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No século XIX, três pensadores desenvolveram teorias buscando explicar a sociedade capitalista: Karl Marx , Emile Durkheim que continuou o positivismo de Augusto Comte e Max Weber . Estes três pensadores são denominados os clássicos da Sociologia.

Os Clássicos da Sociologia

1818-1883 1858-1917 1864-1920

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Os Clássicos da Sociologia

Emile Durkheim (1857 – 1917)

Max Weber (1864 – 1920)

Karl Marx (1818 – 1883)

Objeto da Sociologia Método

Classes Sociais

Fato Social

Ação Social

Dialética

Explicação

Compreensão Social

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OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA

KARL MARX

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Marxismo1. KARL MARX (1818-1883) VIDA E OBRAS

2. FONTES DO MARXISMO

•DIALÉTICA•SOCIALISMO•ECONOMIA POLÍTICA

3. CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE

4. ANÁLISE DA MERCADORIA

5. CONCLUSÃO

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BIBLIOGRAFIA BASICA

1. CABRERA, J.R. O pensamento sociológico de Karl Marx. In Lemos Filho, Arnaldo e outros.Sociologia Geral e do Direito. Campinas, Ed. Alínea, 4ª edição, 2009

2. SELL, Carlos Eduardo. Sociologia Clássica: Marx, Durkheim e Weber. Petrópolis.RJ: Ed.Vozes,2009

3.QUINTANERO, Tania. Um toque de clássicos.:Durkheim,Weber e Marx 3ªedição. Belo Horizonte, UFMG, 1994

4. LEMOS, Arnaldo. Slides no site

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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

Costa, Cristina. Sociedade, uma introdução à Sociologia. São Paulo:Ed. Moderna, 3ªedição,1997

Sader, Emir. A Exploração. In Sader Emir(org). Sete Pecados do Capital. Rio de Janeiro, Ed. Record, 2000 Huberman, Leo. A História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro, Ed.

Guanabara, 2001, cap.18 Aron,Raymond. Karl Marx.In As etapas do pensamento

sociológico.Brasília,UNB,1987 Gertz, René(org). Max Weber & Karl Marx. São Paulo, Ed. Hucitec,1994

Castro, Ana Maria-Dias, Edmundo.Introdução ao pensamento sociológico. Rio de

Janeiro, Ed. Eldorado,1987, 9ªedição. Sell, Carlos Eduardo. Sociologia Classica: Marx, Durkheim e Weber. Petropolis,Ed.

Vozes, 2009

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CONCEITOS BÁSICOS

Socialismo Comunismo Dialética

Forças de Produção Relações de Produção

Infra-estrutura Super-estrutura

Estado

Classes sociais

Ideologia

Alienação Mercadoria

Fetichismo da Mercadoria Força de Trabalho

Valor de Uso Valor de troca

Mais-valia

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Nasceu na cidade de Treves , na Alemanha.

Doutorou-se em Filosofia.

Foi redator de um jornal liberal em Colônia.

Em 1842 foi obrigado a sair da Alemanha, foi para Paris, onde conheceu Friedrich Engels, seu companheiro de idéias e publicações.

Expulso da França em 1845, foi para Bruxelas onde participou da recém fundada Liga dos Comunistas.Foi expulso da Bélgica.

Engels (1820-1895)

KARL MARX (1818-1883 )KARL MARX (1818-1883 )

VIDA E OBRASVIDA E OBRAS

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KARL MARX (1818-1883 )KARL MARX (1818-1883 )

VIDA E OBRASVIDA E OBRAS

Em 1848, escreveu, com Engels, "O Manifesto Comunista", obra fundadora do "marxismo", enquanto movimento político e social a favor do proletariado.

Com o malogro das revoluções de 1848, Marx mudou-se para Londres onde se dedicou a um grandioso estudo crítico da economia política.

Marx foi um dos fundadores da Associação Internacional dos Operários ou Primeira Internacional.

Morreu em 1883, após intensa vida política e intelectual.

Obras principais : A Ideologia Alemã, A Miséria da Filosofia, Contribuição à Crítica da Economia Política, A Luta de Classes na França, O Capital.

