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Roma Antiga – A Arte da Guerra Por SkyHunter Introdução O Império Romano foi, indiscutivelmente, um dos maiores e, de certa forma, mais gloriosos impérios do mundo. Em extensão, cobriu grande parte do mundo conhecido na época em que existia, abrangendo em seu auge desde as fronteiras do norte da Inglaterra aos desertos do norte da África. Como uma pequena monarquia da península Itálica, posteriormente república e império veio a se tornar um dos maiores impérios do mundo? A expansão romana deve-se, especialmente, a algo que nenhuma outra civilização em sua época possuía: uma extremamente avançada arte de guerrear. Este tópico irá mostrar um pouco da organização militar de Roma, ponto chave que tornou este um dos maiores e mais poderosos Impérios do mundo. Falar do exército romano não implica em falar de uma dimensão à parte, mas discutir Roma em sua integridade, pois a vida militar era a base da vida política romana, religião e da vida social. E como era composto este exército? A divisão básica do exército romano é uma criação romana que é grande responsável pelo sucesso das campanhas militares de Roma, e é o tema da próxima parte deste tópico: a Legião.

Armadura Soldado Romano

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Roma Antiga – A Arte da Guerra

Por SkyHunter

Introdução O Império Romano foi, indiscutivelmente, um dos maiores e, de certa forma, mais gloriosos impérios do mundo. Em extensão, cobriu grande parte do mundo conhecido na época em que existia, abrangendo em seu auge desde as fronteiras do norte da Inglaterra aos desertos do norte da África. Como uma pequena monarquia da península Itálica, posteriormente república e império veio a se tornar um dos maiores impérios do mundo? A expansão romana deve-se, especialmente, a algo que nenhuma outra civilização em sua época possuía: uma extremamente avançada arte de guerrear. Este tópico irá mostrar um pouco da organização militar de Roma, ponto chave que tornou este um dos maiores e mais poderosos Impérios do mundo. Falar do exército romano não implica em falar de uma dimensão à parte, mas discutir Roma em sua integridade, pois a vida militar era a base da vida política romana, religião e da vida social. E como era composto este exército? A divisão básica do exército romano é uma criação romana que é grande responsável pelo sucesso das campanhas militares de Roma, e é o tema da próxima parte deste tópico: a Legião.

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A Legião

Composição A Legião Romana era a divisão fundamental do exército romano. Era composta basicamente por soldados chamados Legionários e Auxiliares. Cada legião era designada por um número e um epíteto (por exemplo, Legio VII Gemina Pia Fidlis). O lema da legião designava uma condição honorável e podia perder-se quando se castigava colectivamente a unidade. Inicialmente, as forças auxiliares eram atribuídas às legiões, mas com o tempo acabaram por se converter em unidades independentes. O procônsul de cada província comandava as legiões aí estacionadas. O chefe de cada legião era um representante do imperador, livremente nomeado e destituído: o legatus legionis, que pertencia à ordem senatorial e dirigia a legião por um período de cinco anos.

Os soldados eram voluntários vindos de todas as partes do Império e se comprometiam a 25 anos de serviço exaustivo. No início, somente eram aceitos proprietários de terras e bens. Mas no século I a.C. qualquer pessoa podia se alistar. Os cidadãos romanos podiam se tornar legionários, enquanto os não-cidadãos podiam ser soldados auxiliares. A lealdade das tropas romanas aos seus estandartes, em que estava a águia e as letras SPQR (Senatus Populusque Romanus - Senado e Povo de Roma), era inspirada pela influência conjunta da religião e da honra. A águia que rebrilhava à frente da legião tornava-se objeto da sua mais profunda devoção; era considerado tão ímpio quão ignominioso o abandono dessa insígnia sagrada numa hora de perigo.

