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AQUISIÇÃO DE VOCABULÁRIO POR MEIO DA ELABORAÇÃO DE UM DICIONÁRIO ILUSTRADO
Professor PDE: Leila Aparecida Pescarolo
Professor Orientador: Prof. Me. Silvio Tadeu de Oliveira
RESUMO Este artigo descreve o estudo realizado no Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE, referente ao Projeto de Intervenção Pedagógica, realizado na
área de Língua Estrangeira Moderna – Inglês, como principal objetivo investigar
sobre aquisição de vocabulário com proposta de poder tornar o processo ensino-
aprendizagem mais atraente e eficiente, através da elaboração de um dicionário
ilustrado confeccionado pelos próprios alunos tentando amenizar a grande
dificuldade encontrada pelos alunos em memorizar novos vocábulos, que são tão
necessários para o desenvolvimento das mais diversas atividades dentro da Língua.
Utilizando atividades bastante diversificadas juntamente com as tecnologias como
maneira de motivá-los e tornar o processo ensino-aprendizagem mais interessante.
PALAVRAS – CHAVES: Vocabulário; dicionário ilustrado; ensino-aprendizagem.
INTRODUÇÃO Ao ser instigada a pensar em um tema que pudesse amenizar algum dos
problemas enfrentados em sala de aula na disciplina de Língua Inglesa, decidi em
ter como objeto de estudo a dificuldade encontrada pelos alunos, em memorizar
novos vocábulos, tão necessários para o desenvolvimento das mais diversas
atividades dentro da língua.
Desenvolvi o Projeto para trabalhar com o 7º Ano, pelo fato de no 6º Ano os
alunos demonstrarem muita curiosidade e interesse pelo aprendizado da língua,
talvez por ser novidade, pois é o primeiro contato deles com a Língua Inglesa,
entretanto, muitas vezes os educandos acabam frustrando-se e sentindo-se
desmotivados ao final do ano, pelo aprendizado não ser tão rápido e nem fácil como
eles imaginavam.
Diante dessa frustração e desmotivação que ocorre no percurso do processo
de ensino-aprendizagem, resolvi desenvolver o Projeto com o Título “Aquisição de
novos vocábulos, por meio da elaboração de um dicionário ilustrado”.
No meu entender, a elaboração de um dicionário ilustrado, confeccionado
pelos próprios alunos, traria benefícios quanto a retenção de novos vocábulos. Aliei
o uso das tecnologias (uso do laboratório de informática e vídeos) porque quando
você relaciona o lúdico às atividades, tanto orais como escritas, o processo pode
tornar-se mais atraente, envolvendo e despertando maior interesse por parte dos
alunos, no que se refere ao ensino-aprendizagem da língua-alvo.
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1 Ensino-aprendizagem
Segundo a Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Estadual Liane Marta
da Costa - EFM (2012), o Ensino-aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna é
de suma importância na vida do indivíduo, pois permite que ele, compartilhe de um
dos saberes essenciais, e possa ser incluído na sociedade como participante ativo e
capaz de relacionar-se com outros conhecimentos e outras comunidades.
Ao adquirir os conhecimentos de uma Língua Estrangeira Moderna, o
educando apresenta um contato mais amplo para interagir com um universo maior
de pessoas, utilizando o idioma adquirido. Colocando-o, assim, em contato com uma
variedade imensa de temas comuns, escolares ou não, o que amplia sua
compreensão de mundo através de outra língua além da língua materna.
Segundo Holden (2009, p. 13), hoje, o Inglês talvez seja o principal idioma
global, sendo bastante utilizado para se obter informações em diversas áreas, como:
trabalho, ciência, tecnologia, músicas, entre outras, o que faz com que os alunos
percebam que o Inglês é importante para o seu futuro, tornando-os mais motivados
para o aprendizado da língua.
Ainda, conforme Holden (2009, p, 14), aprender e utilizar a Língua Estrangeira
Moderna coloca-os em contato com diferentes sociedades e culturas. Isto os leva a
pensar de maneiras diferentes, a valores diferentes, e a meditar em sua própria
cultura, valores e modo de vida.