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SOCIALISMO

ECONOMIA POLÍTICA

DIALÉTICA

2. FONTES DO MARXISMO 2. FONTES DO MARXISMO

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2.1 FONTES DO MARXISMO 2.1 FONTES DO MARXISMO

SOCIALISMO Movimento Operário Francês

Devido as conseqüências sociais da Revolução, alguns pensadores propõem uma nova maneira de conceber a sociedade e reivindicam a igualdade entre todos, não só do ponto de vista político, mas também quanto às condições sociais de vida

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depende do convencimento da burguesia na distribuição de seus bens.

não supõe um instrumento de poder para atingir seu objetivo

SOCIALISMO

PRÉ-MARXISTA

utópico

apolítico

2.1. FONTES DO MARXISMO 2.1. FONTES DO MARXISMO

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conhecimento das leis que regem o mecanismo do sistema capitalista

supõe um instrumento de poder, a organização da classe operária

SOCIALISMO

MARXISTA

científico

político

2.1. FONTES DO MARXISMO 2.1. FONTES DO MARXISMO

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ECONOMIA POLÍTICA Economia Política Inglesa -

Para Marx, a riqueza não é resultado do trabalho de homens isolados (Individualismo) que buscam interesses particulares, mas sim do trabalho coletivo (coletivismo)

Segundo Adam Smith a riqueza de uma nação é o resultado de homens que buscam seus interesses: “cada indivíduo busca apenas o seu próprio ganho... Perseguindo os seus interesses promove os interesses da própria sociedade”

2.2. FONTES DO MARXISMO 2.2. FONTES DO MARXISMO

Adam Smith

1723-1790

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2.3. FONTES DO MARXISMO 2.3. FONTES DO MARXISMO

DIALÉTICA Filosofia Clássica alemã: Hegel

DIA + LEGEIN : pensar o contrario

Método de apreensão da realidade

Idealismo

O real é contraditório,mutável, em movimento

Tese, antítese, síntese

todo real é racional todo racional é real

HEGEL

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2.3. FONTES DO MARXISMO 2.3. FONTES DO MARXISMO

DIALÉTICA MARX: Rompimento com o Idealismo

A dialética hegeliana, idealista, é “corrigida e aplicada ao materialismo existente que era essencialmente mecanicista”.

As leis da dialética são as leis do mundo material.

A realidade social vista através de suas contradições.

MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICO

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CARACTERÍSTICAS DA DIALÉTICA

1. Tudo se relaciona (lei da ação recíproca e da conexão universal)

2. Tudo se transforma (lei da transformação universal e do desenvolvimento incessante)

3. A mudança qualitativa

4. A luta dos contrarios

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TUDO SE RELACIONA

A dialética não olha a realidade como um amontoado acidental de objetos, de fenômenos isolados, mas como um todo unido, coeso, dependentes uns dos outros.

Não se pode compreender nenhum fenômeno se o encaramos isoladamente.

Esta característica da dialética se verifica universalmente, na natureza e na sociedade.

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TUDO SE TRANSFORMA

A dialética marxista vê a realidade não como um estado de repouso, de imutabilidade, mas com um estado de movimento e mudança, de renovação, onde sempre qualquer coisa nasce e se desenvolve, qualquer coisa se desagrega e desaparece

O movimento não é pois um aspecto secundário da realidade.A realidade é processo, é movimento.

Movimento não é apenas mudança de lugar, mas transformação da realidade e de suas propriedades

Não há regimes sociais “imutaveis”, “principios eternos” que assegurem, por exemplo,o direito à propriedade privada ou que obriguem a existência de pobres e ricos, de empregados e patrões.

Isto estimula a ação, empurra o homem para modificar a realidade, pois ela é susceptivel de modificação.

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A MUDANÇA QUALITATIVA

O processo dialetico considera um desenvolvimento que passa de mudanças quantitativas para mudanças qualitativas.

A mudança quantitativa é o mero aumento de quantidade. A mudança qualitativa é a passagem de uma qualidade para outra, pelo acumulo de mudanças quantitativas (tudo se transforma). Ex. o aquecimento da água.

A dialetica considera que essa relação entre mudança quantitativa e mudança qualitativa é uma lei universal da natureza e da sociedade.

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A LUTA DOS CONTRÁRIOS

Os fenômenos da natureza supõem contradições internas, porque todos têm uma lado negativo e um lado positivo. Elementos que desaparecem e elementos que se desenvolvem.

A luta dos contrários, a luta entre o velho e o novo,entre o que morre e o que nasce, entre o que perece e o que evolui é o conteúdo interno do processo de desenvolvimento. É o motor de toda mudançaA luta dos contários, ou contradição, é universal. Sendo uma realidade objetiva, encontra-se tambem no “sujeito”, no homem que faz parte do mundo.

