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Araçatuba, Julho • Gestão 2014-2015 FECHAMENTO AUTORIZADO.
PODE SER ABERTO PELA ECT.
Expô 2014 chega com Cavalgada & Queima do Alho uma semana antes da abertura, estande da FAESP, Centro de Agronegócios, Semana do Leite,
expectativa de bons negócios e muita animação Págs. 8 e 9
ChEiA dE novidAdES
deputado Federal Mendes Thame fala
sobre a destinação de resíduos sólidos
Pág. 4
diretor do SiRAn comenta a
regulamentação do CAR
Pág. 6
vR completa 100 anos e é
homenageada pelo SiRAn na Expô
Págs. 9
EDITORIAL
EXPEDIENTE
Marco Antonio ViolPresidente
PALAVRA DOPRESIDENTE
SindiCATo RURAL dA ALTA noRoESTEGestão 2014 - 2015
diREToRiAPresidente
Marco Antonio Viol1º Vice-Presidente
Arnaldo dos Santos Vieira Filho2º Vice-Presidente
José Luiz Gottardi Júnior1º Secretário
Fábio Freixo Brancato2º Secretário
Alexandre Coccapieller Ferreira1º Tesoureiro
Francisco de Assis Brandão Filho2º Tesoureiro
José Antonio Ribeiro
ConSELho FiSCALEfetivos
Vilobaldo Peres JúniorPetronio Pereira Lima
Fernando Teixeira LemosSuplentes
Manoel Afonso de Almeida FilhoCarlos Alberto Mestriner
Antonio Nelson S. Sandoval
dELEGAdoS REPRESEnTAnTESEfetivos
Alfredo Ferreira Neves FilhoMarco Antonio Viol
SuplentesCarlos Eduardo Cardia Benez
João Manoel R. Junqueira de Andrade
Rua Oscar Rodrigues Alves, 55, SobrelojaEdifício SIRAN, Centro - Araçatuba – SP
CEP 16.010-915 - (18) 3607-7826 www.siran.com.br
Jornalista ResponsávelMarcelo Teixeira (Mtb 29.305)
TextosMelhor Notícia Comunicação Estratégica
(Marcelo Teixeira)Imagens
Arquivos Siran e 1º de Janeiro, e internet Artes e Diagramação
1º de Janeiro PropagandaTiragem mensal
1500 exemplaresComercialização de anúncios:
Melhor Notícia (Marcelo)(18) 3117-6609 e (18) 98112-8621
Além do aspecto histórico e de tra-dição, a Exposição Agropecuária de Araçatuba simboliza a importância de um segmento produtivo que re-presenta muito em nossa economia
e em nosso desenvolvimento. É inegável que o agronegócio brasilei-ro tem feito grandes progressos nos últimos tempos. Nossa agricul-tura e pecuária ocupam apenas 28% do território nacional e geram, nesse espaço, 40% das exportações totais do país, 25% do PIB e um terço dos empregos brasileiros.É neste cenário que realizamos a 55ª edição da Expô, que chega repleta de boas novidades no setor de agronegócio. Começando pela Cavalgada & Queima do Alho, realizada no domingo anterior à abertura da feira, passando pelo estande da FAESP, instalado pela primeira vez no evento, assim como pelo Centro de Agronegócios, que reunirá empresas e seus públicos, em um ambiente propício para fomentar o setor, e pela Semana do Leite, que pretende estimular a comercialização e melhoramento do gado leiteiro regional. Como se não bastas-se, o julgamento do Nelore está de volta, em um ano marcante. Em 2914, a marca VR, pioneira e decisiva no desenvolvimento da pecuária nacional, completa 100 anos. O SIRAN faz questão de homenageá-la na abertura da feira, com uma placa e uma escultura, que ficará eternizada na Casa do Nelore. Além das novidades, pelo ter-ceiro ano consecutivo a Gené-tica SIRAN marca presença no evento. Por tudo isso, acredito sinceramente que esta será uma Expô diferente, positivamente marcante. E o que pudermos fa-zer para melhorá-la ainda mais, com certeza faremos. Participe e confira!
