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ENERGIA SOLAR FOTOVOLTÁICA Entenda melhor sobre o setor que mais cresce no BRASIL

Apresentação do PowerPoint - Energia Leve · 1.6 Radiação direta e difusa 1.7 Definição do ângulo 1.8 A Eclíptica e as Estações do Ano 2.0 Instalação de painéis fotovoltaicos

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ENERGIA SOLAR

FOTOVOLTÁICA

Entenda melhor sobre o setor

que mais cresce no BRASIL

ENERGIA LEVE

www.energialeve.com [email protected] Rua Treze de Maio, 336/64Curitiba-PR41 3030 2828

ÍNDICE

1.0 Sistemas e aplicações fotovoltaicos1.1 Panorama geral1.2 Sistemas autônomos

1.2.1 Painel fotovoltaico – PF (Painel Solar)1.2.2 Baterias1.2.3 Controladores de carga1.2.4 Inversores1.2.5 Exemplos

1.3 Sistemas ligados à rede1.3.1 Painel fotovoltaico – PF (Painel Solar)1.3.2 Estrutura de fixação1.3.3 Cabos AC-DC1.3.4 Mecanismos de proteção e relógios medidores

1.4 O Sol como fonte de energia1.5 Distribuição da radiação solar1.6 Radiação direta e difusa1.7 Definição do ângulo1.8 A Eclíptica e as Estações do Ano

2.0 Instalação de painéis fotovoltaicos2.1 Certifique-se de que você tem área suficiente2.2 Os melhores tipos de cobertura para sistema fotovoltaico2.3 Posição das placas no telhado2.4 Layout do sistema fotovoltaico - tamanho dos painéis2.5 Certifique-se que a estrutura de cobertura suporta as cargas2.6 O local onde o inversor será instalado2.7 Eletrodutos e conexão com os painéis solares2.8 Aterramento do sistema fotovoltaico

3.0 Referências Bibliográficas

4466911151619191919202123242425

262628293031313434

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1. Sistemas e aplicações fotovoltaicas

1.1 Panorama geral

Os sistemas fotovoltaicos podem ser

divididos em sistemas ligados à rede e em sistemas

autônomos. A algum tempo atrás no Brasil a

energia solar fotovoltaica era empregada

exclusivamente em sistemas autônomos, ou seja,

não conectados à rede, e estes sistemas eram bem

pequenos, somente em locais de difícil acesso ou

aonde a distribuição de energia elétrica não é viável

economicamente, para este tipo de Sistema o

aproveitamento da energia solar precisa de ser

ajustado à procura energética.

Uma vez que a energia produzida não

corresponde (na maior parte das vezes) à procura

pontual de energia de um consumidor, torna-se

obrigatório considerar um sistema de

armazenamento (baterias) e meios de apoio

complementares de produção de energia (sistemas

híbridos).

Através do programa Luz para todos do

governo federal criado em 2003, muitas residências

passaram a ser atendias por eletricidade vinda de

sistemas fotovoltaicos.

O sistema autônomo de energia solar

fotovoltaica é uma grande alternativa para locais

aonde não temos rede elétrica, porém a melhor

maneira de utilizar essa fonte é utilizá-la em

sistemas conectados a rede, a rede pública de

distribuição de eletricidade opera como um

acumulador de energia elétrica.

A maioria dos sistemas fotovoltaicos

encontram-se ligados à rede, esse padrão se repete

em países onde a energia solar está bem

desenvolvida. Nestes sistemas, a totalidade da

energia produzida é injetada na rede pública de

distribuição de energia elétrica, gerando créditos

que abatem o valor dos custos pagos a

concessionária local. Ainda no caso do Brasil, há

previsões no sentido de que, no ano 2050, os

sistemas fotovoltaicos possam ser responsáveis por

uma fatia significativa da energia elétrica fornecida.

Figura 1 - a) Sistema conectado à rede b) Sistema isolado da rede, utilizando banco de baterias.

Nos próximos anos, está previsto que os

sistemas fotovoltaicos sejam progressivamente

instalados no Brasil, as projeções da EPE

(Empresa de Pesquisas

energéticas, vinculada ao Ministério de Minas e

energias do Brasil) mostram um crescimento

exponencial, através da possibilidade de

financiamentos pelo Finame (program de

financiamento de máquinas e equipamentos de

BNDES, juntamente com outrso incentivos para a

instalação de industrias sem setores estratégicos,

atraindo assim a atenção de grandes fabricantes

de elementos do Sistema para o Brasil.

Paralelamente, os sistemas autónomos

assumirão um papel de grande importância nos

países menos desenvolvidos.

A indústria fotovoltaica local poderá ter um

papel chave na crescente implementação deste

tipo de sistema, nas residências e comércios.

