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Grupo E 2009/2010 Aquecimento Global: Uma emergência planetária? ESCOLA SECUNDÁRIA DE DOMINGOS SEQUEIRA Área de Projecto 12ºE Professora Júlia Moço Diogo Castelão Nº13 Gonçalo Gomes Nº17 Hernâni Ferreira Nº18

Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

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ESCOLA SECUNDÁRIA DE DOMINGOS SEQUEIRA

Área de Projecto 12ºE Professora Júlia Moço

Diogo Castelão Nº13 Gonçalo Gomes Nº17

Hernâni Ferreira Nº18

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Sumário

Agradecimentos ................................................................................................................ 5

Introdução ......................................................................................................................... 6

Equilíbrio Global ............................................................................................................... 8

Perspectivas do Aquecimento Global ............................................................................ 13

Causas do Aquecimento Global ..................................................................................... 17

Consequências actuais do Aquecimento Global ........................................................... 20

Degelo dos glaciares .................................................................................................. 20

Danos na biodiversidade e na sociedade humana .................................................... 21

Furacões ..................................................................................................................... 22

Secas e Inundações ................................................................................................... 22

Consequências futuras do Aquecimento Global............................................................ 24

Degelo e a subida do nível médio das águas do mar ................................................ 24

Territórios submersos ................................................................................................. 26

Extinção/deslocação de seres vivos .......................................................................... 26

Maior ocorrência de catástrofes naturais ................................................................... 27

Consequências económicas ....................................................................................... 29

Medidas Preventivas ...................................................................................................... 31

Medidas individuais..................................................................................................... 32

Medidas Empresariais/Fabris ..................................................................................... 33

Medidas de Intervenção do Estado ............................................................................ 34

Condições ambientais a respeitar .......................................................................... 35

Cimeira de Copenhaga e Protocolo de Quioto .......................................................... 36

Protocolo de Quioto ................................................................................................ 36

Cimeira de Copenhaga ........................................................................................... 38

Conclusão ....................................................................................................................... 40

Bibliografia ...................................................................................................................... 42

Bibliografia Gráfica ......................................................................................................... 44

Anexos ............................................................................................................................ 45

Inquérito ...................................................................................................................... 46

Entrevista .................................................................................................................... 54

Jornais ......................................................................................................................... 60

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Índice de Ilustrações

ILUSTRAÇÃO 1 – TIPOS DE SISTEMAS. ................................................................... 8

ILUSTRAÇÃO 2 – ESQUEMA QUE CARACTERIZA A INTERACÇÃO ENTRE O SOL E A TERRA.

................................................................................................................... 9

ILUSTRAÇÃO 3 – ESQUEMA DA INTERACÇÃO ENTRE SUBSISTEMAS NO SISTEMA TERRA.

................................................................................................................. 10

ILUSTRAÇÃO 4 - MITOS DA NATUREZA.................................................................. 13

ILUSTRAÇÃO 5 – MITOS DA NATUREZA HUMANA ................................................... 15

ILUSTRAÇÃO 6 – CONJUNÇÃO DAS DUAS IMAGENS ANTERIORES ............................. 16

ILUSTRAÇÃO 7 – ALTERAÇÕES CAUSADAS PELO HOMEM AO LONGO DO TEMPO. ....... 17

ILUSTRAÇÃO 8 – DEGELO DE UM GLACIAR NO ALASCA. .......................................... 20

ILUSTRAÇÃO 9 – MORTES EM PAÍSES EUROPEUS DEVIDO ÀS ALTAS TEMPERATURAS . 21

ILUSTRAÇÃO 10 – VARIAÇÕES DE TEMPERATURA EM COMPARAÇÃO COM A MÉDIA DE

TEMPERATURAS DE 1961 A 1990.................................................................. 21

ILUSTRAÇÃO 11 – TORNADO NOS EUA ................................................................ 22

ILUSTRAÇÃO 12 – SECA EXTREMA ....................................................................... 22

ILUSTRAÇÃO 13 – INUNDAÇÕES NA MADEIRA ........................................................ 23

ILUSTRAÇÃO 14 – PROGRESSÃO DO NÍVEL DO MAR CAUSADO PELO DEGELO ............ 24

ILUSTRAÇÃO 15 – COMO OCORRE O DEGELO. ....................................................... 25

ILUSTRAÇÃO 16 – DESASTRES QUE PODEM OCORRER COM O AQUECIMENTO GLOBAL 28

ILUSTRAÇÃO 17 ................................................................................................. 38

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Agradecimentos

Este trabalho deve muito a alguns professores e instituições, e portanto

o grupo gostaria de agradecer:

À nossa professora de Área de Projecto, Professora Júlia Moço, que nos

guiou na realização deste trabalho ao longo deste ano.

À professora de Geologia, Professora Ana Melo, por ter ajudado na

realização dos inquéritos.

Ao professor Paulo Renato Parreira por se ter disponibilizado a realizar a

entrevista que se pode observar nos anexos.

À Quercus que respondeu ao nosso e-mail, disponibilizando alguns sites

portugueses com informação que respondia a todas as nossas questões.

A todas as turmas que se disponibilizaram a preencher os inquéritos.

A todos agradecemos profundamente.

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Introdução

Fundamentação da escolha

Na nossa sociedade, enfrentamos uma crise de valores e costumes no

que diz respeito ao consumismo. Surgiu assim a ideia de realizar um trabalho

que abordasse um fenómeno que resulta dos valores actuais desta sociedade.

O tema escolhido foi então: “Aquecimento Global”, pois este é um

assunto muito debatido na actualidade que a todos diz respeito.

Tema/Problema

O aquecimento global é um dos temas científicos mais controversos da

actualidade, e que desafia toda a estrutura da nossa sociedade. O problema é

que este não é um tema que diz apenas respeito à comunidade científica mas

também engloba outros ramos como economia, sociologia, geopolítica, politica

local, e também a maneira como cada individuo se comporta no seu dia-a-dia.

Para resolver este problema todos estes ramos terão que cooperar para

encontrar uma solução.

Objectivos

O objectivo do trabalho é conseguir uma ideia mais aprofundada do que

é o Aquecimento Global, procurando assim esclarecer de forma sumária em

que consiste este fenómeno, quais as suas causas, consequências, medidas

preventivas e perspectivas.

Usando a informação recolhida no primeiro objectivo referido, surge

outro objectivo que procura sensibilizar a comunidade escolar sobre este tema

e também disponibilizar-lhe a informação adquirida pelo grupo de trabalho.

Como objectivo final temos a resposta a nossa questão problema:

“Aquecimento Global, uma emergência planetária?”

Metodologia

Ao longo deste ano lectivo o nosso grupo desenvolveu um projecto cujo

tema era o “Aquecimento Global” e de que este trabalho escrito faz parte.

Começámos por definir o que apresentaríamos como produto final, as

actividades que faríamos para responder a objectivos definidos anteriormente.

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Os produtos finais eram: este trabalho escrito, uma apresentação oral

com PowerPoint, o blogue e uma maqueta que posteriormente foi mudado para

um cartaz. Para conseguir realizar estes produtos fizemos algumas actividades

como a entrevista e os inquéritos (ambos presentes nos anexos) para termos a

opinião de várias entidades (alunos e professores) sobre este tema. Também

fizemos pesquisa em jornais, livros, enciclopédias, documentários, em

organizações, na internet, em revistas e onde utilizámos também alguns dados

de inquéritos e da entrevista.

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Equilíbrio Global

A Terra é uma porção limitada do Universo em interacção com outros

componentes deste Universo. É um planeta activo, com permanente

dinamismo devido à sua actividade geológica, mas mantendo um equilíbrio

com a porção do Universo que o rodeia.

A energia externa que mais directamente influencia a Terra é a energia

que irradia do Sol. A energia solar activa o movimento atmosférico, impulsiona

o ciclo da água, proporciona o calor necessário às reacções químicas que

afectam as rochas superficiais, mantém uma temperatura adequada à

manutenção da vida e é utilizada pelos seres vivos fotossintéticos.

Qualquer porção do Universo, com diferentes componentes em

interacção, de um modo organizado, pode-se considerar um sistema. Dentro

deste conceito podemos considerar o sistema Terra, onde existem

reservatórios de matéria e de energia, entre os quais ocorre continuamente

circulação de materiais

e fluxos de energia.

Os sistemas

podem apresentar

diferentes

características de

acordo com a natureza

das fronteiras.

As inter-relações

dos sistemas com o

meio circundante são

diversas, permitindo considerar três tipos de sistemas:

Sistema isolado – Não existe permuta de matéria nem de

energia através das suas fronteiras. Na Natureza não existem

sistemas completamente isolados.

Sistema fechado – Ocorre intercâmbio energético através dos

seus limites, mas não há permuta de matéria.

Ilustração 1 – Tipos de Sistemas.

Page 9: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

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Sistema aberto – Ocorre intercâmbio de energia e de matéria

através das respectivas fronteiras.

A Terra estabelece

trocas energéticas com o

Universo. Recebe energia

emanada do Sol, que é

utilizada em vários

processos biológicos e

geológicos, e transfere

energia para o espaço sob

a forma de energia

térmica. O intercâmbio de

matéria da Terra com o

exterior é, na actualidade,

diminuto e insignificante,

quando comparado com

as dimensões do nosso

planeta.

