Apresentação do PowerPoint - · PDF fileA papiloscopia visa à identificação humana através das impressões digitais, palmares e plantares, razão porque apresenta a seguinte

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  • A ARTE DE IDENTIFICAR

    Caroline Cassia Silva Brito

  • Pesquisa sobre o desenho digital e a identificao

    atravs da impresso digital desenvolvido para

    Metodologia do Trabalho Cientfico - professora

    Solange Utuari - curso de Educao Artstica

    Habilitao em Artes Plsticas da Universidade

    Cruzeiro do Sul 2003.

    Caroline Cassia Silva Brito

    RESUMO

    Esta pesquisa foi desenvolvida sobre o desenho digital, o mistrio que

    envolve e a identificao atravs da impresso digital, possibilitando at

    uma anlise mais potica, mais artstica de um tema basicamente

    cientfico.

    PALAVRAS-CHAVES

    Impresso, digital, desenho, papiloscopia

  • A ARTE DE IDENTIFICAR

    Ao longo de nossa histria os desenhos e impresses digitais tm sido

    alvo de estudos. fascinante saber que as impresses digitais

    possuem pontos individualizadores a ponto de sabermos que no

    existem duas idnticas em uma nica mo.

    Nestes quase 18 anos trabalhando diretamente com elas, alm do

    mistrio que elas transmitem aos papiloscopistas, as suas diversas

    formas, pontos, linhas que formam bifurcaes, confluncias, etc. nos

    fazem parar diante de seus belssimos e intrigantes desenhos

    produzidos pelas cristas papilares a tal ponto de fazer deles o foco da

    minha pesquisa.

    O CONCEITO E DIVISES DA PAPILOSCOPIA

    Para facilitar o entendimento do assunto definirei o conceito.

    Papiloscopia a cincia que trata da identificao humana por meio

    das papilas drmicas. A palavra papiloscopia resultante de um

    hibridismo grego-latino (papilla = papila e scopin = examinar).

    Papilas so pequenas salincias de natureza neuro-vascular, situadas

    na parte externa (superficial) da derme, estando os seus pices

    reproduzidos pelos relevos observveis na epiderme.

  • A papiloscopia visa identificao humana atravs das impresses

    digitais, palmares e plantares, razo porque apresenta a seguinte

    diviso:

    Datiloscopia o processo de identificao por meios das impresses

    digitais.

    Quiroscopia o processo de identificao por meios das impresses

    palmares, isto , das palmas das mos.

    Podoscopia o processo de identificao por meios das impresses

    plantares, isto , das plantas dos ps.

    Os desenhos papilares humanos e dos primatas, bem como das

    impresses que se obtm dos focinhos dos animais, so individuais

    (variabilidade), perenes e imutveis, mesmo que sejam do mesmo tipo,

    subtipo, forma ou classificao.

    OS TRS PERODOS DA HISTRIA

    Alguns autores clssicos, como Locard e o professor Carlos Khedy,

    dividem a histria da papiloscopia em trs perodos distintos: Perodo

    Pr-histrico, Perodo Emprico e Perodo Cientfico.

    Na arte pr-histrica, julgam alguns autores terem encontrado como

    motivos ornamentais ou religiosos, representaes da mo humana por

    impresso da face palmar tingida com vrias substncias, desenhos ou

    pinturas estilizadas, etc.

  • Tudo isto leva a julgar que o homem primitivo tenha observado as

    linhas papilares da sua epiderme e as reproduzido de vrias formas.

    Alguns investigadores, como Turner, Faulds, Galton, Haidcook e outros,

    estudaram as impresses digitais em telhas e tijolos romanos, peas

    de cerimnia japonesa, adobes mexicanos, deixadas nestes objetos

    enquanto o material da pea ainda est mole. Essas impresses

    moldadas, entretanto, parecem ser fortuitas, destitudas de qualquer

    significao especial.

    Stocki, (Paris, 1929), ao pesquisar a pr-histria datiloscpica, declara

    que no perodo neoltico (idade dos metais, de 10000 a.C. a 3000 a.C)

    o homem teria conhecido minuciosamente as linhas papilares e as

    reprodues por elas constitudas.

    Sua afirmao se baseia na descoberta, em 1832, dos tmulos de

    pedra de Gavrinis, no Morbihan, que apresentam curiosas gravuras

    interpretadas com representaes das figuras papilares dos dedos e

    das palmas do homem. Desenhos semelhantes so observados na arte

    asteca, inca, hindu e outras.

    Uma gravura encontrada numa rocha, na margem do lago Keto limite,

    no lago Kejemkojiik (Nova Esccia), descrita em 1889, na obra

    Contribuition l'histoire de la dactyloscopie priode prhistorique, de

    Borgerhoff, tem forma de uma grande mo esquerda, em cujas

    falangetas se vem representadas esquemticas figuras que se

    assemelham a alguns tipos de desenhos papilares; na palma, as linhas

    e pregas de flexo.

  • Entretanto as evidncias encontradas no permitem concluses

    definitivas a respeito da origem e emprego dessas inscries.