A quantidade de Energia que o sistema irá

produzir vai depender da insolação no local de

instalação, no caso do Brasil, a melhor região para

se instalar um sistema fotovoltaico é na região

Nordeste e Centro-Oeste qua são as regiões que

possuem maior potencial solar. Porém as outras

regiões do Brasil não ficam longe deste patamar,

pois também possuem valores consideráveis de

insolacão.

Para nível de comparação, atualmente a

Alemanha é o país que mais utiliza a Energia solar

no mundo, são aproximadamente 20GW de

capacidade instalada, e o local com mais irradiação

na Alemanha é cerca de 3500 Wh/m² por dia,

quantando o Brasil apresenta valores de insolação

diária entre 4500 Wh/m² e 6000 Wh/m².

1.2 Sistemas autônomos

Chamados também de sistemas isolados,

ou autônomos são empregados basicamente em

locais não atendidos por uma rede elétrica

(residências rurais, praia, camping, ilhas),

também podem ser encontrados em iluminação

pública, sinalização de estradas, sistemas de

telecomunicações, carregamento de baterias

para veículos elétricos, um sistema autônomo

típico consta dos seguintes componentes:

1. Painel fotovoltaico - PF (painel solar);

2. Estrutura de fixação;

3. Cabos elétricos;

4. Regulador de carga;

5. Acumulador;

6. Consumidor.

1.2.1 Painel fotovoltaico

Os módulos são encontrados em duas

categorias de acordo com a sua faixa de potência,

módulos de 36 células com potência de pico entre

130W e 140W, e módulos de 60 células com

potencias entre 240W e 250W. Os módulos de 36

células são indicados para os sistemas off-grid,

pois sua tensão é reduzida. Os módulos de 60

células são impróprios para aplicações em 12V e

são direcionados a sistemas conectados à rede.

Existem duas maneiras de se conectar as

placas fotovoltaicas: conexão em paralelo e em

série. Quando conectados em paralelos igual

ilustrado na figura 2, o número de módulos

depende da necessidade de energia dos

consumidores, já o em série ilustrado na figura 3 o

controlador de carga e as baterias devem ser

escolhidos de acordo com o nível de tensão

empregado.

Figura 2 – organização de um sistema autônomo conectado em paralelo. Figura 3 – organização de um sistema autônomo conectado em série.

É possível constituir sistemas fotovoltaicos

de grande porte com os esquemas apresentados

anteriormente, os controladores de carga são

encontrados no mercado com capacidade de

corrente até 60A e tensão 48V que permitem

constituir um sistema até de 4kW, para sistemas

maiores é necessário empregar bancos de

batérias maiores, e para gerencia-los é possível

empregar controladores que permitem operações

em paralelo, de modo que possa ser usados vários

controladores afim de proporcionar ao sistema

capacidade de gerenciar altas correntes.

Para calcularmos a energia trasmitida pelos

painéis precisamos primeiro conhecer o basico

sobre radiação solar. A energia solar é encontrada

na forma de insolação expressa em Wh/m^2/dia

encontrado em swera, é considerado quando

considera o uso de controladores de carga com

recurso do MPPT, no qual espera se extrair o

máximo possível de energia.

O dimensionamento de um sistema baseado

apenas na insolação média anual pode levar a

falhas do sistema por falta de energia no inverno e

excesso de energia no verão.

Existem vários métodos utilizáveis para se

calcular a energia produzida pelo módulo, um deles

é utilizando a média diária do mês que tem a pior

radiação no ano, considerando que este sistema

tenha MPPT, que consegue extrair o máximo

possível da energia dos painéis fotovoltaicos, segue

abaixo o método:

𝑬𝒑 = 𝑬𝒔 𝒙 𝑨𝒎 𝒙 𝝁𝒎

Onde

Es: Insolação diária;

Am: Área da superfície;

Nm: Eficiência do painel fotovoltaico.

1.2.2 Baterias

Além de armazenar energia necessária para

o sistema, na maioria dos sistemas fotovoltaicos

autônomos, a presença de uma bateria ou banco

de baterias, é necessário para estabilizar a tensão

fornecida ao equipamento ou ao inversor, uma vez

que a tensão de saída do módulo não é constante

e pode variar de acordo com diversos fatores.

As baterias podem ser

agrupadas, que chamamos de

banco de baterias, em série ou

paralelo, a conexão em série

nos permite a obtenção de

tensões maiores, pois é a soma

das tensões de cada bateria

mantendo a corrente de uma só

bateria para o conjunto todo,

normalmente as baterias do

mercado são 12V, 24V e 48V.

