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ARAUTO | Sábado, 6 de maio de 2017 Pág. 3 Essa paixão vera-cruzense realmente faz história. As equipes surgem, geralmente, a partir de grupos de amigos que gostam desta febre chamada Gincana e vão agregando mais pessoas, de diferentes perfis, para somar forças. Pois em alguns anos, a Gincana de Vera Cruz já contou com o envolvimento direto de escolas, que fundaram suas equipes, como foi o caso da Aula Evangélica (hoje Imi) e da Escola Anchieta. Professores, pais e alunos estavam engajados na execução das tarefas e fortaleciam essa paixão, também vivenciada em ambiente escolar. Gincana & educação Gino é o mascote dos vera-cruzenses Já que neste domingo tem nova escolha da corte da Festa da Alegria, o Tempo do Epa trata de resgatar a imagem do primeiro trio, eleito em 1984, formado por Cristiane Bublitz Gino, o gincaneiro. Eis o mascote que Vera Cruz passa a adotar e que vai virar um boneco para ser utilizado nos principais eventos locais e em divulgações oficiais do Muni- cípio. O concurso lançado pela Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esporte, tem como vencedor Paulo Neto, que vai receber troféu e o prêmio de R$ 500 pela criação inédita. Na jus- tificativa de sua inscrição, Neto questiona: o que melhor para representar nosso povo do que um gincaneiro? Ele mesmo responde. Gino representa muito bem o vera- -cruzense. De origem germâni- ca, sempre alegre e disposto a um bom desafio. “Nossa cidade hoje é mundialmente conhecida por uma de suas tarefas da gin- cana, a dança polonaise, de 2011. Graças ao amor à gincana que nossas equipes têm, hoje esta- mos lá no Livro dos Recordes para o mundo todo ver. Somos também conhecidos como ‘A Capital das Gincanas’, evento que movimenta a cidade em três dias de muita garra, união e su- peração, qualidades essas que se refletem na alma do nosso povo em seu dia a dia”, ressalta. Gino veste as cores do município sem deixar de lado o estilo aventurei- ro, de bússola, calça camuflada e chapéu à la “Indiana Jones”. Um aventureiro, esse Gino. Ao ser comunicado pelo secretário de Cultura, Lucas Dalfrancis, sobre a escolha do mascote, o autor ficou muito feliz, diz quase não ter acre- ditado. “Apesar de trabalhar com design há bastante tempo, meu forte nunca foi criação de mascotes, por isso fiquei muito surpreso e feliz do meu persona- gem ter sido escolhido! Apesar do mascote ser um gincaneiro, por incrível que pareça eu não participo de nenhuma equipe. Fiz parte da extinta equipe Xami-Xunga por alguns anos, mas depois que ela acabou me mantive afastado, porém sem- pre acompanhando as tarefas”, revela Paulo Neto. É claro que não faltou ins- piração. “Ela veio de todos meus amigos participantes da gincana, principalmente Juliano Pauli, proprietário da empresa onde trabalho, e Lucas Petry, meu colega de trabalho. Ambos são gincaneiros natos e integran- tes da Comissão Organizadora da Gincana Municipal desde muito tempo. Mesmo eu não participando de nenhuma equi- pe, acabo vivendo este espírito e ajudando em alguns assuntos relacionados à organização da Gincana graças aos dois”, completa. PLURALIDADE O secretário de Cultura, Lu- cas Dalfrancis, se mostrou sa- tisfeito com a adesão da comu- nidade e com a pluralidade das sugestões. Foram cinco criações completamente diferentes. Uma delas era a Teca, a imperatriz, baseada em Thereza Cristina Maria, esposa de D. Pedro II, Imperador do Brasil, e que deu origem ao nome de Villa The- reza. Outra criação foi batizada de Verinha, simbolizando uma mulher rural vera-cruzense. Uma gota d’água foi o desenho criado para o mascote chamado Diehlzinho Mueller, com dupla homenagem: à fonte de água Diehl e ao ex-prefeito Ivênio Mueller. Ainda, o Caixinha, como o nome sugere, é uma Caixa D’Água, referência de Vera Cruz. Segundo Dalfrancis, a co- missão que avaliou as criações optou por Gino pelo bom de- senho, de traço elegante e com apelo lúdico que vai envolver também as crianças, e pelo fato de ser um diferencial de Vera Cruz em relação aos outros municípios. “O que Vera Cruz tem que a maioria das cidades não tem? A gincana”, pergunta e responde o Secretário. O prazo para as inscrições terminou na última sexta-feira e, passado o feriado do Dia do Trabalho, já na terça foi feita a escolha e encaminhada para a produção. A expectativa é apre- sentar Gino na abertura dos fes- tejos de Vera Cruz, no dia 26 de maio, quando inicia o principal evento e que é simbolizado pelo mascote: a Gincana Municipal. FOTO ARAUTO FOTOS ARQUIVO EM CLIMA DE OKTOBERFEST Trio da 1ª Oktoberfest: Cristiane Bublitz (rainha), princesas Simone Scholz e Janine Luciana Antonio, eleito em 1984 (rainha) e as princesas Simone Scholz e Janine Antonio. É bom lembrar que a Oktoberfest de Santa Cruz do Sul começou ao final da Festa Nacional do Fumo, a FENAF, que foi realizada de 1966 a 1978. Foi em 1984 que aconteceu a 1ª Oktoberfest em Santa Cruz do Sul, destacando as danças, o chope, a gastronomia e os de- mais elementos trazidos pelos imigrantes alemães.

