Arrepios Meus Livro

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Arrepios Meus Livro

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Arrepios Meus

Arrepios Meus

Poesia por Everton de Souza

Rio de Janeiro Brasil

Santanna- Rio Editora

2004Este livro dedicado minha mais bela e imortal Poesia: meu filho, Antnio Vincius Ferreira de

Souza.

Singela Apresentao

Apresento-me, Everton Cosme Oliveira de Souza, como um simples poeta que entrelaa o rebuscado com o popular, no chegando to perto de ambos.

Em 1990, em plena adolescncia sonhadora dos meus 16 anos, fui aonde os meus olhos iam e comecei a escrever algo mais que as minhas crnicas, que os meus comentrios esportivos e que as minhas crticas de cinema todos de forma amadorstica -, inspirando-me em fatos do cotidiano que me rodeava.

Devo dizer que as minhas linhas e entrelinhas expressam 80% de romantismo com doses considerveis de melancolia. Alm destas naturais caractersticas poticas, existem outros cones que ilustram a minha obra, tais como a metfora, a idolatria e a esperana. Desta forma, eu passei a escrever sobres temas que, de alguma forma, estejam abordados dentro das pessoas que venham a ler a minha obra, e isto geralmente eu fao na primeira pessoa do singular para causar maior identificao por parte dos leitores, a partir do momento em que eles venham a vestir o manto da minha Poesia.

Pode parecer, mas no contraditrio falar de fatos universais utilizando-se do eu.

Com o passar dos anos, naturalmente eu fui me desenvolvendo e sofrendo a influncia de monstros sagrados como Vincius de Moraes e Chico Buarque incomparveis, na minha opinio -, e de outros grandes poetas como Jorge Arago, Cazuza, Luiz Carlos da Vila e Djavan.

A partir da diversifiquei um pouco mais a minha escrita, rendendo-me at s homenagens para tudo aquilo que de alguma forma me arrepia as veias.

A partir daqui eu dispenso mais apresentaes e deixo que as vistas dos leitores faam linhas diretas com as suas mentes e que as mesmas sejam os seus coraes.

(Everton de Souza Rio de Janeiro, 16 de Setembro de 2000)

Agradecimentos

Aos meus pais: Maria Penha Oliveira de Souza e Ney Barbosa de Souza (primeiramente por me terem posto no Mundo e por tudo aquilo que fizeram, fazem e ainda faro por mim tenho muita sorte !)

minha esposa: Francislene da Conceio Ferreira de Souza (pelo amor, pela amizade, pelo companheirismo, pela inspirao e por ter me dado o indefectvel Antnio Vincius)

s pessoas amigas que de alguma forma me ajudaram: Renato Jabuti Marques Moreira (amigo-irmo, padrinho de casamento e tambm poeta), Rogrio Ki-Horror Marques Moreira (amigo-irmo e primeiro professor na arte de beber), Wladmir Wlacaco Ventura de Souza (amigo-irmo e padrinho de casamento), Joelson Jojoca Vicente Gomes (amigo-irmo e desenhista tcnico de primeira), Srgio Sabonis Ricardo Fernandes (amigo-irmo e desenhista por intuio e por excelncia, com quem dividi durante alguns anos a feitura de histrias fantasmagricas em quadrinhos), Vanessa da Conceio Ferreira (amiga, cunhada e comadre), Elizngela da Conceio Ferreira (amiga e cunhada), Wallace Alexandre da Conceio Ferreira (amigo e cunhado), Edson dos Santos Teixeira (poeta e amigo que herdo do meu pai responsvel pela confeco deste livro), Jaber Sabad (amigo-irmo do meu pai e que tambm herdo nesta condio), Wlson Maluco Viana e famlia (Iria, Andr, Andr Sotrio, Andressa e Tatiana), Carla Pereira da Silva (ex-colega de escola que deu-me alguma inspirao), Marcela Frana Nunes (amiga dos tempos da Telefonia Internacional da Embratel), Flvia Luiza Mximo Cunha (amiga dos tempos da Telefonia Internacional da Embratel), Aline Pinheiro Motta (ex-namorada e que me deu alguma inspirao), Beatriz Vescovi Coutinho (amiga dos tempos da Telefonia Internacional da Embratel), Vera Olho (colega dos tempos da Telefonia Internacional da Embratel), Patrcia Jacudi de Oliveira (amiga dos tempos da Telefonia Internacional da Embratel), Jorge Morbeck (amigo dos tempos da Telefonia Internacional da Embratel), Rita de Cssia Medeiros Fonseca (amiga integrante da turma l da rua Jabuti, Ki-Horror, Jojoca, Wlacaco e Sabonis), Luiz LelAlberto da Conceio Veloso (amigo integrante da turma l da rua), Ana Paula de Almeida (amiga dos tempos da Telefonia Internacional da Embratel), Samira Rosa de Sousa Fernandes (amiga dos tempos do curso de Ingls IBEU), Wlson da Frana Neves (amigo, compadre e ex-professor de Cavaquinho), Vnia (ex-professora dos tempos do curso de Ingls IBEU), Karla Jorge (amiga integrante da turma l da rua), Gergia Jorge (irm da Karla e amiga, tambm), Ozala Jorge (me da Karla e da Gergia e amiga, tambm) ,Gisele Moreninha (ex-quase namorada e ex-amiga) e ao Mundo.

