Artigo 03 Propagação de Ornamentais

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  • Curso: Floricultura Tropical Tcnicas de Cultivo ALONSO DA MOTA LAMAS

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    FLORICULTURA TROPICAL

    Alonso da Mota Lamas

    Novembro 2004

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    ALONSO DA MOTA LAMAS

    Engenheiro Agrnomo, graduado pela Escola Superior de Agricultura do Espirito Santo Centro Agropecurio da Universidade Federal do Espirito Santo (Alegre/ES, 1979);

    Ps Graduado pela Universidade Federal de Viosa (Viosa/MG, 1997) em

    Proteo das Plantas e pela Universidade Federal de Alagoas (Macei/AL, 1991) em Aproveitamento de Recursos Hdricos;

    Consultor Tcnico em Agronegcios Agrifloricultura Tropical, Projetos

    Agropecurios, Agro-industriais;

    Ministra cursos e palestras sobre Agrifloricultura tropical; Autor do Livro FLORICULTURA TROPICAL Tcnicas de Cultivo

    Produtor e Comerciante de Plantas, Flores e Folhagens Ornamentais em

    Macei/AL.

    CONTATO Endereo: Av. Dr. Antonio Gouveia, 225-Apto201 - Pajuara

    57.030-170 Macei / AL Telefone :Cel +82 93021955 Fax +82 326-1081

    e-mail [email protected] e [email protected]

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    Caro (a) Amigo(a):

    Nas prximas pginas, est condensada grande parte dos conceitos que

    sero expostos por mim, durante o Curso Floricultura Tropical Tecnologia de Cultivo.

    Elaborei esta apostila, com a inteno de complementar o que foi dito nas

    aulas ministradas durante o Curso, em Tabatinga/AM. Portanto est longe de pretender ser ensaio literrio ou um livro tcnico, mesmo assim, bom imaginar que este resumo poder acrescer alguns conhecimentos Voc, que gosta de plantas e que procura neste agronegcio um alimento para suas emoes e para seu cotidiano, estando assim divididos os assuntos:

    Manual de Propagao das Plantas Ornamentais......................... pg 4 Floricultura Tropical ........................................................................ pg 13 Perfil Tcnico do Agronegcio: Cultivo de Flores para Corte

    Cultivo de Helicnia ........................................................... pg 22 Cultivo de Alpnia ............................................................... pg 31 Cultivo de Basto do Imperador ......................................... pg 36 Cultivo de Gengibre Ornamental ....................................... pg 42 Cultivo de Antrio .............................................................. pg 45

    Cultivo de Folhagem para Corte Cordyline .......................................................................... pg 56 Aspargo Ornamental ........................................................ pg 59

    Bibliografia Recomendada para Consulta .................................. pg 65

    Alonso da Mota Lamas.

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    PROPAGAO DAS PLANTAS ORNAMENTAIS

    Em plantas ornamentais, como nas demais espcies vegetais, a qualidade da muda para uma produo comercial ou uma composio paisagstica de grande importncia para que se alcancem os objetivos almejados. A produo de uma boa muda depende da qualidade das matrizes e das tcnicas de propagao utilizadas. Na propagao de plantas ornamentais so utilizadas desde sementes at estruturas vegetativas das mais diversas; assim sendo, cuidados especiais devem ser adotados com as plantas que serviro de matrizes para multiplicao da espcie. As matrizes devem ser mantidas sob rigoroso controle fitossanitrio, visando o mximo de qualidade das mudas que sero geradas a partir destas plantas. Outro fator dispor de campos distintos, evitando proximidade de coleo de matrizes e reas de produo comercial de flores ou mudas. A aquisio de plantas matrizes deve ser criteriosa, no anexando a coleo novas plantas, sem antes proceder uma quarentena, na observncia quanto ao estado geral da nova planta. Do mesmo modo, todo equipamento de trabalho deve ser conveniente desinfetado, antes e depois de sua utilizao. Um procedimento interessante manter ferramentas distintas para os diferentes talhes de cultivo. TIPOS DE PROPAGAO Existem dois tipos de propagao de plantas, que so divididas conforme o meio de propagao. Elas so: Propagao Sexual e a Propagao Assexual ou vegetativa .

    1 PROPAGAO SEXUAL A propagao sexuada ocorre quando a semente botnica utilizada como

    estrutura de reproduo para produo de novas plantas, sendo um meio muito utilizado para se obter novas variedades e, em alguns casos, o nico meio de propagao para algumas espcies.

    As plantas propagadas por sementes podem mostrar duas fases distintas de crescimento. Na primeira, denominada fase juvenil, as plantas, em geral, tem um crescimento vigoroso, apresentando folhas mais inteiras, maiores que as que apresentaram na fase adulta. Na segunda, denominada fase madura, a planta exibe menor crescimento, folhas mais partidas, com conformao tpica da variedade. A rapidez com que as plantas superam a fase juvenil varivel, podendo durar alguns dias ou semanas aps a germinao, ou meses e anos para outras, a exemplo das heras, conferas e tuias.

    Entre as principais vantagens da propagao atravs de sementes, destacam-se a possibilidade de obteno de plantas isentas de molstias, a conservao de bancos de germoplasma alm de se tratar de um mtodo pouco dispendioso.

    2 PROPAGAO ASSEXUAL OU VEGETATIVA

    Na propagao assexuada ou vegetativa no ocorre a fecundao para gerar uma nova planta, ou seja no h sexo. Com isto, obteremos a reproduo fiel da planta matriz, ou seja um processo de clonagem. Nesse tipo de propagao, as

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    formas de propgulos so as partes tidas como vegetativas nas plantas, quer dizer as partes utilizadas para formao de novas mudas so: galhos, ramos, razes, gemas, filhotes, rebentos, folhas etc. Em qualquer dos mtodos de propagao assexual o grupo de mudas provenientes da matriz chamado de CLONE. Pelo fato de ser um processo mais rpido e de apresentar um baixo custo, associado a facilidade e rapidez, a propagao vegetativa amplamente utilizada.

    PROCESSOS NATURAIS DE PROPAGAO ASSEXUAL

    Nos processos naturais de propagao assexual na natureza, as plantas

    propagam-se atravs de: bulbos, cormos, rizomas, tubrculos, razes tuberosas, estoles ou estolhos, bulbos areos, rebentos ou filhotes, folhas, esporos.

    BULBOS: So caules subterrneos que apresentam pequeno crescimento vertical em

    virtude do diminuto nmero de ns e, principalmente, pelo reduzido comprimento dos entrens. Caracterizam-se pelo acmulo de reserva. Exemplos de plantas bulbosas: ris, tulipa, etc.

    CORMOS: Os cormos nada mais so que caules slidos, inchados pelo acmulo de

    nutrientes, capazes de desenvolverem gemas. So caules subterrneos que tm a poro expandida da base da haste recobertos por uma ou duas bases foliares secas (similares s tnicas), semelhantes a escamas secas. Possuem um prato basal, onde surgem as novas razes.

    RIZOMAS: De modo semelhante aos bulbos e cormos, os rizomas so caules modificados.

    Apresentam crescimento horizontal, podendo ser superficial ou subterrneo. So ricos em reservas, mostrando todas as caractersticas de um caule: ns , entrens, gemas laterais e dominncia apical. Exemplo de plantas rizomatosas basto-do-imperador, hemerocale, helicnias, alpnias, estrelcia, algumas samambaias.

    TUBRCULO:

    Os tubrculos, como os bulbos, os cormos e os rizomas, so caules modificados, formados pela expanso e pelo grande acmulo de reserva na regio apical de estolhos produzidos na parte subterrnea da planta. So conhecidas popularmente por batatinhas. Exemplo de plantas caldio tinhoro etc.

    RAZES TUBEROSAS:

    Embora as razes no tenham gemas vegetativas, algumas vezes, podem ser utilizadas na propagao vegetativa natural. Exemplo plantas com razes tuberosas gloxnia, begnia-tuberosa, dlia, etc.

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    ESTOLHOS OU ESTOLES

    So caules de crescimento horizontal, distinguindo-se dos rizomas por terem menos dimetro, entrens mais longos e sem razes ao longo dos entrens. Podem ser areos ou subterrneos e, normalmente, apresentam alternncia de gemas normais e gemas atrofiadas. So exemplos de estales areos: moranguinho e begnia. Este tambm o tipo de caules das gramneas.

    BULBILHOS AREOS Algumas vezes a propagao pode se dar por meio de pequenos bulbos

    produzidos na area da planta. REBENTOS E FILHOTES So brotaes surgidas da planta-me. Exemplos de rebentos: brotaes que

    ocorrem no manac, na Ravenala madagascariensis (rvore do viajante), em bromliasm etc

    FOLHAS

    Algumas plantas apresentam brotaes na folhas ainda ligadas planta matriz, como algumas samambaias. Outras, como folha-da-fortuna, flor de maio, flor de outubro, sianinhas e diversas cactceas s desenvolvem brotaes nas margem das folhas, quando destacadas da planta-me.

    ESPOROS So estruturas produzidas pelos plantas ditas interiores, a exemplo de

    avencas e samambaias os esporos so produzidos na face inferior das folhas. Estas estruturas podem sobreviver por perodos longos, at que condies propcias venham contribuir para sua germinao.

    PROCESSOS ARTIFICIAIS DE PROPAGAO ASSEXUAL Nos processos artificiais so englobados aqueles que no ocorrem

    freqentemente na natureza. O homem, atravs da observao da fisiologia vegetal e utilizando-se da capacidade regeneradora dos tecidos vegetativos, desenvolveu vrias tcnicas para facilitar a plena realizao deste fenmeno, permitindo, assim, que pedaos de caules, de folhas e de razes venham a se regenerar em plantas completas.

    Os principais processos artificiais de propagao assexual ou vegetativa so:

    Estaquia, Mergulhia, Alporquia, Enxertia e Cultura de Tecidos

    ESTAQUIA: A estaquia o processo de propagao, no qual pequenas pores das

    hastes, folhas ou razes so posta sob condies que favorecem o enraizamento, formando nova planta.

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    A- ESTACAS DE CAULE: As estacas de caule de plantas podem ser tomadas de diferentes

    regies, podendo ser classificada quanto consistncia, em : Estacas herbceas (tratam-se das estacas retiradas da ponta

    dos caules e so bem tenras); Estacas semi-lenhosas (tratam-se de estacas retiradas de

    regies do caule de meia maturao); Estacas lenhosas (tratam-se de estacas retiradas de regio

    madura dos ramos ou caules). A classificao das estacas lenhosas a que se faz de acordo com a

    posio que ocupam no ramo de origem, como segue: Estacas apicais ou terminais Estacas medianas Estacas basais

    Quanto ao modo de preparo, as estacas podem ser classificadas em:

    - Estacas simples - tomada na poro do caule, ex.: jasmim, crisntemo, hibisco, etc.

    - Estaca com talo - tomada de uma poro de um ramo com pequenos pedaos do ramo que lhe deu origem, ex.: buxinho, ligustro;

    - Estaca em cruzeta - tomada de modo semelhante estaca com talo porm com pedao basal do ramo de origem, bem maior. Ex.: ficus;

    - Estaca de gema - aquela composta por uma seo do ramo contendo apenas uma gema, podendo ou no conter a folha que lhe adjacente, ex : calonchoe, ficus, peperonia.

