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Araquém Alcântara e a natureza

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(William Okubo, CRB-8/6331, SP, Brasil)

INSTITUTO ARTE NA ESCOLA

Araquém Alcântara e a natureza / Instituto Arte na Escola ; autoria de Eliane

de Fátima Vieira Tinoco ; coordenação de Mirian Celeste Martins e Gisa

Picosque. – São Paulo : Instituto Arte na Escola, 2006.

(DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 39)

Foco: CT-3/2006 Conexões Transdisciplinares

Contém: 1 DVD ; Glossário ; Bibliografia

ISBN 85-98009-48-2

1. Artes - Estudo e ensino 2. Fotografia 3. Meio Ambiente 4. Alcântara,

Araquém I. Tinoco, Eliane de Fátima Vieira II. Martins, Mirian Celeste III.

Picosque, Gisa IV. Título V. Série

CDD-700.7

ARAQUÉM ALCÂNTARA E A NATUREZA

Copyright: Instituto Arte na Escola

Autor deste material: Eliane de Fátima Vieira Tinoco

Revisão de textos: Soletra Assessoria em Língua Portuguesa

Diagramação e arte final: Jorge Monge

Autorização de imagens: Ludmilla Picosque Baltazar

Fotolito, impressão e acabamento: Indusplan Express

Tiragem: 200 exemplares

Créditos

MATERIAIS EDUCATIVOS DVDTECA ARTE NA ESCOLA

Organização: Instituto Arte na Escola

Coordenação: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Projeto gráfico e direção de arte: Oliva Teles Comunicação

MAPA RIZOMÁTICO

Copyright: Instituto Arte na Escola

Concepção: Mirian Celeste Martins

Gisa Picosque

Concepção gráfica: Bia Fioretti

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DVDARAQUÉM ALCÂNTARA E A NATUREZA

Ficha técnica

Gênero: Documentário com depoimentos e obras do artista.

Palavras-chave: Ecologia; meio ambiente; artista e sociedade;educação do olhar; luz; fotografia de natureza; poética pessoal.

Foco: Conexões Transdisciplinares.

Tema: A fotografia de natureza.

Artistas abordados: Araquém Alcântara, José Caldas, Bruno Alves.

Indicação: A partir da 5ª série do Ensino Fundamental e Ensi-no Médio.

Direção: Mariana Cronenberger.

Realização/Produção: Rede SescSenac de Televisão, São Paulo.

Ano de produção: 2001.

Duração: 23’.

Coleção/Série: O mundo da fotografia.

SinopseO documentário fala sobre a fotografia de Araquém Alcântara,um dos mais premiados fotógrafos brasileiros, reconhecido porsua dedicação irrestrita à natureza. Em três blocos distintos,acompanhamos uma aula de Araquém durante uma caminhadapara que os alunos descubram os segredos da fotografia denatureza. Os equipamentos específicos para fotos ao ar livresão mostrados em detalhes, com explicações técnicas do ma-nuseio. Depoimentos do artista em seu estúdio e imagens desuas fotografias permeiam o documentário. A preocupação emeternizar a beleza e a riqueza da fauna e da flora brasileiras éuma das tônicas do trabalho de Araquém Alcântara.

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Trama inventivaPonto de contato: conexão. Abertura para atravessar e ultrapas-sar saberes: olhar transdisciplinar. A arte se põe a dialogar, fazercontato, contaminar temáticas, fatos e conteúdos. Nessa inter-seção, arte e outros saberes se alimentam mutuamente, ora secomplementando, ora se tensionando; ora acrescentando um aooutro novas significações. A arte, ao abordar e abraçar, comimagens visionárias, questões tão diversas como a ecologia, apolítica, a ciência, a tecnologia, a geometria, a mídia, o inconsci-ente coletivo, a sexualidade, as relações sociais, a ética, entretantas outras, permite que na cartografia se desloque odocumentário para o território das Conexões Transdisciplinares.Que sejam estas então: livres, inúmeras e arriscadas.

O passeio da câmeraA natureza, em imagens captadas com sensibilidade porAraquém Alcântara, é o convite deste documentário. Uma vozem off, sempre acompanhada de um conjunto de imagens derara beleza do fotógrafo, nos fala sobre Alcântara, sua poéticae preocupação com o meio-ambiente.

O documentário nos permite ver e ouvir duas facetas deAraquém Alcântara. Uma, a do fotógrafo que escolhe com ocoração o caminho da fotografia de natureza. Em depoimentogravado em seu estúdio, Alcântara nos dá lições de amorosidadepara com a natureza. Fala sobre o exercício da solidão criativa,da paciência e da contemplação necessárias para fotografar,principalmente porque, na maioria das vezes, a espera ou a caçaa uma imagem é feita em condições desfavoráveis. É nesseexercício que o fotógrafo de natureza aprende que sua tarefa écelebrar a vida.