ÍNDICE
Mendes Thame
CAR
Expô
Cursos
Obrigações
Artigo Jurídico
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RESídUoS SóLidoS
Aterro em debateMendes Thame diz que a população deve ser ouvida antes da
instalação de aterro sanitário em Araçatuba
De passagem por Araçatuba, o deputado federal Antonio Car-los Mendes Thame (PSDB-SP) defendeu que a população preci-sa ser ouvida pelas autoridades locais para discutir a instalação de aterro sanitário no município. Ele esteve na cidade para apre-sentar palestra sobre resíduos sólidos, na Câmara Municipal, a convite da vereadora Tieza Mar-ques de Oliveira (PSDB). Desde o ano passado, há grande dis-cussão sobre a previsão de ins-talação de um aterro regional privado no bairro rural da Prata. O aterro atual tem licença de operação até novembro de 2015,
atingindo o limite de sua capa-cidade nesse mesmo prazo.“As cidades não foram ouvidas se querem realmente utilizar esse aterro ou se pretendem continuar operando da forma como vêm fazendo, transfor-mando lixões em aterros, to-mando as medidas cautelares individualmente”, comentou.
Reciclagem
Thame aprova a iniciativa do prefeito de Guararapes, Edenil-son de Almeida (PSDB), o Dedê, de instalar usinas de reciclagem para tratamento de resíduos só-
lidos das cidades que compõem o Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê, para serem ad-ministradas por meio de con-sórcio entre os municípios. Em abril, alguns prefeitos visitaram uma unidade instalada no dis-trito de Bulhões, no Rio de Ja-neiro. “Toda vez que consegue reciclar e reaproveitar lixo dimi-nui o volume do aterro e trans-forma problema em solução, ge-rando empregos e produzindo matéria-prima para indústria, reduzindo a necessidade de uti-lização de recursos naturais”, explicou o parlamentar.*Com informações da Folha da Região.
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CAR
Agora é a hora*Fábio Brancato
Após dois anos de muita expectativa, o Cadastro Ambiental Rural (CAR)
entrou em vigor, sendo forma-lizado pelo Decreto nº 8.235 do Ministério do Meio Ambiente, publicado em 5 de maio de 2.014 no Diário Oficial da União. Tra-ta-se de um dos principais “pro-jetos” do novo Código Florestal para alavancar os processos de regularização ambiental rural.O CAR é um instrumento que facilita a regularização ambien-tal de uma propriedade rural – cerca de 5,6 milhões de proprie-dades e posses rurais do país devem se cadastrar –, garantir a segurança jurídica exigida aos produtores e verificar a situação ambiental real das proprieda-des agrícolas brasileiras. A par-tir da data da publicação todos os proprietários têm um ano – prorrogável por mais um – para aderir ao programa e regularizar a situação das áreas de uso res-tringido e reserva legal.A orientação básica é que todos os produtores iniciem o mais ra-pidamente possível seus levan-tamentos (se é que já não o fize-ram) e em seguida busquem um profissional competente para conferir os dados, pois o cadas-tro é apenas a primeira etapa da regularização da sua proprie-
dade, assim as informações ca-dastradas devem ser legitimas e exatas, e depois realizar o cadastro no CAR, que deve ser realizado por meio do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR). O cadastro pode ser preenchido de forma off line, no endereço www.car.gov.br, para envio posterior ao SiCAR.O cadastro permitirá verificar a real situação ambiental das pro-priedades agrícolas brasileiras. Com o CAR, o Governo Federal espera que o Brasil continue a trajetória de liderança na produ-ção de alimentos, com protago-nismo na preservação de seus recursos naturais.Antes da União, o estado de São Paulo já havia feito seu “de-ver de casa”, estabelecendo os mecanismos necessários para o cumprimento das exigências da nova legislação, com a institui-ção do Programa de Regulariza-ção Ambiental (PRA), o funcio-namento das cotas de reservas ambientais etc. O que quero dizer é que, do ponto de vista conceitual, trata-se de uma ini-ciativa louvável das instituições públicas envolvidas. O fato é que a regularização ambiental se mostra um desafio.O produtor rural deve fazer sua parte e certamente será cobrado
