Arte - Wikipedia

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Arte - Wikipedia.

Citation preview

  • Arte

    Mona Lisa, de Da Vinci: uma das pinturas mais conhecidas domundo

    Arte (do latim ars, signicando tcnica e/ou habilidade)pode ser entendida como a atividade humana ligada smanifestaes de ordem esttica ou comunicativa, reali-zada por meio de uma grande variedade de linguagens[1],tais como: arquitetura, escultura, pintura, escrita, msica,dana e cinema, em suas variadas combinaes.[2] O pro-cesso criativo se d a partir da percepo com o intuito deexpressar emoes e ideias, objetivando um signicadonico e diferente para cada obra.[3]

    1 DenioO principal problema na denio do que arte o fatode que esta denio varia com o tempo e de acordo comas vrias culturas humanas. Devemos, pois, ter em menteque a prpria denio de arte uma construo culturalvarivel e sem signicado constante. At numa mesmapoca e numa mesma cultura pode haver mltiplas acep-es do que arte. Tambm preciso lembrar que muito

    do que hoje chamamos de arte no era ou no consi-derado como tal pelas culturas, diferentes da nossa, quea produziram, e o inverso tambm verdadeiro: certasculturas podem produzir objetos artsticos que ns noreconhecemos como tais. As sociedades pr-industriaisem geral no possuem ou possuam sequer um termo paradesignar arte.[4]

    Numa viso muito simplicada, arte est ligada princi-palmente a um ou mais dos seguintes aspectos:[4]

    a manifestao de alguma habilidade especial, a criao articial de algo pelo homem; o desencadeamento de algum tipo de resposta no serhumano, como o senso de prazer ou beleza;

    a apresentao de algum tipo de ordem, padro ouharmonia;

    a transmisso de um senso de novidade e ineditismo; a expresso da realidade interior do criador; a comunicao de algo sob a forma de uma lingua-gem especial;

    a noo de valor e importncia; a excitao da imaginao e a fantasia; a induo ou comunicao de uma experincia-pico; coisas que possuam reconhecidamente um sentido; coisas que deem uma resposta a um dado problema.

    Ao mesmo tempo, mesmo que uma dada atividade sejaconsiderada arte de modo geral, h muita inconsistnciae subjetividade na aplicao do termo. Por exemplo, hbito entre os ocidentais chamar de arte o canto opers-tico, mas cantar despreocupadamente enquanto trabalha-mos muitas vezes no tido como arte. Pode haver, as-sim, uma srie de outros parmetros que as culturas em-pregam para separar o que consideram arte do que noconsideram.[4]

    Mesmo que se possa estabelecer parmetros gerais vli-dos consensualmente, a anlise de cada caso pode ser ex-traordinariamente complexa e inconsistente. Num con-texto geogrco, se a cultura ocidental chama de arte apera, possivelmente uma cultura no ocidental poderiaconsiderar aquele tipo de canto muito estranho. Na pers-pectiva histrica, muitas vezes um objeto considerado ar-tstico em uma determinada poca pode ser consideradono-artstico em outra.[4]

    1

  • 2 1 DEFINIO

    1.1 Histria do conceitoNo ocidente, um conceito geral de arte, ou seja, aquiloque teriam em comum coisas to distintas como, porexemplo, ummadrigal renascentista, uma catedral gtica,a poesia de Homero, os autos de mistrio medievais, umretbulo barroco, s comeou a se formar em meados dosculo XVIII, embora a palavra j estivesse em uso hsculos para designar qualquer habilidade especial.[5]

    Na Antiguidade clssica, uma das principais bases da ci-vilizao ocidental e a primeira cultura que reetiu sobreo tema, considerava-se arte qualquer atividade que envol-vesse uma habilidade especial: habilidade para construirum barco, para comandar um exrcito, para convencero pblico em um discurso, em suma, qualquer atividadeque se baseasse em regras denidas e que fosse sujeitaa um aprendizado e desenvolvimento tcnico. Em con-traste, a poesia, por exemplo, no era tida como arte, poisera considerada fruto de uma inspirao.[6] Plato deniuarte como uma capacidade de fazer coisas de modo inte-ligente atravs de um aprendizado, sendo um reexo dacapacidade criadora do ser humano;[7] Aristteles a de-niu como uma disposio de produzir coisas de formaracional, e Quintiliano a entendia como aquilo que era ba-seado em um mtodo e em uma ordem.[8] J Cassiodorodestacou seu aspecto produtivo e ordenado, assinalandotrs funes para ela: ensinar, comover e agradar ou darprazer.[9]

    O Juzo Final, de Michelangelo: a arte veiculando todo um uni-verso simblico, tendo um propsito educativo

    Essa viso atravessou a Idade Mdia, mas noRenascimento iniciou uma mudana, separando-seos ofcios produtivos e as cincias das artes propria-mente ditas, incluindo-se pela primeira vez a poesiano domnio artstico. A mudana foi inuenciada pelatraduo para o italiano da Potica de Aristteles e pela

    progressiva ascenso social do artista, que buscava umafastamento dos artesos e artces e uma aproxima-o dos intelectuais, cientistas e lsofos. O objetoartstico passou a ser considerado tanto fonte de prazercomo meio de assinalar distines sociais de poder,riqueza e prestgio, incrementando-se o mecenato eo colecionismo.[10] Comearam a aparecer tambmdiversos tratados sobre as artes, como o De pictura, Destatua e De re aedicatoria, de Leon Battista Alberti,e os Comentrios de Lorenzo Ghiberti. Ghiberti foi oprimeiro a periodizar a histria da arte, distinguindo aarte clssica, a arte medieval e a arte renascentista.[11]

    O Renascimento e o Maneirismo assinalam o incio daarte moderna. O conceito de beleza se relativizou,privilegiando-se a viso pessoal e a imaginao do artistaem detrimento do conceito mais ou menos unicado ede ndole cientca do Renascimento. Tambm se deuvalor ao fantstico e ao grotesco. Para Giordano Bruno,havia tantas artes quantos eram os artistas, introduzindoo conceito de originalidade, pois para ele a arte no temnormas, no se aprende e procede da inspirao.[12]

    No sculo XVIII comeou a se consolidar a esttica comoum elemento-chave para a denio de arte como hoje aentendemos - a despeito da vagueza e inconsistncias doconceito. At ento toda a arte do ocidente estava indisso-ciavelmente ligada a uma ou mais funes denidas, ouseja, era uma atividade essencialmente utilitria: serviapara a transmisso de conhecimento, para a estruturaoe decorao de rituais e festividades, para a invocao oumediao de poderes espirituais ou mgicos, para o em-belezamento de edifcios, locais e cidades, para a distin-o social, para a recordao da histria e a preservaode tradies, para a educao moral, cvica, religiosa ecultural, para a consagrao e perpetuao de valores eideologias socialmente relevantes, e assim por diante.[13]

    Esta mudana de paradigma estava ligada a transforma-es culturais desencadeadas pelo cienticismo e peloiluminismo. Estas correntes de pensamento passaram adefender a tese de que a arte no era uma cincia, nopodia descrever com exatido a realidade, e por isso nopoderia ser um veculo adequado para o conhecimentoverdadeiro. No sendo uma cincia, a arte passou para aesfera da emoo, da sensorialidade e do sentimento. Aprpria origem da palavra esttica deriva de um termogrego que signica sensao. Em trabalhos de Jean-Baptiste Dubos, Friedrich von Schlegel, Arthur Scho-penhauer, Thophile Gautier e outros nasceu o conceitode arte pela arte, onde ela tinha um m em si mesma,despojando-a de toda a sua antiga funcionalidade e uti-lidade prtica e associaes com a moral. Ao mesmotempo em que isso abriu um novo e rico campo los-co, gerou diculdades importantes: perdeu-se a capa-cidade de se entender a arte antiga em seu prprio con-texto, onde ela era toda funcional - um testemunho destatendncia a proliferao de museus no sculo XIX, ins-tituies onde todos os tipos de arte so apresentados forade seu contexto original -, e criaram-se conceitos inteira-