Por exemplo, um banco de 48V

100Ah, pode ser constituído por

uma bateria de 48V e 100Ah, ou

quatro de 12V e 100Ah ligadas

em série. Já na conexão em

paralelo nos permite a obtenção

de corrente maiores, pois a

tensão é a mesma de uma

bateria individual, e as correntes

somadas. Para aumentar

simultaneamente a tensão e a

capacidade de corrente e

armazenamento nos bancos,

pode-se realizar ao mesmo

tempo a conexão de baterias em

série e paralelo, primeiramente

agregando em série e

posteriormente acrescentando

conjuntos em paralelo.

Existem diversos tipos de

baterias a bateria de chumbo

ácido estacionária com eletrólito

líquido é a mais utilizada por se

tratar de um custo menor, ela

tem um aspecto semelhante a

uma bateria automotiva, porém

com algumas diferenças

importantes: as estacionárias

são projetadas para fornecer

correntes constantes por um

longo período de tempo,

podendo oferecer sobrecorrente

quando necessário, porém

também foi projetada para

fornecer correntes de valores

menores durante o uso, ela é

projetada para ser

descarregada até atingir uma

porcentagem menor de sua

carga sem se danificar

possuindo uma taxa de auto

descarga menor do que a de

uma bateria automotiva, sendo

assim preservada sua carga por

mais tempo quando não está

em uso. A estacionária tem mais

capacidade de reserva,

podendo suportar centenas de

ciclos de descarga e recarga.

Uma bateria muito utilizada

é a de chumbo ácido com

eletrólito em gel. É uma versão

melhorada da bateria anterior,

suas principais vantagens são a

maior vida útil com maiores ciclos

de carga, e a possibilidade de ser

utilizadas em locais pouco

ventilados, pois não libera gases

durante o funcionamento normal,

ela é equipada com um

dispositivo chamado de VRLA

(valve redulated lead acid), que é

uma válvula de permite a

liberação de gases na ocorrência

de sobrecargas. Esta bateria

requer um controlador de carga

adequado a suas características,

pois é altamente sensível a

sobrecarga.

Outras baterias que podem ser utilizadas:

Baterias de NiCd e NiMH: (Níquel-cadmio e

Níquel-metal-hidreto) são mais caras do que as

anteriores pois tem um baixo coeficiente de auto

descarga, suportam elevadas variações de

temperatura e permitem descargas mais

profundas, cerca de 90%, não são muito utilizadas

somente para uso muito especifico pois ela é

menor que as de chumbo com a mesma

capacidade.

A vida útil de uma bateria estacionária é

determinada pelo número de carga e descarga

que ela pode realizar, o número máximo de ciclos

depende da profundidade da descarga realizada,

assim como pelo seu envelhecimento relacionado

a temperatura de operação, nas de chumbo ácido

o fim da vida é quando a bateria está totalmente

carregada e pode armazenar apenas 80% da sua

capacidade normal.

1.2.3 Controladores de carga

Controlador de carga é o dispositivo que faz a

correta conexão entre o painel fotovoltaico e a

bateria, alguns controladores realizam o

carregamento respeitando seu perfil de carga, o

que tende a aumentar a vida útil.

Os mais sofisticados possuem ainda um recurso de

rastreamento do ponto de máxima potência do

módulo aumentando a eficiência.

Existem alguns tipos de

controladores que se encaixam a

cada tipo de cliente, são eles:

Convencionais: de baixo custo,

tem duas funções (desconectar o

módulo quando bateria está

carregada e desconectar o

consumidor quando a bateria

atinge nível muito baixo). Chave

serie: Dentro do controlador

existem duas chaves eletrônicas,

essas chaves são abertas ou

fechadas de acordo com o estado

de carga da bateria. Quando está

operando normalmente, a chave 1

fica fechada, permitindo corrente

para o consumidor e a bateria,

quando a tensão máxima da carga

da bateria está completa a chave

1 é aberta para evitar sobrecarga.

A chave 2 serve para interromper

o fornecimento de energia para o

consumidor quando a tensão da

bateria cai à um nível crítico.

O controlador de carga tem

diversas funções como proteger o

sistema de sobrecarga, proteger

de descarga excessive e gerenciar

a carga da bateria, além de ter

algumas facilidades como estágio

de carregamento pesado, estágio

de absorção (carregamento lento

até 100%) e estágio de flutuação

(mantem carregada).

Modo de utilização do módulo: O

modulo fotovoltaico nunca deve

ser conectado diretamente a

bateria, utilizando o controlador de

carga entre eles, os controladores

são encontrados no mercado com

capacidade de 10A a 60A, em

alguns sistemas pode ser

necessário obter correntes

maiores, nesse caso é possível

utilizar controladores de carga

idênticos ligados em paralelo.