    Quanto ao tamanho e o comprimento, as estacas podem ser

    classificadas em: - grandes, - mdias e - pequenas.

    B- ESTACAS DE FOLHAS: Diferentes plantas apresentam folhas com caractersticas de regenerarem

    plantas completas. Isto ocorre com begnia-rex, gloxinia, violeta-africana entre outras .

    C- ESTACAS DE RAZES Algumas plantas apresentam razes com habilidade de desenvolverem

    gemas adventcias como por exemplo o ip, o manac, a jabuticaba, a fruta po, e outras mais. Nestas plantas , quando suas razes so secionadas, regeneram novas plantas.

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    MERGULHIA A mergulhia o mtodo de propagao vegetativa que nos permite enraizar uma poro da planta, sem deslig-la da planta-me. Assim , durante o processo de enraizamento, ocorre o suprimento de reservas, de gua e de hormnios pela matriz, tornando o mtodo mais efetivo.

    Neste mtodo, o ramo da planta-me forado a passar por dentro do solo, deixando de fora a poro ligada planta e sua parte apical. Pode ser utilizado em qualquer planta, desde que tenha disponibilidade de ramos adequados.

    Neste processo temos as seguintes etapas:

    1. Fazer cortes ou anelagem na poro do ramo que ser mergulhada (enterrada) no solo para enraizamento,

    2. Mergulho (enterramento) da parte anelada, 3. Desmame quando a planta estiver enraizada, 4. Plantio da muda em sacos no local definitivo

    ALPORQUIA uma variao de mergulhia, onde ao invs de se levar o ramo ao solo, leva-se o solo ao ramo.

    Este processo de multiplicao vegetal permite a obteno rpida de plantas maiores que as obtidas em outros processos, sem perdas de folhas, e j formadas, conforme o ramo escolhido.

    O processo consiste, em sntese, na remoo das folhas da regio efetuando-se cortes ou anelagem nesta rea onde quer promover o enraizamento; nesta rea coloca-se uma poro de substrato mido, que envolvida com um filme plstico (preferencialmente transparente para observar-se o enraizamento), e amarrado nas partes inferior e superior.

    Atualmente, em alporquia tem se usado o gel (gro dgua) envolto em papel alumnio.

    Lembrando que o uso de fito-hormonios pratica usual visando acelerar o processo, o AIB (acido indol-butrico) o mais usado, em propores que variam de 500 a 3.000 ppm.

    ENXERTIA

    A enxertia um processo de multiplicao que leva em conta a capacidade de duas ou mais plantas combinarem-se e crescerem simultaneamente em um nico p. Na enxertia, temos o cavalo ou porta-enxerto que ser a espcie ou a variedade que dar origem ao sistema radicular e, o enxerto ou cavaleiro que dar origem parte area e est sobre o porta-enxerto.

    Em plantas ornamentais, a enxertia utilizada em poucas espcies, como por exemplo roseira, cacto, etc.

    Para que a enxertia seja bem sucedida preciso que o enxertador seja pessoa com aptido e treino para tal; disponibilidade de ferramenta adequada e bem afiada, alm de conhecimento sobre mtodos de enxertia e as pocas que sejam as mais adequadas, bem como, higiene e asseio em todo o processo.

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    TIPOS E TCNICAS DE ENXERTIA

    a) BORBULHIA A borbulhia o mtodo de enxertia feto usando uma gema ou borbulha, que ser o enxerto, sobre o porta-enxerto. A gema deve ser retirada de um ramo de uma planta saudvel e sadia.

    Ela pode ser realizada atravs de vrias tcnicas, dentre elas: de escudo sob casca (T normal, T invertido, T duplo), de janela aberta e de anel.

    b) GARFAGEM A garfagem consiste no processo de enxertia onde o material

    utilizado como enxerto um ramo ao invs de uma gema. A garfagem tambm tem variaes conforme a forma de se

    introduzir o garfo no porta-enxerto. Ela pode ser feita pelos seguintes processos:

    de fenda cheia, de topo ou cunha; lateral sob casca simples, lateral sob casca inglesa, de topo, meia fenda, de topo, sob casca,

    c) ENCOSTIA A encostia o processo de enxertia onde enxerto e porta-enxerto so colocados lado a lado. Faz-se no enxerto e no porta-enxerto um corte lateral, expondo-se, aproximadamente, a mesma rea de tecido. Isto feito, justapem-se as superfcies cortadas, amarrando-se bem para forar o contato entre as mesmas.

    Sintetizando o processo de enxertia por encostia consiste em:

    1 Corte do enxerto e do porta-enxerto, 2 Encostia das partes (enxerto e porta-enxerto), 3 Pega e cicatrizao, 4 Desmame do enxerto.

    CULTURA DE TECIDOS ou MICROPROPAGAO

    Diferentes so as tecnologias empregadas pelo homem, atualmente, para

    melhorar o rendimento de suas culturas. Algumas so bem conhecidas pela populao, como as anteriormente descritas. Porm uma pouco divulgada que possui cada vez mais importncia a cultura de tecidos vegetais, conhecida tambm como micropropagao, oferecendo inmeras vantagens e aplicaes.

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    As vantagens desta tecnologia so muitas, pois ela permite que com uma pequena quantidade da material obtenhamos muitas plantas, que sero idnticas. Tambm possibilita que se obtenham plantas livres de doenas fngicas, bacterianas e aquelas provocadas por vrus, pois os explantes so retirados de regies jovens e que no foram, ainda, contaminados com o patgeno.

    Com o seu uso foram obtidos avanos significativos em diferentes culturas de

    alimentos, de madeiras, ornamentais entre outras. Por exemplo, na produo de abacaxi comestvel e ornamental, em diversas arceas (antrios, espatfilio, monstera, filodendro), em alpnias, em helicnias, em orqudeas e em bromlias. Isto tem propiciado o cultivo comercial de espcies extremamente raras na natureza, contribuindo para que se evite o extrativismo de espcies nativas.

    A cultura de tecidos uma importante alternativa aos mtodos convencionais de

    propagao de plantas, pois possibilita nveis de multiplicao de at 1 para 100.000, ou seja, que de uma nica planta se obtenha at 100.000 novas plantas, onde a planta resultante geneticamente idntica planta original, o que coloca a cultura de tecidos na vanguarda da produo de plantas em relao aos demais mtodos, associada garantia de mudas limpas e ss, em tempo e espaos reduzidos se comparada com os sistemas tradicionais.

    Este o melhor meio de se obter mudas para os plantios comerciais;

    vanguarda e garantia de sucesso na explorao comercial de plantas ornamentais.

    ESTRUTURAS E LEITOS PARA A PROPAGAO DE PLANTAS ORNAMENTAIS

    Para a propagao eficiente de plantas ornamentais podemos escolher as mais diversas instalaes dentre os usualmente utilizados esto: viveiros telados ou ripados, cobertura com plstico, ou estruturas mais simples como caixas ou caixotes cobertos.

    Para o cultivo comercial de plantas ornamentais deve-se optar por estruturas mais slidas, no caso a utilizao de viveiros telados ou estufas cobertas com vidro ou com filmes plsticos. Nestas estruturas deve-se projetar instalaes tais como: canteiros, escritrio, depsito para insumos, mesas para manipulao, instalaes eltricas e hidrulicas, entre outros. O sentido para implantao deve ser na observncia dos pontos cardeais norte-sul, e sua construo devem oferecer as seguintes condies:

    a) conforto trmico, evitando oscilaes de temperatura; b) umidade relativa constante; c) luminosidade adequada; d) renovao constante de ar; e) proteo contra a insolao excessiva e/ou deficiente.

    A construo de canteiros de propagao sob ambiente controlado de sol contribui para a reduo da transpirao, associada tambm ao fato de que em sistemas radiculares delicados, o excesso de calor especialmente prejudicial s estacas recm-enraizadas e s mudas novas. Outro fator para adoo destas estruturas de proteo que uma menor freqncia de regas necessria quando a planta se encontra na sombra, j que a transpirao das plantas e a evaporao do solo so bastante reduzidas.

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    Na propagao vegetativa, os processos de obteno de mudas por estaquia exigem leitos e estruturas que melhorem o ambiente para o enraizamento

    Os leitos ou canteiros para enraizamento podem ser feitos sob o solo, embutidos ou suspensos, devendo ser bem drenados, As dimenses relativas so as mais variveis, dependendo do tipo e quantidade de estacas que se quer trabalhar. Em geral a largura deve ser de 0,80 1,00 m o que facilita o trabalho de conduo; quanto ao comprimento fica a critrio e o mais varivel. .

    Os SUBSTRATOS para propagao devem ser bem estudados, e, vrios so os materiais utilizados para esta finalidade, bem como muitas combinaes entre eles so feitas, tendo como resultado final misturas ideais para a germinao de sementes e enraizamento de estacas. Os substratos ou misturas para a propagao de plantas ornamentais devem ter as seguintes caractersticas:

    ser firme, denso e ter volume constante, quer mido quer seco; ser livre de sementes de ervas daninhas, pragas e doenas; possuir baixo ndice de EC (salinidade baixa ou inexistente); propiciar suporte ou ancoragem para a planta. proporcionar suficiente porosidade de modo a permitir o ingresso de

    oxignio e o escape de gs carbnico e etileno produzidos durante a respirao das razes.

    propiciar alguma reserva de gua para as plantas. suprir a planta com nutrientes. possibilidade de esterilizao.

    Dentre os materiais utilizados temos:

    Areia lavada, Vermiculita, Casca de arroz carbonizada, Carvo de madeira, Coxim (p de coco),Xaxim, Turfa. Esfagno e a Mistura ou mesclas dos substratos acima.

    Para a propagao em pequena escala (dita caseira) pode-se utilizar a gua como

    meio para enraizamento de diferentes plantas, que sejam fceis de enraizar como: violeta africana, jibia, ficus, cordilines, dracenas, etc.

    A presena de folhas ajuda no enraizamento das estacas, em especial das

    herbceas. Para que as folhas permaneam trgidas e ativas necessrio manter a alta umidade no ambiente, o que se consegue com a asperso de gua em espaos curtos de tempo. Geralmente so construdas estruturas especiais compostas de aspersores nebulizadores, acionados por temporizadores, tendo por finalidade manter o ambiente sempre mido em espaos intercalados de tempo, sem contudo permitir o encharcamento, evitando a morte das estacas.

    A GUA um insumo primordial para a propagao de plantas. Uma gua

    ideal no deve exceder o limite de 1400 ppm de slidos totais, na observncia de elementos tais como: NA, Ca, Mg, Cl e F. Face a isto, a gua deve ser de boa procedncia, se possvel tratada para evitar agentes contaminantes e apresentar uma EC menor que 0,5 mS/cm.

    A SALINIDADE/Teor total de sais solveis (TTSS) refere-se aos constituintes

    inorgnicos capazes de se dissolver em gua. A sensibilidade concentrao de sais

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    varia conforme a espcie e a idade da planta - quanto mais jovem a muda, mais sensvel. Segundo Rober e Shaller, 1985 os nveis de salinidade (TTSS em g/L-1) so: baixo (0,5 a 1,0), mdio (1 a 2 ) e alto (2 a 3). Na seleo de materiais para substratos busca-se sempre a salinidade abaixo de 1,0 g/litro.

