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Artes II
Taguatinga-DF– C 12, Lotes 5/7, Bloco A, Sobreloja, Centro – Fone/Fax: (61)351-6554/352-3448 – www.unidf.com.br
1 UNI Olá Aluno,
Para que você possa organizar seu estudo, é importante que saiba que esta disciplina, ArtesII, está dividida da seguinte forma:
UNIDADE I. A ARTE ROMÂNTICA _____________________________________________________ 2 EXERCÍCIOS _________________________________________________________________________ 3 GABARITOS _________________________________________________________________________ 3 UNIDADE II. A ARTE GÓTICA _________________________________________________________ 3 EXERCÍCIOS _________________________________________________________________________ 5 GABARITOS _________________________________________________________________________ 5 UNIDADE III. RENASCIMENTO ________________________________________________________ 5 EXERCÍCIOS _________________________________________________________________________ 6 GABARITOS _________________________________________________________________________ 7 UNIDADE IV. BARROCO ______________________________________________________________ 7 EXERCÍCIOS _________________________________________________________________________ 8 GABARITOS _________________________________________________________________________ 8 UNIDADE V. IMPRESSIONISMO _______________________________________________________ 8 EXERCÍCIOS _________________________________________________________________________ 9 GABARITOS _________________________________________________________________________ 9
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Olá! Eu sou o professor UNI e vouajudar você a entender toda a maté-ria! Vamos começar? Bem, você estácomeçando a estudar a disciplina de
Artes II! Começaremos pela Unidade I: A ArteRomântica; Unidade II: Arte Gótica; UnidadeIII: Renascimento. Em seguida você fará exer-cícios para que verifique a sua aprendizagem,relendo os conteúdos quando necessário, e ve-rificando suas respostas no gabarito.
UNIDADE I. A ARTE ROMÂNTICA
A arte românica desenvolveu-se desde o século XIaté o início do século XIII, período caracterizado pelacrise do sistema feudal. No entanto, a Igreja aindaconservava grande poder e influência, determinandoa produção cultural e artística desse período, cujarepresentação típica são as basílicas.
Castelo Medieval
O termo "Românico" é uma referência às influ-
ências da cultura do Império Romano, que havia do-minado durante séculos quase toda a Europa Ociden-tal, porém, essa unidade já há muito havia sido rom-pida, desde a invasão dos povos bárbaros. Apesar delínguas e tradições diferenciadas nas várias regiõeseuropéias, e da fragmentação do poder entre os se-nhores feudais, o elemento religioso manteve a idéiade unidade na Europa e a arte Românica reforça essaunidade.Há que se considerar que neste período ha-via uma forte ingerência do poder político sobre aestrutura religiosa, determinada a partir do SacroImpério Romano Germânico, sendo que ao mesmotempo iniciou-se um movimento de reação à investi-dura leiga, partindo principalmente dos mosteiros,
que tenderam a se fortalecer. Esse foi ainda um perí-odo de início do desenvolvimento comercial e de pe-regrinações, favorecendo a difusão dos novos mode-los.
Arquitetura: Durante a Idade Média os mosteirostornaram-se os centros culturais da Europa, onde aciência, a arte e a literatura estavam centralizados.Os monges beneditinos foram os primeiros a proporem suas construções as formas originais do români-co. Surge assim uma arquitetura abobadada, de pa-redes sólidas e delicadas colunas terminadas emcapitéis cúbicos. Os mosteiros eram na verdade uni-dades independentes e dessa forma estruturaram-sesegundo necessidades particulares.
Claustro: parte interior do mosteiro
Foi nas igrejas que o estilo românico se desen-volveu em toda a sua plenitude. Eram os própriosreligiosos que comandavam as construções, a partirdo conhecimento monástico. Suas formas básicas sãofacilmente identificáveis: a fachada é formada por umcorpo cúbico central, com duas torres de vários pavi-mentos nas laterais, finalizadas por tetos em coifa.Um ou dois transeptos, ladeados por suas fachadas
correspondentes, cruzam a nave principal. Frisos dearcada de meio ponto estendem-se sobre a parede,dividindo as plantas.
Catedral Românica
A Torre de Pisa
O motivo da arcada também se repete comoelemento decorativo de janelas, portais e tímpanos.