Figura 4 – Estrutura de um controlador de carga com chave série. Chave paralela: Semelhante ao anterior,

porem faz a conexão com o módulo, quando

fechada a 1 desvia toda a corrente e cessa o

fornecimento. No sistema é interrompido quando

a chave 1 está fechada, mas continua circulando

pelo módulo em cc se houver radiação.

Figura 5 – Estrutura de um controlador de carga com chave paralelo.

Controlador PWM: ao invés de reles tem

transistores e circuitos eletrônicos que fazem o

controle preciso das correntes de carga das

baterias, são capazes de realizar o carregamento

através de algoritmos passando por carga pesada

absorção e flutuação.

PWM e MPPT: Os controladores MPPT

(Maximum Power Point Tracking) são os mais

sofisticados e caros do mercado, além de ter

circuito PWM que possibilita otimizar o processo de

carregamento, ainda possui MPPT que faz o

módulo fotovoltaico sempre operar em seu ponto

de máxima potência qualquer seja sua radiação

solar.

1.2.4 Inversores

Princípio de funcionamento: São quatro

transistores que são abertos ou fechados para

transferir tensão e corrente da fonte continua para

os terminais de saída do inversor, são chaves

eletrônicas que interrompem ou permitem a

circulação de corrente de acordo com seu estado

de ligado ou desligado. Acionando alternadamente

os transistores das diagonais com frequência fixa,

obtém-se uma onda quadrada de tensão alternada.

Existem alguns tipos de inversores com

características diferentes, são eles: Onda quadrada

e senoidal modificada: Produzem tensões de

saídas com formato de ondas semiquadradas,

possuem menos distorção harmônicas que as

totalmente quadradas, baixo custo, destinado a

alimentação de eletrodomésticos, lâmpadas,

aparelhos eletrônicos não sensíveis a distorção.

PWM de onda senoidal pura: produzem

tensões de formato de ondas senoidais quase

perfeitas, ideal para alimentar todos os tipos de

consumidores, produz uma sequência de ondas

quadradas de alta frequência, introduzido um filtro

de alta frequência da saída do inversor possibilita a

obtenção de uma tensão de onda senoidal pura

com baixa distorção.

Interativos com rede: Em caso de falha da

rede o inversor alimenta os consumidores através

da bateria.

Figura 7 – Funcionamento de transistores

1.2.5 Exemplos

Figura 8 – Relógio painelfotovoltaico no fundo.

Figura 9 – Calculadora com carregador fotovoltaico.

Figura 10 – Carregador fotovoltaico para celular.

Figura 11 – Painéis instalados em local com pouca radiação.

Figura 12 – Iluminaçãopública com painéis.

Figura 13 – Avião não tripulado com funcionamento através de painéis.

Figura 14 – Carregador de celular

Figura 15 – Carro com painéis fixos no teto, utilizados para carregar as baterias do veículo.

Figura 16 – Imobiliáriourbano com painéis.

1.3 Sistemas ligados à rede

Um sistema fotovoltaico com ligação à rede

opera em parelelo com a rede elétrica, diferente do

sistema autônomo, este sistema é instalado em

locais que já tem acesso a rede. O objetivo deste

sistema é gerar energia elétrica para consume no

local, assim abatendo o custo energético vindo da

concessionária.

O sistema conectado a rede é composto,

normalmente, pelos seguintes componentes:

1. Painel fotovoltaico – PF;

2. Estrutura de fixação;

3. Cabos AC-DC;

4. Inversor;

5. Mecanismo de proteção e relógio medidor de

consumo e geração.

1.3.1 Painel fotovoltaico

O painel fotovoltaico para sistemas ligados à rede

tem o funcionamento idêntico ao funcionamento de

um sistema antônomo explicitado na página 5. A

única váriavel para o sistema ligados a rede, seria

que painéis de 60 células são mais apropriados para

este tipo de sistema.

1.3.2 Estrutura de fixação

As estruturas de fixação são aqueles itens

instalados para dar sustentação as placas, além de

fazer o agrupamento dos módulos do painel solar,

interligando-os de forma simples. Há diversos tipos

de estruturas, pois elas dependem de algumas

variáveis, como modelo, inclinação, local da

instalação e material do qual o painel é formado.

Materiais: Geralmente são de estruturas

metálicas (alumínio ou aço inox).

Modelos: Estrutura metálica com inclinação

fixa, estrutura metálica com Angulo de inclinação

ajustável, Sistema trackers (sistema automático

que segue o sol, para melhor rendimento).

1.3.3 Cabos AC-DC

Cabo AC: Cabo que realiza a ligação entre o

inversor à rede receptora, acompanhado por um

sistema de proteção.