  • 1.1 Histria do conceito 3

    mente baseados na subjetividade, tornando cada vez maisdifcil encontrar-se pontos objetivos em comum que pu-dessem ser aplicados a qualquer tipo de arte, tanto paradeni-la quanto para valor-la ou interpretar seu signi-cado. O esteticismo foi um dos elementos tericos bsi-cos para a emergncia do Romantismo, que rejeitou o uti-litarismo da arte e deu um valor principal criatividade, intuio, liberdade e viso individuais do artista,erigindo-o ao status de demiurgo e profeta e fomentandocom isso o culto do gnio. Por outro lado, o esteticismoofereceu uma alternativa para a descrio de aspectos domundo e da vida que no esto ao alcance da cincia eda razo.[14][15] Charles Baudelaire foi um dos primeirosa analisar a relao da arte com o progresso e a era in-dustrial, pregurando a noo de que no existe belezaabsoluta, mas que relativa e mutvel de acordo com ostempos e com as predisposies de cada indivduo. Acre-ditava que a arte tinha um componente eterno e imutvel- sua alma - e um componente circunstancial e transitrio- seu corpo. Este dualismo nada mais do que expressavaa dualidade inerente ao homem em seu anelo pelo ideal eseu enfrentamento da realidade concreta.[16]

    Kazimir Malevich: Quadrado negro sobre fundo branco, umadas obras paradigmticas da escola abstrata

    Em que pese a grande inuncia do esteticismo,cujo corolrio apareceria no incio do sculo XX naforma do abstracionismo, uma apoteose do individu-alismo artstico,[17] houve correntes que o combate-ram. Hippolyte Taine elaborou uma teoria de que aarte tem um fundamento sociolgico, aplicando-lhe umdeterminismo baseado na raa, no contexto social e napoca. Reivindicou para a esttica um carter cient-co, com pressupostos racionais e empricos. Jean Ma-rie Guyau apresentou uma perspectiva evolucionista, ar-mando que a arte est na vida e evolui com ela, e as-sim como a vida se organiza em sociedades, a arte deveser um reexo da sociedade que a produz.[18] A estticasociolgica teve associaes com os movimentos pol-

    ticos de esquerda, especialmente o socialismo utpico,defendendo para a arte o retorno a uma funo social,contribuindo para o desenvolvimento das sociedades eda fraternidade humana, como se percebe nos trabalhosde Henri de Saint-Simon, Lev Tolstoi e Pierre JosephProudhon, entre outros. John Ruskin e William Morrisdenunciaram a banalizao da arte causada pelo esteti-cismo e pela sociedade industrial, e defenderam a voltaao sistema corporativo e artesanal medieval.[19][20]

    Na mesma poca a arte comeou a ser estudada sob oponto de vista psicolgico e semitico atravs da contri-buio de Sigmund Freud. Ele declarou que a arte po-deria ser uma forma de representao de desejos e desublimao de pulses irracionais reprimidas. Disse queo artista era um narcisista, e que as obras de arte po-diam ser analisadas da mesma forma que os sonhos, ossmbolos e as doenas mentais. Continuou nessa linhaseu discpulo Carl Jung, que introduziu o conceito dearqutipo na anlise artstica.[21] Outra novidade foi in-troduzida por Wilhelm Dilthey, considerando arte e vidaserem uma unidade. Pregurando a arte contempornea,reconheceu a importncia da reao do pblico na de-nio do que um objeto artstico, o que instaurava umaespcie de anarquia do gosto, inaugurando a esttica cul-tural. Reconheceu tambm que a poca assinalava umamudana social e uma nova interpretao da realidade.Ao artista caberia intensicar nossa viso de mundo emuma obra coerente e signicativa.[22]

    Na primeira metade do sculo XX conceitos inovadoresforam introduzidos pela Escola de Frankfurt, destacando-se Walter Benjamin e Theodor Adorno, estudando osefeitos da industrializao, da tecnologia e da cultura demassa sobre a arte. Benjamin analisou a perda da aura doobjeto artstico na sociedade contempornea, e Adornoreetiu que a arte no um reexo mecnico da socie-dade que a produz, pois a arte expressa o que no existee indica a possibilidade de transformao e transcendn-cia. Representante do pragmatismo, John Dewey deniua arte como a culminao da natureza, defendendo quea base da esttica a experincia sensorial. A atividadeartstica seria uma consequncia da atividade natural doser humano, cuja forma organizativa depende dos condi-cionamentos ambientais em que se desenvolve. Assim,arte seria o mesmo que expresso, onde ns e meios sefundem em una experincia agradvel. J Ortega y Gas-set apontou o carter elitista e a desumanizao da artede vanguarda, devido ao seu hermetismo, ao repdio daimitao da natureza e perda da perspectiva histrica.Na escola semitica, Luigi Pareyson elaborou uma est-tica hermenutica, onde arte a interpretao da verdade.Para ele, a arte formativa, ou seja, expressa umaforma de fazer que ao mesmo tempo inventa sua prprialinguagem e seus meios. Assim a arte no seria o resul-tado de um projeto predeterminado, mas simplesmenteencontraria o resultado no processo de fazer. Pareysoninuenciou a chamada Escola de Turim, que desenvolveuo conceito ontolgico de arte. Umberto Eco, seu maior

  • 4 3 PERIODIZAO

    expoente, armou que a obra de arte s existe em suainterpretao, na abertura de mltiplos signicados quepode ter para o espectador.[23]

    A fonte, de Marcel Duchamp, originalmente um urinol: umexemplo da transformao contempornea do conceito de arte

    Chegando-se aos meados do sculo XX, o assunto se tor-nou to complexo, voltil e subjetivo que muitos estudi-osos abandonaram de todo a ideia de que a denio doque arte de alguma forma possvel. A ttulo de exem-plo, cite-se algumas opinies: Morris Weitz declarou queo prprio carter aventuroso e expansivo da arte, suasconstantes mutaes e novidades, torna ilgico que esta-beleamos qualquer conjunto de propriedades denidas.Robert Rosenblum disse que hoje em dia a ideia de de-nirmos arte to remota que no acredito que algumteria coragem de faz-lo, eWladyslaw Tatarkiewicz ar-mou que nosso sculo chegou concluso de que con-seguirmos uma denio abrangente do que arte noapenas algo diclimo, como impossvel. Essas vises,porm, no impediram que outros crticos lanassem opi-nies diferentes, crendo ser possvel uma denio. Al-guns delas contornaram o problema central da deniopropriamente dita, e estabeleceram parmetros externospara denir o fato artstico, recorrendo consagrao ins-titucional, autoridade, ou resposta do pblico ou depessoas consideradas peritas. Um exemplo a deniode George Dickie: um objeto artstico em primeiro lu-gar um artefato, e em segundo, um conjunto de aspectosque legitimou sua proposta de merecer ateno especialde alguma pessoa ou pessoas agindo em nome de algumainstituio social. s vezes se recorre sua localizaoe ao contexto cultural, como na declarao de ThomasMcEvilley, dizendo que " arte o que est num museu...Parece bem claro que hoje em dia mais ou menos qual-quer coisa pode ser chamada de arte. A questo : ela foichamada de arte pelo 'sistema de arte'? Em nosso sculo,isso tudo o que preciso para denir arte. Na mesmalinha de ideias, Robert Hughes disse que algo arte sefoi criado com o m expresso de ser considerado comotal e foi colocado em um contexto em que visto como

    tal.[24] Segundo a denio da Encyclopedia Britannica,arte aquilo que criado deliberadamente pelo homemcomo uma expresso de habilidade ou da imaginao.[3]

