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Irmãs Beneditinas chegam à Arquidiocese de Goiânia Seguir os mandamentos leva à vida verdadeira Comunidade acolhe Pe. Josinaldo da Silva como novo pároco pág. 3 pág. 4 pág. 6 ARQUIDIOCESE FIQUE POR DENTRO CATEQUESE DO PAPA Capa: Ana Paula Mota semanal Edição 217ª - 15 de julho de 2018 www.arquidiocesedegoiania.org.br Siga-nos pág. 5 EDICAO 217 - DIAGRAMACAO.indd 1 11/07/2018 16:51:12

ARQUIDIOCESE FIQUE POR DENTRO CATEQUESE DO PAPA oração do Papa Francisco neste mês, “para que os sa- ... Militar do estado de Goiás a Medalha da Ordem do Mérito Dom Pedro II,

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Irmãs Beneditinaschegam à Arquidiocese

de Goiânia

Seguir osmandamentos levaà vida verdadeira

Comunidade acolhePe. Josinaldo da Silva

como novo párocopág. 3 pág. 4 pág. 6

ARQUIDIOCESE FIQUE POR DENTRO CATEQUESE DO PAPA

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PALAVRA DO ARCEBISPO2

Arcebispo de Goiânia: Dom Washington CruzBispos Auxiliares: Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes

Coordenadora de Comunicação: Eliane Borges (GO 00575 JP)Consultor Teológico: Pe. Warlen MaxwellJornalista Responsável: Talita Salgado (MTB 2162/GO)Redação: Talita SalgadoRevisão: Camila Di Assis e Jane GrecoDiagramação: Ana Paula Mota e Carlos HenriqueColaboração: Marcos Paulo Mota(Estudante de Jornalismo/PUC Goiás)

Estagiárias: Isabella Garcia e Claudia Cunha(Estudantes de Jornalismo/PUC Goiás)Fotogra� as: Roberto JúniorTiragem: 25.000 exemplaresImpressão: Grá� ca Moura

Contatos: [email protected] Fone: (62) 3229-2683/2673

Considerando a intenção de oração do Papa Francisco neste mês, “para que os sa-cerdotes que vivem com di-

fi culdade e na solidão o seu trabalho pastoral se sintam ajudados e con-fortados pela amizade com o Senhor e com os irmãos”, evocamos a cele-bração do Ano do Laicato no Brasil, que prossegue até 25 de novembro deste ano, com o tema: “Cristãos lei-gos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em

saída’, a serviço do Reino”. O lema retoma a missão de todo cristão, de ser “Sal da Terra e Luz do Mundo” (Mt 5,13-14).

Parece contraditório pensar no padre como irmão, como alvo do papel missionário dos leigos e leigas, pelo costume de vê-lo somente como responsável pela orientação espiritual dos fi éis, em função do seu ministério e da representação do divino que dele decorre. No entanto, o papa Francisco nos convoca a refl etir sobre a as consequências físicas e psicológi-cas da exaustiva rotina assumida pelos sacerdotes. Ele exorta toda Igreja a trabalhar em conjunto, mas também a conferir leveza e afetividade ao seu cotidiano, por meio da amizade. O desejo do papa é sensibilizar os cristãos para a importância de rezar pelos sacerdotes como também promover entre os fi éis leigos a atitude de disponibilidade e colaboração com os sacerdotes na edifi cação da Igreja e no anúncio do Evangelho.

Na verdade, o assunto em questão é a Comunhão ecle-sial, que se fundamenta na ação evangelizadora da Igreja, na vida em comum, na solidariedade e no serviço aos irmãos. E só existe comunhão fraterna quando se torna realidade a partilha da Palavra, dos valores cristãos, da oração, das ini-ciativas pastorais, da vivência do amor a Deus e ao próximo (cf. At 2,42-47). Essa comunhão confi gura e dá legitimidade à Comunidade Eclesial, onde todos os cristãos batizados são chamados à obra da evangelização. (In: Uma Nova Evangeliza-ção: pastoral de conjunto e pastorais orgânicas, 2011).

Como nos orienta a Lumen Gentium, “Os pastores da Igre-ja, seguindo o exemplo do Senhor, sirvam-se mutuamente e aos outros fi éis. Estes, porém, ofereçam com alegria, a cola-boração aos pastores e mestres. (...) A própria diversidade das graças, ministérios e trabalhos unifi ca os fi lhos de Deus, porque tudo isso opera um e o mesmo Espírito!”.

Nesse entendimento, uma atitude de coparticipação e corresponsabilidade dos leigos e leigas no ministério ecle-sial, em união com os presbíteros, é fundamental e deve com-por um único caminho de serviço e de amor.