    O pH ideal para enraizamento deve estar na faixa entre 5,5 e 6,5.

    A FITOSSANIDADE deve ser sempre observada para o sucesso na propagao de plantas, e partir sempre de medidas preventivas. O substrato e/ou o leito de enraizamento deve ser tratado evitando as ocorrncias agentes patognicos tais como: fungos, bactrias e nematides. Para o tratamento de solo, sementes, estacas, rizomas, etc.. no mercado encontram-se fungicidas especficos para esta finalidade. - Durante o cultivo as plantas ficam sujeitas a pragas e molstias. As pragas so em geral representadas por pequenos organismos que causam danos a estrutura da muda (folhagem, ramos), entre os mais freqentes temos: caros, cochonilhas, lagartas, lesmas e caracis, pulges, tripes, formigas cortadeiras e os tatuzinhos. Estas pragas so controladas mediante pulverizaes preventivas e/ou curativas com produtos especficos, o mesmo procedimento deve ser dado para o controle das doenas.

    O uso de FITOREGULADORES adotado para o processo de enraizamento de estacas e/ou para quebra de dormncia em sementes Como fitorreguladores so empregados comumente AIB (cido indol-butrico), ANA (cido naftalenactico), GA3 (cido giberlico), citocinina, etileno, nitrato de potssio, a thiouria, entre outros.

    PROPAGAO DAS PLANTAS ORNAMENTAIS

    BIBLIOGRAGIA CONSULTADA E RECOMENDADA: BARBOSA, A . C. S Paisagismo, Jardinagem e Plantas Ornamentais Ed Iglu S. Paulo/SP, 1989. CASTRO, C. E. F. Curso Tcnicas de Cultivo de Flores Tropicais, 1998. KAMPF, A . N. & FERMINO, M. H. Substratos para Plantas A base na produo vegetal em recipientes, Porto Alegre/RS, 2000. KAMPF, A . N. & ALL Produo Comercial de Plantas Ornamentais, Porto Alegre/RS, 2000. LAMAS, A . M. Plantas Ornamentais Tropicais e Floricultura Tropical Curso Tcnicas de Cultivo, Macei, 2000. LAMAS, A. M. Tcnicas de Cultivo de Ornamentais Tropicais e Floricultura Tropical , editado pelo Instituto Frutal, Fortaleza/CE, 2002 LAMAS, A. M. Floricultura Tropical Tcnicas de Cultivo, Edio Sebrae Srie Empreendedor, Recife/PE, 2001 LAMAS, A. M. Floricultura Tropical -Tcnicas de Cultivo, editado pelo Instituto Frutal, Fortaleza/CE, 1999 LOPES, L.C. & BARBOSA, J.G. Propagao de Plantas Ornamentais Boletim de Extenso n 267, Viosa/MG, UFV, 1988. MULER, C.H. & KATO, A . K. Infra-estrutura e equipamentos simples para enraizamento de estacas, Belm/PA, EMPRAPA, CPATU, 1983. REED, D.W. Agua, Substratos y Nutricin em los cultivos de flores hajo invernadero, Ball Publishing y Edicionies HortiTecnia Ltda. Santiago de Bogot, Colombia, 1999 RIBEIRO, S. L. Jardim & Jardinagem, Brasilia, 1994. www.biotecnologia.com.br www.ciagri.usp.br www.uvnt.universidadevirtual.br

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    FLORICULTURA TROPICAL Aspectos Gerais do Agronegcio

    1- INTRODUO

    A demanda atual de plantas ornamentais e flores cortadas dos pases de

    Primeiro Mundo alcana US$ 90 bilhes por ano, com uma taxa de crescimento estimada da ordem de 12 % aa.

    Segundo dados do Instituto Brasileiro de Floricultura - IBRAFLOR, o Brasil no

    negcio das flores movimenta, anualmente cerca de US$ 1 bilho, em uma rea cultivada de aproximadamente 5.250 ha e 200.000 postos de trabalho; e o Estado de So Paulo responsvel por 70 a 80% da produo nacional.

    O segmento da produo responde por 30% do faturamento global do setor, a

    distribuio por 20%, as empresas de acessrios por 10% e os pontos de venda por 40%

    A floricultura, envolvendo flores cortadas, flores em vasos, folhagens

    ornamentais e outros itens, h tempos sempre teve margem da discusso como atividade econmica por puro preconceito. A flor que era considerada suprfluo, e atualmente trata-se de uma das melhores alternativas para quem busca investimento na agricultura. Isto porque demanda pouca rea e o ciclo de produo, dependendo da cultura, curto, o que permite rpido retorno do capital.

    A produo e o mercado de flores so pouco organizados e estruturados no

    pas, exceto So Paulo. nesse sentido o potencial de crescimento e explorao do mercado interno muito grande. o consumo per capita no Brasil, segundo dados publicados de US$ 3,00 at US$ 6,00 dependendo da Fonte, tendo grandes possibilidades de aumento neste mercado. No setor de flores e plantas ornamentais, coexistem pequenos produtores com uma grande variedade de espcies e grandes com poucas linhas de produo. A tecnologia no homognea, sendo melhor apropriada pelos grandes produtores. O capital inicial no grande, o que facilita a entrada de novos produtores.

    As tendncias apontam para a especializao dentro do setor a fim de que se

    atinja uma dada escala de produo, e o principal indicador de gesto neste negcio a produtividade das espcies, associada a qualidade como principal fator de competio, onde o binmio qualidade x preo, que far o setor expandir mais rapidamente.

    O Brasil tem potencial de mercado, por exemplo, para plantas e flores tropicais

    como: helicnias, bromlias, alpnias, antrios entre outras, que tem como chamariz de produto tropical. As condies so lastreadas na tecnologia disposio do produtor: estufas com controle total das condies ambientais internas, propagao vegetativa por meio da biotecnologia, nvel de conhecimento tcnicos em fisiologia e nutrio vegetal. O que nos falta nos estruturarmos em moldes empresariais.

    Para isto, contudo, necessrio equacionar diversos problemas, levando aos

    empreendedores nesta atividade uma viso holstica deste agronegcio a viabilidade do empreendimento de cada um.

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    O potencial do agronegcio Plantas e Flores Ornamentais Tropicais encontra no Nordeste, Norte e Centro Oeste, timas condies para seu desenvolvimento, pois nesta rea no existe risco climtico de baixa temperatura, aliado a presena da gua e tendo encontrado condies de solo com boa profundidade e matria orgnica para completar seu ciclo, o sucesso deste empreendimento estar garantido.

    A demanda nos mercados locais, nas outras regies do Brasil e dependendo da

    produo e qualidade das flores com que estas chegaro aos mercados mais distantes tais sejam o Mercosul, a Comunidade Europia e o EUA.

    O mercado de Flores e Folhagens Tropicais tem crescido substancialmente no

    mercado interno, a exemplo lembramos as experincias positivas de empreendedores de Pernambuco (RECIFLORA), Alagoas (AFLORAL, COMFLORA), Ceara, entre outros. O lanamento do Programa Nacional de Floricultura pelo Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento em outubro de 2001, serve de um marco referencial para o desenvolvimento do setor, onde linhas de crdito especficas foram criadas para o segmento, alm de recursos para financiamento de pesquisas para implementar o setor.

    Outra iniciativa que visa incentivar a produo de flores no Brasil o Programa

    Flora Brasilis, que visa ampliar as exportaes de flores brasileiras. Este programa fundamentado em linhas de ao que englobam as reas de marketing, capacitao e prospeco de produtos e processos, onde os produtores estaro sob uma logomarca guarda chuva denominada FLORABRASILIS, marca esta que identificar o produto brasileiro no mundo, este programa uma parceria do Instituto Brasileiro de Floricultura (IBRAFLOR) e a Agencia de Promoo as Exportaes (APEX) rgo ligado ao SEBRAE e que tem por objetivo alavancar as exportaes brasileiras.

    O potencial do mercado de demanda de flores e plantas ornamentais no Brasil,

    segundo dados do IBRAFLOR, pode ser representado conforme tabela

    PRINCIPAIS EVENTOS PARA FLORES

    PONTOS DE VENDA

    QUE ATENDEM ESTES EVENTOS

    ESTIMATIVA DE PARTICIPAO DE

    MERCADO PARA CADA UM DELES

    PERCENTAL DA

    POPULAO COMO MERCADO POTENCIAL

    Nascimentos. Aniversrios. Dia das Mes Dia da Secretria Dia dos Namorados Natal

    Floriculturas

    55%

    30% Casamentos Formaturas Festas Decoraes

    Decoradores

    20%

    10% Falecimentos Finados

    Funerrias

    10%

    50%

    Jardinagem Decorao domstica

    Floras

    5%

    10%

    Supermercados 8 % 10%

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    2- ESCOLHA DAS ESPCIES E CULTIVARES A escolha das espcies e cultivares deve sempre levar em conta a preferncia

    do mercado consumidor. Associado a isto deve tambm considerar o peso das hastes florais, pois para exportao o frete fator a considerar, pois fica muito onerosa a associao de peso e de volume do material.

    Uma outra caracterstica a observar a cor das flores com a preferncia dos

    Clientes, podemos exemplificar a Espanha onde o consumidor d preferncia s cores vermelhas e brancas.

    A seguir esto listadas algumas espcies e cultivares :

    Aspectos de Cultivo

    Aspectos de Inflorescncias

    ALPINIA ( Alpinia purpurata )

    alpinia vermelha Red Ginger

    alpinia rosa Pink Ginger

    Jungle King /

    Jungle Queen

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    Psittacorum

    Golden torch stricta

    Carli Sharonii bihai

    humilis

    stricta

    Fire Bird

    psittacorum

    Fire opol

    psitacorum

    Adrian

    charthaceae

    sexy pink

    Wagneriana

    platystachys sexy orange

    HELICONIA ( Heliconia spp. )

    rostrata

    caribaea

    red

    rauliniana

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    BASTAO DO IMPERADOR

    (Etlingera elatior)

    vermelho

    porecelana

    rosa

    antrio

    musa

    costus

    OUTRAS

    tapeinoquilos

    Folhagens

    gengibre ornamental

    shampoo

    3- TIPOS DE MUDAS

    3.1.Rebentos As mudas podem ser obtidas diretamente no plantio, destacando-se os rebentos

    das touceiras. Deve-se observar se o material retirado de touceiras com bom estado

    fitossanitrio. Os rebentos tm que ser vigorosos e uniformes para ter certeza do sucesso da

    cultura.

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    3.2 Rizoma No caule tipo rizoma que caule subterrneo ele apresenta vrias gemas podendo

    ser seccionado e colocando-se para brotar o material em p de coco ou material semelhante que retenha a umidade, tomando sempre a precauo de se fazer um tratamento com fungicidas e inseticidas para evitar pragas e doenas no material.