    2 Formas, gneros, tcnicasAs artes so muitas vezes divididas em categorias espec-cas, tais como artes decorativas, artes plsticas ou visu-ais, artes do espectculo, ou literatura. A pintura umaforma de arte plstica ou visual, e a poesia uma formade literatura.Uma forma de arte uma forma especca de expressoartstica, um termo mais especco do que arte em ge-ral, mas menos especco do que gnero. Alguns exem-plos incluem Arquitetura, Arte digital, Banda desenhada,Cinema, Dana, Desenho, Escultura, Grati, Fotograa,Literatura (Poesia e Prosa), Teatro, Msica, Pintura, etc.As tcnicas para uma obra de arte ser construda so asmais diversas. Cada tcnica caracteriza-se pelo empregodo material fsico e de como se maneja tal material paraatingir os resultados desejados. Assim, por exemplo,pedra e bronze so dois materiais utilizados na tcnica daescultura por subtrao, a qual se inclui na forma arts-tica da escultura. A msica e a poesia usam o som, a pin-tura usa as tcnicas do leo, aquarela, guache, encustica,etc.[25]

    Um gnero artstico o conjunto de convenes, temti-cas e estilos dentro de uma forma de arte e mdia. Porexemplo, o Cinema possui uma gama de gneros, comoaventura, horror, comdia, romance, co cientca, etc.Na msica, h centenas de gneros musicais, que variamde regio, cultura e etc., e vo da msica erudita cls-sica, msica folclrica,rock, MPB, msica pop, muzak,etc. Na pintura incluem paisagem, retrato, nu, naturezamorta, paisagem, cena histrica, etc.[26]

    3 Periodizao

    3.1 Arte pr-histrica (c. 40000-3000 a.C.)Desenvolveu-se entre o Paleoltico Superior e oNeoltico,onde aparecem as primeiras manifestaes que podemser consideradas como arte. No Paleoltico o homem, de-dicado caa e vivendo em cavernas, praticou a chamadaarte rupestre. No Neoltico tornou-se sedentrio e desen-volveu a agricultura, com sociedades cada vez mais com-plexas, onde a religio ganhou importncia. So exem-plos os monumentos megalticos e um incio de produoartesanal na forma de vasos de cermica e estatuetas.[27]

    Pinturas rupestres na gruta de Lascaux Vnus de Willendorf Monumento megaltico de Stonehenge

  • 3.4 Arte medieval (c. 300-1350) 5

    Gravuras rupestres em Bohusln

    3.2 Arte antiga (c. 3000-300 a.C.)

    No Egito e na Mesopotmia viveram as primeiras civi-lizaes altamente estruturadas, e seus artistas/artesosproduziram obras complexas que j apresentam uma es-pecializao prossional. A arte egpcia se caracterizoupelo carter religioso e poltico, com destaque para a ar-quitetura, a pintura e a escultura. A escultura e a pinturamostram a gura humana em um estilo fortemente hier-tico e esquemtico, devido rigidez de seus cnones sim-blicos e religiosos. A arte mesopotmica se desenvol-veu na rea entre os rios Tigre e Eufrates, sendo testemu-nha de culturas diferentes, como os sumrios, acadianos,assrios e persas. Na arquitetura se incluem os zigurates,grandes templos piramidais em degraus, enquanto que naescultura predomina cenas religiosas, de caa e de guerra,com a presena de guras humanas e animais reais oumitolgicos.[28]

    Templo egpcio em Filas Relevo em ouro e esmaltes do tesouro deTutancmon

    Um shedu assrio Dama de Elche ibrica

    3.3 Arte clssica (1000 a.C.300 d.C.)A arte da Grcia Antiga marcou a evoluo da arte oci-dental. Depois de um comeo em que salientaram as ci-vilizaes Minoica e Micnica, a arte grega se desenvol-veu em trs perodos: arcaico, clssico e helenstico. Naarquitetura se destacaram os templos, com suas trs or-dens: drica, jnica e corntia. Na escultura dominou arepresentao do corpo humano, atingindo uma snteseentre naturalismo e idealismo no perodo clssico, comdestaque para a produo de Mron, Fdias, Policleto ePraxteles. Com claros precedentes na arte etrusca e naarte grega, a arte romana alcanou quase todos os cantosda Europa, Norte de frica e do Oriente Mdio, estabe-lecendo as bases da arte ocidental. Grandes engenheirose construtores, se destacaram na arquitetura civil desen-volvendo o arco e a cpula, com a construo de estradas,pontes, aquedutos e obras urbanas, bem como os tem-plos, palcios, teatros, anteatros, circos, banhos, arcostriunfais, etc. A escultura, inspirada na grega, tambmcentrada na gura humana, mas de forma mais realista.A pintura e o mosaico so conhecidos pelos vestgios en-contrados em Pompeia e alguns outros lugares.[29]

    O templo grego do Partenon O Dorforo de Policleto

    O Panteo romano Fronto de Talamon, etrusco

    3.4 Arte medieval (c. 300-1350)A arte medieval, sendo uma derivao direta da arte ro-mana, inicia com a arte paleocrist, aps a ocializaodo cristianismo como religio do Imprio Romano. Tra-balharam as formas clssicas para interpretar a nova dou-trina religiosa. Porm, logo o estilo clssico se pulve-rizou em uma multiplicidade de escolas regionais, como aparecimento de formas mais esquemticas e simpli-cadas. Na arquitetura destacou-se como o tipo baslica,enquanto que na escultura os sarcfagos assumiram pa-pel destacado, bem como os mosaicos e as pinturas dascatacumbas. A etapa seguinte constituiu a chamada artebizantina, incorporando inuncias orientais e gregas, etendo no cone e nos mosaicos seus gneros principais. Aarte romnica seguiu-lhe paralelamente, recebendo a in-uncia de povos brbaros como os germnicos, celtas egodos. Foi o primeiro estilo de arte internacional depoisda queda do Imprio Romano. Eminentemente religiosa,a maioria da arte romnica visa a exaltao e difuso docristianismo. A arquitetura enfatiza o uso de abbadase arcos, comeando a construo de grandes catedrais,que continuar durante o gtico. A escultura se desen-volveu principalmente no mbito arquitetnico, com for-mas esquematizadas. A arte gtica se desenvolveu en-tre os sculos XII e XVI, sendo um momento de o-rescimento econmico e cultural. A arquitetura foi pro-fundamente alterada a partir da introduo do arco ogi-val e do arcobotante, nascendo formas mais leves e maisdinmicas, que possibilitaram a construo de edifciosmais altos e com aberturas maiores, tipicados na cate-dral gtica. A escultura continua principalmente enqua-drada na obra arquitetnica, mas comeou a desenvolver-se de forma autnoma, com formas mais realistas e ele-gantes inspirados pela natureza e, em parte, numa recupe-rao de inuncias clssicas. Aparecem grandes retbu-los escultricos e a pintura desenvolve tcnicas inovado-ras como o leo e a tmpera, criando-se obras de grandedetalhamento.[30]

    Imagem doBomPastor na catacumba de SoCalisto Mosaico bizantino na Baslica de So Vital deRavena

    Pgina do Livro de Kells da arte hiberno-saxnica,no perodo romnico

    Fachada principal da Catedral de Amiens, gtica

    3.5 Arte na Idade Moderna (c. 1350-1850)A Idade Moderna inicia no Renascimento, perodo degrande esplendor cultural na Europa. A religio deu lu-gar a uma concepo cientca do homem e do universo,

