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MIA ISCTE-IUL - projectos de alunos seleccionados para exposição
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ARQUITECTURAExposição Projectos Seleccionados
ISCTE Instituto Universitário de Lisboa
Ano Lectivo 2011 | 2012
ARQUITECTURAExposição Projectos Seleccionados
Ano Lectivo 2011 | 2012
ISCTE Instituto Universitário de Lisboa
ISCTE - Instituto Universitário de LisboaEdifício IIDepartamento de Arquitectura e Urbanismo (DAU)Av.ª das Forças Armadas 1649-026 LisboaPortugal
Novembro 2012
FIChA TéCNICA
Coordenaçãohelena Botelho, Mafalda Sampayo
TítuloArquitectura - Catálogo da Exposição de Projectos Seleccionados em 2011|2012
ISBN978-989-20-3404-1
LocalLisboa
Ano2012
EditoraMafalda Teixeira de Sampayo
ProduçãoCatálogo:
Ana Costa, Ana Mestre, Bárbara Lopes, Bárbara Prudêncio, Cláudio Couto, Chen Tao,
Daniela Prudêncio, Diogo Machado, Diogo Ressureição, Filipa Braz, Francisco Alves,
Frederico Pacheco, Joana Sequeira, João Jesus, Marco Tavares, Maria Carreira, Mariana
Neto, Mónica Cardoso, Susana Gonçalves.
Brochura:
Beatriz Matos, João Pereira, Teresa Barreto.
Cartaz:
Beatriz Calado, Catarina Brito, Joana Roxo, Renata Sousa, Sara Ribeiro.
Tratamento de Imagem:
Afonso Patinhas, Andreia Domingues, Cátia Guerra, Dídia Rita, Filipa Graça, Francesco
Meoli, Jéssica Almeida, Joana Rodrigues, João Borges, João Pedro, João Teixeira, Laura
Medeiros, Margarida Araújo, Patrícia Cruz, Rita Ferreira, Sara Baião, Sofia Simões, Soraia
Cardoso, Susana André, Tiago Pedro, Vanessa Fortunato, Victor Castro.
Exposição:
Afonso Carvalho, Beatriz Calado, Chen Tao, Diogo Machado, Dídia Rita, Joana Rodrigues,
João Francisco, João Jesus, João Teixeira, Laura medeiros, Luís Santos, Patricia Cruz,
Sara Baião, Soraia Cardoso, Susana André, Tiago Pedro, Vasco Reis
TextoProf. Doutor Vasco Moreira Rato
Créditos FotográficosPoster: Pedro Gaspar
Instituição
Corpo Docente1º ano: Alexandra Paio, Miguel Gomes, Celina Vale
2º ano: helena Botelho, Mafalda Sampayo, Jorge Kol
de Carvalho
3º ano: Teresa Madeira da Silva, Bernardo Pizarro
Miranda, Pedro Luz Pinto
4º ano: Pedro Viana Botelho, Rogério Vieira de Almeida
A exposição de projetos realizados por alunos constitui sempre um momen-
to de celebração! A oportunidade de dar a conhecer o trabalho individual,
acompanhado no âmbito letivo pelos professores, assume uma função de
partilha mas também de apresentação de resultados, daquilo que acredita-
mos ser, em parte, uma escola de arquitetura. Celebra-se pois um determina-
do percurso (aquele que conduziu ao trabalho exposto), mas também os per-
cursos, mais latos, que compõem uma escola de arquitetura. Caminhos que
começam de novo na transição para uma profissão complexa mas, também
por isso, extraordinária. Esta mostra ocorre em paralelo com o conjunto das
discussões públicas dos projetos finais de mestrado 2011/2012, simbiose que
constrói uma semana da arquitetura no ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa.
A reflexão proporcionada pelas discussões de projetos finais e pela exposição
de trabalhos dos demais anos curriculares deve ser aproveitada para sermos
capazes, em conjunto, de esboçar ideias de resposta à dinâmica própria de
uma atividade que não existe descontextualizada das problemáticas soci-
ais, económicas e tecnológicas que a cada momento definem a realidade.
é pois uma atividade cultural no seu sentido mais amplo, mais humanista.
Qual o lugar da escola? Qual a profissão, ou melhor, as profissões, para
as quais uma escola de arquitetura deve ser capaz de enquadrar a pre-
paração de pessoas? O que será diferente? O que deve ficar igual? Não
creio que hajam respostas definitivas, mas é nosso dever a procura, in-
clusiva e generosa, de caminhos com mútuo respeito pela diversidade.
Os desafios que a arquitetura enfrenta sobre si mesma não podem fazer
perder de vista aqueles que podem ser resolvidos pela própria arquitetura.
Em nome do DAU, manifesto profundo reconhecimento aos professores, alu-
nos e colegas do ISCTE-IUL que tiveram a iniciativa e organizaram a exposição.
Aceite o convite para celebrar connosco!