Arrepios

Sagrados...O Maestro e O Poeta

(Ao meu filho, Antnio Vincius)

Se nos acordes primeiros

irradia-se a harmonia do choro,

na vida em segundos e terceiros

erguer-se-o os mais variados louros.

Metrificando os versos duma melodia,

com o total sentido dos arranjos,

vir a inspirao onde num anjo

cantar-se-o as notas duma poesia.

E eu em sinto em ti, meu filho,

que os monstros sagrados orgulhar-se-o

quando do cu cada um deles declamar:

-Eu sou Tom; - Eu Sou Vincius; - Eu me humilho !

- Pois jamais vi na pauta dum corao,

tamanha traduo do que viver por amar !(2001)

Soneto Aos Meus Pais

Vs sois a razo do meu viver

no s por me terem dado a vida,

mas tambm para que eu continue a lhe querer,

por querer a vossa, to imensamente querida.

Eu prefiro muito mais sucumbir

do que um dia sozinho sem outros to amados -,

ter que vos ver partir

e viver aqui to inteiramente dilacerado.

E nesse mundo nada mais tem tanto sentido

nessa minha vida, que to infinita

nesse sentimento que vos tenho e que sobressai...

E nada mais por mim to apetecido

do que um dia de forma to igualmente bonita,

eu tambm possa amar e ser amado como pai.(1991)

Obs.: Dez anos aps a composio deste soneto, eu fui presenteado com o nascimento do meu filho infinito, Antnio Vincius Ferreira de Souza.

Passos

Dentro da tua tica

no foi uma iluso de tica

os primeiros passos de uma caminhada

que rumava para a tua estrada,

sem eu saber que na tua retina

eu refletia com palavras e atitudes,

que trariam para ti a plenitude

de no fechar os olhos para mim.

A, no teu piscar de olhos,

passei a caminhar insistentemente

no divagar da tua mente,

deixando um rastro de vontades

que teu crebro espalhou pelo teu corpo

contaminando-o com a minha lembrana,

que se fazia ainda mais presente

por mentalizar-se com os meus pensamentos.

Agora, que minhas passadas so ouvidas

percorrendo em tuas veias,

quero descansar no teu corao

e me banhar com o teu sangue

que tem cheiro de meu,

dando-nos ento o sentimento

para que juntos caminhemos

e enfim achemos um lar dentro de ns.(1999)

Meu Av Urbano

Vivemos juntos to pouco tempo

que eu lamento esta perda distante,

to prxima naquele momento

em que a morte o fez seguir adiante.

ramos igualmente bons e inocentes

e no restante diferentes...

Mas contive o choro ao saber que ele morrera

pois sabia que na lembrana viveria como vivera.

Ah, meu av Urbano,

quando tu foste de verdade

eu s tinha sete anos.

E hoje - aos dezessete anos, eu sinto saudade !

Mas que j no tanta

como a que senti em meu peito de criana.

(1991)

Ladra Tu

(Ao meu querido co, Guerreiro)

Ladra tu

e ladra para mim a sensao

da voz que do teu peito ecoa.

Tu s os traos do desenho

do filho que eu ainda no tenho

quando o meu pensamento voa.

Amo-te como se fora uma pessoa,

pois a tua inocncia

est muito alm da carncia

do ser humano,

que por ser humano, destoa.

E se te embraveces,

ests sendo fiel

guarda de quem te guarda.

E se tu adormeces,

tens sempre um anjo que te resguarda

e um dono que te aguarda

o despertar de mais um sono,

que viver eternamente embalado

pelo meu sentimento de amor.(1999)Soneto de Ano Novo

Nasce a expectativa do minuto

que antecede o novo ano

e dentro de mim eu escuto

o meu olhar cheio de planos.

Nasce a antecedncia dos abraos

na expectativa de coisas mais

e dentro da infinidade deste lao

o meu olhar lacrimejado se satisfaz.

Nasce um olhar de ano novo

e eu olho para o meu povo

na emoo envolvente do horrio.

Nasce um olhar de pedidos

e eu olho para este dia to querido

que o do meu aniversrio.

(1993)

O Poeta Moleque

O poeta moleque

ama e fala vida.

Depois faz uma ferida

jogando o seu futebol,

e no cair do sol

ele vai embora,

pois j est na hora

dele aprender algo mais.

O poeta moleque

ama e muito festeja.