As colunas são finas e culminam em capitéis cúbicoslavrados com figuras de vegetais e animais. Nesse
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3 UNI estilo destacam-se a abadia de Mont Saint-Michel, naFrança, e a catedral de Speyer, na Alemanha.
Escultura: A escultura românica esta diretamenteassociada à arquitetura, as estátuas-colunas, e quese desenvolve nos relevos de pórticos e arcadas. Aescultura desenvolveu-se com um caráter ornamen-tal, onde o espaço em branco dos frisos, capitéis epórticos são cobertos por uma profusão de figurasapresentadas de frente e com as costas grudadas naparede. As imagens encontradas são as mais diver-sas, desde representações do demônio, até persona-gens do Velho Testamento.
Capitel: escultura na parte superior das colunas
O corpo desaparece sob as inúmeras camadasde dobras angulosas e afiladas das vestes. As figurashumanas se alternam com as de animais fantásticos,
e mesmo com elementos vegetais. No entanto, atemática das cenas representadas é religiosa. Isso sedeve ao fato de que os relevos, além de decorar afachada, tinham uma função didática, já que eramorganizados em faixas, lidas da direita para a esquer-da.
Devemos mencionar também o desenvolvimen-to da ourivesaria durante esse período. A exemplo daescultura e da pintura, essa arte teve um caráterreligioso, tendo por isso se voltado para a fabricaçãode objetos como relicários, cruzes, estatuetas, Bíbliase para a decoração de altares.
O desenvolvimento da ourivesaria esta associ-ado diretamente às relíquias, uma vez que as Igrejasou mosteiros que possuíam as relíquias com o poder
de realizarem milagres eram objeto de maior peregri-nação, atraindo não só fiéis, mas ofertas.
Pintura: A pintura Românica teve pequena expres-são. Em alguns casos, as cúpulas das igrejas possuí-am pinturas murais de desenho cujos temas maisfreqüentes abordavam cenas retiradas do Antigo e doNovo Testamento e da vida de santos e mártires,repletas de sugestões de exemplos edificantes.
O Imperador Carlos Magno
Destaca-se o desenvolvimento das Iluminuras,arte que alia a ilustração e a ornamentação, muitoutilizada em antigos manuscritos, ocupando normal-mente as margens, como barras laterais, na forma demolduras.
EXERCÍCIOS
1. Características da arquitetura romântica:(1) Na construção de Igrejas.(2) Estava na geometria euclidiana.(3) Apoiava-se nos princípios de um forte simbolismo
teológico.(4) Uma arquitetura abobadada, de paredes sólidas e
delicadas colunas terminadas em capitéis cúbi-cos.
2. A escultura romântica se desenvolveu:(1) Com um caráter ornamental.(2) Com um caráter religioso.(3) Com um caráter crítico.(4) Com um caráter econômico.
3.
A
pintura Romântica teve:a) Muita expressão.b) Pouca expressão.c) Média expressão.d) Nenhuma expressão.
GABARITOS
1. 4 / 2. 1 / 3. b.
UNIDADE II. A ARTE GÓTICA
O estilo Gótico desenvolveu-se na Europa, principal-
mente na França, durante a Baixa Idade Média e éidentificado como a Arte das Catedrais. A partir do
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século XII a França conheceu transformações impor-tantes, caracterizadas pelo desenvolvimento comerci-al e urbano e pela centralização política, elementosque marcam o início da crise do sistema feudal. Noentanto, o movimento a arraigada cultura religiosa eo movimento cruzadista preservavam o papel daIgreja na sociedade.
Catedral de Salisbury
Enquanto a Arte Românica tem um caráter reli-gioso tomando os mosteiros como referência, a ArteGótica reflete o desenvolvimento das cidades. Porémdeve-se entender o desenvolvimento da época aindapreso à religiosidade, que nesse período se transfor-ma com a escolástica, contribuindo para o desenvol-vimento racional das ciências, tendo Deus como ele-mento supremo. Dessa maneira percebe uma renova-
ção das formas, caracterizada pela verticalidade e pormaior exatidão em seus traços, porém com o objetivode expressar a harmonia divina.
O termo Gótico foi utilizado pelos italianos re-nascentistas, que consideravam a Idade Média comoa idade das trevas, época de bárbaros, e como paraeles os godos eram o povo bárbaro mais conhecido,utilizaram a expressão gótica para designar o que atéentão chamava-se "Arte Francesa ".