  • 6 3 PERIODIZAO

    no sistema do humanismo. As novas descobertas geogr-cas levaram a civilizao europeia a se expandir paratodos os continentes, e atravs da inveno da imprensaa cultura se universalizou. Sua arte foi inspirada ba-sicamente na arte clssica greco-romana e na observa-o cientca da natureza. Entre seus expoentes estoFilippo Brunelleschi, Leon Battista Alberti, Bramante,Donatello, Leonardo da Vinci, Dante Alighieri, Petrarca,Rafael, Drer, Palestrina e Lassus. Sua continuao pro-duziu o Maneirismo, com a emergncia de um maiorindividualismo e um senso de drama e extravagncia,proliferando em inmeras escolas regionais. Tambmfoi importante nesta fase a disputa entre protestantes ecatlicos contra-reformistas, com repercusses na arte sa-cra. Shakespeare, Cervantes, Cames, Andrea Palladio,Parmigianino, Monteverdi, El Greco e Michelangelo soalguns de seus representantes mais notrios. No perodobarroco fortaleceram-se os Estados nacionais, dando ori-gem ao absolutismo. Como reexo disso a arte se tornasuntuosa e grandiloquente, privilegiando os contrastesacentuados, o senso de drama e o movimento. Firmam-se grandes escolas em vrios pases, como na Itlia,Frana, Espanha e Alemanha. So nomes fundamentaisdo perodo Gngora, Vieira, Molire, Donne, Bernini,Bach, Haendel, Lully, Pozzo, Borromini, Caravaggio,Rubens, Poussin, Lorrain, Rembrandt, Ribera, Zurbarn,Velzquez, entre uma multido de outros.[31]

    Sua sequncia foi o Rococ, surgido a partir de mea-dos do sculo XVIII, com formas mais leves e elegan-tes, privilegiando o decorativismo, a sosticao aristo-crtica e a sensibilidade individual. Ao mesmo tempose rmava uma corrente iluminista, pregando o primadoda razo e um retorno natureza. Foram importantes,por exemplo, Voltaire, Jean-Jacques Rousseau, Carl Phi-lipp Emanuel Bach, Jean-Antoine Houdon, AntoineWat-teau, Jean-Honor Fragonard, Joshua Reynolds e ThomasGainsborough. No nal do sculo emergem duas cor-rentes opostas: o Romantismo e o Neoclassicismo, quedominaro at meados do sculo XIX, s vezes em sn-teses eclticas, como na obra de Goethe. O Roman-tismo enfatizava a experincia individual do artista, comobras arrebatadas, visionrias e dramticas, enquanto queo Neoclassicismo recuperava o ideal equilibrado do clas-sicismo e impunha uma funo social moralizante e pol-tica para a arte. Na primeira corrente podem ser destaca-dos Victor Hugo, Byron, Eugne Delacroix, Francisco deGoya, Frdric Chopin, Ludwig van Beethoven, WilliamTurner, Richard Wagner, William Blake, Albert Biers-tadt e Caspar David Friedrich, e, na segunda, Jacques-Louis David, Mozart, Haydn e Antonio Canova.[32]

    A Escola de Atenas, de Rafael, renascentista O xtase de Santa Teresa, de Bernini, barroco Baslica de Ottobeuren, rococ Abadia no Carvalhal, de Caspar David Friedrich,romntico

    Perseu, de Canova, neoclssico

    3.6 Arte contempornea (c. 1850-atualidade)

    Entre meados do sculo XIX e o incio do sculo XX selanaram as bases da sociedade contempornea, marcadano terreno poltico pelo m do absolutismo e a instaura-o dos governos democrticos. No campo econmico,marcaram esta fase a Revoluo Industrial e a consolida-o do capitalismo, que tiveram respostas nas doutrinasde esquerda como o marxismo, e nas lutas de classes. Naarte o que tipica o perodo a multiplicao de corren-tes grandemente diferenciadas. At o m do sculo XIXsurgiram, por exemplo, o realismo, o impressionismo, osimbolismo e o ps-impressionismo.[33]

    O sculo XX se caracterizou por uma forte nfase noquestionamento das antigas bases da arte, propondo-sea criar um novo paradigma de cultura e sociedade e der-rubar tudo o que fosse tradio. At meados do sculo asvanguardas foram enfeixadas no rtulo de modernistas,e desde ento elas se sucedem cada vez com maior ra-pidez, chegando aos dias de hoje a um estado de to-tal pulverizao dos estilos e estticas, que convivem,dialogam, se inuenciam e se enfrentam mutuamente.Tambm surgiu uma tendncia de solicitar a participa-o do pblico no processo de criao, e incorporar aodomnio artstico uma variedade de temas, estilos, prti-cas e tecnologias antes desconhecidas ou excludas. En-tre as inmeras tendncias do sculo XX podemos ci-tar: art nouveau, fauvismo, pontilhismo, abstracionismo,expressionismo, realismo socialista, cubismo, futurismo,dadasmo, surrealismo, funcionalismo, construtivismo,informalismo, arte pop, neorrealismo, artes de ao(performance, happening, uxus, instalao), op art,videoarte, minimalismo, arte conceitual, fotorrealismo,land art, arte povera, body art, arte ps-moderna,transvanguarda, neoexpressionismo.[34]

    Paul Czanne: As grandes banhistas, c. 1906, mo-dernista

    Wassily Kandinsky: Fuga, 1914, abstracionista Dente e garfo, 1922, de Hans Arp, modernista Salvador Dali A (Dali Atomicus), fotograa surrea-lista de Philippe Halsman, 1941

    Dobraduras com disco vermelho, escultura cinticade Alexander Calder, 1973

    O tnel sob o Atlntico, instalao e performance deMaurice Benayoun, 1995

    A respirao do deserto, 1997, land art de DanaeStratou, Alexandra Stratou e Stella Constantinides

    Prdio doMuseu Guggenheim em Bilbao, projetadopor Frank Gehry

  • 74 Historiograa da arte

    Johann JoachimWinckelmann, considerado o pai da Histria daarte

    A historiograa da arte a cincia que analisa o estudoda histria da arte desde um ponto de vista metodolgico,ou seja, a forma como o historiador realiza o estudo daarte, as ferramentas e disciplinas que podem ser usadaspara esse estudo. O mundo da arte sempre tem levadoem paralelo um componente de auto-reexo, desde an-tigamente os artistas, e outras pessoas a seu redor, temescrito diversas reexes sobre sua atovodade. Vitruvioescreveu o tratado sobre a arquitetura mais antigo quese conserva, De Architectura. Sua descrio das for-mas arquitetnicas da antigudade grecorromana inu-enciaram o Renascimento, sendo por sua vez uma im-portante fonte documental para as informaes sobre apintura e escultura grega e romana.[35] Giorgio Vasari,em Le vite de' pi eccellenti pittori, scultori e architettori(1542-1550), foi um dos predecessores da historiograada arte, fazendo uma crnica dos principais artistas deseu tempo, pondo especial nfase na progresso e no de-senvolvimento da arte. No entanto, estes escritos, geral-mente crnicas, inventrios, biograas ou outros escritosmais ou menos literrios, careciam de perspectiva hist-rica e o rigor cientco necessrios para serem conside-rados historiograa da arte.[36]

    Johann JoachimWinckelmann considerado o pai da his-tria da arte, criando uma metodologia cientca para aclassicao das artes e baseando a Histria da arte emuma teoria esttica de inuncia neoplatnica: a beleza

    o resultado de uma materializao da ideia. Grande ad-mirador da cultura grega, postulou que na Grcia antigase deu a beleza perfeita, gerando um mito sobre a perfei-o da beleza clssica que ainda condiciona a perfeioda arte hoje em dia. Em Reexo sobre a imitao dasobras de arte gregas (1755) armou que os gregos che-garam a um estado de perfeio total na imitao da na-tureza, e assim ns agora s podemos imitar os gregos.Assim mesmo, relacionou a arte com as etapas da vidahumana (infncia, idade adulta, velhice), estabelecendouma evoluo da arte em trs estilos: arcaico, clssico ehelenstico.[37]