por isso, mas será que os go-vernos contam com recursos fi-nanceiros, funcionários públicos e sistemática a ser seguida para que se efetive o cadastramen-to dos imóveis rurais? Segun-do Mauro Pires, consultor do projeto Inovacar – criado pela ONG Conservação Internacional (CI-Brasil) para apoiar na imple-mentação do CAR na Amazônia –, se não houver empenho do aparato público direcionado a todas as fases do processo de regularização ambiental, a re-cuperação dos passivos ambien-tais e a valorização da floresta serão promessas não cumpridas pelo CAR.Na verdade, o questionamento vale para todo o país. Se o CAR não vier acompanhado dos de-mais instrumentos da política ambiental, como fiscalização, responsabilidade e transparên-cia, corre-se o risco de apenas legitimar desmatamentos ile-gais. Que cada um assuma sua responsabilidade socioambien-tal. Torço para que o produtor não se esforce em vão, pelo bem do meio ambiente, da natureza, do agronegócio, enfim, do pla-neta.*Fábio Brancato é diretor do Sindicato Rural da Alta Noroeste (SIRAN)
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ExPô 2014
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ChEiA dE novidAdES
No que diz respeito ao agronegócio, a Expo-sição Agropecuária de
Araçatuba (Expô) 2014 tem tudo para ser uma das melho-res dos últimos tempos. Isso porque a diretoria do SIRAN decidiu fazer alterações no formato da feira, prestigian-do ainda mais o produtor ru-ral. Entre as mudanças estão a instalação, pela primeira vez na história do evento, de um estande da FAESP, SENAR-SP e SEBRAE-SP. Ele ficará insta-lado em uma das esquinas das ruas Dr. João Cintra e Walde-mar Alves. O produtor poderá usufruir da estrutura em busca de informações das entidades.No Centro de Agronegócios, que funcionará entre os dias 8 e 12, produtores, criadores, empresários de vários setores da economia e seus públicos terão a oportunidade de trocar
Expô 2014 chega com estande da FAESP, Centro de Agronegócios, retorno dos julgamentos de nelore, Cavalgada & Queima do Alho uma semana antes da abertura, Semana do Leite,
expectativa de bons negócios e muita animação
experiências, firmar parcerias e efetivar importantes negócios. O estande ficará em frente à pista de julgamentos. Por falar na pista, ela voltará a ser ocu-pada pelo gado Nelore, com o retorno dos julgamentos da raça que é a base da pecuária brasileira. Na feira haverá jul-gamentos também de ovinos e equinos (Mangalarga Mar-chador, Mangalarga Paulista e Quarto de Milha).Vale ressaltar também a sepa-ração da Cavalgada & Queima do Alho, da abertura do even-to, melhorando a organização dos dois eventos e dando mais visibilidade à exposição. O gado leiteiro também será uma das estrelas da 55ª Exposição Agropecuária de Araçatuba (Expô 2014). Isso porque du-rante a feira será realizada a 1ª Semana de Leite, com várias atividades previstas, a partir
de 8, até o dia 12 de julho. Ha-verá exposição de animais das raças girolando, gir leiteiro e holandês; shopping e pales-tras técnicas; e leilão no dia 12, às 13h. Estarão em oferta cer-ca de 200 animais de grande valor genético e alta produção leiteira. Eles ocuparão dois pa-vilhões, onde serão visitados pelo público leigo e também, e principalmente, pelo especiali-zado.Destaque nos últimos dois anos, a Genética SIRAN continua sendo um dos pontos fortes do setor de agronegócios da Expô, com criatórios de bovinos e equinos ocupando 13 pavilhões do recinto. Nesta edição da feira serão realizados seis leilões e haverá três shoppings (Brahman Vitória e Seg Brahman, Multirraças – Nelore, Braford e Sindi – e Leite – Holandês, Gir e Girolando).