Todo processo natural ou social se explica pela contradição. Na sociedade, a contradição é produto, inicialmente, das relações homem e natureza. O conteúdo concreto desta luta é o trabalho.

A contradição fundamental é entre as forças de produção novas e as relações de produção envelhecidas. A partir de certo momento a contradição é entre as classes: luta de classes.

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CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE

Textos Básicos:

1848

1859

1863

O Manifesto Comunista

O Capital

Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política

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PRESSUPOSTOS PARA O CONHECIMENTO PRESSUPOSTOS PARA O CONHECIMENTO

DA SOCIEDADEDA SOCIEDADE

Conceito de Homem

Conceito de História

Conceito de Trabalho

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CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE

HOMEM ser de necessidades

satisfação das

necessidades

produção de bens

materiais

produção de bens

materiais

TRABALHO

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CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE

Relações

A ) com a Natureza Forças de Produção(instrumentos de

produção)

B ) dos Homens entre si Relações de Produção((((divisão do trabalho)

modo de produção

+

História

CapitalistaAntigo Feudal

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“A história humana é a história das relações dos homens com a natureza e dos

homens entre si.”

Nesses dois tipos de relação

aparece como intermediário um

elemento essencial: O TRABALHO HUMANO

Assim como Darwin havia descoberto a lei

da evolução das espécies, Marx descobriu

as leis da HISTÓRIA

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CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE

SUPER ESTRUTURA

IDEOLÓGICA

POLÍTICA

ESTADO

JURÍDICA

DIREITO

FORÇAS DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO

(MODO DE PRODUÇÃO)

INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA

IDEOLÓGICAIDEOLÓGICA

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Forças de Produção

O trabalho do homem, o trabalho do animal a serviço do homem, a natureza, os instrumentos de produção. Toda capacidade humana de produzir.

Relações de Produção

(materiais)

São os modos específicos de organização do trabalho e da propriedade, devido a divisão do trabalho.

(sociais)

Modo de Produção

Cada época histórica possui um conjunto de forças produtivas a que correspondem determinadas relações de produção.

INFRA-ESTRUTURA ECONÔMICA

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CONSCIÊNCIA

EXISTÊNCIA

CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE

SUPER ESTRUTURA

IDEOLÓGICA

POLÍTICA

ESTADO

JURÍDICA

DIREITO

FORÇA DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO

(MODO DE PRODUÇÃO)

INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA

IDEOLÓGICAIDEOLÓGICA

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“O modo de produção da vida material CONDICIONA o processo da vida social, política e espiritual em geral”

“Não é a consciência do homem que DETERMINA a sua existência, mas ao contrário, é a sua existência que determina a sua consciência”

“Ao mudar a base econômica revoluciona-se, mais ou menos, toda a imensa superestrutura erigida sobre ela”

Prefácio à Contribuição à Crítica da Economia Política

A explicação das formas jurídicas, políticas, espirituais e de consciência, encontra-se na base econômica e material da sociedade, no modo como os homens

estão organizados no processo produtivo

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CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

DETERMINISMO

OU

CONDICIONAMENTO ?

Determinismo: (relação de causalidade) : relação mecanicista e não dialética

Condicionamento : é uma variável. corre o risco de ser flexível demais

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CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE

RELAÇÕES DE PROPRIEDADE

PROPRIETÁRIOS

CLASSE DOMINADACLASSE DOMINANTE

PROLETARIADOBURGUESIA

NÃO PROPRIETÁRIOS

RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO

MPC

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CONSCIÊNCIA

EXISTÊNCIA

CONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADECONCEPÇÃO MARXISTA DE SOCIEDADE

SUPER ESTRUTURA

IDEOLÓGICA

POLÍTICA

ESTADO

JURÍDICA

DIREITO

FORÇA DE PRODUÇÃO + RELAÇÕES DE PRODUÇÃO

(MODO DE PRODUÇÃO)

INFRA ESTRUTURA ECONÔMICA

IDEOLÓGICAIDEOLÓGICA

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MODO DE PRODUÇÃO

Prefacio à Contribuição à Crítica da Economia Prefacio à Contribuição à Crítica da Economia

PolíticaPolíticaA determinadas forças de produção correspondem determinadas relações de produção que se expressam em relações jurídicas e que constituem um modo de produção

As forças de produção são dinâmicas porque são dialéticas e as relações de produção não acompanham o ritmo de seu desenvolvimento

As forças de produção se chocam com as relações de produção existentes, ou o que não é senão sua expressão jurídica, com as relações de propriedade dentro das quais se desenvolveram até ali. De formas de desenvolvimento das forças produtivas, estas relações se convertem em obstáculos a elas. E se abrem assim na época de revolução social.