Vasco Moreira Rato
Diretor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo
ISCTE-IUL
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70 | 71
72 | 73
ÍNDICE
1ºAno:
Enunciado
Grupo João Mendes Ribeiro
Grupo MVRDV
Grupo Carlos Ferrrater
Grupo RCR Architects
Grupo Bernardo Rodrigues
Grupo ARx
2ºAno:
Enunciado
Nuno Silva
João Pedro Louro
Tiago Sá Gomes
Ruben Almeida
3ºAno:
Enunciado 1º Semestre
Gonçalo Velhinho
Nuno Fernandes
Enunciado 2º Semestre
Ana Carolina Pereira
Luís Coroado
Pedro Amaro
Urbino Santos
4º Ano:
Enunciado
João Bagorro
Maria Pommrenke
Concurso Navarro Paiva
1º Lugar
2º Lugar
1º
ESTuDo INTErPrETATIvo E CoNSTruTIvo
Docentes: Alexandra Paio, Miguel Gomes, Celina Vale10
Da medida das ideias
Sobre pensar com as mãos e construir com a cabeça
Se alguém dissesse que uma ideia tem dimensões, seria seguramente to-
mado por louco. é claro que as ideias, os pensamentos, não podem ter
dimensões! Porém, em arquitectura, as ideias, para poderem ser con-
struídas, precisam de ter medidas, dimensões. E só podem ser eficazes
quando as medidas são as necessárias e as adequadas para fazer com
que essas ideias vejam a luz.
A arquitectura necessita, como qualquer actividade criadora, de ideias que
a sustentem. Mas, ou estas ideias são capazes de ser traduzidas com a
materialidade própria da arqui-tectura ou não passarão de ideias vãs. E da
mesma forma que defendemos que a arquitectura é ideia construída, deve-
mos compreender que essa transformação das ideias em matéria deve ser
feita com precisão. é por isso que falamos da medida das ideias, de que
estas ideias são traduzíveis eficazmente com umas medidas concretas.
E sempre, é claro, no que a medidas se refere, colocando o homem no
centro da questão com as suas três dimensões. Não é em vão que a arqui-
tectura é para o homem.
Já o dissemos bastantes vezes - a GRAVIDADE, o seu controlo através dos
elementos portadores, da estrutura, é a base material que ordena a arqui-
tectura, que constrói o ESPAÇO.
E também não nos cansamos de repetir que a LUZ, o diálogo com ela,
o seu domínio através do seu diálogo com os elementos materiais que
compõem a forma, é o material que estica esse espaço construído pela
GRAVIDADE.
A GRAVIDADE constrói o ESPAÇO e a LUZ constrói o TEMPO.
Será necessário então, através do ajuste das suas medidas, TEMPERAR
esses espaços e esses tempos dimensionando-os, proporcionando-os,
dotando-os de escala, em suma, colocando-os em relação com o homem.
Enfim, é necessário construir com formas definidas por três dimensões.
Com proporções, cujo controlo será obtido a partir da exactidão das medi-
das. Da mesma forma que o cálculo da estrutura acaba em algo tão con-
creto como a sua dimensão exacta.
No primeiro exercício do semestre procura-se que o aluno aprenda a ver,
compreender, manipular, representar e construir com o vocabulário e a
gramática dos processos de concepção do espaço arquitectónico. O ob-
jectivo principal é a aquisição de um património de conhecimentos que o
instrumente de forma gradativa nos processos de conceptuais do projecto.
Partindo de uma selecção de projectos paradigmáticos da história da Ar-
quitectura Ocidental, realizados nos séculos xx-xxI, pretende-se que o
aluno realize leituras interpretativas sintéticas dos diversos processos de
projecto a partir de 4 temas: Poética e Espaço; Ilusão e Reflexão; Fronteira
e Textura; e Contexto e Metáfora. Com base nestes temas e nas leituras
interpretativas, o aluno deverá projectar um espaço `a escala 1:1 para um
local nos edifícios do ISCTE. A fase conceptual centra-se no desenvolvi-
mento das capacidades de composição e construção, alicerçadas num
correcto entendimento das dimensões e da natureza sensorial do espaço,
bem como da sua relação intencional com espaço construído, segundo
um determinado material. Trata-se assim de educar a capacidade de com-
por, mas também de dimensionar e percepcionar, manipulando de forma
consciente e deliberada, a relação entre o homem, a arquitectura e a sua
materialidade.