Depois faz da cerveja

a sua companheira fiel,

e ao olhar para o cu

ele vai dormir,

e se no conseguir,

lamenta todos os feitos.

O poeta moleque

ama e sonha com algum.

Depois, para o seu bem,

se emociona com o cinema

ou com a cano pelo seu tema,

e se lembra dos seus pais,

que os orgulha de serem seus,

graas ao bom Deus.

(1992)

Moldura

Face imaginao de um artista

reside em seu esprito as teorias da matria,

anloga ao que induz criao de uma obra,

notvagos sentimentos que a luz vem despertar

criando assim um raciocnio transcendente,

incorporado uma folha ou uma tela,

sincronizado com o intento de traduzir

leituras que muitas pessoas ignoram,

esquecendo que todos enquanto seres humanos

naturalmente encaixam-se numa moldura

extremada na brandura dos jardins e no desespero dos

- vendavais.

(1999)

Minha Saga em Um Soneto

(Para o meu nenm, de infinito e puro amor)

Nem tudo o que de mim sai

algo que de mim se vai,

vide toda a minha obra

que agora soa como sobra

quando recordo-me do meu eu,

que de um pedao vir inteiro,

compondo o poema mais verdadeiro

de um momento maior que no ser s meu.

...E soninho de criana a paz para compor

quando o seu chorinho d o tom para a cano

num embalo de escrita sem igual.

...E sorriso de criana a sade do nosso amor

na materializao da inspirao

de uma poesia que no ter final !(2000)

O Artista

O artista

um turista

na felicidade

e por ele ser triste

que existe

a sua arte,

que ento parte

para a vida

que ele no quis,

pois a sua obra

o que sobra

para faz-lo feliz.

(1992)

Arrepios em Homenagens...Amizade

( amiga Rita de Cssia)

Despetalei a rosa mais bela

da aquarela do meu jardim.

Pus fim s suas razes

e os meus olhos infelizes

limitaram-se a regar

o canteiro ressecado.

E ele,

que era to bem contemplado,

acabou virando um mar de lama,

desperdiando toda a minha chama,

que provinha dum calor fertilizado.

Foi a que brotou uma flor singela,

de nome amizade e cor amarela,

a me florir com as palavras da verdade.

Descobri ento

que o perfume da desiluso

no poderia transformar em pedras

tudo aquilo que eu plantei,

pois se quela rosa eu amei,

eu tambm a pude esquecer,

graas fadiga duma flor amiga

em me dizer que o que se encerra

o que mais pode se enriquecer

e se colher da minha terra !

(1992)

Mulher Ideal

Mulher...

Teu corpo de desejos,

nos gracejos de ser morena,

me serena a vida,

to percebida

pelo teu olhar adormecido,

vivido em meu peito

com seu jeito de zelo

pelo teu lindo cabelo,

que te cobre a face menina,

que me ensina a te amar,

que me fascina a te falar

e a escutar a tua voz,

a ss no meu sentimento,

desatento ao Mundo

num profundo sonhar

a habitar na tua boca,

louca por no perceber

que quando ela acorda

muito j me fez adormecer.

(1992)

Naquele Canto

Naquele canto

chamado Calvrio

ningum sofreu tanto

como Jesus, um operrio

pela bondade excessiva,

vtima inocente

da maldade ainda viva

em cada filho descrente.

Naquele canto

a mais cruel imagem

transformada em pranto

por ser a nossa homenagem

a quem morreu e ainda vive

esttico na cruz,

que em certos momentos revive

os sofrimentos de Jesus.

(1991)

Soneto de Declarao

( Carla Pereira da Silva)

Carla, esse olhar acastanhado

que tanto me iludiu,

pelas vezes que olhei pro lado,

e desviado, ele no partiu.

Carla, esse cabelo fulgurante

que tanto me enfeitiou,

pelas vezes que me senti amante

de quem nunca me amou.

Carla, esse jeitinho de criana

que me fez ser assim tambm

pelas vezes que senti tanta esperana...

Carla, esse rostinho lindo

que me invadiu do corao alm

pelas vezes que o vi sorrindo.(1991)

Perptuo Soneto

O imutvel. O que nasceu conosco

certamente perpetuado estar

se disse-nos Deus: - Esteja convosco

o dom que vossa existncia iluminar !

No cruzar de dcadas de inspiraes

sentimentos estes de divindade inimitvel

nossas obras, como se fossem oraes,

tornam-se num todo de cunho inquestionvel.

E mesmo que tudo isto tenha valia

to somente para o Criador

deste transparecer de entranhas como um legado,

h de se vangloriar revelia,

de ter-se o orgulho por um amor,

que o Mundo desconhece o quanto pode ser amado.

(2001)

Cazuza

Canta poeta !

Enriquece-nos com teu saber.

Mesmo distante de ns,

ainda invade-nos com a tua voz

que nos fez chorar teu morrer.

Canta poeta !