A outra faceta é a de Araquém Alcântara, o professor, numworkshop que acontece durante uma caminhada pela Serra doMar. Acompanhamos o fotógrafo-educador que oferece gene-rosamente aos alunos informações sobre seus procedimentos

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técnicos no ato de fotografar, sobre o equipamento necessá-rio, e dá “dicas” de como deve ser a preparação para uma aven-tura mata adentro. Como fotógrafo que entende a fotografiacomo expressão artística, o Alcântara professor dá lições so-bre composição, mas incentiva os alunos a encontrarem o seupróprio enquadramento, seu próprio olhar estético das sutile-zas tonais da flora.

O documentário oferece oportunidades de conexões com osseguintes territórios: Linguagens Artísticas – fotografia de natu-reza; Saberes Estéticos e Culturais – artista e sociedade; Pro-

cesso de Criação – poética pessoal; Forma-Conteúdo – luz, com-posição, enquadramento, contraste, além da temática voltada ànatureza e Formação: Processos de Ensinar e Aprender – edu-cação do olhar e as aulas-viagens.

Neste material, as proposições giram em torno do território deConexões Transdisciplinares, valorizando a ecologia, o meioambiente, a militância política e as relações entre arte, ciênciae tecnologia.

Sobre Araquém Alcântara(Florianópolis/SC, 1951)

A fotografia pra mim é um caminho de auto-conhecimento. Ela é umaponte para que eu esteja em sintonia com o universo. Me proporci-ona o encontro, às vezes quase místico. É o encontro com a beleza.

Araquém Alcântara

Catarinense de nascimento, o fotógrafo Araquém Alcântara éo que se pode chamar de cidadão do mundo. Trilha por paisa-gens conhecidas ou lugares inóspitos com a mesma curiosida-de do viajante que por ali passa pela primeira vez. Olha por meiodas lentes de câmeras fotográficas e descortina imagens queparecem estar ali esperando por seu olhar sensível e treinadonas técnicas de captação de imagens da natureza.

Araquém Alcântara entra no mundo da fotografia pela resso-nância do impacto que sentiu após assistir ao filme A ilha nua,

de Kaneto Shindo. Fica em tal estado de conturbação, num

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êxtase que só apazigua quando, no dia posterior, uma amigalhe empresta uma câmera fotográfica comum e ele sai pelasruas à procura de uma cena. Surge a cena, a primeira foto: osexo desnudo de uma mulher que o provoca no meio da rua.Não pára mais. A opção, em outro momento, pela fotografia denatureza, vem quase que de um chamado da mesma. Sua von-tade de preservação o leva a denunciar os maus-tratos com anatureza, primeiramente em seu lugar de morada, a cidade deSantos, e depois em diferentes lugares por todo o Brasil.

Engajado na causa da preservação da natureza, é um dos

precursores da fotografia ecológica no Brasil, atuando

nesse campo já no início dos anos 70. Como outros fotó-

grafos de natureza, Araquém fica dias embrenhado paci-

entemente na mata para conseguir uma imagem. Seus li-vros, num total de quinze até o final do primeiro semestre de2005, são reveladores de momentos preciosos da nossa gen-te, da nossa flora, da nossa fauna, da nossa paisagem, apre-sentando um conteúdo poético do dia-a-dia.

Para o crítico e fotógrafo Rubens Fernandes Jr.:

Ao se deparar com a essência da beleza natural, Araquém sabe tirarproveito dos momentos de breve duração das luzes que não se repe-tem. A intensidade da luz disponível distribuída num formalismoconceitual singular faz de Araquém Alcântara um profissional comestilo próprio, único na fotografia contemporânea brasileira.1

Suas imagens, assim, abrigam a presença da mãe-natureza nãocomo espetáculo visual em si, mas como transfiguração deformas banhadas por diferentes luzes, cores, texturas queemergem silenciosamente da nossa ainda maravilhosa terraBrasil. Este é, aliás, o nome de um dos seus ensaios que resul-ta do registro documental dos 36 Parques Nacionais Brasilei-ros que, segundo a Constituição, são a nossa grande riqueza.É esse olhar, esteticamente diferenciado do fotógrafo, que moveo olhar politizado de Araquém a documentar a natureza comopatrimônio natural.

De modo semelhante, podemos aproximar esse olhar de Araquémao olhar de fotógrafos como o americano Ansel Adams, que tam-bém tem sua carreira associada à causa política de preservação

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da natureza, ou do brasileiro Walter Firmo que, ao longo de maisde 40 anos de fotografia, consolida um acervo fantástico doBrasil, seu povo e seus costumes.