O aluno deverá procurar estabelecer relações entre ideias arquetípicas e
processos que têm influenciado gerações de arquitectos. Nesta disciplina,
nuclear, bipolarizada no exercício do projecto e na reflexão de carácter
analítico e sintáctico, procura-se através do estudo de modelos de inter-
venção abrangentes e complexos, nacionais e internacionais, induzir nos
alunos um processo de reflexão teórico e crítico, que suporte uma metodo-
logia de projecto sólida posterior.11
obra
Casa e Estúdio Gwathmey
Casa para um fotógrafo
Casa em Magoito
Casa de Vidro
Casa Y
Casa do Voo dos Pássaros
Reconversão de Palheiro a habitação
Casa O
Casa Rural
Casa Dupla
Casa do Romeirao
Apartamentos Okurayama
Localização
Long Island, USA
Casas de Alcanar Tarragona, Espanha
Magoito, Portugal
São Paulo, Brasil
Catskills, New York, U.S.A
S. Miguel, Açores, Portugal
Rio Maior, Portugal
Chiba, Japão
Girona, Espanha
Utrech, holanda
Romeirao, Portugal
Yokohama , Japão
Tema
1. Poética e Espaço
1.1
1.2
1.3
2. Ilusão e Reflexão
2.1
2.2
2.3
3. Fronteira e Textura
3.1
3.2
3.3
4. Contexto e Metáfora
4.1
4.2
4.3
Arquitecto(s)
Charles Gwathmey
Carlos Ferrater
Inês Lobo
Lina Bo Bardi
Steven holl
Bernardo Rodrigues
João Mendes Ribeiro
Sou Fujimoto
RCR Arquitectes
MRVD
ARx Portugal
SANAA
Data
1966
2006
2003-2009
1949
1997-1999
2002-2004
2006
2007
2004-2007
1995-1997
2001-2003
2006-200912
Metedologia
O trabalho a desenvolver será distribuído por grupos de 5 alunos. Cada
grupo deverá pesquisar os elementos necessários ao estudo do objecto
arquitectónico na Biblioteca do ISCTE ou noutras bibliotecas (Nacional,
Gulbenkian, Faculdade de Arquitectura da UTL e Ordem dos Arquitectos).
O trabalho deverá ser produzido, maioritariamente, durante o horário lec-
tivo, na sala de aula ou com recurso às ferramentas do espaço da sala
de maquetas. O trabalho será realizado em grupo, implicando que to-
dos os membros participem na pesquisa, discussão e produção de de-
senhos, não devendo simplesmente reduzir-se a uma divisão de tarefas.
Na fase 1, será recolhida toda a informação necessária à contex-
tualização da leitura interpretativa do objecto arquitectónico selec-
cionado: bibliografia, plantas, cortes, alçados, esquiços, fotogra-
fias aéreas, biografia do arquitecto, dados do projecto, visita ao
local quando possível, entrevistas com os autores quando possível, etc.
Nas fases 2 e 3, com base no material recolhido pretende-se que
o aluno desenvolva a sua capacidade de análise, observação, de-
scrição, síntese e representação (bidimensional e tridimensional)
da arquitectura, através da produção de esquemas/diagramas/ma-
quetes que traduzam os princípios conceptuais, estruturais e pro-
gramáticos dos respectivos projectos, bem como a reconstituição de
desenhos técnicos (plantas, cortes e alçados) e maquetas, de acor-
do com os princípios de representação gráfica do desenho técnico.
Na fase 2, pretende-se a reconstrução, segundo crité-
rios actuais de reapresentação, das peças desenha-
das rigorosas do objecto arquitectónico à escala 1:100.
- Planta de localização e Planta de implantação (que explicitem o con-
texto físico -natural ou urbano onde se insere, sua topografia, orientação
solar, relação com a envolvente e estratégia de intervenção no território);
- Planta(s) do(s) piso(s) e de cobertura (que explicitem a organização es-
pacial do programa a que se destina e sistema de circulação implícito) ;
- Cortes longitudinais e transversais e alçados (com refer-
ência à materialidade - textura, cor, luz-sombra).
Na fase 3, a partir das peças desenhadas pretende-se a análise interpre-
tativa do objecto: A contextualização do objecto e pesquisa dos funda-
mentos do pensamento arquitectónico que orientou o processo conceptual
do arquitecto/autor; A organização do espaço subjacente ao conceito de
habitar; Os esquemas e maquetes interpretativas que exponham as lógi-
cas de projecto e os sistemas básicos de estruturação compositiva (eixos,
modulações-ritmos, cheios-vazios, hierarquias, eixos, métricas, simetria-
assimetria, programa, relação forma-função, espaço interior-exterior,
integração-afirmação na envolvente, materialidade- forma-função, etc.).
Na fase 4, cada grupo deverá organizar de forma sintética a informação
com o objectivo de constituir um dossier de informação acessível a todos os
colegas. Bem como, preparará uma apresentação, com aproximadamente
10 minutos, de exposição de todo o trabalho desenvolvido para apresen-
tação a toda a turma. O seminário deverá recorrer a suporte gráfico (pai-
néis e/ou powerpoint), bem como aos modelos tridimensionais realizados.
