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1 RIZZI, BISSON, MENEGASSO, KISHI, PAUFERRO, CUNHA 1. Apresentação 1.1. Título: O impacto da atuação do farmacêutico voluntário na sua entidade de classe 1.2. Autores RIZZI, Raquel Cristina Delfini; KISHI, Margarete Akemi; BISSON, Marcelo Polacow, MENEGASSO, Pedro Eduardo; PAUFERRO, Márcia Rodriguez Vasquez; CUNHA, Marcelo Ferreira Carlos 1.3. Instituição Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) – Brasil 1.4. Período de realização A coleta dos dados foi realizada entre dezembro/2010 e fevereiro/2011. 2. Justificativa e Relevância do Tema As Comissões Assessoras do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) são constituídas por farmacêuticos voluntários que se reúnem para discutir temas relativos à sua área de atuação e assessoram o Plenário e a Diretoria. Atualmente, o farmacêutico tem ampliado significativamente seu leque de atuação e pode exercer 76 tipos de atividades, todas elas regulamentadas pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF, 2010). Acompanhando essa tendência, o número de Comissões Assessoras no CRF-SP também cresceu significativamente nos últimos anos e, com isso, surgiu a necessidade de avaliar as ações realizadas por essas Comissões. 3. Formulação do problema de investigação Diante deste cenário, o CRF-SP se propôs a analisar as diversas atividades realizadas pelas Comissões Assessoras do CRF-SP e avaliar como elas têm contribuído para a concretização dos objetivos do CRF-SP, enquanto entidade representativa da categoria farmacêutica no Estado de São Paulo e comprometida com a saúde da sociedade como um todo.

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RIZZI, BISSON, MENEGASSO, KISHI, PAUFERRO, CUNHA

1. Apresentação

1.1. Título:

O impacto da atuação do farmacêutico voluntário na sua entidade de classe

1.2. Autores

RIZZI, Raquel Cristina Delfini; KISHI, Margarete Akemi; BISSON, Marcelo Polacow,

MENEGASSO, Pedro Eduardo; PAUFERRO, Márcia Rodriguez Vasquez; CUNHA,

Marcelo Ferreira Carlos

1.3. Instituição

Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) – Brasil

1.4. Período de realização

A coleta dos dados foi realizada entre dezembro/2010 e fevereiro/2011.

2. Justificativa e Relevância do Tema

As Comissões Assessoras do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São

Paulo (CRF-SP) são constituídas por farmacêuticos voluntários que se reúnem para

discutir temas relativos à sua área de atuação e assessoram o Plenário e a Diretoria.

Atualmente, o farmacêutico tem ampliado significativamente seu leque de atuação e

pode exercer 76 tipos de atividades, todas elas regulamentadas pelo Conselho Federal

de Farmácia (CFF, 2010). Acompanhando essa tendência, o número de Comissões

Assessoras no CRF-SP também cresceu significativamente nos últimos anos e, com

isso, surgiu a necessidade de avaliar as ações realizadas por essas Comissões.

3. Formulação do problema de investigação

Diante deste cenário, o CRF-SP se propôs a analisar as diversas atividades

realizadas pelas Comissões Assessoras do CRF-SP e avaliar como elas têm contribuído

para a concretização dos objetivos do CRF-SP, enquanto entidade representativa da

categoria farmacêutica no Estado de São Paulo e comprometida com a saúde da

sociedade como um todo.

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RIZZI, BISSON, MENEGASSO, KISHI, PAUFERRO, CUNHA

4. Objetivos

• Identificar as atividades realizadas pelo CRF-SP, envolvendo a participação das

Comissões Assessoras nos últimos cinco anos (2006 a 2010);

• Analisar como as atividades realizadas por estas Comissões contribuem com os

objetivos do CRF-SP;

• Analisar, sob uma ótica mais abrangente, qual a contribuição para a categoria

farmacêutica e para a sociedade como um todo.

5. Referencial Teórico

Antes de discorrer sobre o CRF-SP e as Comissões Assessoras, cabe uma breve

reflexão sobre as profissões, destacando algumas peculiaridades da profissão

farmacêutica. Segundo Zubioli (2004), as profissões possuem três características

básicas: estão centralizadas em valores humanos e envolvem serviços significantes;

requerem conhecimentos e qualificações específicas que pessoas leigas não possuem;

são serviços pessoais que devem adaptar-se às necessidades individuais de cada

cliente/paciente e tem atributos próprios. Na ausência de profissionalismo, as pessoas

que necessitam de serviços com essas características, ficam à mercê de atendimento

incompetente e de charlatanismo. Daí vem a importância do conjunto de normas

(Deontologia) e dos órgãos que regulam a atuação profissional de determinado corpo

social, tais como os Conselhos de Classe e, neste caso em particular, o CFF e CRF de

cada Estado.