“Atemoriza-me o que sou para vós;consola-me o que sou convosco”

(Santo Agostinho)

Editorial

A relação dos sacerdotes com os fi éis e com Deus é algo tão inerente à vida da Igreja e da comunidade cristã que, às vezes, é preciso que paremos para contemplar e refl etir a respeito desse laço, desse encontro fundamen-tal. Papa Francisco, por meio do Apos-tolado da Oração, dedicou a intenção, neste mês de julho, pelos sacerdotes na sua missão pastoral. A matéria de

“Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem” João 10,14

capa aprofunda no tema e traz uma entrevista com o coordenador do Clero na Arquidiocese de Goiânia, monsenhor Luiz Lôbo. Nossa Igreja particular se alegra com a chegada das monjas beneditinas no Mostei-ro Mãe de Deus, com as celebrações e iniciativas que movimentaram a vida pastoral nos últimos dias. Se-jamos atentos às necessidades de nossos pastores e de nossos irmãos. Cada dom ofertado é alimento para fé e força para a missão.

A Igreja somos todos nós!

DOM WASHINGTON CRUZ, CPArcebispo Metropolitano de Goiânia

Fique por dentro

Deus nosso, Trindade indivisível, tu criaste o ser humano “à tua imagem esemelhança” e o formaste admiravelmente como varão e mulher para

que, unidos e em colaboração recíproca no amor, cumprissemteu projeto de “ser fecundos e dominar a terra”.

Nós te pedimos pelo nosso 6º Congresso Regional da Pastoral Familiar.Que todas as nossas famílias, encontrando em ti seu modelo e inspiração

inicial, que se manifesta plenamente na Sagrada Família de Nazaré,possam viver os valores humanos e cristãos que são necessários paraconsolidar e sustentar a vivência do amor e sejam fundamento para

uma construção mais humana e cristã de nossa sociedade.Nós te pedimos pela intercessão de Maria, Nossa Mãe e de São José.

Por Jesus Cristo Nosso Senhor.Amém.

Oração para o Congresso Regionalda Pastoral Familiar 2018

ORAÇÃO DO PAPAMOTIVA-NOS PARA ACOMUNHÃO ECLESIAL

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Corpo de Bombeiros condecoraDom Washington e Pe. Rodrigo

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ARQUIDIOCESE EM MOVIMENTO 3

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Anualmente, em várias regiões do mundo, o Movimento dos Focolares realiza encontros de Espiritualidade da Unidade. A história iniciou-se em 1943, na Itália, quando a jovem Chiara Lubich passou a dedicar sua vida a Deus. O movimento nasceu no seio da Igreja Católica, mas possui ampla abertura para o ecumenismo e para o diálogo com outras religiões.

Em Goiânia, o movimento realizou o encontro Mariápolis entre os dias 6 e 8 de julho, no Centro Pastoral Dom Fernando, com a participação de 200 pessoas, inclu-sive de outras denominações religiosas. O tema “Além de todas as barreiras” ressal-tou o papel de Maria, mãe de Jesus e nossa, primeira discípula do Filho, que indica sempre o caminho para chegar a Ele.

Nos três dias de encontro houve a celebração da Santa Missa. Elas foram presi-didas, respectivamente, por Dom Washington, Dom Levi e monsenhor Aldorando.

O arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, e o padre Rodrigo de Castro, reitor do Santuário Sa-grada Família, receberam do Corpo de Bombeiros Militar do estado de Goiás a Medalha da Ordem do Mérito Dom Pedro II, grau Grã-Cruz, e grau Comendador, respectivamente, “pelos relevantes serviços prestados à população goiana e a esta Cor-poração”. A homenagem, ofi cializada no dia 27 de junho último, ocorreu durante a solenidade come-morativa ao Dia Nacional do Bombeiro, 2 de julho, no 1º Batalhão Bombeiro Militar, em Goiânia.

Dom Washington ressalta sua alegria, ainda maior, pela homenagem e reconhecimento do CB-MGO ao nobre trabalho de homens e mulheres que se dedicam à heroica profi ssão de bombeiros. O ar-cebispo refere-se à Medalha do Mérito Profi ssional, entregue na mesma solenidade a bombeiros militares que se destacaram em ações operacionais, serviços de prontidão, docência e atividade-fi m. “Eles são exem-plos dignifi cantes de nossa humanidade, pois valori-zam e defendem a vida, sendo, para as pessoas que socorrem, a mão misericordiosa de Deus”, enfatizou.

O Comandante Geral do CBMGO, Coronel Márcio André de Morais, destacou a importância da data para lembrar o papel social dos bombei-ros, oportuna também para o reconhecimento das pessoas e instituições que colaboram diariamen-te com a missão de salvar vidas alheias e rique-zas. Além da homenagem a personalidades e au-toridades, o evento foi marcado pela entrega de novas viaturas e formatura de cadetes do Curso de Formação de Ofi ciais.