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ARAUTO | Sábado, 6 de maio de 2017 Pág. 3

Essa paixão vera-cruzense realmente faz história. As equipes surgem, geralmente, a partir de grupos de amigos que gostam desta febre chamada Gincana e vão agregando mais pessoas, de diferentes perfi s, para somar forças. Pois em alguns anos, a Gincana de Vera Cruz já contou com o envolvimento direto de escolas, que fundaram suas equipes, como foi o caso da Aula Evangélica (hoje Imi) e da Escola Anchieta. Professores, pais e alunos estavam engajados na execução das tarefas e fortaleciam essa paixão, também vivenciada em ambiente escolar.

Gincana & educação

Gino é o mascotedos vera-cruzenses

Já que neste domingo tem nova escolha da corte da Festa da Alegria, o Tempo do Epa trata de resgatar a imagem do primeiro trio, eleito em 1984, formado por Cristiane Bublitz

Gino, o gincaneiro. Eis o mascote que Vera Cruz passa a adotar e que vai virar um boneco para ser utilizado nos principais eventos locais e em divulgações ofi ciais do Muni-cípio. O concurso lançado pela Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esporte, tem como vencedor Paulo Neto, que vai receber troféu e o prêmio de R$ 500 pela criação inédita. Na jus-tifi cativa de sua inscrição, Neto questiona: o que melhor para representar nosso povo do que um gincaneiro?

Ele mesmo responde. Gino representa muito bem o vera--cruzense. De origem germâni-ca, sempre alegre e disposto a um bom desafi o. “Nossa cidade hoje é mundialmente conhecida por uma de suas tarefas da gin-cana, a dança polonaise, de 2011. Graças ao amor à gincana que nossas equipes têm, hoje esta-mos lá no Livro dos Recordes para o mundo todo ver. Somos também conhecidos como ‘A Capital das Gincanas’, evento que movimenta a cidade em três dias de muita garra, união e su-peração, qualidades essas que se refl etem na alma do nosso povo em seu dia a dia”, ressalta. Gino veste as cores do município sem deixar de lado o estilo aventurei-ro, de bússola, calça camufl ada e chapéu à la “Indiana Jones”. Um aventureiro, esse Gino.

Ao ser comunicado pelo secretário de Cultura, Lucas Dalfrancis, sobre a escolha do mascote, o autor ficou muito feliz, diz quase não ter acre-ditado. “Apesar de trabalhar com design há bastante tempo, meu forte nunca foi criação de

mascotes, por isso fi quei muito surpreso e feliz do meu persona-gem ter sido escolhido! Apesar do mascote ser um gincaneiro, por incrível que pareça eu não participo de nenhuma equipe. Fiz parte da extinta equipe Xami-Xunga por alguns anos, mas depois que ela acabou me mantive afastado, porém sem-pre acompanhando as tarefas”, revela Paulo Neto.

É claro que não faltou ins-piração. “Ela veio de todos meus amigos participantes da gincana, principalmente Juliano Pauli, proprietário da empresa

onde trabalho, e Lucas Petry, meu colega de trabalho. Ambos são gincaneiros natos e integran-tes da Comissão Organizadora da Gincana Municipal desde muito tempo. Mesmo eu não participando de nenhuma equi-pe, acabo vivendo este espírito e ajudando em alguns assuntos relacionados à organização da Gincana graças aos dois”,

completa.PLURALIDADEO secretário de Cultura, Lu-

cas Dalfrancis, se mostrou sa-tisfeito com a adesão da comu-nidade e com a pluralidade das sugestões. Foram cinco criações completamente diferentes. Uma delas era a Teca, a imperatriz, baseada em Thereza Cristina Maria, esposa de D. Pedro II, Imperador do Brasil, e que deu origem ao nome de Villa The-reza. Outra criação foi batizada de Verinha, simbolizando uma mulher rural vera-cruzense. Uma gota d’água foi o desenho criado para o mascote chamado Diehlzinho Mueller, com dupla homenagem: à fonte de água Diehl e ao ex-prefeito Ivênio Mueller. Ainda, o Caixinha, como o nome sugere, é uma Caixa D’Água, referência de Vera Cruz.

Segundo Dalfrancis, a co-missão que avaliou as criações optou por Gino pelo bom de-senho, de traço elegante e com apelo lúdico que vai envolver também as crianças, e pelo fato de ser um diferencial de Vera Cruz em relação aos outros municípios. “O que Vera Cruz tem que a maioria das cidades não tem? A gincana”, pergunta e responde o Secretário.

O prazo para as inscrições terminou na última sexta-feira e, passado o feriado do Dia do Trabalho, já na terça foi feita a escolha e encaminhada para a produção. A expectativa é apre-sentar Gino na abertura dos fes-tejos de Vera Cruz, no dia 26 de maio, quando inicia o principal evento e que é simbolizado pelo mascote: a Gincana Municipal.

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EM CLIMA DEOKTOBERFEST

Trio da 1ª Oktoberfest: Cristiane Bublitz (rainha), princesas Simone Scholz e Janine Luciana Antonio, eleito em 1984

(rainha) e as princesas Simone Scholz e Janine Antonio. É bom lembrar que a Oktoberfest de Santa Cruz do Sul começou ao final da Festa Nacional do Fumo, a FENAF, que foi realizada de 1966 a 1978. Foi em 1984 que aconteceu a 1ª Oktoberfest em Santa Cruz do Sul, destacando as danças, o chope, a gastronomia e os de-mais elementos trazidos pelos imigrantes alemães.