Arquitetura:
Catedral de Lincoln – Lincolnshire - Inglaterra
A arquitetura foi a principal expressão da ArteGótica e propagou-se por diversas regiões da Europa,principalmente com as construções de imponentesigrejas. Apoiava-se nos princípios de um forte simbo-lismo teológico, fruto do mais puro pensamento esco-lástico: as paredes eram a base espiritual da Igreja,os pilares representavam os santos, e os arcos e osnervos eram o caminho para Deus. Além disso, nosvitrais pintados e decorados se ensinava ao povo, pormeio da mágica luminosidade de suas cores, as histó-rias e relatos contidos nas Sagradas Escrituras.
Do ponto de vista material, a construção góti-ca, de modo geral, se diferenciou pela elevação edesmaterialização das paredes, assim como pelaespecial distribuição da luz no espaço. Tudo isso foipossível graças a duas das inovações arquitetônicasmais importantes desse período: o arco em ponta,responsável pela elevação vertical do edifício, e aabóbada cruzada, que veio permitir a cobertura deespaços quadrados, curvos ou irregulares. No entan-
to, ainda considera-se o arco de ogiva como a carac-terística marcante deste estilo.
Abadia de Westminster
A primeira das catedrais construídas em estilogótico puro foi a de Saint-Denis, em Paris, e a partirdesta, dezenas de construções com as mesmas ca-racterísticas serão erguidas em toda a França. Aconstrução de uma Catedral passou a representar agrandeza da cidade, onde os recursos eram obtidosdas mais variadas formas, normalmente fruto das
contribuições dos fiéis, tanto membros da burguesiacom das camadas populares; normalmente as obrasduravam algumas décadas, algumas mais de século.
Catedral de Burgos, construída entre os séculos XIII e XV.
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5 UNI Escultura: A escultura gótica desenvolveu-se parale-lamente à arquitetura das Igrejas e está presente nasfachadas, tímpanos e portais das catedrais, que fo-ram o espaço ideal para sua realização. Caracterizou-se por um calculado naturalismo que, mais do que asformas da realidade procurou expressar a beleza idealdo divino; no entanto a escultura pode ser vista comoum complemento à arquitetura, na medida em que amaior parte das obras foi desenvolvida separadamen-te e depois colocadas no interior das Igrejas, nãofazendo parte necessariamente da estrutura arquite-tônica.
Porta do Sarmental, Catedral de Burgos
A princípio, as estátuas eram alongadas e nãopossuíam qualquer movimento, com um acentuadopredomínio da verticalidade, o que praticamente asfazia desaparecer. A rejeição à frontalidade é consi-derado um aspecto inovador e a rotação das figuraspassa a idéia de movimento, quebrando o rigorismoformal.
As figuras vão adquirindo naturalidade e dina-mismo, as formas se tornam arredondadas, a expres-são do rosto se acentua e aparecem às primeirascenas de diálogo nos portais.
Pintura: A pintura teve um papel importante na artegótica, pois pretendeu transmitir não apenas as cenastradicionais que marcam a religião, mas a leveza e apureza da religiosidade, com o nítido objetivo deemocionar o expectador.
Caracterizada pelo naturalismo e pelo simbo-lismo, utilizou-se principalmente de cores claras"Em estreito contato com a iconografia cristã, a lin-
guagem das cores era completamente definida: oazul, por exemplo, era a cor da Virgem Maria, e omarrom, a de São João Batista. A manifestação daidéia de um espaço sagrado e atemporal, alheio àvida mundana, foi conseguida com a substituição daluz por fundos dourados. Essas técnicas e conceitosforam aplicados tanto na pintura mural quanto noretábulo e na iluminação de livros".
A Anunciação -- Gentile de Fabriano, Pinacoteca do Vaticano
EXERCÍCIOS
2. Como é conhecida a arte gótica:(5) A arte dos Palácios.
(6) A arte das conquistas.(7) A arte das catedrais.(8) A arte do homem.
2. A principal expressão da arte gótica foi:(5) Escultura.(6) Arquitetura.(7) Pintura.(8) Música.
3. A pintura gótica foi caracterizada por:e) As guerras.f) A religião.g) Apenas o Naturalismo.
h) Naturalismo e simbolismo.
GABARITOS
1. 3 / 2. 2 / 3. d.
