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Apresetação Gadanha

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UECE –  CH – FILOSOFIAHISTÓRIA DA FILOSOIFA V

Prof. GadanhaÍtalo Vieira Lima –  1230910

APRESENTAÇÃO DO SEMINÁRIO

O Estado e o indivíduo sob o Nacional-Socialismo

1.  O que é o Nacional-Socialismo? Com a pergunta procuramoscompreender o que efetivamente foi Nazismo. Foi, então, o Nazismouma revolução? Caso não, uma restauração de momento anterior daAlemanha?

“ Hoje em dia, não é mais necessário rebater a falsa ideia de que o nacional-socialismo

teria constituído uma revolução. Sabe-se hoje que esse movimento não transformou a

organização fundamental do processo de produção, cuja matriz permaneceu nas mãos

de grupos sociais específicos que controlam os meios de produção sem se preocuparem

com as necessidades e interesses da sociedade em seu conjunto.” 

“O nacional-socialismo também não é uma restauração social e política, ainda que

tenha, em grande medida, reinstalado no poder forças e grupos de interesse que a

 República de Weimar tinha ameaçado ou contido...”. 

Ao se colocar diante da questão do Nacional-Socialismo, Marcuse

 busca entendê-lo de uma forma mais profunda, e numa constatação

inicial, percebe que o Nazismo, como se tornou conhecido

 posteriormente, não é uma revolução, nem mesmo uma restauração de um

estado anterior, no caso, a República de Weimar. Referindo-se à

revolução, a organização econômica do Terceiro Reich não alterou as

 bases do processo produtivo, os meios de produção continuaram no

domínio de grupos sociais menores que não consideraram as necessidades

sociais como um todo, mantendo assim, a dominação dos meios de

 produção nas mãos de poucos e, consequentemente, a exploração do

 proletariado. Em relação à restauração, àquilo que Marcuse se reporta

como modelo é a República de Weimar, menciona, então que alguns

setores da sociedade foram transformados, estes ganham outra

configuração. São estes: o exército que não mais é um lugar da disciplina

 prussiana e do feudalismo, doravante foi organizado com princípios

 pseudodemocráticos; também, toda a estrutura social teve que reconhecer

um no líder, no caso, der Führer .

2.  Acerca das características do Estado moderno enquanto umparadigma para compreensão da configuração do Estado no

nacional-socialismo.“O Estado moderno  –   e tratamos apenas desta forma de Estado  –   foi instituído e

organizado fora das relações humanas que era visto como apodítico e sujeito as suas

 próprias lei e padrões. […] O domínio da lei, o monopólio do poder coercitivo, e a

 soberania nacional foram as três características do Estado moderno que mais

claramente expressam a divisão racional de funções entre o Estado e a sociedade…” 

“O Estado se constituía de um campo de administração calculada, que permanecia

distinto do campo da sociedade propriamente dia”.

 No propósito de entender a mudança que o nazismo começou a

realizar a partir de 1933, Marcuse procura entender como o Estado se

apresentava nesse regime, o paradigma, portanto, para uma comparação, é

o Estado moderno, como este era em sua configuração. O Estado moderno

que foi visto como apodítico, ou seja, necessário, e não tinha por objetivo

 principal interferir nas relações privadas, tais como família, igreja, etc.,

entretanto, há uma questão que deve ser levantada aqui, em que caso o

Estado poderia intervir na vida social? “O Estado reconhecia que certos direitos

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 sociais inerentes antecediam seu próprio poder e sua interferência era justificada e

aceita apenas na medida em que salvaguardasse, promovesse, ou restaurasse direitos”. 

 No intuito de confirmar certos direitos sociais dos indivíduos, o Estado

tinha o dever de fazer intervenção nesse caso, com tal finalidade.

Resumimos aqui, portanto, três características principais, segundo

Marcuse, do Estado moderno: o domínio da lei, o monopólio do poder

coercitivo, soberania nacional. 

3. Sobre a manobra feita pelo nazismo na esfera do Estado, suas

transformações, assim, tem um caráter de instrumentalização doEstado: o Estado como máquina e a política imperialista.

“O E  stado nacional-socialista emerge assim como a soberania tripartite da indústria,

do partido e das forças armadas, que dividiram entre si o monopólio do poder coercitivo

anterior”. 

“Esta máquina, que abrange a vida de homens em toda parte, é a mais aterradora, uma

vez que, em toda a sua eficiência e pr ecisão, é totalmente incalculável e imprevisível”. 

Em contraste com o modelo moderno de Estado, agora, veremos

aqui a transformação deste no regime nazista. Referindo-se ao nazismodiz: “O Terceiro Reich não promove a assim chamada totalidade do

 Estado,  mas o movimento nacional-socialista”. A ideia do Estado

enquanto separado da sociedade e com fim em-si mesmo foi abandonada,

a partir de então este deveria funcionar como um meio, instrumento para a

implantação e confirmação do regime nazista e conforme o argumento de

Marcuse, o Estado, dessa maneira, fazia parte de uma totalidade maior. O

que temos agora, sobre o Estado é uma política imperialista, o Estado que

era visto no período moderno como “separado” tinha, de agora em diante,

a função de agente executivo da economia nazista e sua expansão. Assim,

as barreiras entre Estado e sociedade foram removidas, razão dessa nova

função do Estado. O impacto que essa ideia causou no corpo social foi

gritante, os grupos sociais, sempre antagônicos viram os antigos senhores,

que era anteriores a República de Weimar, retornarem, contudo, mas

modernos, com outra roupagem.

Ora, com intuito de manter a política imperialista, o nazismo criou

uma nova divisão do poder para atuar sobre o todo social. Uma

característica dessa política imperialista era o terrorismo ideológico

oriundo do partido. Abaixo a nova divisão do poder.

Essa soberania tripartite dividia o monopólio do poder coercitivo,

contudo, esses três grupos nunca foram homônimos, a sua

heterogeneidade engrendra a disputa, a discórdia entre eles, mas, o

elemento que fazia a união das divergências era os interesses que cada um

tinha que eram personificados no Hitler, locus de conciliação, não na sua

soberania. Portanto, o argumento de Marcuse mostra claramente que o Führer  não era soberano em-si mesmo, tinha influência ideológica sobre a

massa, mas ele tinha uma dívida com os grupos imperialistas aos quais

sempre esteve ligado, a tarefa deste então era expandir essa dominação,

contudo, o interesse dessa dominação era econômico, não, por exemplo, a

ideologia de uma raça superior que na verdade exaltava Alemanha como a

 potência mundial.

ESTADOMODERNO

O DOMÍNI O DALEI  

MONOPÓLI O DOPODER

COERCITIVO  

SOBERANIANACIONAL

Hitler: locus  de

conciliação

Soberania daIndústria

 

Soberania do

Partido

Soberania dasforças armadas