Pequenas quantidades de hidrogénio e hélio sobem na atmosfera devido

à sua baixa densidade e escapam para o Espaço, enquanto alguma matéria

proveniente da queda de meteoritos ou de poeiras cósmicas se junta à matéria

terrestre. No entanto, em termos globais, na actualidade esse intercâmbio é

desprezável, não afectando a massa terrestre, que se mantém relativamente

estável há cerca de 4000 M.a. Nestas circunstâncias pode considerar-se a

Terra um sistema quase fechado, embora não o seja verdadeiramente devido

às pequenas trocas de matéria.

Os geólogos estudam a Terra como um conjunto integrado de diferentes

componentes em interacção, constituindo cada um desses componentes um

subsistema. Tradicionalmente, consideram-se quatro subsistemas principais:

hidrosfera, atmosfera, geosfera e biosfera.

Ilustração 2 – Esquema que caracteriza a interacção entre o Sol e a Terra.

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Os subsistemas considerados são enormes reservatórios de matéria e

de energia que funcionam como sistemas abertos, interagindo de diferentes

modos e mantendo, em regra, um equilíbrio dinâmico (equilíbrio global).

Ilustração 3 – Esquema da interacção entre subsistemas no sistema Terra.

Page 11: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

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Hidrosfera – A presença de água líquida abundante na Terra é uma das

características que faz dela um planeta especial.

O termo hidrosfera vem do grego: hidro + esfera = esfera da água.

Compreende todos os rios, lagos, lagoas e mares e todas as águas

subterrâneas, bem como as águas marinhas e salobras, águas glaciais e

lençóis de gelo, vapor de água, as quais correspondem a 71% de toda a

superfície terrestre.

Atmosfera – É formada pela camada gasosa que envolve os outros

subsistemas, podendo também penetrar nesses subsistemas. É possível

distinguir na atmosfera diferentes camadas, tendo em consideração,

essencialmente, a variação da temperatura, a pressão e a composição.

Geosfera – É representada pela parte sólida, quer superficial quer

profunda, da Terra, sendo o subsistema de maiores dimensões. Embora o

núcleo externo esteja no estado líquido, ele faz igualmente parte da Geosfera.

A zona superficial da Geosfera serve de suporte a grande parte da vida

terrestre, fornecendo muitos dos materiais necessário à manutenção dessa

vida. As plantas terrestres, por exemplo, captam do solo grande parte dos seus

nutrientes e muitos dos produtos resultantes da decomposição de restos

orgânicos e dos cadáveres ficam integrados na Geosfera.

Biosfera – Inclui o conjunto dos seres vivos que povoam a Terra,

integrados no respectivo meio abiótico. Os seres vivos interagem

continuamente com os diferentes subsistemas, influenciando-se mutuamente.

A vida terrestre está principalmente concentrada próximo da superfície. As

raízes das plantas e alguns animais voadores, aves e insectos podem atingir

alguns quilómetros acima da superfície da crusta.

A vida nos oceanos está principalmente concentrada na zona até onde

penetra a luz solar. Há, no entanto, comunidades de seres que vivem, por

exemplo, em grandes profundidades oceânicas, submetidas a altas pressões

e/ou elevadas temperaturas e onde a luz não penetra.

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Os seres vivos dependem do ambiente físico-químico para a sua

sobrevivência. Contudo, os seres vivos também exercem importantes

influências sobre esse meio. Sem os seres vivos, a Geosfera, a Hidrosfera e a

Atmosfera seriam bem diferentes daquilo que são.

Qualquer alteração num dos subsistemas terrestres afecta os outros,

desencadeando, eventualmente, mudanças até ao estabelecimento de um

novo equilibro.

Os fenómenos climáticos e meteorológicos são a expressão do

funcionamento deste sistema climático terrestre.

O sistema Terra depende das interacções entre os diferentes

subsistemas.

Muitas vezes ocorrem sequências de acontecimentos que alteram

temporariamente as condições de equilíbrio. Por exemplo uma grande erupção

vulcânica pode expelir para a atmosfera uma quantidade de cinzas tão grande

que poderão provocar mudanças climáticas traduzidas em inundações em

determinados locais, secas noutras regiões, e, eventualmente, afectar a

produção vegetal e as cadeias alimentares. Esporadicamente, podem mesmo

acorrer alterações no sistema Terra tão drásticas que criem desequilíbrios

graves responsáveis pela extinção de muitas espécies.

O facto de a Terra ser um sistema quase fechado tem algumas

implicações. Os recursos da Terra são finitos, o que significa que é necessário

fazer uma gestão racional dos recursos naturais. Outra consequência de viver

num sistema fechado é que os materiais residuais permanecem dentro das

fronteiras do sistema, nomeadamente materiais poluentes, podendo afectar o

seu equilíbrio.

Foi nesta Terra complexa e dinâmica que viveram os dinossauros,

sujeitos a movimentos crustais, a erupções vulcânicas, às consequências de

impactos meteoríticos e a mudanças climáticas que poderiam afectar as suas

condições de sobrevivência.

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Perspectivas do Aquecimento Global

Apesar de existirem fortes evidências cientificas que apoiam o

aquecimento global, ainda existem várias opiniões no que diz respeito ao que o

futuro nos guarda.

Uma perspectiva interessante sobre este assunto foi apresentada pelo

Professor John Adams da Universidade de Londres. Ele sugere que a

perspectiva de cada pessoa depende de como cada um vê a natureza (se a

vemos como “benigna” e que aguenta com todos os danos que lhe possamos

causar, ou se a vemos como “malévola” e pode reagir mal a pequenas

intervenções humanas). Como Douglas e Wildavsky (1983) perguntam e

respondem no seu livro (“Risk and Culture”): Podemos saber os riscos que

enfrentamos e enfrentaremos no futuro? Não, não sabemos, mas sim, temos

que agir como se soubéssemos.

John Adams desenvolveu os “quatro mitos da natureza” e os “quatro

mitos da natureza humana” e combinou-os para olhar o intervalo das respostas

individuais a certos riscos e incertezas. Posteriormente, esta combinação foi

alterada por Mark Maslini para que estivesse directamente relacionado com o

Aquecimento Global.

i Líder do Departamento de Geologia de Londres e director do Instituto do Ambiente de Londres. Foi também o autor do livro a partir do qual esta informação foi retirada (“Global Warming: A Very Short Introduction”)

Ilustração 4 - Mitos da Natureza

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1. Natureza Benigna: De acordo com este mito, a natureza é previsível,

beneficente, resistente e estável. Mesmo quando o choque é violento, a

bola tende a parar na posição inicial (ver ilustração 4), ou seja, não

importa o quão grande é o choque, a natureza acaba por se recuperar

ficando exactamente como era antes. Se a natureza é benigna, não

precisa de ser gerida pois ela consegue recuperar-se sempre.

2. Natureza Transitória: A natureza é frágil e insegura. Podem ocorrer

catástrofes graças à intervenção humana. O objectivo da gestão

ambiental deve ser proteger a natureza do ser humano. Este mito insiste

que as pessoas têm que ter cuidado com o ambiente e a regra número

um é a precaução.

3. Natureza Tolerante: Esta é uma combinação dos dois mitos anteriores.

Dentro de certos limites, a natureza comporta-se de maneira previsível.

É tolerante a choques pequenos, mas tem que se ter cuidado para não

deixar a bola sair do copo (ver ilustração 4). Regulação é necessária

para prevenir excessos maiores e deixar o sistema ambiental recuperar

de danos menores.

4. Natureza Inconstante: A natureza é completamente imprevisível. Não é

necessária a sua gestão, pois o futuro tanto pode ser bom como mau,

mas em nenhuma situação pode ser controlado pelo ser humano.

A sociedade baseia os seus pontos de vista em muitos factores: nos seus

próprios valores, na agenda (financeira ou politica) de alguém, ou algo que

alguém acredite neste momento. De qualquer maneira o ponto de vista de

alguém varia de acordo com a maneira que cada pessoa vê o mundo.

Sociologistas sugeriram um sistema de grelhas para olhar crenças individuais.

Um eixo na horizontal da esquerda para a direita é uma medida de como a

natureza humana varia (de uma perspectiva individualista para uma

perspectiva colectiva), enquanto que o eixo vertical varia do topo onde está a

desigualdade e o fundo onde se localiza a igualdade, sendo este eixo uma

medida das restrições que um individuo está sujeito.

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1. Os Individualistas são

empresários relativamente livres de

qualquer tipo de controlo. Desejam

controlar o seu próprio ambiente e as

pessoas que contactam. O sucesso

destes é frequentemente medido pela

qualidade de vida e o número de

pessoas que lideram. Por exemplo, os

barões do petróleo.

2. Os Hierarquistas têm fortes

ligações no seu grupo e têm também

muitas obrigações. As relações no mundo são hierárquicas e toda a

gente sabe o seu lugar. São exemplos de pessoas nesta classe os

soldados, os civis, os servos e alguns tipos de cientistas.