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A unidade básica do exército era formada por um grupo de oito soldados chamado de contubernium e que partilhava uma tenda. Havia dez contuberniums em uma centúria (ou seja, 80 homens e não cem!), seis centúrias em um coorte e dez coortes em uma legião. O coorte principal tinha homens com funções administrativas e de suporte, o que significava que uma legião possuía aproximadamente 5.500 homens. Dos, em média, 5000 homens em uma legião, cerca de 300 eram provenientes de cidades ou estados vassalos, e faziam o papel de auxiliares de infantaria ou cavalaria. Isto criava uma estrita linha de comando e unidades de luta disciplinadas, eficientes e flexíveis. As guerras, cada vez mais distantes e difíceis, determinavam o aumento contínuo do número das legiões. Estrutura A estrutura de uma legião constituía-se de três elementos básicos: cavalaria, artilharia e infantaria. A cavalaria era organizada por Centuriões; estes tinham auxílio de Vexillarius (porta-estandarte); Tesserarius; Optio e Pollio.

Cavalaria Romana

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Vexillarius

Optio

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Centurião Romano

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A artilharia (Ballistarii) era formada pelos “experts”, comandados pelos Libratores, os chefes do corpo.

Artilharia A infantaria era o componente principal do exército romano. Era dividida em três categorias distintas de soldados, com posição fixa de batalha. Combatiam em três filas. • Hastati (os homens dos dardos) – eram os soldados mais novos e menos experientes. Cada um estava armado com duas lanças de arremesso – a hasta (dardo pesado) ou o tipicamente romano pílum. Este tinha quase três metros de comprimento, com uma flecha de metal que se torcia com o impacto, não podendo portanto ser recuperada. • Princípes – soldados mais velhos e experientes usavam armas semelhantes aos hastatis, tomavam a iniciativa após o desaparecimento no meio das suas próprias linhas dos hastatis, caso a linha inimiga aguentasse firme. • Triarii – veteranos da guerra, que criavam uma parede defensiva por onde escapuliam os princípes caso, o seu ataque, também falhasse.

Hastati

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Triarii O comando supremo do exército era confiado a um general, ditador ou mestre de cavalaria. O tribuno militar comandava a Legião. Mais que o gênio militar dos seus generais foi esta magnífica organização e o valor dos seus soldados que provou ser devastadoramente efetiva contra todas as formações inimigas. A Transmissão das Ordens no Campo de Batalha Em primeiro lugar, cada soldado devia manter sempre à vista o estandarte da legião. Cada legião tinha sobre o estandarte a águia romana (adorada como uma relíquia) levada por um Aquilifer. Cada manípulo (reagrupamento de duas centúrias) possuía um Signum, levado por um Signifer, que indicava o caminho a seguir na marcha ou na batalha. A cavalaria, por sua vez, era conduzida pelo Vexillum, levado por um Vexilliarius.

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Porta-Estandarte Em segundo lugar, os soldados deviam seguir os comandos sonoros, a voz dos superiores, mas também o som das trombetas e dos chifres. A música dos instrumentos servia para o toque de alvorada, para a troca da guarda, mas principalmente para indicar a tática a seguir na batalha. No campo, eram utilizados três instrumentos: • Tuba: a trompa simples, destinada a todos os homens; essa dava o sinal de partida do campo, assim como o de avançar e de bater em retirada. • Cornu: o chifre, geralmente uma tuba curva e reforçada por uma barra metálica. Servia para os portadores das insígnias (Signa). • Bucina: uma tuba mais curta, com um desenho ligeiramente mais arqueado. Normalmente, eram as tubas e os chifres que indicavam o momento de iniciar o assalto ao inimigo, mas a batalha era marcada a todo instante pelos sons de um e de outro instrumento, para indicar a posição do manípulo, a aproximação da cavalaria, o ataque da artilharia, etc.