    3.3 Sementes A maioria das espcies de flores tropical propagada por sementes, no entanto,

    plantas provenientes de sementes levam mais tempo para produzir flores. 4 - IMPLANTAO

    4.1 Preparo do solo O solo deve ser preparado com grade pesada a uma profundidade de 20cm

    aps essa garagem entra-se com a formao de canteiros. 4.2 Formao dos Canteiros Formar canteiros com 1,0m de largura e 1,5m entre canteiros que podero ter o

    comprimento de at 50m para facilitar a colheita e tratos culturais. Ver desenhos esquemticos apresentados para implantao da cultura.

    NOTA : caso o produtor queira poder optar por plantar em covas (cultivo

    mnimo), lembrando que o ideal covas de 0,40x0,40x0,50 m 4.3 Espaamento O espaamento nas plantas tropicais depender muito do porte da espcie

    usada quando o porte baixo at 1,50m de altura, usa-se o espaamento de 1,50 3.00 m entre fileiras e 1,00 2,00 m entre plantas.

    Para plantas de porte at trs metros de altura e formadoras de touceiras grandes recomenda-se o espaamento de 3,00 a 4,00 m entre fileiras e 1,50 3,00 m entre plantas.

    4.4 Drenagem Orienta-se o plantio em canteiro justamente para haver uma pequena drenagem

    que facilita a respirao das razes na estao das chuvas. 4.5 Adubao As plantas tropicais na maioria das espcies so plantas de reao de solo de 4.5

    a 6.5, recomenda-se portanto a incorporao de calcrio dolomtico de acordo com a anlise do solo e colocando o calcrio 30 dias antes do plantio.

    Sendo os solos tropicais pobres em matria orgnica e as plantas tropicais altamente exigentes a esse material recomenda-se que se d preferncia ao Composto Orgnico na dosagem que vai de 8 a 15 litros por cova, ou a opo por de estrume de curral ou p de coco curtido 15 a 20 kg .

    Para um bom crescimento e desenvolvimento de planta recomenda-se a aplicao da mistura NPK (1-2-1 +micro), na dosagem de at 600 gramas por m, por ano, parcelando-se em 6 a 12 aplicaes em superfcie. O importante da fertilizao na floricultura tropical no a quantidade de fertilizantes, mas sim a freqncia com que o mesmo fornecido as mesmas.

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    4.6 Plantio Ideal preparar as mudas provenientes de rizomas e quando as mesmas

    estiverem com 35 folhas leva-los ao campo, ou se a opo de plantio for por rizomas diretos ao solo, selecionar rizomas com superior a 2 cm e planta-lo com as folhas, ou com o maior comprimento de haste possvel. Planta-se uma muda por cova uniformizando-se as mudas por fileiras.

    5- CONDUO DA TOUCEIRA Para obteno de produtividade maior, deve-se utilizar espaamentos mais

    generosos, pois o crescimento radial dessas plantas leva ao entouceiramento. A vida til de um cultivo comercial de helicnias estende-se por 7 a 13 anos, exceo as H. psittacorum que cada 2-3 anos de cultivo as touceiras sero divididas e replantadas.

    O perodo que se estende do plantio at a colheita, varia de acordo com a

    espcie ou a cultivar, qualidade da muda e o manejo. E na mdia esse perodo varia de 8 a 10 meses para inicio da primeira florada.

    6 - ADUBAO DE FORMAO realizada prxima a touceira at o quarto e quinto ms de plantada porm o

    perodo de maior exigncia de nitrognio. 7- IRRIGAO

    O consumo de gua proporcional a idade da planta, a eficincia do sistema de irrigao e as condies de solo e clima. Como regra bsica, recomenda-se irrigar todas as vezes que o solo tiver perdido 50% da gua disponvel.

    A asperso convencional pode e deve ser adotada para as tropicais, na

    observncia de um turno de rega que possibilite a secagem das brcteas. Pode-se adotar a irrigao por gotejamento ou micro-asperso. A nossa experincia nos leva a sugerir, via de regra, adoo de um sistema de

    irrigao que possibilite um custo menor de implantao da cultura, e o sistema que possibilita isto o de asperso convencional. Porm deve-se levar em conta a disponibilidade de gua na propriedade, tipo de solo e em especial a relao custo x benefcio.

    . 8- CONTROLE DE PLANTAS CONCORRENTES

    Para as pequenas reas plantadas o controle das plantas concorrentes seria feito mecanicamente mantendo limpo os canteiros e roando a faixa entre eles.

    Para grandes reas recomenda-se uso de herbicidas em pr-emergncia e ps-

    emergncia, convm consultar um agrnomo para indicao dos mesmos.

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    9- CONTROLE DE PRAGAS E DOENAS

    A importncia das pragas e doenas na floricultura tropical est associada a quatro

    fatores principais, assim discriminados:

    Limitam a produo Afetam a qualidade das flores Aumentam o custo de produo e Impede o cultivo de espcies valiosas.

    Para o sucesso na atividade torna-se necessria a adoo da Reduo na

    intensidade de pragas e doenas com poucos efeitos no ambiente, valorizando praticas simples tais como:

    Seleo de reas para plantio Utilizao de mudas de qualidade (selecionadas e certificadas) e Adoo do MIPE (Manejo Integrado de Pragas e Enfermidades)

    o O MIPE deve compreender Monitoramento das zonas de cultivo para determinar a

    natureza e intensidade dos problemas presentes. Controle fsico barreiras e outros para reduzir o nvel

    de inoculo. Controle cultural limpeza e sanidade Controle mecnico podas, desbastes, remoo de

    plantas doentes. Controle biolgico uso de variedades resistentes, de

    parasitos e predadores e produtos biolgicos. Controle qumico (rotao de produtos pelo modo de

    ao e grupo qumico buscando evitar induo de resistncia nas pragas a controlar)

    Com a adoo desse princpios o produtor tem toda condio favorvel para uma produo equilibrada, uma flor com selo verde, e o meio ambiente preservado. As principais ocorrncias de pragas na floricultura tropical so: Brocas, lagartas foliares e de rizomas, pulgo, cochonilha, caro, caracis,

    lesmas, trips, formigas cortadeiras, formiga lava-ps. As principais ocorrncias de doenas na floricultura tropical so: Doenas fngicas. Doenas bacterianas. Doenas causadas por nematides. Doenas causadas por virus

    11 COLHEITA

    - A colheita deve ser feita nas horas mais frescas do dia, preferencialmente no final da tarde (aps as 16 horas) ou no incio da manh (at s 9 horas).

    - Assim que forem colhidas as Inflorescncias devem ser colocadas em balde

    com gua e levadas para o tratamento ps-colheita

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    11.1 Ponto de colheita

    As flores devero ser colhidas quando se apresentam totalmente abertas, para as helicnias quando tiverem 3 a 4 brcteas abertas e para os antrios as flores devem ser colhidas quando a espate estiver toda aberta e a espdice apresentar-se com metade a trs quartos do seu tamanho com colorao modificada. Flores colhidas antes ou depois do ponto, tendem durar menos.

    11.2 Classificao As flores so classificadas por tamanho, cor e forma das hastes.

    12- PS COLHEITA - TRATAMENTO, EMBALAGEM E COMERCIALIZAO

    Os procedimentos no ps-colheita obedece ao seguinte cronograma:

    - 1 Fase as inflorescncias e/ou folhagens so imersas em recipiente com

    gua e detergente neutro, ficando por um perodo varivel em funo do tipo de planta, o que facilita a limpeza das mesmas;

    - 2 Fase aps a 1 fase, as inflorescncias so limpas e lavadas em gua corrente;

    - 3 Fase aps a 2 fase, as inflorescncias devem ser escorridas e colocadas s hastes em p, em recipiente com gua limpa para promover uma melhor hidratao (perodo mnimo de duas horas),

    - 4 Fase aps a 3 fase, as inflorescncias so selecionadas e dispostas de forma a serem embaladas e ou acondicionadas em caixas especiais para transporte e comercializao

    - 5 Fase Acondicionamento das flores (inflorescncias) em caixas de papelo. Essas caixas podero acomodar duas a cinco dzias de hastes cortadas.

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    CULTIVO DE HELICNIAS Heliconia spp

    INTRODUO As Helicnias so plantas herbceas de tamanho varivel podendo alcanar at 12 m de altura, conforme a espcie. Crescem atravs de rizomas subterrneos, que emitem brotaes superfcie. Estes brotos podem ser solitrios ou agregados, o que caracteriza a capacidade de disseminao de cada espcie. Cada planta composta por um pseudocaule, as folhas e uma inflorescncia. As folhas so compostas por um pecolo e uma lmina em um nico plano, em disposio dstica.

    As plantas mostram diferentes hbitos de crescimento, o que facilita o reconhecimento das diferentes espcies. So trs os hbitos de crescimento das helicnias:

    1) Muside as folhas tem pecolos grandes, em posio vertical tomando a

    aparncia das Musas; 2) Zingiberode as folhas tem pecolo curto e se dispem de forma mais

    horizontal, tomando aparncia de Gengibre; 3) Canide as folhas apresentam pecolos curtos e mdios e se dispem em

    posio obliqua e tem a aparncia dos gneros Canna e Alpnia.

    As inflorescncias podem ser eretas ou pendentes variando de forma e cor. As helicnias so plantas botanicamente pertencentes ordem Zingiberales,

    que compreende plantas que fazem parte de sub-bosque nos ambientes tropicais midos. A maioria das espcies nativa aqui no Brasil, atingindo tambm a Amrica Central e o Sul do Mxico. Existem seis espcies que comprovadamente ocorrem nas Ilhas do Sul do Pacfico, como Fidji, Samoa e Ilhas Salomo, como o caso a Helicnia bihai, que tem flores eretas durante o ano todo e que hoje tambm cultivada aqui no Brasil, onde sua ocorrncia vai de Santa Catarina at o Amazonas as quais so bastante conhecidas e popularmente denominadas por bananeira de jardim, bico de papagaio e paquevira.

    Apesar de estudos constantes durante os ltimos cem anos a taxonomia do gnero Heliconia controversa na determinao do nmero exato de espcies que h dentro deste gnero,. O nmero de espcies, mais aproximado, deste gnero, estaria entre 225 e 260, segundo especialistas como Jos Abalo e Gustavo Morales (Venezuela), W. John Kress (EUA) e Lucia Atehorta (Colmbia).

    A primeira descrio botnica que se conhece para o gnero Heliconia se deve a

    Plumer (1703), depois a Linneu (1753), e este nome uma aluso ao Monte Helicon, na Grcia, onde segundo os relatos mitolgicos vivia o Deus Apolo, junto com as Musas. Um outro botnico, cujo nome era Nakai, colocou a Heliconia como nico membro da famlia Heliconiaceae, devido s caractersticas prprias de individualizao que elas possuem. Mais tarde, outros cientistas endossaram esta interpretao, entre eles Petersen (1890), Kuntze (1891), Baker(1893), Schumann (1900) e finalmente botnico Griggs (1903, 1904 e 1915) introduziu uma classificao mais completa. Depois deste ltimo tratamento dado por Griggs no se conhece outra reviso sistemtica que descreva a totalidade do gnero Heliconia

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    As helicnias desempenham um importante papel ecolgico dentro dos ecossistemas, pois so componentes freqentes da flora dos bosques e sub-bosques, bem como em ambientes abertos. Em alguns ecossistemas atuam como pioneiras no processo de regenerao natural da vegetao e restaurao de solo degradado, alm de manter importantes relaes coevolutivas com outras espcies animais e vegetais, constituindo-se um importante elemento dentro do complexo da vida nas florestas tropicais midas.