Segundo o preâmbulo do Código de Ética da Profissão Farmacêutica vigente,

estabelecido através da Resolução CFF nº 417 de 29 de setembro de 2004 (CFF, 2004):

O farmacêutico é um profissional da saúde, cumprindo-lhe executar todas as

atividades inerentes ao âmbito profissional farmacêutico de modo a

contribuir para a salvaguarda da saúde pública e, ainda, todas as ações de

educação dirigidas à comunidade na promoção da saúde.

A complexidade da profissão farmacêutica pode ser resumida nas palavras

proferidas pelo ilustre farmacêutico Candido Fontoura da Silveira (1885-1974) em seu

discurso de agradecimento à homenagem que lhe foi prestada na Associação Brasileira

de Farmacêuticos, em novembro de 1932 (MIGLIANO, 1985):

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RIZZI, BISSON, MENEGASSO, KISHI, PAUFERRO, CUNHA

A Farmácia não é um simples comércio: é uma profissão a um tempo

científica e comercial, em que se joga com os sagrados interesses da saúde

pública. Todos os povos cultos estudam com a máxima atenção o problema

da farmácia por constituir uma necessidade social. A ela recorrem todos sem

distinção de credo, cor, nacionalidade ou posição social. Para que o

farmacêutico se realize, nesse variado trato e para o bem que a nação dele

espera, é indispensável que seja uma pessoa de muitas qualidades. Que seja

de integridade moral a toda prova não só na manipulação dos medicamentos

como também para encaminhar aos competentes as consultas que

diariamente lhe chegam, quando não as possam resolver; que seja bondoso,

paciente para com os enfermos; que tenha grande tolerância pela doutrinas

médicas, científicas, políticas e religiosas. Essa tolerância íntima, sincera e

sem azedumes, só pode ser obtida por meio de grande cultura e tempo. Só o

tempo e o estudo nos convencem de que em todas as doutrinas há uma parte

de verdade, embora a verdade integral não esteja em nenhuma.

Com relação à sua estrutura organizadora, a profissão farmacêutica é constituída

por várias entidades, destacando-se dentre elas os Conselhos, Sindicatos e Associações.

No Brasil, cabe ao governo da União determinar as condições para o exercício de

profissões liberais, sendo normalmente reguladas por órgãos de natureza pública. O

Conselho Federal de Farmácia (CFF) é uma Autarquia Federal, com sede em Brasília

(Distrito Federal) e jurisdição em todo o território nacional, criado a partir da Lei 3.820,

de 11 de novembro de 1960 e que tem por finalidade estabelecer os preceitos

deontológicos da profissão farmacêutica, sendo responsável pela fiscalização

profissional e pela inscrição compulsória dos farmacêuticos (BRASIL, 1960; ZUBIOLI,

2004).

Os Conselhos Regionais exercem o mesmo papel do CFF, de forma

descentralizada. Nesse sentido, o CRF-SP tem como principais atribuições: zelar pela

garantia de que a atividade farmacêutica, no âmbito de sua jurisdição, seja exercida por

profissionais legalmente habilitados e conscientes da importância de seu papel social;

defender o âmbito profissional e esclarecer dúvidas relativas à competência

profissional; habilitar legalmente o farmacêutico para o exercício da profissão por meio

de inscrição; registrar as empresas que contam com a atuação do farmacêutico junto ao

mercado de trabalho; cuidar da observância dos princípios da ética e da disciplina

daqueles que exercem atividades profissionais farmacêuticas no Estado de São Paulo

(BRASIL, 1960).

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RIZZI, BISSON, MENEGASSO, KISHI, PAUFERRO, CUNHA

As Comissões Assessoras do CRF-SP são regulamentadas pela Deliberação nº

04/2007 do CRF-SP. Elas são abertas e constituídas por farmacêuticos que

voluntariamente participam de suas reuniões, assessorando o Plenário e a Diretoria do

CRF-SP em assuntos que exijam conhecimentos específicos da respectiva área de

atuação e funcionando também como fórum de debate para promover a troca de

informações (CRF, 2007).