Cornu

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O Legionário

O legionário era o soldado da legião; um infante de Roma, era conhecido por ser um soldado bem treinado e organizado. Ele usava basicamente um escudo retangular de 1,5 metros, uma armadura especial que podia ser produzida em varios locais e depois montada assim acelerando sua produção(primordios da produção militar moderna), uma gládio, uma pilo, sandalhas de coro, um elmo e malha de ferro trançada. Na marcha por entre territórios inimigos, um legionário era equipado com uma armadura (lorica segmentata ou mais comumente chamada lorica hamata) e um escudo (scutum), um capacete (galae) e dois dardos (um pesado chamado pilum e outro leve), uma espada curta (gladius), uma adaga (pugio), um par de sandálias resistentes e pesadas (caligae), uma sarcina (bolsa de carga) que continha comida para algo em torno de 14 dias, , material para cozinhar, duas estacas (sudes murales) um tipo de cerca romana, uma pá e um cesto de usos gerais. Recrutamento Durante a época imperial, os requisitos para converter-se em legionário eram os seguintes: - ser magro, mas musculoso; - ter boa visão e audição. Também era necessário saber ler e escrever e, acima de tudo, ser cidadão romano. Isto não queria dizer que era necessário ser da cidade de Roma, mas sim que houvesse a cidadania romana, o

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que era conseguido após 25 anos de serviço no exército (o que outorgava direitos e privilégios especiais ao soldado e a toda sua família). Os aspirantes a soldados, depois de buscar os escritórios de recrutamento que se encontravam nas capitais de província, eram submetidos a uma entrevista e a um exame médico. Uma vez admitidos, prestavam juramento solene de obediência a seus superiores e de não desertar. Seus documentos pessoais, junto com um certificado do governador e as despesas de viagem (três moedas de ouro por cabeça), eram entregues a um oficial que o acompanharia em todo o trajeto até o destacamento marcado.

Instrução e treinamento Os novos recrutas eram submetidos a um intenso treinamento, de quatro meses. Ao concluir este período, os recrutas já podiam ser chamados soldados (milites). Os que não puderam resistir ao treinamento eram dispensados. Primeiro era-lhes ensinado a desfilar marcando passo. Logo depois, eram levados à marcha, forçando-os ao máximo, até que fossem capazes de percorrer 20 milhas romanas (30 km) em cinco horas. Depois teriam que percorrer a mesma distância carregados com todo seu equipamento que, completo, pesava ao menos 30 quilos; as armas e armaduras, mais de 20. O treinamento continuava até que fossem capazes de percorrer 24 milhas (36 km) em cinco horas. Os legionários realizavam marchas três vezes ao mês durante 25 anos. Este treinamento e a capacidade de deslocamento foi uma das causas pelas quais o exército romano era tão superior aos outros. E isto era somente parte da instrução, posto que o programa de treinamento também incluía corridas, saltos, equitação e natação. Quando era considerado em boa forma física, o recruta iniciava as instruções no manejo das armas.

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Os recrutas aprendiam atacando uma grossa estaca cravada no solo com uma espada de madeira pesada e um escudo de mimbre que pesava o dobre que um escudo normal. Era-lhes insistido para que golpeassem de frente, sem descrever arcos com a espada, o que pode ser evitado com mais facilidade. Também eram treinados no lançamento de pesadas jabalinas de madeira contra aquelas estacas. Uma vez superado este passo, eram considerados dignos de empunhar armas autênticas, forradas de couro para evitar acidentes, as quais deveriam lhes parecer levíssimas em comparação com as pesadas armas de madeira. Rotina diária Ao amanhecer, o legionário se apresentava ao centurião para que este lhe passasse as tarefas do dia, principalmente guardas ou trabalhos de limpeza. Às vezes patrulhas ou funções de polícia, mas também construção de estradas e outras obras civis, nas quais deviam quebrar pedras nas canteras, cavar cimientos, aplainar caminhos e pavimentar. Todo novo legionário procurava conseguir um destino que lhe afastasse dos trabalhos desagradáveis. Estes trabalhos “melhores”, destinados aos que conheciam um ofício (ferreiros, açougueiros, enfermeiros, domadores de cavalos, etc.), eximiam os legionários de realizar outras tarefas. Os soldados eram proibidos de se casarem, o que tornava muito usual os matrimônios informais e, ainda que tivessem filhos, estes não seriam legítimos (mas isto era corrigido com a aposentadoria). De pronto, tão logo qualquer homem se integrasse ao exército, seu matrimônio anterior restava legalmente anulado. O imperador Sétimo Severo (193-211 d.C.) deu permissão aos soldados para que vivessem com suas esposas, ao invés de serem obrigados a voltar toda noite ao acampamento. Mas existiam algumas vantagens na vida militar: um pagamento regular, consideravelmente superior ao de um lavrador, e o melhor serviço médico do Império. Também era possível aprender outros ofícios e, depois da derrota do inimigo, muitas vezes havia oportunidades de saques. Além da remuneração se recebiam outras recompensas. Augusto entregou 75 sestércios a cada um dos legionários, enquanto Claudio estabeleceu o costume de se pagar um donativo em dinheiro no início do mandato de um novo imperador. Augusto também se preocupou em fornecer uma boa e tranqüila aposentadoria aos legionários; os licenciados recebiam uma parcela de terra ou uma boa quantidade de dinheiro, equivalente à paga de doze anos de serviço.