    O gnero Heliconia ocorre em altitudes que variam entre 0 e 2.900 metros, em

    clareiras e sub bosques, em locais sombreados ou em pleno sol, e sua preferncia por locais midos, onde se desenvolvem esplendidamente. Estas plantas so usadas em jardinagem, para cobrir cantos, dando verticalidade de formas e, por vezes, so utilizadas para dividir ambientes. Quando usada como flor de corte, quando nesta situao, somente em um recipiente com gua pode durar de duas a mais semanas.

    As inflorescncias das helicnias tm um excepcional potencial de comercializao, pois alem da exuberncia de cores e formas, produzem flores continuamente, em quantidade, e tem uma durabilidade excepcional aps o corte. As helicnias so plantas herbceas que possuem rizomas subterrneos, caracterstica esta que facilita sua propagao.

    Todas tm folhas parecidas com a bananeira e formam touceiras que alcanam de 1 a 6 m de altura. As inflorescncias abrem-se, preponderantemente, nas cores vermelho e amarelo; a grande diferena entre elas que so pendentes e outras, eretas. Como as flores exudam uma grande quantidade de nctar, transformam-se em um atrativo enorme para os beija-flores, que retribuem essa iguaria adocicada, transportando o plen e fecundando outras inflorescncias.

    Conforme o tipo da inflorescncia segundo CASTRO, 1997, as helicnias esto

    divididas em quatro grupos principais: Grupo 1 A - inflorescncias eretas e em um plano (leves); Grupo 1 B - inflorescncias eretas e em um plano (pesadas);

    Grupo 2 - inflorescncias eretas e em mais de um plano; Grupo 3 - inflorescncias pendentes e em um plano; Grupo 4 - inflorescncias pendentes e em mais de um plano.

    Ao se implantar um cultivo comercial com helicnias recomenda-se o plantio de diferentes espcies, objetivando atender o mercado com produtos diferenciados em formas e cores. Outra preocupao a de se determinar um calendrio de florescimento das espcies, contribuindo para um fluxo de oferta constante de produto, durante todos meses do ano, otimizando, com isto, o retorno econmico ao investimento realizado.

    MERCADO O aproveitamento principal dado ao cultivo de helicnias at a dcada de 80 era na jardinagem; a partir da iniciaram-se cultivos comerciais para produo de flores de corte, e um mercado cada vez mais vido pela beleza, forma, colorao e exoticidade destas flores, com uma demanda crescente.

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    Atualmente, os principais produtores mundiais de helicnias so: Estados Unidos (Hava), Equador, Jamaica, Costa Rica e Venezuela.

    Os principais importadores so a Comunidade Europia, Estados Unidos e Japo.

    Espcies

    As principais recomendaes para espcies e cultivares para o cultivo comercial, nas condies de norte/nordeste brasileiro so:

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    PROPAGAO

    A propagao de helicnias pode ser vegetativa, atravs de diviso de rizomas ou cultura de tecidos, ou por sementes. Na propagao por sementes o tempo de desenvolvimento da planta, desde a germinao at a formao das primeiras flores, demora de um a dois anos, enquanto que na diviso de rizomas algumas espcies iniciam a produo de flores em quatro a cinco meses aps o plantio.

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    O mtodo mais eficiente para a helicnia a propagao vegetativa, atravs da

    diviso de rizomas. Neste processo as plantas matrizes que iro fornecer os rizomas devem apresentar caractersticas tais como: produtividade, vigor e sanidade.

    Para a diviso de rizomas deve se utilizar ferramentas bem afiadas, salientando

    que o procedimento de desinfeco das ferramentas, entre uma e outra touceira deve ser observado, evitando com isto disseminao de enfermidades.

    Antes de transplantar, os rizomas devem ser desinfestados com

    inseticida/nematicida, fungicida e bactericida ou banhado em soluo de hipoclorito de sdio. Esta prtica contribui para se evitar possveis danos com nematides, insetos, fungos e bactrias.

    Um rizoma ideal aquele que tem pelo menos um mnimo de trs gemas e,

    dependendo da poca do ano podem ser plantados diretamente no campo, ou plantados em sacolas plsticas e preferencialmente colocadas sob irrigao e sombreamento entre 30 e 60%, o que facilitar muito o enraizamento. A profundidade de plantio recomendada para os rizomas em torno de duas vezes o dimetro do rizoma. O solo ideal para propagao uma mistura de 1:1:2 (areia, terra e composto orgnico).

    As brotaes das gemas acontecem de trs a seis semanas aps o plantio.

    CONDIES DE CULTIVO LUMINOSIDADE As helicnias, dependendo da espcie, podem ser cultivadas em pleno sol ou em locais sombreados. Cada espcie tem diferentes necessidades de iluminao, porm, em geral, pode se dizer que preferem a luz direta do sol ou sombra parcial. Os cultivos em sol pleno necessitam de mais gua e fertilizantes (macro e micro elementos). Segundo Kress, Betancur e Echeverry, 1999, a diminuio da luz solar pode baixar de forma considervel a produo de inflorescncias. Por exemplo, quando se cultiva H. psittacorum a sol pleno e com boa fertilizao, estas chegam a produzir 130 inflorescncias/ms/ano; se for reduzida em 37% a insolao, em mdia, somente produzir-se- 35 inflorescncias/ms/ano. Espcies como alguns cultivares de H. bihai e H. stricta, H. psittacorum e caribea podem ser cultivadas a sol pleno, outras como H. orthotricha, H xantovillosa, H. stricta, H. carthaceae preferem sombreamento entre 30 e 50%.

    Para o plantio de espcies que requerem sombreamento devem-se plantar de forma intercalada arvores para esta finalidade. As espcies mais recomendadas so: gliricidia (Gliricidia sepium), sombrero (Clitoria racemosa), samam (Pithecolobium saman); ing (Inga spp); ou qualquer outro tipo de rvore que no venha competir por nutrientes e luminosidade com a helicnia.

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    TEMPERATURA E UMIDADE

    A faixa de temperatura est relacionada com a altitude na qual cresce naturalmente cada espcie e situa-se entre 14 e 34oC (Kress, 1999). O ideal temperatura mdia que oscile na faixa dos 21C noturna e 26C diurna. A umidade relativa do ar deve estar entre 60 e 80%. SOLOS E ADUBAO As helicnias crescem em qualquer tipo de solo, quer seja argiloso ou arenoso, mas o solo ideal deve ser rico em matria orgnica, profundo, poroso e bem drenado.

    O pH ideal para cultivo deve estar na faixa de 5,0 a 6,5. Quando do plantio, a adubao orgnica deve ser observada, pois tratam-se de

    plantas oriundas de extratos de floresta mida onde a compostagem orgnica natural se faz presente.

    A fertilizao, como em todas as plantas cultivadas, deve-se basear em anlise de solo ou foliar.

    Recomendao de adubao:

    IDADE/NUTRIENTES N P K At 12 meses (todas cultivares) 300 100 200 250 Ca e Mg Aps o 13 Ms Cultivares pequenas e mdias 400-450 200-250 300-400 Ca Cultivares grandes 440-500 220 - 275 330 450 Ca

    A adubao foliar com fertilizantes formula completa 20-20-20 + micro ou 20-20-

    20 + 2 de Mg. As formulaes foliares podem ser na forma de quelatos, aminocidos ou metalosatos, o importante que sejam fertilizantes de alta solubilidade e qualidade comprovada

    A adubao foliar semanal no cultivo de heliconia necessria nos primeiros 12 meses de cultivo. A analise foliar deve ser realizada trimestralmente. Para analise foliar coleta-se a parte mediana da 4 e 5 folha, totalizando uma amostra de 100 gramas de folhas por talho ou cultivar a ser analisado. Os nveis timos definidos para helicnias so:

    Heliconia pequenas (gruo psittacorum) MACRONUTRIENTES MICRONUTRIENTES

    ( % ) (ppm)

    N 1,67 1,79 Fe 30 40

    P 0,27 - 0,38 Mn 26 93

    K 1,27 2,13 B 10 15

    Ca 0,75 0,81 Cu 5 8

    Mg 0,33 0,38 Zn 16 23

    S 0,36 0,39 Mo 1,76 2,05

    ELEMENTOS DISPENSVEIS (ppm) Na 4065 6121 Al 7 - 8

    Fonte: Plant Analysis Handbook II - HARRY MILLS / J.BENTON JONES JR

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    Heliconia mdias, grandes e pendentes

    BAIXO ALTO SUFICIENTE ELEMENTO

    % % % Nitrogenio 2,50 - 3,00 3,10 - 3,80 > 3,80 Fsforo 0,15 - 0,19 0,20 - 0,40 > 0,40 Potssio 3,00 - 3,50 3,50 - 4,50 > 4,50 Clcio 0,75 - 1,25 1,26 - 1,75 > 1,75 Magnsio 0,18 - 0,24 0,25 - 0,80 > 0,80 Enxofre 0,18 - 0,24 0,25 - 0,80 > 0,80 ppm ppm ppm Boro 7,00 - 9,00 10,00 - 75,00 > 75,00 Cobre 4,00 - 5,00 6,00 - 25,00 > 25,00 Ferro 50,00 - 75,00 76,00 - 300,00 > 300,00 Manganes 75,00 - 99,00 100,00 - 1.000,00 > 1.000,00 Zinco 20,00 - 25,00 26,00 - 250,00 > 250,00 Fonte: Publicao de Lucia Atehortua - Coordenadora de Biotecnologia da Universidade de Antioquia, Medellim - Colombia no livro - Aves del Paraiso, Gingers e Heliconia, 1998

    IRRIGAO Pode ser por asperso, micro-asperso ou infiltrao. Deve-se manter o solo mido, sem contudo causar excessos. Os melhores resultados em cultivo de helicnia, obtm-se com a asperso convencional (cobertura total), mas a opo ficar a cargo do floricultor e a disponibilidade de gua e energia existentes na propriedade. SISTEMA DE PLANTIO E ESPAAMENTO

    Recomenda-se o plantio em canteiro de comprimento varivel, o ideal de trinta metros, levemente elevados de 10 a 20 cm acima do solo. O sistema de plantio o de fileira simples, com plantas espaadas de 1,00 3,00 m entre plantas e de 2,00 4,00 m entre fileiras, dependendo da espcie.

    Segundo nossas observaes o ideal para cultivo fileiras duplas com 3 m e ruas de 4 - 5 m, barateia o custo da irrigao localizada ficando mais acessvel ao produtor, pois reduz em at 50% o material a ser utilizado. O plantio deve ocorrer preferencialmente no incio do perodo chuvoso. TRATOS CULTURAIS

    Manter o cultivo livre de ervas daninhas. Promover podas de limpeza visando retirar folhas e outras partes da planta que

    estiverem quebradas, secas ou doentes. Corte das hastes que j tenham florescido e que no serviro mais para a

    comercializao, evitando com isto a competio por luz, gua e nutrientes com as novas hastes.