3. Os Igualitaristas são leais entre si, mas têm pouco respeito pelas regras

impostas por pessoas externas ao grupo (excepto pelas regras da

natureza). As decisões deste grupo são democráticas e os seus líderes

são eleitos através da sua personalidade e da persuasão. Como

exemplo clássico tem-se os grupos ambientalistas.

4. Os Fatalistas têm pouco controlo das suas vidas. Não pertencem a

nenhum grupo que faça as regras que ditam as suas vidas. Regem-se

pela sorte e não se dão ao trabalho de tentar mudar a sua vida.

Ilustração 5 – Mitos da Natureza Humana

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Podemos concluir que face à excessiva libertação de CO2:

O Fatalista não reagiria. Considera que a natureza é imprevisível e não é

necessário realizar nada para diminuir as emissões de CO2 porque

eventualmente poderá haver um

bom futuro a partir daí.

O Igualitário começaria a

reagir tardiamente mas

continuamente pois acredita que

a natureza deve ser protegida do

ser humano quando ele a

começa a prejudicar.

Para o Hierarquista há duas

possibilidades:

1. Se a bola se mantiver

dentro do copo (ver ilustração 6), ou seja, para pequenos danos há uma

resposta para cada dano mas não é contínua. Como se só precisasse

de resolver aquele dano (até a bola estabilizar).

2. Se a bola sair do copo (ver ilustração 6), ou seja, para grandes danos no

sistema ambiental há uma resposta que aumenta progressivamente e é

contínua (para tentar meter a bola outra vez dentro do copo).

Para o Individualista, a reacção é directamente proporcional à intensidade

dos danos. Por exemplo, se o dano for muito grande, a sua qualidade de vida

vai ser afectada e ele vai reagir muito. Por outro se o dano for pequeno ele

também reage mas menos pois para a bola estabilizar no fundo do copo é

preciso menos esforço (ver figura 6).

Ilustração 6 – Conjunção das duas imagens anteriores

Page 17: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

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Causas do Aquecimento Global

O aquecimento global é um fenómeno climático de larga extensão - um

aumento da temperatura média da superfície da Terra que vem acontecendo

nos últimos 150 anos. Entretanto, o significado deste aumento de temperatura

ainda é objecto de muitos debates entre os cientistas. Causas naturais ou

antropogénicas ii têm sido propostas para explicar o fenómeno. As causas

apontadas para o aquecimento global são o efeito de estufa, a destruição da

camada do ozono, a poluição atmosférica e as fontes poluidoras.

ii Provocadas pelo homem

Ilustração 7 – Alterações causadas pelo Homem ao longo do tempo.

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O aquecimento global tem como causas todos os processos que possam

contribuir, directa ou indirectamente, para o aumento da temperatura global,

para o efeito estufa.

Um dos principais causadores do efeito de estufa é o dióxido de carbono

(CO2) e as concentrações estão a aumentar. A concentração de dióxido de

carbono na atmosfera aumenta devido à sua libertação através da indústria,

transportes e pela desflorestação (as plantas retiram o dióxido de carbono da

atmosfera).

O desenvolvimento industrial e urbano tem originado em todo o mundo

um aumento crescente da emissão de poluentes atmosféricos. O acréscimo

das concentrações atmosféricas destas substâncias, a sua deposição no solo,

nos vegetais e nos materiais é responsável por danos na saúde, redução da

produção agrícola, danos nas florestas, degradação de construções e obras de

arte e de uma forma geral origina desequilíbrios nos ecossistemas.

A nível nacional destacam-se, pelas suas emissões, as Unidades

Industriais e de Produção de Energia como a geração de energia eléctrica, as

refinarias, fábricas de pasta de papel, siderurgia, cimenteiras e indústria

química e de adubos.

A utilização de combustíveis para a produção de energia é responsável

pela maior parte das emissões de CO2 contribuindo, ainda, de forma

significativa para o aumento das concentrações de CO2 na atmosfera. O uso de

solventes em colas, tintas, produtos de protecção de superfícies, aerossóis,

limpeza de metais e lavandarias é responsável pela emissão de quantidades

apreciáveis de Compostos Orgânicos Voláteis. Não existe qualquer actividade

humana que não contribua para o aquecimento global. Até um simples passeio

a pé, contribui directamente com os gases respiratórios, e indirectamente toda

a industria que foi requerida para a produção da borracha que está a ser gasta

na sola das sapatilhas (desde a de prospecção, extractiva, transformadora,

transportadora, marketing e venda).

Dentro das causas naturais, aquelas que naturalmente ocorrem, e que o

planeta está “habituado” (sim, porque este já tem 4600Ma) levariam, em

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situações normais, ao restabelecimento rápido, do tão desejado equilíbrio

global. O subsistema geosfera contribui com o vulcanismo, enquanto a Biosfera

contribui com o monóxido e dióxido de carbono, bem com o metano. Existe um

conjunto de fenómenos astronómicos que contribuem naturalmente para a

ocorrência de períodos glaciares e interglaciares conhecidos.

Apesar de existirem 2 tipos de causas para o aquecimento global,

causas naturais e causas antropogénicas, as principais causas são as

antropogénicas, pois tudo o que o ser humano faz liberta dióxido de carbono

para atmosfera e para além disso o Homem ainda é capaz de destruir aquilo

que mais consegue absorver o dióxido de carbono da atmosfera – as florestas.

Dizer que o aquecimento global é devido a causas naturais está errado

porque talvez também tenham algum impacto neste fenómeno mas para já

estar ao nível que está é porque as causas antropogénicas são as que

influenciam mais o aquecimento global.

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Consequências actuais do Aquecimento Global

Grandes catástrofes naturais sempre ocorreram. Tempestades,

furacões, inundações, e secas fazem parte do clima natural do planeta Terra.

No entanto, cada vez mais, a humanidade defronta-se com versões mais

intensas do que as usualmente – e estas serão tudo menos catástrofes

naturais. Já estamos em contacto com inundações mais perigosas (por

exemplo, as inundações na Madeira), com furacões mais velozes, duradouros

e maiores, fogos florestais, chuvas mais intensas, o nível médio das águas do

mar sempre a subir, e ondas de calor (e frio) muito irregulares e extremas.

Degelo dos glaciares

Actualmente, uma das consequências que toda a sociedade conhece, é

o degelo dos glaciares. É um

problema grave, porque para

além de subir o nível médio da

água do mar, também faz com

que haja menos gelo, e por isso

o mar aquece mais depressa e

acelera ainda mais o

derretimento do gelo.

Os glaciares são também

o habitat natural de muitos animais, nomeadamente, do urso polar, que não

consegue nadar eternamente mas se encontrar terra, provavelmente irá

extinguir-se devido às temperaturas muito altas.

Ilustração 8 – Degelo de um glaciar no Alasca.

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Danos na biodiversidade e na sociedade humana

As mudanças rápidas e

extremas da temperatura estão a

prejudicar os seres vivos na

Terra.

Como se pode observar na

ilustração 9, Portugal em 2003

teve 13.000 mortes por causa do

calor.

Os humanos conseguem-

se adaptar até certo ponto. A

questão é: O que acontece aos seres vivos que não se conseguem adaptar? A

resposta é: extinguem-se ou mudam o seu habitat natural para outro sítio o que

também causa o surgimento de novas doenças e a infestação das cidades por

animais que não costumavam viver naqueles sítios.

Ilustração 9 – Mortes em países europeus devido às altas temperaturas

Ilustração 10 – Variações de temperatura em comparação com a média de temperaturas de 1961 a 1990.

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Furacões

Com o aquecimento das águas dos oceanos, há também uma maior

propensão para a ocorrência de grandes tempestades e para a formação de

furacões.

Nestes últimos anos, os manuais

de geografia tiveram que ser mudados

radicalmente, pois a formação de

tornados na costa da América do Norte

passou a ser possível. Aliás, não

passou apenas a ser possível como

passaram a ocorrer nessa região os

piores tornados de sempre, não apenas

ocasionalmente mas frequentemente,

causando prejuízos inimagináveis, não

apenas a nível económico mas também no que diz respeito à sobrevivência da

população das zonas afectadas.

Secas e Inundações

Outras consequências do rápido aumento da temperatura são as secas

e inundações.

Enquanto umas regiões têm excesso de precipitação, outras têm falta

dela.

Este problema deve-se à

distribuição da precipitação.

O aquecimento global

causa a recolocação das zonas

de precipitação causando secas

piores e inundações piores em

sítios onde não costumava

acontecer nada de muito grave. Ilustração 12 – Seca extrema

Ilustração 11 – Tornado nos EUA

Page 23: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

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Devia ser óbvio para toda a

sociedade que as alterações do clima

já passaram todos os limites

comparando com o que devia

acontecer naturalmente.

As consequências do

aquecimento global já são visíveis e é

imperativo que se tomem medidas

para que os fenómenos desastrosos

que já estão a ocorrer não se agravem mais, pois não se sabe até que ponto

podemos aguentar e quando não conseguirmos poderá ser tarde demais.