Mas o olhar estético e politizado de Araquém não se fixa ape-nas nas imagens que clica da natureza. Esse olhar, por quereroutros olhos-parceiros, faz do fotógrafo também um educadordo olhar, em suas aulas-viagens. Nelas, Araquém convida seusalunos a uma percepção diferente da natureza, principalmenteaprendendo a olhar a poesia nela presente. Como mostra odocumentário, mais do que em palavras, Araquém ensina osalunos pela câmera, mostrando o enquadramento, a beleza daluz, dos contrastes, o momento que é único em meio a tantosoutros momentos e as possibilidades que cada abertura do di-afragma, cada lente de zoom, cada tipo de flash permitem.

Alcântara, como fotógrafo viajante, é um “colecionador de

mundos” que tem uma atitude filosófica ao mostrar que o

mundo da natureza não pode ser esquecido ou abandona-

do. Nesse trabalho de documentação ambiental contem-

porânea, Araquém sabiamente compreende que o homem

não é o dono e senhor da Terra, pois seu futuro está ligado

ao futuro de todas as espécies. Não seria esse o alerta de

sua fotografia ecológica?

Os olhos da arte

... a fotografia de ecologia, a fotografia de natureza. Cresce a cadadia o número de adeptos, conseqüentemente vai crescer o merca-do. Todo fotógrafo de natureza é um conservacionista. Ele luta paraa preservação daquele meio que ele fotografa. Então é interessan-te que hoje em dia estão surgindo fotógrafos que são anjos da guar-da de determinados santuários. Eles fotografam aqueles lugares,moram próximo àqueles lugares e atuam nessa comunidade para adefesa desse espaço.

Araquém Alcântara

Andarilho, viajante, pioneiro na documentação ambiental con-temporânea. Araquém faz poemas visuais e usa a fotografia nadefesa da ecologia e na luta pela preservação das espécies.

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Os olhos da câmerado fotógrafo nosdão o foco sobre fo-tografia e naturezaem Olhos da arte.

Muitos fotógrafospioneiros do Brasilpreocupam-se coma questão da pre-servação da nature-za, utilizando a vo-

cação natural da fotografia para documentar, exaltar e denunci-ar. A expansão da consciência ecológica está registrada nahistória da fotografia que cria um repertório visual de enormevalor documental.

Talvez, os primeiros registros naturalísticos da terra do Brasil

sejam aqueles produzidos pelos pintores e desenhistas da

comitiva de artistas que, entre 1636 e 1645, período de

ocupação dos holandeses no nordeste, permanecem no Bra-

sil contratados pelo então governador Maurício de Nassau.

Nessa produção, destacam-se as paisagens que retratam

vistas panorâmicas, portos e fortificações de Frans Post, e

os tipos etnográficos e exóticos de Albert Eckhout.

Posteriormente, no século 19, artistas estrangeiros da missão artís-tica francesa e os naturalistas visitantes integrantes das expediçõescientíficas, deslumbrados pelo cenário tropical, elaboram paisagens,marinhas e cenas de costume, sobretudo do Rio de Janeiro, docu-mentando com detalhes aspectos pitorescos da vida brasileira.

Os fotógrafos estrangeiros começam a chegar ao Brasil a partir de1850, estimulados pelo imperador D.Pedro II, para realizarem umgrande levantamento paisagístico no Brasil. Destaca-se como o maisimportante fotógrafo brasileiro do século 19, Marc Ferrez, cariocade origem francesa. Fotógrafo da Marinha Imperial e da ComissãoGeográfica e Geológica do Império, Ferrez se especializa na produ-ção de vistas e paisagens, tanto urbanas, quanto da natureza, ten-do percorrido o Brasil a serviço de diversas instituições.

Araquém Alcântara - Pantanal

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A partir dos anos 70 do século 20, importantes nomes da foto-grafia brasileira realizam trabalhos de pesquisa, documentaçãoe denúncia, estimulando o debate e a reflexão das questõesecológicas. Desde 1977, o fotógrafo Marcos Santilli fotografasistematicamente o estado de Rondônia, na região amazônica,com a intenção de documentar as transformações humanas eambientais. Claudia Andujar é outro exemplo, com suas foto-grafias sobre os índios Yanomami que a levam à militância po-lítica a favor da sobrevivência do grupo. Em 1989, Zé de Bonirealiza um trabalho na Chapada Diamantina/BH, enfatizandoa contemplação da natureza através das sutilezas tonais e damonumentalidade natural da região.