Dia 25 de junho é considerado o Dia Nacional do Migrante. Deveria ser celebrado no domingo, 24, mas como a data coincidiu com a celebração da Solenidade da Natividade de São João Batista, foi lembrada no dia 5 de julho, com missa, na Arqui-diocese de Goiânia. A celebração foi presidida pelo bispo auxiliar, Dom Moacir Silva Arantes, na Ro-doviária de Goiânia, sede da Pastoral do Migrante e onde passam milhares de pessoas diariamente.

Segundo Dom Moacir, Jesus também foi um mi-grante, quando saiu do céu e veio para Terra; além disso, foi muito mal recebido. O bispo ainda fez um pedido, lembrando o que o papa Francisco dis-se em sua mensagem para o Dia Internacional do Migrante: “Nós, cristãos, devemos sempre acolher, proteger, promover e integrar nossos irmãos mi-grantes, pois cada pessoa que chega traz um pouco de Deus para nós”. A próxima celebração aconte-cerá no dia 8 de agosto, às 15h, em frente ao Espaço do Migrante, na Rodoviária de Goiânia.

Mariápolis - Cidade de Maria

Pe. Josinaldo é empossado como pároco

Dom Moacir celebra o Dia do Migrantena Rodoviária de Goiânia

ACONTECEU

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No último dia 5, a Paróquia Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo e Santo Expedito recebeu o arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, para a missa solene de posse do novo pároco, Pe. Josinaldo Filomeno da Silva.

Em sua refl exão à luz da palavra de Deus, o arcebispo lembrou, nesse momen-to importante para a paróquia, que deve-mos ser confi antes nos momentos difíceis da nossa vida. “Devemos colocar sempre a nossa confi ança em Cristo, porque Ele nos levanta de todo desânimo e nos coloca de pé. Jesus olha com muito amor e compaixão para as situações que vivemos. O que às ve-zes é impossível para nós é sempre possível para Ele”, concluiu.

Padre Josinaldo manifestou sua alegria ao tomar posse da paróquia. “Fui ordenado

aqui nesta paróquia no ano de 1999, quando ainda era somente Paróquia Sagrados Estig-mas de Nosso Senhor Jesus Cristo, e estou muito entusiasmado com essa nova missão”. Ele falou também da satisfação em ser bem recebido pelo arcebispo e também pela co-munidade. “Senti-me muito bem acolhido e isso dá mais vigor para trabalhar”.

O novo pároco destacou, ainda, a im-portância de ter feito a renovação das pro-messas sacerdotais. “Neste dia em que to-mei posse, prestei muita atenção nos meus compromissos sacerdotais e, renovando-os, lembrei da minha ordenação”, enfatizou.

O Pe. Adriano José dos Santos, superior provincial da Província São José, e o padre Idelfonso Braz, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida e Santa Edwiges conce-lebraram a missa de posse.

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FIQUE POR DENTRO4

No dia 5 de julho, foram fi nali-zadas as atividades do primeiro se-mestre do Projeto Cantando a Litur-gia, cujo objetivo é fornecer uma for-mação litúrgica musical básica aos cantores e violonistas que atuam nas várias paróquias/comunidades de nossa arquidiocese.

Nesse encontro de encerramen-to, as atividades foram desenvolvi-das em conjunto com os cantores e violonistas. Os professores se reu-niram inicialmente para preparar as músicas da celebração, que pro-porcionou uma belíssima experiên-cia espiritual e possibilitou a apli-cação prática do que vem sendo apresentado no projeto.

Em seguida, foi realizada uma avaliação, buscando um feedback dos

alunos. Vários deles ressaltaram a importância do projeto. “É uma proposta totalmente diferenciada e conta com um material didático rico, além de uma preparação muito bem feita para cada aula, e professo-res muito capacitados”, salientou o aluno Euclides Ferreira.

Muitos alunos pontuaram e fo-ram reforçados pela professora Leonice Ângela a respeito da im-portância da dedicação e do estudo extraclasse. A aluna Carla Teixeira falou sobre o seu avanço na prática do instrumento, após ter criado o seu cantinho musical em casa. “Eu acatei a sugestão de um professor para criar um cantinho musical e praticar o que foi visto em sala de aula”, explicou.

Projeto Cantando a Liturgia completa um semestre

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Mosteiro Mãe de Deus, em Goiânia

Irmãs Beneditinaschegam a Goiânia

Neste sábado, 14, foi ce-lebrada a chegada das Monjas Beneditinas à Ar-quidiocese de Goiânia.

