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"Génesis“

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"Génesis“

Sebastião Salgado

carta de amor ao planeta Terra

Sebastião Salgado

carta de amor ao planeta Terra

Uma carta de amor ao nosso planeta, "escrita" não com as letras do alfabeto mas com as imagens: eis as novas fotografias de Sebastião Salgado, reveladas num preto e

branco de tons acentuados, que mostram a beleza da Terra no seu esplendor

primordial.

É desta forma que o jornal do Vaticano, "L'Osservatore Romano", qualifica as

imagens do fotógrafo brasileiro patentes na exposição "Genesis"

[Génesis], que Roma acolhe em estreia mundial, juntamente com o Rio de

Janeiro, Londres e Toronto.

«Mas mais ainda, [as fotografias] são um gesto de confiança no planeta e no homem», apesar dos estragos e abusos «indiscriminados» que, progressivamente, ameaçam «habitats naturais inteiros, colocando em risco espécies animais e vegetais». Gaetano Vallini, que assina a peça publicada na edição de 10 de junho do jornal, considera que exposição revela «um ato de amor e um olhar de esperança no futuro que o grande fotógrafo documentarista brasileiro quis significativamente intitular "Génesis"».

O trabalho de Salgado (n. 1944), desenvolvido

durante nove anos, foi dividido em trinta

reportagens, e é acompanhado pelo livro

"Genesis", editado pela Taschen.

O fotógrafo, «com o seu olhar decididamente

otimista», mostra a Terra «como era e como de

facto ainda é em muitas áreas vastas», um

planeta «a contemplar, conhecer e preservar».

Na inauguração, Sebastião Salgado frisou a necessidade

de se assumirem «novos comportamentos mais

respeitosos pela natureza», para que o «desenvolvimento

não seja sinónimo de destruição», refere o L'Osservatore

Romano.

A mostra, com curadoria de Lélia Wanick Salgado, divide-

se em cinco secções: Planeta Sul, Santuários da

Natureza, África, o Grande Norte, Amazónia e Pantanal.

«Das florestas tropicais da Amazónia, do Congo, da Indonésia e da Nova

Guiné aos glaciares da Antártica, da taiga do Alasca aos desertos da

América e da África, até chegar às montanhas da América, do Chile e da

Sibéria, "Génesis" é uma viagem fascinante e poética.»

Salgado viveu nas Galápagos, entre tartarugas gigantes, iguanas e leões

marinhos, e acompanhou as migrações anuais dos animais selvagens que atravessam o Quénia e a Tanzânia.

Para documentar a vida de populações indígenas, habitou vários meses junto dos índios Yanomani e Caiapó, da Amazónia, dos pigmeus das florestas equatoriais do Congo, dos bosquímanos do deserto do Kalahari, na África do Sul, e de tribos do

deserto da Namíbia e das florestas da Nova Guiné, mostrando como vivem em

total harmonia com meio ambiente.

«Génesis é a procura do mundo das origens, como tomou forma, evoluiu e existiu durante milénios, antes que

a vida moderna acelerasse os seus ritmos e começasse a distanciar-se

da essência da nossa natureza.

É uma viagem através de paisagens

terrestres e marítimas, à descoberta de populações e animais que escapam ao abraço do mundo contemporâneo. A

prova que o nosso planeta inclui ainda vastas regiões remotas, onde a natureza

reina no silêncio da sua magnificência imaculada», afirmou a curadora.

O casal Salgado criou o Instituto Terra na cidade de Aimorés, no estado brasileiro de Minas Gerais, que em pouco mais de uma

década recuperou cerca de sete mil hectares de terrenos degradados.

Sebastião Salgado estudou economia em São

Paulo, antes de ir trabalhar para a Organização Internacional do Café, em

Londres. A carreira fotográfica começou em Paris, no ano de 1973, primeiro como freelancer e, depois, para as agências

fotográficas Sygma, Gamma e Magnum.

Entre 1986 e 2001 dedicou-se

especialmente a dois projetos: descrever a

mão-de-obra industrial e documentar as

migrações, obras que retratam a brutalidade

e a violência entre seres humanos.

"Génesis" muda de perspetiva ao deixar o

sentimento de pessimismo despertado

pelos trabalhos anteriores, oferecendo

agora mais positividade e admiração.

L'Osservatore Romano, com SNPC Fotografias: © Sebastião Salgado © SNPC | 10.06.13

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