Ilustração 13 – Inundações na Madeira

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Consequências futuras do Aquecimento Global

O aquecimento global é um fenómeno a nível mundial que, actualmente,

já traz consequências para o nosso planeta. Então, e no futuro? Que

consequências o aquecimento global pode trazer ao nosso planeta no futuro,

se não for travado? Existem várias hipóteses e todas elas têm uma explicação

científica. Entre essas consequências futuras inclui-se a subida do nível médio

das águas do mar resultante do degelo, alguns territórios poderão ficar

submersos devido a essa subida das águas, muitas espécies de seres vivos

podem extinguir-se por completo, a maior ocorrência de catástrofes naturais e

também haverá bastantes consequências a nível económico.

Degelo e a subida do nível médio das águas do mar

Com a temperatura

média global a subir, devido

ao aquecimento global, ocorre

o degelo em icebergs, calotes

polares, glaciares e até em

montanhas onde há

existência de neve. Os casos

mais alarmantes do degelo no

nosso planeta são os do

Árctico, da Gronelândia e da

Antárctida. O degelo,

principalmente de icebergs e

calotes polares (na sua maioria nos locais anteriormente referidos) vai causar a

subida média no nível das águas do mar e, segundo um relatório divulgado, dia

1 de Dezembro de 2009, em Londres, da autoria do Comité Científico da

Antárctida (SCAR) o nível médio das águas do mar vai subir o dobro do

previsto para este século.

Assim, em vez de, até 2100, o mar subir entre 28 e 43 centímetros,

como previu, em 2007, o Painel Intergovernamental para as Alterações

Climáticas da ONU, pode subir até 1,40 metros.

Ilustração 14 – Progressão do nível do mar causado pelo degelo

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Onde o degelo está a ocorrer mais rapidamente é na parte ocidental da

Antárctida (onde a temperatura subiu cerca de 3 graus centígrados), segundo

um relatório elaborado por cem cientistas de várias áreas, revisto por duas

centenas de outros. Isto acontece, porque o aumento da temperatura dos

mares provoca o degelo.

Ao longo de meio

século, a subida de

temperaturas foi mascarada

no continente pela influência

que o buraco na camada do

ozono teve nos sistemas

globais de pressão do ar.

Segundo o cientista

britânico John Turner: “A

poluição causada por CFC

tornou as alterações

climáticas lentas na

Antárctida. É como se

tivéssemos um „cobertor‟ de

ozono e quando o tirámos

houve um arrefecimento. E a

Antárctida ficou protegida

dos impactos do

aquecimento global. Mas isso

não pode durar para sempre. A água mais quente está a infiltrar-se nas

camadas de gelo da Antárctida Ocidental e a acelerar o fluxo de gelo para o

oceano”.

Então, quando o buraco do ozono estiver completamente fechado

deixará de existir um contrabalanço para manter controladas as alterações

climáticas na Antárctida. Isto pode significar novos aumentos de temperatura

na ordem dos 3 graus centígrados, fazendo derreter as camadas de gelo e

aumentando o nível das águas do mar.

Ilustração 15 – Como ocorre o degelo.

Page 26: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

26

Territórios submersos

O nível médio das águas do mar está a subir, e se subir tanto como os

cientistas apuraram, cerca de 1,40 metros, isso vai trazer graves problemas,

especialmente para o Homem e para algumas espécies de seres vivos

terrestres.

A subida de 1,40 metros das águas do mar, pode significar que 10% da

população mundial seria obrigada a mudar-se por causa da perda de terras.

Cidades costeiras como Veneza tornar-se-iam autênticas fortificações.

Algumas ilhas, como as Maldivas, poderiam mesmo desaparecer da face da

Terra, sendo que 80% das 1200 ilhas que compõe o arquipélago das Maldivas

encontra-se a menos de um metro acima do nível do mar. Outro caso

extremamente preocupante é o da ilha de Ghorama, localizada na baía de

Bengala, que até aos dias de hoje já perdeu 80 quilómetros quadrados de terra

devido á subida do nível das águas do mar. Para além de milhares de pessoas

ficarem desalojadas devido a isto e terem de ser transferidas para outras

regiões, outra consequência pode ser também o desaparecimento de muitas

espécies de seres vivos que irão ficar submersos pelas águas do mar.

Extinção/deslocação de seres vivos

O aquecimento global pode afectar espécies de várias formas incluindo

a expansão, contracção e migração de habitat; incidência aumentada de

doenças e espécies invasoras; mudanças na temperatura (quer do ar, quer do

mar), mudanças na precipitação, mudança da acidez da água do mar devido a

temperatura, entre outras condições ambientais adversas; mudanças na

disponibilidade de alimentos e falha nos relacionamentos ecológicos com outra

espécies – por exemplo a perda de polinizadores. No passado algumas

espécies podem ter escapado da extinção migrando para norte ou para sul em

resposta à mudança climática. Hoje os homens tornaram isso muito mais difícil

pela fragmentação, conversão e destruição de habitats.

Já é difícil conservar terra suficiente para proteger a biodiversidade do

mundo. Mais difícil será conforme as espécies se deslocam para novas áreas

onde o clima é mais apropriado para elas. É preciso preservar o habitat onde

as espécies se encontram actualmente, onde elas se encontrarão no futuro e

Page 27: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

27

terras pelas quais elas possam eventualmente passar. O único problema com

esta solução é nos oceanos em que não é possível aplicar esta solução. Nos

oceanos o grande problema será a acidificação das suas águas devido ao

aumento da sua temperatura, provocada pelo aquecimento global.

Algumas espécies conseguem deslocar-se do seu habitat e habituarem-

se a novas condições de vida, mas, no entanto há espécies muito sensíveis,

que não se conseguem deslocar para novos habitats em que por exemplo se a

temperatura diminuir apenas um grau estas podem desaparecer por completo,

e com o aquecimento global as temperaturas estão a subir. Pode haver

também espécies que se conseguem deslocar para novos habitats e mesmo

assim não se habituarem as novas condições ambientais e acabarem por se

extinguir na mesma.

Segue-se uma pequena lista exemplificativa de algumas espécies

actualmente em vias de extinção e que muito provavelmente se vão extinguir

se o aquecimento global não for travado a tempo:

Rã-de-Vidro Gigante;

Lémure Gigante;

Baleia da Gronelândia;

Albatroz-de-cabeça-cinzenta;

Pinguim-imperador;

Sapo-de-ouro;

Pinguim-de-testa-amarela;

Rã-das-árvores;

Corvo-marinho das

Galápagos;

Lobo Marinho-Antarctico;

Grou Caruncolata;

Pinguim-de-olho-amarelo;

Urso-polar;

Ganso-de-peito-vermelho;

Foca leopardo;

entre outros…

Maior ocorrência de catástrofes naturais

O aumento das catástrofes naturais dá-se pela constante intervenção

humana que ao longo dos anos, com o avanço da economia, tem devastado

Page 28: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

28

diversos habitats naturais e, como consequência, temos o agravamento dos

mesmos.

As cheias já contabilizam milhares de vítimas, pois a cada chuva surgem

inundações e deslizamentos de terras. Tudo isto é consequência do

desequilíbrio ambiental, o recolhimento inadequado do lixo, o aumento de

áreas desflorestadas que dificultam a impermeabilização dos solos inundando

as ruas e transformando as cidades em rios. O efeito estufa, agravado pelo

aquecimento global, contribui de forma bastante significativa para aumento dos

níveis de chuva, pois aquecem desproporcionalmente as águas dos oceanos, o

que é responsável também pelo aumento da intensidade dos ventos e chuvas

provocadas por furacões. Essas cheias já são rotina na vida de muitas pessoas

que vivem em grandes cidades, onde ficam desalojadas, pois tem as suas

casas inundadas.

O efeito estufa, fortemente intensificado pelo aquecimento global, que

forma uma camada em redor do planeta, devido à acumulação de gases

poluentes na atmosfera, está a sobreaquecer a terra, pois permite a entrada de

raios solares mas, dificulta a sua saída, o que faz com que aumentem as secas

e o calor. Os cursos de pequenos rios secarão e outros diminuirão

consideravelmente o seu nível. Os incêndios também aumentarão devastando

Ilustração 16 – Desastres que podem ocorrer com o aquecimento global

Page 29: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

29

tudo o que encontram pela frente o que pode gerar uma crise ambiental em

larga escala.

Estamos vulneráveis a inúmeros desastres, e que a cada dia se

agravam mais. Em certos lugares vamos ter elevados índices de chuvas,

causando inundações, e em outros, secas, gerando desertos e incêndios,

também frios e calores insuportáveis, aumento do nível dos oceanos e

decréscimo do nível dos rios e a desertificação de zonas densamente

florestadas ou tempestades atmosféricas em locais onde nunca ocorreram

antes.

Consequências económicas

O aquecimento global também trará consequências para a economia.

Uma vez que irá haver um aumento na temperatura média no planeta,

assim como uma variação de precipitação, o preço dos alimentos irá aumentar,

o que irá levar a uma reorganização da ocupação do solo agrícola, que poderá

causar também um maior proteccionismo dos produtos.

Vai haver também uma diminuição do fornecimento de alimentos

provenientes do mar, devido aos indícios de acidificação constatada nos

oceanos que afectará a cadeia alimentar deste grande ambiente, visto que já

causa prejuízos aos corais e outros organismos com esqueleto externo.

Irá diminuir a oferta de energia, pois o sector eléctrico terá de se

reorganizar para controlar as emissões de dióxido de carbono.