O CRF-SP mantém em funcionamento quatorze Comissões Assessoras, a saber:

Acupuntura; Análises Clínicas e Toxicológicas; Distribuição e Transporte; Educação

Farmacêutica; Farmácia; Farmácia Clínica; Farmácia Hospitalar; Homeopatia;

Indústria; Pesquisa Clínica; Plantas Medicinais e Fitoterápicos; Resíduos e Gestão

Ambiental; Regulação e Mercado; Saúde Pública. Ao todo, são 418 Membros

participando dessas Comissões.

De acordo com a Deliberação CRF-SP nº 4/07, também está prevista a formação de

Comissões Assessoras Regionais, que funcionarão nas seccionais do CRF-SP sob

orientação do coordenador regional da seccional. Atualmente, existem 34 comissões

regionais em funcionamento.

6. Metodologia

Para a realização deste estudo foi adotada uma abordagem quali-quantitativa

(TURATO, 2005). Foram analisados os Relatórios de Gestão dos anos de 2006, 2007,

2008 e 2009 e 2010. As atividades realizadas nesse período foram agrupadas em

categorias por similaridade e, a seguir, contabilizadas. Os dados obtidos foram

distribuídos em planilhas e apresentados em gráficos para facilitar a análise.

7. Resultados: apresentação e análise dos dados obtidos

Após a leitura e análise detalhada dos Relatórios de Gestão de 2006, 2007, 2008,

2009 e 2010, as atividades realizadas pelas Comissões Assessoras através do CRF-SP

foram agrupadas em oito categorias que, por sua vez, foram contabilizadas e

apresentadas no Quadro 1:

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Categoria Itens incluídos Nº de itens %

Documentos Cartilhas (roteiro geral da atuação do farmacêutico em

determinada área), Informes Técnicos, Pareceres Técnicos,

Manuais de Orientação, colaboração na elaboração dos

Fascículos (publicações temáticas, pertencentes ao Projeto

Farmácia Estabelecimento de Saúde) e em Matérias da

Revista do Farmacêutico (publicação periódica do CRF-SP

que é distribuída a todos os farmacêuticos inscritos no órgão)

283 36

Apreciação de

normas

Consultas Públicas e Projetos de Lei 66 9

Proposição de

normas

Elaboração de propostas destinadas a preencher lacunas

regulatórias. São remetidas aos órgãos competentes

(COVISA, Anvisa, CFF, MS, etc.)

45 6

Eventos do

CRF-SP:

Encontros Regionais, Fóruns, Mesas Redondas, Palestras,

Seminários, Congressos, Capacitações direcionadas aos

profissionais farmacêuticos e acadêmicos de Farmácia

(Palestras nas IES). Boa parte desses eventos são gratuitos e

abertos a todos os farmacêuticos inscritos na entidade.

106 14

Trabalhos e

Projetos

Elaboração de Projetos, Formação de Grupos de Trabalho

para aprofundar discussões, participação em Grupos Técnicos

promovendo ações específicas, realização de

Estudos/Levantamentos, Grupos Técnicos, Capacitação dos

Fiscais em áreas específicas,.

55 7

Parcerias

Externas

Campanhas, Grupos de Trabalho, Reuniões em outras

entidades e órgãos governamentais e não-governamentais

relacionados à saúde

58 7

Eventos

Externos

Participação em Seminários, Encontros, Workshops,

Simpósios e Congressos organizados por outras entidades

como palestrantes ou integrantes da cerimônia de abertura

116 15

Descentralização Organização de Comissões Regionais nas Seccionais do

CRF-SP, formando pólos de discussão regionalizada em

diversas áreas de atuação

47 6

Quadro 1 – Distribuição das Atividades Realizadas pelas Comissões Assessoras em Categorias

Legenda: COVISA = Coordenação de Vigilância em Saúde; Anvisa = Agência Nacional de Vigilância

Sanitária; CFF = Conselho Federal de Farmácia; MS = Ministério da Saúde; IES = Instituição de

Ensino Superior

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RIZZI, BISSON, MENEGASSO, KISHI, PAUFERRO, CUNHA

O total de atividades envolvendo a participação das Comissões Assessoras do CRF-

SP está representado no Gráfico 1.