UNIDADE III. RENASCIMENTO
Na medida em que o Renascimento resgata a culturaclássica, greco-romana, as construções foram influ-enciadas por características antigas, adaptadas ànova realidade moderna, ou seja, a construção de
igrejas cristãs adotando-se os padrões clássicos e aconstrução de palácios e mosteiros seguindo asmesmas bases.
Arquitetura: Os arquitetos renascentistas percebe-ram que a origem de construção clássica estava nageometria euclidiana, que usava como base de suasobras o quadrado, aplicando-se a perspectiva, com ointuito de se obter uma construção harmônica. Ape-sar de racional e antropocêntrica, a arte renascentistacontinuou cristã, porém as novas igrejas adotaramum novo estilo, caracterizado pela funcionalidade e,portanto pela racionalidade, representada pelo planocentralizado, ou a cruz grega. Os palácios tambémforam construídos de forma plana tendo como base o
quadrado, um corpo sólido e normalmente com um
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pátio central, quadrangular, que tem a função defazer chegar a luz às janelas internas.
"Hospital Tavera" Alonso de Covarrubias -- Toledo, Espanha
Escultura: Pode-se dizer que a escultura é a forma
de expressão artística que melhor representa o re-nascimento, no sentido humanista. Utilizando-se daperspectiva e da proporção geométrica, destacam-seas figuras humanas, que até então estavam relega-das a segundo plano, acopladas às paredes ou capi-téis. No renascimento a escultura ganha independên-cia e a obra, colocada acima de uma base, pode serapreciada de todos os ângulos.
Dois elementos se destacam: a expressão cor-poral que garante o equilíbrio, revelando uma figurahumana de músculos levemente torneados e de pro-porções perfeitas; e as expressões das figuras, refle-tindo seus sentimentos. Mesmo contrariando a moralcristã da época, o nu volta a ser utilizado refletindo o
naturalismo.Encontramos várias obras retratando elemen-tos mitológicos, como o Baco, de Michelangelo, assimcomo o busto ou as tumbas de mecenas, reis e pa-pas.
"Busto de Lourenço de Médicis" Michelangelo
Pintura: Duas grandes novidades marcam a pinturarenascentista: a utilização da perspectiva, através daqual os artistas conseguem reproduzir em suas obras,espaços reais sobre uma superfície plana, dando anoção de profundidade e de volume, ajudados pelo
jogo de cores que permitem destacar na obra os ele-mentos mais importantes e obscurecer os elementossecundários, a variação de cores frias e quentes e o
manejo da luz permitem criar distâncias e volumesque parecem ser copiados da realidade; e a utilizaçãoda tinta à óleo, que possibilitará a pintura sobre telacom uma qualidade maior, dando maior ênfase àrealidade e maior durabilidade às obras.
MONALISA "Monalisa" de Leonardo da Vinci, Museu do
Louvre - Paris
Em um período de ascensão da burguesia e devalorização do homem no sentido individualista, sur-gem os retratos ou mesmo cenas de família, fato quenão elimina a produção de caráter religioso, particu-larmente na Itália. Nos Países Baixos destacou-se areprodução do natural de rostos, paisagens, fauna eflora, com um cuidado e uma exatidão assombrosos,o que acabou resultando naquilo a que se deu o no-me de Janela para a Realidade.
As obras abaixo são de Antonio Allegri (Corre-gio) e refletem bem o espírito do renascimento, ca-racterizadas por elementos que remontam ao passa-
do clássico, elementos religiosos e por grande sen-sualidade, destacando a perfeição das formas e abeleza do corpo, junto a presença de anjos.
"Danae" Galeria Borghese”
EXERCÍCIOS
1. Os arquitetos renascentistas usavam como basede suas obras:
(2) O quadrado.
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7 UNI (3) O triângulo.(4) O círculo.(5) O retângulo.
2. Dois elementos se destacam na escultura renas-centista:
(1) A expressão corporal e as expressões das figuras.(2) As lutas e as expressões das figuras.(3) A geometria e as expressões das figuras.(4) Apenas as expressões das figuras.
3. As novidades da pintura renascentista:(1) A utilização de figuras geométricas.(2) A utilização da expressão corporal.(3) A utilização da perspectiva e da tinta óleo.(4) À utilização apenas da tinta óleo.