    Tutoramento para manter as hastes eretas e evitar que a queda, em especial das espcies pendentes.

    Fertilizao sistemtica do cultivo. Controle de pragas e doenas e Irrigao sistemtica

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    PRAGAS E DOENAS As principais pragas que incidem em helicnias so as cochonilhas de raiz, os caros, os nematides, as formigas e os pulges. Como doenas destacam-se as podrides de razes e rizomas, bem como as manchas foliares como antracnose e bipolaris.

    PRODUO E COLHEITA Para obter-se boa durabilidade das inflorescncias, as plantas devem estar muito bem hidratadas antes da colheita, o que se recomenda regar o cultivo na noite que anteceder o corte. As hastes florais devem ser colhidas quando apresentam de duas a cinco brcteas abertas. O comprimento das hastes varia de acordo com as espcies helicnias grandes e pendentes entre 0,90 1,20m, helicnias medianas entre 0,50 0,90m, helicnias pequenas - 0,40 a 0,60m, considerando ponta a ponta. As hastes so cortadas na base da planta, em corte diagonal, deixando pelo menos de 10 a 15 cm do pseudocaule da haste. Cortam-se as folhas e logo aps a limpeza as hastes devem ser colocadas em recipientes com gua limpa, ainda no campo.

    PS-COLHEITA, EMBALAGEM, TRANSPORTE E CONSERVAO Chegando ao packing house, as hastes devem ser imersas em gua limpa. Essa prtica aumenta a durabilidade pois contribui para diminuir a temperatura das mesmas, alm de limpar a sujidade e retirar o mau cheiro de algumas espcies. As flores de helicnia podem destinar-se a diferentes usos. Em funo disso a classificao importante, tomando-se o cuidado de selecion-las pelo nmero de brcteas abertas - geralmente um ponteiro e de uma a cinco brcteas abertas. Recomenda-se antes do empacotamento cortar a haste e submergi-la em recipientes com gua com soluo de cloro a 0,02%. Esta soluo atuar como bactericida. No manuseio e na embalagem das inflorescncias de helicnias, como nas demais flores, so requeridos cuidados especiais que devem ser observados para evitar injrias e danos as mesmas. A temperatura ideal para manuseio das inflorescncias de helicnia est entre 17 e 19C e a de armazenamento acima de 14C. Uma prtica, face a suscetibilidade baixa temperatura escrever nas caixas os dizeres "NO REFRIGERAR".

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    HELICONIAS BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E RECOMENDADA

    ABALO, J. E. & MORALES, G. Siete (7) heliconias nuevas de Colombia. Phytologia, Corvallis, Oregon, 57:42-64, 1985.

    ABALO, J. E. & MORALES, G. Diez (10) heliconias nuevas de Colombia. Phytologia, Piainfield, New Jersey, 54:411-433, 1983.

    ABALO, J. E. & MORAIES, G. Doce (12) heliconias nuevas del Equador. Phytologia, Plainfield, New Jersey, 52:387-413, 1983.

    ABALO, J. E. & MORALES, G. Veinticinco (25) heliconias nuevas de Colombia. Phytologia, Plainfield, New Jersey, 51:1-61, 1982.

    ARISTEGUIETA, I. EI genero Heliconia en Venezueia. Instituto Botnico. Direccin de Recursos Naturales Renovables. Ministrio da Agricultura y Cria, Caracas. 1961.32p.

    ATEHORTUA, L Aves del Paraiso, Gingers, Heliconias Ediciones Hortitecnia, Santaf de Bogot Colombia, 1998

    BERRY, F. & KRESS, W. J. Heliconia: An Identification Guide. Smithsonian Institution Press. 1991.

    BROSCHAT, T.K.; DONSELMAN, H.M. Tropical cut flower research at the University of Florida's Ft. Laudardale Research and Education Center. Bali. Heliconia Soc. Inter v.2, n.3/4. p.5-6,1987.

    CASTRO, C. E. F. Curso Tcnicas de Cultivo de Flores Tropicais, 1998.

    CASTRO, C.E.F. de Heliconia para exportao: aspectos tcnicos da produo. Braslia: MAARA-SDR-FRUPEX/ISPI, 1995. (FRUPEX. Publicaes Tcnicas, 16).

    CASTRO, C. E. F. Heliconias como flores de corte: adequao de espcies e tecnologia ps-colheita. Tese de Doutorado. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Piracicaba., 1993.

    CHAGAS,, A.J. C., FREITAS,, N.B. Caractersticas da Explorao do Cultivo de Flores Tropicais na Regio da Mata Atlntica de Pernambuco. Recife, 1999.

    COSTA, J. T. de M. Floricultura no Nordeste - In Agroanalisis. Vol. 15, n 9. 1995

    COSTA, J.T. de M. Panorama da Floricultura no Estado de Pernambuco. X Congresso Brasileiro de Floricultura e Plantas Ornamentais. Campinas, 1995.

    KEPLER,, A. K. e MAU I. R. Exotic tropicais of Hawaii - heliconias, gingers, anthuriuns & decorative foliage. Ed. Mutual Publishings. Honolulu. Hawaii. l989. KRESS, W.J.; BETANCUR, J; ECHEVERRY, B Heliconias Llamaradas de la selva colombiana. Cristina Uribe Editores, Colombia, 1999.

    LAMAS, A . M. Plantas Ornamentais Tropicais e Floricultura Tropical Curso Tcnicas de Cultivo, Macei, 2000.

    LAMAS, A. M. Floricultura Tropical Tcnicas de Cultivo, Edio Sebrae Srie Empreendedor, Recife/PE, 2001

    LEITO, A . P. S Curso de Produo de Flores Tropicais FLORTEC Holambra, 2000.

    LORENZI, H. & SOUZA, H. Plantas Ornamentais do Brasil: arbustivas, herbceas e trepadeiras. Nova Odessa/SP. Ed Plantarum, 1995.

    PAIVA, W.O. de; Cultura de helicnias. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1997.

    PAIVA, W.O. de; BEZERRA,, F.C. O Agronegco de flores no estado do Cear. Fortaleza: EMBRAPA-CNPAT, 1996.

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    CULTIVO DE ALPNIA [Alpinia purpurata (Vieill.) Schum]

    INTRODUO A Alpinia purpurata (Vieill.) Schum, uma planta tropical pertencente a famlia Zingiberaceae. Cultivada h muito tempo como planta ornamental em paisagismo, pode seu porte oscilar de 1,5 at 7,0 m de altura. Suas inflorescncias so terminais, envoltos em folhas apicais que podem chegar de 15 a 30 cm de comprimento, e atingir tamanhos maiores com a idade. Trata-se de uma planta ornamental bastante utilizada na jardinagem de parques, residncias face a uma intermitente florada durante todo ano.

    DESCRIO BOTNICA Estas plantas tropicais so perenes, de crescimento vigoroso, formando touceiras espessas, tm odor caracterstico que se assemelha ao de gengibre. Podem crescer at 4 metros e formar touceiras de at 1,50 m de expanso. As folhas so lanceoladas, com bordas orladas e elas so produzidas em talos densos. As inflorescncias so terminais e consistem de brcteas nas cores vermelha e rosa. A hibridao promoveu tons de cores que variam entre o vermelho e o rosa, at tonalidades mais esbranquiadas. As flores tubulares so produzidas em agrupamentos do pednculo das inflorescncias.

    VARIEDADES O cultivo comercial de alpnias como flor de corte tem como principais variedades os cultivares: Red Ginger, Pink Ginger , Aillen Mcdonald, Jungle King e Jungle Queen. Recentemente cruzamentos entre as espcies Aileen Macdonald e Jungle King resultaram em 14 clones novos denominados kimi, dos quais quatro j despontam como excepcionais

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    MERCADO

    A demanda por flores de alpnia tem sido crescente e esta flor, a cada dia, mais e mais se sedimenta no mercado. Os principais mercados produtores esto localizados nos seguintes Pases: Filipinas, Tailndia, Jamaica, Hava, Costa Rica, Venezuela, Equador e Colmbia. Os principais mercados importadores so: Estados Unidos, Canad, Comunidade Europia e Japo.

    A oferta do produto se d durante todo ano, mas o pico desta oferta ocorre entre os meses de outubro a abril, nas condies de nordeste brasileiro. Os valores praticados no mercado internacional para as inflorescncias de alpnia oscilam de US$ 0,35 a US$ 0,80.

    CONDIES DE CULTIVO LUMINOSIDADE

    O cultivo de alpnia desenvolve-se bem a meia sombra (em especial as de colorao roscea). Sob um sombreamento de 20 a 45%, as plantas apresentam bom desenvolvimento vegetativo e florescimento adequado. A necessidade luminosa oscila de 50.000 a 75.000 lux. Podem, tambm, ser cultivadas em pleno sol.

    Para se conseguir o sombreamento necessrio, pode-se utilizar plantio

    intercalado de mamona (Ricinus communis), arvore da chuva (Pithecolobium saman), sombrero ( Clitorea racemosa) ou de gliricidia (Gliricidia sepium); esta ltima tem-se mostrada muito eficiente e sua reproduo por estacas facilita sua implantao; outro meio o cultivo da alpnia debaixo de telados.

    TEMPERATURA E UMIDADE

    A faixa de temperatura de cultivo adequada est situada entre 22 e 35 C , com uma temperatura mxima noturna de 27 C e mnima de 18 C. A temperatura tima para produo est entre 2430 C.

    A umidade relativa do ar deve oscilar entre 60 a 80%

    SOLOS E ADUBAO

    O cultivo desta ornamental (Alpinia purpurata) requer para um desenvolvimento adequado solos profundos, ricos em matria orgnica e bem drenados.

    A saturao de base deve estar na faixa de 70% e o pH ideal para cultivo deve estar entre 5,6 a 6,2.

    Recomenda-se a adubao qumica em conformidade com anlise de solo. A cultura responde muito bem a fertilizao nitrogenada.

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    Recomendao de adubao:

    IDADE/NUTRIENTES N P K At 12 meses 200 100 200 - 250 Ca e Mg Aps 13 meses em diante 350-400 200-250 300-350 Ca

    A adubao foliar com fertilizantes formula completa 20-20-20 + micro ou 20-20-

    20 + 2 de Mg. As formulaes foliares podem ser na forma de quelatos, aminocidos ou metalosatos, o importante que sejam fertilizantes de alta solubilidade e qualidade comprovada.

    A fertilizao foliar deve ser utilizada semanalmente, na dosagem de 1,5 a 2%,

    at as plantas atingirem o tamanho de 1,70 m a partir da deve-se aplicar utilizar a adubao em conformidade com a analise foliar, que deve ser realizada a cada trs meses.