Causa-nos emoo

com a tua ofensiva inteligncia,

sempre de incomensurvel ascendncia,

que nos fere o corao.

Canta poeta !

Faz-nos sentir a dor

mesmo no te conhecendo pelo verdadeiro nome,

pois usaste Cazuza como codinome

para esconderes o frgil Agenor.

Canta poeta !

Mostra-lhes a tua capacidade.

Pois a onde ests sei que ainda s um s

e que lhes faz enriquecidos, emocionados e sentidos

com a tua falsa moralidade.

(1991)

Cordas

(Uma homenagem ao saudoso e incomparvel violonista brasileiro, Raphael Rabello) Raphael...anjo diablico !

Diastlico; sistlico

sobre seis, sete cordas...

Sobre altas baixarias

em pobres ou nobres madeiras

dos braos de escravos violes,

onde ilimitam-se os sons

em delirantes acordes

de um ecltico mantra,

que nos leva a todos os tons

de uma odissia musical

que vai do popular

ao patamar do clssico;

que se faz ecoar dos cus

no pagode dos monstros sagrados

que h muito se ouve por l;

que vem desde os tempos

do Mestre Dino de todas cordas,

e que s Deus sabe

onde e quando ter fim.

(2002)

Rio de Janeiro

Rio,

me arrepio s de pensar

no raiar dos teus dias,

na alegria do teu sol,

no futebol do teu cho,

no claro das tuas praias,

nas saias das tuas meninas,

nas rimas das tuas canes,

nas multides do teu Maracan,

no af do teu povo,

no fogo dos teus carnavais,

nos rituais das tuas crenas,

nas presenas do teu turismo,

nos abismos das tuas noites,

nos aoites da tua fome,

no valor da tua esperteza,

e na beleza do teu nome.

(1993)

Trs Poesias Espritas

I. O GuerreiroVejo-te como ningum v

e por isso, tudo em mim cr

no passado, no presente e no futuro

das tuas palavras pelas quais eu juro

incredulidade de qualquer um

tua qualidade de servo de Ogun.

A tua constante guerra

a incessante busca pela paz

e o ser humano ainda erra

quando crucificar-te lhe apraz.

Mas s superior s injrias

por serem elas a tua cruz,

e as que te do mais luz

para venceres aos inimigos com suas frias.

Amigo velho - africano de Umbanda.

Sempre hei de girar na tua banda,

pois sinto-me protegido na sinceridade

da tua fora, da tua f e da tua amizade,

e junto tua legio de guerreiros,

rogo por ns todos aos Santo Antnios padroeiros.(2001)

Trs Poesias Espritas

II. O Doutor

Doutor. Tu que vens de longe,

envolto pela capa do mistrio,

faz-me ter a f de um monge

por eu viver com a fora do cemitrio.

Tua cura de forma arcaica

aproxima-me do senhor da terra *,

que regido por Oxal no erra

em milagres ausentes na f judaica.

Por isso a descrena do evangelho

se d somente na interpretao material

dos que cultuam ver-te como charlato.

Mas no catolicismo em que me espelho

sinto a tua presena espiritual

na carne e osso de um mdium em ascenso.(2003)

* Omulu, senhor da terra; gerente da vida e da morte.

Trs Poesias Espritas

III. O Velho

Meu velho, a fumaa do teu cachimbo

perfuma e purifica o nosso astral,

onde seres inquietos do limbo

emanam tanto o bem quanto o mal.

Em tuas expresses h uma candura

traduzida em humildade e sabedoria

nas palavras de quem tem cultura

mesmo numa iletrada filosofia.

Ao teu redor sinto uma luz

que resplandece em todos ns

na linha direta dos Orixs.

E quando a tua mandinga faz jus

aos embargos da tua fraterna voz,

vivemos a graa de momentos de paz.(2003)

As Minhas Paixes

I. A Mulher

Mulher...esse teu petiz semblante,

de traos castos e belos,

faz-me reluzentemente singelo

ao admirar-te o jeito debutante.

Mulher...esse teu olhar esfuziante,

de olhos castanhos e adormecidos,

faz-me insistentemente envolvido

ao admirar-te o lacrimejar fascinante.

Mulher...esse teu sorriso enfeitiante,

de lbios perfeitos e molhados,

faz-me adoravelmente enfeitiado,

ao admirar-te a voz elegante.

Mulher...esse teu corpo excitante,

de formas morenas e corretas,

faz-me elegantemente indiscreto

ao admirar-te em cada infinito instante.

(1992)

As Minhas Paixes

II. O Futebol

L vai o dono do cenrio

como um negro facho de luz,

com a bola que ele conduz

e seduz a cada adversrio.

L vai o dono do espetculo

como uma mquina avassaladora,

com a bola que se faz demolidora

para cada obstculo.

L vai o dono da magia

como uma fonte de alegria

com a bola que tanto nos entusiasma.

