipos de abrangência geografia.

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    TIPOS DE PLANOS

    Novo

    Plano contratado a partir de 02 de

    janeiro de 1999, regulamentado pela

    Lei 9.656/98.

    Antigo

    Plano contratado antes de 02 de

    janeiro de 1999, não regulamentado pela Lei 9.656/98.

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    TIPOS DE CONTRATAÇÃO

    Individual

    Familiar

    Pessoa Física

    Vínculo familiar

    Coletivo por Adesão

    Pessoa Jurídica

    Vínculo Associativo

    ou de Classe

    Coletivo Empresarial

    Pessoa Jurídica

    Vínculo Empregatício

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    TIPOS DE SEGMENTAÇÃO ASSISTENCIAL

    Ambulatorial

    Consultas

    Exames

    Hospitalar com

    obstetrícia

    Urgência, Emergência

    e Internações

    Partos

    Hospitalar sem

    obstetrícia

    Urgência, Emergência

    e Internações

    Sem partos

    Odontológico

    Odontologia

    Acomodação

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    TIPOS DE ABRANGÊNCIA GEOGRFICA

    Grupo de municípios

    Em mais de um e até

    50%

    dos municípios do estado.

    Municipal

    Em um município.

    Grupo de estados

    Em todos os

    municípios

    dos estados

    que

    compõem o

    grupo,

    formado por

    pelo menos

    duas

    Unidades da

    Federação.

    Estadual

    Em todos

    os municípios do estado.

    Nacional

    Em todo o território nacional.

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    Quando contratado, as operadoras devem informar aos beneficiários alguns itens como:

    ❖ Condições de admissão;

    ❖ início da vigência,

    ❖ período de carência;

    ❖ faixa etária;

    ❖ eventos cobertos (rol de procedimentos)

    ❖ tipo de contratação;

    ❖ a franquia (coparticipação);

    ❖ critérios de reajustes;

    ❖ área geográfica de abrangência;

    ❖ entre outros.

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    CLASSIFICAÇÃO DAS OPERADORAS

    Administradora de benefícios;

    Cooperativa médica;

    Cooperativa odontológica;

    Autogestão

    Filantropia;

    Medicina de grupo;

    Odontologia de grupo;

    Seguradora especializada em saúde.

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    Administradora de Benefícios: Regulamentada pela Resolução Normativa nº 196/2009.

    Art. 8 – “A Administradora de Benefícios não poderá ter rede própria, credenciada ou

    referenciada de serviços médico-hospitalares ou odontológicos, para oferecer aos beneficiários

    da pessoa jurídica contratante”.

    Cooperativa médica ou odontológica: Regulamentada pela Lei nº 5.764/71 (Lei das

    cooperativas)

    É uma sociedade sem fins lucrativos, formada pela associação autônoma de pelo menos 20

    pessoas. Essas operadoras podem comercializar planos para pessoas físicas ou jurídicas,

    constituir uma rede de serviços própria ou contratar terceiros. A cooperativa odontológica

    comercializa planos exclusivamente odontológicos.

    Autogestão: Uma entidade que opera serviços de assistência à saúde ou empresa que se

    responsabiliza pelo plano privado de assistência à saúde destinado, exclusivamente, a oferecer

    cobertura aos empregados de uma empresa, categoria, aposentados...

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    Concessão de registro e certificado de entidade de fins filantrópicos

    RESOLUÇÃO MPAS/CNAS Nº 31, DE 24 DE FEVEREIRO DE 1999 - DOU DE 26/02/1999

    http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/72/MPAS-CNAS/1999/31.htm

    http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/72/MPAS-CNAS/1999/31.htm

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    Filantropia: Modalidade na qual é classificada a operadora que se constitui em entidade sem

    fins lucrativos (via certificado junto ao Conselho Nacional da Assistência Social - CNAS) que

    opera planos de saúde.

    Seguradora: Empresa com fins lucrativos que comercializa seguros de saúde e oferece,

    obrigatoriamente, reembolso das despesas médico-hospitalares ou odontológicos, ou que

    comercializa ou opera seguro que preveja a garantia de assistência à saúde.

    Medicina ou odontologia de grupo: Modalidade na qual é classificada uma operadora que se

    constitui em sociedade que comercializa ou opera planos de saúde ou odontológicos,

    excetuando-se as classificadas nas modalidades: administradora, cooperativa médica,

    autogestão, filantropia e seguradora.

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    Análise de Planos de Saúde.

    Site ANS: http://www.ans.gov.br/planos-de-saude-e-operadoras/informacoes-e-avaliacoes-de-

    operadoras

    http://www.ans.gov.br/perfil-do-setor/dados-e-indicadores-do-setor

    http://www.ans.gov.br/perfil-do-setor/dados-e-indicadores-do-setor/sala-de-situacao

    Registros da ANS:

    UNIMED JF – 306886

    SANTA CASA – 342807

    SABIN SINAI - 414905

    http://www.ans.gov.br/planos-de-saude-e-operadoras/informacoes-e-avaliacoes-de-operadorashttp://www.ans.gov.br/perfil-do-setor/dados-e-indicadores-do-setorhttp://www.ans.gov.br/perfil-do-setor/dados-e-indicadores-do-setor/sala-de-situacao

  • ECONOMIA E GESTÃO DA SAÚDE

    REFERÊNCIAS

    CONASS – Saúde Suplementar. Bsb, CONASS, 2007 (vol 11).

    SANTOS, F. P. Saúde Suplementar – Impactos e desafios da regulação.

    Links Acessados:

    http://www.ans.gov.br/

    http://www.ans.gov.br/