Cabo DC: Cabo que realiza a ligação entre o

gerador e o inversor, também com sistemas de

proteção.

Os condutores elétricos, fios ou cabos,

devem ser feitos de cobre, com isolamento

termoplástico.

1.3.4 Mecanismos de proteção e relógios

medidores

Assim como qualquer instalação elétrica, a

instalação de um sistema fotovoltaico também

necessita de proteções como disjuntores, fusíveis e

dispositivos contra surtos. Estes mecanismos

devem ser dimensionados pelo projetista do

sistema, sempre levando em conta valores do

sistema (tensão, corrente, potência). Lembrando

que é de suma importância a instalação de

proteções condizentes ao tipo de instalação

adequado.

Quanto aos relógios medidores, ficam de

responsabilidade da concessionária em vigor na

localidade da instalação, sendo que o relógio

medidor deve ser bidirecional para haver a

compensação no gasto de energia, este medidor

bidirecional funciona com compensação de

créditos, o sistema produz energia que é devolvida

para a rede que é abatido no valor que está sendo

conumido da concessionária.

O local preferencial para a instalação fotovoltaica, é

nos telhados de residências. Posteriormente, a

integração dos sistemas fotovoltaicos em diferentes

tipos de prédios (apartamentos, escolas, centros

comerciais), estão ganhando um espaço cada vez

maior.

.

Figura 17: Sistema fotovoltaico conectado a rede

Um outro tipo de projeto, também em franca

expansão, são os grandes projetos fotovoltaicos

que são construídos na superfície do solo,

formando grandes centrais fotovoltaicas ligadas à

rede. Essas usinas de painéis fotovoltaicos têm

sido promovidas por iniciativas públicas,

majoritariamente

O projeto de Ituverava, cujas obras começaram em

dezembro de 2015, será instalado no Estado da

Bahia e terá capacidade de 254 MW, com

produção anual de energia estimada em 500 GWh.

A previsão é que o parque solar entre em

funcionamento em meados de 2017.

1.4 O Sol como fonte de energia

O Sol fornece energia na forma de

radiação, que é a base de toda a vida na Terra.

No centro do Sol, a fusão transforma núcleos de

hidrogénio em núcleos de hélio. Durante este

processo, parte da massa é transformada em

energia. O Sol é assim um enorme reator de

fusão. Devido à grande distância existente entre

o Sol e a Terra, apenas uma mínima parte

(aproximadamente duas partes por milhão) da

radiação solar emitida atinge a superfície da

Terra. Esta radiação corresponde a uma

quantidade de energia de 1x1018 KWh/ano. A

Figura 17 relaciona esta quantidade de energia,

com o consumo anual de energia no mundo e

com os recursos das energias de origem fóssil e

nuclear.

Os tipos de energia predominantemente

utilizados na era industrial são limitados. De

acordo com a evolução da exploração das

reservas de petróleo e de gás, é previsto que as

reservas se esgotem nas três primeiras décadas

do nosso século. Mesmo no caso de serem

descobertos novos depósitos, apenas se

prolongará a dependência da energia fóssil por

mais algumas décadas.

Figura 18 - Conteúdo energético da radiação solar na

superfície terrestre, em contraste com o consumo

mundial de energia e com as reservas dos

recursos de energia fóssil e nuclear. – Imagem:

portalsolar.com

A quantidade de energia solar que atinge a

superfície da Terra corresponde, aproximadamente,

a dez mil vezes à procura global de energia. Assim,

teríamos de utilizar apenas 0,01% desta energia

para satisfazer a procura energética total da

humanidade

1.5 Distribuição da radiação solar

Apenas uma parte da quantidade total da

radiação solar atinge a superfície terrestre. A

atmosfera reduz a radiação solar através da

reflexão, absorção (ozono, vapor de água,

oxigénio, dióxido de carbono) e dispersão

(partículas de pó, poluição). O nível de irradiância

na Terra atinge um total aproximado de 1.000

W/m² ao meio- dia, em boas condições

climatéricas, independentemente da localização.

Ao adicionar a quantidade total da radiação solar

que incide na superfície terrestre durante o

período de um ano, obtém-se a irradiação global

anual, medida em kWh/m2. Este parâmetro varia

de um modo significativo com as regiões, como

se pode observar na Figura 18.

Figura 19 - Distribuição da irradiação solar em Wh/m2 –

Fonte: Solargis.

A irradiação solar, em algumas regiões

situadas perto do Equador, excede 2.300 kWh/m2

por ano, enquanto que no sul da Europa não

deverá exceder os 1.900 kWh/m2. Em Portugal,

este valor poderá situar-se entre os 1.300

kWh/m2 e os 1.800 kWh/m2. São notáveis as

diferenças sazonais existentes por toda a Europa,

quando se observa a relação entre a radiação

solar para os períodos de Verão e de Inverno.