Todo fotógrafo de natureza tem como um de seus objeti-

vos a preservação do local que ele escolhe como temática.

Na realidade, ele é um ecologista por princípio. Ao entrar

na mata, pensa e age de forma a não agredir. Por isso,

espera pela melhor hora, pela iluminação perfeita, pelo

encontro contemplativo daquilo que deseja eternizar.

Para o fotógrafo canadense Gregory Colbert2 , que fotografa mo-mentos de perfeita harmonia entre os animais e os homens em paísescomo a Índia, o Sri Lanka e a Namíbia: “A natureza é um poema, enós, homens, com nossa arrogância, temos de parar de pensar quesomos a parte mais importante dela – somos apenas uma sílaba”.

A riqueza da fauna e flora brasileiras, a exuberância de nossas flo-restas, cantadas aténo hino nacional, re-presentam concre-tamente um fabulo-so patrimônio natu-ral ainda em riscopela presença ame-açadora e devasta-dora do homem.São as fotografias

de Araquém Al-

cântara e de ou-Araquém Alcântara - Capivara

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tros fotógrafos que nos revelam a diversidade das formas

de vida que habitam os brasis, para nos lembrar dos laços

ecológicos e evolutivos que nos ligam aos demais integran-

tes da biosfera. Fotograma a fotograma.

O passeio dos olhos do professorUma viagem está sendo iniciada! Para se preparar, organizar abagagem e pensar nos percursos, você é convidado a assistir aodocumentário por inteiro. Antes de ajeitar seu assento, é interes-sante ter em mãos papel e caneta, para fazer anotações duranteseu primeiro contato com o DVD. Esses registros constituirão seudiário de bordo, ajudando-o na organização do trabalho pedagógi-co – sua viagem junto aos alunos. Oferecemos uma pauta do olharque pode ser útil como elemento revitalizador de memórias:

O que o documentário desperta em você?

Como o documentário apresenta as conexões entre a foto-grafia, o fotógrafo e a natureza?

Em quais momentos o documentário deixa claro que a foto-grafia é uma forma de arte? O que fala Araquém Alcântarasobre esse conceito?

A inserção de imagens estáticas, as próprias fotografias deAraquém, durante o documentário, propõe um trabalho es-pecífico para a sala de aula?

A voz em off do narrador oferece diferentes modos de olharsobre o documentário?

O modo didático de Araquém Alcântara como fotógrafo-edu-cador lhe oferece caminhos para abordar a linguagem dafotografia de natureza?

O documentário lhe faz perguntas? Quais?

O documentário lhe traz informações novas? Seria necessárioum exercício de pesquisa anterior à sua utilização em sala de aula?

Quais serão as reações de seus alunos frente ao documentário?O que lhes causará atração ou estranhamento?

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Essas anotações constituem o primeiro passo em direção à via-gem. Todas as decisões sobre roteiro, acompanhantes, períodosde descanso e de retomada poderão ser feitas com base em suaexperiência de fruição do documentário. Seus alunos tambémprecisam de uma pauta do olhar? Ela contribui para assistir aodocumentário? A organização de perguntas que agucem a aten-ção aos conceitos existentes pode trazer questões provocado-ras de novos olhares aos seus companheiros de viagem.

Percursos com desafios estéticosO mapa potencial do documentário mostra alguns percursospossíveis. Neste material, o foco está em Conexões Transdis-ciplinares, e o roteiro que preparamos segue nessa direção. Noentanto, você é quem vai conduzir essa viagem, orientando-ada forma mais conveniente aos seus anseios pedagógicos. Oconvite aos seus alunos para assistir ao documentário é mo-mento de extrema importância, é a motivação para percorre-rem um longo caminho juntos. A seguir, apresentamos algunsprováveis caminhos que conduzem a processos de ensinar eaprender arte.

O passeio dos olhos dos alunos

Algumas possibilidades

Um estímulo visual, tendo as imagens do próprio documen-tário como base, é o que propomos para o primeiro momen-to de sua viagem. Pensando nas primeiras imagens, vocêpoderá fazer com que elas sejam mostradas sem o som. Asfotografias são o pretexto para alguns questionamentos: oque mostram essas imagens? A qual linguagem elas per-tencem? Qual a temática retratada? As fotografias visuali-zadas foram produzidas por um amador ou um profissional?Por quê? O fotógrafo pode ser considerado um artista? Apósuma conversa sobre o que pensam os alunos sobre essasquestões, o documentário pode ser exibido na íntegra. Du-rante sua exibição, os alunos poderão fazer anotações que

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qual FOCO?

qual CONTEÚDO?

o que PESQUISAR?

