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02/12/2016 1 BOAS PRÁTICAS NO PREPARO E MANIPULAÇÃO DE MEDICAMENTOS QUIMIOTERÁPICOS E INTRODUÇÃO A ONCOLOGIA Recife / PE Douglas Tavares de Albuquerque Farmacêutico HC UFPE Câncer “Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpoINCA Tumor Benigno x Tumor Maligno Tumor Maligno

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02/12/2016

1

BOAS PRÁTICAS NO PREPARO E MANIPULAÇÃO

DE MEDICAMENTOS QUIMIOTERÁPICOS E

INTRODUÇÃO A ONCOLOGIA

Recife / PE

Douglas Tavares de Albuquerque

Farmacêutico HC – UFPE

Câncer

“Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e

órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo”

INCA

Tumor Benigno x Tumor Maligno

Tumor Maligno

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Etapas da Carcinogênese

Genética do

Câncer

Ciclo Celular Metástase

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Termos

Comuns • Ciclo • D1, D2, D8...

• Medicação Pré-qt

• Protocolo

• Qt infusional • Mg/m2

• Mono x Poliquimioterapia

Estadiamento

Estadiamento Cálculo da

Dosagem

• Peso mg/Kg

• Superfície corporal mg/m2

Superfície corporal (m2 ) Peso e altura do paciente

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Cálculo da

Dosagem Tratamento Local /

Regional • Cirurgia • Radioterapia

Tratamento Sistêmico • Quimioterapia • Hormonioterapia

• Imunoterapia

• Terapias-alvo • Transplante de Medula Óssea

Tipos de

Terapia • Terapia Curativa

• Terapia Adjuvante

• Terapia Neoadjuvante

• Terapia de Sinergismo

• Terapia Paliativa

• Terapia Radical

• Terapia de Manutenção

Agentes Ciclo-celular

Específicos Agentes Ciclo-celular

Não Específicos 1.Antimetabólitos

MTX, 5-FU, Ara-C

2. Agentes hormonais

3. Produtos naturais

*Alcalóides da Vinca (Inib.

Mitótico)

VCR, VLB, NVB

*Podofilotoxinas

VP-16

*Paclitaxel

1. Antibióticos Naturais

DOXO, BLEO, MTC,

DACT ou ACT

2. Complexos de Coordenação

de platina

CDDP, CBDCA

3. Agentes alquilantes

CTX, IFO, DTIC

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Quimioterapia

Histórico Poliquimioterapia

• Características dos medicamentos: Demonstrem individualmente atividade.

Não devem ter toxicidade sobreposta.

Mecanismos de ação diferente. Usados na sua dose e esquema ótimos;

Resistência cruzada mínima.

• Resistência

É uma característica combinada envolvendo uma droga especifica, um tumor

especifico e um hospedeiro especifico, em que o agente mostra-se ineficaz em controlar o tumor sem produzir toxicidade excessiva (Natural e Adquirida).

Classificação da TA – Conforme Reações dermatológicas

• Quimioterápicos vesicantes: provocam irritação severa com formação de vesículas e destruição tecidual quando extravasados.

• Quimioterápicos irritantes: causam reação cutânea menos intensa quando extravasados (dor e queimação sem necrose tecidual ou formação de vesículas, mas podem ocasionar

dor e reação inflamatória no local da punção e ao longo da veia).

• Quimioterápicos não vesicantes/irritantes: não causam reação cutânea quando

extravasados e não provocam dor e queimação durante a administração.

Classificação

dos

Quimioterápicos

• Agentes alquilantes: Têm poder de adicionar um grupo alquila a diversos grupos eletronegativos do DNA celular (célula neoplásica e sadia), desta maneira

alterando ou evitando a duplicação celular. Afetam as células em todas as fases do

ciclo celular de forma inespecífica.

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Classificação

dos

Quimioterápicos • Agentes antimetabólitos: Drogas quimicamente similares aos metabólitos que

ocorrem na natureza, mas diferem o suficiente para interferir com as vias

metabólicas normais. Interferem com a síntese de DNA → Agem na fase S

• Metotrexato; Pemetrexede Análogos do ácido

fólico

• Fluoruracila; Capecitabina;

• Gencitabina

Análogos da pirimidina

• Mercapturina; Fludarabina Análogos da purina

Classificação

dos

Quimioterápicos • Antibióticos Antitumorais

Quimioterápicos

• Derivados Vegetais

Quimioterápicos

• Derivados Vegetais

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Quimioterápicos

• Agentes Diversos: Desse grupo fazem parte drogas antineoplásicas com mecanismo de ação variados, frequentemente desconhecidos, pouco

compreendidos ou diferentes daqueles descritos anteriormente. Possuem

características e toxicidades diversas.

