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Arqueologia de uma paisagem: a ocupação do vale de Botafogo
O mundo é o que se vê de onde se está1
O presente projeto se inscreve dentre as
iniciativas do grupo de pesquisa Museu-casa:
memória, espaço e representações, voltado para o
estudo interdisciplinar do Museu-Casa de Rui
Barbosa, conjunto arquitetônico erguido em 1850,
formado por casa e jardim, com cerca de 9.000m.2
Inaugurado em 1930, com o até então
inédito perfil de museu-casa – por guardar o modo
de morar da família Rui Barbosa –, o conjunto foi
tombado em 1938 pelo então SPHAN, no âmbito de uma ação de larga escala, que
envolveu 234 bens de vários estados do país e marcou a atuação do Serviço recentemente
instituído.2 O conjunto foi inscrito no Livro Histórico, em referência ao seu último
morador, e no Livro de Belas Artes. No tocante às Belas-Artes, a Casa de Rui Barbosa
corresponde ao modelo arquitetônico de linhas classicizantes consagrado pelo Império,
adotado tanto em prédios públicos como residenciais, e estabelecido no momento em que se
realizavam importantes investimentos para a atualização funcional e estética da Corte.
Na perspectiva da preservação integrada do conjunto arquitetônico, o estudo da
propriedade busca abarcar a sua complexidade tomando como referência diferentes campos
do conhecimento: museologia, artes decorativas, arquitetura, paisagismo, urbanismo e
arqueologia. Dentre outras iniciativas, foi instituído, em 2008, o evento anual “Encontro de
Estudos sobre o Ambiente Construído do Brasil no século XIX”, para a divulgação dos
resultados das pesquisas do grupo e de pesquisadores afins, já com três edições. O Encontro
1 Milton Santos 2 Desse conjunto dos bens tombados, 83 eram situados na então capital federal e correspondiam a
diferentes tipologias – igrejas, mosteiros, fortes, palácios, casas históricas, conjuntos arquitetônicos e
paisagísticos, aqueduto e bebedouro –, e períodos.
A Casa na década de 1860, detalhe panorama de
Leusinger
2
se organiza em quatro sessões voltadas para a análise do bem tombado na perspectiva da
história da arquitetura e do urbanismo; dos sistemas de inventário e catalogação; das
práticas de preservação, e da paisagem e espaços abertos.
O projeto “Arqueologia de uma paisagem: a expansão urbana de Botafogo no século
XIX”, propõe um inventário de múltiplos aspectos da relação homem-natureza, voltado
para a ocupação da região e tendo como referência o processo de construção da paisagem e
a contextualização do patrimônio arquitetônico preservado.
OBJETIVO
Reconstituir visualmente a ocupação do vale do Botafogo ao longo do século XIX e início
do XX, em especial do entorno da antiga chácara hoje ocupada pela Fundação Casa de Rui
Barbosa, no sentido representar a construção de determinada paisagem cultural e valorizar
o patrimônio arquitetônico preservado. Para isso serão articuladas informações
cartográficas, iconográficas, arquitetônicas e biográficas, com o suporte de ferramentas
informacionais.
RELEVANCIA DO TEMA
Arqueologia de uma paisagem : a ocupação do vale de Botafogo retoma os
estudos do Projeto Memória de Botafogo, promovido pela Fundação Casa de Rui Barbosa
na década de 1980, r coordenado pelo pesquisador Luiz Guilherme Teixeira Sodré, com o
apoio da Finep.
Em 1986, o bairro de Botafogo, então em vias de descaracterização, foi tema de
uma investigação das equipes de pesquisadores e documentalistas da FCRB. Essa pesquisa
abrangeu um universo amplo em torno de fontes documentais e iconográficas, com a idéia
3
de transformar o bairro num acervo de memória. Isto é, privilegiar o bairro como lugar de
reflexão, investigação e memória sobre si próprio.