Zarpan

Formação: Processos deEnsinar e Aprender

ensino de art

educação do olhar

aulas-viagens

ambiência da au

preservação e memória

preservação da natureza PatrimônioCultural

bens simbólicos

patrimônio natural

ConexõesTransdisciplinares

arte e ciênciashumanas

militância política

arte, ciênciae tecnologia

arte e ciênciasda natureza

ótica, imagens técnicas, aparelhos fotográficos

ecologia, meio ambiente, biosferarecursos naturais, ecossistema

ndo

Forma - Conteúdo

elementos davisualidade

relações entre elementosda visualidade

luz

contraste, conjunto,enquadramento, composição

figurativa: natureza,paisagem, mundo animaltemáticas

SaberesEstéticos eCulturais

história da arte artistas viajantes, história da fotografia

sociologia da arte artista e sociedade

e

te

ula

Linguagens Artísticas

artesvisuais

meiosnovos

fotografia de natureza

Processo deCriação

ação criadora poética pessoal, silêncio

observação sensível, coleta sensorial potências criadoras

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auxiliem nas respostas aos questionamentos. Depois, pro-ponha uma conversa e observem as mudanças ou amplia-ções das primeiras impressões dos alunos.

Você pode pedir aos alunos que tragam de casa fotos deviagens que eles ou outras pessoas tenham feito. Com asfotos em mãos, a proposta gira em torno da confecção deum painel – ou vários, como preferir – que conte históriasde viagens. Você pode pedir aos alunos que separem asfotos por temáticas: fotos de natureza, de lugares históri-cos, de casas de parentes, de praias, etc. Algumas per-guntas: para onde foram? O que conheceram? O que pas-saram a olhar de forma diferente? Existe preferência porviajar durante o dia ou à noite? O que eles consideraramao escolher as fotos para trazer à sala de aula? Após essemomento, convide os alunos para a exibição do documen-tário por inteiro, com a atenção voltada para os relatos deviagem de Araquém Alcântara.

Com antecedência, prepare o documentário e mostre pre-cisamente o momento em que Araquém Alcântara fala so-bre a beleza presente no horror. A exibição desse peque-no trecho será a senha para um debate, no qual os alunospossam discutir as questões de preservação e devasta-ção do ambiente. É possível concordar com Araquémsobre a beleza de uma queimada? Podemos pensar emoutras imagens que fundem beleza e horror? Algumasfotos de catástrofes, realizadas por profissionais epublicadas em jornais e revistas, podem ser considera-das belas? Sobre quais pontos de vista? A técnica édeflagradora de beleza? Após o debate, para saber maissobre o artista e sua obra, faça a exibição do documentáriona íntegra.

Com olhos e escuta receptiva, pronto para observar as atitu-des, análises e questionamentos surgidos durante o contato como documentário, você está atento às possíveis trilhas a serempercorridas no desenvolvimento de um projeto.

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Desvelando a poética pessoalUma viagem em que os alunos sejam convidados a agir comoprodutores, realizadores de trabalhos que formem uma série.Um conjunto de imagens que seja resultado de um percurso decriação e pesquisa, no qual interajam a fotografia e a natureza.Essa é a proposta para esse momento. Cada aluno pode criarum ensaio fotográfico, isto é, uma série de fotos que tenha umfio condutor. Levante com eles várias possibilidades de temas,buscando um olhar estrangeiro, que possa olhar o seu entornode um modo diferente.

Algumas idéias de fios condutores para esses ensaios:

Cachorros e gatos abandonados;

Plantas que crescem em qualquer espaço, até no meio do cimento;

Bancos do jardim da praça;

Muros;

Ângulos inusitados da escola;

Vegetação em diferentes momentos de desenvolvimento:brotando, florescendo, secando, etc.

O ensaio fotográfico pode ser concretizado por fotografias fei-tas com câmeras digitais ou não, por celulares ou mesmo com afotografia de lata, se for possível. Mas, mesmo sem contar comesses recursos, os alunos podem fazer seu ensaio com desenhose textos, ou mesmo com imagens retiradas da internet.

Ampliando o olharVocê conhece o espaço que ocupa? Essa pergunta será oinício de um exercício de olhar e olhar-se. Com os olhos ven-dados previamente, os alunos deverão ser convidados a des-crever o espaço da sala de aula, sua carteira e cadeira, asparedes e o chão. Como em um jogo, você poderá ir per-guntando onde se encontra cada detalhe, desde janelas atéinscrições que comumente são encontradas nas paredes e

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nas carteiras, ou mesmo detalhes das roupas que estãousando. Após retirar as vendas dos olhos, os alunos pode-rão fazer desenhos de observação ou fotografias do espa-ço que ocupam todos os dias.