    O perodo emprico se caracteriza pela utilizao consciente das

    impresses digitais como processo mximo de legalizao de

    documentos. Porm, segundo opinio predominante dos estudiosos,

    estas de davam, intuitivamente, por mera tradio ou superstio dos

    povos.

    O BERO NATURAL DA PAPILOSCOPIA

    sem dvida, o Extremo-Oriente. Acredita-se que esta tenha surgido

    na China, propagando-se para outros pases como Japo e ndia.

    Existem documentos histricos que mostram que as cristas papilares

    eram usadas como formas de identificao pessoal na China, a partir

    do ano 300 a.C. Vrios historiadores chineses mencionam o uso de

    dedos e mos para a autenticao de selos oficiais e documentos

    legais. Em algumas reas impresses digitais, para fins criminais,

    foram gravadas em argila. Durante a dinastia de Jin (220 420 d.C.) o

    papel e a seda substituram as superfcies escritas em argila e madeira.

    Marcas de mos e dedos dos mesmos passaram a ser gravadas com

    tinta.

  • Os estudiosos no so unnimes a respeito das causas do uso das

    impresses papilares pelos orientais. Porm certo que utilizavam

    essas impresses com objetivo de evitar que a pessoa alegasse

    falsidade do documento ou desconhecimento de seu teor. Este uso se

    popularizou e, com o tempo, passou a se incorporar ao costume do

    povo, se propagando para pases vizinhos, sem que houvesse

    preocupaes cientficas a respeito.

    O perodo cientfico caracterizado pela abordagem tcnico-cientfica

    da identificao pelas impresses papilares. Inicia-se com as

    descobertas das estruturas anatmicas das linhas papilares e de suas

    propriedades.

    Alguns estudiosos, como Locard, consideram como marco inicial, ano

    de 1665, com o trabalho de Marcello Malpighi denominado De lngua,

    de externo tactus organo onde este fez observaes sobre as diversas

    figuras existentes nas pontas dos dedos e das palmas das mos. Seu

    artigo abordou, principalmente, a morfologia e a funo das cristas

    papilares como rgo ttil e seu uso no aumento do atrito no caminhar

    e no segurar.

    Em 1684, o botnico, mdico e microscopista, Nehemiah Grew (1641

    1712) publicou um artigo Sociedade Real de Londres um relatrio a

    respeito dos desenhos poros sudorparos, as cristas epidrmicas e

    seus arranjos, incluindo ainda no seu trabalho o desenho das

    configuraes da mo, mostrando o fluxo das cristas nos dedos e nas

    palmas.

  • Em 1823, em que Johannes Evangelliste Purkinje, fisiologista checo,

    professor da Universidade de Breslau, Alemanha, publicou uma tese

    contendo seus estudos sobre o olho, impresses digitais e outras

    caractersticas de pele, intitulada Commentatio de examine

    physiologico organi visus et systmatis cutanei. Trata-se do

    primeiro trabalho contendo uma descrio e classificao dos

    desenhos digitais. Este os classificou em nove tipos, prevendo a

    possibilidade de serem reduzidos a quatro. Sua classificao foi

    utilizada to somente para estudos anatmicos, prendendo-se por isso

    exclusivamente aos desenhos digitais e no s impresses digitais.

    Purkinje no cogitava a aplicao dos desenhos digitais na

    identificao de pessoas.

    Em 1956 Jos Engel publicou o seu Tratado de desenvolvimento da

    mo humana, no qual fez apreciaes sobre os desenhos digitais e

    reduziu a quatro os noves tipos da classificao de Purkinje.

  • Outros estudiosos da anatomia humana interessaram-se pelas linhas

    papilares.

    a partir do ltimo quarto do sculo XIX, que estabelece

    definitivamente a datiloscopia como meio eletivo de identificao

    humana. Para isso, trabalharam quase que simultaneamente: Faulds,

    no Japo; Herschel, na ndia; Galton, na Inglaterra e Vucetich, na

    Argentina.

    Por volta de 1878, o mdico ingls Henry Faulds, quando a servio

    num hospital de Tsukiji, em Tquio, atrado pelas impresses papilares

    encontradas em peas de cermica pr-histrica japonesas, iniciou a

    observao dos desenhos papilares nos dedos nativos e deu incio s

    suas experincias que se resumem no seguinte:

    Considerou a hereditariedade dos desenhos papilares ao

    observar a semelhana das impresses entre pais e filhos;

    Estudou a variao das impresses entre diferentes raas

    humanas;

    Fez estudo comparativo das impresses papilares dos

    homens com a dos smios, notando grande similaridades;

    Observou que as impresses produzidas por manchas de

    sangue poderiam servir como prova judicial e sugerindo tambm a

    vantagem de se juntar as impresses digitais dos delinqentes s suas

    fotografias.

    Como Jos Congel, professor aposentado da Academia de

    Polcia de So Paulo, Jos Bonbonatti, tambm fez estudo comparativo

    das impresses digitais dos homens com a dos smios do Instituto