Entre os vários trabalhos desenvolvidos, destacou-se o Cadastro de Bens Culturais,
que levantou os bens tombados ou suscetíveis de serem tombados, importantes para a
reconstituição histórica do bairro. Outro trabalho relevante foi a organização da
Bibliografia sobre o bairro de Botafogo, editada em 1989, que realizou levantamentos em
diversas bibliotecas, e incluiu livros, capítulos de livros e artigos de revistas, tais como
Anais do MHN, Anuário do Museu Imperial, Careta, Fon-fon, Revista Brasileira de
Geografia, Revista da Semana, Revista do IHGB e Revista do Rio de Janeiro. A publicação
apresenta índice de assuntos e de ilustrações, que assinala fotos, gravuras, charges e outros
recursos que permitem a visualização de aspectos do bairro.
A recuperação desse acervo informacional e elaboração de uma maquete virtual do
bairro para ilustrar a evolução do bairro foram propostas do projeto Transformações
Urbanas do Rio de Janeiro: o caso de Botafogo, que previa a realização de uma seqüência
de mapas desenhados pelo ilustrador e desenhista José Mauricio Porto, e que contava com a
participação dos pesquisadores Elisabeth von der Weid, Luiz Guilherme Sodré e eu. A
iniciativa, contudo, não prosperou por não se ter obtido financiamento solicitado ao CNPq.
O presente projeto contará também com novas fontes e informações, colhidas ao
longo da pesquisa Formas de morar, cidade e sociabilidade no Rio de Janeiro oitocentista,
que desenvolvo desde 2006 sobre as formas de ocupação da propriedade onde está instalada
a Fundação Casa de Rui Barbosa, e que integrava a chácara do Conselheiro José Bernardo
de Figueiredo. A pesquisa já resultou na apresentação de algumas comunicações em
seminários e artigos; na curadoria do evento O prazer do percurso3, em 2008, de encontro
sobre jardins históricos do século XIX4 e do site “Glaziou, o paisagista do Império”. Ao
longo de sua realização, Formas de morar reuniu versões digitais de mapas, vasta
3 O prazer do percurso foi projeto realizado em comemoração aos 200 anos da chegada da Família
Imperial ao Brasil, voltado para comentar as transformações da região de Botafogo provocadas pela
instalação da Corte junto ao público juvenil, composto por uma série de atividades: exposição, concurso, site,
seminário, feira de livro e visita guiada. Em julho de 2008. 4 II Encontro Luso-brasileiro de museus-casas : jardins históricos do seculo XIX, em 12-14/08/2008
4
iconografia, levantamentos, bibliografia e documentos que serão incorporados ao projeto
proposto.
Arqueologia de uma paisagem: a ocupação do vale de Botafogo não contará
apenas com as fontes já mencionadas, como é devedora de duas adesões fundamentais. A
do pesquisador Carlos Eduardo Barata, presidente do Colégio Brasileiro de Genealogia, que
colabora com os dados de seu estudo "Memórias históricas do bairro de Botafogo – suas
raízes, suas famílias",5 levantamento exaustivo do desmembramento das chácaras da antiga
sesmaria, e seus proprietários no período de 1808 a 1925, e da arquiteta e pesquisadora
Ana Lúcia Vieira dos Santos, autora da tese “A casa carioca: estudo sobre as formas de
morar no Rio de Janeiro (1750-1850)”, que não só compartilha dados e informações mas
também coordena a montagem dos mapas, com o apoio de seus alunos do curso de
Arquitetura da Faculdade Bennett.
QUADRO TEORICO-METODOLOGICO
Dos comerciantes europeus aqui estabelecidos, ingleses na maioria,
poucos residem na cidade, tendo a maioria residências nos subúrbios.