Os calendários e os cartões telefônicos são grandesdivulgadores de fotografias de natureza. Nos anos 70, eracomum que as pessoas colecionassem calendários. No co-meço do século 21, as coleções de cartões telefônicos pas-saram a ser as mais comuns. Você poderá perguntar aosalunos se algum deles tem uma coleção de cartões telefô-nicos e se conhecem alguém que ainda preserve uma cole-ção de calendários. O encontro dos alunos com essas cole-ções pode ser o detonador de inúmeros olhares, movendouma discussão sobre: qual a necessidade de preservar?

O convite agora será para que um fotógrafo de sua cidadefaça uma visita à sua sala de aula. A prévia organização deum roteiro de perguntas será de extrema importância. Vocêpoderá pedir ao fotógrafo que leve algumas fotos de natu-reza que tenha realizado, para conversar sobre suaintencionalidade de fotógrafo da natureza.

Os álbuns de fotografia antigos são ótimos acervos de ima-gens. Em sua maioria, as fotos desses álbuns mostram ce-nas familiares, pessoas em poses clássicas, cenas de via-gens. O pedido será para que os pais e avós de seus alu-nos tragam para a escola seus álbuns de fotografias emontem uma exposição, com momentos para contar ashistórias de tais fotos. De preferência que contem as his-tórias a partir de fotos nas quais pessoas estejam em con-tato com a natureza. A partir desse encontro com o passa-do, seus alunos podem produzir textos baseados nos de-poimentos que ouviram.

As revistas são espaços de publicação e publicização dotrabalho de fotógrafos. Na revista Super Interessante, háuma seção chamada Super Zoom na qual vários fotógra-fos mostram seu trabalho, principalmente com as

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temáticas de natureza e cultura. Levar algumas revistaspara a sala de aula e trabalhar a leitura dessas imagens,comparando os diferentes tipos de fotos presentes emcada tipo de publicação é um exercício para ampliar a com-preensão das especificidades da linguagem, da profissãoe da temática ecológica.

Frans Post e Albert Eckhout, entre outros, são pintores vi-ajantes que, no século 17, retrataram paisagens, índios, fo-lhas, aves, peixes, rios, cachoeiras. A leitura de suas obraspode levar os alunos à percepção do modo como os artis-tas-viajantes representavam, em imagens, a natureza bra-sileira. Seria um olhar contaminado pela cultura européia?São imagens da natureza que traduzem um sentimentoexótico? De que modo? O que diferencia essas pinturas dasfotografias de Araquém Alcântara?

Você poderá levar seus alunos a uma praça. O convite é paraque eles saiam em duplas observando as plantas e os inse-tos que por lá habitam. A dupla terá uma câmera em mãose produzirá uma série de aproximadamente seis imagenspara cada aluno, sendo três desenhos de observação e trêsfotografias com o mesmo motivo que foi desenhado. Ao fi-nal, os alunos poderão comparar os resultados obtidos nasduas linguagens, principalmente no que diz respeito à pre-sença da luminosidade.

Conhecendo pela pesquisaMarc Ferrez é o fotógrafo mais significativo do século 19, esempre foi especializado em paisagens e projetosambientais. Ele acompanhava o crescimento das ferroviase era muito ligado à área da ciência. Isso em uma época emque a fotografia era um instrumento novo e começava aservir de apoio a outras áreas de conhecimento. Qual Riode Janeiro os alunos podem descobrir pesquisando as ima-gens desse fotógrafo? Como essas imagens se diferenci-am das do Rio de Janeiro de hoje?

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Tom Jobim e sua esposa Ana enaltecem o Rio de Janeiro ea Mata Atlântica com fotografias e textos que contam his-tórias de vida:

O Rio de Janeiro é inspiração. Acho que tudo o que fiz devo muitoao Rio de Janeiro, ao Brasil, sobretudo a este cenário, estas pe-dras, estas florestas, este mar imenso, esses peixes. A minha mú-sica deve muito às árvores, às montanhas, ao mar, à costa, aospássaros. E naturalmente não podemos esquecer a mulher brasilei-ra que também faz parte da ecologia. É um animal natural como ohomem. Tudo isso me deu um grande estímulo pra escrever música,pra sentar de manhã, ver o sol e achar que a vida é bonita, que é umtroço que vale a pena ser vivida.3

Várias músicas da MPB valorizam a exuberância da nature-za em nosso país. A proposta é uma pesquisa que possibi-lite a organização de um acervo musical, com músicas quetenham como temática a natureza.