Extravasamento

Extravasamento

Tiossulfato de sódio 10%

Dimetilsulfóxido 90-99%

TÓPICO

Hialuronidase 150 UI

Bicarbonato de Sódio

Efeito alcalinizante

Compressas frias •Promovem a vasoconstrição

• Reduz o fluxo sanguíneo local •Reduz a absorção pelo tecido circunvizinho

Compressas quentes •Promovem a vasodilação

• Facilita a absorção de fluídos •Diminui a concentração de droga no local

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Anticorpos Monoclonais (mAbs)

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Prognóstico

• Requisitos Necessários para Continuidade de Tratamento:

Perda do peso inferior a 10% do peso corporal anterior ao do início da

doença;

Ausência de infecção ou infecção presente, mas sob controle;

Contagem das células sanguíneas e dosagens séricas próximas à

normalidade para adultos.

Classificação dos Agentes Quimioterápicos

Vias de Administração

VENOSA ORAL

INTRAMUSCULAR

SUBCUTÂNEA INTRATECAL

INTRAPERITONEAL INTRAVESICAL

INTRA-HEPÁTICA (QUIMIOEMBOLIZAÇÃO)

TÓPICO

Termos

Comuns • 1ª Linha

• 2ª Linha

• 3ª Linha

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Riscos Inerentes a

Manipulação de

Medicamentos

Oncológicos

• Estudos efetuados nas décadas de 80 e 90 constataram sérias alterações cromossômicas em enfermeiras que manipulavam QT sem medidas de proteção,

em relação à grupos de controle.

• Estes mesmos estudos também constataram não haver diferença entre grupos que

manipulavam QT com medidas de proteção e grupos que não entravam em contato com estas substâncias..

Antes do farmacêutico

• Preparo • Administração

• Descarte

• Transporte

Risco Ocupacional

“É o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento

tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem comprometer a saúde do

homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.”

Comissão de Biossegurança – Fiocruz

Biossegurança

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Legislação

Vigente

Resolução 288 – 21 de Março de 1996 – CFF

• Art. 1º - É atribuição privativa do farmacêutico a competência para o

exercício da atividade de manipulação de drogas antineoplásicas e

similares nos estabelecimentos de saúde;

Resolução 565 – 06 de Dezembro de 2012 – CFF

• Considerando a necessidade de complementar os termos da

Resolução/CFF nº 288 de 21 de março de 1996;

• “Art. 1º - É atribuição privativa do farmacêutico o

preparo dos antineoplásicos e demais medicamentos que possam

causar risco ocupacional ao manipulador (teratogenicidade,

carcinogenicidade e/ou mutagenicidade) nos estabelecimentos de

saúde públicos ou privados.

Legislação Vigente

• RDC nº 220, de 21 de Setembro de 2004. • RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002.

• RDC nº 45, de 12 de março de 2003.

• RDC nº 67, de 8 de Outubro de 2007.

• Ser detentores de titulação mínima ou comprovar cinco anos ou mais de

atividade profissional nesta área. É o

que diz a nova redação do artigo 1º da Resolução nº 565/12 (Reiterada

pela Resolução nº 623/16) do Conselho Federal de Farmácia (CFF),

aprovada pelo Plenário. A

reformulação contempla um prazo de 36 meses para que os farmacêuticos

que já atuam ou pretendem atuar na

área possam providenciar a adequação de seus currículos ou obter a titulação requerida.

Central de Manipulação Oncológica

Infraestrutura física

1.Sala de Recebimento e Análise de Prescrições

2.Sala de Paramentação

3.Sala de Limpeza e Desinfecção de Medicamentos e Materiais

4.Sala de Manipulação de Antineoplásicos

5.Sala de Rotulagem e Embalagem

6.Área de Dispensação

7.Área de armazenamento exclusiva para medicamentos antineoplásicos

8.Depósito de Material de Limpeza (DML)

9.Depósito Interno de Resíduos de Risco

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Estrutura Física

Infra-estrutura

Área exclusiva e com acesso restrito Centralização: sala de preparo dos quimioterápicos

Pia e material para higienização das mãos

Lava olhos e chuveiro de emergência

Planta

Biossegurança

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Manipulação Magistral (Antineoplásicos):

Risco ocupacional

• Preparo;

• Administração;

• Descarte;

• Transporte.

Momentos de maior exposição:

Estabilidade x Estabilidade

EPC EPC

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EPC EPC

CSB Classe II B2

Vidro Frontal

Bancada e Grelhas

EPC

CSB Classe II B2

Bancada (Remoção p/ Limpeza)

Filtro HEPA + Lâmpada

EPC – Equipamentos de Proteção Coletiva

Biossegurança

CSB Classe II B2

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EPC

Cuidados com Cabine de Segurança Biológica

1- Instalação

2- Certificação periódica

3- Boas práticas

4- Desinfecção / Descontaminação

Manipulação de Medicamentos

Oncológicos

EPI – Equipamentos de Proteção Individual

Biossegurança

• Avental, Macacão ou Capote Estéreis - de material impermeável, com mangas longas e punhos elásticos ajustáveis, de baixa emissão de partículas, sem

abertura frontal). Quando reutilizável, deve ser guardada separadamente, em

ambiente fechado, até que seja lavado.

EPI

Proteção respiratória

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EPI – Equipamentos de Proteção Individual

• Óculos de proteção (com proteção lateral).

• Manipulação e limpeza da

CSB;

• Acidentes com

derramamento ou respingos

de medicamentos;

• Manuseio de ampolas e

frascos-ampola;

• Qualquer outra situação

que envolva exposição aos

aerossóis de antineoplásicos.