Gráfico 1:

Atividades Realizadas pelas Comissões Assessoras do CRF-SP (2006-2010)

Além da totalização das atividades envolvendo a participação das Comissões

Assessoras mantidas pelo CRF-SP, cada Comissão Assessora também foi avaliada

separadamente, verificando-se quais as atividades que cada uma delas dedicou maior

atenção (Tabela 1). Cabe esclarecer que algumas atividades envolveram a participação

de várias Comissões, sendo, portanto, contabilizadas no montante de cada uma das

Comissões envolvidas.

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RIZZI, BISSON, MENEGASSO, KISHI, PAUFERRO, CUNHA

Tabela 1 – Totalização das Atividades Realizadas por Comissão Assessora

Comissão Assessora Documentos Apreciação

de Normas

Proposição

de Normas

Eventos

CRF

Trabalhos

e Projetos

Parcerias Descentralização Eventos

externos

Acupuntura 8 3 2 11 1 1 0 4 Análises Clínicas & Toxicológicas 35 6 4 10 3 5 0 10 Distribuição e Transportes 30 13 11 17 4 5 6 11 Educação Farmacêutica 25 8 4 18 11 7 0 15

Farmácia 26 11 3 8 11 4 19 6

Farmácia Clínica 3 1 1 1 1 0 0 1

Farmácia Hospitalar 27 9 7 6 13 5 4 13 Plantas Medicinais e Fitoterápicos 22 10 2 15 4 2 0 16

Homeopatia 25 7 0 7 7 6 0 4

Indústria 25 25 3 11 11 18 1 24

Pesquisa Clínica 19 9 5 9 1 0 0 2 Regulação e Mercado 4 2 1 5 0 0 0 10 Resíduos e Gestão Ambiental 15 5 1 6 2 2 0 0

Saúde Pública 29 10 5 21 4 8 15 12

Soma 293 119 49 145 73 63 45 128

Média 20,9 8,5 3,5 10,4 5,2 4,5 3,2 9,1

Desvio Padrão 9,9 5,9 2,9 5,6 4,5 4,7 6,2 6,8

A seguir, os dados obtidos para Cada Comissão Assessora foram organizados em

gráficos percentuais para facilitar a análise.

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7.1. Comissão Assessora de Acupuntura

Gráfico 2: Atividades da Comissão Assessora de Acupuntura (2006-2010)

O reconhecimento da Acupuntura como especialidade farmacêutica é relativamente

recente e se deu através da publicação da Resolução nº 353 de 23 de agosto de 2000 do

CFF. A Comissão Assessora de Acupuntura foi criada em 2008 e o principal foco de

atuação no período analisado foi a realização de eventos, merecendo destaque o Fórum

das Práticas Integrativas e Complementares (PIC), que foi desenvolvido em parceria

com outras Comissões em 2010 e replicado na Capital e no interior do Estado de São

Paulo (Bragança Paulista e Marília). Também se investiu bastante em palestras nas

Instituições de Ensino Superior (IES). Esse investimento na realização de eventos,

voltados não somente aos profissionais em exercício, mas também aos discentes de

Farmácia, é compatível com as preocupações emergentes nesta área, ainda considerada

nova e desconhecida por muitos.

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RIZZI, BISSON, MENEGASSO, KISHI, PAUFERRO, CUNHA

7.2. Comissão Assessora de Análises Clínicas e Toxicológicas

Gráfico 3:

Atividades da Comissão Assessora de Análises Clínicas e Toxicológicas (2006-2010)

Dentre todas as Comissões, esta foi a que elaborou maior número de

documentos, sobretudo Informes Técnicos, os quais foram divulgados através do Portal

do CRF-SP, tornando públicas informações que podem contribuir para a resolução de

problemas cotidianos de quem atua nessa área.

7.3. Comissão Assessora de Distribuição e Transporte

Gráfico 4:

Atividades da Comissão Assessora de Distribuição e Transportes (2006-2010)

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RIZZI, BISSON, MENEGASSO, KISHI, PAUFERRO, CUNHA

A atuação do farmacêutico na área de Distribuição e Transportes foi efetivada

apenas no final da década de 90, com a criação da Agência Nacional de Vigilância

Sanitária (Anvisa) e o surgimento de normas sanitárias específicas (BRASIL, 1999).