Transferidas de Diamantina, Minas Gerais, elas passam a viver no Mos-teiro Beneditino Maria Mãe de Deus. O modo de vida das monjas é a clau-sura constitucional, ou seja, por meio de uma licença da superiora, elas podem sair da clausura em deter-minadas situações, sendo um pouco mais abertas ao convívio social.

A congregação, que tem mais de 1.500 anos, é uma resposta e exem-plo de vocação à vida monástica. O

“Para que em tudo seja Deusglori� cado” (São Bento)

carisma da congregação é a oração e o trabalho (Ora et Labora). Vivendo a espiritualidade de São Bento, com modo de serviço contemplativo, as monjas se dedicam primordialmen-te à oração para que todos se abram ao conhecimento de Cristo. Segun-do a Madre Rosalina Silva, prioresa das monjas em Goiânia, a expectati-va é realizar, sobretudo, a missão a que são chamadas na vida contem-plativa e orante, além de ajudar a ar-quidiocese também no atendimento às pessoas, auxílio aos jovens, aco-lhimento para momentos de oração e refl exão da Palavra. As monjas são muito conhecidas por trabalhos ma-nuais, como os bordados e os famo-sos biscoitos suíços, que são vendi-dos exclusivamente nos mosteiros.

Madre Rosalina (centro) e as monjas do Mosteiro Mãe de Deus

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CAPA

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TALITA SALGADO

Em diversos momentos da vida, o cristão católico recorre ao sacerdote, seja na celebração dos sacramentos seja nas alegrias e desalentos da

vida cotidiana. A fi gura do padre, às vezes, é a do pai conselheiro, do amigo consola-dor, do irmão confi dente, daquele que deve trazer alegria e esperança, mas que, princi-palmente, se espera ser refl exo do Cristo que está próximo, que vem ao encontro de nossas necessidades.

Com essa expectativa, em um olhar apressado, pode ser incômodo deparar-se com um sacerdote desanimado, cansado e até mesmo triste; pode passar desperce-bido que, como qualquer outra pessoa, o padre é suscetível a tudo o que é próprio do ser humano. Papa Francisco, neste mês de julho, nos convida a rezar por intenção dos sacerdotes na sua missão pastoral, em especial por aqueles que vivem o seu tra-balho com difi culdade e na solidão, para que se sintam ajudados e confortados pela amizade com o Senhor e com os irmãos. O Santo Padre iniciou o vídeo em que ex-terioriza seu desejo de oração, com um questionamento: “Sabem quantas vezes penso no cansaço do sacerdote?” e prosse-gue recordando que, com suas “virtudes e defeitos”, desenvolvem seu trabalho em diversos campos. Em muitos casos, diante da missão, não podem parar para sentir suas próprias dores, perdas ou refazer-se do cansaço. O papa, então, nos deixa mais que um ensinamento, um caminho: “Nes-te momento é bom lembrar que as pessoas amam, precisam e confi am em seus pasto-res.” Assim, também os fi éis são chama-dos a ser participantes da missão do pas-tor, ser a face de Deus que vem ao auxílio no pastoreio. O amor do pastor para com suas ovelhas e delas para com ele é o canal para ação do Espírito Santo, que anima e impulsiona essa relação.

O padre, diante do cotidiano, em meio a tantas questões que lhe cabem, pode deixar de perceber a mensagem simples que chega através daquilo que parece tra-balho. Papa Francisco chama a atenção para o valor que se esconde nas súpli-

cas da comunidade, tais como “Reze por mim, padre, porque tenho este problema, ‘abençoe--me, padre’, ‘reze por mim’… Essas confi dências são o sinal de que a unção chegou à orla do manto, porque é transfor-mada em súplica – súplica do Povo de Deus. Quando esta-mos nessa relação com Deus e com o seu Povo e a graça pas-sa através de nós, então somos sacerdotes, mediadores entre Deus e os homens.”

Perceber a humanidade do sacerdote é caminho de graça para a comunidade e para o cres-cimento pessoal do presbítero.

Para contribuir com esta refl e-xão sobre esse encontro necessá-rio e profícuo, conversamos com o monsenhor Luiz Gonzaga Lôbo, coordenador do Clero da Arquidio-cese de Goiânia.