Um dos pontos favoritos de residência é o belo sítio chamado
Botafogo, a distância de duas milhas. Ali as casas de erguem em
semi-círculo numa praia tranqüila, quase toda cercada de elevados
montes. Pouco atrás das casas e quase sobranceira a elas, sobe a
montanha chamada Corcovado (...). George Gardner, 1836
A análise espacial comporta diferentes categorias, como “espaço, região, território, lugar e
paisagem”.6 Para fins da Arqueologia de uma paisagem : a ocupação do vale de Botafogo,
será adotado o conceito de Paisagem, conforme sintetizado por Fania Fridman, resgatando
a compreensão proposta pela geo-história da Escola dos Annales
5 A pesquisa foi apresentada na FCRB por Carlos Eduardo de Almeida Barata a 20 de agosto de 2008,
na serie Memoria&Informação. 6 ROCHA, Yuri Tavares. Paisagens urbanas brasileiras e a teoria geografia da paisagem. In TERRA,
Carlos e ANDRADE, Rubens Oliveira de (org). Paisagens Culturais: contrastes sul-americanos. Rio de
Janeiro : Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Belas-Artes, 2008.
5
Lugar de um grupo e construção social, apresenta uma dimensão
morfológica, funcional, histórica, espacial e simbólica, elementos
interdependentes, um palimpsesto na longa duração.7
A paisagem seria “a marca que o homem imprime na superfície terrestre e matriz,
condição para a existência e participe dos esquemas de percepção, concepção e ação”,8
portanto especialmente útil para se compreender as condições históricas da ocupação da
região em estudo, segundo relações entre a ação humana, espacialidade e tempo.
O projeto possibilitará o retrospecto da ação no homem no vale limitado com a
enseada de um lado e com o estreito do Humaitá do outro, tendo por limites laterais (Norte-
Sul) duas cadeias de montanhas quando a floresta foi recuada para as encostas pela
implantação de canaviais e engenhos na planície, que seriam paulatinamente substituídos
pela exploração agrícola e o fabrico de telhas e tijolos.
Ao lado de sua privilegiada posição geográfica, de ligação das áreas internas da baia
às litorâneas, Botafogo teve a substituição de seu uso rural pelo urbano no momento em que
padrões de sensibilidade e regras de civilidade valorizaram a beleza do conjunto
paisagístico formado por sua conformação geológica, vegetação e enseada, enquadrado
pelo Pão de Açúcar e Corcovado.
A retomada, em 2009, da candidatura do Rio de Janeiro a Patrimônio Mundial na
categoria Patrimônio Cultural, iniciada em 2002, reforça a oportunidade do estudo da
região na perspectiva da paisagem. No caso das politicas patrimoniais, o conceito da
paisagem cultural serve para designar “o meio natural ao qual o homem imprimiu as formas
de suas ações e formas de expressão”, que passa a ser reconhecido como bem cultural e
como tal a integrar as categorias de bens culturais que recebem chancela de proteção.
7 FRIDMAN, Fania. Prefácio. In TERRA, Carlos e ANDRADE, Rubens Oliveira de (org). Paisagens
Culturais: contrastes sul-americanos. Rio de Janeiro : Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de
Belas-Artes, 2008. 8 FRIDMAN, Fania. Prefácio. In TERRA, Carlos e ANDRADE, Rubens Oliveira de (org). Paisagens
Culturais: contrastes sul-americanos. Rio de Janeiro : Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de
Belas-Artes, 2008.
6
A “Planta da Cidade do Rio de Janeiro, 1870”,9 fornecida pelo Arquivo Nacional,
será a base gráfica onde serão assinalados os acidentes geográficos (relevo, rios, mar e
enseada de Botafogo, praias e alagadiços; a vegetação natural dos morros e das áreas planas
(matas e vegetação rasteira), e áreas verdes provenientes de projetos paisagísticos (parques
e jardins); caminhos, ruas, avenidas, praças e obras especiais de engenharia (túneis, aterros,
cortes nos morros, etc...). As principais edificações serão ilustradas com imagens de
desenhos, quadros e fotografias. Os sucessivos proprietários serão identificados com
pequena biografias, aos quais estarão também vinculados documentos como inventários e
testamentos.