O aprendizado de uma Língua Estrangeira, além de favorecer os alunos com
habilidades práticas, alarga horizontes, que é um dos objetivos importante da
educação.
Como descrito nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica (PARANÁ,
2008, p. 55).
No ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o ensino da Língua Estrangeira na Educação Básica, ou seja: ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido.
Hoje, em função de o Inglês estar tão disponível na Internet, tornou-se mais
fácil para os alunos aprenderem e usarem o idioma, pois eles conseguem fazer a
relação entre o que realiza na sala de aula com o idioma no mundo afora. Com essa
nova diversidade de recursos disponíveis o acesso ao Inglês “real” ajudará os alunos
a aprender o idioma pertinente a sua vida e seus interesses até nos menores e mais
remotos lugares.
Conforme Holden (2009, p.120), ao navegarem na internet os alunos devem
estar abastecidos de inglês para conseguir entender – e acompanhar – a vasta
variedade de novos vocábulos. Então, nós, professores, devemos ajudá-los a
desenvolver estratégias de aprendizado que possa ajudar a trabalhar com o
imprevisto, e levá-los a ver que explorar palavras e seus significados pode ser muito
útil e atraente.
1.2 Metodologia de ensino de LEM
Um fator muito importante na sala de aula são os educandos, que são muito
diferentes. Cada educando aprende de uma forma, então, o docente deve
preocupar-se com os estilos de aprendizagem de cada um, para que o processo
ensino-aprendizagem seja mais produtivo.
De acordo com Hadfield & Hadfield (2009, p. 8-9), os educandos são muito
diferentes, não só na idade, sexo e personalidade, bem como em outros aspectos
não tão óbvios. Percebe-se que as atitudes são afetadas por sua motivação,
formação educacional ou cultural, personalidade, por seus estilos de aprendizagem
e também suas necessidades. O que diferem suas necessidades e desejos são as
razões pela qual quer aprender a Língua.
O professor deve considerar o estilo de aprendizagem de seus alunos e
procurar contemplá-los com todos os estilos, pois só assim todos os alunos serão
bem-sucedidos, tendo em vista que não existe uma forma correta de aprender uma
língua, mas sim algumas qualidades que os alunos possuem em comum. Eles são
muito motivados: eles possuem uma visão clara do que querem atingir e onde
querem chegar. Fazem experimentos dos novos elementos linguísticos e são
independentes, assumem a responsabilidade pelo seu próprio aprendizado.
Hadfield & Hadfield (2009, p. 11) enfatizam ainda que, há muitos anos, a
metodologia de ensino que norteia o princípio geral traz como pressuposto que
aprender uma língua tem como objetivo a comunicação na mesma. Portanto, essa
prática deve ser significativa, natural e útil aos alunos.
Visto que os alunos adquirem conhecimentos de formas diferentes, os
professores devem proporcioná-los atividades e materiais apropriados, de acordo
com seu nível, suas habilidades e necessidades de forma variadas o suficiente para
que atenda a todos os estilos de aprendizagem e não somente um. As atividades
também devem ser envolventes, interessantes e motivadoras, e com objetivos claros
para que o aluno possa atingir o seu melhor, participando em um clima de
cooperação na sala de aula.
Holden (2009, p. 19) relata que nossos alunos estão expostos a uma grande
quantidade de vocabulário dos mais diversos tipos, pelo fato de terem oportunidades
de usar o Inglês não só dentro da sala de aula, mas também fora dela.
“Em qualquer língua, o vocabulário pode ser agrupado em ‘famílias’, às quais
os itens estão relacionados por sua forma, seu significado ou tema”, afirma Holden
(2009, p. 119).
O aprendizado de novos vocábulos deverá envolver significado e contexto
para que utilizem a linguagem de forma mais eficiente.
Para Holden (2009, p. 121):
[...]'aprender vocabulário' não significa 'aprender' listas de palavras desconectadas. Ao contrário, significa desenvolver a capacidade de enxergar a relação entre as palavras, e usar as dicas contidas nas próprias palavras, e no contexto, para deduzir seus significados. Com a escrita e a fala, também significa estar ciente do contexto e dos níveis de formalidade a fim de escolher e usar a linguagem mais apropriada.