1 - Monsenhor, o papa Francisco, na sua intenção de oração, destacou a relação com a comunidade e a relação com Deus como dois grandes pilares para a missão do padre. Qual a im-portância de cada um deles?O primeiro, é a relação com Deus, que se faz através de uma amiza-de sincera e profunda com Ele. A oração, a meditação da palavra de Deus, a celebração diária da Eucaristia e o sacramento da con-fi ssão nos ajudam nessa relação com Deus. Sem esses pontos, a vida do presbítero fi ca vazia, sem sentido e sem esperança. Esse primeiro pilar é o fundamento para o segundo, que é a relação com os irmãos e irmãs. Um pres-bítero cheio de Deus é também uma pessoa muito humana, fra-terna, dócil, caridosa, cheia de misericórdia, comunicativa. Sabe acolher a todos sem distinção. Ele ama os pobres e nunca vive isolado. A sua alegria se dá em servir a todos a qualquer hora do dia ou da noite. Essa é, creio eu, a mística da espiritualidade presbiteral. Sem uma experiência verdadeira e autêntica do Amor de Deus em nossa vida não so-mos nada. Nossa pastoral não terá nenhuma efi cácia.

2 - Outro ponto que o papa destaca é o cansaço, as difi culdades e até mes-mo a solidão dos sacerdotes. Por que é importante que o povo entenda essa “humanidade” dos padres? É sempre bom lembrar que o pa-dre é um ser humano. Por isso mesmo, tem cansaço, fraquezas humanas e espirituais, doenças, dores, tristezas, solidão, depres-são e tantas outras coisas co-muns à nossa vida. Não é bom pensar no padre como um ser supra-humano, celeste. Ele não é anjo, mas homem, buscando a perfeição cristã, como qualquer outro fi el cristão (sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é per-feito, diz Jesus Cristo). Quando concebemos o padre como um ser perfeito, então não somos capazes de entender suas difi -culdades e, com isso, o conde-namos e não o perdoamos. A comunidade pode, sim, apoiar o padre com uma amizade since-ra, sendo presença na sua vida diária, rezando com ele, visitan-do-o. Às vezes temos medo de ir à casa paroquial. Quando vamos é para resolver algo na vida pas-toral. Que tal chegar e dizer: pa-dre, vimos visitá-lo, ver como o senhor está. Creio que qualquer

padre fi caria muito feliz com essa atitude. Nós, padres, pre-cisamos muito da presença dos nossos paroquianos. Eles são a nossa família, nosso apoio, nos-sa segurança no dia a dia, de-pois de Deus.

3 - Como a relação com Deus refl ete na missão do padre, no seu convívio com a comunidade e até mesmo no

enfrentamento das difi culdades?Estamos falando da Es-

piritualidade presbite-ral. O posicionamen-to do padre diante

da comunidade e das difi culdades do cotidiano

depende, em grande parte, da sua experiência autêntica e verdadeira de Deus. Em tudo, o presbítero precisa ser um ho-mem de Deus. O Documento de Puebla diz que o presbítero “é um homem de Deus. Só po-derá ser profeta na medida em que tenha feito a experiência do Deus vivo. E somente essa experiência o tornará portador de uma palavra poderosa para transformar a vida pessoal e so-cial dos homens de acordo com o desígnio do Pai.”

4- Nem todos os sacerdotes exer-cem seu ministério no meio de uma comunidade. Por que é importante rezar especialmente pelos que se en-contram nessa realidade? É importante que todas as co-munidades rezem pelos seus padres para que tenhamos for-ças e muita esperança na nossa missão, para sermos fi éis à vo-cação a que fomos chamados. Devemos rezar por todos os pa-dres. Muitos exercem funções na educação ou outros serviços na Igreja, mas a missão é uma só. Todos são convidados à fi -delidade a Cristo, que nos cha-mou e nos amou tanto.

5 - O que a comunidade pode fazer para ajudar o padre em sua missão?Em primeiro lugar, podemos dizer que é pela oração. Depois, é muito importante a ajuda e a presença fraterna. Não se trata de ajuda material, mas ajuda no sentido de ser presença amiga, fraterna no dia a dia. Evitar as fofocas. Isso não ajuda, mas a amizade sincera, franca, sim. O padre precisa do amor, do cari-nho e da presença bondosa de seus paroquianos(as.)

6 - Como o equilíbrio na relação pas-tor-rebanho refl ete na vida de uma comunidade? Um padre feliz, amigo, realiza-do no seu ministério fará a sua comunidade mais feliz, dinâmi-ca. Será sempre uma comunida-de “sal e luz da terra”, porque seu pastor vai à frente, cami-nhando na Fé, de “esperança em esperança”.

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de de deixar de viver de si mesmo, das próprias obras, dos próprios bens e – precisamente porque fal-ta a vida plena – deixar tudo para seguir o Senhor. Analisando bem, no convite fi nal de Jesus – imenso, maravilhoso – não há a proposta da pobreza, mas da verdadeira rique-za: “Só te falta uma coisa; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e te-rás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!” (Mc 10,21).