FORÇAS DE PRODUÇÃO (FP)

RELAÇÕES DE PRODUÇÃO (RP)

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ANÁLISE DA MERCADORIA ANÁLISE DA MERCADORIA

1. O duplo valor dos bens materiais

2. A determinação do valor de troca

3. Os processos históricos de troca

4. A força de trabalho como mercadoria

5. O processo da mais valia

6. O fetichismo da mercadoria

• Valor de uso

• Valor de troca

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1. O duplo valor dos bens materiais

Valor de uso

Valor de troca

homem

necessidades

satisfação

produção de bens materiais

valor dos bensUtilidade do bem material para o seu produtor

Quando o bem produzido não tem valor de uso para o seu

produtor e este o coloca no mercado para troca: MERCADORIA

Toda mercadoria é essencialmente valor de troca, mas tem embutido nela um valor de uso

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2. A determinação do valor de troca

O que determina o valor de troca de uma MERCADORIA ?

QUANTIDADE ?

NECESSIDADE ?

FINALIDADE ?

EQUIVALÊNCIA (valores iguais)

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2. A determinação do valor de troca

trabalho

02 horas

04 horas

02 horas

tempo de trabalho necessário para a sua produção

equivalência

equivalência

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2. A determinação do valor de troca

Socialmente Tempo médio

Tempo social

Tempo de trabalho SOCIALMENTE necessário para a sua produção

Trabalho da sociedade: ao trocar as mercadorias, há uma comparação de trabalho humano. Logo toda mercadoria expressa relações sociais

Exemplo : compra no supermercado

Pacote de arroz = 10 reais

O preço é o que aparece. O que significa?

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“Ao equiparar os seus diversos produtos na troca como valores, os homens equiparam os seus

diversos trabalhos como trabalho humano. Não se dão conta, mas fazem-no”.

O que é comum a todas as mercadorias não é trabalho concreto de um ramo de produção determinado,não é o

trabalho de um gênero particular, mas o trabalho humano abstrato, o trabalho humano geral.

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3. Os processos históricos de troca

I) Processo Pré-Capitalista

a) Processo de circulação simples (troca direta)

b) Processo de circulação complexa (troca indireta)

M M

M D (equivalente geral) M

A troca direta não dinamiza a troca

Há necessidade de um equivalente geral

O processo Pré-Capitalista não tem como objetivo o LUCROO processo Pré-Capitalista não tem como objetivo o LUCRO

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II) Processo Capitalista

Qual a vantagem ?D M D

D M D+ Dinheiro tem valor de uso ?

D M D+ M D++ M D+++ ...

3. Os processos históricos de troca

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O processo pré-capitalista começa com M

a mercadoria é produto do trabalho

O processo capitalista começa com D

o dinheiro é necessariamente produto do trabalho ?

3. Os processos históricos de troca

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“Se o dinheiro .... vem ao mundo com uma mancha congênita de sangue numa das faces, o capital vem

pingando da cabeça aos pés, de todos os poros, sangue e lama” (Marx, O Capital, vol 1)

Comércio = troca de mercadoria, conquista, pirataria, saque, exploração, suborno, fraude ...

De onde veio o dinheiro para o início do capitalismo?De onde veio o dinheiro para o início do capitalismo?

Questão Básica

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D

máquinamatéria prima

força de trabalho

(Capital constante)

(Capital variável)

M D ++

capitalismo

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Camponeses = expulsos do campo

Artesãos = destituídos de suas ferramentas

No capitalismo a força de trabalho tornou-se uma mercadoria. Antes, o trabalhador era dono de sua

força de trabalho: camponeses e artesãos

capitalismo

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4. A força de trabalho como mercadoria

Qual o valor desta mercadoria ?

a) o valor de uma mercadoria é determinado pelo tempo de trabalho necessário para que ela exista

b) ora, a força de trabalho é uma mercadoria

c) logo, o valor da força de trabalho é determinado pelos meios necessários para que ela exista

d) ora, a força de trabalho não existe desvinculada de seu dono, o trabalhador

f) ora, um dia o trabalhador vai morrer

g) logo o valor da força de trabalho é determinado pelos meios necessários à subsistência do trabalhador e sua reprodução

e) Logo, o valor da força de trabalho é determinado pelos meios necessários para que o trabalhador exista

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Enquanto cresce, estuda e trabalha, o homem consome uma certa quantidade de mercadorias, que pode ser medida em tempo de

trabalho.

