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Ana Laura Ribeiro e Andressa Rubin Arqueoastronomia e Astronomia Afro-Indígena

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Ana Laura Ribeiro e Andressa Rubin

Arqueoastronomia

e

Astronomia Afro-Indígena

SumárioIntrodução.............................................................................................................3

Arqueoastronomia................................................................................................4

William Stukeley...................................................................................................5

Megálitos de Stonehenge.....................................................................................6

Sir Joseph Norman Lockyer.................................................................................7

Templo da Grécia Clássica e Pirâmide do Antigo Egito.......................................8

Menires da Bretanha............................................................................................9

Gerald Stanley Hawkins...................................................................................10

Arqueoastronomia no Brasil........................................................................,,,,,..11

Alinhamento de Rochas em Monte Alto, BA......................................................12

Astronomia Afro-Indígena..................................................................................13

A Constelação de Arapuca ................................................................................15

Caminho das Estrelas........................................................................................18

Aplicação no Cotidiano......................................................................................21

Etnoastronomia na Escola.................................................................................24

Conclusão..........................................................................................................26

Referências........................................................................................................272

Introdução

• Arqueoastronomia e Astronomia Afro-Indígina abordam

estudos antropocêntricos, astronômicos, geográficos e

históricos das primeiras civilizações brasileiras emundiais;

• Esses estudos originam-se através de constelações,

monumentos rochosos, sítios arqueológicos e tribosafro-indígenas.

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Arqueoastronomia

• Arqueoastronomia é uma ciência relativamenterecente que procura entender como acivilização pré-histórica entendia os fenômenosastronômicos;

• Esse estudo deu-se através de vestígiosduradouros como a arte rupestre, osmonumentos de rochas e por povos antigoscomo os mesopotâmios, egípcios, gregos e osmaias.

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William Stukeley

• O arqueólogo William Stukeleyiniciou os estudos nessa área em1740 e foi o primeiro a estudarstonehenge, localizado naInglaterra;

• Stukeley percebeu que do pontode vista astronômico, o eixoprincipal do monumento estavaorientado na direção do nascerdo sol no solstício de verão (diado ano que o astro fica no céupor mais tempo).

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Imagem 1

Megálitos de Stonehenge

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Imagem 6 Imagem 7

Sir Joseph Norman Lockyer

• A arqueoastronomia desenvolveu-se

em 1891 com as pesquisas do

astrônomo Sir Joseph Norman

Lockyer;

• Lockyer observou que os templos da

Grécia clássica e as pirâmides do

antigo Egito haviam sido construídos

a partir da orientação astronômica;

• Forneceu explicações astronômicas

detalhadas sobre os megálitos de

stonehenge e os menires da

Bretanha, no noroeste da França7

Imagem 2

Templo da Grécia Clássica e Pirâmides do Antigo Egito

8

Imagem 4 Imagem 5

Menires da Bretanha

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Imagem 8 Imagem 9

Gerald Stanley Hawkins

• Em 1963, a arqueoastronomia

popularizou-se devido às pesquisas

do astrônomo Gerald StanleyHawkins;

• Hawkins demonstrou que a

construção da pedra megalítica,

iniciada há mais de 4 mil anos, era

utilizada por antigos habitantes

como um observatório solar e lunarpara a previsão de eclipses.

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Imagem 3

Arqueoastronomia no Brasil • Theodoro Fernandes Sampaio foi o

primeiro a estudar sítio arqueológicocom alinhamentos de rochas noBrasil;

• Suas pesquisas iniciaram em MonteAlto, Bahia;

• Após anos de pesquisa e inúmerospesquisadores envolvidos, concluiu-seque o alinhamento de rochaslocalizadas no sitio arqueológico, nacivilização antiga, vinculava-se aonúmero de dias em 1 ano.

11

Imagem 10

Alinhamentos de Rochas em Monte Alto, BA

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Imagem 11

Astronomia Afro-Indígena

13

• O conhecimento astronômico empírico dos

africanos trazidos como escravos para o Brasil se

misturou com o dos nativos do nosso país

constituindo novas formas de saber.

• Os africanos e os indígenas perceberam que os

fenômenos celestes estavam relacionados com os

da terra, em uma harmoniosa sincronicidade. Esse

conhecimento tradicional do Cosmos envolvia as

observações dos movimentos dos corpos celestes,

a sequência das estações do ano e o

comportamento das plantas e dos animais.