Os professores precisam orientar os alunos, principalmente nos estágios
iniciais de contato com novos vocábulos, o uso de cognatos presentes nos textos
que são lidos ou ouvidos, ajudando a desenvolver a sua autoconfiança. Levando-os
a concentrarem no foco principal do texto e não amparar-se em palavras isoladas.
Como podemos observar, hoje, o vocabulário do Inglês foi “introduzido” no
nosso dia a dia. Tanto nas áreas das ciências, músicas, vendas, indústrias,
informática, muitas palavras os falantes do português usam sempre, e essa é a
vantagem da globalização do Inglês.
É essencial que o docente promova atividades variadas para que os
educandos possam reter um maior número de vocábulos apresentados, pois através
de atividades diversificadas, a memorização ocorre de forma mais eficiente e
natural, principalmente, que estas atividades englobem a prática das habilidades do
ensino de línguas (leitura, audição, fala e escrita).
Holden (2009, p. 50) sustenta que “A leitura sempre foi uma habilidade
fundamental na aprendizagem da língua. A leitura de textos pode ser usada para
introduzir e ilustrar exemplos de padrões gramaticais e vocabulário [...]”.
O ensino de novos vocábulos ainda envolve outros aspectos dentro da língua,
como a ortografia e a pronúncia, portanto, os alunos também precisam saber como a
palavra é escrita e pronunciada, além do significado e como ela pode ser usada,
dependendo do contexto em que foi empregada, pois uma mesma palavra, em
Inglês pode ter vários significados.
Agrupar as palavras em tópicos e registrar em um caderno de vocabulário
torna o processo ensino-aprendizagem mais produtivo. Na visão de Hadfield &
Hadfield (2009, p. 56), é preciso que registrem as palavras em um caderno de
vocabulário com a tradução ou uma definição, mas também é preciso memorizar os
novos vocábulos, e os alunos poderão fazer isso, sozinhos, fora da sala de aula, ou
ainda com a ajuda do professor, por meio de atividades de repetição e de
personalização.
A repetição é muitas vezes cansativa, mas eficaz, mas se for transformada
em jogo, será mais atraente, a personalização quer dizer que os alunos fazem um
tipo de associação pessoal com o vocábulo novo.
Hadfield & Hadfield (2009, p. 56) complementam que, após os alunos
absorverem os novos vocábulos, eles podem iniciar o uso dos mesmos de forma
comunicativa, em combinação com outros elementos linguísticos.
1.3 Aquisição de vocabulário
Conforme Santos (2008), é primordial a aquisição de vocabulário no ensino
de Língua Inglesa para crianças. Para Schimitt (2000 apud SANTOS, 2008, p.5) “O
vocabulário é aprendido gradativamente e é obvio que isto significa que a aquisição
lexical requer múltiplas exposições a uma mesma palavra”.
Ainda, na opinião de Santos (2008), quando pensamos no processo de
ensino-aprendizagem de novos vocábulos, conclui-se que é necessário que os
alunos fiquem expostos as mesmas palavras por diversas vezes, mas de formas
variadas e lúdicas, pois as crianças têm mais facilidade para assimilar a língua,
porém possuem maior resistência ao aprendizado dirigido, artificial e formal. As
crianças procuram assimilar e fazer uso da língua estrangeira em situações de
autêntica necessidade, o que desenvolve suas habilidades e constrói seu próprio
aprendizado por meio de situações reais de interação. As crianças, muito mais que
os adultos, necessitam e beneficiam de contato humano para o desenvolvimento de
suas habilidades linguísticas.
Santos (2008) diz que as crianças pertencentes a faixa etária de 10 a 12
anos, e, de acordo com Antunes (1998, apud SANTOS, 2008, p. 6), “ ainda não são '
adultas' e, portanto, tem dificuldades em compreender termos hipotéticos. Seu
pensamento abstrato, aquilo que representa o mais alto nível da hierarquia cognitiva
de Piaget, ainda não foi alcançado”.
Para Santos (2008), nessa fase do desenvolvimento cognitivo dos alunos faz-
se necessário que eles possam ter os mais diversos tipos de atividades,
manuseando materiais concretos e diferentes para construir representações da
realidade. Antunes (1998, apud SANTOS, 2008, p. 6) alega que “Outro estímulo
importante nessa fase é por meio do empenho do aluno em explorar sua criatividade
e o uso de pensamentos divergentes”.