    Durante o sculo XIX, a nova disciplina buscou uma for-mulao mais prtica e rigorosa, especialmente desdea apario do positivismo. No entanto, essa tarefafoi abordada por diversas metodologias que trouxe-ram uma grande variedade de tendncias historiogr-cas: o romantismo imps uma viso historicista erevivalista do passado, resgatando e pondo em moda no-vamente estilos artsticos que haviam sido desvaloriza-dos pelo neoclassicismo winckelmanniano; assim o ve-mos na obra de Ruskin, Viollet-le-Duc, Goethe, Schlegel,Wackenroder, entre outros. Em vez disso, a obra de auto-res como Karl Friedrich von Rumohr, Jacob Burckhardte Hippolyte Taine, foram a primeira tentativa sria de for-mular uma histria da arte com base em critrios cient-cos, baseando-se em anlises crticas das fontes histo-riogrcas. Por outro lado, Giovanni Morelli introduziuo conceito de connoisseur, o especialista em arte, que aanalisa com base tanto em seus conhecimentos como emsua intuio.[38]

    A primeira escola historiogrca de grande relevncia foio formalismo, que defendia o estudo da arte a partir doestilo, aplicando uma metodologia evolucionista que de-fendia a arte uma autonomia longe de qualquer conside-rao losca, rejeitando a esttica romantica e o idealhegeliano, e se aproximando do neokantismo. Seu pri-meiro terico foi Heinrich Wlin, considerado o paida moderna Histria da arte. Ele aplicou a arte crit-rios cientcos, como o estudo psicolgico ou o mtodocomparativo: denia os estilos por suas diferenas estru-turais inerentes aos mesmos, como argumentou em suaobra Conceitos fundamentais da Histria da Arte (1915).Wlin no atribuiu importncia s biograas dos artis-tas, defendendo por outro lado a ideia de nacionalidade,de escolas artsticas e estilos nacionais. As teorias deWlin foram continuadas pela chamada Escola de Vi-ena, com autores como Alois Riegl, Max Dvok, HansSedlmayr e Otto Pcht.[39]

    J no sculo XX, a historiograa da arte tem continu-ado dividida entre mltiplas tendncias, desde autoresainda enquadrados no formalismo (Roger Fry, Henri Fo-cillon), passando pelas escolas sociolgica (Friedrich An-tal, Arnold Hauser, Pierre Francastel, Giulio Carlo Ar-gan) ou psicolgica (Rudolf Arnheim, Max Wertheimer,Wolfgang Khler), at perspectivas individuais e sinteti-zadores como as de Adolf Goldschmidt o Adolfo Ven-

  • 8 6 SOCIOLOGIA DA ARTE

    turi. Uma das escolas mais reconhecidas tem sido a daiconologia, que centra seus estudos na simbologia e nosignicado da obra artstica. Atravs do estudo de ima-gens, emblemas, alegorias e demais elementos de signi-cado visual, pretendem esclarecer a mensagem que o ar-tista pretendeu transmitir em sua obra, estudando a ima-gem desde postulados mitolgicos, religiosos ou histri-cos, ou de qualquer ndole semntica presente em qual-quer estilo artstico. Os principais tericos desse movi-mento foramAbyWarburg, Erwin Panofsky, Ernst Gom-brich, Rudolf Wittkower y Fritz Saxl.[40]

    5 Crtica de arte

    Denis Diderot, considerado o pai da crtica de arte moderna

    A crtica de arte um gnero, entre literrio e acadmico,que faz uma avaliao sobre as obras de arte, artistas ouexpositores, em princpio de forma pessoal e subjetiva,mas baseando-se na histria da arte e suas mltiplas dis-ciplinas, avaliando-se a arte segundo seu contexto ou evo-luo. avaliativa, informativa e comparativa, apontandodados empricos e testveis. Denis Diderot consideradoo primeiro crtico de arte moderno, por seus comentriossobre as obras de arte expostas nos sales de Paris, rea-lizados no Museu do Louvre desde 1725. Esses sales,abertos ao pblico, atuaram como centro difusor de ten-dncias artsticas, propiciando modas e gostos em relaoa arte, assim foram objeto de debate e crtica. Diderotescreveu suas impresses sobre esses sales primeiro emuma carta escrita em 1759, que foi publicada na corres-pondncia literria de Frdric-Melchior Grimm, e desdeento at 1781, sendo o ponto de partida desse gnero.[41]

    No incio da crtica de arte tem que se avaliar, por umlado, o acesso do pblico a essas exposies artsticas,que junto com a proliferao dos meios de comunicaoem massa desde o sculo XVIII produziram uma via decomunicao direta entre o crtico e o pblico a que sedirige. Por outro lado, o auge da burguesia como classesocial que inventou a arte como objeto de ostentao, e ocrescimento do mercado artstico que levou consigo, pro-porcionaram um ambiente social necessrio para a con-solidao da crtica artstica. A crtica de arte tem estadogeralmente vinculada ao periodismo, exercendo um tra-balho de porta-voz do gosto artstico que, por um lado,lhes tem conferido um grande poder, ao ser capaz deafundar ou elevar a obra de um artista, mas por outrolado lhes tem feito objeto de ferozes ataques e contro-versas. Outro ponto a ressaltar o carter de atualidadeda crtica da arte, j que se centra em um contexto his-trico e geogrco no qual o crtica realiza seu traba-lho, imersa em um fenmeno cada vez mais dinmicocomo o das correntes de moda. Assim, a falta de his-toricidade para emitir um juzo sobre as bases consoli-dadas leva a crtica de arte a estar frequentemente sus-tentada na intuio do crtico, como um fator de riscoque leva consigo. Por m, como disciplina sujeita a seutempo e a evoluo cultural da sociedade, a crtica de artesempre revela um componente do pensamento social noqual se v imersa, existindo assim diversas correntes decrtica de arte: romntica, positivista, fenomenolgica,semiolgica, etc.[42] Disse Charles Baudelaire: Para serjusta, ou melhor, para ter sua razo de ser, a crtica deveser parcial, apaixonada, poltica; isto : deve adotar umponto de vista exclusivo, mas um ponto de vista exclusivoque abra ao mximo os horizontes. [43]

    Entre os crticos de arte tem havido desde famosos es-critores at os prprios historiadores de arte, que mui-tas vezes tem passado de anlises metodolgicas a cr-tica pessoal e subjetiva, conscientes de que so uma armade grande poder hoje em dia. Podem ser citados CharlesBaudelaire, John Ruskin, OscarWilde, mile Zola, Joris-Karl Huysmans, Guillaume Apollinaire, Wilhelm Wor-ringer, Clement Greenberg e Michel Tapi.[44]

    6 Sociologia da arteA sociologia da arte uma disciplina das cincias soci-ais que estuda a arte desde uma abordagem metodol-gica baseada na sociologia. Seu objetivo estudar a artecomo produto da sociedade humana, analisando os di-versos componentes sociais que contribuem para a g-nese e difuso da obra artstica. A sociologia da arte uma cincia multidisciplinar, recorrendo para suas an-lises a diversas disciplinas como a cultura, a poltica,economia, antropologia, lingustica, losoa, e demaiscincias sociais que inuenciam no desenvolvimento dasociedade. Entre os diversos objetos de estudo da so-ciologia da arte se encontram vrios fatores que inter-