Astronomia Afro-Indígena

14

• No Brasil, a etnoastronomia tem um grande

potencial, em virtude da amplitude e

diversidade étnicas nacionais, principalmente

indígenas e afro-brasileiras.

A Constelação da Arapuca

15

• A maioria dos povos antigos marcava o início do

ano no dia em que uma determinada estrela ou

constelação eravisível novamente, no lado leste,

antes do nascer-do-sol (nascer helíaco), depois de

um período sem ser observada. Sua principal

utilidade consistia em desenvolver sistemas de

visualização para o controle da estação agrícola.

A Constelação da Arapuca

16

• Na maioria das outras regiões da África, são as

Plêiades que marcam o calendário agrícola.

Quando as Plêiades surgem no horizonte logo após

o pôr-do-sol começa o tempo de cultivar a terra e

plantar.

• Os índios guaranis nos mostraram a constelação da

Arapuca (MondePy, em guarani), que é utilizada por

eles para determinar a posição e a data do nascer

helíaco das Plêiades.

A Constelação da Arapuca

17

.

Figura 12

Caminho das Estrelas

18

.• A Via Láctea, esse campo de estrelas visíveis no

cinturão de nossa Galáxia, ocupou uma

importante posição na mitologia dos povos

antigos que a viam como um lugar privilegiado

para a morada de seus deuses. Ela representou

o Nilo Celeste para os egípcios e o Caminho da

Anta para os tupis-guaranis.

Figura 13

Figura 13

Caminho das Estrelas

19

.• Muitas etnias africanas a chamam de “Caminho de

Estrelas”, e dizem que ela organiza o céu e faz com

que o Sol retorne ao lado leste ao amanhecer.

• No sentido religioso, os guaranis nomeiam a Via

Láctea “A Morada dos Deuses”. Para eles, tudo o

que existe na Terra é apenas uma imagem

imperfeita do que existe no Céu. Assim, o Caminho

do Peabiru representa uma imagem, na terra, a

Morada dos Deuses, a Via Láctea. Eles trilhavam o

Caminho do Peabiru, a Terra sem Males, sua

própria versão mítica do Paraíso.

• .

Caminho das Estrelas

20

.

• Quando se referem a essa região, antropólogos e

historiadores a localizam na direção do oceano

Atlântico, a leste. Em suas peregrinações, os

guaranis se deslocavam nas direções do nascer-

do-sol nos solstícios e nos equinócios. Assim, os

guaranis viajavam, literalmente, pela Via Láctea

terrestre.

• Durante a noite, a maioria dos povos que habita ao

sul do Trópico de Câncer, como os indígenas do

Brasil e muitos grupos africanos, determinam o

ponto cardeal sul observando o Cruzeiro do Sul,

que se situa em plena Via Láctea.

Aplicação no Cotidiano

21

.• Os africanos e os indígenas analisavam a

passagem do tempo em termos dos

movimentos de corpos celestes, da maturação

de plantas benéficas e do padrão de

acasalamento de animais. Em cada caso, a

visibilidade de uma estrela ou constelação

estava sincronizada com o comportamento de

uma determinada espécie vegetal ou animal.

• Na África, o Cruzeiro do Sul anunciava o

tempo de preparar o solo, plantar e colher,

assim como para os indígenas do Brasil.

Aplicação no Cotidiano

22

.• Os indígenas Tupinambás utilizavam algumas

constelações para se orientar no mar. Por

exemplo, eles utilizavam a constelação do

Barco que lhes indicava a posição do ponto

cardeal Norte. Os indígenas tembés, da

fronteira do Pará com o Maranhão, nos

apresentam uma constelação chamada

Canoa, onde a constelação do Barco é

apenas uma complementação da Canoa, nos

quais os pescadores acrescentaram o mastro

e a vela.

Aplicação no Cotidiano

23

.

Figura 14

Etnoastronomia na Escola

24

.• A história do intercâmbio dos conhecimentos

astronômicos dos povos indígenas e africanos no

Brasil pode servir de mote para despertar o

interesse das crianças pelo assunto, uma vez que

está ligada ao passado de muitas delas.

• A etnoastronomia pode contribuir para aperfeiçoar

o ensino-aprendizagem no ensino fundamental,

pois envolve conteúdos das áreas de ciências e

geografia.