Já em relação ao interesse dos educandos quanto à aprendizagem, Antunes
(1998, p. 36) defende que “seu interesse passou a ser a força que comanda o
processo da aprendizagem, suas experiências e descobertas, o motor de seu
progresso e o professor um gerador de situações estimuladoras e eficazes “.
Portanto, cabe ao docente o dever de estimular os educandos, através de
pesquisa e o uso de atividades concretas, variadas e atraentes , pois as crianças
aprendem línguas explorando, vivenciando, e confirmando os resultados.
Santos (2008) também afirma que existem inúmeras atividades diferenciadas
para se trabalhar vocabulário, cabe ao docente escolhê-las e aplicá-las. Não
esquecendo que vocabulário pode ser adquirido tanto por meio de estudos
explícitos, quanto recair pela exposição das palavras em um determinado contexto.
Conforme relata Schmitt (2000, apud SANTOS, 2008, p. 7), “professores
devem se concentrar não somente em introduzir novas palavras, mas também em
aumentar o conhecimento dos alunos sobre palavras apresentadas previamente“.
Schültz (2006) enfatiza que ao falar em vocabulário, temos que levar em
consideração os vários aspectos que a definição abrange. A distinção entre forma
oral e escrita é muito importante no caso de uma língua estrangeira, como o inglês,
onde o grau de correlação entre pronúncia e ortografia é relativamente baixo. É
praticamente impossível quantificar vocabulário, e também inferir que habilidade em
língua não está relacionada diretamente a familiaridade com vocabulário. Línguas
são fenômenos complexos que também incluem fonética, morfologia, sintaxe,
cultura, etc.
Habilidade em línguas não está relacionada simplesmente a familiaridade do
vocabulário, portanto, a aquisição de vocabulário não deve ser empregada como
prioridade na fase inicial do aprendizado da língua. O vocabulário poderá ser mais
facilmente absorvido à medida que se habituar à pronúncia da língua. Sendo assim,
o ensino-aprendizagem de novos vocábulos não deve ser predeterminado e dirigido,
mas deixar o processo seguir naturalmente direcionando aos interesses do aprendiz
e que progredirá na proporção que está em contato com a língua em situações reais
de comunicação.
Para Moreira (2000, p. 8), percebe-se que há uma relação direta entre leitura
e vocabulário e conclui-se que uma competência lexical bem desenvolvida é um
fator determinante na leitura. A importância do vocabulário para compreender a
leitura, é muito relevante, uma vez que a aquisição de novos vocábulos através da
leitura não ocorre, sem que haja a compreensão da leitura. Então a relação
vocabulário leitura está interligada, ou seja, os dois apresentam a mesma
importância no processo de aprendizagem.
Para Holden & Rogers (2001), a tendência de aprendizagem de uma nova
língua inicia em ordem crescente: primeiro aprende-se famílias de palavras e
associa-se mentalmente o seu uso, essa associação geralmente realiza-se quando
se tem um propósito. O vocabulário na língua estrangeira é a prática oral da teoria
linguística.
É importante mencionar que para um processo eficiente no aprendizado de
novos vocábulos, o estímulo, a dinâmica e os exercícios são fundamentais na
aquisição de uma língua.
As atividades para ampliação de vocabulário são fornecidas pelo professor,
mas depende muito do empenho e dedicação dos educandos para alcançar o
sucesso, pois só o contato com os novos vocábulos, sem um contato diário com a
língua por pelo menos poucos minutos diário, fora da sala de aula, é quase uma
missão impossível de ser atingida para aprimorar e ampliar vocabulário.
Na abordagem lexical, o processo ensino aprendizagem deve proporcionar o
aprender a aprender, que Venturi (2008, p. 45) relata:
Para facilitar a aquisição, a estocagem, a lembrança e a utilização da informação, pode-se lançar mão de uma estratégia importante de ensino, que é ajudar o estudante a aprender a aprender: aprender a inferir o sentido pelo contexto, a etimologia, completar diagramas, fazer exercícios de associação, quadros de derivação, utilizar grades semânticas.