Os gastos com infra-estruturas irão aumentar devido ao desalojamento e

recolocação da população costeira, que terá de migrar em função do aumento

da elevação do nível das águas do mar e visto que grandes catástrofes

naturais irão danificar grande número de infra-estruturas.

Consequentemente, irão também haver grandes gastos com a saúde

pois as catástrofes naturais vão interromper ou destruir o sistema de recolha de

lixo, saneamento básico, afastamento de afluentes, entre outros. Neste caso, a

saúde também pode ser afectada pelo aumento de doenças relacionadas com

o calor e variação do regime de chuvas assim como no aumento de doenças

como a dengue pois esta só existe em regiões quentes do globo e a

temperatura está a aumentar globalmente.

Page 30: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

30

O aquecimento global vai ter enormes e catastróficas consequências no

futuro se nós, a humanidade não o conseguirmos travar a tempo. Se o

aquecimento global continuar, é certo que em poucas dezenas de anos, o

planeta estará completamente diferente de como o conhecemos hoje, sendo

que várias partes do planeta poderão estar completamente destruídas e grande

parte da biodiversidade que conhecemos hoje poderá ter desaparecido por

completo.

Num cenário mais trágico penso que posso dizer que o nosso planeta

pode vir a ser completamente devastado, podendo, assim, a própria espécie

humana correr risco de extinção.

Page 31: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

31

Medidas Preventivas

Para prevenir o aquecimento global as medidas a ser tomadas deverão

ser as inversas às que causam o aquecimento global.

A procura gera oferta, e o consumismo gera a produção industrial.

Reciclar é bom, mas mais do que reciclar, há que reutilizar, e mais que

reutilizar há que reduzir. A redução do consumo traduz-se a curto prazo numa

diminuição extractiva.

Cada vez mais se tem consciência que o fenómeno Aquecimento Global,

afecta, e irá afectar cada vez com mais gravidade todo o mundo.

Dada esta consciencialização por parte da população mundial, existe

cada vez mais a procura por medidas que possam prevenir ou retardar o

Aquecimento Global.

De entre as medidas existentes podemos dividi-las em três categorias:

As medidas individuais – que são possíveis de aplicar à maioria

da população. Têm um carácter individual e que são aplicáveis

no dia-a-dia de uma pessoa.

As medidas empresarias/fabris – que são medidas desenvolvidas

entre Estados e Organizações, através de acordos e protocolos.

As medidas de intervenção do Estado – que são medidas que

através criação de regras ou leis impostas pelo Estado visam a

redução da poluição por parte de empresas e fábricas.

Page 32: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

32

Medidas individuais

A prevenção do aquecimento global está ao alcance de qualquer um.

Existem medidas de combate ao Aquecimento global que qualquer cidadão

pode realizar.

Segue-se agora uma lista de algumas medidas possíveis de realizar:

Troca de lâmpadas: Trocar as lâmpadas convencionais por

fluorescentes compactas.

Deixar o carro na garagem: Caminhar, andar de bicicleta, usar

transportes públicos. Cada 10 quilómetros é igual a uma redução de 3

quilos de dióxido de carbono emitidos.

Reciclagem

Pressão dos pneus: Manter a pressão dos pneus no valor correcto

ajuda a melhorar o rendimento do automóvel.

Água quente: Aquecer água consome muita energia. Deve-se instalar

um chuveiro de baixa pressão.

Sacos de plástico e embalagens

Ar Condicionado: Com um simples ajuste de baixar a temperatura em 2

graus no inverno e subir 2 graus no verão poderá poupar cerca de 900

quilos de dióxido de carbono anuais.

Árvores: Uma só árvore absorve uma tonelada de dióxido de carbono

ao longo de sua vida. Por isso devemos conservá-las e plantá-las.

Desligar aparelhos electrónicos

Page 33: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

33

Medidas Empresariais/Fabris

Compete às empresas definir os melhoramentos que deverão ser

introduzidos. Estes melhoramentos devem ser não só de novos produtos e

processos de produção, mas também de sistemas de segurança e de uma

melhor comunicação entre empresas.

Existem também algumas empresas em que esses melhoramentos

estão dependentes como por exemplo, no desenvolvimento das

telecomunicações que pode reduzir bastante a necessidade de transporte. O

trabalho domiciliário reduz certos trajectos urbanos conseguindo assim

simplificar algumas dificuldades.

A parte fundamental desta análise consiste na reflexão sobre a

transformação de modos de vida. Procurar solução não é fácil visto que a

resolução de certos problemas irá criar outros problemas ou piorar problemas

já existentes.

Apesar de algumas medidas preventivas ao Aquecimento Global

poderem trazer consequências também elas negativas, existem certas medidas

que ainda não foram aplicadas e que são extremamente necessárias para

reduzir as emissões de gases poluentes e a utilização abusiva dos

combustíveis fosseis.

Seguem-se algumas medidas preventivas possíveis de serem realizadas

por empresas/fábricas:

Investimento e exploração de energias renováveis

Utilização de energias renováveis: A energia renovável é aquela que é

obtida de fontes naturais capazes de se regenerar, e portanto,

virtualmente inesgotáveis, ao contrário dos recursos não renováveis,

como por exemplo:

o O Sol: Energia solar

o O vento: Energia eólica

o Os rios e correntes de água doce: Energia hidráulica

Page 34: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

34

o Os mares e oceanos: Energia maremotriz

o As ondas: Energia das ondas

o A matéria orgânica: Biomassa, biocombustível

o O calor da Terra: Energia geotérmica

o Água salobra: Energia azul

Redução da desflorestação provocada pelas fábricas:

Desflorestação é o processo de desaparecimento de massas florestais,

fundamentalmente causada pela actividade humana. A desflorestação é

directamente causada pela acção do homem sobre a natureza,

principalmente devido à destruição de florestas para a obtenção

de solo para cultivos agrícolas ou para extracção de madeira, por parte

da indústria madeireira.

Medidas de Intervenção do Estado

O papel do Estado e dos organismos governamentais são de extrema

importância se queremos realmente estagnar, reduzir, contrariar o

Aquecimento Global.

Um exemplo de uma medida adoptada é a Prevenção e controlo

integrados da poluição: Directiva IPPC, Directiva 2008/1/CE do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 15 de Janeiro de 2008.

Esta directiva (designada "Directiva IPPC"), que substitui a

Directiva 96/61/CE, faz depender as actividades industriais e agrícolas de forte

potencial poluente da obtenção de uma licença. Esta licença apenas pode ser

concedida mediante o respeito de determinadas condições ambientais, para

que as empresas assumam a responsabilidade pela prevenção e redução da

poluição que elas próprias possam provocar.

A prevenção e a redução integrada da poluição referem-se às

actividades industriais e agrícolas de forte potencial poluente, novas ou

existentes, tal como definidas no Anexo I da directiva (indústrias do sector da

Page 35: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

35

energia, produção e transformação de metais, indústria mineral, indústria

química, gestão de resíduos, criação de animais, etc.).

Condições ambientais a respeitar

Para obterem uma licença, as instalações industriais ou agrícolas devem

satisfazer determinadas condições fundamentais, nomeadamente em termos

de:

Utilização de todas as medidas úteis que permitam lutar contra poluição,

designadamente o recurso às melhores técnicas disponíveis (as que produzem

menos resíduos, utilizam substâncias menos perigosas, permitem a

recuperação e reciclagem das substâncias emitidas, etc.).

Prevenção de qualquer poluição importante.

Prevenção, reciclagem ou eliminação o menos poluente possível

dos resíduos.

Utilização eficaz da energia.

Prevenção dos acidentes e limitação das suas consequências.

Reabilitação dos sítios após a cessação da actividade.

Além disso, o licenciamento implica um determinado número de

exigências concretas, incluindo nomeadamente:

Valores-limite de emissão para as substâncias poluentes (excepto

para os gases com efeito estufa se o sistema de comércio de

licenças de emissão for aplicado - ver adiante).

Eventuais medidas de protecção do solo, da água ou da

atmosfera.

Medidas de gestão dos resíduos.

Medidas relativas a circunstâncias excepcionais (fugas,

problemas de funcionamento, interrupções momentâneas ou

definitivas, etc.).

Page 36: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

36

Minimização da poluição a longa distância ou transfronteiras.

Monitorização dos resíduos.

Qualquer outra exigência pertinente.

A fim de coordenar o processo de licenciamento imposto pela directiva e

pelo regime de comércio de licenças de emissão de gases com efeito de

estufa, uma licença emitida em conformidade com a directiva não pode incluir

valores-limite de emissão para os gases com efeito de estufa se estes forem

objecto do regime de comércio de licenças de emissão, desde que não haja

problemas de poluição ao nível local. Além disso, as autoridades competentes

podem optar por não impor requisitos em matéria de eficiência energética

relativamente às unidades combustão.

No entanto estas medidas não são postas em prática por todos os

países, nomeadamente os Estados Unidos da América e a China (os 2 países

que mais poluem no mundo).

Cimeira de Copenhaga e Protocolo de Quioto

Protocolo de Quioto

O Protocolo de Quioto é consequência de uma série de eventos iniciada

com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (Outubro

de 1988), seguida pelo IPCC's First Assessment Report em Sundsvall, Suécia

(agosto de 1990) e que culminou com a Convenção-Quadro das Nações

Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC, ou UNFCCC em inglês) na

ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil (Junho de 1992). Também reforça secções

da CQNUMC.