Quem, podendo escolher entre um original e uma cópia, escolheria a cópia? Eis o desafi o: encontrar o ori-ginal da vida, não a cópia. Jesus não oferece sucedâneos, mas vida verda-deira, amor verdadeiro, riqueza ver-dadeira! Como poderão os jovens seguir-nos na fé, se não nos virem escolher o original, se nos virem ha-bituados às meias-medidas? É desa-gradável encontrar cristãos media-nos, cristãos – permiti-me a palavra – “anões”; crescem até a uma certa estatura e depois não; cristãos com o coração reduzido, fechado. É de-sagradável encontrar isto. É neces-sário o exemplo de alguém que me convida a um “além”, a um “acrésci-mo”, a crescer um pouco. Santo Iná-cio denominava-o “magis”, “o fogo, o fervor da ação, que desperta os sonolentos” (Discurso à XXXVI Con-gregação Geral da Companhia de Jesus, 24 de outubro de 2016).

O caminho do que falta passa por aquilo que existe. Jesus não veio para abolir a Lei ou os Profetas, mas para levar a cumprimento. Devemos partir da realidade para dar o salto naquilo “que falta”. Temos que son-dar o ordinário para nos abrirmos ao extraordinário.

Nessas catequeses pegaremos nas duas tábuas de Moisés, como cristãos, de mãos dadas com Jesus, a fi m de passar das ilusões da juven-tude para o tesouro que está no céu, caminhando atrás dele. Em cada uma daquelas leis, antigas e sábias, descobriremos a porta aberta pelo Pai que está nos céus para que o Se-nhor Jesus, que a cruzou, nos con-duza à vida verdadeira. A sua vida. A vida dos fi lhos de Deus!

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a humanidade com jovens quietos, e não inquietos?

A pergunta daquele homem do Evangelho, que ouvimos, ressoa dentro de cada um de nós: como se encontra a vida, a vida em abundân-cia, a felicidade? Jesus responde: “Tu conheces os mandamentos” (Mc 10,19), e cita uma parte do Decálogo. É um processo pedagógico, com o qual Jesus quer orientar para um lugar específi co; com efeito, da sua per-gunta já é claro que aquele homem não tem a vida plena, procura mais, está inquieto. Portanto, o que deve entender? Diz: “Mestre, ‘tenho ob-servado tudo isto desde a minha mocidade!’” (Mc 10,20).

Como se passa da mocidade para a maturidade? Quando se começa a aceitar os próprios limites. Tornamo--nos adultos quando nos relativiza-

Estimados irmãos e irmãs!

Hoje começamos um novo itinerário de catequeses sobre o tema dos manda-mentos. Os mandamen-

tos da lei de Deus. Para introduzi-lo, inspiramo-nos no trecho que acaba-mos de ouvir: o encontro entre Jesus e um homem – é um jovem – que, de joelhos, lhe pergunta como pode herdar a vida eterna (cf. Mc 10,17-21). E naquela pergunta há o desafi o de cada existência e também da nos-sa: o desejo de uma vida plena, infi -nita. Mas como fazer para a alcan-çar? Que caminho percorrer? Viver verdadeiramente, viver uma exis-tência nobre... Quantos jovens pro-curam “viver” e depois destroem-se, indo atrás de coisas efêmeras.

Alguns pensam que é melhor su-primir este impulso – o impulso de viver – porque é perigoso. Gostaria de dizer, especialmente aos jovens: o nosso pior inimigo não são os pro-blemas concretos, por mais sérios e dramáticos que sejam: o maior pe-rigo da vida é um mau espírito de adaptação, que não é mansidão nem humildade, mas mediocridade, pusila-nimidade (cf . Exposição exata da fé or-todoxa, II, 15; A Escada, XX, 1, 2). Um jovem medíocre tem futuro ou não? Não! Permanece ali, não cresce, não terá sucesso. A mediocridade ou a pusilanimidade. Aqueles jovens que têm medo de tudo: “Não, eu sou as-sim (...)”. Estes jovens não irão em frente. Mansidão, fortaleza e ne-nhuma pusilanimidade, nenhuma mediocridade. O Beato Pier Giorgio Frassati – que era um jovem – dizia que é preciso viver, não ir viven-do (cf. Carta a Isidoro Bonini, 27 de fevereiro de 1925). Os medíocres vão vivendo. Viver com a força da vida. É necessário pedir ao Pai ce-leste o dom da saudável inquietação para os jovens de hoje. Mas em casa, nos vossos lares, em cada família, quando se vê um jovem sentado o dia inteiro, às vezes a mãe e o pai pensam: “Mas ele está doente, tem algo”, e levam-no ao médico. A vida do jovem é ir em frente, ser desas-sossegado, a saudável inquietação, a capacidade de não se contentar com uma vida sem beleza, sem cor. Se os jovens não forem famintos de vida autêntica, pergunto-me, que fi m terá a humanidade? Onde vai parar

Audiência Geral.Praça de São Pedro, 13 de junho de 2018

mos e adquirimos a consciência da-quilo “que falta” (cf. Mc 10,21). Esse homem é obrigado a reconhecer que tudo o que pode “fazer” não supe-ra um “teto”, não vai além de uma margem.