Venturi (2008, p. 45) também enfatiza que “o papel do docente, no processo
de ensino estratégico, e orientador pedagógico, facilitador e animador, fazendo com
que o educando seja o responsável pela própria aprendizagem“.
Conclui-se que quando o aluno atinge um grau elevado de vocabulário, ele
por si mesmo consegue estabelecer relações entre o aprendizado. Venturi (2008, p.
47) relata:
[...] a medida que a competência lexical se desenvolve, o aluno é capaz de estabelecer as relações paradigmáticas (sinônimos, antônimos, etc) e sintagmáticas (que palavras podem acompanhar determinadas palavras). Aprendendo, então, estudar diferentes tipos e graus de relação, de coocorrência: as variações livres, as colocações, as expressões idiomáticas, os provérbios, e também as fórmulas comunicativas do uso corrente.
2. METODOLOGIA 2.1 Escolha metodológica Tendo em vista que a pesquisa foi realizada com um grupo específico de
alunos em um contexto real de ensino-aprendizagem, trata-se de um estudo de caso
de cunho etnográfico (ANDRÉ, 2001).
2.2 Contexto A pesquisa foi realizada em um Colégio Estadual no primeiro semestre de
2013.
2.3 Participantes Participaram da pesquisa todos os alunos do 7º Ano B, do turno da manhã,
sendo 16 do sexo feminino e 14 do sexo masculino, com faixa etária de 12 a 14
anos.
2.4 Produção didático-pedagógica Para viabilizar o Projeto de Intervenção Pedagógica, desenvolvi a Produção
Didático-Pedagógica no formato de Unidades Didáticas, com o Tema: “Aquisição de
vocabulário por meio da elaboração de um dicionário ilustrado”. A finalidade dessa
Unidade Didática foi tornar a aquisição de novos vocábulos da Língua Inglesa mais
eficiente e atraente através da elaboração do dicionário ilustrado confeccionado
pelos próprios alunos.
A produção Didático-Pedagógica foi desenvolvida em duas Unidades
Didáticas, sendo a primeira focada no vocabulário de animais e adjetivos e a
segunda tratava-se de alimentos em geral e bebidas. Foram propostas atividades
bastante diversificadas, englobando a aquisição de novos vocábulos, envolvendo os
vários aspectos da língua como: oralidade, escrita, pronúncia, imagem e ortografia.
O Projeto de Implementação surgiu devido ao fato dos alunos apresentarem
grande dificuldade em memorizar novos vocábulos da Língua Inglesa, tão
necessários para o desenvolvimento das mais diversas atividades dentro da língua e
pelo desinteresse que os alunos do 7º Ano demonstram pelo aprendizado da Língua
Inglesa, uma vez que, quando iniciam o 6º Ano, eles chegam animados, motivados
para o aprendizado, talvez por ser algo novo para eles.
Ao desenvolver as atividades aliadas a imagens e tecnologias, o processo
ensino-aprendizagem tornou-se mais interessante, eficaz e real.
As atividades foram desenvolvidas partindo do conhecimento prévio dos
alunos sobre o assunto, depois a apresentação dos textos para aprofundamento dos
temas e em seguida as atividades diversificadas para a memorização dos novos
vocábulos de maneira mais prazerosa.
2.5 Instrumentos de coleta de dados Os dados foram coletados por observações das aulas, notas de campo,
questionários e produções dos alunos.
3. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Ao explanar o Projeto de Intervenção Pedagógica aos alunos do 7ª Ano B,
observei que eles demonstraram bastante interesse pelo mesmo, talvez por se tratar
de atividades diferentes daquelas que eles estavam habituados a realizar em sala de
aula.
Utilizei as novas tecnologias de informação e comunicação como aliada ao
processo ensino-aprendizagem, afinal, os jogos online e vídeos conseguem prender
mais à atenção dos educandos, pois o computador hoje faz parte da rotina diária da
maioria dos alunos, mas vale destacar que alguns alunos não tinham familiaridade
com computador, e tiveram oportunidade de aprender a utilizá-lo, o que tornou
algumas aulas um pouco cansativa para o docente, porque eles não tinham
paciência, então quando surgia algum problema, todos chamavam ao mesmo
tempo, e por ser uma turma numerosa acabou tumultuando um pouco, mas eles
gostaram bastante.