No Brasil esse valor varia de 1.650

kWh/m2 à 2.400 kWh/m2. Em todas as regiões é

viável a instalação de painéis fotovoltaicos, o que

vai variar é o tempo para obter o retorno.

1.6 Radiação direta e difusa

A luz solar que atinge a superfície

terrestre, é composta por uma fração direta e por

uma fração difusa. A radiação direta vem

segundo a direção do sol, produzindo sombras

bem definidas em qualquer objeto. Por outro lado,

radiação difusa alcança a superfície da Terra a

partir de todas as direções, após ter sido

dispersada pelas moléculas e partículas

presentes na atmosfera. A radiação difusa pode

ser interpretada como a claridade do céu quando

o sol está totalmente encoberto por nuvens. A

qual também gera eletricidade atraves dos

paineis fotovoltáicos.

Figura 20 - Luz solar no seu percurso

através da atmosfera

1.7 Definição do ângulo

O conhecimento exato da localização do

Sol, é necessário para determinar os dados de

radiação e a energia produzida pelas instalações

solares. A localização do Sol pode ser definida

em qualquer local, pela sua altura e pelo seu

azimute. No campo da energia solar, o Norte é

referido geralmente como α= 0°. O símbolo

negativo é atribuído aos ângulos orientados aLeste (Leste: α = - 90°) e o símbolo positivo aos

ângulos orientados a Oeste (Oeste: α = 90°).

Figura 21 – Trajetória do sol

O movimento do Sol para um observador

em repouso na superfície da Terra - isto é,

tomando-se como referencial um sistema fixo na

superfície da Terra - é conhecido com bastante

detalhes desde a Antiguidade. Esse movimento

depende da latitude na qual o observador se

encontra. A latitude é a distância angular que

separa um ponto da superfície da Terra do plano

equatorial terrestre.

Para uma determinada latitude, esse

movimento varia ao longo do ano. É fácil

observarmos algumas características desta

variação:

•No hemisfério Sul, as sombras sempre

apontam para o Sul e no hemisfério Norte

sempre apontam para o Norte;•As sombras ao meio-dia, durante o Inverno,

são muito mais longas do que no Verão;

•No Inverno o Sol permanece visível no céu

durante um tempo menor do que no Verão;•As posições do nascente e do poente se

encontram mais ao Norte no Inverno do que

no Verão.

1.8 A Eclíptica e as Estações do Ano

Devido ao movimento de translação da

Terra em torno do Sol, o Sol aparentemente se

move entre as estrelas, ao longo do ano,

descrevendo uma trajetória na esfera celeste

chamada Eclíptica. A Eclíptica é um círculo

máximo que tem

uma inclinação de 23 graus e 27 minutos em

relação ao Equador Celeste. É esta inclinação

que causa as Estações do ano.

Embora a órbita da Terra em torno do Sol

seja uma elipse, e não um círculo, a distância da

Terra ao Sol varia somente 3%, sendo que a

Terra está mais próxima do Sol em janeiro. Mas é

fácil lembrar que o hemisfério norte da Terra

também está mais próximo do Sol em janeiro e é

inverno lá.

A causa das estações é a inclinação do

eixo de rotação da Terra com relação à sua

órbita. Este ângulo, chamado de obliquidade

(inclinação da órbita da Terra em torno do Sol,

eclíptica, em relação ao equador da Terra), é de23° 27'. Devido a esta inclinação, à medida que a

Terra orbita em torno do Sol, os raios solares

incidem mais diretamente sobre um dos

hemisférios, proporcionando mais horas com luz

durante o dia sobre este hemisfério e, portanto,

aquecendo-o mais.

No Equador todas as estações são muito

parecidas: todos os dias do ano o Sol fica 12

horas acima do horizonte e 12 horas abaixo do

horizonte. A única diferença é a altura do Sol: aoredor de 21 de junho o Sol cruza o meridiano 23°27' ao norte do Zênite, ao redor de 23 de setembroo Sol cruza o meridiano 23° 27' ao sul do Zênite e,

no resto do ano, ele cruza o meridiano entre esses

dois pontos. Portanto a altura do Sol ao meio-dia

no Equador não muda muito ao longo do ano e,

consequentemente, não existe muita diferença

entre inverno, verão, primavera ououtono.

À medida que nos afastarmos do Equador,

as estações ficam mais acentuadas.

A diferença torna-se máxima nos polos.