Constitui-se no protocolo de um tratado internacional com compromissos

mais rígidos para a redução da emissão dos gases que agravam o efeito

estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas,

como causa do aquecimento global.

Discutido e negociado em Quioto no Japão em 1997, foi aberto para

assinaturas em 11 de Dezembro de 1997 e ratificado em 15 de Março de 1999.

Page 37: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

37

Sendo que para este entrar em vigor precisou que 55% dos países, que juntos,

produzem 55% das emissões, o ratificassem, assim entrou em vigor em 16 de

Fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em Novembro de 2004.

Por ele se propõe um calendário pelo qual os países-membros

(principalmente os desenvolvidos) têm a obrigação de reduzir a emissão de

gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no

período entre 2008 e 2012, também chamado de primeiro período de

compromisso (para muitos países, como os membros da UE, isso corresponde

a 15% abaixo das emissões esperadas para 2008).

As metas de redução não são homogéneas a todos os países,

colocando níveis diferenciados para os 38 países que mais emitem gases.

Países em franco desenvolvimento (como Brasil, México, Argentina e Índia)

não receberam metas de redução, pelo menos momentaneamente.

A redução dessas emissões deverá acontecer em várias actividades

económicas. O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si,

através de algumas acções básicas:

Reformular os sectores de energia e transportes;

Promover o uso de fontes energéticas renováveis;

Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos

fins da Convenção;

Limitar as emissões de metano na gestão de resíduos e dos

sistemas energéticos;

Proteger florestas e outros “sumidouros” de carbono.

Se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que

a temperatura global reduza entre 1,4°C e 5,8 °C até 2100, entretanto, isto

dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há

comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução

de 5% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do

aquecimento global.

Page 38: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

38

Cimeira de Copenhaga

A União Europeia a 15 só cortou 3% das

emissões de gases com efeito de estufa, entre 1990

e 2006. Ainda sem cumprir as metas para 2012,

esta Cimeira deve lançar objectivos mais

ambiciosos.

Para já, assegurar a redução de 20%, prevista

pelo protocolo de Quioto, implica concertar várias medidas. Estes gases são os

mais prejudiciais para as alterações climáticas e deles fazem parte o dióxido de

carbono, metano, óxido de enxofre e gases com flúor.

O relatório-inventário da Agência Europeia do Ambiente confirma que os

esforços planeados ou realizados individualmente por país, os mecanismos de

Quioto, os sumidouros de carbono (como a plantação de árvores para absorver

gases) e os créditos do comércio de carbono podem reduzir em 11% as

emissões da União Europeia a 15%. É preciso agir rapidamente, para não se

desrespeitarem os objectivos traçados.

França, Grécia, Suécia e Reino Unido já alcançaram as metas em 2006.

Áustria, Bélgica, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Luxemburgo, Holanda e

Portugal prevêem cumprir as suas em breve, mas as projecções da Dinamarca,

Itália e Espanha são pouco optimistas.

Na Cimeira de Copenhaga, espera-se um esforço global para reduzir as

emissões, o que implica novas metas e angariar o apoio dos Estados Unidos e

das maiores nações em vias de desenvolvimento, como a Índia e China.

Quanto aos 27 Estados-membros, a redução de 20% até 2020 será

aumentada para 30%, se as outras nações desenvolvidas assinarem em

Copenhaga. O objectivo até 2020 quase equivale a remover as emissões de

todos os transportes da Europa. Imaginemos todos os camiões, autocarros,

cargueiros e aviões desaparecerem.

Dados mais recentes mostram que, desde 2000, as emissões globais de

CO2 aumentaram quatro vezes mais depressa do que na década anterior. Este

aumento está acima do pior cenário considerado pelo Painel

Ilustração 17

Page 39: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

39

Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC) em 2007. Hoje, os

países menos desenvolvidos emitem mais do que os países mais

desenvolvidos.

Sumidouros naturais, como os oceanos que absorvem CO2, reduziram a

sua eficiência nos últimos 50 anos, pelo que os nossos esforços para reduzir as

emissões geradas pelas actividades humanas têm de aumentar, se queremos

manter os níveis atmosféricos de CO2 estáveis.

Page 40: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

40

Conclusão

Após a investigação efectuada, pelo nosso grupo, recorrendo à Internet,

a livros, enciclopédias, revistas, jornais, documentários, inquéritos e uma

entrevista na tentativa de obter respostas às questões “O que é o equilíbrio

global?”, “Quais são as medidas preventivas do Aquecimento Global?”, ”Quais

são as causas do aquecimento global?”, “Quais as consequências futuras do

Aquecimento Global”, “Quais as consequências actuais do Aquecimento

Global?” e “Quais as perspectivas do Aquecimento Global?”, conseguimos

recolher a informação necessária para elaborar as respostas para as questões

anteriormente referidas. Concluindo que:

Em relação ao equilíbrio global conseguimos explicar em que consiste e

que o sistema Terra depende das interacções entre os diferentes

subsistemas e que muitas vezes ocorrem sequências de

acontecimentos que alteram temporariamente as condições de

equilíbrio. Por exemplo uma grande erupção vulcânica pode expelir para

a atmosfera uma quantidade de cinzas tão grande que poderão provocar

mudanças climáticas traduzidas em inundações em determinados locais,

secas noutras regiões, e, eventualmente, afectar a produção vegetal e

as cadeias alimentares;

São inúmeras as medidas que visam retardar ou prevenir o Aquecimento

Global e que apesar de existirem medidas que são aplicadas hoje em

dia, é necessário por em prática mais medidas, sobretudo ao nível das

empresas, fábricas, organizações e estados;

Há dois tipos de causas aceites: antropogénicas e naturais, sendo a

mais aceite pelos cientistas e a causa antropogénica pois o homem é o

grande responsável pelo aquecimento global, devido maioritariamente à

quantidade abismal de CO2 que este liberta para a atmosfera agravando

assim, e muito o aquecimento global;

As consequências futuras do aquecimento global, se este não for

travado, vão devastadoras para o nosso planeta e para todos os que

nele habitam, sendo que irão haver mais catástrofes naturais, a subida

do nível médio das águas do mar, extinção de inúmeras espécies de

seres vivos e na pior das hipóteses a extinção da espécie humana.

Page 41: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

41

Actualmente já há consequências visíveis no nosso planeta como por

exemplo algumas catástrofes naturais que se pensava serem

impossíveis de acontecer em certos locais do globo, como é o caso de

furacões no Atlântico Sul. Portanto, é necessário que se tomem medidas

para que os fenómenos desastrosos que já estão a ocorrer não se

agravem.

Existem diferentes perspectivas face ao aquecimento global sendo que,

umas pessoas acham que o aquecimento global é obra da poluição

produzida pelo homem e que este fenómeno pode originar grandes

catástrofes no nosso planete, enquanto que outra pessoas defendem

que o aquecimento global e um fenómeno normal e cíclico da natureza e

que nada tem a haver com o impacto do ser humano no ambiente.

Após a obtenção desta informação, podemos finalmente responder à

questão problema “Aquecimento Global – Uma emergência planetária?” porque

tendo como base as pesquisas feitas, relativamente a consequências futuras e

tendo como base as previsões futuras encontradas em gráficos como a

variação da temperatura ou concentração de CO2, podemos concluir que se

não tivermos uma atitude alarmista e de emergência em relação a este

fenómeno, as consequências vão ser devastadoras para todos.

Uma utilidade futura do nosso trabalho final poderá ser a sensibilização

das pessoas face a este grande problema que é o aquecimento global.

Page 42: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

42

Bibliografia

Introdução:

Fundamentação do trabalho:

- Fundamentação individual do subtema escolhido do Grupo E de Área de Projecto do

12ºE

Objectivos:

Nenhuma fonte a assinalar

Tema/Problema:

-Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York, Oxford University

Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

Percurso adaptado/Metodologia utilizada:

Nenhuma fonte a assinalar

Desenvolvimento:

Equilíbrio Global:

- Terra, Universo de Vida | 1ª Parte – Geologia | Biologia – 10º ou 11º (ano 1), 2007.

(Manual escolar).

- Wikipédia, Hidrosfera, consultado em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrosfera

- Mundo Educação, Hidosfera, consultado em:

http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/hidrosfera.htm

- Knoow, Atmosfera, consultado em:

http://www.knoow.net/ciencterravida/geografia/atmosfera.htm

- Atlas Visual da Ciência – Clima (2006)

Perspectivas do Aquecimento Global:

-Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York, Oxford University

Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

Causas do Aquecimento Global:

-Escola Secundária da Batalha, consultado em:

http://esbatalha.ccems.pt/area_projecto/8D_C/causas_aquecimento.html

-Relatório da entrevista ao professor Paulo Renato, realizada no âmbito de Área de

Projecto pelo aluno Diogo Castelão pertencente ao Grupo E do 12ºE, no dia 5 de

Março de 2010.