As fontes textuais e iconográficas a serem
pesquisadas seguirão as indicações abaixo:
1.Memórias e relatórios dos viajantes, como
Spix e Martius (1817-1820). Leithold, T.von
& Rango, L. von (1819); Jean-Batiste Debret
(1816-1831); Maria Graham (1821-1823);
Maximiliano de Wied Neuwied (1815-1817);
C. Schlichthorst (1824-1826); Charles
Ribeyrolles (1858-1860); Rugendas (1822-25; 1845-46), Ernest Ebel (1824); Daniel P.
Kidder e J. C. Fletcher (1837) ; (1816-1822), Robert Walsh (1828-1829), entre outros.
2.Historiografia de Botafogo e do Rio de Janeiro, como os livros de Vivaldo Coaracy,
Brasil Gerson, Dunlop, Luís Edmundo, Paulo Berger (Bibliografia do Rio de Janeiro de
viajantes e autores estrangeiros, 1531-1900; e os Dicionário histórico de ruas do Rio de
Janeiro), as histórias de bairro de Elisabeth Dezouzart Cardoso, Lílian Flussler e outros,
patrocinados pela João Fortes Engenharia em especial sobre Botafogo e Copacabana. Nova
numeração dos prédios da Cidade do Rio de Janeiro.. J. Cruvello. Cavalcanti, (1878), Rio
de Janeiro e seus arredores,
3. Guias, como Guia de bens tombados, de Maria Eliza Carrazzoni; Guia do Rio de
Janeiro (1918), A Moura; Guias da Arquitetura do Rio de Janeiro; Rio literário, um guia
apaixonado da cidade do Rio de Janeiro, entre outros
9 4M/MAP118 (Fundo Min. da Agricultura, Comercio e Obras Publicas).
7
4. Edições da FCRB sobre o tema, como Instituições culturais: presença em Botafogo,
Bibliografia sobre o bairro de Botafogo. O processo de modernização do Brasil (1850-
1930). Economia e sociedade: uma bibliografia.
5. Bibliografia ficcional, isto é, romances, crônicas e memórias, para seleção de citações e
alusões ao modo de vida em Botafogo, como as obras de Joaquim Manuel de.Macedo, José
de Alencar, Machado de Assis, Aluísio Azevedo (em especial, Casa de Pensão e O cortiço);
Raul Pompéia (morador do bairro); João do Rio, Di Cavalcanti, entre outros.
6. Bibliografia sobre fontes iconográficas, como Iconografia do Rio de Janeiro, (1530-
1890), de Gilberto Ferrez, O Brasil dos Viajantes São Paulo, de Ana Maria de M. Belluzzo,
Rugendas no Brasil, de N. Carreira, Mostra do Redescobrimento: Brasil 500 e Mais Olhar
Distante Fundação Bienal de São Paulo, 2000.; O Rio de Janeiro do Bota-Abaixo.
Fotografias de Augusto Malta, de Marques Rabelo e Antonio Bulhões; Guia de referencias
iconográficas: iluminação publica e meios de transporte, Centro de Memória da
Eletricidade, O Brasil na fotografia oitocentista; Debret e o Brasil, Bandeira, Julio Lago,
Pedro Correa; O sol do Brasil: Nicolas-Antonie Taunay e as desventuras dos artistas
franceses na corte de D. João VI, de Lilia Moritz Schwarcz, além da bibliografia sobre
fotógrafos no Brasil, como Marc Ferrez, Leusinger, Hoene, Klumb e Gaensly
7. Coleção de revistas ilustradas: Kosmos, Fon-fon, Selecta, Para todos, entre outras, que
integram a coleção Plínio Doyle, da FCRB.
8. Periódicos: Almanak Laemmert e Jornal do Commercio.
9. Arquivos: Arquivo da Cidade do Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, Arquivo da FCRB,
Arquivo do Museu Histórico Nacional, Arquivo do Instituto Moreira Salles, Biblioteca
Estadual Celso Kelly, Centro de Memória da Eletricidade, Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro, Museu da Imagem e do Som, Serviço Geográfico do Exército, Light,
Companhia Estadual de Água e Esgoto-CEDAE, SEAERJ, coleções particulares.