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Armas e equipamento

Uma breve descrição de algumas armas e equipamentos romanos: O Gládio era a espada utilizada pelas legiões romanas. Era uma espada curta, de dois gumes, de mais ou menos 60cm, mais larga na extremidade. Era muito mais uma arma de perfuração do que de corte, ou seja, devia ser utilizada como um punhal, ou uma adaga, no combate corpo-a-corpo.

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Gládio O Pugio era uma pequena adaga usada pelos romanos como uma arma auxiliar ou reserva. Era arma comum para assassinatos e suicídios; por exemplo, Julio César foi morto usando-se pugios.

Pugio O pilo (pillum, em latim) era uma das armas padrão da legião romana. Era uma lança composta de uma parte de ferro, mais fina e pontiaguda, e outra de madeira, maior e mais pesada. Essas duas partes eram unidas de tal maneira que quando o pilo atingisse seu alvo, a junção das duas partes entortaria, e tornaria difícil para, por exemplo, um adversário arrancar a lança se ela tivesse cravado no seu escudo. Ele então seria obrigado a jogar seu escudo fora para ter maior agilidade, e então o exército inimigo teria um soldado sem a devida proteção.

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Pilo Scutum era um escudo retangular, curvado, de madeira forrado a couro com reforços metálicos nas bordas e no centro, para proteger a mão.

Escudo romano O Galeus (latim Galea) era um capacete de ferro de tipo gálico.

Galeus Loriga Hamata Inspirada na malha que tradicionalmente usavam os hastati e os príncipes;

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Loriga segmentada Este tipo de proteção, era usada pelos legionários de infantaria romanos do século I a.C. A principal vantagem deste equipamento: oferecia uma maior proteção que as malhas, e sobretudo maior flexibilidade facilitando a liberdade de movimentos dos soldados.

Esquema da Loriga Segmentada Cingulum Um cinto de onde pendiam várias tiras de couro com discos metálicos.

Cigulum Caliga Do latim Caligae. Era uma sandália de couro com sola cravejada.

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Caliga

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Bandeiras e Estandartes

Os estandartes e bandeiras eram símbolos de muita importância para a Legião, e venerados pelos soldados. A partir de 104 a.C., após a reforma de Mario, cada legião passou a usar uma aquila (águia) como símbolo de estandarte. O símbolo era levado por um oficial conhecido como aquilifer, e sua perda era considerada uma grande vergonha e freqüentemente levava à dispersão da própria legião. Com o nascimento do Império Romano, as legiões criaram uma ligação com seu líder, o próprio Imperador. Cada legião possuia outro oficial, chamado imaginifer, cuja tarefa era carregar uma lança com um imago (imagem, escultura) do imperador como pontifex maximus. Além disso, cada legião possuía um vexillifer, que carregava um vexillum ou signum, com nome e emblema da legião descritos, próprios da legião.