Consequências actuais do Aquecimento Global:

-Uma verdade Inconveniente – Al Gore (Filme – 2006)

-TSF, Rádio de Noticias, consultado em:

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1499741

Page 43: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

43

Consequências futuras do Aquecimento Global:

-Diário de Notícias, 2 de Dezembro de 2009

-Uma Verdade Inconveniente - Al Gore (2006)

-http://pt.mogabay.com/news/2008/0919-181322-extinction.html

-http://www.articuloz.com/ciencias-artigos/desastres-naturais-1947963.html

-Via6, Aquecimento Global, consultado em:

http://www.via6.com/topico.php?tid=124018

-Relatório da entrevista ao professor Paulo Renato, realizada no âmbito de Área de

Projecto pelo aluno Diogo Castelão pertencente ao Grupo E do 12ºE, no dia 5 de

Março de 2010.

Medidas preventivas para o Aquecimento Global:

-Relatório da entrevista ao professor Paulo Renato, realizada no âmbito de Área de

Projecto pelo aluno Diogo Castelão pertencente ao Grupo E do 12ºE, no dia 5 de

Março de 2010.

- CINDERELLA, Winds of Change, comentário de Ian Campbell Cree submetido em 16

de junho de 2009 no blog do http://wilderness.orga respeito do aquecimento global.

Consultado em: http://elianalaradelfino.blogspot.com/2010/01/prevencao-do-

aquecimento-global.html

-Wikipédia, Energia Renovável, consultado em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_renovável

-Wikipédia, Desflorestação, consultado em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Desflorestação

-Europa, Gestão de resíduos, consultado em:

http://europa.eu/legislation_summaries/environment/waste_management/l28045_pt.ht

m

-Wikipédia, Protocolo de Quioto, consultado em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto

-Deco/Proteste, consultado em: http://www.deco.proteste.pt/ambiente/cimeira-de-

copenhaga-metas-ambiciosas-com-quioto-por-respeitar-s583431.htm

Conclusão:

Nenhuma fonte a assinalar

Page 44: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

44

Bibliografia Gráfica Ilustração 1 - Terra, Universo de Vida | 1ª Parte – Geologia | Biologia – 10º ou 11º (ano

1), 2007. (Manual escolar).

Ilustração 2 - Terra, Universo de Vida | 1ª Parte – Geologia | Biologia – 10º ou 11º (ano

1), 2007. (Manual escolar).

Ilustração 3 - Terra, Universo de Vida | 1ª Parte – Geologia | Biologia – 10º ou 11º (ano

1), 2007. (Manual escolar).

Ilustração 4 - Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York,

Oxford University Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

Ilustração 5 - Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York,

Oxford University Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

Ilustração 6 - Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York,

Oxford University Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

Ilustração 7 - Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York,

Oxford University Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

Ilustração 8 – Uma Verdade Inconveniente (Filme) – Al Gore

Ilustração 9 - Uma Verdade Inconveniente (Filme) – Al Gore

Ilustração 10 - Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York,

Oxford University Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

Ilustração 11 - Uma Verdade Inconveniente (Filme) – Al Gore

Ilustração 12 - Uma Verdade Inconveniente (Filme) – Al Gore

Ilustração 13 – Reportagem da SIC no youtube

Ilustração 14 - Uma Verdade Inconveniente (Filme) – Al Gore

Ilustração 15 - Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York,

Oxford University Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

Ilustração 16 - Maslin, Mark, Global Warming: A Very Short Introduction, New York,

Oxford University Press Inc., 2004, ISBN 0–19–284097–5

Page 45: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

45

Anexos

ANEXOS

Inquéritos

Entrevista

Jornais

Page 46: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

46

Inquérito

Page 47: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

47

Gráficos sobre a população inquirida

0

28

37

0

5

10

15

20

25

30

35

40

10º 11º 12º

Ano de Escolaridade

Número de alunos

1

20

24

12

4 30

5

10

15

20

25

30

Idades

Número de alunos

21

43

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

Ciências e Tecnologias

Economia

Número de alunos

Número de alunos

Page 48: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

48

Análise dos Resultados

Os inquéritos foram realizados a duas turmas. Uma do 11º ano e outra

do 12º ano, a um total de 65 alunos, entre os 15 e os 19 anos pertencentes a

turmas de Ciências e Tecnologias e Economia.

Pergunta 1: “Classifica o teu grau de conhecimentos acerca do

aquecimento global”

A pergunta 1 servia para os inquiridos

avaliarem os seus conhecimentos sobre o

aquecimento global. Foram dadas as seguintes

opções:

Não sei nada;

Sei o que os media publicam;

Não sei os pormenores;

Sei bastante.

Na turma de 11º ano, 22% dos alunos

responderam que só sabiam o que os media publicavam, 39% responderam

que não sabiam os pormenores e os restantes 39% responderam que sabiam

bastante sobre o assunto.

Na turma de 12º ano, 3% não

responderam à pergunta, 8%

responderam que só sabiam o que os

media publicavam, 49% não sabia os

pormenores e 40% sabia bastante sobre

o assunto.

10%

222%

339%

439%

11º Ano

10%

28%

349%

440%

Sem respos

ta3%

12º Ano

Page 49: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

49

Pergunta 2: “Qual a tua perspectiva acerca do aquecimento global?”

A pergunta 2 era orientada para a questão: “Quais as perspectivas do

aquecimento global?”. Foram dadas as seguintes opções:

“A culpa é do Homem”;

“É um processo cíclico”;

“Isso é um mito”.

Na turma de 11º ano, 79%

concorda em como a culpa é apenas do

Homem, 7% respondem que é apenas um

processo cíclico e os outros 7% dizem que

o aquecimento global é nada mais do que

um mito. Existem também alguns alunos

que assinalam as duas primeiras

respostas (“A culpa é do Homem” e “É um

processo cíclico”) simultaneamente, ou

seja, dizem que apesar de ser um processo cíclico que ocorre na Natureza ao

longo do tempo, o Homem contribui muito para piorar este fenómeno.

Na turma de 12º ano, 70% dizem

que a culpa é apenas do Homem, 24% diz

que é simultaneamente um processo

cíclico e causado pelo Homem, 3% dizem

que é apenas um processo cíclico e os

outros 3% afirmam ser apenas um mito.

179%

27%

37%

1|27%

11º Ano

170%

23%

33%

1|224%

12º Ano

Page 50: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

50

Pergunta 3: “Consideras-te informado em relação à origem do

aquecimento global?”

A pergunta 3 era destinada a responder a questão “Quais as causas do

aquecimento global?”. A pergunta só tinha duas hipóteses de escolha:

“Sim”;

“Não”.

Se o inquirido respondesse “Sim”,

era-lhe pedido que indicasse duas causas

do aquecimento global.

Na turma de 11º ano, 86% dos

alunos estavam informados acerca das

causas e as causas mais referidas foram

as emissões de gases tóxicos para a

atmosfera e a produção exponencial de

lixo por parte do ser humano, os restantes

14% responderam negativamente.

Na turma de 12º ano, 86% dos

alunos disseram que estavam bem

informados sobre as causas e como era

de esperar as mais referidas foram as

emissões de gases de estufa e de gases

que danificam a camada de ozono, os

outros 14% responderam que não

estavam informados.

Sim86%

Não14%

11º Ano

Sim86%

Não14%

12º Ano

Page 51: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

51

Pergunta 4: “No teu dia-a-dia, actuas de modo a minimizar o aquecimento

global?”

A pergunta 4 era destinada a responder a questão “Quais as medidas

preventivas do aquecimento global?”. A pergunta só tinha duas hipóteses de

escolha:

“Sim”;

“Não”.

No caso de responder “Sim”, o

aluno devia apresentar duas medidas

preventivas que tinha por hábito

realizar no seu dia-a-dia.

Na turma de 11º ano, verificou-

se que 36% dos alunos realizavam

algum tipo de actividade que

minimizava as consequências do

aquecimento global, sendo que as

acções que mais surgiram são a

reciclagem e não meter lixo para o

chão, os outros 64% dos alunos não

realizavam quaisquer acções para alterar o

curso do aquecimento global.

Na turma do 12º ano, verificou-se que

54% dos alunos tomam medidas contra o

progresso do aquecimento global utilizando

transportes públicos, tentando não

desperdiçar energia e reciclando, 41% dos

alunos não tomam quaisquer medidas e 12% dos alunos não responderam a

esta questão.

Sim36%

Não64%

Sem resposta

0%

11º Ano

Sim54%

Não41%

Sem respost

a

12%

12º Ano

Page 52: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

52

Pergunta 5: “Achas que o aquecimento global tem consequências

futuras?”

A pergunta 5 destinava-se a responder à questão “Quais as

consequências futuras do aquecimento global”. As opções apresentadas eram:

“Sim”;

“Não”.

A seguir a essas questões tinha

também algumas consequências do

aquecimento global para as pessoas

escolherem as que sabiam.

Da turma do 11º ano, 93% das

pessoas disseram que o aquecimento

tinha consequências futuras e pelas

opções escolhidas podia-se perceber que

a maior parte tinha conhecimento das

implicações deste fenómeno. Os restantes

alunos (7%) disseram que não iria haver consequências no futuro.

Da turma do 12º ano, 89% dos alunos

disseram que haveria consequências, e

mais uma vez, que disse que haveriam

consequências, tinha conhecimento das

implicações, 6% disseram que não haveria

implicações e 12% das pessoas não

responderam a esta pergunta.