MEDINDO ESTE VALOR, ESTAREMOS MEDINDO, INDIRETAMENTE, O VALOR DA FORÇA DE TRABALHO

PORTANTO, O VALOR DA FORÇA DE TRABALHO É IGUAL AO VALOR DOS MEIOS DE SUBSISTÊNCIA, PRINCIPALMENTE

GÊNEROS DE PRIMEIRA NECESSIDADE, INDISPENSÁVEIS À REPRODUÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA

Esse valor é pago no salário, que deve dar apenas para o estritamente necessário ao futuro trabalhador.

capitalismo

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É esse o circulo vicioso do capitalismo, em que o assalariado vende a sua força de trabalho para sobreviver e o capitalista lhe compra a força de trabalho para enriquecer.

A razão do circulo vicioso esta no processo de MAIS VALIA

capitalismo

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Primeiro Modo Hipótese: 08 horas

5. O processo da mais valia

Tempo Necessário:

o tempo de trabalho necessário para produzir mercadorias cujo valor é igual ao valor da força de trabalho

Tempo Excedente:

o tempo de trabalho que excede, que vale mais que a força de trabalho: mais valia. O trabalhador, embora tenha feito juridicamente um contrato de trabalho de 08 horas, trabalha 04 horas de graça

Mais Valia Absoluta: Se o capitalista exigir aumento das horas, ainda que pague mais, estará aumentando a mais valia:Mais Valia Relativa: Se o capitalista investir em novas tecnologias diminuirá o tempo necessário estará aumentando a mais valia

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Segundo Modo

5. Exemplo Produção de um par de sapatos

100 unid de moeda

Matéria Prima =

Desgaste Instrumentos

Salário Diário

Como o capitalista

obtém o lucro?

5. O processo da mais valia

20 unid de moeda

30 unid de moeda

O valor de um par de sapatos é a soma de todos os valores representados pelas diversas mercadorias que

entraram na produção

Não é no âmbito da compra e venda

É no âmbito da produção

=

=

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09 horas de trabalho

01 par a cada 03 horas

Nessas 03h o trabalhador cria uma quantidade de valor correspondente ao seu salário

Nas outras 06h produz mais mercadorias que geram um valor maior do que lhe foi pago na forma de salário

5. O processo da mais valia

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+salário

Meios de Produção 120

30

150

+

=

+salário

Meios de Produção 120

30

390

+

=

x 03

03

130

=

5. O processo da mais valia

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MAIS VALIAMAIS VALIA

Ao final da jornada, o trabalhador recebe 30 unidades de moeda e o seu trabalho rendeu o dobro ao

capitalista: 20 unidades de moeda em cada um dos pares de sapato. Este valor a mais não retorna ao

operário: incorpora-se ao produto e é apropriado pelo capitalista

Assim como um boi produz mais do que consome e enriquece o seu dono, a classe trabalhadora produz mais

valia do que consome e enriquece os proprietários dos meios de produção. Os trabalhadores são os bois do sistema

capitalista

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Síntese de muitas determinaçõesA realidade social é feita de contradiçõesMas a árvore não pode esconder o arvoredoVem um grande analista e revela o segredoDa acumulação de capital

É mais valia pra cáÉ mais valia pra láCapitalismo é selvagem e globalÉ mais valia pra cáÉ mais valia pra láTempo roubado do trabalho social

Mercadoria é alienaçãoTrabalho e salário, a danaçãoA grana diz: trabalho sozinhaA fórmula é d –m - d’

Síntese de muitas determinações a realidade brasileira é feita de contradiçõesMas o grande analista indicou o caminho Ninguém pode vencer esta luta sozinho É luta de classe e exploração Tem a novela, meu bem, E tem a Xuxa também

SAMBA DA MAIS VALIA

Sergio Silva

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Pro demitido tem no Jornal Nacional Tem desemprego, meu bem, E tem a dengue também Desigualdade e tortura federal No Brasil tudo foi ti-ti-ti Todo mundo pensando do Gianotti à Chauí Mas agora é hora de transformação O Carnaval traz nossa revolução

Síntese de muitas determinações A realidade social é feita de contradições Mas a árvore não pode esconder o arvoredo Vem o grande analista e revela o segredo Da acumulação de capital

O Manifesto falou,O comunista escutouTem que seguir o movimento popularO grande mestre mostrouA grande escola ensinouDe ver o samba no pé se revoltarLá no Rio, os herdeiros da filosofiaDescobriram o pandeiro e a cuíca vaziaMas agora é hora de transformaçãoO Carnaval traz nossa revolução