Biossegurança

EPI – Equipamentos de Proteção Individual

Biossegurança

• Luvas cirúrgicas de látex, sem talco

EPI Propé e Gorro ou touca descartável

Biossegurança

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Biossegurança Biossegurança

Boas Práticas de Manipulação

Boas Práticas de Manipulação

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Boas Práticas de Manipulação

GAZE

Abertura da embalagem:

Manuseio:

• Usos: assepsia de FA e ampolas, punção de FA* (USAR GAZE SECA para

reconstituição e aspiração de medicamentos), abertura de ampolas* (USAR

GAZE SECA), apoio para seringas, agulhas e vedadores, campo de

manipulação, limpeza e desinfecção da CSB, retenção de aerossóis;

* GAZE ALCOOLIZADA = perda do silicone da agulha / entrada de álcool na

ampola e em FA com pressão negativa / aerossóis atravessam mais rápido a gaze,

contaminando a luva / álcool pode alterar a permeabilidade da luva (contaminação

do manipulador)

•Atenção à face da gaze que toca a bancada (contaminação da gaze);

Boas Práticas de Manipulação

Boas Práticas de Manipulação

Boas Práticas de Manipulação

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Boas Práticas de Manipulação

Boas Práticas de Manipulação

Boas Práticas de Manipulação

Boas Práticas de Manipulação

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Boas Práticas de Manipulação

Boas Práticas de Manipulação

Boas Práticas de Manipulação

Boas Práticas de Manipulação

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Descarte

• Coletor rígido para resíduos (caracterizado pela NT de 21/09/99).

Boas Práticas de Manipulação

• Over feel = Excedente de volume;

• Expansão e retração de volume para cálculo do volume prescrito.

Incompatibilidade

1. Relacionada ao envase

2. Relacionada ao diluente (NaCl 0,9% , SG 5%)

3. Estabilidade após reconstituição e diluição

4. Relacionada ao uso de dispositivos com filtro de acetato ou nitrato de celulose,

nylon e outros

5. Sensibilidade a luz

Boas Práticas de Manipulação

Boas Práticas de Manipulação

• Incompatibilidade

Relacionada ao diluente

Volume do diluente

Distância da concentração de saturação

Etoposido (máx 0,4 mg/mL) = precipitação

Tipo de diluente

Solução Fisiológica (NaCl 0,9%)

Solução Glicosada (Glicose 5%)

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Boas Práticas de Manipulação

Boas Práticas de Manipulação

Bomba Elastomérica

• Infusores são dispositivos portáteis e descartáveis desenvolvidos para a terapia ambulatorial de infusão de drogas. As indicações principais são:

Infusão contínua de quimioterápicos

Controle de dor

Antibioticoterapia (Fibrose Cística, Osteomielite, HIV)

• As vias de administração podem ser: • IV

• Intra-arterial

• Subcutâneo (controle da dor)

• Epidural (controle da dor)

• A vantagem principal, em comparação com outros sistemas é a de proporcionar qualidade de vida ao paciente.

Boas Práticas de Manipulação

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Manipulação de

Medicamentos

Oncológicos - HC

• Ambulatório de Oncologia

• Hospital Dia

• 11º Norte – Enfermaria de Oncologia

• 7º Sul – Hematologia

• Urologia (Onco-BCG e Gosserrelina)

• Demais Enfermarias (Clínica Médica, Nefrologia, Centro Obstétrico, etc.)

• DIP

Formas Farmacêuticas

Disponíveis • Ampolas com PA em solução

Representa pouca segurança ao manipulador, aos poucos estão sendo substituídas pela própria indústria farmacêutica

Formas Farmacêuticas

Disponíveis • Frasco-ampolas com PA liofilizado

Formas Farmacêuticas

Disponíveis • Frasco/ampolas com PA em solução

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Formas Farmacêuticas

Disponíveis • Frascos com comprimidos ou cápsulas

Exames

Médicos

Recomenda-se a realização de exames médicos nas situações definidas a seguir:

1. Exames pós acidentes: para avaliar evidências de exposição aguda (embora

raramente, seja possível observar, alguma alteração, significativa).

2. Exame demissional

Basicamente, os exames recomendados são:

• Hemograma completo com plaquetas

• TGO e TGP

• Creatinina • Urina Tipo I

Os exames deverão ser repetidos a cada ano ou a intervalos menores, de acordo com a

necessidade e a critério médico. Para cada exame médico realizado, deverá ser emitido

Atestado de Saúde Ocupacional – ASO em duas vias, sendo que a primeira via ficará

arquivada no local de trabalho e a segunda via será obrigatoriamente entregue ao trabalhador.

Humanização

“Ao cuidar de você no momento final da vida, quero que você sinta que me

importo pelo fato de você ser você, que me importo até o último momento de sua

vida e, faremos tudo que estiver ao nosso alcance, não somente para ajudá-lo a

morrer em paz, mas também para você viver até o dia de sua morte.”

Cicely Saunders

Escolha quem você

quer ser!!!

[email protected]