L vai o dono do Futebol

como um ardente raio de sol

com a bola que tanto nos pasma !(1993)

As Minhas Paixes

III. A Msica

Arrepiaram-me o corao

ouvir to bem solados

os instrumentos de uma introduo

que em seguida fizeram-se centrados.

Afinaram-me os ouvidos

nas harmonias dos seus compositores

os bemis, os sustenidos,

os desafinados e os tenores.

Cordas, sopros, teclas e geral percusso

num arranjo to diversificado

quanto a existncia de gneros musicais.

Maestros e poetas com tanta preciso

nessas dissonncias que me deixam apaixonado

ao ouvir as orquestras dos fundos de quintais.(1997)

As Minhas Paixes

IV. A Cerveja

gua das comemoraes,

sempre hei de banhar-me

nas tuas geladas espumas

para que nelas possa nadar

o calor das minhas emoes.

No te uso nas minhas tristezas

por elas no merecerem a ti,

pois quanto mais eu bebo para esquecer

mais eu me lembro de sofrer.

Associo-te mulher, msica, ao futebol,

ao cinema e a tudo mais

onde eu vejo brilhar o sol

que seca as tempestades astrais.

Cerveja,

veja como tu desces na minha garganta

e sobes para a minha mente

na medida certa que s agiganta

o peito deste poeta sonhador

que v no amor o seu maior expoente.(1997)

As Minhas Paixes

V. O Cinema

Stima arte

que parte coraes;

que reparte opinies...

s um infarte

de tantas emoes !

Cinema,

vale a pena perder horas

com as tuas histrias

que ficam na memria

de quem sorri ou at chora.

Dramas, comdias e aventuras

na fico, na veracidade

ou at mesmo nas loucuras.

E seja l o gnero qual for:

Infantil, ertico, musical,

policial, suspense ou horror.

Um prmio Oscar tu mereces

quando a todo tdio enfraqueces

com a magia do teu fulgor.

(1997)

Pedao

( futura mame, Vnia)

A vida que me cresce

floresce a cada dia

na alegria de viv-la

e de t-la como tudo,

sobretudo por haver

um outro ser to adorado

no pecado que a concebeu

e que me deu a certeza

que a natureza desponta

e aponta o ser humano

como o cigano dos sentimentos,

em momentos de divindade

e de necessidade infinitas,

to bonitas quanto a dor

de um calor eterno

e terno como o cansao

por esse pedao de gente

que sente o meu amor materno.(1993)

Silhueta

Olhando para ti

eu redescubro toda a poesia

que irradia das minhas veias,

desenhando-te com palavras

na tela do meu eu interior,

pois o teu jeito meigo de ser bela

faz a minha singela arte,

com a fineza dum passo de ballet,

enxergar-te alm da tua silhueta,

que simplesmente o suficiente

para que nasa a inspirao na minha caneta.

E tudo isto me engrandece

e te agradece por seres assim to doce

como se tu fosses a primeira musa

inclusa nas minhas linhas,

que estavam aqum at mesmo

de se deixarem rabiscar,

at no deixares a minha tinta secar.

(1998)

Soneto A Djavan

Poeta negro do nordeste,

tuas palavras apaixonadas

fazem to bem representadas

as canes urbanas do agreste.

Poeta negro do nordeste,

teus conhecimentos amorosos

so os bens mais proveitosos

dos ensinamentos que nos deste.

Poeta negro do nordeste,

tua voz to afinada

de amor a alma nos veste.

Poeta negro do nordeste,

tua alma abrilhantada

como tudo aquilo que disseste.(1992)

Avalanche

( tua branca beleza, Bia)

Branca elegncia sobre saltos

a ofuscar o glamour das passarelas

quando desnudas pernas to belas

desfilam pelos meus olhos incautos.

Logo eu sempre to fiel mulher morena

fui ser trado pelos meus versos,

que numa avalanche de neve submersos,

emergiram na forma de um novo poema.

E este poema exalta uma escultura

capaz de modelar qualquer vestido ou manto

que um genial estilista inicia e encerra.

E como num momento de loucura

que te vejo numa nuvem em seu encanto

ao embelezar um dia de sol aqui na Terra.(1998)

Quimera

(Ao imortal mestre, Vincius de Moraes)

Uma poesia qualquer

numa noite isolada.

A inspirao na mulher

que no momento a minha amada.

A leitura para acertar

qualquer erro submerso

pelo suor,

que na continuidade do meu trabalho

sempre quer o melhor,

pois o que me agrada;

pois o que se espera:

o fim de mais uma revoada

ao meu tema de quimera !

E depois a anlise geral

de tudo aquilo que eu fiz,

para saber se era real

o que escrever eu quis.(1991)

Obs.: Resolvi dedicar este poema ao meu dolo, Vincius de Moraes, porque o meu amigo Renato Marques (tambm poeta e f de Vincius) esgotou atravs de um soneto tudo aquilo que se poderia dizer a respeito do nosso mestre. No houve condies de se querer dizer algo mais. Portanto, segue esta homenagem a ttulo de provvel identificao.