Nesse contexto, a Comissão Assessora de Distribuição e Transporte foi aquela que

propôs mais normas e realizou mais eventos ao longo dos últimos cinco anos. Dentre os

eventos, destacaram-se os Seminários Regionais, refletindo a necessidade de

regionalizar as discussões e provocar a mobilização dos farmacêuticos dessa área em

busca de maior espaço de atuação. Merece destaque também a contribuição desta

Comissão na proposição de normas regulamentadoras junto a Anvisa (Proposta

Regulamentação técnica da atividade de transporte terrestre de medicamentos e insumos

farmacêuticos e Proposta para Regulamentação da Atividade de Operador Logístico) e a

proposta Resolução de Âmbito do Farmacêutico em Terminais Aquaviários, Portos

Organizados, Aeroportos, Postos de Fronteiras e Recintos Alfandegados, que foi

prontamente acatada pelo CFF. Além disso, foi produzida uma elevada quantidade de

documentos, incluindo a Cartilha da Comissão (produzida em 2007 e revisada em 2009)

e uma série de Pareceres Técnicos, extremamente úteis para quem está nessa área.

7.4. Comissão Assessora de Educação Farmacêutica

Gráfico 5:

Atividades da Comissão Assessora de Educação Farmacêutica (2006-2010)

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RIZZI, BISSON, MENEGASSO, KISHI, PAUFERRO, CUNHA

A atividade que esta Comissão se dedicou com mais afinco foi a elaboração de

documentos, dentre eles o Estudo de Matrizes Curriculares dos Cursos de Farmácia do

Estado de São Paulo, onde se buscou informações junto as IES para mapear e

diagnosticar a situação atual do ensino farmacêutico no Estado de São Paulo. Além

disso, esta Comissão se destacou pela participação na realização de eventos e pelo

desenvolvimento de trabalhos e projetos. Alguns eventos da Comissão Assessora de

Educação Farmacêutica já se tornaram uma tradição e se repetem a cada ano: o Fórum

de Diretrizes Curriculares já se encontra em sua 5ª Edição e o Encontro de Professores

de Deontologia está na 3ª edição. Dentre os trabalhos mais relevantes realizados,

incluem-se a avaliação de cursos de pós em conformidade com a Resolução CFF nº

444/2006 (CFF, 2006) e a criação do Selo de Qualidade em Educação. Este Selo

representa uma forma do CRF-SP prestigiar os cursos de graduação em farmácia que

procuram oferecer uma formação diferenciada, que vai além do que o Ministério da

Educação (MEC) preconiza.

7.5. Comissão Assessora de Farmácia

Gráfico 6:

Atividades da Comissão Assessora de Farmácia (2006-2010)

A atividade a qual esta Comissão empreendeu maiores esforços foi a elaboração de

documentos. Vale ressaltar a contribuição na elaboração do Manual de Produtos Não

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RIZZI, BISSON, MENEGASSO, KISHI, PAUFERRO, CUNHA

Relacionados à Saúde. Esse Manual foi divulgado pelo Portal e também foi impresso e

distribuído durante os eventos realizados pelo CRF-SP teve grande repercussão,

servindo de base para medidas restritivas emitidas pela Anvisa no sentido de coibir a

venda de produtos não relacionados à saúde nos estabelecimentos farmacêuticos.

Quando comparada às outras Comissões, a Comissão de Farmácia se destacou pela

participação em Grupos de Trabalho e Projetos diversos (contemplando, dentre outros, a

discussão sobre os produtos alheios e também sobre o plano de carreira para gerentes

farmacêuticos) e também pela criação de Comissões Regionais, atingindo o número

recorde de 19 Comissões em cinco anos.

7.6. Comissão Assessora de Farmácia Clínica

Gráfico 7:

Atividades da Comissão Assessora de Farmácia Clínica (2006-2010)

A atividade que mais mobilizou esta Comissão, criada em agosto/2009, foi a

elaboração de documentos. Membros da própria Comissão, com larga experiência na

área de Farmácia Clínica, ofereceram subsídio a diversas matérias da Revista do

Farmacêutico, ajudando a reconhecer e divulgar esta área emergente.