Na fase 5, cada grupo deverá desenvolver uma maquete ̀ a escala 1:1 para
um local a sua escolha no interior de um dos edifícios do ISCTE. A con-
strução toma como referência uma área de 9 m2. A maqueta final deverá ser
construída em cartão canelado castanho reciclado. O trabalho de grupo im-
plica a participação activa de todos os membros na pesquisa, discussão e
produção das tarefas, ao nível da ideia, da sua representação e da construção,
não devendo simplesmente reduzir-se a uma simples divisão de tarefas.13
14
1 : 1 Maquete à Escala Real Grupo JOãO MENDES RIBEIRO
Bárbara Lopes, Chen Tao, Diogo Machado, Filipa Bráz, João Pereira15
16
1 : 1 Maquete à Escala Real Grupo MVRDV
Afonso Reis, João Teixeira, Patrícia Cruz, Sofia Simões, Susana André17
18
1 : 1 Maquete à Escala Real
Grupo CARLOS FERRATER
Afonso Patinhas, Beatriz Calado, Catarina Brito, Renata Sousa,
Vasco Reis19
20
1 : 1 Maquete à Escala Real Grupo RCR ARChITECTS
Ana Costa, Cláudio Couto, Daniela Prudéncio, Marco Tavares,
Teresa Barreto21
22
1 : 1 Maquete à Escala Real Grupo BERNARDO RODRIGUES
Francisco Alves, João Jesus, Rita Ferreira, Luís Santos, Sara Ribeiro23
24
1 : 1 Maquete à Escala Real Grupo ARx
j
Andreia Domingues, Cátia Guerra, Frederico Pacheco, Jéssica Almeida,
Mónica Cardoso25
2º
ESCoLA DE CIrCo
Docentes: helena Botelho, Mafalda Sampayo, Jorge Kol de Carvalho28
O SÍTIO: O terreno situado na encosta do Sudoeste do Castelo de S. Jorge,
em frente ao Chapitô.
PROGRAMA: Pretende-se que cada aluno faça um levantamento das ne-
cessidades de ampliação da Escola de Circo do Chapitô e decida o melhor
programa a implementar no terreno, bem como as respectivas áreas.
Poderão ser propostas, entre outras, as seguintes hipóteses de programa:
01. ESPECTÁCULO: 2 ou 3 Salas de espectáculos com diferentes capaci-
dades de público | Espaços Técnicos e Camarins | Foyer com Cafetaria.
02. ENSINO: Aulas de Corpo e Técnicas Circenses - Sala de Espectáculos
| Aulas de Figurinos | Aulas de Cenografia e Armazém | Aulas de Efeitos
Cénicos e Arquivos.
03. OUTROS ESPAÇOS: Zona Administrativa do Chapitô | Residências
Artísticas | Biblioteca das Artes Circenses
MATERIAIS: Betão, Ferro, Vidro (opaco, translúcido, transparente), Ma-
deira.
OBJECTIVOS:
Definição de uma ideia-conceito;
O território como ferramenta de projecto;
Escala urbana e definição da paisagem humanizada;
Definição de espaço público e privado;
Definição de um arquitectura qualificada: luz, sombra, tempo, sequência,
escala, vistas, etc;
Equilíbrio entre o todo e as partes.
Definição de espaço exterior qualificado.
Escolha de materiais e sistemas construtivos.
“Le spectacle de cirque est un spectacle vivant. (...)Il est joyeux, coloré, profond, poétique, sale, brouillon, précis, il est comme la vie.Il se nourrit d'un échange entre une bande d'humains debout sur des planches, en vol sur des cordes, en sauts périlleux sur des vélos, en souffle sur des rayons de lumière, en invention sur des musiques, en équilibre sur des plumes, et une autre bande d'humains assis sur des planches, debout dans leur tête, en vol dans leur cœur, en souffle avec d'autres, en inven-tion sur des images, en équilibre sur un frêle poème qui surgit du fond des temps depuis que des primates à pouce opposables se réunissent en cercle pour chanter jouer danser dire montrer leur stupéfaction d'être et es-sayer de comprendre une étincelle de ce mystère.Notre spécificité c'est la fragilité, l'échange, et ce désir du fond des temps, cette nostalgie d'idéal disait Andreï Tarkovski.Le cirque est un poème en acte. A partager.”
Bernard Kudlak, Cirque Plume
Imagem do filme “As Asas do Desejo” de Wim Wenders, 1987
29
30
ChAPITô
Nuno Silva31
32
ChAPITô
João Louro33
34
ChAPITô
Tiago Sá Gomes35
36
ChAPITô
Rúben Almeida37
3º
ESTrATégIA vErDE
1º Semestre
Docentes:Teresa Madeira da Silva, Bernardo Pizarro Miranda, Pedro
Luz Pinto40
Todo o homem cria formas, todo o homem organiza o espaço e se as formas são condicionadas pela circunstância, elas criam igualmente circunstância, ou ainda, a organização do espaço sendo condicionada é também condicionante.O arquitecto, pela sua profissão, é por excelência um criador de formas, um organi-zador dos espaços; mas as formas que cria, os espaços que organiza, mantendo relações com a circunstância, criam circunstância e havendo na acção do arqui-tecto possibilidade de escolher, possibilidade de selecção, há fatalmente drama.Porque cria circunstância – positiva ou negativa – a sua acção pode ser benéfica ou maléfica e daí que as suas decisões não possam ser tomadas com leviandade ou em face de uma visão parcial dos problemas ou por atitude egoísta de pura e simples satisfação pessoal. Antes de arquitecto, o arquitecto é homem, e homem que utiliza a sua profissão como um instrumento em benefício dos outros homens, da sociedade a que pertence. (…)Para ele, porém, projectar, planear, desenhar, devem significar apenas encontrar a forma justa, a forma correcta, a forma que realiza com eficiência e beleza a síntese entre o necessário e o possível, tendo em atenção que essa forma vai ter uma vida, vai constituir circunstância.Sendo assim, projectar, planear, desenhar, não deverão traduzir-se para o arqui-tecto na criação de formas vazias de sentido, impostas por caprichos da moda ou por capricho de qualquer outra natureza. As formas que ele criará deverão resultar, antes, de um equilíbrio sábio entre a sua visão pessoal e a circunstância que o envolve e para tanto deverá ele conhecê-la intensamente, tão intensamente que conhecer e ser se confundem. (…)Não se suponha ele demiurgo, o único, o génio do espaço organizado – outros participam também na organização do espaço. há que atende-los e colaborar com eles na obra comum.Para além da sua preparação especializada – e porque ele é homem antes de arqui-tecto – que ele procure conhecer não apenas os problemas do seus mais directos colaboradores, mas os do homem em geral. Que a par de um intenso e necessário especialismo ele coloque um profundo e indispensável humanismo.Que assim seja o arquitecto – homem entre os homens – organizador do espaço – criador de felicidade.