    Para analise foliar coleta-se a parte mediana da 5 e 6 - totalizando uma

    amostra de 100 gramas de folhas por talho de cultivo. Os nveis timos definidos para as alpnias so:

    MACRONUTRIENTES MICRONUTRIENTES

    ( % ) (ppm)

    N 2,19 2,70 Fe 31 50

    P 0,30 0 37 Mn 214 529

    K 2,46 3 34 B 10 17

    Ca 0,75 1,35 Cu 13 16

    Mg 0 35 0,47 Zn 75 116

    S 0,29 0 48 Mo 0,53- 1,69 ELEMENTOS DISPENSVEIS (ppm) Na 97 249 Al 16 - 54

    Fonte: Plant Analysis Handbook II - HARRY MILLS / J.BENTON JONES JR . A cultura requer, tambm, a incorporao de matria orgnica. De preferncia sempre a compostagem orgnica. A dosagem ideal da ordem de 12 a 18 kg por m/ano, parcelada em, pelo menos, seis aplicaes, ou seja a cada dois meses. IRRIGAO

    Pode ser por asperso, micro-asperso, gotejamento, ou mesmo infiltrao. Deve-se manter o solo mido, sem contudo causar excessos. A alpnia bastante sensvel a falta de umidade no solo, podendo afetar em muito a qualidade do produto.

    Os melhores resultados com alpnia, segundo especialistas, obtm-se pela

    asperso convencional, irrigando-se nas primeiras horas do dia e promovendo a colheita ao final da tarde, com isto otimizando o processo produtivo. A asperso convencional ajuda a conservar a umidade relativa do ar alta.

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    SISTEMA DE PLANTIO E ESPAAMENTO

    Recomenda-se o plantio em canteiro de comprimento varivel, o ideal de trinta metros, levemente elevados de 10 a 15 cm acima do solo. O sistema de plantio o de fileira simples, com plantas espaadas de 1,50 2,00 m entre plantas e de 3,00 4,00 m entre fileiras. PROPAGAO

    O mtodo de propagao por diviso de rizomas mais utilizado. Os rizomas so caules especializados que crescem horizontalmente, tanto acima como abaixo da superfcie do solo.

    Deve-se dar preferncia a rizomas provenientes de cultivos com mais de trs

    anos de idade, com dimetro acima de 2 cm e elevado peso. Plantas obtidas por este mtodo, provenientes de matrizes maduras com pelo menos trs anos de cultivo, produziro mais precocemente entrando em produo comercial aos 12 15 meses de idade.

    Os rizomas devem ser lavados e retirados as pores mortas, e aps este procedimento receber o cuidados fitossanitrios como: a aplicao de inseticidas, nematicidas, bactericidas e fungicidas, visando o controle de fungos, insetos e nematides.

    O controle de nematide pode ser por nematicidas especficos ou atravs de controle trmico que ser feito com gua quente, entre 40 a 42 graus C, durante 15 a 30 minutos, dependendo do tamanho da poro.

    O plantio pode ser efetuado diretamente no campo, em sacos plsticos ou

    vasos para um posterior transplante. Os rizomas devem ser plantados com todo pseudo-caule com as folhas ou com haste no maior tamanho possvel. Caso o procedimento seja o cultivo dos rizomas em recipientes, as mudas devero ser levadas para campo quando tiverem em torno de 40 cm de altura e com no mnimo quatro folhas verdadeiras formadas.

    TRATOS CULTURAIS Manter o cultivo livre de ervas daninhas. Promover podas de limpeza visando retirar folhas e outras partes da planta que

    estiverem quebradas, secas ou doentes. Fertilizao sistemtica do cultivo. Controle de pragas e doenas e Irrigao constante

    PRAGAS E DOENAS Quanto s pragas e doenas, o principal problema da cultura a ocorrncia de cochonilha nos rizomas e nas inflorescncias, com isto atraindo formiga lava-ps. A ocorrncia de nematides exige, para seu controle, o tratamento do solo antes do plantio, bem como de rizomas ou mudas . raro a ocorrncia de caros, cochonilhas e

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    pulges. Entre as doenas destacam-se as fngicas, causadas, principalmente, por Phytophtora e Pythium.

    CICLO PRODUTIVO, PRODUTIVIDADE E COLHEITA

    A vida til de um cultivo de alpnias indefinida, mas em mdia, a cada dez ou doze anos, devemos renovar os canteiros. A produtividade tima acontece aps o terceiro ano de cultivo e vai crescendo, desde que mantido os cuidados com a nutrio e com o controle de pragas e enfermidades.

    As alpnias florescem durante o ano todo com picos de produo, que devem

    ser determinados pelo produtor para as diferentes regies, o que facilitar, em muito, a sua programao de vendas. A produo nas condies do nordeste bem linear e uniforme, ocorrendo picos de produo nos meses de novembro a abril.

    A produtividade mdia da alpnia de trs inflorescncias por semana, ou seja

    cento e cinqenta e seis inflorescncias por touceira, das quais em torno de 60% ser de padro exportao. Caso o produtor cultive em espaamento 3,00m x 3,00 m ter um stand 1.111 touceiras/ha onde so produzidas, em mdia, .14.400 dzias ao ano, ou 273 dzias semanais.

    O horrio melhor para a colheita da alpnia durante a manh, bem cedo, o que

    prolonga sua vida no ponto de venda. A colheita pode ser realizada diariamente, mas esta em funo da programao

    de vendas do empreendimento. A inflorescncia colhida com o talo inteiro, intacto que deve ser o mais longo

    possvel, na observncia do calibre (dimetro) das hastes, que deve ser superior a 1 cm.

    As inflorescncias tm diferentes pontos de colheita, desde a fase de boto at

    totalmente expandidas, e esto em funo dos clientes e do mercado a que se destina. O ponto de colheita em que as alpnias apresentam maior durabilidade quando o tero superior das brcteas j se encontra totalmente expandido.

    As hastes aps colhidas, so colocados, ento, imediatamente em recipientes

    com gua, de forma a impedir que desidratem; uma vez cheios de flores, os recipientes so colocados ao trmino dos canteiros para coleta, transporte e empacotamento feitos em instalaes adequadas.

    A pr-classificao deve ser observada ainda no campo, removendo flores fora

    de padro, com danos mecnicos ou flores deformadas. Isto facilita muito as demais operaes.

    PS-COLHEITA, EMBALAMENTO, TRANSPORTE E CONSERVAO Ao chegar ao galpo de tratamento (packing house), as hastes devem ser imersas em gua limpa - essa prtica aumenta a durabilidade, pois contribui para diminuir a temperatura das mesmas alm de facilitar a limpeza.

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    A folhagem remanescente deve ser removida. As folhas das hastes devem ser removidas rente ao pseudocaule, podendo deixar as duas folhas terminais, o que facilita a embalagem, pois estas folhas envolvem as inflorescncias protegendo-as de injrias

    Quanto aos procedimentos, aps o corte no campo e na observncia de que as hastes sempre estejam imersas em gua, estas inflorescncias apresentaro uma durabilidade, de pelo menos, quinze dias, aproximadamente. O pH da gua para manuseio durante o ps colheita deve estar na faixa dos 4,5.

    Os tamanhos das hastes para comercializao variam de 0,60m a 1,10 m,

    incluindo a inflorescncia. A classificao das alpnias se d pelo tamanho das inflorescncias, nas seguintes classes:

    O transporte e o armazenamento da alpnia carecem de cuidados especiais, em funo da sua sensibilidade ao frio e desidratao. O ideal para o armazenamento e transporte de alpnia um ambiente refrigerado a uma temperatura de 15-18C e com umidade relativa elevada.

    ALPINIA BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E RECOMENDADA

    ATEHORTUA, L Aves del Paraiso, Gingers, Heliconias Ediciones Hortitecnia, Santaf de Bogot Colombia, 1998 CASTRO, C. E. F. Curso Tcnicas de Cultivo de Flores Tropicais, 1998. LAMAS, A . M. Plantas Ornamentais Tropicais e Floricultura Tropical Curso Tcnicas de Cultivo, FRUTAL-2002, Fortaleza-CE, 2002. LAMAS, A . M. Plantas Ornamentais Tropicais e Floricultura Tropical Curso Tcnicas de Cultivo,

    Macei, 2000. LAMAS, A. M. Floricultura Tropical Tcnicas de Cultivo, Edio Sebrae Srie Empreendedor, Recife/PE, 2001 LORENZI, H. & SOUZA, H. Plantas Ornamentais do Brasil: arbustivas, herbceas e trepadeiras. Nova Odessa/SP. Ed Plantarum, 1995 MEYER, J-Y.. Preliminary review of the invasive plants in the Pacific islands (SPREP Member Countries),

    2000 SHERLEY, G. Invasive species in the Pacific: A technical review and draft regional strategy. South Pacific Regional Environment Programme, Samoa, 1999. SMITH, A. C. Flora Vitiensis Nova: A New Flora of Fiji. Lawai, Kauai, Hawaii. National Tropical Botanical Garden, 1979 WARREN L., DERRAL R. HERBST & SOHMER S.H.. - Manual of the flowing plants of Hawai'i. University of Hawaii Press, Honolulu. 1990

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    CULTIVO DE BASTO DO IMPERADOR (Etlingera elatior R.M.Smith)

    INTRODUO

    Etlingera elatior R.M.Smith, tambm conhecido por Basto do Imperador, flor da redeno e gengibre de tocha, uma herbcea rizomatosa e robusta, tendo como centro de origem a Malsia, pertencente a famlia Zingiberaceae, podendo atingir de trs a seis metros de altura; possui hastes eretas que lembra a cana e dispe de folhas grandes e alongadas em tonalidades do verde rosado at um marrom avermelhado.

    DESCRIO BOTNICA

    O gnero Etlingera inclui vrias espcies, geralmente com inflorescncias belas e vistosas em diferentes tonalidades, variando do vermelho escuro, vermelho claro, cor-de-rosa, rosa claro e at mesmo como na variedade conhecida como Branco de Sab que quase totalmente branca. H outra espcie de formato diferenciado que se assemelha a uma tulipa nas cores vermelha, indo at ao chocolate escuro (quase negro); tambm sua folhagem diferenciada com uma colorao bronze, alem de outros cultivares com folhagens que chegam a cor chocolate.

    O basto do imperador tem preferncia por solos ricos em matria orgnica, midos e o espaamento entre as touceiras deve ser generoso ( no mnimo de 2,50 m entre fileiras e 1,50 entre covas), vez que formam touceiras enormes tanto em altura como em extenso.

    So plantas que exigem temperaturas elevadas e calor constante para

    estimular o florescimento. Nessas condies eles crescem vigorosamente, entouceirando com muita rapidez. As inflorescncias se originam diretamente no sistema de rizomas, sendo separadas das hastes vegetativas. Depois de plantado, a nova planta ir florescer em ano e meio a dois anos.

    Alm de serem ornamentais, flores e brotos so tambm comestveis, fazendo

    parte da culinria de diversos pases asiticos. Eles so fatiados finamente e pode ser somado a vrios pratos, que do um flavour picante pungente diferente do gengibre comercial.

    VARIEDADES Comercialmente quatro cultivares so explorados: uma de inflorescncias com brcteas vermelhas (cultivar Red Torch); duas de brcteas rosadas (cultivares Pink Torch e Porcelana); e uma de brcteas rubras ( em formato de tulipa).

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    MERCADO

    A demanda interna pelo basto do imperador tem sido crescente e esta flor, a cada dia, mais e mais se sedimenta no mercado. Os principais mercados produtores esto localizados nos seguintes Pases: Filipinas, Tailndia, Jamaica, Hava, Costa Rica e Equador, salientando que nas Filipinas e Tailndia o Basto do Imperador considerado hortalia e usado na alimentao humana.. Os principais mercados importadores so: Amrica do Norte (Estados Unidos, Canad), Europa( Holanda, Alemanha, Dinamarca, Blgica, Frana) e Japo.