Sim93%

Não7%

Sem respost

a0%

Pergunta 5

Sim89%

Não6%

Sem

resposta

12%Pergunta 5

Page 53: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

53

Pergunta 6: “O que pensas ser o equilíbrio global”

Nesta pergunta verificou-se que os inquiridos não faziam ideia do que

era equilíbrio global. As respostas variavam de dizer que era o equilíbrio entre

os subsistemas terrestres que interagiam uns com outros, o que estava até

bastante bem explicado mas que foi dada por muito poucas pessoas, a dizerem

que o equilíbrio tinha de ser travado a todo o custo, pois as consequências

iriam piorar. Não houve grande discrepância entre as respostas do 11º ano e

12º ano.

Page 54: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

54

Entrevista

Perfil do Entrevistador:

Nome: Diogo Manuel Lopes Castelão

Idade: 18 anos

Profissão: Estudante na Escola Secundária de Domingos Sequeira

Perfil do Entrevistado:

Nome: Paulo Renato Parreira

Idade: 34 anos

Profissão: Professor de Geologia 12.º ano na Escola Secundária de Domingos

Sequeira

Propósito da Entrevista:

Esta entrevista é realizada no âmbito da disciplina de Área de Projecto, tendo

como tema o Aquecimento Global. Esta actividade, realizada de acordo com

plano do projecto, do Grupo E do 12.º E, é uma actividade individual.

Objectivo da Entrevista:

Com a entrevista o Grupo E procura obter mais informações relacionadas com

o Aquecimento Global e de uma fonte 100% fidedigna.

Procuramos também, tendo em conta a profissão do entrevistado, ter uma

avaliação mais profissional relativa a este assunto.

Meio de comunicação:

Oral

Page 55: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

55

Espaço da entrevista:

Restaurante DoceMania, localizado no centro comercial D.Dinis em Leiria.

Dia e hora da entrevista:

5 de Março de 2010

13.00h

Duração da entrevista:

90min.

As questões:

1- O que se define por Equilíbrio Global?

2- Quais as principais perspectivas face ao Aquecimento Global?

3- De acordo com as perspectivas, quais são as causas do Aquecimento

Global?

4- Actualmente, quais são as consequências do Aquecimento Global?

5- Num futuro próximo, quais serão as consequências?

6- Quais as medidas preventivas para o Aquecimento Global?

As respostas:

1 - Bem, equilíbrio global é o que se pretende que o Planeta tenha.

Pensamos muitas vezes em processos particulares que ocorrem em

determinados subsistemas terrestres, que desencadeiam efeitos nesses

mesmos subsistemas. Mas a Terra, como sabemos, é um planeta dinâmico,

composto por diferentes subsistemas abertos, de que resulta uma interacção

frequente e lógica entre eles.

Sendo a Terra um sistema quase fechado, esses efeitos permanecem

no planeta, e dependem da capacidade de resposta, neste caso, de atenuação,

desses efeitos, pelos diferentes subsistemas terrestres.

Page 56: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

56

O que nós queremos é que o planeta mantenha esse equilíbrio global,

para o nosso bem. Com uma capacidade de resposta rápida, mas isso também

é fácil de perceber que com as tão graves alterações antrópicas induzidas, o

equilíbrio global tende a ser lento, entrando à nossa escala, num desequilíbrio

global.

2 - As perspectivas são as piores. Basta pensarmos não transformações

ambientais que têm ocorrido no último século.

Os fenómenos geológicos e biológicos são lentos. James Hutton, tido o

pai da geologia moderna, afirmou acerca da idade da Terra e dos processos

geológicos que nela ocorrem que, “Não há vestígios de um princípio nem

indícios de um fim”. Mas isto foi no séc. XVIII. Hoje de certo ele diria com

tristeza que “Embora não haja vestígios de um princípio, há um fim que se

perspectiva”.

Embora à escala do tempo geológico, todos os processos são

renováveis, o mesmo não podemos dizer à escala do tempo humano. A Terra

não está com capacidade de resposta suficiente para permitir o equilíbrio global

que tanto queremos. O Homem surgiu na Terra há escassos Ma, mas a sua

acção transformadora perdurará muito mais, mesmo que nos extinguíssemos

hoje.

E se quisermos particularizar, para além da subida do nível médio das

águas do mar, tanto falada, e com consequências tão devastadoras para as

margens litorais, que submergirá cidades, ou mesmo países por completo,

temos os habitats, quer terrestres quer aquáticos, que sofrerão alterações

significativas, não sendo acompanhadas pela evolução biológica.

O recurso, sendo o mais preocupante, a água doce, tornar-se-á mais

escasso do que já é. Imaginam-se viver em casa sem água? Só damos pela

importância quando nos falta. E a indústria, imaginam-na sem água?

3 - O aquecimento global tem como causas todos os processos que

possam contribuir, directa ou indirectamente, para o aumento da temperatura

global, para o efeito estufa. Estes processos tanto podem libertar energia

(calor) para a atmosfera como impedir que a energia (calor) superficial se

Page 57: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

57

dissipe para o espaço. Há causas naturais e lógico causas artificiais, as

antropogénicas.

Dentro das causas naturais, aquelas que naturalmente ocorrem, e que o

planeta está “habituado” (sim, porque este já tem 4600Ma) levariam, em

situações normais, ao restabelecimento rápido, do tão desejado equilíbrio

global. O subsistema geosfera contribui com o vulcanismo, enquanto a Biosfera

contribui com o monóxido e dióxido de carbono, bem com o metano. Existe um

conjunto de fenómenos astronómicos que contribuem naturalmente para a

ocorrência de períodos glaciários e interglaciários, conhecidos.

No saco das causas antropogénicas, o maior volume é ocupado pela

emissão de dióxido de carbono, da queima dos combustíveis fósseis da

indústria extractiva à transformadora, passando pela que podemos designar

como indústria transportadora.

O crime que é um fogo posto, tanto o é por aniquilar ecossistemas

completos, como pela libertação de dióxido de carbono, principalmente, na

combustão.

Não há qualquer actividade humana que não contribua para o

aquecimento global. Até um simples passeio a pé, contribui directamente com

os gases respiratórios, e indirectamente toda a industria que foi requerida para

a produção da borracha que está a ser gasta na sola das sapatilhas (desde a

de prospecção, extractiva, transformadora, transportadora, marketing e venda).

4 - As consequência, tal como referi, são dramáticas, a ponto de por em

casa a nossa própria sobrevivência.

As alterações climáticas são verificadas todos os dias. Quando

pensamos nas estações trocadas, nas fúrias atmosféricas cada vez mais

constantes, deveríamos estar a pensar na causa que é o aquecimento global.

5 - A subida do nível médio das águas do mar pelo degelo das calotes, a

desertificação de zonas densamente florestadas ou as tempestades

atmosféricas em locais que nunca as tiveram, deveriam ser exemplos de

Page 58: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

58

consequências a longo prazo, mas já não o são. O futuro é cada vez mais o

presente e o presente já é passado.

A nossa apatia face ao aquecimento global em benefício do nosso bem-

estar é grande. Mas que bem-estar nosso é este que contribui para o nosso

mal-estar? Somos egoístas, somos incapazes, mas principalmente cegos, por

não queremos ver o que nos espera.

A nossa pegada ecológica é grande, mas mesmo assim, não tão grande

quanto o nosso egoísmo.

6 - Para prevenir o aquecimento global as medidas a ser tomadas

deverão ser as inversas às que causam o aquecimento global.

A procura gera oferta, e o consumismo gera a produção industrial.

Reciclar é bom, mas mais do que reciclar, há que reutilizar, e mais que

reutilizar há que reduzir. A redução do consumo traduz-se a curto prazo numa

diminuição extractiva.

E não se pense que não somos culpados em trazer um saco plástico do

supermercado, apenas porque é grátis. Somo cúmplices do aquecimento

global. E não podemos esperar ser educados pelos gigantes da indústria, antes

pelo contrário, há que os educar, e sabemos que o cliente tem sempre razão.

Claro que neste momento não basta prevenir, há mesmo que reduzir o

aquecimento. Muitos projectos tecnológicos inovadores, quase extra-terrestres,

têm sido desenvolvidos, quer para captura do dióxido de carbono da atmosfera

quer para diminuir a nossa dependência dos combustíveis fósseis, mas os

interesses são muitos e geram conflitos.

A prevenção do aquecimento global está ao alcance de qualquer um, um

simples gesto de apagar uma luz, reduzir um pouco a temperatura do

aquecimento, reutilizar um saco plástico, um frasco ou uma caixa plástica (em

vez que comprar uma caixa nova), preferir produtos com menores embalagens

(e reutilizar as mesmas, deste que não perigosas), para reduzir o consumo

energético, logo o aquecimento global.

Page 59: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

59

As energias renováveis são o passo a dar. Mas há que ter atenção se

são mesmo amigas do ambiente.

Ter em mente que o aquecimento global é uma consequência nossa e é

um passo importante.

Page 60: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

60

Jornais

Jornal 2

Jornal 1

Page 61: Aquecimento Global: Uma emergência planetária?

61

Jornal 3

Jornal 4