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7.7. Comissão Assessora de Farmácia Hospitalar

Gráfico 8:

Atividades da Comissão Assessora de Farmácia Hospitalar (2006-2010)

Esta Comissão participou de elevado número de proposições de normas e

desenvolvimento de projetos, além de produzir um número expressivo de documentos

no período analisado. A título de exemplo, vale ressaltar a publicação da Cartilha de

Farmácia Hospitalar, material que oferece um panorama geral da atuação do

farmacêutico nessa área e a proposta de alteração da Resolução CFF nº 300/97, que foi

levada em consideração na redação da Resolução que a substituiu – a Resolução n º 492,

publicada em 26 de novembro de 2008 (CFF, 2008). Dentre os projetos, pode-se

destacar o Grupo de Trabalho de Auditores, que gerou proposta de resolução para o

CFF regulamentar esta área de atuação no âmbito farmacêutico, e o Serviço de

Orientação Farmacêutica, desenvolvido em parceria com o Departamento de Orientação

Farmacêutica do CRF-SP e que, devido ao sucesso, servirá de modelo para outros

projetos de orientação, envolvendo outras Comissões em futuro próximo.

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7.8. Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos

Gráfico 9:

Atividades da Comissão Assessora de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (2006-2010)

Esta Comissão Assessora iniciou suas atividades em 01 de julho de 2005,

inicialmente como um Grupo de Trabalho de Fitoterapia. Em 2009, a Comissão de

Fitoterapia já constituída decidiu mudar a nomenclatura para “Comissão de Plantas

Medicinais e Fitoterápicos”, por entender que este nome seria mais abrangente com

relação às atividades realizadas pelos farmacêuticos atuantes nesta área. Dentre suas

realizações, o maior investimento foi na elaboração de documentos e na realização de

eventos, muitos deles realizados em parceria com outras Comissões representativas das

PIC (Acupuntura e Homeopatia), tais como os Fascículos do Projeto Farmácia

Estabelecimento de Saúde e os Fóruns de PIC.

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7.9. Comissão Assessora de Homeopatia

Gráfico 10:

Atividades da Comissão Assessora de Homeopatia (2006-2010)

Uma das atividades na qual esta Comissão esteve mais envolvida foi a elaboração de

documentos, incluindo Parecer Técnico sobre as propriedades terapêuticas do mel, para

avaliar se este produto deveria ser considerado alheio ao ramo farmacêutico ou não.

Este trabalho foi remetido a Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA) para

subsidiar suas ações.

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7.10. Comissão Assessora de Indústria

Gráfico 11:

Atividades da Comissão Assessora de Indústria (2006-2010)

Esta Comissão foi a que propôs mais normas no período analisado, evidenciando

uma nítida preocupação em oferecer maior amparo legal ao farmacêutico no exercício

de suas atribuições na indústria. A Comissão Assessora de Indústria participou,

inclusive, do Grupo de Trabalho do CFF que elaborou a Resolução de âmbito para

definir as atribuições do farmacêutico na indústria e importação de produtos para a

saúde – a resolução 448/2006 (CFF, 2006).

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7.11. Comissão Assessora de Pesquisa Clínica

Gráfico 12:

Atividades da Comissão Assessora de Pesquisa Clínica (2006-2010)

Esta Comissão investiu significativamente na elaboração de documentos. A

primeira Cartilha de Pesquisa Clínica foi lançada pelo CRF-SP em 2007 e em 2009 foi

feita a primeira revisão. A atualização se justifica por que a pesquisa no Brasil tem

sofrido uma grande reestruturação nos últimos 15 anos, sendo uma área que necessita de

profissionais bem preparados, conhecedores não só dos aspectos técnicos, como

também da legislação em vigor. Essa preocupação se justifica porque a atuação do

farmacêutico na realização de pesquisas envolvendo a participação de seres humanos

ainda é recente.

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7.12. Comissão Assessora de Regulação e Mercado

Gráfico 13:

Atividades da Comissão Assessora de Regulação e Mercado (2006-2010)

Esta Comissão Assessora foi criada com o objetivo de discutir assuntos do setor

de saúde que permeiam vários elos da cadeia farmacêutica, precisando ser analisados

sob um olhar sistêmico, por farmacêuticos atuantes em vários segmentos. A atividade

na qual esta Comissão mais se destacou com relação às demais foi a realização de

eventos, exercendo um papel fundamental na organização do Fórum Interno de

Fracionamento de medicamentos em outubro/2010. Este Fórum também contou com a

participação de membros das Comissões Assessoras de Indústria, Saúde Pública,

Farmácia Hospitalar e Farmácia e teve por objetivo fomentar uma proposta viável de

fracionamento nas farmácias e drogarias.