    A oferta do produto atualmente se d durante todo ano, mas o pico de oferta ocorre entre os meses de novembro a fevereiro.

    CONDIES DE CULTIVO LUZ, TEMPERATURA E UMIDADE

    O basto do imperador adapta-se a uma grande faixa de temperatura. Porm, em exploraes comerciais, para um melhor sucesso, convm a faixa diurna de 22 a 35C e noturna de 18 a 27C. A temperatura tima para produo est entre 24 C e 30C. O basto do imperador desenvolve-se melhor em ambiente com umidade relativa elevada (70 - 80%).Os cultivos podem ser implantados tanto a sol pleno como em locais parcialmente sombreados. So plantas vigorosas de crescimento muito rpido e, em face disto, requer implantao de quebra-ventos como medida de proteo. SOLOS E ADUBAO

    A adubao influencia bastante o crescimento e a produo de flores, principalmente sob alta luminosidade. Alm disso, os bastes do imperador so plantas que preferem solo levemente cido. Se for necessrio corrigir o solo para obter o grau de acidez adequado ao cultivo (pH entre 5,6 e 6,2), recomenda-se a adio de calcrio dolomtico. A saturao de base deve estar na faixa de 70%.

    Por ocasio do plantio, o ideal fazer uma adubao orgnica, incorporando-se

    ao solo folhas decompostas e esterco de curral curtido (20 l/cova) + NPK-Micro (300 g/cova da formulao 4-14-8+micro).

    Recomendao de adubao:

    IDADE/NUTRIENTES N P K At 12 meses 200 100 200 - 250 Ca e Mg Aps 13 meses em diante 300-350 200-250 300-350 Ca

    A adubao foliar com fertilizantes formula completa 20-20-20 + micro ou 20-20-

    20 + 2 de Mg. As formulaes foliares podem ser na forma de quelatos, aminocidos ou metalosatos, o importante que sejam fertilizantes de alta solubilidade e qualidade comprovada.

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    A fertilizao foliar deve ser utilizada semanalmente, na dosagem de 1,5 a 2%,

    at as plantas atingirem o tamanho de 1,70 m a partir da deve-se aplicar utilizar a adubao em conformidade com a analise foliar, que deve ser realizada a cada trs meses.

    Para analise foliar coleta-se a parte mediana da 5 e 6 - totalizando uma

    amostra de 100 gramas de folhas por talho de cultivo. Os nveis timos definidos para as alpnias so:

    MACRONUTRIENTES MICRONUTRIENTES

    ( % ) (ppm)

    N 2,00 4,00 Fe 50 - 200

    P 0,25 1,00 Mn 50 200

    K 2,00 4,00 B 25 75

    Ca 0,50 0,76 Cu 8 25

    Mg 0 25 1,00 Zn 20 200

    S 0,20 0 40 Mo 0,12- 1,00 ELEMENTOS DISPENSVEIS (ppm) Na 50 200 Al 10 - 46

    Fonte: Plant Analysis Handbook II - HARRY MILLS / J.BENTON JONES JR Os solos para o cultivo do basto do imperador devem ser orgnico e muito bem

    drenados. IRRIGAO:

    Pode ser por asperso, micro-asperso, gotejamento, ou mesmo infiltrao. Deve-se manter o solo mido, sem contudo causar excessos. Como toda famlia Zingiberaceae, o basto do imperador bastante sensvel a falta de umidade no solo, podendo afetar em muito a qualidade e a produtividade.

    SISTEMA DE PLANTIO E ESPAAMENTO

    Recomenda-se o plantio em canteiro de comprimento varivel (o ideal de trinta metros) levemente elevados, de 10 a 20 cm acima do solo. O sistema de plantio o de fileira simples, com plantas espaadas de 1,25 m entre plantas e de 2,50 m entre fileiras. Com este espaamento teremos um stand de 3.200 plantas por hectare. Com este stand de plantas, a produtividade por rea elevada, e dependendo da variedade a renovao dos canteiros se processa a cada cinco ou seis anos.

    A implantao da cultura deve ser realizada nas pocas chuvosas,

    preferencialmente no inicio desta, e o plantio das mudas e/ou rizomas nas horas mais amenas. PROPAGAO

    Para o cultivo comercial deve-se dar preferncia a propagao por rizoma, e estes serem de elevados dimetro e peso. Plantas obtidas por este mtodo, provenientes de matrizes maduras com pelo menos trs anos de cultivo, produziro mais precocemente entrando em produo comercial aos 11 15 meses de idade.

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    Antes de transplantar, os rizomas devem ser limpos e desinfestados com inseticida/nematicida, fungicidas e bactericidas ou banhados em soluo de hipoclorito de sdio. Esta prtica contribui para se evitar possveis danos com nematides, insetos, fungos e bactrias. TRATOS CULTURAIS

    Manter o cultivo livre de ervas daninhas Promover podas de limpeza visando retirar folhas e outras partes da planta

    que estiverem quebradas, secas ou doentes. Fertilizao sistemtica do cultivo. Controle de pragas e doenas e Irrigao constante

    PRAGAS E DOENAS

    Quanto s pragas e doenas, o basto do imperador praticamente no acometido por pragas. Raramente se observa a ocorrncia de caros, cochonilhas, caros, trips e pulges.

    Entre as doenas, destacam-se as fngicas, causadas principalmente por

    Phytophtora e Pythium. Deve-se dar bastante ateno as manchas foliares e em especial a antracnose, pois esta doena tem causado danos considerveis aos botes florais, em especial do cultivar red torch.

    PRODUO E COLHEITA

    Em cultivos conduzidos segundo recomendaes, dependendo do tipo de muda utilizada, pode se iniciar j aos 11 15 meses, podendo-se obter de 60 90 flores por touceira/ano.

    As inflorescncias tm diferentes pontos de colheita, desde boto, at o de

    brcteas totalmente expandidas. O tamanho mnimo da haste deve ser de 60 cm.

    A produo nas condies do nordeste bem linear e uniforme, ocorrendo picos de produo nos meses de novembro a fevereiro.

    Para um exerccio de fluxo de caixa, pode-se obter de 75 flores/planta/ano (tipo exportao) com um stand de 1.250 touceiras/hectare (espaamento de 4,00m x 2,00m), tem-se uma produo total de 100.000 inflorescncias ou aproximadamente 8.333 dzias/hectare/ano.

    PS-COLHEITA, EMBALAMENTO, TRANSPORTE E CONSERVAO

    Desde a colheita no campo as hastes devem estar imersas em gua. Ao chegar ao packing house, as hastes devem ser imersas em gua limpa, de preferncia deitadas, sem a necessidade de imerso da inflorescncia. As inflorescncias apresentam uma durabilidade de 15 dias aproximadamente. O transporte e o armazenamento do basto do imperador carecem de cuidados especiais, devido sua sensibilidade ao frio e desidratao. A temperatura ideal para manuseio das inflorescncias de est entre 17 e 19C e a de armazenamento acima de 14C (15C - 18C). Manter a umidade relativa do ar elevada (90-95%). Uma prtica, face a suscetibilidade baixa temperatura, escrever nas caixas os dizeres "NO REFRIGERAR".

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    BASTO DO IMPERADOR BIBLIOGRAFIA CONSULTADA E RECOMENDADA

    SMITH, A. C. Flora Vitiensis Nova: A New Flora of Fiji. Lawai, Kauai, Hawaii. National Tropical Botanical Garden, 1979. WARREN L., DERRAL R. HERBST & SOHMER S.H.. - Manual of the flowing plants of Hawai'i. University of Hawaii Press, Honolulu. 1990. ATEHORTUA, L Aves del Paraiso, Gingers, Heliconias Ediciones Hortitecnia, Santaf de Bogot Colombia, 1998. CASTRO, C. E. F. Curso Tcnicas de Cultivo de Flores Tropicais, Macei, 1998. LAMAS, A . M. Plantas Ornamentais Tropicais e Floricultura Tropical Curso Tcnicas de Cultivo, Macei, 2000. LAMAS, A. M. Floricultura Tropical Tcnicas de Cultivo, Edio Sebrae Srie Empreendedor, Recife/PE, 2001 LEITO, A. P. S. Curso de Produo de Flores Tropicais Edio FLORTEC, Holambra/SP, 2000. BURTT, B. L. & SMITH, R. M.. Etlingera: the inclusive name for Achasma, Geanthus and Nicolaia (Zingiberaceae). Notes Roy. Bot. Gard. Edinburgh 43: 235241, 1986. SMITH, R. M. - Notes Roy. Bot. Gard. Edinburgh 43: 244. 1986. LORENZI, H. & SOUZA, H. Plantas Ornamentais do Brasil: arbustivas, herbceas e trepadeiras. Nova Odessa/SP. Ed Plantarum, 1995.

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    CULTIVO DE SHAMPOO Gengibre Ornamental

    ( Zingiber spectabile, Griff )

    INTRODUO O Gengibre Ornamental, Zingiber spectabile, tambm conhecido como: shampoo, maraca, sorveto uma planta ornamental tropical, de origem asitica, nativo da Malsia. Pertence a famlia Zingiberaceae, e neste gnero h cerca de 85 espcies. .

    DESCRIO BOTNICA . O Zingiber spectabile, Griff uma planta herbcea, rizomatosa, robusta, perene, com hastes mais ou menos eretas, semelhantes a cana, podendo atingir at 2,50 m de altura. Possui folhas alongadas, lanceoladas e aveludadas na para inferior. Requer solos orgnicos e midos para um desenvolvimento satisfatrio.

    Produz em profuso inflorescncias terminais que tem forma cilndrica que mais lembram um sorveto; suas brcteas so de colorao amarelo brilhante e, medida que fenecem se tornam rseo-avermelhadas. Estas inflorescncias so sustentadas por uma haste ereta de 0,30m a 0,80m que originam diretamente do sistema de rizomas, sendo completamente separadas das hastes vegetativas. Podem ter um dimetro de at 12,0 cm e nas condies de nordeste brasileiro as inflorescncias emergem durante o perodo dos meses mais quentes (de novembro a abril). As hastes vegetativas velhas fenecem e so aproveitadas para propagao. A planta apresenta um crescimento vigoroso, e, facilmente transplantada.

    VARIEDADES

    No gnero Zingiber existem cerca de 85 espcies. A espcie botnica (Zingiber spectabile) apresenta inflorescncias com brcteas amarelas at a colorao rseo-avermelhada. Estas tm se mostrado muito resistente ao manuseio e sua durabilidade bem grande, alm da produtividade excepcional associada ao perfume levemente adocicado. A produtividade pode chegar a 100 flores/ano/touceira.

    MERCADO Os principais produtores so alguns pases asiticos (Filipinas e Tailndia), Jamaica, Hava, Colmbia e Equador. Os principais importadores so Estados Unidos, Canad, Holanda, Alemanha, Dinamarca, Blgica, Frana e Itlia. O pico de oferta ocorre entre os meses de dezembro e maio.

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