Como é bom ser homens e mu-lheres! Como é preciosa a nossa existência! E, no entanto, existe uma verdade que, na história dos últi-mos séculos, o homem rejeitou, fre-quentemente, com consequências trágicas: a verdade dos seus limites.

No Evangelho, Jesus diz algo que nos pode ajudar: “Não julgueis que vim abolir a Lei ou os Profetas. Não vim para os abolir, mas sim para os levar a cumprimento” (Mt 5,17). O Senhor Jesus concede o cumpri-mento, Ele veio para isso. Aquele homem devia chegar ao limiar de um salto, onde se abre a possibilida-

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Chegaremos à vida verdadeira,seguindo os mandamentos

CATEQUESE DO PAPA

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e a ansiedade entrar na nossa vida, nos momentos em que achamos que não podemos fazer mais, ou mesmo que não podemos cumprir com as nossas obrigações e deveres. Preci-samos reagir imediatamente, pen-sando que contamos sempre com a ajuda de Deus. Também recomen-dava “Que importa que tenhas con-tra ti o mundo inteiro, com todos os seus poderes? Tu ... para a frente! Repete as palavras do salmo: ‘O Se-nhor é a minha luz e salvação, a quem temerei?’” (Caminho, 482).

O Santo do trabalho, assim cha-mado por São João Paulo II, tinha uma jaculatória que rezava muito e ensinava também aos demais. Di-zia em latim omnia in bonum, que podemos traduzir por tudo é para o bem. Tudo o que vem do Senhor é para nosso crescimento. “Não se-jas pessimista. Não sabes que tudo quanto sucede ou pode suceder é

para o bem? – Teu otimismo será consequência necessária da tua fé”, ensina São Josemaria.

A fé no Senhor é que irá tornar efi caz a nossa vida de cristãos e dela tiraremos os frutos que Deus espera de nós. Com o Senhor, po-demos realizar uma grande pesca.

Terminamos com este bonito texto de São Josemaria, que resu-me o pensamento do Santo neste tema: “Duc in altum” – Mar adentro! (Avança para águas mais profun-das) – Repele o pessimismo que te faz covarde. “Et laxate retia vestra in capturam” – e lança as redes para pescar. Não vês que podes dizer, como Pedro: “In nomine tuo, laxabo rete” (Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes).

Podemos, com Pedro, fazer gran-des pescas, seja de almas, de boas obras, de orações, de caridade, de bondade, de fi delidade.

São Josemaria EscriváO santo do otimismo

São Josemaria Escrivá, fun-dador do Opus Dei, possuía muitas virtudes, porém o oti-mismo e a confi ança sobressa-

íam-se. Mas não era uma confi ança irresponsável e irrefl etida. Pelo con-trário, vê-se que essa alegria e otimis-mo, traços do seu caráter, aparecem ancorados nas virtudes teologais da fé, esperança e caridade. Foi um ho-mem movido pelo sobrenatural.

O otimismo de São Josemaria es-tava baseado justamente nas pala-vras do Senhor. E dessa forma sem-pre procedeu na vida. Dizia certa vez: “Ainda que alguma vez pareça que tudo se afunda, nada se afunda, porque Deus não perde batalhas”. (São Josemaria Escrivá).

Sempre tinha uma atitude positi-va diante da vida. Sempre demons-trava uma confi ança muito grande no Senhor, uma forte esperança di-vina. Fazia refl etir os que o ouviam: Otimistas alegres, Deus está conos-co! Por isso, encho-me diariamente de esperança. Essa virtude faz-nos ver a vida como é: bonita! de Deus!

E levava à prática o que pregava. Quando eclodiu a Guerra Civil Es-panhola, o Opus Dei tinha somente uma casa em Madrid que havia sido montada com muito sacrifício e in-

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vestimento de todas as suas econo-mias e as de sua família. Ao acabar a Revolução, essa casa encontrava-se em escombros e a maioria das pes-soas do apostolado do Opus tinha desaparecido. As difi culdades eram inúmeras.

Depois de 10 anos de trabalho in-tenso, o balanço não era nada alen-tador. Tudo destruído, teria que re-começar. O então Padre Josemaria não desanimou, apreciava as coisas sob um ponto de vista muito mais elevado, o sobrenatural. O Opus Dei é de Deus – pensava – e, portanto, Deus o levará para diante.