Valeu demais, Renato !

Sem palavras para ti, eterno Vincius !

De Mos Dadas

(Aos meus amigos da Embratel)

As minhas entranhas sentem

quando as tuas plpebras desmentem

as tuas cordas vocais.

como um anjo da guarda

que a minha pureza de aguarda

como muito parente no faz.

Ento venha

para o solo frtil deste teu amigo,

para que este teu temporal

te faa germinar comigo

o incio do fim para o teu mal,

ao nascer do sol de um sorriso contigo.

Ento vamos

de mos dadas com o destino

caminhar como adultos que somos

mas com a eterna alma de um menino,

como um amor que no v a carne

com os olhos da nossa maior necessidade.(1998)

Fins e Princpios

( beleza mpar da atriz Mnica Carvalho)

No. No fala uma palavra sequer !

Deixa que por ti, fale a tua beleza.

Deixa que por ti, se cale a natureza.

Deixa que por ti, se iguale o tudo mulher.

O que vejo eu nos olhos teus

cega-me o af pela face de Deus.

Faltam-me as palavras ao me sobrar o gosto

por ver os teus cabelos em cascatas

desaguando no bronze do teu rosto,

em sua selvagem inocncia de virgens matas.

O teu corpo uma pgina repleta de versos

com os mais belos fins e princpios,

que me fazem achar singelos e dispersos

os inimitveis sonetos de Vincius.

No. No falo mais uma palavra sequer !

Deixo que por mim, fale o teu gracejo.

Deixo que por mim, me cale o que eu vejo.

Deixo que por mim, te igualo mais linda mulher.(1998)

Poesia Sem Rimas

( Carolina Ferraz)

Carolina,

teus olhos so to doces

como o favo da alegria

ao te enaltecer o rosto,

que to belo e infinito

como o sol que ilumina

o inocente nascer das manhs,

que tem na paz do teu sorriso

a esperana de um grande amor

a refletir na terna elegncia

de um corpo to inesquecvel

como as noites claras de luar,

repletas de estrelas solitrias

como a solido da tua beleza,

que me inspirou a compor

as linhas desta poesia sem rimas,

com rimas que fazem percebida

a eterna luz fulgurante da tua vida.

(1993)

Fidelidade

( pureza do meu Cavaco)

Fiel amigo de anos...

Insanos foram os meus deslizes

quando eu quis me desfazer das razes

que o teu som me plantou.

Se puderes me perdoar,

afina-me os pensamentos

sempre que estes no forem puros,

pois impuro foi o teu silncio

quando eu mais precisei de harmonia.

Logo ti, que s fala alto

quando no canto eu canto baixinho.

No posso te calar

em meus descontentamentos,

pois o teu choro

me traz mil sorrisos

e um acorde de sentimentos

que s a msica capaz

quando o mundo no me satisfaz.

(2000)

Escrever

Eu s preciso do papel

um simples pedao,

para embelezar o meu cu

com aquilo que fao.

Eu s preciso da caneta falhada

um pouco de tinta,

para que eu escreva a poesia to sonhada

e depois tanto a sinta.

Eu s preciso da inspirao

um pouco de triste-alegria,

para que eu liberte do meu corao

as palavras da supremacia.

Eu s preciso da iluso

um pouco de esperana,

para que eu escreva ento

algo que fique na lembrana.(1992)

Arrepios Mundanos...F

Quando leio me arrepio

qual no anseio de um cio,

por vislumbrar uma beleza

capaz de deslumbrar uma certeza

que vem de privilegiada tica

para o bem de uma sensao gtica

no nascente da sua intimidade,

que o expoente de uma vaidade.

Limtrofe prazer espiritual

com o pairecer abissal

de quem atinge a um pice,

que no se restringe a um ndice

ao admirar at o fim uma escrita

no composta por mim para ser restrita.(2003)

Ah...

Ah...

Se eu pudesse compartilhar

o brilho intenso dos teus olhos,

eu iria conhecer cada palavra

e tudo o que h de belo dentro de ti.

Ah...

Se eu pudesse tocar

a maciez da tua pele morena,

eu iria conhecer cada arrepio

e todo o calor humano do teu corpo.

Ah...

Se eu pudesse beijar

a doura da tua boca infinita,

eu iria conhecer cada sorriso

e toda a beleza do teu rosto.

Ah...

Se eu pudesse sentir

a natureza do teu eterno amor,

eu iria conhecer a tua alma

e toda a felicidade que h dentro de mim.(1993)

CHF

(Centro Habitacional Falido)

CHF FHC ao contrrio,

mas no pelo contrrio.

Lugar onde o povo retardatrio

com direito ao pdio dos derrotados.

Terra mais rica da Terra,

que ao invs de desfrutar dos frutos colhidos,

em prol de uma Nao de democrticos enlatados,

cada vez mais se enterra base de comprimidos,

que no reduzem os males de rgos degenerados.