Fernando Távora, Sobre a Posição do Arquitecto, em Da Organização do Espaço, FAUP, Porto, 2004 (1ª edição de 1962).
41
Enunciam-se três tipos de programas, complementares e articulados entre
si:
i. Estrutura verde equipada.
Proposta de um conjunto de espaços públicos, articulados com a estrutu-
ra existente, que deverão reflectir, enquanto nova circunstancia, a leitura
crítica realizada anteriormente. A proposta desta rede de espaços comuns
deverá atender à especificidade de cada um dos seus lugares. Neste con-
texto as propostas deverão articular programas funcionais e propostas de
desenho urbano que confiram uma nova inteligibilidade ao bairro, reparan-
do, substituindo, sobrepondo e valorizando o tecido urbano existente.
Os novos lugares, associados à proposta de uma estrutura verde, lúdica
e produtiva que replique a estrutura de hortas locais, deverão contemplar
a definição de áreas permeáveis, com capacidade de retenção de água.
A estratégia a adoptar deverá integrar como valências programáticas:
- Um espaço ou conjunto de espaços, agregados ou disseminados pela
área de intervenção, vocacionados para receber eventos vários (mercado
de produtos hortícolas, feiras de gastronomia, de artesanato, eventos cul-
turais, etc.). Estas áreas deverão contemplar infra-estruturas de apoio bási-
cas (acessos às redes de energia eléctrica, de água e de esgotos);
- espaços complementares de apoio: pequenas cafetarias com esplana-
das;
- áreas vocacionadas para a criança, estruturadas a partir da ideia do jogo;
ii. Praça Pública Central e Equipamento multi funcional
Proposta de um complexo de espaços de permanência e encontro a articu-
lar com a estrutura urbana existente, constituindo uma nova polaridade no
tecido urbano actual.
A título indicativo sugerem-se as seguintes valências:
- Área exterior, multi funcional, associada a actividades culturais (pequenos
concertos, outros eventos e exposições temporários;
- Áreas de sombra, de sol e de água.
- Instalações de colectividades locais (junta de freguesia, colectividades
culturais, desportivas e outras);
- Espaços para a restauração e pequeno retalho;
- Área de exposições e eventos temporários;
- Espaço lúdico que fomente a interacção entra crianças e adultos, as-
sociado ao jogo, à descoberta da leitura, da imaginação e da criatividade;
-Instalações sanitárias públicas, adequadas à dimensão do complexo.
Tendo presente o conjunto de competências principais a adquirir nesta UC,
conforme enunciado na Ficha da Unidade Curricular, constitui objectivo
central deste exercício colocar perante os alunos um problema de projecto
complexo, com implicações na escala da casa e da cidade.
O lugar, a sua história, as características físicas e geográficas do território,
a comunidade que aí reside e ou trabalha, a par da escassez de recursos
associada ao contexto social e económico nacional, constituem as circun-
stâncias de partida do exercício e concorrem para a redescoberta da vo-
cação humanista da acção do projecto.
1. Localização
A área de estudo escolhida como suporte e contexto para a realização dos
exercícios coincidem com os limites da freguesia (Concelho de Loures) de
Santa Iria e do bairro da Portela da Azóia, respectivamente.
O bairro, com uma dimensão de aproximadamente 90 hectares e com
cerca de dois mil fogos construídos, foi dividido pela Câmara Municipal
de Loures (CML) em Unidades de Gestão Territorial (UGT), constituindo
parcelas de menor dimensão e em relação directa com as operações de
loteamento ilícito na origem do bairro, de modo a manter uma ligação da
gestão administrativa à matriz fundiária e, de algum modo agilizar o pro-
cesso de legalização dos lotes e respectivos edificados.