Etnoastronomia na Escola

25

.• Devemos ressaltar o valor pedagógico do ensino

de etnoastronomia, principalmente a dos

indígenas e a dos Afro-brasileiros, por fazer alusão

a elementos da nossa Natureza (sobretudo fauna

e flora) e história, promovendo auto-estima e

valorização dos saberes antigos, salientando que

as diferentes interpretações da mesma região do

céu, feitas por diversas culturas, auxiliam na

compreensão das diversidades culturais e na

quebra de qualquer tipo de preconceito.

Conclusão

26

● A Arqueoastronomia reúne esses dois campos específicos do

saber - Arqueologia e Astronomia tendo por objetivo estudar o

conhecimento astronômico dos povos antigos e suas possíveis

implicações em tais sociedades;

● E para estudar essas sociedades que pouco se assemelham a

nossa, podemos contar com a valiosa contribuição da

Etnoastronomia que ao estudar o conhecimento astronômico de

diferentes culturas atuais;

● O potencial para este estudo no Brasil é favorecido pela

existência de grupos indígenas que habitam o país e a vinda dos

povos africanos para o Brasil .

Referências

• Afonso, Germano B & Nadal, Carlos A. Arqueoastronomia no Brasil. Disponívelem::http://site.mast.br/pdf_volume_1/Arqueoastronomia_no_Brasil_Germano_Afonso.pdf. Acesso em 17 de Novembro de 2019.

• Afonso, Germano. Relações Afro-Indígenas. Scientific American Brasil, 2013.Disponível em <http://www.mat.uc.pt/mpt2013/files/brasil_outros_GA.pdf>.Acesso em 24 de Novembro de 2019.

• MOUTINHO, Sofia. Arqueoastronomia: o céu dita as regras. UFRJ . Disponívelem:<https://ufrj.br/noticia/2015/10/22/arqueoastronomia-o-c-u-dita-regras>.Acesso em 17 de Novembro de 2019.

• Wíkipédia. Arqueoastronomia. Disponívelem:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Arqueoastronomia>. Acesso em 17 deNovembro de 2019.

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Referências (Imagens)

• Imagem 1. Disponível em:<https://en.wikipedia.org/wiki/William_Stukeley>.Acesso em 17 de Novembro de 2019.

• Imagem 2. Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Norman_Lockyer>.Acesso em 17 de Novembro de 2019.

• Imagem 3. Disponível em:<http://archives.dickinson.edu/people/gerald-stanley-hawkins-1928-2003>. Acesso em 17 de Novembro de 2019.

• Imagem 4. Disponívelem:<https://www.apaixonadosporhistoria.com.br/artigo/173/os-10-templos-mais-famosos-do-mundo-grego>. Acesso em 17 de Novembro de 2019.

• Imagem 5. Disponível em:<http://varievo.com/curiosidades/misterios-do-egito-antigo-as-piramides>. Acesso em 17 de Novembro de 2019.

• Imagem 6. Disponível em:<https://www.dondeviajar.net/003574/el-magalito-de-stonehenge-inglaterra/>. Acesso em 17 de Novembro de 2019.

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Referências (Imagens)• Imagem 7. Disponível em:<https://www.dondeviajar.net/003574/el-magalito-de-

stonehenge-inglaterra/>. Acesso em 18 de Novembro de 2019.

• Imagem 8. Disponível em:<https://lusophia.wordpress.com/2011/09/28/bretanha-sul-deuses-tradicoes-e-misterios-por-vitor-manuel-adriao/>. Acesso em 18 de Novembro de2019.

• Imagem 9. Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Rochas_de_Carnac>. Acesso em18 de Novembro de 2019.

• Imagem 10. Disponível em:<http://jornalbiz.com/100anosourinhos-ep1/>. Acesso em 18de Novembro de 2019.

• Imagem 11. Disponível em:<http://blogdolatinha.blogspot.com/2017/08/os-misterios-do-curral-de-pedras-o.html>. Acesso em 18 de Novembro de 2019.

• Imagem 12 e 14. Disponível em:<http://www.mat.uc.pt/mpt2013/files/brasil_outros_GA.pdf>. Acesso em 24 de Novembrode 2019.

• Imagem 13. Disponível em: <http://historikaos.blogspot.com/2011/10/constelacoes-indigenas.html >. Acesso em 24 de Novembro de 2019.

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OBRIGADA!

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