GABARITOS
1. 1 / 2. 1 / 3. 3.
Continuando... Veremos agora na UnidadeIV uma outra importante arte: Barroco. Emseguida Unidade V: Impressionismo. Logoapós você fará exercícios para queverifique a sua aprendizagem, relendo os
conteúdos quando necessário, e verificando suasrespostas no gabarito.
UNIDADE IV. BARROCO
No final do século XVI surgiu na Itália uma nova ex-pressão artística, que se contrapunha ao maneirismo
e as características remanescentes do Renascimento.O Barroco (palavra cujo significado tanto pode serpérola irregular quanto mau gosto) pode ser conside-rado como uma forma de arte emocional e sensual,ao mesmo tempo em que se caracteriza pela monu-mentalidade das dimensões, opulência das formas eexcesso de ornamentação.
Essa grandiosidade é explicada pela situaçãohistórica, marcada pela reação da Igreja Católica aomovimento protestante e ao mesmo tempo pelo de-senvolvimento do regime absolutista. Dessa maneiratemos uma arte diretamente comprometida com essanova realidade, servindo como elemento de propa-ganda de seus valores a serem explicadas pelo fatode o barroco ter sido um tipo de expressão de cunhopropagandista.
Nascido em Roma a partir das formas do cin-quecento renascentista, logo se diversificou em váriosestilos paralelos, à medida que cada país europeu oadotava e o adaptava às suas própria características.Enquanto na Itália o barroco apresentou elementosmais "pesados", nos países Protestantes o estilo en-controu componentes mais amenos.
Durante esse período as artes plásticas tiveramum desenvolvimento integrado; a arquitetura, princi-palmente das Igrejas, incorporaram os ornamentosda estatuária e da pintura.
Escultura: Aura barroca teve um importante papel
no complemento da arquitetura, tanto na decoração
interior como exterior, reforçando a emotividade e agrandiosidade das igrejas. Destacam-se principal-mente as obras de Bernini, arquiteto e escultor quededicou sua obra exclusivamente a projeção da IgrejaCatólica, na Itália. A principal característica de suasobras é o realismo, tendo-se a impressão de queestão vivas e que poderiam se movimentar.
As esculturas em mármore procuraram desta-car as expressões faciais e as características individu-ais, cabelos, músculos, lábios, enfim as característi-cas específicas destoam nestas obras que procuramglorificar a religiosidade. Multiplicavam-se anjos earcanjos, santos e virgens, deuses pagãos e heróismíticos, agitando-se nas águas das fontes e surgindode seus nichos nas fachadas, quando não sustenta-vam uma viga ou faziam parte dos altares.
Arquitetura: Na arquitetura barroca, a expressãotípica são as Igrejas, construídas em grande quanti-dade durante o movimento de Contra-Reforma. Rejei-
tando a simetria do renascimento, destacam o dina-mismo e a imponência, reforçados pela emotividadeconseguida através de meandros, elementos contor-cidos e espirais, produzindo diferentes efeitos visuais,tanto nas fachadas quanto no desenho dos interiores.Quanto à arquitetura sacra, compõe-se de variadoselementos que pretendem dar o efeito de intensaemoção e grandeza. O teto elevado e elaborado comelementos de escultura dão uma dimensão do infini-to; as janelas permitem a penetração da luz de modoa destacar as principais esculturas; as colunas trans-mitem uma impressão de poder e de movimento.
Quanto à arquitetura palaciana, o palácio bar-roco era construído em três pavimentos. Os palácios,
em vez de se concentrarem num só bloco cúbico,como os renascentistas, parecem estender-se semlimites sobre a paisagem, em várias alas, numa repe-tição interminável de colunas e janelas. A edificaçãomais representativa dessa época é o de Versalhes,manifestação messiânica das ambições absolutistasde Luís XIV, o Rei Sol, que pretendia, com essa obra,reunir ao seu redor - para desse modo debilitá-los –todos os nobres poderosos das cortes de seu país.
Pintura: As obras pictóricas barrocas tornaram-seinstrumentos da Igreja, como meio de propaganda eação. Isto não significa uma pintura apenas de santose anjos, mas de um conjunto de elementos que defi-nem a grandeza de Deus e de suas criações. Os te-mas favoritos devem ser procurados na Bíblia ou namitologia greco-romana.