A área específica de intervenção com uma área de aproximadamente 40
hectares, confronta a nascente a Auto-estrada A1, a sul a Rua da Igreja, a
poente a Avenida 25 de Abril / Rua de São Domingues e a norte a estrada
nacional 115 e Avenida Infante Santo
2. Programa e Objectivos
As propostas a desenvolver deverão completar, reconstruir e reinterpretar
a malha urbana existente, intervindo nos sistemas de espaço público (vazi-
os expectantes e espaços de uso consagrado) e no edificado (atendendo
sobretudo à condição dos edifícios devolutos) propondo a reconversão de
usos e tipologias funcionais.
As acções de transformação urbanística deverão procurar a escala e a
estrutura adequadas a uma vivência urbana qualificada, de proximidade,
humanizada.42
iii. Reconfiguração de passagem sob a auto estrada.
A passagem, sob a via rápida, a projectar, pedonal e ciclavél deverá articu-
lar os tecidos dinâmicos das duas margens, contemplando a agregação de
pequenas unidades de comercio e serviços.
A interdependência, vocação e dimensão destes três módulos programáti-
cos, assim como a sua eventual substituição, parcial ou total, por outras
valências, serão aferidas e discutidas pelos discentes e docentes da UC.
3. Metodologia
O trabalho proposto será desenvolvido ao longo de três fases distintas.
i. Primeira Fase:
Trabalho realizado em grupos de 4 a 5 elementos, consistindo na produção
de um conjunto de elementos gráficos e desenhados que analisem, inter-
pretem e representem a área de estudo atendendo às especificidades ge-
ográficas, físicas, sociais e económicas do tecido urbano e à morfologia,
tipologia e implantação do edificado;
ii. Segunda Fase:
Trabalho realizado em grupos de 4 a 5 elementos, consistindo na apre-
sentação de uma proposta de distribuição e materialização base do pro-
grama do exercício. Deverão nesta fase serem definidas e desenhadas as
valências programáticas a propor, bem como justificada a sua pertinência
no quadro mais alargado do tecido urbano que constitui o bairro e sua
envolvente imediata. A estratégia ou estratégias a eleger deverão conferir
uma nova inteligibilidade ao lugar, considerando porém, as circunstâncias
e idiossincrasias que presidiram à sua formação;
iii. Terceira Fase:
Trabalho individual, consistindo no desenvolvimento de um dos projectos
apontados na fase anterior, até às escalas do desenho de execução, ques-
tionando, corrigindo e consolidando as decisões tomadas anteriormente.43
44
ESTRATéGIA VERDE
Gonçalo Velhinho45
46
ESTRATéGIA VERDE
Nuno Fernandes47
HABITAção CoLECTIvA
2º Semestre
Docentes:Teresa Madeira da Silva, Bernardo Pizarro Miranda, Pedro
Luz Pinto48
“A teoria em arquitectura como disciplina, a ser cultivada em meio universi-tário, tem por objectivo promover, em áreas específicas, mas não estanques e ao mais alto grau, o pensamento especulativo, de forma semelhante ao que ocorre nos mais diversos domínios do conhecimento. No entanto, a arquitectura também se apresenta como concretização teórica na medida em que adapta às restrições e condicionantes de ordem geométrica, mate-rial e construtiva às quais está sujeita, como conforma estas em artefactos edificados, geradores de sistemas de organização formal e espacial e in-corpora, implícita ou explicitamente, os conhecimentos que relacionam a sua conformação à realidade de uma existência social, como a um sítio, a uma paisagem e a um topos. Isto significa que o acto de construir somente faz sentido, somente tem caracterização teórica - quando o mundo relacio-nado com as condições materiais de existência da arquitectura for, não só, ponderado abdutivamente por um delineamento sensível, como cultivado por essa nemesis, a história da arquitectura, essa filha da noite que desce sobre os mortais para os castigar da sua insolvência em desvendar o pas-sado para propor as formas futuras.”
Mário Kruger, ECDJ 5, 2001
“Existe outra arquitectura que impressiona menos, e menos gente.Pode ser de grande ou pequena dimensão. Relaciona-se com tudo o que a envolve, ainda que tal não seja aparente, ou evidente, ou por razão de forma. Pode ter qualidade ou não; raramente é gratuita, ou nunca. Pode ser modesta, se para outra presença não existe razão; ou difícil, mas não por imodéstia.Essa arquitectura habita o mundo da simplicidade de magia a que pert-ence uma igreja românica, perdida entre o milho dos campos do Minho; ou as favelas nascidas da miséria; ou a casa de Luís Barragan; ou um monte alentejano que ninguém conhece, os arranha-céus de Nova Iorque nunca estudados; ou a casa Tzara de Loos; ou o Pátio Vermelho de Fernando Távora. Obras por igual de autor.
A gestação de uma obra de Autor está para além da tipologia. Nem sempre o Autor é um arquitecto (falando dos contemporâneos, pois noutros tempos não existia tão corporativista condição – nem hoje, se atendermos ao que acontece).O autor constrói movido pela emoção e movido pela necessidade, seja eru-dito ou seja popular (se alguém assim entender) o que faz e como faz.Constrói igrejas, palácios, casas de favela. A emoção não compreende prioridades, ou hierarquias. Quanto à necessidade: essa pode ser larga, universal; ou pode nascer da resistência, do desejo de (sobre)viver – o mais universal dos desejos.A arquitectura que não corrói nasce da capacidade de emoção. E essa, sem dúvida, é uma capacidade universal”.