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7.13. Comissão Assessora de Resíduos e Gestão Ambiental

Gráfico 14:

Atividades da Comissão Assessora de Resíduos e Gestão Ambiental (2006-2010)

Esta Comissão participou ativamente das atividades desenvolvidas pelo CRF-SP

entre 2006 e 2008, ficando inativa entre 2009 e 2010. Seu foco principal foi a

elaboração de documentos técnicos, dentre eles a Cartilha de Resíduos e Gestão

Ambiental, que subsidiam a atuação do farmacêutico no que se refere ao descarte

seguro de resíduos oriundos dos serviços de saúde.

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7.14. Comissão Assessora de Saúde Pública

Gráfico 15:

Atividades da Comissão Assessora de Saúde Pública (2006-2010)

A Comissão de Saúde Pública foi a segunda Comissão no ranking de criação de

Comissões Regionais (foram criadas 15 Comissões nesses últimos cinco anos),

demonstrando uma nítida preocupação de discutir os problemas e buscar soluções

apropriadas a realidade de cada região. Outras grandes preocupações desta Comissão

foram a elaboração de documentos e a realização de eventos. Um dos documentos mais

importantes elaborados por esta Comissão, fruto de debates envolvendo diversos

farmacêuticos atuantes na área, é o documento de Diretrizes para Estruturação da

Assistência Farmacêutica Municipal, que já se encontra em sua 2ª edição, publicada em

2009. Dentre os eventos, o I Encontro das Comissões Assessoras de Saúde Pública do

CRF-SP e o I Fórum de Farmacêuticos atuantes na Saúde Pública, ambos realizados em

São Pedro, no ano de 2008, tiveram um papel essencial no direcionamento das ações

desta Comissão.

8. Conclusões

O principal objetivo de um Conselho de Classe é zelar pelo exercício de uma

profissão, garantindo-lhe espaço para oferecer produtos e serviços que atendam às reais

demandas da sociedade, respaldada pela competência técnico científica necessária a sua

formação e contínua atualização e, sobretudo, pelos preceitos éticos. Nesse sentido,

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cabe analisar os objetivos de cada categoria de atividades realizada pelas Comissões

Assessoras e compreender qual a sua contribuição para os objetivos maiores do CRF-

SP.

A elaboração de documentos pelas Comissões Assessoras do CRF-SP foi, em

números totais, a atividade que mais se destacou. Esses documentos têm o papel de

transmitir conhecimentos e informações importantes para a atuação dos profissionais.

Vale dizer também que, todo documento elaborado pelo CRF-SP, além de levar

conhecimentos e informações, também tem sempre um caráter “provocativo”,

fomentando mudanças de atitude.

A apreciação de normas tem um papel fundamental dentro da entidade, sendo

necessário avaliar permanentemente o impacto das novas regulamentações sobre o

âmbito de atuação do profissional, procurando preservar sempre a sua autonomia para

exercer a profissão com ética e competência. A proposição de normas vem ao encontro

desta mesma necessidade, visando preencher lacunas regulatórias para que o

farmacêutico tenha o devido respaldo legal no exercício de suas atividades, sempre

relacionadas, direta ou indiretamente à saúde das pessoas. De modo geral, a

regulamentação da profissão e do setor farmacêutico são importantes para garantir a

qualidade e a segurança dos produtos e serviços prestados pelos farmacêuticos nas suas

diversas áreas de atuação. Se somados os números de proposição e apreciação de

normas (168 itens no total), pode-se concluir que houve um investimento significativo

nesse quesito, refletindo uma preocupação inerente às funções do próprio CRF-SP.

Dentre as Comissões que mais propuseram normas, destacaram-se a de Distribuição e

Transportes, possivelmente por representar um mercado de trabalho de inserção recente

para o farmacêutico. Também houve destaque em áreas que sofreram grandes

transformações, tais como a Indústria (possível conseqüência do processo de

reestruturação do próprio órgão regulador no país – criação da Anvisa em 1999) e a

Farmácia Hospitalar (área que vem demandando um novo perfil profissional,

acompanhando uma tendência mundial que requer um profissional que contemple

competências clínicas, humanísticas e gerenciais).