E isto ainda chamado de Capitalismo,

quando na verdade poucos vivem numa Monarquia,

que reduz a maioria a um Socialismo,

exilado na ditadura de uma Guerra Fria.

Resta-nos lutar contra os gigantes

atravs da genialidade de certas mentes*,

que deixam de lado o Romantismo dos amantes,

mas que amam a esta Ptria de incoerentes.

(1999)

* Leia-se Chico Buarque de Hollanda.

Mais e Mais

Vou inflamar de calafrios os teus poros

com os meus fogosos carinhos a te despirem

e a te cortejarem como Rainha nua

na plenitude da languidez tua,

que flutuar na rbita de um leito,

ora na minha boca, ora no meu peito,

onde esquecers de um mundo que te rodeia

atravs de murmrios que transcendero

a voz que brotar das tuas veias,

e que aumentar o meu testosterona

quando eu te vir como fmea mandona

em busca de um prazer sem limites,

que ir saciar os meus palpites,

onde te entregars demais

vontade de querer mais e mais

que eu te invada sem marasmo,

ao ponto de fazer-te achar fugaz

qualquer lugar no passado onde explodiu um orgasmo.

(1998)

Fotografia

Lacrimejei no teu rosto

o desgosto da minha saudade.

Fiz da verdade a fiel companheira

como a alma terceira que h entre ns,

e a ss descobri o quanto era importante

cada instante do teu sorriso,

que hoje preciso para sobreviver

e no mais sofrer ao te contemplar,

e ao relembrar dos momentos felizes,

como as razes donde brotou esta fotografia,

de um dia em que ainda

era linda a minha infinita quimera,

que agora espera que tu voltes

e que te soltes deste curto momento sem fim,

que enfim se alongou no meu sofrimento,

que reflete todo o sentimento

que tenho bem dentro em mim.

(1991)

Clula

Essa carinha...

Desnorteia-me tanto

que me leva para o sul.

como se eu caminhasse,

tropeasse e casse do Mundo

por admirar-te como a um bibelot

durante oito dias na semana.

Cheguei ao limite !

Ser poeta viver morrendo

por eu ver nascendo em minha Poesia

uma beleza que toda tua,

pois a moleca que tens no sorriso

ignora o quo mulher tu me s.

E todo este fascnio que exalo

por cada clula que esboa

toda e qualquer reao

da coisa mais linda que me h.

Eu s lamento ter a sensao

da desesperana em que me afogo,

engasgando-me num paradoxo

que cada vez mais me aproxima

da distncia de ter-te realmente.(2001)

Obs.: Este poema eu compus em comemorao aos meus 10 anos de incurso pelo Mundo da Poesia, onde eu no me furtei em compor da maneira que mais me deixa vontade para tal e de preferncia inspirando-me no cotidiano que de repente vem a mim atravs de outrem.

Alter-Ego

(Resposta Clula)

Desculpa-me a nudez tua

causada por tuas infindas palavras,

pois olhando-me no enxergo

a passvel idolatria de outrem.

Meu alter-ego, porm, envaidece-me

ao me apaixonar em leviandade

pelo poeta e no pela poesia.

E impossvel conter a simpatia

por mais que me possa constranger

a sapincia de que meu querer

est muito aqum dos teus escritos.

E, paradoxalmente, tambm,

no me vejo bela ao me refletir

no espelho da minha conscincia,

pois eu no deveria dar alimento

a quem j tem sede.

Eu no queria me sentir nas alturas

estando to prxima do solo.

Eu queria que no tivesses amarguras

e que pudesses carregar-me em teu colo.(2002)

Drogado: Condenado !

No picadeiro de um circo mstico,

flutuantes sereias em nu artstico

transformavam palhaos em gnomos malditos,

escravizando-os com suaves gritos,

enfeitiando-os a incendiarem a platia

naquela sinistra noite de estria,

onde eu me vi numa dimenso paralela

ao tentar cruzar uma passarela

repleta de serpentes aladas

e de crianas engolidoras de espadas,

que dilaceravam ferozes lees

enquanto descarrilavam velozes vages,

que adentravam o quarto de hospital

onde pessoas de branco tentavam me curar desse mal...

(1998)

Obs.: Faa como eu...jamais se drogue !

triste ver um ser humano em estado alucingeno.Cunho de Fulgor

L vai algum...

Ps descalos na calada;

costas nuas noite fria;

corpo aberto orvalhada.

L vai algum...

Amargurando a pobreza.

Sem passado, nem futuro

e presente roubado pela alheia riqueza.

L vai algum...

Corroendo-se pela fome.

Sem alegria, nem tristeza;

s com o dio que consome.

L vai algum...

A enfrentar a violncia.

Sem ter culpa de ser culpado

por no ter a prpria inocncia.

L vai algum...