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100 Anos
vR é homenageada pelo SiRAn na Expô 2014
Em homenagem aos 100 anos de existência da marca VR e seus serviços prestados à pe-cuária brasileira, o SIRAN vai homenageá-la na Expô 2014. A criação de gado Nelore pela marca teve início em 1914 em Uberaba (MG), na Fazenda Macega, quando Vicente Rodri-gues da Cunha comprou 14 no-vilhas e um touro. Na década de 30, Rodrigues adquiriu 600 matrizes Nelore para a Fazenda Pontal, de Corumbaíba (GO). Desde a primeira Exposição Agropecuária do Triângulo Mineiro, em 1935, viu o reco-nhecimento aos animais da sua marca. Faleceu em 1942, e, em 1949, Olinda Arantes Cunha e os filhos se mudaram para Araçatuba. Na década de 50 o nome VR já se firmava no mer-cado.Na década seguinte ocorreu o grande salto na genética da marca VR e consequentemen-te de todo país. Coube ao fi-lho Torres Homem Rodrigues da Cunha definir esse rumo. Foram enviados para Índia o veterinário José Deusth e o Sr.
José da Silva, conhecido com “seu Dico”, profundo conhe-cedor de Nelore. E assim vie-ram para o Brasil os grandes genearcas da raça, como Kar-vadi, tetracampeão da Índia e Supercampeão da Ásia; Golias, Campeão de peso da Índia, além de Rastã, Bima, Brami-ne e matrizes, como Ashoka, Andra, Chintaladevi, Chilara, Hiderabad, Mahannandi, Mara e Marna entre outros. E na pri-meira geração em solo nacional nasceram Chummak, Evaru, Isharã, Faulad, Eeral e tantos outros que mudaram a história do Nelore do Brasil.Torres Homem inaugurou em 1968 o primeiro laboratório nacional de coleta de sêmen, a Central VR (berço de grandes Campeões), localizada na Chá-cara Zebulândia, em Araçatu-ba. Ao todo acumula 59 Gran-des Campeonatos Nacionais, um recorde insuperável. Dando continuidade ao trabalho do pai, José Carlos Prata Cunha já
Chummak
é Hexacampeão como Melhor Expositor Nacional no ranking da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB). Sempre inovando, montou o laboratório de DNA VRGen.Em 2004, juntamente com os parceiros do grupo NJOP, José Carlos Prata Cunha deu origem a um novo ciclo de importa-ções da Índia. Seguindo todas as exigências sanitárias do Mi-nistério da Agricultura Pecuá-ria e Abastecimento (Mapa) foi montado na Índia um laborató-rio de coleta de embriões, que são congelados e enviados ao Brasil para serem transferidos em quarentenário. Os primei-ros produtos filhos do genear-ca indiano Yelamaru chamam a atenção pela rusticidade, ga-nho de peso e acabamento de carcaça. Em breve chegam ao Brasil os embriões do Raamu, outro grande genearca india-no, campeão dos puxadores de pedra da Índia.
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CRonoGRAMA
Cursos para o produtor ruralConfira a relação de cursos que o SiRAn/SEnAR tem programado para este ano, a partir de julho
Curso Local dataEquideocultura – Preparo do Animal para a lida com o gado bovino
Piacatu – Local não definido De 21 a 25/07
Bovinocultura de Leite – Aplicação de Medicamentos e Vacinas
Sítio Maná – Assentamento Chico Men-des – Araçatuba
30, 31/07 e 01/08
Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas
Guararapes – Local não definido De 18 a 22/08
Processamento Artesanal de Carne Suína
Gabriel Monteiro – Local não definido De 21 a 23/08
Bovinocultura de Leite – In-seminação Artificial
Estância Recanto das Águas – Assenta-mento Chico Mendes – Araçatuba
De 25 a 29/08
Olericultura Básica – Manejo e Tratos Culturais
Gabriel Monteiro – Local não definido De 04 a 06/09
Eletricista – Instalações Elé-tricas em Baixa Tensão
Rubiácea – Local não definido De 09 a 13/09
Sangria em Seringueira Piacatu – Local não definido De 18 a 20/09
Bovinocultura de Leite – Aplicação de Medicamentos e Vacinas
Santo Antônio do Aracanguá – Local não definido
De 09 a 11/10
Hidráulica - Rede De Água (Módulo I)
Rubiácea – Local não definido 14, 15, 21 e 22/10
Sangria em Seringueira Gastão Vidigal – Local não definido De 13 a 15/11
Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas
Piacatu – Local não definido De 17 a 21/11
Hidráulica - Rede de Esgoto (Módulo II)
Rubiácea– Local não definido 18, 19, 25 e 26/11
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Julho
Crédito na Expô 2014Banco do Brasil disponibiliza linha de financiamento para o produto rural
Quem está pensando em adquirir máquinas, equipamentos e
animais na Exposição Agropecuária de Araçatuba (Expô 2014) tem a chance de concretizar seus planos. Isso porque o Banco do Brasil vai estar presente e disponibiliza diversas linhas de financiamento. Com ela, o produtor poderá
financiar veículos, máquinas, implementos e bovinos, a juros a partir 2,0% ao ano, dependendo do item a ser adquirido, porte do produtor e valor financiado. A orientação é para que os interessados procurem a agência do BB para verificação dos seus cadastros e limites disponíveis, para participar dos leilões e
comprar equipamentos nas lojas expositoras da feira. O estande do banco será instalado em uma das esquinas das ruas Dr. João Cintra e Waldemar Alves.