Pretende-se que o resultado final deste projeto se desdobre em produtos, como sites,
folhetos e exposições, que permitam ampla divulgação deu seu conteúdo para diferentes
públicos.
8
Etapas da pesquisa
O mapeamento das transformações urbanas de Botafogo será desenvolvido em três
etapas. A primeira, ora apresentada, será a de construção dos recursos visuais e textuais e
obtenção dos direitos de uso de textos e imagens.
Ao longo de 12 meses, serão coletados, catalogados, selecionados e editados imagens e
textos sobre o Bairro de Botafogo, tendo por referência períodos cronológicos da ocupação da
região, representados na forma de mapas. Serão organizadas bases de dados sobre as imagens
(desenhos, gravuras, pinturas, fotografias) e seus autores, os proprietários dos lotes e das principais
edificações, em especial aqueles que ainda preservadas.
A segunda etapa será a da construção virtual do site, cujos serviços serão contratados pela
Fundação Casa de Rui Barbosa. O site será integrado ao site da FCRB
(www.casaruibarbosa.gov.br). A arquitetura do futuro site deverá permitir a atualização permanente
do projeto, com a inclusão de novos documentos textuais e visuais, para permitir futuras interações
dos interessados no tema.
A terceira etapa será a manutenção e ampliação do site, com a contribuição de moradores e
pesquisadores.
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séculos XIX/XX. Rio: Faperj/7 Letras : 2002.
VELHO, Gilberto A utopia urbana. Um estudo de antropologia social. Rio: Zahar : 1989.
12
Plano de trabalho do bolsista
1. PERFIL DO BOLSISTA
Estudante de Arquitetura, Arquivologia ou Historia, cursando o 7º período ou superior,
conhecimento de softwares de banco de dados.
Estudante de Arquitetura, Belas-Artes, Desenho Industrial, cursando o 7º período ou
superior, conhecimento de softwares de representação gráfica.
2. EMENTA
Reconstituir visualmente momentos da ocupação do vale do Botafogo, em especial do
entorno da propriedade ocupada pela Fundação Casa de Rui Barbosa, no sentido de
representar a construção da paisagem cultural e valorizar o patrimônio arquitetônico
preservado. Para isso serão articuladas informações cartográficas, iconográficas,
arquitetônicas e biográficas, com o suporte de ferramentas informacionais.
3. CRONOGRAMA
Etapas
01 02 03 04 05 06
Leitura bibliografia basica x x
Organizaçao de fontes iconograficas e
textuais
x x
Estruturação das bases de dados x x
Elaboração dos mapas de base x x x
Alimentação das bases de dados x x x x
13
Ajuste de desenhos e mapas x x
Redação final do dossiê x x x x x
Programa de Iniciação Científica (PIC) – 2011/12
Formulário para seleção de projetos
Título do Projeto:
Arqueologia de uma paisagem: a expansão urbana de Botafogo
Linha de Pesquisa:
Formas de morar, cidade e sociabilidade no Rio de Janeiro oitocentista
Título(s) do(s) plano(s) específico(s) de trabalho:
N° de bolsas solicitadas: 01
Orientador(a): Ana Maria Pessoa dos Santos
Titulação do orientador(a): Doutor em Comunicação
Vínculo com a instituição: Pesquisadora (servidora)
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq? ( ) Sim ( x ) Não
Resumo do Projeto :
Reconstituir visualmente momentos da ocupação do vale do Botafogo, em especial do
entorno da propriedade ocupada pela Fundação Casa de Rui Barbosa, no sentido de
representar a construção da paisagem cultural e valorizar o patrimônio arquitetônico
preservado. Para isso serão articuladas informações cartográficas, iconográficas,
14
arquitetônicas e biográficas, com o suporte de ferramentas informacionais.