  • 9veem desde um ponto de vista social na criao artstica,desde aspectos mais genricos como a situao social doartista ou a estrutura sociocultural do pblico, at maisespeccos como o mecenato, o mercantilismo e comer-cializao da arte, as galerias de arte, a crtica de arte,colecionadores, museograa, instituies e fundaes ar-tsticas, etc.[45] Tambm cabe destaque no sculo XX aapario de novos fatores como o avano da difuso dosmeios de comunicao, a cultura de massas, a categori-zao da moda, a incorporao de novas tecnologias ou aabertura de conceitos na criao material da obra de arte(arte conceitual, arte de ao).A sociologia da arte deve seus primeiros passos a inte-resses de diversos historiadores pela anlise do ambientesocial da arte desde metade o sculo XIX, especialmenteaps a criao do positivismo como mtodo de anlise ci-entca da cultura, e a criao da sociologia como cinciaautnoma por Auguste Comte. No entanto, a sociologiada arte se desenvolveu como disciplina prpria durante osculo XX, com sua prpria metodologia e seus objetosde estudo determinados. O ponto de partida dessa disci-plina geralmente situado imediatamente aps a SegundaGuerra Mundial, com a apario de diversas obras decisi-vas no desenvolvimento dessa corrente disciplinas: Arte erevoluo industrial, de Francis Klingder (1947); A pin-tura orentina e seu ambiente social, de Friedrih Antal(1948); e Histria social da literatura e a arte, de ArnoldHauser (1951). No seu incio, a sociologia da arte es-teve estritamente vinculada ao marxismo - como os pr-prios Hauser e Antal, ou Nikos Hadjinikolaou, autor deHistria da arte e luta de classes (1973) - embora, emseguida, se distanciou dessa tendncia para adquirir au-tonomia prpria como cincia. Outros autores destaca-dos dessa disciplina so Pierre Francastel, Herbert Read,Francis Haskell, Michael Baxandall, Peter Burke e GiulioCarlo Argan.[46]

    7 Psicologia da arteA psicologia da arte a cincia que estuda os fenme-nos da criao e apreciao artstica desde uma pers-pectiva psicolgica. A arte , como manifestao daatividade humana, suscetvel a ser analisada de formapsicolgica, estudando os diversos processos mentais eculturais que ocorrem durante a criao da arte, tantoem sua criao como em sua recepo por parte do p-blico. Por outro lado, como fenmeno da conduta hu-mana, pode servir como base de anlise da conscinciahumana, sendo a percepo esttica um fator distintivodo ser humano como espcie, que o diferencia dos ani-mais. A psicologia da arte uma cincia interdisciplinar,que deve recorrer fortemente a outras disciplinas cient-cas para poder efetuar sua anlise, desde - logicamente- a histria da arte, at a losoa e a esttica, passandopela sociologia, antropologia, neurobiologia, etc. Tam-bm est estritamente conectada com o resto dos ramos

    Auto-retrato com a orelha cortada (1889), de Vincent van Gogh.A Psicanlise permite comprender certos aspectos da personali-dade do artista.

    da psicologia, desde a psicoanlise at a psicologia cog-nitiva, evolutiva ou social, passando pela psicobiologiae os estudos de personalidade. Assim mesmo, a n-vel siolgico, a psicologia da arte estuda os proces-sos bsicos da atividade humana - como a percepo, aemoo e a memria-, assim como as funes superio-res do pensamento e da linguagem. Entre seus objetosde estudo se encontram tanto a percepo de cor (recep-o retiniana e processamento do crtex) e a anlise daforma, como os estudos sobre a criatividade, capacida-des cognitivas (smbolos, cones), e a arte como terapia.Para o desenvolvimento dessa disciplina foram essenci-ais as contribuies de Sigmund Freud, Gustav fechner,a escola de Gestalt (dentro da qual se destacam os traba-lhos de Rudolf Arnheim), Lev Vygotski, Howard Gard-ner, etc.[47]

    Uma das principais correntes da psicologia da arte temsido a Escola de Gestalt, que arma que estamos condi-cionados pela nossa cultura -em sentido antropolgico-,e que a cultura condiciona nossa percepo. Toma comoponto de parte a obra de Karl Popper, que arma que naapreciao esttica h um pouco de insegurana (gosto),que no tem base cientca e no se pode generalizar; le-vamos uma ideia preconcebida (hiptese prvia), quefaz com que encontremos no objeto o que buscamos. Se-gundo a Gestalt, a mente congura, atravs de certas leis,os elementos que chegam a ela atravs dos canais senso-riais (percepo) ou da memria (pensamento, intelign-cia e resoluo de problemas). Em nossa experincia domeio ambiente, esta congurao tem um carter prim-rio sobre os elementos que a compem, e a soma desses

  • 10 9 REFERNCIAS

    ltimos por si prprios no poderia nos levar, portanto,a compreenso do funcionamento mental. Se fundamen-tam na noo de estrutura, entendida como um todo sig-nicativo de relaes entre estmulos e respostas, e ten-tam entender os fenmenos em sua totalidade, sem espe-rar os elementos do conjunto, que formam uma estruturaintegrada fora da qual esses elementos no teriam signi-cado. Seus principais expoentes foram Rudolf Arnheim,Max Wertheimer, Wolfgang Khler, Kurt Koka y KurtLewin.[48]

    8 Conservao e restauro

    Juzo Final de Miguel ngel antes da restaurao.

    Juzo Final durante a restaurao.

    Juzo Final depois da restaurao.

    A conservao e restauro de obras de arte uma ativi-dade que tem por objeto a reparao ou atuao preven-

    tiva de qualquer obra que, devido a sua antiguidade ouestado de conservao, seja necessria uma intervenopara preservar sua integridade fsica, assim como seu va-lor artstico, respeitando ao mximo a essncia originalda obra.[49] Na opinio de Cesare Brandi, a restauraodeve se dirigir ao reestabelecimento da unidade potencialda obra de arte, sempre que isso seja possvel sem come-ter uma falsicao artstica ou uma falsicao histrica,e sem apagar pegada alguma do transcurso da obra de arteatravs do tempo.[50]

    Na arquitetura, a restaurao apenas do tipo funcional,para preservar a estrutura e unidade do edifcio, ou re-parar rachaduras ou pequenos defeitos que podem surgirnos materiais. At o sculo XVIII, as restauraes arqui-tetnicas s preservavam as obras de culto religioso, dadoseu carter litrgico e simblico, reconstruindo outro tipode edifcio sem respeitar sequer o estilo original. Por m,desde o auge da arqueologia ao nal do sculo XVIII, es-pecialmente com as escavaes de Pompeia e Herculano,se tendeu a preservar a medida do possvel qualquer es-trutura do passado, sempre e quando tivesse um valor ar-tstico e cultural. Ainda assim, no sculo XIX os ideaisromnticos levaram a buscar a pureza estilstica do edi-fcio, e a moda do historicismo levou a planejamentoscomo os de Viollet-le-Duc, defensor da interveno emmonumentos com base em um certo ideal estilstico. Naatualidade, se tende a preservar ao mximo a integridadedos edifcios histricos.Na rea da pintura, se tem evoludo desde uma primeiraperspectiva de tentar recuperar a legibilidade da ima-gem, acrescentando se fosse necessrio partes perdidasda obra, a respeitar a integridade tanto fsica como est-tica da obra de arte, fazendo as intervenes necessriaspara suas conservao sem que se produza uma transfor-mao radical da obra. A restaurao pictrica adquiriuum crescente impulso a partir do sculo XVII, devido aomal estado de conservao de pinturas a fresco, tcnicabastante corrente na Idade Mdia e no Renascimento.Do mesmo modo, o aumento do mercado de antiguida-des proporcionou a restaurao de obras antigas caras asua posterior comercializao. Por ltimo, a esculturatem sido uma evoluo paralela: desde a reconstruo deobras antigas, geralmente em relao a membros mutila-dos (como a reconstruo do Laocoonte em 1523-1533por parte de Giovanni Angelo Montorsoli), at a atuaosobre a obra preservando sua estrutura original, mantendoem caso necessrio um certo grau de reversibilidade daao praticada.[51]