Como sabemos, São Escrivá tam-bém esteve no Brasil e aqui fi cou encantado com a nossa gente. En-cheu-se de otimismo e via as gran-des possibilidades de crescimento da fé católica em nosso país. Para os membros do Opus Dei dizia: “Do Brasil e desde o Brasil”, referindo--se que daqui sairiam inúmeras vo-cações para outros países, o que de fato hoje acontece. O seu otimismo era sempre realista.

Nos seus escritos e na sua pre-gação, sempre fez questão de ser um sacerdote otimista e que confi a-va nos meios sobrenaturais. “Para a frente, aconteça o que acontecer! Bem agarrado ao braço do Senhor, considera que Deus não perde ba-talhas. Se te afastas dEle por qual-quer motivo, reage com a humil-dade de começar e recomeçar...” (Amigos de Deus, 214).

Que São Josemaria sirva-nos de exemplo, principalmente, quando deixamos o pessimismo, a tristeza

DOM LEVI BONATTO

Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Goiânia

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Jesus é “verdadeiramente o profetaque deve vir ao mundo” (Jo 6,14)

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8 LEITURA ORANTE

ESPAÇO CULTURAL

Sugestão de leituraEntender, prevenir e superar a “síndrome de burnout”, ou síndrome do esgotamento pro� ssional, é algo primordial para o sacerdócio do século XXI. Em recente estudo, a doutora Helena López de Mézerville demonstrou que dos quase 900 sacerdotes latino-americanos entre-vistados, 3 em cada 5 estavam média ou gravemente esgotados. Esta obra apresenta-se como o ápice de um trabalho que procura melho-rar a qualidade de vida de seminaristas, presbíteros e religiosos em toda a América.

Livro: O desgaste na vida sacerdotal – Prevenir e superar a síndrome de burnoutAutora: Helena López Mézerville Onde encontrar: Paulus Livraria de Goiânia – Rua 6, n. 201, CentroTelefone: (62) 3223-6860

SAULO RIBEIRO (SEMINARISTA)Seminário São João Maria Vianney

O Evangelho do próximo domin-go, 17º do Tempo Comum, nos coloca diante do sinal da mul-tiplicação dos pães realizado

por Jesus, à margem do mar da Galileia. É evidente que esse relato nos remete a uma gama de ensinamentos, como por exemplo, a necessidade do homem de abrir-se para que a graça aconteça. É verdade que, sendo Deus, Jesus poderia ter feito o “milagre” sem precisar de nada. Não obstante, Ele quis utilizar “cinco pães de cevada e dois peixes” (Jo 6,9), uma quantidade pratica-mente insignifi cante, para alimentar apro-ximadamente cinco mil homens, conforme nos revela o Evangelho segundo São João.

Muitas pessoas reconheceram Jesus como grande profeta e até queriam fazê-lo rei, por causa do “milagre” da multiplica-ção dos pães. O problema é que poucos

entenderam que Jesus não queria suprir somente a necessidade biológica, mas também a necessidade da alma, ou seja, Jesus quer participar da vida humana de forma íntima. A questão é que muitos desejam os milagres de Jesus, porém não conseguem perceber neles o sinal de sua graça e, por isso, não são capazes de par-ticipar da Sua vida. Apenas o veem como um grande profeta, mas não o reconhecem como Emanuel, Deus conosco. Assim, se-guem indiferentes em sua vida cotidiana.

Texto para a oração: Jo 6,1-15 (páginas 1317 – Bíblia Edi-ções CNBB)

1º Ambiente de oração: uma posição cômoda e um local agradável; silencie e invoque o auxílio do Espírito Santo;2º Leitura atenta da Palavra: leia o texto mais de uma vez, tente compreender o que Deus quer lhe falar;3º Meditação livre: refl ita sobre o que esse texto diz a você, procure repetir frases ou palavras que mais lhe chamaram atenção.4º Oração espontânea: converse com Deus, peça perdão. Louve, adore, agradeça, faça seu pedido de fi lho e fi lha muito amados, fale com Deus como a um amigo íntimo;5º Contemplação: imagine Deus em sua vida e lembre-se daquilo que ele falou com você nessa Palavra que aca-bou de ler. Se possível, escreva os frutos dessa oração/contemplação;6º Ação: para que a sua Lectio Divina seja frutuosa, é neces-sário que você realize algo concretamente (ajudar o próxi-mo, pedir perdão, falar sobre o amor de Deus, visitar um doente etc.), e que isso seja resultado de sua oração.

17º Domingo do Tempo Comum – Ano B. Liturgia da Pala-vra: 2Rs 4,42-44; Sl 144 (145), 10-11. 15-16. 17-18 (R/. cf. 16); Ef 4,1-6; Jo 6, 1-15 (Multiplicação dos pães).

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