É a época do hedonismo de Rubens, com seusquadros alegóricos de mulheres rechonchudas, lutan-do entre robustos guerreiros nus e expressivas feras.
Também é a época dos sublimes retratos deVelázquez, do realismo de Murillo, do naturalismo deCaravaggio, da apoteose de Tiepolo, dadramaticidade de Rembrandt.
Em suma, o barroco produziu grandes mestresque, embora trabalhando de acordo com fórmulasdiferentes e buscando efeitos diferentes, tinham umponto em comum: libertar-se da simetria e das com-posições geométricas, em favor da expressividade e
do movimento.
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EXERCÍCIOS
1. O que mais reforçou a escultura barroca na deco-
ração interna e externa?(1) A emotividade e a grandiosidade das igrejas.(2) As conquistas.(3) As características físicas do homem.(4) Não reforçou nada.
2. Qual a expressão típica na arquitetura barroca?(1) Prédios do governo.(2) Teatros.(3) Igrejas.(4) Palacios.
3. Os temas favoritos da pintura barroca:a) Temas Bíblicos.
b) As guerras.c) O desenvolvimento das cidades.d) A luta do comércio.
GABARITOS
1. 1 / 2. 3 / 3. a.
UNIDADE V. IMPRESSIONISMO
Recebe o nome de impressionismo a corrente artísti-ca que surgiu na França, principalmente na pintura,por volta do ano de 1870. Esse movimento, de cunhoantiacademicista, propôs o abandono das técnicas etemas tradicionais, saindo dos ateliês iluminadosartificialmente para resgatar ao ar livre a natureza,tal como ela se mostrava aos seus olhos, segundoeles, como uma soma de cores fundidas na atmosfe-ra. Assim, o nome impressionismo não foi casual.
O crítico Louis Leroy, na primeira exposição dogrupo do café Guerbois (onde os pintores se reuni-am), ao ver a obra de Monet, Impressão, Sol Nascen-te, começou sarcasticamente a chamar esses artistasde impressionistas. Criticados, recusados e incompre-endidos, as exposições de suas obras criavam umaexpectativa muito grande nos círculos intelectuais deParis, que não conseguiam compreender e aceitarseus quadros, nos quais estranhavam o naturalismo
acadêmico.São duas as fontes mais importantes do im-pressionismo: a fotografia e as gravuras japonesas(ukiyo-e). A primeira alcançou o auge em fins doséculo XIX e se revelava o método ideal de captaçãode um determinado momento, o que era uma preo-cupação principalmente para os impressionistas. Assegundas, introduzidas na França com a reaberturados portos japoneses ao Ocidente, propunham umatemática urbana de acontecimentos cotidianos, reali-zados em pinturas planas, sem perspectiva.
Os representantes mais importantes do im-pressionismo foram: Manet, Monet, Renoir, Degas eGauguin. No restante da Europa isso ocorreu posteri-
ormente. Ao impressionismo seguiram-se vários mo-vimentos, representados por pintores igualmente
importantes e com teorias muito pessoais, como opós-impressionismo (Van Gogh, Cézanne), o simbo-lismo (Moreau, Redon), e o fauvismo (Matisse, Vla-minck, Derain, entre outros) e o retorno ao princípio,ou seja, à arte primitiva (Gauguin). Todos apostavamna pureza cromática, sem divisões de luz.
A própria escultura deste período também po-de ser considerada impressionista, já que, de fato, osescultores tentaram uma nova maneira de plasmar arealidade. É o tempo das esculturas inacabadas deRodin, inspiradas em Michelangelo, e dos esboçosdinâmicos de Carpeaux, com resquícios do rococó. Jánão interessava a superfície polida e transparente dasninfas delicadas de Canova. Tratava-se de desnudar ocoração da pedra para demonstrar o trabalho do ar-tista, novo personagem da estatuária.
Pintura: O que mais interessou aos pintores impres-sionistas foi a captação momentânea da luz na at-mosfera e sua influência nas cores. Já não existiam a
linha, ou os contornos, nem tampouco a perspectiva,a não ser a que lhes fornecia a disposição da luz. Apoucos centímetros da tela, um quadro impressionis-ta é visto como um amontoado de manchas de tinta,ao passo que à distância as cores se organizam opti-camente e criam formas e efeitos luminosos.