2.0 Instalação de painéis fotovoltaicos

Instalar energia fotovoltaica na sua casa é

muito simples! Você não precisa fazer nenhuma

grande alteração para ter os painéis instalados em

seu telhado. Mas se você está na fase de

construção ou planejamento, existem alguns

detalhes que podem ser previstos em projeto para

facilitar a instalação. Siga este guia rápido para

preparar a sua propriedade para energia solar

fotovoltaica.

2.1 Certifique-se de que você tem área

suficiente

Veja se o seu telhado ou laje tem uma área

livre de no mínimo 10m2. Dependendo da sua

demanda de energia você pode precisar de mais

área. Abaixo nós colocamos uma tabela para lhe

servir como base. (Lembre-se que estas áreas

podem variar de acordo com o sistema de energia

solar que você vai instalar na casa):

Área média ocupada por sistemas de

energia solar para casas, utilizando placas de

320wp, a qual tem dimensões de 1,954m x

0,982m. a=1,918828

Potência de 1.6KWp: ocupa no mínimo 9,59m²

Potência de 3.2kWp: ocupa no mínimo 19,18m²

Potência de 4.8kWp: ocupa no mínimo 28,78m²

Potência de 6.4kWp: ocupa no mínimo 38,37m²

Potência de 8.0kWp: ocupa no mínimo 47,95m²

Exemplificando: Um sistema com 16

painéis de 320Watts possui uma potência de

5.120kWp (16 x 260 = 5.120Watts). Este sistema

vai ocupar 30,70m² em área de placas, soma-se

a isso o espaçamento entre as placas, iremos

considerar 10% de área de instalação.

1°Obs da Regra: Sistemas de energia

solar instalados em casa ficam muito mais perto

dos 7m² por kWp pois é possível juntar os

painéis.

2° Obs da Regra: Para geradores de

energia solar de grande porte, como é o caso

para indústrias e armazéns, você deve considerar

que interferências no telhado como chaminés e

maquinas de ar-condicionado podem fazer

sombra nas placas. Além disso é importante

deixar um espaço para andar no telhado para

uma eventual manutenção. Nestes casos

considere uma ocupação entre 9 e 10m² por kWp

instalado.

2.2 Os melhores tipos de cobertura para

sistema fotovoltaico

Os painéis fotovoltaicos são presos ao

telhado através de um sistema de fixação. Cada

tipo de telhado pede um sistema de fixação

diferente. O sistema de fixação representa uma

parte importante do orçamento e por isso o tipo de

telhado deve ser levado em conta quando estamos

preparando uma propriedade para receber energia

solar.

As coberturas de telha metálica, como

as trapezoidais comum e termoacusticas, e as

coberturas de telha tipo "shingle" são as melhores

opções para instalar painéis fotovoltaicos. Essas

coberturas facilitam a fixação e são superfícies

seguras para instalação.

Figura 22 – Telha metálica

Figura 23 – Telha Shigle

As telhas de barro /concreto do tipo

francês ou do tipo capa-canal são a segunda

melhor opção. Elas requerem algum tipo de

manuseio para instalar, mas nada que inviabilize a

sua instalação.

Figura 24 – Telha cerâmica

As telhas do tipo fibrocimento

(conhecidas como "Eternit") trazem alguns

problemas no processo de instalação pois são

frágeis e podem quebrar durante o processo.

Geralmente elas pedem um sistema de fixação

dos painéis independente das telhas.

Figura 25 – Telha de Fibrocimento

Por último, as coberturas planas como

lajes e telhas pré fabricadas em concreto são uma

ótima superfície para instalação. O sistema de

fixação para as coberturas planas compensa a

pouca inclinação do telhado para garantir que os

painéis tenham melhor incidência solar. As 3

formas tradicionais de fixar placas solares em

lajes são:

a. Estrutura parafusada na laje, (requer

impermeabilização);

b. Colado com colas especiais, (precisa ser bem

feito para durar 25 anos);

c. Lastro e Defletor de vento na parte de trás da

placa solar.

2.3 Posição das Placas no Telhado

O ângulo ótimo para produzir o máximo de

energia com os painéis fotovoltaicos é face Norte

com um grau de inclinação igual ao da latitude.Ex: Campinas está na latitude 22°, portanto o

melhor ângulo para o seu painel solar é inclinadoa 22°.

Na prática, você nem sempre vai ter a

inclinação e direção perfeitas, a perda da

produção de energia é pequena e totalmente

aceitável. Você pode ter o seu painel instalado

em qualquer água do telhado menos as viradas

ao Sul. O mais importante é que bata o máximo

de sol sem sombras durante o dia.

A figura a baixo serve como referência para

o desempenho dos painéis. Placas viradas ao

Norte com ângulo de inclinação igual a latitude

terão 100% de aproveitamento. Na figura é

possível ver que mesmo virado para O ou L o

rendimento ainda é muito bom.