Os dados evidenciam que as atividades relacionando imagens e jogos no
laboratório de informática foram bastante divertidas para eles, pois aprender de
forma lúdica parece ter despertado o interesse, tornando-se mais significante para
os alunos e prazeroso ao docente pela participação dos alunos, pois eles não
queriam parar de jogar.
A elaboração do dicionário ilustrado parece ter sido bastante satisfatória, pois
houve a participação da maioria dos alunos que, empolgados, queriam confeccioná-
los em todas as aulas.
Utilizei também desenhos impressos para colorir, recortar e colar na
elaboração do dicionário, uma vez que pedi a colaboração dos alunos com figuras
de revistas, mas uma minoria quisera utilizá-las, pois quando apresentei as figuras
impressas, todos resolveram usá-las.
Foram realizadas também atividades escritas e orais, desenvolvendo, assim,
os vários aspectos da língua como: oralidade, escrita, pronúncia e ortografia. Essas
atividades levaram em conta o ritmo dos alunos, respeitando as dificuldades e
habilidades de cada um, o que tornou o trabalho cansativo e muito desgastante para
o professor, por se tratar de uma turma numerosa e com vários alunos com
necessidades especiais, o que requer a atenção redobrada do docente.
Na elaboração do dicionário ilustrado, os alunos demonstraram muito
interesse e participação, pois um colaborava com o outro tanto na divisão dos
materiais como: tesoura, lápis colorido, cola; mas também na pronúncia e grafia das
palavras. Eles se sentiram bastante motivados em poder construir seus próprios
dicionários, onde eles utilizaram um caderno de capa dura com 96 folhas. Eles se
sentiram valorizados e felizes em poderem construir seu aprendizado de forma mais
eficiente, lúdica e, portanto mais prazerosa.
Notei que a aquisição de novos vocábulos da Língua Inglesa através de
atividades diversificadas como: texto - leitura, pronúncia e compreensão; jogos –
fixação de vocabulário; produção oral e escrita - como debate do assunto,
construções de frases e textos; tornou o processo ensino-aprendizagem mais
significativo real e eficaz.
A ideia de aliar imagem à grafia, ou seja, o visual chama bastante a atenção
dos alunos, principalmente nessa faixa etária dos 12 aos 14 anos, tornando assim a
memorização e compreensão de novos vocábulos mais fácil.
É claro que alguns alunos apresentaram dificuldades no processo de
memorização dos novos vocábulos, mas isso já era esperado, pois as atividades
foram preparadas para contemplarem os mais diversos estilos de aprendizagem,
mas é impossível atingir os objetivos propostos com todos os alunos. Ao
implementar o Projeto, percebi que, hoje em dia, muitos pais não cobram e nem
incentivam seus filhos em relação a educação, o que parece contribuir para o
desinteresse e desmotivação deles ao aprendizado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS A elaboração e implementação desse projeto de intervenção foi uma
experiência muito válida, pois tive a oportunidade de verificar que os alunos
perceberam que aprender novos vocábulos da Língua Inglesa é importante e os
ajudará no desenvolvimento da leitura, compreensão textual, produção oral e escrita
do processo ensino-aprendizagem, além do que, ficou evidente que nem sempre
conseguimos atingir todos os objetivos propostos, mas que atingimos outros que não
haviam sido imaginados, como na elaboração desse dicionário ilustrado pelos
próprios alunos, além de contribuir para a memorização dos novos vocábulos, ainda
aumentou a autoestima deles, pois ficaram orgulhosos em poder mostrar seus
dicionários para os pais e toda a comunidade escolar.
O objeto de estudo aqui relatado e as atividades propostas e desenvolvidas
são apenas o início para que outros professores possam dar continuidade,
contribuindo de forma colaborativa para aperfeiçoá-lo. É um produto em aberto e
poderá receber sugestões e críticas que com certeza contribuirão para a melhoria do
ensino de Língua Inglesa nas Escolas Públicas Paranaenses.
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