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ARTiGo JURídiCo
diCAS PARA ALGUnS ConTRAToS
Sempre reforço a ideia: o ne-gócio bom é o negócio escrito. Se houver dúvida, as partes re-volvem ou, se elas não chegam a um consenso, resolve o juiz com base no contrato e tam-bém na peculiaridade do negó-cio e no cumprimento das obri-gações. Agora, sem contrato, a situação piora – e muito! Como diz o velho ditado, provar que focinho de porco não é toma-da... e até lá perdemos tempo, dinheiro, e ganhamos muitas dores de cabeça. Os contratos agrários – especialmente os de parce-ria e de arrendamento -, o Es-tatuto da Terra resolve muita coisa, porque há obrigações e direitos predeterminados que não podem ser mudados pelas partes. Contudo, há cláusulas necessárias nestes contratos. Devemos estipular expressa-mente as multas, os juros e correção monetária em caso de não divisão da renda ou atraso no pagamento do aluguel. Há necessidade de se estipular os
motivos de rescisão do contra-to agrário; muitas vezes o dono da terra fica vendido perante o seu parceiro ou arrendatário - não recebe nada e ainda não retoma a terra. As obrigações expressas no tocante às obri-gações tributárias, ambientais, trabalhistas, conservação do imóvel rural; inclusive com previsão de multa em caso de incumprimento. Um grande problema: as cercas internas e externas e a obrigação de con-servação, reparo e construção. Muitas vezes o parceiro agri-cultor ou o arrendatário conce-de livre acesso a terceiros; isto pode ser um grande problema para o dono da terra e, por isto, deve ser limitado. Na venda e compra de um imóvel rural as partes sem-pre devem pensar no “como”, no “onde” e no “quando”. “Como” será o negócio e as suas obrigações? “Onde” as obrigações serão cumpridas. E “quando” as obrigações serão cumpridas. As partes devem procurar visualizar os proble-mas que possam ocorrer e pro-curar deixar claro no contrato com as soluções possíveis. É difícil, mas não impossível. O modo e o tempo de pagamento do preço; as multas e os moti-vos de resolução do contrato. A transferência da posse ao com-prador. Também é importante as partes discutirem por qual
meio o negócio será veiculado; qual o contrato – um compro-misso, uma escritura pública de venda e compra com cláu-sula resolutiva (se não pagar, o negócio extingue). Cada caso é um caso e deve ser bem anali-sado pelas partes. Na compra e venda, há quase sempre a presença do corretor. Ou corretores. E não é incomum que as partes (comprador e vendedor) não se acertem justamente em virtude das “brigas” entre os correto-res. Por isto, o vendedor deve sempre ficar atento ao contra-to de exclusividade que firma com o corretor e do direito que ele tem em caso de venda do imóvel por outro corretor. O vendedor deve ficar atento ao corretor que realmente apre-sentou o comprador; porque muitas vezes o mesmo com-prador foi apresentado por dois ou mais corretores e, em princípio, todos eles têm di-reito à corretagem. Ao pagar a corretagem, para que o vende-dor se resguarde, é necessário um contrato com o corretor e não um simples recibo de pa-gamento. Aí estão poucas e boas dicas.
Fernando Risolia é advogado do escritório Fernando Ferrarezi Risolia Sociedade de
Advogados, em Araçatuba (18 3621-6331 e [email protected])
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