Figura 26 – Posição x eficiência no local da instalação

2.4 Layout do sistema fotovoltaico -

tamanho dos painéis

Regra de ouro para fazer o layout de um

sistema de energia solar fotovoltaica: Use sempre

números pares de painéis. Além de ficar mais

bonito será mais fácil configurar o inversor

fotovoltaico.

De uma forma simplificada, hoje em dia,

existem dois tamanhos de painel solar que são

os mais utilizados em casas, indústrias e usinas.

São eles:

a. Painéis de 250, 255, 260, 265 e 270Watts,

possuem todos 60 células e medem

tradicionalmente 166cm de altura por 99cm de

largura e de 4 a 5cm de espessura.

b. Painéis de 300, 305, 310, 315 e 320Watts,

possuem todos 72 células e medem

tradicionalmente 198cm de altura por 99cm de

largura e de 4 a 5cm de espessura.

As variações de potência são relacionadas a

eficiência das células. Células mais eficientes

resultam em um painel que gera mais energia por

m². Para casas, considere os painéis de 60 células

pois são os tradicionais mais fáceis de instalar.

Para sistemas grandes, com mais de 500 painéis,

considere o de 72 células.

Abaixo, os layouts de três sistemas

fotovoltaicos com 10 painéis cada de 260Watts,

totalizando um gerador de 2.6kWp:

Figura 27 – Instalações com 10 painéis fotovoltaicos

2.5 Certifique-se que a estrutura de

cobertura suporta as cargas

O painel fotovoltaico não é pesado. Quase

todos os tipos de telhado e laje estão preparados

para receber esta carga adicional. Mas

dependendo do tipo de estrutura, você pode

precisar de um reforço. De um modo geral, a

carga adicionada é de aproximadamente

14.5kg/m2. Em telhados com coberturas

metálicas, como telhas trapezoidais comum ou

termoacústicas, o peso pode cair para 13.5kg/m².

O peso vai variar principalmente com o tipo de

estrutura de fixação que será utilizado.

2.6 O local onde o inversor será instalado

Portanto é importante protegê-lo de

umidade ou incidência direta da luz do sol.

Alguns foram feitos para ficarem ao ar livre,

porém quanto maior a proteção mais tempo ele

deve durar. Também é importante que o inversor

esteja perto do seu quadro de

distribuição de energia - isso vai facilitar muito a

ligação na rede e também a manutenção. O

acesso fácil também evita que o inversor fique

atrás de móveis ou objetos.

Os inversores que são utilizados em uma

casa ocupam um espaço de 70cm x 50cm x

25cm até 80cm x 55cm x 25cm (Altura, Largura,

Profundidade).

Figura 28 – Inversor da marca Fronius

2.7 Eletrodutos e conexão com os painéis

solares

É importante ter um eletroduto que faça o

caminho entre o inversor e os painéis solares no

seu telhado. Os painéis solares geram uma tensão

alta, portanto é importante identificar e separar a

fiação deste circuito até o inversor. Este eletroduto

pode ser aparente ou embutido (conduíte). Em

residências, considere que até 4 cabos de 6mm

devem vir dos painéis (telhado) até o inversor

(perto do quadro de luz).Também é importante

prever uma caixa para chave / disjuntor

independente do quadro. Isto vai facilitar as

inspeções e reformas futuras.

2.8 Aterramento do sistema fotovoltaico

Todos os sistemas fotovoltaicos devem ser

aterrados por uma questão de segurança.

Tradicionalmente os painéis são aterrados na

estrutura e a estrutura à malha de aterramento da

casa ou empreendimento.

Portanto, para facilitar também, deixe um ponto de

aterramento no telhado onde os painéis serão

instalados para facilitar o processo.

Além das questões práticas da instalação não é

necessário fazer mais nada para receber energia

solar na sua propriedade. A energia fotovoltaica é

simples de instalar e segura de usar!

Referências Bibliográficas

. NBR 10899: Energia solar fotovoltaica — Terminologia, Rio de Janeiro, 2013;

. NBR 11704: Sistemas fotovoltaicos - Classificação, Rio de Janeiro, 2008;

. NBR 16149: Sistemas fotovoltaicos (FV) – Características da interface de conexão com a rede

elétrica de distribuição, Rio de Janeiro, 2013;

. NBR 16150: Sistemas fotovoltaicos (FV) — Características da interface de conexão com a rede

elétrica de distribuição — Procedimento de ensaio de conformidade, Rio de Janeiro, 2013;

. NBR 16274: Sistemas fotovoltaicos conectados à rede — Requisitos mínimos para

documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de desempenho, Rio de Janeiro, 2014;