A fotógrafa Claudia Andujar é suíça, radicada no Brasildesde 1957. Convive com os Yanomami, porque com elescomprometeu sua vida desde os anos 70. Claudia Andujarconstituiu um acervo de milhares de imagens, nas quaisse fixaram a descoberta de um povo e, com ela, a possibi-lidade de redescobrimento do mundo. O que mais os alu-nos podem descobrir sobre o trabalho fotográfico e a açãoativista de Andujar?

Thiago de Mello4 , escritor que exalta a Amazônia em suasobras, fala da seguinte maneira sobre seu amigo e compa-nheiro de trabalho Luiz Cláudio Marigo:

Homem de olho mágico e veloz, num instante fugaz ele eterniza: cap-ta a forma e o milagre da flor, o semblante e a alma da criança, a luze o mistério da água. Gente de muito canto do mundo visitando mu-seus ganha a graça da beleza que vive nas suas fotos. Obras nasci-das de uma sensibilidade singular, a deste caboclo nascido no Rio deJaneiro para ser universal, irmão do verde que existe em todas ascores do mundo.

Os livros de fotografia, em sua maior parte, têm textos escri-tos por não fotógrafos, por pessoas que transmitem suas in-formações e conhecimentos por meio de palavras e não de

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Valorizando a processualidadeA viagem está terminando e é preciso pensar em todo o percur-so: relembrar o documentário, os questionamentos iniciais ecompará-los com aquilo que foi aprendido. O que se sabia so-bre fotografia de natureza e o que se sabe hoje? O que conhe-ceram sobre a fauna, a flora e as florestas brasileiras? Essassão perguntas que podem nortear esse momento. As informa-ções sobre o fotógrafo também podem ser revisitadas. Paratornar esse momento mais interessante, convide seus alunos aorganizarem um júri simulado entre os preservacionistas e osdevastadores de florestas. As informações sobre o trabalho dofotógrafo de natureza podem fazer parte da defesa dospreservacionistas e as falas de Araquém podem ser usadascomo provas.

Você também precisa pensar em seu percurso pedagógico du-rante esse projeto. Como ele transcorreu? Quais as inquieta-ções que causou? Quais os momentos mais prazerosos? E osmais difíceis? Suas repostas a essas perguntas poderão serusadas como pontos de partida para uma outra viagem.

GlossárioCâmera escura – também conhecida como câmera pinhole, trata-se deuma caixa toda fechada com um pequeno orifício em uma das paredes, poronde a luz é captada para dentro da câmera. O resultado são imagensúnicas. Quando foi inventada, era grande o suficiente para entrar umapessoa e servia para os pintores do século 16 fazerem esboços de paisa-gens. Fonte: <www.studium.iar.unicamp.br/>.

Composição fotográfica – é a arte de escolher, pautada pela seleção dotema, na qual o fotógrafo avalia a contribuição dos diversos componentesda imagem. Fonte: BUSSELLE, Michael. Tudo sobre fotografia. São Pau-lo: Pioneira, 1990.

Diafragma – dispositivo ajustável de lâminas metálicas, que formam umaabertura aproximadamente circular com diâmetro variável, para controlara intensidade da luz transmitida pela objetiva. Quando se clica o botãopara efetuar o registro, o diafragma se abre por alguns instantes,permiimagens. A proposta é para que você pesquise outras parcerias entre fotógra-fos e escritores como a de Thiago e Marigo.

Quais os conteúdos para uma formação em fotografia?Quais as diferenças entre uma câmera mecânica e uma

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Valorizando a processualidadeA viagem está terminando e é preciso pensar em todo o percur-so: relembrar o documentário, os questionamentos iniciais ecompará-los com aquilo que foi aprendido. O que se sabia so-bre fotografia de natureza e o que se sabe hoje? O que conhe-ceram sobre a fauna, a flora e as florestas brasileiras? Essassão perguntas que podem nortear esse momento. As informa-ções sobre o fotógrafo também podem ser revisitadas. Paratornar esse momento mais interessante, convide seus alunos aorganizarem um júri simulado entre os preservacionistas e osdevastadores de florestas. As informações sobre o trabalho dofotógrafo de natureza podem fazer parte da defesa dospreservacionistas e as falas de Araquém podem ser usadascomo provas.

Você também precisa pensar em seu percurso pedagógico du-rante esse projeto. Como ele transcorreu? Quais as inquieta-ções que causou? Quais os momentos mais prazerosos? E osmais difíceis? Suas repostas a essas perguntas poderão serusadas como pontos de partida para uma outra viagem.

GlossárioCâmera escura – também conhecida como câmera pinhole, trata-se deuma caixa toda fechada com um pequeno orifício em uma das paredes, poronde a luz é captada para dentro da câmera. O resultado são imagensúnicas. Quando foi inventada, era grande o suficiente para entrar umapessoa e servia para os pintores do século 16 fazerem esboços de paisa-gens. Fonte: <www.studium.iar.unicamp.br/>.