Tem a novela, meu bem, E tem a Xuxa também

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O FETICHISMO DA MERCADORIA O FETICHISMO DA MERCADORIA

FETICHISMO

FETICHE

FREUD

Adoração ou culto de fetiches

Objeto animado ou inanimado, feito pelo homem ou produzido pela natureza, ao qual o homem da o caráter de sagrado e presta culto

A aplicação do processo de fetichismo ao

comportamento individual: fetiches sexuais

MARX

A aplicação do processo do fetichismo ao

comportamento social: a mercadoria e o dinheiro são

fetiches

(1856 – 1939)

(1818 – 1883)

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O que é MERCADORIA ?

Trabalho humano concentrado e não pago. Ao trocar mercadorias, o homem compara trabalho humano. A mercadoria expressa, pois, relações sociais

Aparece como uma coisa dotada de valor de uso (utilidade) e de valor de troca (preço)

Exemplo de relações:

a mercadoria 3,00 se relaciona com a mercadoria sabonete Gessy,

a mercadoria 200,00 se relaciona com a mercadoria menino-que-faz-pacotes

As coisas-mercadorias começam a se relacionar umas com as outras como se fossem sujeitos sociais, dotados de vida própria:

01 apartamento estilo “mediterrâneo” = um modo de viver

01 cigarro marca X = um estilo de vida

01 calça jeans griffe X = um vida jovem

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As coisas-mercadorias aparecem como sujeitos sociais, dotados de vida própria e os homens-mercadorias aparecem

como coisas

A mercadoria é um fetiche no sentido religioso da palavra: uma coisa que existe por si e em si

A mercadoria, como fetiche, tem poder sobre seus crentes

O FETICHISMO DA MERCADORIA O FETICHISMO DA MERCADORIA

As relações sociais de trabalho aparecem como relações materiais entre as pessoas e como relações sociais entre

coisas

COMO ENTÃO APARECEM AS RELAÇÕES SOCIAIS DE TRABALHO ?

Os homens são transformados em coisas e as coisas são transformadas em “gente”

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O FETICHISMO DA MERCADORIAO FETICHISMO DA MERCADORIA

trabalhador

trabalho

proprietário

Os homens são transformados em coisas:

uma coisa chamada mercadoria que possui outracoisa chamada preço

uma coisa chamada capital que possui outracoisa chamada capacidade de ter lucros.

Produzir, distribuir, comerciar, acumular, consumir, investir, poupar, trabalhar = funcionam e operam sozinhas, por si

mesmas, independente dos homens que as realizam

Desaparecem os seres humanos, ou melhor, eles existem sob a forma de coisas: reificaçãoreificação (Lucaks)

Uma coisa chamada força de trabalho

E a coisas são transformadas em “gente”:

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Questões FinaisQuestões Finais

Por que os homens conservam essa realidade ?

Como se explica que não percebam a reificação ?

Como entender que o trabalhador não se revolte contra uma situação na qual não só lhe foi roubada a condição humana, mas ainda é explorado naquilo que faz ?

Como explicar que essa realidade nos apareça como natural, normal, racional, aceitável ?

De onde vem o obscurecimento da existência das contradições e dos antagonismos sociais ?

De onde vem a não percepção da existência das contradições e dos antagonismos sociais ?

A resposta a essas questões nos conduz diretamente ao A resposta a essas questões nos conduz diretamente ao fenômeno da ALIENAÇÃO e da IDEOLOGIAfenômeno da ALIENAÇÃO e da IDEOLOGIA

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ALIENAÇÃOALIENAÇÃO alienum = alheio - outro

Alienar um imóvel

ALIENAÇÃO ECONÔMICA

Os trabalhadores são expropriados dos seus meios de produção da vida material e do saber do qual dependia a fabricação de um produto e a própria posição social do artesão

Vender = separar o proprietário da propriedade

CAPITALISMOCAPITALISMO

O capitalismo reduziu o trabalhador à execução de tarefas simplificadas, parciais e repetitivas na linha de produção da fábrica

O trabalhador só aprende que deve trabalhar para receber o salário e viver, pois esta é a percepção que tem da realidade na vida cotidiana

O trabalho é percebido pelo trabalhador como algo fora de O trabalho é percebido pelo trabalhador como algo fora de si, que pertence a outros. Daí adquire uma consciência si, que pertence a outros. Daí adquire uma consciência falsa do mundo em que vive: IDEOLOGIAfalsa do mundo em que vive: IDEOLOGIA

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IDEOLOGIAIDEOLOGIA

É aquele sistema ordenado de idéias e concepções, de normas e de regras (com base no qual as leis jurídicas são feitas) que obriga os homens a comportarem-se segundo a vontade do “sistema”, como se estivessem se comportando segundo sua como se estivessem se comportando segundo sua própria vontadeprópria vontade

A ideologia dominante numa dada época histórica é a ideologia da classe dominante nessa época.