    9 Referncias[1] Manifesto das Sete Artes, Universit de Metz

    [2] SOURIAU, tienne - La Correspondance des arts. l-ments desthtique compare, Paris, Flammarion, 1969.(em francs)

  • 11

    [3] Art. In: Encyclopdia Britannica Online. Web. 23 Feb.2012

    [4] Dissanayake, Ellen. What is art for? University ofWashington Press, 1990, pp. 34-39

    [5] Guignon, Charles. Meaning in the Work of Art: a her-meneutic perspective. In: French, Peter A. e Wettstein,Howard K. Meaning in the arts. Wiley-Blackwell, 2003,pp. 26-27

    [6] Tatarkiewicz, Wadysaw. Historia de la esttica I. La es-ttica antigua. Madrid: Akal, 2002, p. 39

    [7] Beardsley, Monroe C. e Hospers, John. Esttica. Historiay fundamentos. Madrid: Ctedra, 1990, p. 20.

    [8] Tatarkiewicz (2002), p. 39.

    [9] TatarkiewiczHistoria de la esttica II. La esttica medieval.Madrid: Akal, 1989, vol. II, p. 87-88.

    [10] Tatarkiewicz (2002), p. 43.

    [11] Beardsley e Hospers, p. 44.

    [12] Tatarkiewicz, Wadysaw. Historia de la esttica III. Laesttica moderna 1400-1700. Madrid: Aka, 1991, vol.III, p. 367-368.

    [13] Guignon, pp. 27-28

    [14] Guignon, pp. 28-30

    [15] Eco, Umberto. Historia de la belleza. Barcelona: Lumen,2004, pp. 329-333

    [16] Bozal, Valeriano et alii. Historia de las ideas estticas yde las teoras artsticas contemporneas. Madrid: Visor,2000, vol. I, p. 324-329.

    [17] Eco, p. 415-417.

    [18] Givone, Sergio. Historia de la esttica. Madrid: Tecnos,2001, p. 102-104.

    [19] Givone (2001), p. 112-113.

    [20] Beardsley e Hospers, p. 73.

    [21] Givone (2001), p. 108-111.

    [22] Bozal (2000), vol. I, p. 379-380.

    [23] Givone, p. 122-230

    [24] Torres, Louis e Kamhi, Michelle Marder. What art is:the esthetic theory of Ayn Rand. Open Court Publishing,2000, pp. 94-100

    [25] Mayer, Ralph. Manual do Artista. Martins Fontes, 2002.

    [26] Woodford, Susan. A Arte de ver a Arte. Crculo do Li-vro, 1983. Coleo Histria da arte da Universidade deCambridge.

    [27] Azcrate Ristori et alii. Historia del Arte. Madrid: Anaya,1983, pp. 24-28.

    [28] Azcrate et alii, pp. 30-45.

    [29] Azcrate et alii, p. 64-88.

    [30] Azcrate et alii, p. 95-137

    [31] Prez-Snchez. (1983), pp. 347-409.

    [32] Prez Snchez (1983), pp. 479-651

    [33] Azcrate Ristori, Jos Mara de; Prez Snchez, AlfonsoEmilio; Ramrez Domnguez, Juan Antonio. Historia delArte. Anaya, Madrid, 1983, pp. 773-837.

    [34] Gonzlez, Antonio Manuel. Las claves del arte. ltimastendencias. Planeta, Barcelona, 1991, pp. 7-61

    [35] Tatarkiewicz (2000), p. 280-288.

    [36] Bozal, p. 137.

    [37] Bozal, vol. I, p. 150-154.

    [38] Bozal (2000), vol. I, p. 141-143.

    [39] Bozal, vol. II, p. 255-258.

    [40] Bozal, vol. II, p. 293-295.

    [41] Bozal, vol. I, p. 22-23.

    [42] Bozal, vol. I, p. 155-170.

    [43] Apud Bozal (2000), vol. I, p. 165.

    [44] Villa, Roco de la. Gua del arte hoy. Madrid: Tecnos,2003, p. 62-66

    [45] Bozal (1999), vol. II, p. 332.

    [46] Bozal (2000), vol. I, p. 147.

    [47] Marty (1999), p. 13-14.

    [48] La Psicologa de la Gestalt. Visitado em 15-03-2009.

    [49] Brandi (2002), p. 13-17.

    [50] Brandi, Cesare. Teora de la restauracin, 2002, p. 14.

    [51] AA.VV. (1991), p. 812.

    10 Ligaes externas Informaes sobre diferentes estilos artsticos e osperodos histricos correspondentes (em ingls)

    Visual Arts Data Service (VADS) Coleo onlinede museus, galerias e universidades do Reino Unido(em ingls)

    Artigo sobre o signicado da Arte na ndia Antiga napgina da revista Frontline[ligao inativa] (em ingls)

  • 12 11 FONTES, CONTRIBUIDORES E LICENAS DE TEXTO E IMAGEM

    11 Fontes, contribuidores e licenas de texto e imagem11.1 Texto

    Arte Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte?oldid=42291405 Contribuidores: Jorge~ptwiki, Robbot, Hashar, JMGM,Manuel Anastcio,Harshmellow, Paul Beppler~ptwiki, Mschlindwein, Gaf.arq, E2mb0t, LeonardoRob0t, Malafaya, Alexg, Lusitana, VivaVorto, Whooligan,Nuno Tavares, Get It, NTBot, RobotQuistnix, JP Watrin, Rei-artur, Jcmo, Sturm, Clara C., Marcelo-Silva, Epinheiro, Slade, 333~ptwiki,Joo Carvalho, Abmac, Agil, Giro720, OS2Warp, 555, Moire~ptwiki, Adailton, Mateus Hidalgo, Lijealso, YurikBot, Porantim, FernandoS. Aldado, Gpvos, Bons, Mosca, MalafayaBot, Eligieri, Eduardoferreira, Gabrielt4e, Chlewbot, Dantadd, Leonardo.stabile, Dcolli, Chi-cocvenancio, Aleph73, Jo Lorib, Joo Sousa, Jkeditora, Salm, Al Lemos, Nice poa, GoEThe, FSogumo, Profcardy, Anunciato, Thijs!bot,Rei-bot, GRS73, Escarbot, Belanidia, Wmarcosw, Marcelonada, Daimore, BOT-Superzerocool, Gjpab, Rossicev, Garavello, JAnDbot,Alchimista, Arktrus, Julia palazzo, Luiza Teles, Bisbis, Brizolo, Baro de Itarar, Flaksbaum, CommonsDelinker, Atriz, Fabio Rocha,Augusto Reynaldo Caetano Shereiber, Jessicafanta, Alexanderps, Stego, Ulises Sarry~ptwiki, Joaopchagas2, Zimmermann~ptwiki, Rjclau-dio, Juzinha13, Idioma-bot, EuTuga, Der kenner, Fbio San Juan, Luckas Blade, TXiKiBoT, Gunnex, VolkovBot, SieBot, Luther Blissett.Y, Synthebot, Lechatjaune, Ordnael lod, Eleefecosta, Bluedenim, OTAVIO1981, YonaBot, Teles, BotMultichill, AlleborgoBot, RobertoFerres, Zdtrlik, GOE, Tetraktys, PequijanFAP, Kyle the bot, PipepBot, HyperBroad, Aurola, Kim richard, Heiligenfeld, LeoBot, Taika-natur, Inox, Wilto, Alexandrepastre, Georgez, Stefanysolari, Caduqueiroz, Ruy Pugliesi, 2(L.L.K.)2, Theus PR, MelM, Joaocorreia81,Lockalbot, OsBlink, Vitor Mazuco, Franceline Michailo, Richard Melo da Silva, Carlos-PC, ChristianH, Numbo3-bot, LinkFA-Bot,LaaknorBot, PTorg, Otavio de lima, Nallimbot, Alessandropolicarpo, Magno.prof, Eamaral, Luiz F. Fritz, Acqua, V3193, Leontina~ptwiki,Arena Interativa, Salebot, Algbrico, Yonidebot, Regi-Iris Stefanelli, ArthurBot, DumZiBoT, Vitorvicentevalente, RamissesBot, DHRC,Mobyduck, Xqbot, MigueldePortugal, GhalyBot, Gean, Rubinbot, Darwinius, LucienBOT, ThiagoRuiz, MisterSanderson, MauritsBot,MarcosLauro, Trovo Negro, MastiBot, Josebarbosa, TobeBot, Alch Bot, Braswiki, Jafeluv, Marcos Elias de Oliveira Jnior, Kamikaze-Bot, HVL, WikiTroll, Viniciusmc, Dpolicarpo1, Lucas Gianeri, Capito Pirata Bruxo, Patriciasalazars, Crash Overclock, P. S. F. Freitas,Oleitao7, Aleph Bot, Heitormaster, EmausBot, JackieBot, ZroBot, rico Jnior Wouters, Renato de carvalho ferreira, Arkalinoski, Vi-ickqw, Reporter, Dreispt, Ebrambot, Averaver, Stuckkey, WikitanvirBot, Comandofred, RodrigoVVSousa, Leytor, Colaborador Z, Mer-lIwBot, ANGELO P.777, Antero de Quintal, PauloEduardo, pico, HiW-Bot, DARIO SEVERI, Elivandamota, Shgr Datsgen, Zoldyick,Matheus Faria, Max51, Roger11, Erickrf, Dexbot, FrancisAkio, Legobot, Clistenes Ferraz, O Artista, Modelos e arte, JACKONG, EclipsisProteo, Kaio pereira, Marcioseno, Araujo123, O revolucionrio aliado, Diego Zaratini, Oberti aisten e Annimo: 407