Álvaro Siza, A propósito da arquitectura de Fernando Távora, 1992
“ A arquitectura, a pintura e a escultura são manifestações da vida e satis-fazem necessidades reais do homem e não o inverso. Influenciam-se umas às outras e de um modo prático, mas, do mesmo modo e com igual mis-tério, recebem a influência das técnicas industriais, do cinema, dos voos supersónicos, dos povoados africanos e das latas de conserva.”
Alison Smithson, The Charged Void, 195449
Tendo presente o conjunto de competências principais a adquirir nesta UC,
conforme enunciado na Ficha da Unidade Curricular, constitui objectivo
central deste exercício colocar perante os alunos um problema de projecto
complexo, com implicações na escala da casa e da cidade.
O lugar, a sua história, as características físicas e geográficas do território,
a comunidade que aí reside e ou trabalha, a par da escassez de recursos
associada ao contexto social e económico nacional, constituem as circun-
stâncias de partida do exercício e concorrem para a redescoberta da vo-
cação humanista da acção do projecto.
1. Localização
O exercício de projecto será realizado, à semelhança da Unidade Curricular
do semestre anterior, na freguesia de Santa Iria e do bairro da Portela da
Azóia (Concelho de Loures), respectivamente.
São apresentados quatro terrenos para intervenção:
- Lote 1: terreno com cerca de 1900m2 na rua da Estação, troço compreen-
dido entre as ruas do Vale de Loures e da Rosa Branca.
- Lote 2: conjunto de lotes compreendidos entre as ruas Jardim Serra Picão
e Aquilino Ribeiro, perfazendo uma área de intervenção de aproximada-
mente 1500m2;
- Lote 3: terreno com cerca de 1800m2, compreendido entre as ruas da As-
sociação e Salgueiro Maia, junto ao entroncamento da primeira com a rua
da Serra do Picão;
- Lote 4: Quinta de S. José, com cerca de 5000m2, compreendida entre as
ruas da Serra do Picão, da Associação e Professor Marcelo Caetano.
Lote
1
2
3
4
Área
1900
1500
1800
5000
hab-
itação
8 fogos
6 fogos
8 fogos
Terciário
–
–
2 a 4 espaços para pequeno
retalho.
Áreas Comuns
Sala Condomínio. Parque Infantil / Espaço
Exterior.
Sala Condomínio. Parque Infantil / Espaço
Exterior.
Outras
Estacionamento: 2carros / fogo.
Estacionamento: 2carros / fogo.
Estacionamento: 2carros / fogo.
Estacionamento: 2carros / fogo.
2. Programa e Objectivos
Os alunos deverão escolher um dos lotes dados para desenvolverem in-
dividualmente um programa residencial multifamiliar de baixa densidade.
Pretende-se, por um lado, que as propostas proporcionem a escala, a
estrutura e a atmosfera, consideradas adequadas a uma vivência urbana
qualificada, de proximidade e humanizada. Por outro, pretende-se que as
propostas completem, reconstruam e reinterpretem as circunstâncias urba-
nas existentes.
Enunciam-se os programas de referência (que deverão ser aferidos caso a
caso pelos projectos) para cada um dos lotes dados:
50
3. Metodologia
O trabalho proposto será desenvolvido ao longo de três fases distintas.
i. Primeira Fase:
Desdobra-se em dois momentos:
i.1 Num primeiro momento consiste na escolha do local a intervir e na
produção de um conjunto rápido de elementos que permitam uma aproxi-
mação ao terreno e ao programa, designadamente uma maqueta de trabalho
com o existente (escala 1:100) e uma peça desenhada desenvolvendo uma
solução de projecto com recurso às tipologias estudadas no exercício ante-
rior. Esta montagem tem como objectivo um domínio dimensional e tipológico
do terreno e do programa.
i.2 Num segundo momento consiste na apresentação de solução ao nível de
um Estudo Prévio. Trata-se de apresentar maqueta com solução volumétrica
para duas variantes de projecto (escala 1:100) e respectivas plantas de im-
plantação (1:200) e esquema de tipologias.
ii. Segunda Fase:
Consistindo no desenvolvimento de solução ao nível de um Projecto Base.
Trata-se de apresentar a solução de projecto escolhida à escala 1:100, com
suporte a peças desenhadas. Pede-se ainda que seja apresentada uma ma-
queta à escala 1:100 com a solução estrutural.
Pretende-se simultaneamente introduzir uma dimensão tecnológica e tectóni-
ca na solução arquitectónica e, uma dimensão plástica e arquitectónica da
estrutura.
iii. Terceira Fase:
Consistindo na sedimentação da solução ao nível de um Projecto Base e
na concretização de alguns elementos de definição construtiva e tectónica.