Ao contrário de outras épocas históricas (escravidão e servidão), no capitalismo o trabalhador acha que é justo que ele seja separado do produto de seu trabalho, mediante o pagamento de seu salário.

Para Marx, o salário não remunera todo o trabalho, pois uma parte é apropriada pelo capitalista e se transforma em lucro.

O trabalhador não percebe isso por causa da ideologia que é uma concepção de mundo gerada pela classe dominante e assumida pela classe dominada como se fosse sua.

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CONCLUSÃO CONCLUSÃO

A HISTORICIDADE E A TOTALIDADE

A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX

A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO

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A HISTORICIDADE E A TOTALIDADE

1. A teoria marxista repercutiu de maneira decisiva não só na Europa como também nas colônias européias e em movimentos de independência. Organizou partidos políticos, sindicatos, levou intelectuais à crítica da realidade e influenciou as atividades científicas, de um modo geral, e as ciências humanas em particular.

2. Marx conseguiu, como nenhum outro, com sua obra, estabelecer relações profundas entre a realidade, a filosofia e a ciência.

3. Por sua formação filosófica, concebia a realidade social como uma concretude histórica, isto é, como um conjunto de relações de produção que caracteriza cada sociedade num tempo espaços determinados.

4. Por outro lado, cada sociedade representava para ele uma totalidade, isto é, um conjunto único e integrado de diversas formas de organização humana, nas suas mais diversas instâncias: família, poder, religião, etc., de tal maneira que suas análises, apesar de históricas, trazem conclusões de caráter geral e aplicáveis a formações históricas diferentes.

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A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX

1. O sucesso e a penetração do materialismo histórico, quer no campo da ciência, quer no campo da organização política, se deve ao universalismo de seus princípios e ao caráter totalizador que imprimiu às suas idéias

2. Alem desse universalismo da teoria marxista, outras questões adquiriram no marxismo novas dimensões. Uma delas foi a questão da objetividade científica, tão perseguida pelas ciências humanas. Para Marx, a questão da objetividade só se coloca enquanto consciência crítica. A ciência, assim como a ação política, só pode ser verdadeira e não ideológica se refletir uma situação de classe e, conseqüentemente, uma visão crítica da realidade. Assim a objetividade não é uma questão de método, mas de como o pensamento se insere no contexto das relações de produção e na história.

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A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX

3. A idéia de uma sociedade “doente” ou “normal”, preocupação dos cientistas sociais positivistas, desaparece em Marx. Para ele, a sociedade é constituída de relações de conflito e é de sua dinâmica que surge a mudança social. Fenômenos como luta, conflito, revolução e exploração são constituintes dos diversos momentos históricos e não disfunções sociais.

4. Suas idéias marcaram de maneira definitiva o pensamento científico e a ação política de sua época bem das posteriores, formando duas maneiras de atuação sob a bandeira do marxismo:

1. Abraçar o ideal comunista e lutar por uma sociedade onde estejam abolidas as classes sociais e a propriedade privada dos meios de produção.

2. Exercer a crítica da realidade social, procurando suas contradições, desvendando as relações de exploração e expropriação do homem pelo homem, de modo a entender o papel dessas relações no processo histórico.

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A AMPLITUDE DA CONTRIBUIÇÃO DE MARX

5. Contribuições da teoria marxista para o desenvolvimento das ciências sociais

1. A abordagem do conflito, da dinâmica histórica, da relação entre consciência e realidade e da correta inserção do homem e de sua práxis no contexto social.

2. A habilidade com que o método marxista possibilita o constante deslocamento do geral para o particular, das leis macrosociais para suas manifestações históricas, do movimento estrutural da sociedade para a ação humana individual e coletiva.

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1. A teoria marxista teve ampla aceitação teórica e metodológica, assim como política e revolucionária. Já em 1864, junto com Engels, Marx estruturou a Primeira Associação Internacional de Operários, ou Primeira Internacional. Extinguida em 1873, a difusão das idéias marxistas ficou por conta dos sindicatos e nos partidos, especialmente, os social-democratas.