    11.2 Imagens Ficheiro:August_Macke_023.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fd/August_Macke_023.jpg Licena: Pu-

    blic domain Contribuidores: The Yorck Project: 10.000 Meisterwerke der Malerei. DVD-ROM, 2002. ISBN 3936122202. Distributed byDIRECTMEDIA Publishing GmbH. Artista original: August Macke

    Ficheiro:Commons-logo.svg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4a/Commons-logo.svg Licena: Public domainContribuidores: This version created by Pumbaa, using a proper partial circle and SVG geometry features. (Former versions used to beslightly warped.) Artista original: SVG version was created by User:Grunt and cleaned up by 3247, based on the earlier PNG version,created by Reidab.

    Ficheiro:Disambig_grey.svg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4a/Disambig_grey.svg Licena: Public domainContribuidores: Obra do prprio Artista original: Bubs

    Ficheiro:Fontaine_Duchamp.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fa/Fontaine_Duchamp.jpg Licena: Publicdomain Contribuidores: http://fr.wikipedia.org/wiki/Image:Urinoir-duchamp.jpg Artista original: Photoshop (me), original photo GNUfrom Gtanguy

    Ficheiro:Johann_Joachim_Winckelmann_(Anton_von_Maron_1768).jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/6b/Johann_Joachim_Winckelmann_%28Anton_von_Maron_1768%29.jpg Licena: Public domain Contribuidores:http://kunstfreunde-weimar.de/kusa/web/de/presse/down/fotos/winkelmann.jpg Artista original: Anton von Maron

    Ficheiro:Jugement_dernier.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e3/Jugement_dernier.jpg Licena: Publicdomain Contribuidores: Obra do prprio, Arnaud 25 Artista original: Michelangelo

    Ficheiro:Louis-Michel_van_Loo_001.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/ad/Louis-Michel_van_Loo_001.jpg Licena: Public domain Contribuidores: Desconhecido Artista original: Louis-Michel van Loo

    Ficheiro:Magnifying_glass_01.svg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3a/Magnifying_glass_01.svg Licena:CC0 Contribuidores: ? Artista original: ?

    Ficheiro:Malevich.black-square.jpgFonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/57/Malevich.black-square.jpg Licena:Public domain Contribuidores: Desconhecido Artista original: Kazimir Malevich

    Ficheiro:Michelangelo_-_Fresco_of_the_Last_Judgement.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8e/Michelangelo_-_Fresco_of_the_Last_Judgement.jpg Licena: Public domain Contribuidores: This digital version comes from [1] and hasbeen slightly cropped and colour adjusted by User:Zeimusu. Artista original: Michelangelo

    Ficheiro:Michelangelo_Buonarroti_011.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0d/Michelangelo_Buonarroti_011.jpg Licena: Public domain Contribuidores: The Yorck Project: 10.000 Meisterwerke der Malerei. DVD-ROM, 2002. ISBN3936122202. Distributed by DIRECTMEDIA Publishing GmbH. Artista original: Michelangelo

    Ficheiro:Mona_Lisa,_by_Leonardo_da_Vinci,_from_C2RMF_retouched.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/ec/Mona_Lisa%2C_by_Leonardo_da_Vinci%2C_from_C2RMF_retouched.jpg Licena: Public domain Contribuidores:Cropped and relevelled from File:Mona Lisa, by Leonardo da Vinci, from C2RMF.jpg. Originally C2RMF: Galerie de tableaux en trshaute dnition: image page Artista original: C2RMF: Galerie de tableaux en trs haute dnition: image page

    Ficheiro:NoFonti.svg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b5/NoFonti.svg Licena: CC BY-SA 2.5 Contribuido-res: Image:Emblem-important.svg Artista original: RaminusFalcon

  • 11.3 Licena 13

    Ficheiro:Rome_Sistine_Chapel_01.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/24/Rome_Sistine_Chapel_01.jpgLicena: Public domain Contribuidores: Obra do prprio Artista original: Michelangelo

    Ficheiro:VanGogh-self-portrait-with_bandaged_ear.jpg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f0/VanGogh-self-portrait-with_bandaged_ear.jpg Licena: Public domain Contribuidores: Web Museum (le) Artista original: Vincent vanGogh

    Ficheiro:Wikiquote-logo.svg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fa/Wikiquote-logo.svg Licena: Public domainContribuidores: ? Artista original: ?

    Ficheiro:Wikisource-logo.svg Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4c/Wikisource-logo.svg Licena: CC BY-SA3.0 Contribuidores: Rei-artur Artista original: Nicholas Moreau

    Ficheiro:Wiktionary-logo-pt.png Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/2b/Wiktionary-logo-pt.png Licena: CCBY-SA 3.0 Contribuidores: originally uploaded there by author, self-made by author Artista original: la:Usor:Mycs

    11.3 Licena Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0

    Definio Histria do conceito

    Formas, gneros, tcnicasPeriodizaoArte pr-histrica (c. 40000-3000 a.C.)Arte antiga (c. 3000-300 a.C.)Arte clssica (1000 a.C.-300 d.C.)Arte medieval (c. 300-1350)Arte na Idade Moderna (c. 1350-1850)Arte contempornea (c. 1850-atualidade)

    Historiografia da arte Crtica de arte Sociologia da arte Psicologia da arte Conservao e restauro RefernciasLigaes externas Fontes, contribuidores e licenas de texto e imagemTextoImagensLicena