Trata-se de apresentar a solução uma outra vez à escala 1:100, incluindo
agora uma maqueta da solução arquitectónica a 1:100 e um corte construtivo
à escala 1:25. 51
52
hABITAÇãO COLECTIVA
Ana Carolina Pereira53
54
hABITAÇãO COLECTIVA
Luís Coroado55
56
hABITAÇãO COLECTIVA
Pedro Amaro57
58
hABITAÇãO COLECTIVA
Urbino Santos59
4º
ArquITECTurA vII
Docentes: Pedro Viana Botelho, Rogério Vieira de Almeida62
B.ESTrATégIA gErAL DE INTErvENção
Nesta 2ªfase, os alunos estabelecerão individualmente para a zona abrangida
uma proposta urbana geralabordando, nomeadamente,os seguintes âmbitos:
- adaptaçãoda estrutura viária existente;
- articulaçãode espaços públicosdescobertos, existentes ou propostos;
- prioridadese salvaguardas de edifícios, conjuntos edificados, espaços não con-
struídos, valores
ambientais;
- edifícios e conjuntos edificados a eliminar, de acordo com critério devidamente
justificado;
- relação de equipamentos públicos (edificado e não edificado) que pareçam faltar
à zona de intervenção, e
- respectiva localização aproximada;
- proposta de edificação nova, de índole pública ou privada, para a zona de tra-
balho.
C.ProJECTo DEArquITECTurA 2
O aluno produzirá um projecto de um edifício de uso colectivo, com programa
definido por cada aluno em função da sua «estratégia geral de intervenção».
A primeira fase, RETRATO, é realizada em grupo. As fases de ESTRATéGIA e
PROJECTO são individuais.
Mesmo nas fases individuais, os grupos – e a turma – devem permanecer sempre
um “espaço” de discussão, de crítica e de troca de ideias indispensável para a
riqueza de pontos de vista e para um maior aprofundamento dos problemas de
projecto.
Carlos, que arrojara o charuto, ia dizendo na aragem fina e fria que lhes cortava a face: -[…] Com efeito, não vale a pena fazer um esforço, correr com ânsia para coisa alguma. Ega, ao lado, ajuntava ofegante, atirando as pernas magras: -Nem por amor, nem para a glória, nem para o dinheiro, nem para o poder… A lanterna vermelha do «americano», ao longe no escuro, parara. E foi em Carlos e em João da Ega uma esperança, outro esforço: -Ainda o apanhamos! […] De novo a lanterna deslizou e fugiu. Então para apanhar o «americano», os dois amigos romperam a correr desesperadamente pela Rampa de Santos e pelo Aterro, sob a primeira claridade do luar que subia. FIM
Eça de Queirós, «Os Maias», parágrafo de encerramento.
A. o rETrATo
A primeira fase de Proj. de Arquitectura 1 passará pela concretização de um re-
trato territorial, a realizar em grupos de 3 a 5 alunos. A entrega constará de um
portfólio no qual se evidenciem, entre outros, os seguintes aspectos:
- A forma urbana:
Caracterização da Estrutura Urbana, momentos determinantes da infra-estrutur-
ação do sítio, unidades morfológicas predominantes e relação com a envolvente;
Caracterização tipológica do Edificado (quarteirões/bandas/edifícios isolados, pi-
sos e alturas, etc.);
Caracterização dos Espaços Públicos (ruas, travessas, largos, relação entre chei-
os e vazios existentes);
Redes de Fluxos (automóveis, ferroviárias, pedonais).
- O edificado:
Catalogação sumária do edificado e conjuntos classificados ou de qualidade par-
ticular;
Estado geral de conservação do edificado;
Usos pretéritos e actuais.
Os elementos de trabalho elaborados nesta fase deverão ser predominantemente
gráficos (plantas, cortes, esquemas, …), por forma a evidenciar as características
formais, arquitectónicas e urbanas do território em estudo. Mais do que uma car-
acterização estática pretende-se, sobretudo, entender o sítio como o resultado
de sucessivas transformações ao longo do tempo. Apesar do carácter analítico
desta fase, o resultado final deverá ser uma síntese em que cada grupo ou aluno
expresse uma visão do sítio e da sua articulação com a cidade e o território.2
“A casa que os Maias vieram habitar em Lisboa, no Outono de 1875, era conheci-da na vizinhança da Rua de S. Francisco de Paula, e em todo o bairro das Janelas Verdes, pela Casa do Ramalhete, ou simplesmente o Ramalhete.”
Eça de Queirós, «Os Maias», parágrafo de abertura.
63
64
INTERFACE DE SANTOS
João Bagorro65
66
INTERFACE DE SANTOS
Maria Pommrenke67
Concurso Navarro Paiva
70
CONCURSO NAVARRO PAIVA
Gonçalo Monteiro, henrique Gama, João Fonseca, Jorge Silva,
Nuno Roque, Camila Lutas (Coordenador de Grupo)
Orientador: Pedro Pinto71
72
CONCURSO NAVARRO PAIVA
Ana Lopes, Beatriz Ribeiro, Cristina Romão, João Martins, Raquel
Martins, Pedro Abalada (Coordenador de Grupo)
Orientador: Miguel Gomes73