Área e Subárea do conhecimento:
História de Arquitetura e do Urbanismo
Palavras-chave do projeto: Arquitetura oitocentista, Paisagem cultural
Síntese da produção acadêmica nos últimos três (3) anos:
Artigos publicados
O teatro de bonecos na belle epoque carioca, Mion-mion, 2007
Capítulos ou livros publicados
mauro, santos, pessoa/argila, a estrela que falta in Kyryrí tendáua toribóca opé: Humberto
Mauro revisto por Ronaldo Werneck, São Paulo: Arte Paubrasil, 2009.
Cartas do sobrado. Rio de Janeiro : Edições Casa de Rui Barbosa, 2009
Apresentação de trabalho
Histórias de um jardim, de chácara a bem cultural, I Colóquio Ibero-americano Paisagem
Cultural, Patrimônio e Projeto, UFMG, 2010
Carmen Santos, sob a luz das estrelas. Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas –
CEPHAS, IHGB, 2010
Carmen Santos and the starlight. Women in the Silent Screen Conference VI. Bologna,
2010.
A construção do lugar. II Encontro de Estudos sobre o Ambiente Construído do Brasil no
século XIX, FCRB, 2009
Formas de Morar, Cidade e Sociabilidade no Rio de Janeiro oitocentista: fontes sobre a
presença portuguesa. Seminário Emigração, Arquivos e Memória web : Encontro
internacional sobre acervos e o uso da internet como instrumento para a memória da
emigração. Fafe, Portugal, 2008
Participação em eventos
Preservação e acesso a acervos documentais da Fundação Casa de Rui Barbosa. Seminário,
Filologia: diálogos possíveis, Salvador, 2010
Outros
15
Participação da Banca de exame de Qualificação de Doutorado de Monike Garcia Ribeiro,
projeto intitulado “Um estudo histórico comparativo da representação do Rio de Janeiro e
do homem nas iconografias dos pintores viajantes no inicio do século XIX (1816-1826):
Charles Landsser, Nicolas Antoine Taunay e Thomas Ender” , IFCHS, 21/10/2010
Indicar outras formas de financiamento que o pesquisador recebe ou recebeu nos últimos 3
anos, incluindo o convênio Faperj/FCRB.
Bolsa de Iniciação Cientifica para auxiliar no período de 2007-2008 , 2009-2011 e 2010 –
2011
Auxílio Faperj participação evento no exterior 2010
Parecer do Comitê Institucional
Indica a concessão da bolsa,
1 - Quanto à formalização do projeto, considerando a definição do objeto, da
fundamentação teórica e da metodologia empregada?
Sim ( ) Não ( )
2 – Quanto à relevância para a pesquisa da instituição? Sim ( ) Não ( )
3 – Quanto à adequação do plano de trabalho do bolsista? Sim ( ) Não ( )
4 – Quanto à produção acadêmica do orientador? Sim ( ) Não ( )
5 – Quanto ao relatório apresentado pelo orientador sobre o período 2007/08? ( ) Sim
( ) Não ( ) Não se aplica
Assinatura:
Parecer do Comitê Externo
Indica a concessão da bolsa,
1 - Quanto à formalização do projeto, considerando a definição do objeto, da
fundamentação teórica e da metodologia empregada?
16
Sim ( ) Não ( )
2 – Quanto à relevância para a pesquisa da instituição? Sim ( ) Não ( )
3 – Quanto à adequação do plano de trabalho do bolsista? Sim ( ) Não ( )
4 – Quanto à produção acadêmica do orientador? Sim ( ) Não ( )
5 – Quanto ao relatório apresentado pelo orientador sobre o período 2007/08 ? ( ) Sim
( ) Não ( ) Não se aplica
Assinatura do consultor:
Resultado
Aprovado ( ) Não aprovado ( )
Assinatura do proponente:__________________________________________
Data:_____________________________________