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Vexillum Era comum para uma legião destacar algumas sub-unidades do acampamento principal para fortificar outras unidades. Nestes casos, as sub-unidades destacadas carregavam apenas um vexillum, e não o aquila, e eram chamados, conseqüentemente, vexillationes. Um mini-vexillum, montado numa base de prata, era as vezes presenteado a oficiais como reconhecimento pelos seus serviços após a aposentadoria.

Signum Civis também podiam ser recompensados pela sua assistência às Legiões Romanas. Era lhes dado uma flecha sem a ponta.

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Algumas bandeiras legionárias Touro

Raio

Pégaso

Loba alimentando os gêmeos

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Leão

Javali

Escorpião

Elefante

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Capricórnio

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Formações das Legiões As formações romanas consistiam em formações em formatos retangulares formados pelos legionários. Cada coluna possuía certo número de linhas que se diferenciavam por estarem mais próximas do inimigo, na vanguarda, ou mais distantes destes, na retaguarda da formação. Os legionários que se localizam na primeira linha começavam o assédio ao inimigo através de um poderoso ataque à curta distancia com a lança Pillum (descrita no artigo "Os Legionários") e as fileiras imediatamente anteriores às primeiras realizavam um ataque menos destrutivos com lanças mais leves. No final da formação se localizava um corneteiro e no meio se localizava um porta-estandarte. Na lateral direita de cada formação ficava o centurião. As fileiras possuiam Decuriões que as organizava. Após as primeiras cargas, os legionários já se engajavam em combate corpo-a-corpo utilizando a Gládio Hispaniense, que era afiadíssima. A formação era compacta e dava espaço para a realização de outras táticas, como a formação Tartaruga (Testudo).

Testudo A formação da Legião Com a força de uma legião, um general poderia dispô-la de modo a formar duas linhas. Cada linha seria composta de cinco coortes, ligeiramente afastadas. A primeira linha era formada pela primeira,segunda, terceira, quarta e quinta coortes. Já a segunda seguia desde a sexta até a décima coorte, e ficava atrás da primeira. A coorte da extrema direita possuía uma força de aproximadamente 1100 homens e 30 cavaleiros, enquanto as outras dispunham de 550 homens e 65 cavaleiros. Atrás da força principal, se localizavam sete unidades de infantaria leve e outras sete unidades de reservistas, respectivamente. O papel da cavalaria era proteger os flancos da legião, já que possuía alto poder de manobra.

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Formação da Legião Formação de uma legião em trânsito Em uma caminhada em terreno hostil, uma formação totalmente diferente era adotada. A cavalaria tomava a vanguarda (frente) e era seguida por uma longa coluna de coortes. Atrás desta coluna, vinha a bagagem, servos e veículos, protegidos por muitas unidades de cavalaria. Na retaguarda, estavam localizadas muitas unidades de cavalaria e infantaria, para garantir sua proteção. Nos limites da formação, estavam distribuías as forças mais leves, que serviam de escolta.

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Formações de Batalha Primeira Formação Um general que tivesse mais homens que seu adversário, lançava mão de uma formação onde seu exército se fizesse uma linha, deixando por trás unidades de reserva. A manobra consistia na superioridade das forças do general Romano. Uma vez percebida a desvantagem, o inimigo iria tentar flanqueá-lo. Para isso, ele terá que lançar suas alas direita e esquerda em torno do exército, o que deixaria o seu centro desguarnecido.O reservistas surpreenderiam os inimigos na hora em que tentavam flanquear, fazendo assim com que não conseguissem abraçar totalmente o exército romano. Assim, livre, o centro romano poderia assediar o centro inimigo, já comprometido.

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Segunda Formação Quando um general se julgasse inferior em força, adotaria a tática de atacar a ala esquerda do exército inimigo com a sua ala direita. Uma vez que a ala esquerda de um exército era considerada mais fraca. Isso se devia ao fato de o lado mais fraco de um guerreiro ser o esquerdo, por ter que suportar o peso do escudo, sendo assim o lado esquerdo da formação. A sua ala direita daria a volta na ala esquerda do oponente, atacando pela retaguarda. O centro se manteria alinhado e a sua ala esquerda ficaria à distancia da ala direita do inimigo(provavelmente ara evitar que o inimigo agisse conforme a mesma estratégia). As reservas apoiariam o ataque à ala esquerda do inimigo, ou ficariam para evitar ataques ao centro de sua formação.