Os eventos do CRF-SP de modo geral, assim como os documentos, têm o intuito de

divulgar informações importantes para o profissional, contribuindo também para

promover a visibilidade da profissão perante a sociedade como um todo. As Comissões

Assessoras tiveram papel fundamental na detecção dos temas mais relevantes para a sua

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área de atuação e também durante a realização dos mesmos, permitindo não só a

divulgação de informações, mas também fomentando o debate e servindo para ampla

troca de experiências. Além disso, os eventos do CRF-SP têm se mostrado, cada vez

mais, como boas oportunidades para intercâmbio com outras entidades, abrindo espaço

para realização de trabalhos em parceria.

A participação das Comissões na elaboração de Trabalhos e Projetos permitiu o

desenvolvimento e consolidação de ações com foco bem específico, visando, muitas

vezes, benefícios diretos à comunidade, tais como o Manual de Produtos não

Relacionados à Saúde, cuja primeira edição foi produzida pelo CRF-SP em 2006.

Os trabalhos desenvolvidos em nível de Parcerias Externas são importantes para

unir forças com outras entidades. Importante destacar que, muitas vezes, o CRF-SP,

através de suas Comissões Assessoras, exerceu um papel proativo nessas parcerias, ou

seja, a entidade não foi simplesmente convidada a participar de trabalhos envolvendo

outras entidades representativas da categoria farmacêutica e/ou da defesa da saúde de

modo geral, mas partiu dela a manifestação de interesse.

Por outro lado, a participação do CRF-SP em eventos externos ocorreu, na maior

parte das vezes, por meio de convite para realização de palestras ou composição de

mesas de abertura ou mesas redondas em eventos realizados não só em São Paulo, como

também em outros Estados. Nessas situações, o fato do CRF-SP possuir Comissões

Assessoras compostas por farmacêuticos experientes em diversas áreas, contribui para o

melhor aproveitamento dessas oportunidades que, por sua vez, trazem maior

visibilidade ao Conselho.

Por último, a descentralização das Comissões Assessoras é um mecanismo que,

além de proporcionar a oportunidade dos profissionais de diversas regiões do Estado

discutirem os problemas de sua área, permite ao CRF-SP multiplicar suas ações,

atingindo um público muito maior.

Em suma, pode-se de dizer que todo o trabalho realizado pelo CRF-SP com a

participação ativa dos membros das Comissões Assessoras, contribui significativamente

para alcançar seu objetivo maior, que é zelar pelos legítimos interesses da profissão

farmacêutica. As Comissões Assessoras, na verdade, representam um mecanismo eficaz

no qual farmacêuticos voluntários podem desenvolver atividades em benefício de toda a

categoria profissional, o que gera como principais resultados: atuação do farmacêutico

não apenas tecnicamente competente, mas também eticamente preparado para enfrentar

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os desafios que lhe são impostos; sensibilização dos profissionais, estudantes e

sociedade em geral quanto ao âmbito de atuação e as responsabilidades envolvidas;

articulação de parcerias com outras entidades que tenham interesses semelhantes; e,

finalmente, legitimar a profissão e seu âmbito de atuação.

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9. Bibliografia Consultada

BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 3.820, de 11 de novembro de 1960. Cria o

Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Farmácia, e dá outras providências,

1960. Diário Oficial da União [da República Federativa do Brasil]. Brasília, 21 nov

1960. Disponível em: http://www.cff.org.br/userfiles/file/leis/3820.pdf. Acesso em

20/02/2011 Acesso em 20/01/2011.

BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 9.782, DE 26 DE JANEIRO DE 1999. Define o

Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Vigilância

Sanitária, e dá outras providências. Disponível em:

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CRF, Conselho Regional de Farmácia. Relatório de Gestão 2006. São Paulo: Conselho

Regional de Farmácia, Secretaria das Comissões Assessoras, 2006.

CRF, Conselho Regional de Farmácia. Relatório de Gestão 2007. São Paulo: Conselho

Regional de Farmácia, Secretaria das Comissões Assessoras, 2007.

CRF, Conselho Regional de Farmácia. Relatório de Gestão 2008. São Paulo: Conselho

Regional de Farmácia, Secretaria das Comissões Assessoras, 2008.

CRF, Conselho Regional de Farmácia. Relatório de Gestão 2009. São Paulo: Conselho

Regional de Farmácia, Secretaria das Comissões Assessoras, 2009.

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11/03/2011

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Regulamenta o exercício profissional nos serviços de atendimento pré-hospitalar, na

farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, de natureza pública ou privada.

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