Os primeiros estudos sobre a incidência da luznas cores foram realizados pelo pintor Corot, modelopara muitos impressionistas e mestres da escola deBarbizon. Tentando plasmar as cores ao natural, osimpressionistas começaram a trabalhar ao ar livrepara captarem a luz e as cores exatamente como elasse apresentam na realidade. A temática de seus qua-dros se aproximava mais das cenas urbanas em par-
ques e praças do que das paisagens, embora cadapintor tivesse seus motivos prediletos.
Reunidos em Argenteuil, Manet, Sisley, Pissarroe Monet fizeram experiências principalmente com arepresentação da natureza por meio das cores e daluz. Logo chegaram à expressão máxima do pictórico(a cor) diante do linear (o desenho). Como nunca, aluz tornou-se protagonista e atingiu uma solidez ain-da maior do que a que se vê nos quadros de Veláz-quez, nas pinceladas truncadas e soltas de Hals ou nocolorido de Giorgione, reinterpretada de modo intei-ramente antiacadêmica.
Mais tarde surgiriam os chamados pós-impressionistas, que não formaram nenhum grupoconcreto e cujos trabalhos eram bem mais diferencia-dos: Cézanne e seu estudo dos volumes e formaspuras; Seurat, com seu cromatismo científico; Gau-guin, cujos estudos sobre a cor precederam os fauvis-tas; e Van Gogh, que introduziu o valor das corescomo força expressiva do artista.
O líder do grupo fauvista foi Matisse, que partiudo estudo dos impressionistas e pós-impressionistas,de quem herdou sua obsessão pela cor. Junto comele, Vlaminck e Derain, o primeiro totalmente inde-pendente e fascinado pela obra de Van Gogh, e osegundo a meio caminho entre os simbolistas e orealismo dos anos 20. O grupo se completava com os
pintores Dufy, Marquet, Manguin, Van Dongen e um
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9 UNI Braque pré-cubista. Esse movimento chegou ao ápiceem 1907.
Escultura: A exemplo da pintura, a escultura do fimdo século XIX tentou renovar totalmente sua lingua-gem. Foram três os conceitos básicos dessa novaestatuária: a fusão da luz e das sombras, a ambiçãode obter estátuas visíveis a partir do maior númeropossível de ângulos e a obra inacabada, como exem-plo ideal do processo criativo do artista. Os temas daescultura impressionista, como de resto da pintura,surgiram do ambiente cotidiano e da literatura clássi-ca em voga na época.
Rodin e Hildebrand foram, em parte, os res-ponsáveis por essa nova estatuária - o primeiro comsua obra e o segundo, com suas teorias. Igualmenteimportantes foram as contribuições do escultor Car-peaux, que retomou a vivacidade e a opulência doestilo rococó, mas distribuindo com habilidade luzes esombras. A aceitação de seus esboços pelo público
animou Carpeaux a deixar sem polimento a superfíciede suas obras, o que foi depois fundamental para asesculturas inacabadas de Rodin.
Rodin considerava O Escravo, que Michelangelonão terminou, a obra em que a ação do escultor me-lhor se refletia. Por isso achou tão interessantes osesboços de Carpeaux, começando então a exibir o-bras inacabadas. Outros escultores foram Dalou eMeunier, a quem se deve a revalorização dos temaspopulares. Operários, camponeses, mulheres reali-zando atividades domésticas, todos faziam parte donovo álbum de personagens da nova estética.
Campo de Papoulas perto de giverny - Monet
EXERCÍCIOS
1. O que mais interessou aos pintores impressionis-tas:
(1) A captação momentânea da luz na atmosfera esua influência nas cores.
(2) Apenas a influência nas cores.(3) Apenas a captação momentânea da luz na atmos-
fera.(4) Não teve nada interessante.
2. Quantos conceitos básicos foram introduzidos naescultura do fim do século XIX:
(1) Foram dois conceitos.(2) Foram quatro conceitos.
(3) Foram três conceitos.(4) Foram cinco conceitos.
3. O que propôs o impressionismo:a) Contrapor ao maneirismo e as características
remanescentes do Renascimento.b) O resgate a cultura clássica, greco-romana.c) O retorno das técnicas antigas.d) O abandono das técnicas e temas tradicionais.
GABARITOS
1. 1 / 2. 1 / 3. d.
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“O estudo enobrece o homem”.