Terceira formação Quando a ala esquerda do seu exército é mais forte, você deve atacar a ala direita do seu inimigo. Esta tarefa era nada mais que um gesto desesperado. A sua ala esquerda, apoiada por forte cavalaria, atacaria a direita do inimigo. Sua ala direita, mais fraca, ficaria mais atrás do centro e a esquerda dos reservistas, que estariam mais ao fundo, alinhados com o centro.

Quarta Formação Um general que pode confiar na disciplina de seus homens, deveria se engajar em um ataque com ambas as alas assediando suas respectivas adversárias. A maior efetividade do ataque estava no seu poder de choque. Ambas as alas do exército atacariam o inimigo, causando surpresa. Contrariamente, o ataque divide o exército em três partes. Assim, se o inimigo sobrevivesse ao à primeira carga, o centro Romano ficaria vulnerável e as alas poderiam ser derrotadas separadamente.

Quinta formação Quando a infantaria leve de um exército é boa, coloque-a na frente do seu centro, para servir de cobertura, atacando ambas as alas. Esta proteção a mais, gerada pel infantaria leve e arqueiros, tornaria o centro menos vulnerável.

Sexta formação Aquele que não pode confiar no poder e na disciplina de suas topas, deveria atacar a ala esquerda de seu oponente coma sua ala direita, quebrando-o. Mantendo-se em linha, coma ala esquerda e o centro lado-a-lado e a reserva atrás deles, os romanos poderiam aproveitar a brecha fornecida pelo ataque.

Sétima formação Quando um exército era muito fraco em força ou quantidade, usava-se a tática de cobrir ambos os flancos. No lado direito, poderia ser usada a proteção de uma montanha ou rio, e no esquerdo, unidades de valaria e topas leves cuidariam da cobertura do flanco. Os romanos teriam pouco a temer com tal formação.

Lidando com bigas e elefantes Os romanos não costumavam usar bigas em seus combates, por serem estas apenas adequadas a terrenos planos. Assim, quando lidavam com elas, costumavam colocar todo tipo de objeto que pudesse causar dano a elas. Os combatentes tinham muitas maneiras de lidar com elefantes montados. De fato, elefantes podiam carregar muitos soldados, e estes poderiam matar os legionários que se aproximassem, antes que eles pudessem causar dano ao animal. A primeira coisa era tentar matar o combatentes com arqueiros, o que era difícil ,pois os de cima do elefante provavelmente eram arqueiros também, e tinham vantagem de estar elevados. A segunda tática era cercar o animal com cavaleiros, e atirar javelins (dardos) nele. Uma terceira era a de colocar barreiras em seu caminho e atacá-los pelo flanco.

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Epílogo O Império Romano foi, talvez, o Império que mais influenciou a História da Humanidade; deixou um legado que perdura até os diais atuais. Isso não teria sido possível sem o alcance que este Império teve, proveniente das conquistas de não apenas uma excelente organização militar, avançadas técnicas de combate e rígida disciplina e treinamento, mas da honra de seus soldados. A consciência de que Roma podia ir a qualquer lugar não provinha da mera imaginação de homens sonhadores; mas sim das atitudes de homens que levaram Roma a lugares inimagináveis, e a tornaram o que ela foi e o que ela representa. Com a mesma tecnologia a disposição, teríamos feito o que eles fizeram? Teríamos chegado aonde eles chegaram? Talvez o principal legado que o Império Romano tenha nos deixado é: podemos ir a qualquer lugar. Com organização, disciplina, coragem e honra, podemos ir a qualquer lugar. Com este pensamento, as legiões romanas tornaram o Império um dos maiores que o mundo já conheceu. Com este pensamento, podemos tornar nossas vidas igualmente grandiosas. -SkyHunter

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