Sem carinho, nem amor.

Sem ver no final da rua

um simples cunho de fulgor.

(1991)

Arrepios Meus

( inimitvel arte de Bruce Lee etc.)

Ler uma msica genial do Chico Buarque

e aprender o bvio que ele ensina para ns.

E mesmo que de arrepios isto me encharque,

ouvir Whitney Houston a brincar com a sua voz.

Vibrar com um gol do Brasil na Copa do Mundo

em momentos que monopolizam a importncia.

Admirar as jogadas que mostram o futebol a fundo,

atravs de Pel, com as suas antologias em abundncia.

Declamar Vincius de Moraes em sua obra potica

a exaltar a mulher como o mais lindo dos seres,

e entender o fascnio que causa uma esttica

traduzida em formas que transbordam prazeres.

Envolver-se com Robert de Niro em cena,

em seqncias que ensinam s atrizes e aos atores.

Acompanhar uma histria como se fosse um poema,

s por ver Demi Moore colorindo uma TV cores.

Danar, beber, comer, sorrir e cantar ao som de um Banjo

e de outros instrumentos que cantam para longe os problemas,

em delirantes momentos que fazer de cada ser um anjo

na pureza de identificar-se com as canes em seus temas.(1998)

Penta Que Tenta

Um jogo do Brasil

numa Copa do Mundo...

Monopolizao da importncia !

Sangue que vem aos olhos saltar,

misturado com as lgrimas da alma,

em incessantes instantes de arrepios

devido alta adrenalina do ufanismo.

Magnetismo da nossa torcida

ao guiar a bola pelo gramado

em direo rede adversria,

para depois mantermos nossa honra

por no termos tido a nossa meta

estupefactamente desvirginada.

Esperana de criana na imparidade

da qualidade dos nossos craques

na qualidade de astros-reis do futebol.

Eu, particularmente, no me vejo na vida

sem a corrida da comemorao

do verde e amarelo de um pavilho;

sem pulos, abraos, sorrisos, choros...

sem exploso !!!!!

Que venham o Hexa, o Penta, o Octa etc.

E ainda bem que tenho (que todos temos)

quatro anos para sonhar.

(2002)

Linhas

Nas primeiras linhas, a alfabetizao.

Letra por letra, o caminho para o conhecimento.

Mas a presena da ausncia logo no incio

o indcio para que um pensamento em fixao

transforme-se num estudo em esquecimento.

Busca-se falar o mesmo idioma

na qumica e fsica de corpos e almas,

pois a precauo que surge com a soma

pode dividir a empolgao

que se multiplica sem calma.

Passadas as mais difceis questes,

vem-se o medo de que as respostas acertadas

venham a sofrer com as subtraes

que a vida impe s provas mal aplicadas.

Mas tanta a vontade pela graduao,

que como humanos nos repetimos na matria

que conduz pela nossa principal artria

a aprendizagem que nos deixe enfim ss !

assim que passamos por este magistrio,

onde o mistrio do futuro pode ser o presente

que um passado influente guardou para ns.(1999)

Pulsaes

Nosso atrito encharca qualquer solo

quando o teu ntimo se aconchega no meu colo

e eu comeo a te banhar com a lngua,

fazendo fechar o teu olhar mngua;

fecundando em ti um prazer genital,

congnito com o meu instinto animal,

que te acaricia, te morde, te beija e te sacia

ao te sentir quente numa pele fria;

ao degustar o sabor das tuas carcias,

que mesmo salgadas, amargas e molhadas,

so sempre as mais doces delcias,

que de repente se tornam em algo sem nome

quando parte do meu corpo no teu corpo some

e faz estufar de ar o meu abdome,

que tu devoras ao me assumir teu homem,

em sublimes instantes de devassas confisses

a nos levarem quase que a desfalecer,

quando aceleradas se tornam as nossas pulsaes,

to juntas como nosso gozo no pice do prazer.(1999)

Amor de Poeta

O amor do poeta diferente !

um amor deveras incerto

no seu jeito galante e discreto

que o faz ser mais de repente...

O amor do poeta diferente !

um amor deveras submerso

no seu jeito em prosas e versos,

que o faz ser mais reluzente.

O amor do poeta diferente !

um amor deveras sofrido

no seu jeito bonito e deprimente.

O amor do poeta diferente !

um amor deveras vivido

que o faz ser mais resistente.

(1993)

Arrepio

Segundo o segundo,o minuto minutase no degustado; tempo passado

no passado a limpo; eterna dvidado que teria sidoa certeza que se foi;

o piscar de olhosde um abstratoque no se concretizou;

um arrepio que tive,to imperceptvelque pude perceber somente...

(2004)

E-mails para contato com a SantAnna Rio, de propriedade do amigo Edson Teixeira, que faz aquele preo camarada para quem quiser lanar as suas obras e pretende sair das exigncias ($$$) de uma Editora j famosa:

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