Composição fotográfica – é a arte de escolher, pautada pela seleção dotema, na qual o fotógrafo avalia a contribuição dos diversos componentesda imagem. Fonte: BUSSELLE, Michael. Tudo sobre fotografia. São Pau-lo: Pioneira, 1990.

Diafragma – dispositivo ajustável de lâminas metálicas, que formam umaabertura aproximadamente circular com diâmetro variável, para controlara intensidade da luz transmitida pela objetiva. Quando se clica o botãopara efetuar o registro, o diafragma se abre por alguns instantes, permi-

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material educativo para o professor-propositor

ARAQUÉM ALCÂNTARA E A NATUREZA

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tindo a entrada de luz para sensibilizar o filme (ou, em câmeras digitais, oCCD). Fonte: <www.riguardare.com.br/glossario_a.asp>.

Ensaio fotográfico – conceito trazido para o Brasil pelo fotógrafo fran-cês Jean Manzon, em 1944, para a revista O Cruzeiro. Trata-se de umasérie de fotografias sobre o mesmo tema, lugar ou pessoa. Fonte: En-ciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais <www.itaucultural.org.br>.

Lente de zoom – “As lentes zoom podem abrir-se para aumentar a distân-cia focal ou fechar-se para diminuí-la. O padrão universal é uma zoom de35-100mm que atua como grande angular, normal ou tele, enquanto umazoom de 70-200mm funciona sempre como teleobjetiva.” Fonte:<www.fotoegrafia.com.br>.

Profundidade de campo – “refere-se ao espaço que está em foco numaimagem fotográfica, na frente e atrás do ponto central da focagem. Seuma foto apresenta apenas uma pequena área em foco, enquanto o restoaparece borrado e desfocado, diz-se que ela tem pouca profundidade decampo. Se toda imagem está em foco, a fotografia tem muita profundida-de de campo.” Fonte: <www.fotoegrafia.com.br>.

Bibliografia

ACHUTTI, Luiz Eduardo Robinson. Fotoetnografia: um estudo de antropo-logia visual sobre o cotidiano, lixo e trabalho. Porto Alegre: Tomo Edi-torial: Palmarinca, 1997.

COSTA, Helouise; SILVA, Renato Rodrigues da. A fotografia moderna no

Brasil. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.

FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma futura filoso-fia da fotografia. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.

JOBIM, Tom. Toda a minha obra é inspirada na Mata Atlântica: AntônioCarlos Jobim; Fotografias Ana Lontra Jobim. Rio de Janeiro: JobimMusic, 2001.

KOSSOY, Boris. Realidades e ficções na trama fotográfica. Cotia: AteliêEditorial, 2000.

MELLO, Thiago de. Mamirauá. Fotos de Luiz Cláudio Marigo. Tefé: Soci-edade Civil Mamirauá, 2002.

MONFORTE, Luiz Guimarães. Fotografia pensante. São Paulo: Senac,1997.

SECCHIN, Carlos. Mar do Rio: fronteira azul da cidade. Rio de Janeiro:Andréa Jakobsson Estúdio, 2002.

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Seleção de endereços sobre arte na rede internet

Os sites abaixo foram acessados em 6 ago. 2005.

ADAMS, Ansel. Disponível em:<www.anseladams.com/>.

ANDUJAR, Claudia. Disponível em: <www2.anhembi.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=37321&sid=69>.

ANIMAIS EM EXTINÇÃO. Disponível em: <www.bibvirt.futuro.usp.br/imagem/araquem/>.

ALCÂNTARA, Araquém Disponível em: <www.araquem.com.br>.

AMAZÔNIA, Fauna, Flora e Paisagens. Disponível em: <www.amazonia.org.br/fotografias/>.

BANCO DE IMAGENS DE NATUREZA DO BRASIL. Disponível em: <www.terrabrasilimagens.com.br/index.asp>.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Disponível em: <www.arvore.com.br/>.

FERREZ, Marc. Disponível em: <www.newmedialab.cuny.edu/marcferrez/perspective/sld011.htm>.

FIRMO, Walter. Disponível em: <www.walterfirmo.com.br/>.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Disponível em: <www.mma.gov.br/ >.

Notas1 Texto disponível no site oficial do artista, em: www.araquem.com.br2 Extraído de Revista Veja, de 6 de abr. de 2005, p. 134.3 Tom JOBIM, Toda a minha obra é inspirada na Mata Atlântica, p. 18.4 Thiago de MELLO, Mamirauá (citação retirada da orelha do livro).5 Fonte: <www.sp.senac.br>.

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