2. A Segunda Internacional surgiu na época do centenário da Revolução Francesa (1889). A Primeira Guerra Mundial pôs fim á Segunda Internacional em 1014.

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3. Em 1917, uma revolução inspirada nas idéias marxistas, a Revolução Bolchevique, na Rússia, criava o primeiro Estado operário.

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4. Em 1919, inaugurava-se a Terceira Internacional ou Cominten que procurou difundir as idéias marxistas e organizar os partidos e a luta dos operários pela tomada do poder. Continua atuante até hoje, enfrentando intensa crise provocada pelo fim da União Soviética e pela expansão mundial do neoliberalismo.

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5. Á formação do operariado no mundo se deu com a organização de sindicatos e partidos marxistas. Os ideais marxistas se adequaram á luta pela independência que surgia nas colônias européias da África e da Ásia, após as Guerras Mundiais, assim como á luta pela soberania e autonomia existente nos países latino-americanos.

6. Em 1919, surgiram partidos comunistas na América do Norte, na China e no México. Em 1020, no Uruguai, em 1022, no Brasil e no Chile, em 1925, em Cuba.

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7. O movimento revolucionário se tornou mais forte á medida que os Estados Unidos e a URSS emergiram como potências mundiais e passaram a disputar a sua influência no mundo. Várias revoluções, como a chinesa, a cubana, a vietnamita e a coreana organizaram sistemas políticos com algumas características comuns : forte centralização, economia planejada, coletivização dos meios de produção, fiscalismo, uso intenso de propaganda ideológica e de culto ao dirigente.

8. A polarização política e ideológica foi transferida para o conjunto do método e da teoria marxista. O marxismo deixou de ser um método de análise da realidade social para transformar-se em ideologia, perdendo assim parte de sua capacidade de elucidar os homens em relação ao seu momento histórico e mobilizá-los para uma tomada de consciência de posição.

A SOCIOLOGIA, O SOCIALISMO E O MARXISMO

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8. Entre 1989 e 1991, desfazia-se o bloco soviético após uma crise interna e externa:

1. dificuldade em conciliar as diferenças regionais e étnicas 2. falta de recursos para manter um estado de permanente beligerância 3. atraso tecnológico 4. excesso de burocracia 5. baixa produtividade 6. escassez de produtos 7. inflação e corrupção

O fim da URSS provocou um abalo nos partidos de esquerda do mundo todo o redimensionamento das forças internacionais

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10. Toda essa explicação a respeito do marxismo se faz necessária por diversas razões :

1. A sociologia se confundiu com o socialismo em muitos países, em especial nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Nesses países, intelectuais e líderes políticos associaram de maneira categórica o desenvolvimento da sociologia ao desenvolvimento da luta política e dos partidos marxistas. A derrocada do império soviético foi sentida como uma condenação quase como a inviolabilidade da própria ciência.

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2. A teoria marxista transcende o momento histórico no qual foi concebida e tem uma validade que extrapola

toda iniciativa concreta. É preciso lembrar que a ausência

da propriedade privada dos meios de produção é

condição necessária mas não suficiente da sociedade

comunista teorizada por Mar

3. Também é improcedente confundir a ciência com o ideário político de qualquer partido. Pode haver integração entre um e outro mas nunca identidade.

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4. É preciso entender que a história não termina em qualquer de suas manifestações particulares, quer na vitória comunista, quer na capitalista. Assim em termos científicos e marxistas, é preciso voltar o olhar para a compreensão da emergência de novas forças sociais e novas contradições.

5. Hoje se vive nas ciências um momento de particular cautela. Após dois ou três séculos de crença absoluta na capacidade redentora da ciência, em sua capacidade de explicar a realidade, já não se acredita na infalibilidade dos modelos. Não poderia ser diferente com as ciências sociais que, do contrario,adquiriram um estatuto de religião e de fé, uma vez que se apoiariam em verdades eternas e imutáveis.

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6. O fim da União Soviética não significou o fim da historia ou da sociologia, nem o esgotamento do marxismo como postura teórica. Nem terminou, com a derrubada do Muro de Berlim, o ideário de uma sociedade justa e igualitária. O que é preciso fazer é rever essa sociedade cujas relações de produção se organizam sob novos princípios : enfraquecimento dos Estados nacionais, mundialização do capitalismo, formação de blocos econômicos, organização política de minorias étnicas, religiosas e até sexuais, entendendo que as contradições não desapareceram mas se expressam em novas instâncias